prefeitura dÁ descontos e parcela pagamento ...estradas rurais em são josé foram utilizados mais...
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CidadeJorn
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aInformativo mensal – Outubro de 2011 – Ano I - Nº 10 – www.sjc.sp.gov.br
PREFEITURA DÁ DESCONTOS E PARCELA PAGAMENTO DE DÉBITOS MUNICIPAIS. PÁGINA 2
r ORQUESTRA
Sinfônica quertornar clássicosmais popularesPÁGINA 10
r BICHOS
Animais em risco? Chameo SOS FaunaPÁGINAS 4 E 5
r PENSE ROSA
Alerta contra o câncer reúnemais de 6 milPÁGINA 8
Prevenir é o melhor
remédio
Rede de saúde básica tem 40 unidades que oferecem atendimento médico e programas para a prevenção de doenças o ano todo. PÁGINAS 6 E 7
a cidade é sua
URBAM HOMENAGEIA FUNCIONÁRIOS MAIS ANTIGOS
Seis funcionários com 25 e 30 anos de trabalho foram homenageados durante as festividades de 38 anos da Urbam. As homenagens contribuem para
valorizar e reconhecer o trabalho de pessoas que dedicam parte de suas vidas a construir, organizar e transformar a cidade. Também foi reinaugurada a ADC.
2 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
Jornal da Cidade
Informativo mensal da Prefeitura de São José dos Campos | Editado pela Secretaria de Governo | Coordenação editorial e imagens: Departamento de Comunicação Social | Jornalista responsável: Andréa Martins | Cartas: Rua José de Alencar 123 Vila Santa Luzia | CEP 12209-530 – São José dos Campos - SP | Telefone: 55 (12) 3947-8235 | E-mail: [email protected] | www.sjc.sp.gov.br
Prevenir é melhor
O assunto principal desta edição é uma orientação ao cidadão sobre o funcionamento da rede de aten-ção básica de saúde em São José dos Campos. É sobretudo uma re-comendação para que, utilizando corretamente os serviços dispo-níveis nas UBS, todos possam ser melhor atendidos. Mais que isso, é um alerta sobre a importância de cada um adotar atitudes preventi-vas, consultar o clínico geral com frequência e somente recorrer às unidades de urgência e emergên-cia quando for absolutamente ne-cessário.
A saúde também é destaque quando se fala da passeata orga-nizada pelo Fundo Social de Soli-dariedade como parte da iniciativa Pense Rosa. Todos os especialistas estão preocupados com o avan-ço do câncer, especialmente o de mama, como causa principal de morte entre a população femini-na, e todos enfatizam: quanto mais cedo a doença é detectada, maior a chance de cura.
Já a reportagem das páginas 4 e 5 mostra que o cidadão está mais consciente de seu papel em relação ao meio ambiente – apesar dos da-nos que, ao longo da história, a ex-pansão das cidades tem causado à
São ações marcadas pelo princípio da boa utilização dos recursos públicos que economizam milhões de reais.
ueditorial
fauna e à flora. O SOS Fauna ressal-ta como é importante respeitar os animais, contribuir para a preserva-ção, denunciar abusos e maus-tra-tos, resgatar e devolver ao habitat as espécies ameaçadas. São ações essenciais para que se possa viver em harmonia com a natureza.
A reportagem da página 3 re-vela mais duas ações da Prefeitura relacionadas com a prevenção: a proteção das margens do Córrego Vidoca – com gabiões feitos pelos servidores da Secretaria de Servi-ços Municipais – e o uso de resídu-os de construção civil na pavimen-tação das estradas municipais. São ações marcadas pelo princípio da boa utilização dos recursos públi-cos e que permitiram à Prefeitura economizar milhões de reais.
Pague Fácil
Contribuintes que têm débitos com a Prefeitura têm prazo até 20 de dezembro para acertar as contas, com diversos descontos. Para essas pessoas, isso é fundamental para obter certidões necessárias para concluir negócios, registrar proprie-dades, participar de licitações e para informação cadastral. Para ter direito aos descontos, é preciso estar em dia com as contas municipais referentes ao ano de 2011.
Quanto mais cedo pagar, melhor, porque a cada mês o desconto dimi-nui. A Secretaria da Fazenda oferece abatimentos que variam de 30% a 95% e parcela o pagamento em até 144 vezes (12 anos), dependendo do valor da dívida. Cada contribuinte re-cebeu em casa um boleto informan-
Programa dá descontos especiais para quem tem dívidas com a Prefeitura e ainda parcela o pagamento em até 12 anos
No Paço Municipal,28 guichês para atender os interessados no Pague Fácil
Os débitos que não forem pagos ou parcelados até 20 de dezembro serão enviados para cobrança judi-cial, com possibilidade de execução fiscal e sofrerão acréscimos de juros e correção monetária.
Tudo que o contribuinte precisa saber para se orientar está na página do Pague Fácil no site da Prefeitura (www.sjc.sp.gov.br/paguefacil).
Assim, o contribuinte pode escla-recer dúvidas e fazer uma simulação do parcelamento do débito, escolher o número de parcelas que melhor lhe convier. Após essa escolha, o ci-dadão poderá imprimir um formulá-rio disponível no hotsite, preencher os dados e entregar na Secretaria da Fazenda (1° subsolo do Paço Muni-cipal). Um novo boleto será emitido com o valor das parcelas.
NÚMEROS
46 MIL dívidas abaixo de R$ 620 foram canceladas pela Prefeitura25 MIL pessoas foram beneficiadas com o cancelamento de dívidas24 MIL débitos cancelados pela Prefeitura eram referentes ao IPTU10 MIL débitos referentes a taxas diversas também foram cancelados
uuuu
do sobre sua situação. Se quiser pa-gar à vista, é só ir ao banco. Melhor ainda: se o débito for de até R$ 620, não precisa pagar nem ir à Prefeitura para confirmar, porque as dívidas até esse valor estão canceladas.
O programa Pague Fácil só não vale para as multas de trânsito, ISS retido pelo tomador de serviços e contribuição de melhoria de asfalto. Podem ser beneficiados os débitos de IPTU, ISS, ITBI, taxas e multas re-ferentes a 2010 e anos anteriores, mesmo se estiverem inscritos em dívida ativa ou em cobrança judicial. O programa beneficia também pro-prietários cujos bens foram penho-rados e levados a leilão pela Justiça – somente em outubro, 22 contri-buintes evitaram que seus imóveis fossem leiloados, fazendo acordos com a Prefeitura.
CONDIÇÕES DE PAGAMENTO DE DÉBITOS COM O MUNICÍPIO
Valor do débito Número máximo de parcelas Valor mínimo da parcelaAté R$ 5.000,00 25 R$ 10,00De R$ 5.000,01 a R$ 10.000,00 60 R$ 100,00Acima de R$ 10.000,00 144 R$ 300,00
a cidade é sua
NOVA PASSARELA É LIBERADA PARA PEDESTRES Reivindicada por moradores das regiões sul e oeste, a passarela sobre a Avenida Benedito Matarazzo foi liberada para pedestres, que agora não precisam mais arriscar-se atravessando a marginal da Via Dutra. Ela tem 30 metros de extensão, gradil de proteção metálico e rampas de acessibilidade. Na obra foram investidos R$ 700 mil.
3 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
Uma a uma, as pedras vão sendo distribuídas em camadas, umas sobre as outras e dentro de grandes gaiolas de aço, também chamadas de gabi-ões. Na medida em que essas estru-turas são colocadas lado a lado, vai se formando uma barreira de um metro de largura, forte o bastante para evi-tar desmoronamentos na margem do córrego e garantir a integridade das avenidas laterais.
Essa técnica é dos tempos do Im-pério Romano e, mais tarde, por vol-ta do ano 1500, foi muito utilizada nas guerras, para erguer barricadas e proteger as tropas contra a artilharia inimiga – suportavam até os tiros dos canhões da época. Hoje, aperfeiçoada pela engenharia moderna, é uma das alternativas mais econômicas e segu-ras para fazer muros de contenção de encostas e de margens de rios.
Servidores da Secretaria de Servi-ços Municipais se especializou nesse assunto e seu trabalho artesanal vem permitindo à Prefeitura economizar alguns milhões de reais. Trata-se da equipe de saneamento, que tem 20 profissionais e o apoio de máquinas para preparação do terreno e cami-nhões para transporte de materiais.
O trabalho que vem sendo realiza-do ao longo do Ribeirão Vidoca, que nasce perto do DCTA e segue rumo ao Rio Paraíba do Sul. Toda a margem di-reita já está protegida por gabiões e, do outro lado, no sentido bairro-cidade, a obra está em fase final. Essa proteção garante a estabilidade do terreno por onde passam as avenidas Jorge Zarur e Eduardo Cury, que estão entre as mais movimentadas da cidade.
É pedra sobre pedra
Margens do Vidoca ganham proteção segura e durável feita com técnicas criadas pelos romanos e aperfeiçoadas nos últimos 50 anos
Trabalhadores montam os gabiões na margem esquerda do Vidoca
Estradas ruraissão recuperadascom reciclados
A Prefeitura de São José dos Campos está utilizando resíduos da construção civil, como pedaços de blocos e pré-moldados de concreto, restos de argamassa e borra de asfalto, para pavimentar os 674 quilômetros de estra-das rurais do município.
Essa estratégia já permi-tiu a economia de mais de R$ 1,5 milhão. Os recicláveis custam a metade do preço da brita e do pedregulho, que eram usados anterior-mente, e são facilmente encontrados. A reciclagem ainda contribui para o meio ambiente e reduz o depósito de entulho em áreas irregu-lares ou inadequadas.
A conservação de estra-das envolve ainda abertura da pista, cascalhamento e nivelamento, além dos re-paros em pontes, bocas de lobo e galerias de águas pluviais. São utilizados 13 máquinas e 17 caminhões e o trabalho permanente de 49 conserveiros, que fazem serviços de roçada, limpeza das margens e cortes para desvio de água, essenciais para a preservação das vias.
Nas últimas semanas,
foram executadas obras de
recuperação nos acessos às
regiões do Santo Agostinho de
Baixo, Varadouro, Capuava,
Bengalar, Terra Boa, Jaguari e
estradas João Batista de Paula
e Joel de Paula.
Anote
5 MILsacos de pedras
foram colocados namargem do Vidoca
674 kmÉ a extensão dasestradas rurais em São José
Foram utilizados mais de 5 mil sacos de pedra-pulmão, distribuídos em 3 mil metros lineares de gabiões colocados nas margens do córrego com ajuda de máquinas. Esse tipo de construção exi-ge pessoal treinado, mas o custo é bai-xo porque não requer fundações e fer-ragens, além de economizar material. O resultado é uma estrutura durável e resistente que não se deteriora com a água e ainda permite o surgimento de vegetação típica.
Agora, a técnica dos gabiões será utilizada em outros córregos da cida-de, além de locais onde é preciso fazer contenção de encostas. O próximo tra-balho desse tipo será a proteção das alças da ponte sobre o Córrego Se-nhorinha que liga a Rua Maurício Car-doso, no Jardim Sul, à Avenida Salinas, no Bosque dos Eucaliptos. Depois, vai para setores do Ribeirão Serimbura.
A mesma equipe sempre é cha-mada, também, para outras ações de infraestrutura e saneamento, como no atendimento a emergências provoca-das por inundações, na instalação de tubulações e galerias de águas pluviais, desobstrução e manutenção no siste-ma de drenagem e esgotamento, lim-peza de córregos e sopé das barreiras.
nossa cidade
CENTRO DE CONTROLE DE zOONOSES SERÁ REFORMADO
A Prefeitura vai investir R$ 1,7 milhão na reforma e ampliação do Centro de Controle de Zoonoses, que passará a ter 602 metros quadrados. Terá centro cirúrgico para a castração
de cães e gatos e um novo canil. O CCZ faz prevenção de doenças transmissíveis entre animais e destes para os humanos. As obras ficam prontas em 240 dias.
4 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
nossa cidade
com foto
Alessandra chega para reforçar o basquete do São José A mais nova integrante do time de basquete feminino de São José dos Campos foi recebida com festa e uma noite de autógrafos num shopping da cidade. A pivô Alessandra reforça o time adulto que disputa o campeonato da Liga de Basquete Feminino, que começa em novembro. Ela jogava na Turquia e atuava fora do país havia 16 anos. A jogadora estava com saudade do Brasil e agradeceu a oportunidade. “Serei a novata mais velha na equipe e na competição, e isso é um desafio muito importante”, disse. Disputou três vezes os jogos olímpicos pela seleção brasileira, além de quatro mundiais e um pan-americano.
utome nota
25 joseenses participam dos Jogos Pan-Americanos, no México Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, realizados em outubro, tiveram a participação de pelo menos 25 atletas de equipes de São José dos Campos apoiadas pela Secretaria de Esportes e Lazer. Foram convocados seis jogadores de rúgbi e 19 de outras quatro modalidades (basquete, boxe, ciclismo e futebol feminino). Do São José Rugby foram chamados Diogo Borges Reno, Erick Monfrinatti Cogliandro, Rafael Santos Dawailibi, Henrique Dantas Pinto, Lucas e Moisés Rodrigues Duque, além de Maurício Coelho, que é um dos treinadores do grupo.
Portal mostra vagas para pessoas com deficiência Foi lançado em outubro o portal Trabalho sem Barreiras, que foi inserido no site da Prefeitura com o objetivo de facilitar a busca e a oferta de emprego para pessoas com deficiência. Nele, o empregador pode cadastrar vagas disponíveis, e o trabalhador com deficiência pode mostrar seu currículo e buscar oportunidades de trabalho. O portal é aberto às entidades, que poderão divulgar atividades que desenvolvem para pessoas com deficiência. Para Rosa Marta da Silva, que é deficiente auditiva e foi a primeira pessoa a se cadastrar, o serviço oferecido é muito importante. “Com certeza, vai me ajudar a conseguir uma vaga de emprego, estou muito feliz”, afirmou.
Congresso municipal debate políticas públicas para juventude
O 1º Congresso Municipal de Juventude de São José dos Campos será nos dias 7 e 8 de novembro, no auditório da Primeira Igreja Batista (PIB), na Avenida José Longo 1.595. O tema é “Caminhos para um Plano Municipal de Juventude”, que será discutido em cinco mesas temáticas, com participação de doutores, cientistas e personalidades de todo o país. Coordenado pela Secretaria de Juventude, o congresso é uma oportunidade de intercâmbio que ajudará a construir o Plano Municipal de Juventude, constituído de políticas públicas e ações destinadas a cerca de 200 mil joseenses com idade entre 13 e 29 anos.
Maltratar animais é crime e pode dar
de um a três anos de cadeia; a caça
e o cativeiro irregular podem render
seis anos de detenção e multas.
Denúncias podem ser feitas à
delegacia especializada em crimes
ambientais, no 2º Distrito Policial,
no Jardim Paulista.
O telefone é 3921-2112.
Para chamar o SOS Fauna,
ligue para 197 ou 156.
Anote
Mais de 70 já foram resgatados neste ano, mas todos os dias há denúncias de maus-tratos e pedidos de resgate de animais que saem de seu ambientee enfrentam riscosno meio urbano
Desde que foi montada pela Secre-taria de Meio Ambiente, há cerca de seis meses, a equipe do SOS Fauna não tem sossego: todos os dias os técnicos são chamados para socorrer ou captu-rar animais silvestres, ou para orientar as pessoas sobre a melhor forma de protegê-los. Mais: a cada dia, a Polícia Civil recebe pelo menos cinco denún-cias envolvendo maus-tratos, tráfico ou cativeiro irregular de animais. “É um bom sinal”, comemora a bióloga Rena-ta Isabel Zimmerman, certa de que a conscientização da população melho-rou muito nos últimos anos.
Em busca de alimento ou acuado pelo movimento de pessoas ou car-ros, o bicho se afasta de seu meio, vai para a beira das estradas, entra em áreas residenciais e até aparece den-tro de casas. Como as pessoas não es-tão acostumadas a isso, quase sempre ficam com medo e não sabem o que fazer. Outras vezes, animais domésti-cos ou de trabalho são abandonados ou espancados pelos donos.
No Altos de Santana, uma família passou três dias incomodada com um bicho ligeiro que subia pelo telhado e mostrava os dentes cada vez que al-guém chegava perto. Temendo ser ata-cados, os moradores acionaram o SOS Fauna. Não passava do popular calan-go, que vive entre as pedras no meio dos pastos e é absolutamente inofensi-vo. Por si mesmo, ele encontraria o ca-minho de volta e jamais iria morar em cima de alguma casa.
Outro cidadão, com medo de que a chuva matasse dois filhotinhos de beija-flor, retirou o ninho com todo cuidado e o entregou na Secretaria do Meio Ambiente. Mereceria um elogio, se a atitude não tivesse colocado em risco os filhotes, que dessa forma per-deram a proteção materna. Os peque-nos beija-flores foram levados para
Uma chance para
um criatório para ser cuidados, mas ti-nham pouca chance de sobreviver sem a mãe para aquecê-los e alimentá-los.
Já o dono de uma padaria em San-tana chamou até o Corpo de Bombei-ros para retirar uma capivara em seu estabelecimento. Logo, todos descon-fiaram que o bicho fugira do habitat, ali pertinho, no Parque da Cidade. A equipe do SOS Fauna capturou o ani-mal e evitou que ele, assustado, cor-resse pelas ruas e fosse atropelado. O roedor semiaquático voltou ao conví-vio de seus pares.
Susto de verdade foi o dos traba-lhadores que encontraram um porco-espinho no pátio de uma empresa na Vila Industrial. Provavelmente ele vivia nas várzeas de uma fazenda próxima, mas estava muito assustado. Nesses casos, por instinto de defesa, o animal pode disparar espinhos contra quem, supostamente, o esteja ameaçando. “Ninguém precisa ter medo desse bi-
com foto
osbichos
PREFEITURA FAz LIMPEzA E DRAGAGEM DOS CóRREGOS A Prefeitura está realizando desde setembro o desassoreamento, a dragagem e limpeza de 30,6 quilômetros dos córregos Cambuí, Pararangaba, Alambari e Bueirinho. O serviço é para amenizar os efeitos das chuvas intensas que costumam cair na região no final do ano. A empresa, contratada por R$ 960 mil, está utilizando cinco máquinas, simultaneamente, e deverá terminar o trabalho até janeiro.
5 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
Agentes da Saúde atacamfocos do mosquito da dengueEquipes da Secretaria de Saúde estão visitando cerca de 9.600 imóveis para verificar a presença e a quantidade de larvas do mosquito transmissor da dengue. Essa ação é para prevenir focos da doença, que pode apresentar novos surtos durante o verão. O trabalho é executado por cem agentes de controle de endemias, que verificam a existência de criadouros, coletam larvas para identificação em laboratório e orientam os moradores sobre os cuidados que devem ser adotados. Até agora, é baixo o índice de infestação, o que diminui o risco de surto de dengue na cidade.
No zoo da Univap, animais resgatados se recuperam para retornar à natureza
Achei muito importante essa visita ao
Parque da Cidade de São José, porque a gente viu aqui como
a arquitetura e a natureza podem ajudar na qualidade
de vida das pessoas.”Keller Bordini, 21 anos,
Ipiranga, São Paulo
‘
A obra de Rino Levi é um marco da
arquitetura moderna e revela a nossos alunos
a importância da sustentabilidade.”Paula Katakura,
professora de arquitetura, Pacaembu, São Paulo
‘
O Parque da Cidade é um espaço que une dois
nomes importantes da arquitetura e do paisagismo,
e a gente viu isso sendo utilizado de uma maneira
cultural, onde o público-alvo é a própria cidade.”
Filipe Gabriel Silva, 22 anos, Penha, São Paulo
‘
Conhecer as obras de Rino Levi e Roberto Burle Marx e vivenciar a natureza é adquirir aprendizagem e qualidade de vida. Nunca imaginei que em
uma cidade do interior teria esta riqueza tão surpreendente.”João Augusto Silva David,
24 anos, Parque Savoy, São Paulo
‘
Achei importante a história da Tecelagem
Parahyba, pelo exemplo de transformação de uma
fábrica que se tornou espaço para a cidade inteira.”
Tamiris Bonaldo da Costa, 22 anos, Vila Prudente,
São Paulo
‘
A Secretaria de Meio Ambiente organiza visitas de grupos de pessoas interessadas em conhecer o Parque da Cidade, guiadas por técnicos que apresentam o local e as principais atrações. Uma dessas turmas tinha 80 alunos e 3 professores do Complexo Educacional da FMU, da Vila Mariana, em São Paulo. Eis a opinião de alguns dos visitantes.
70% das espécies
resgatadas sãoaves, em geral
cho, ele é dócil e, se não estiver com medo, a gente pode chegar perto e passar a mão nele, sem nenhum risco”, garante a bióloga Renata Zimmerman, que ajudou no resgate.
O mesmo não se pode dizer das serpentes, que só podem ser tocadas por técnicos acostumados a cuidar de-las. Em setembro, uma cascavel apa-receu perto do Esplanada, certamente à procura de algum roedor, seu prato preferido. Ela foi apreendida pelo SOS Fauna e agora está sob os cuidados de biólogos no serpentário da Universi-dade do Vale do Paraíba (Univap), no Urbanova.
SOS Fauna tem parceria com organizações
A maior parte dos animais resgatados é enca-minhada ao Ibama e passa por médicos veteriná-rios, que verificam se o bicho tem alguma doença ou bactéria que ofereça risco de contaminação para as pessoas. O animal fica em quarentena, sob observação, num criatório autorizado pelo institu-to. Se estiver em boas condições e for capaz de se alimentar sozinho, é devolvido à natureza. Caso es-teja machucado, é medicado, tratado e pode pas-sar por cirurgias.
Mais de 70 animais silvestres já foram resgata-dos em São José dos Campos pelo programa SOS Fauna, desenvolvido pela Prefeitura e o Instituto Ecológico e de Proteção aos Animais (Iepa). O bi-ólogo Marcelo Godoy, responsável pela organiza-ção, explica que os bichos libertados após longo tempo de cativeiro perdem a habilidade de caçar e procurar alimentos. Esses ficam em criatórios li-cenciados pelo Ibama ou zoológicos que oferecem condições adequadas para alimentação, reprodu-ção e contato com outras espécies.
Em São José, duas entidades recebem esses bi-chos. “O nosso trabalho é focado na recuperação dos animais, para que eles voltem para a nature-za”, informa o professor Frederico Lencioni Neto, coordenador do criadouro da Univap. Ele observa que as áreas de preservação ambiental em torno da cidade têm atraído várias espécies de aves. “Eu tenho visto tucanos, pombas e gralhas-do-cerrado; e no Parque Vicentina Aranha sempre aparece um pavó, uma ave preta, de peito vermelho, que só vive em mata virgem”, diz o professor.
Já no Zoo do Thermas do Vale vivem 124 ani-mais, todos vítimas de tráfico, acidentes e maus-tratos, entregues pelo Ibama e pelo Iepa. Tem ja-guatirica que fugiu de queimadas no centro-oeste; carcará maltratado num viveiro irregular; veado com a perna amputada por causa de atropelamen-to; e até um tucano que um particular tentava ven-der no Ceagesp. Além de uma família de macacos, com três filhotes nascidos ali mesmo. O local tem espaço climatizado, alimentação balanceada e cui-dados veterinários permanentes.
156É o telefone para chamar o SOS Fauna
uFala PoVo
matéria de capa
6 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
MATÉRIA DE CAPA
DIMINUI ESPERA POR CONSULTA COM ESPECIALISTA
A rede municipal de saúde já conseguiu uma redução de 20% nas filas de espera para consultas com médicos especialistas, graças à estratégia de
atendimento ampliado nos finais de semana. As pessoas convocadas e que faltarem terão que retornar à UBS para pedir novo encaminhamento.
Prevenir é sempre o melhor remédioRede municipal tem 40 unidades, 172 médicos e enfermeiros para atender, realizar exames e controles de saúde, além de orientar sobre formas de prevenir doenças
A dona de casa Irene Gonçalves fi-cou sabendo que era diabética no ano passado e há seis meses frequenta um grupo para o tratamento na UBS do Dom Pedro 1º, na zona sul. Desde que começou essa atividade, ela mudou os hábitos alimentares e segue à ris-ca as orientações que recebe. “Na rua, a gente conversa com muita gente e cada um diz uma coisa, cada um tem uma receita; já aqui na UBS eu tenho a indicação certa para tratar a doença”, diz ela.
Do outro lado da cidade, na UBS do Santa Inês, dona Terezinha Cândi-do Bispo descobriu que tinha diabetes e hipertensão após uma consulta de rotina e os exames de sangue pedidos pelo médico. Entrou para o grupo de hipertensos e passou a assistir palestras sobre saúde. Aprendeu a comer mais verduras e legumes e a fazer caminha-das pelas ruas e áreas verdes próximas ao bairro. “Eu tirei o sal da comida e cortei os doces”, diz ela, cheia de ale-gria porque a pressão está controlada, o colesterol baixou e a diabetes tam-bém.
“Quem participa de um grupo fica motivado para participar de outros que também buscam promover a vida saudável”, diz a enfermeira Ana Lúcia Zenti, responsável pela UBS do Dom Pedro 1º. Ela já se considera amiga de muitos pacientes que participam do grupo de caminhadas e frequentam as palestras sobre nutrição e saúde. “Tudo acaba contribuindo para o sucesso do tratamento e para o bem-estar dessas pessoas.”
Esses benefícios na saúde do grupo são percebidos claramente pelo pro-fessor de educação física Aparecido Siqueira, que orienta o grupo como voluntário. “Eu notei que houve me-lhora na postura física de todos os par-ticipantes, e que, depois de um tem-po, quem passou a caminhar já não
reclama tanto das dores corriqueiras.” Ele também ensina vários exercícios de alongamento, de equilíbrio e de coor-denação motora, que ajudam no bem-estar geral.
As dores da dona de casa Vilma do Nascimento Costa, do Santa Inês, su-miram depois que ela adotou a cami-nhada como rotina, e até o humor dela também se transformou. Foi caminhan-do que ela passou a entender melhor o trabalho da UBS. “Antigamente, eu chegava estressada no postinho, com vontade de destruir tudo porque que-ria o médico, e tudo para mim era ur-gente”, lembra Vilma, que agora só vai à consulta para exames de rotina. “Virei amiga de todo mundo e minha vida só melhorou,” declara.
Os cuidados podem começar bem cedo. A educadora Raquel Cristina Fa-ria, por exemplo, aprendeu na UBS do Campos do São José como cuidar da dentição e massagear as gengivas de suas filhas gêmeas. Ela frequentou o programa Odonto Bebê com as meni-nas, que hoje têm 3 anos. “Com essas recomendações, as crianças crescem mais fortes e a gente não precisa estar correndo toda hora no médico”, emen-da a dona de casa Neide Dantas, amiga de Raquel.
As pessoas devem procurar os postinhos para consultas de roti-na, além de conhecer os progra-mas e serviços que eles oferecem para pacientes de todas as faixas etárias - de gestantes e bebês a idosos, além de diversos exames. A UBS é o lugar certo para a pre-venção, enquanto a UPA é para emergências e o pronto-socorro para os casos de urgência. “É no postinho que as pessoas devem ir para se prevenir e para saber como evitar as doenças”, receita o médico Othon Mercadante Be-cker, da Secretaria de Saúde.
“Mas hoje é preciso ir além – diz ele – é preciso pensar em vida
saudável, que é estar bem com o corpo, com a cabeça e com os amigos”. Tudo começa pela pre-venção, pelo controle das vacinas, pelos cuidados com a alimentação e por atividades físicas, além de vi-sitas frequentes ao dentista. É im-portante ter vida social e nunca se descuidar das condições clínicas: ao primeiro sintoma, é melhor pro-curar o médico. Lembre-se: a con-sulta inicial deve ser com o clínico geral, antes do especialista.
Algumas vezes nem precisa consultar um médico. Além dos médicos, as unidades de saúde de São José têm enfermeiros e nutricionistas, que podem orien-
tar, por exemplo, sobre o controle de diabetes e da pressão, podem encaminhar exames preventivos, como o de câncer de mama ou de colo, orientar sobre a alimentação mais adequada e os cuidados ge-rais com a saúde, além de ajudar na administração de remédios e acompanhamento de exames.
Os médicos que trabalham nas UBS são o clínico geral, o pe-diatra, o ginecologista/obstetra, o geriatra e o hebiatra (que é o especialista em jovens). São eles que fornecem a atenção primá-ria de saúde. Nas unidades, fica registrado o histórico dos pacien-tes, o que ajuda os profissionais a
resolver ali mesmo diversos casos de enfermidade, encaminhando apenas os mais complexos para consultas com especialistas.
Em algumas das UBS, como a do Campos de São José, sempre são organizadas reuniões e pe-quenas festas em homenagem às crianças, aos pais ou às mães, como forma de chamar a aten-ção da população para os servi-ços prestados no local. Em todas, há participação de voluntários, que ajudam a enfeitar o ambien-te, elaborar e distribuir pequenas lembranças, organizar brincadei-ras e montar tendas de orientação sobre os cuidados com a saúde.
Na UBS,consultas, atividades, orientações...
654 MIL pacientes estão inscritos no cadastro do Sistema Único de Saúde em São José
172 médicos atuam nas unidades básicas de saúde, que atendem todos os bairros
1.000 consultas por dia; é a média de atendimentos realizados nas 40 UBS da cidade
25% das pessoas não comparecem às consultas marcadas nas UBS, por mês
É muito mais fácil tratar da saúde por
meio da prevenção e do acompanhamento frequente do que esperar ficar doente
para procurar o médico.
Othon Becker, médico pediatra
‘
39.482pacientes se consultaram
nos postinhos de São José em setembro
Comente esta notí[email protected]
AVISE NO POSTINHO SE VOCÊ MARCOU
CONSULTA E NÃO PODERÁ COMPARECER
Avisando com antecedência, você não
prejudica quem está na fila de espera, e a UBS
poderá fazer um encaixe, chamando outra
pessoa em seu lugar.
Ao avisar, na mesma hora você marca outra
data para se consultar. Caso contrário, você
terá que voltar ao postinho para marcar
outra consulta.
Por isso, tenha sempre à mão o número do
telefone da UBS mais perto de sua casa.
Anote
7 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
PREFEITURA PREPARA CONSTRUÇãO DE UPA NO PUTIM A Prefeitura abriu licitação para escolha da empresa que vai construir a unidade de pronto atendimento do bairro Putim. As propostas das empresas serão abertas em 21 de novembro. A nova UPA terá cerca de 1.500 metros quadrados e na obra serão investidos R$ 5,3 milhões. O prazo de execução será de 300 dias. Será a sexta unidade desse porte e atenderá todos os bairros da região sudeste da cidade.
Prevenir é sempre o melhor remédio
As pessoas devem procurar os postinhos para consultas de roti-na, além de conhecer os progra-mas e serviços que eles oferecem para pacientes de todas as faixas etárias - de gestantes e bebês a idosos, além de diversos exames. A UBS é o lugar certo para a pre-venção, enquanto a UPA é para emergências e o pronto-socorro para os casos de urgência. “É no postinho que as pessoas devem ir para se prevenir e para saber como evitar as doenças”, receita o médico Othon Mercadante Be-cker, da Secretaria de Saúde.
“Mas hoje é preciso ir além – diz ele – é preciso pensar em vida
saudável, que é estar bem com o corpo, com a cabeça e com os amigos”. Tudo começa pela pre-venção, pelo controle das vacinas, pelos cuidados com a alimentação e por atividades físicas, além de vi-sitas frequentes ao dentista. É im-portante ter vida social e nunca se descuidar das condições clínicas: ao primeiro sintoma, é melhor pro-curar o médico. Lembre-se: a con-sulta inicial deve ser com o clínico geral, antes do especialista.
Algumas vezes nem precisa consultar um médico. Além dos médicos, as unidades de saúde de São José têm enfermeiros e nutricionistas, que podem orien-
tar, por exemplo, sobre o controle de diabetes e da pressão, podem encaminhar exames preventivos, como o de câncer de mama ou de colo, orientar sobre a alimentação mais adequada e os cuidados ge-rais com a saúde, além de ajudar na administração de remédios e acompanhamento de exames.
Os médicos que trabalham nas UBS são o clínico geral, o pe-diatra, o ginecologista/obstetra, o geriatra e o hebiatra (que é o especialista em jovens). São eles que fornecem a atenção primá-ria de saúde. Nas unidades, fica registrado o histórico dos pacien-tes, o que ajuda os profissionais a
resolver ali mesmo diversos casos de enfermidade, encaminhando apenas os mais complexos para consultas com especialistas.
Em algumas das UBS, como a do Campos de São José, sempre são organizadas reuniões e pe-quenas festas em homenagem às crianças, aos pais ou às mães, como forma de chamar a aten-ção da população para os servi-ços prestados no local. Em todas, há participação de voluntários, que ajudam a enfeitar o ambien-te, elaborar e distribuir pequenas lembranças, organizar brincadei-ras e montar tendas de orientação sobre os cuidados com a saúde.
Na UBS,consultas, atividades, orientações...
Nas unidades de saúde, diversos programas enfatizam a atenção básica à saúde; eles incluem atividades físicas, palestras, exames, atendimento médico e odontológico, orientações sobre prevenção e cuidados com a saúde
3947-8152É o telefone da Ouvidoria da Secretaria de Saúde, que recebe reclamações
e sugestões
n PENSE NISTO
Mais recursospara a Saúde
André Franco Montoro, que foi senador, governador e deputado federal, costumava dizer que as pessoas não moram no país nem nos estados; elas vivem é nos mu-nicípios. Ele pregava que a União e os Estados deveriam transfe-rir mais recursos às prefeituras, para que elas pudessem enfrentar com eficiência as questões locais da saúde, da educação, do sanea-mento, do meio ambiente etc.
A proposta é defendida por mui-ta gente. Mas, nos últimos anos ocorre uma grave distorção: os governos centrais transferem mais responsabilidades para as prefei-turas, mas as verbas que chegam nunca são suficientes para sanar as dificuldades. Exige-se participa-ção cada vez maior dos municípios, mas estes não têm como arrecadar tantos recursos financeiros.
Veja o exemplo do Samu. O serviço é necessário, o modelo é bom, mas o Governo Federal de-termina que seja de âmbito regio-nal e atenda diversos municípios, impõe modelos de contratação de profissionais, estabelece exigên-cias muito difíceis de ser atendi-das. E na hora de participar finan-ceiramente, a União entra com apenas 20%, deixando 80% para a Prefeitura pagar.
No dia a dia, o Município cui-da do atendimento básico até os procedimentos médicos mais com-plexos, que exigem hospitais mo-dernos, equipamentos e materiais sofisticados, medicamentos de alto custo e profissionais especia-lizados. Num polo regional como São José, que atende pacientes de vários lugares, isso fica ainda mais complicado.
Nossa rede de saúde é de qua-lidade, é superior à de muitas ci-dades e está se aperfeiçoando. Em breve, terá um grande reforço: o hospital regional, que o governo estadual construirá para cuidar dos atendimentos mais comple-xos. Assim, São José poderá cui-dar com mais ênfase da atenção básica, que já é prioritária, e am-pliar as ações de prevenção às do-enças e de manutenção da saúde. Será um salto de qualidade que só fará bem a toda a população.
A mamografia gratuita é um direito
garantido por lei a todas as mulheres
com mais de 40 anos. Nem precisa
passar pelo médico. Basta procurar a
UBS mais próxima de casa e solicitar
à enfermeira-chefe da unidade o
encaminhamento.
Não há fila de espera e o exame
é feito nas seguinntes instituições:
Hospital Pio XII ,
Hospital Antoninho da Rocha Marmo,
Ambulatório Médico de Especialidades.
Anote
8 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
nossa cidade
SãO JOSÉ SEDIA FINAL ESTADUAL DOS JOGOS DOS IDOSOS
A final estadual dos Jogos Regionais dos Idosos será em São José, entre 23 e 27 de novembro, com participação de 2.500 atletas de 160 municípios. Serão 13 modalidades
adaptadas a pessoas com mais de 60 anos: atletismo, bocha, buraco, coreografia, damas, dança de salão, dominó, malha, natação, tênis de mesa, truco, vôlei e xadrez.
Por uma vida mais cor-de-rosaHospitais, organizações sociais e poder público se unem na campanha para alertar as mulheres sobre a importância do exame preventivo do câncer de mama uma vez por ano
A professora Maria Messias, de 62 anos, descobriu que tinha um tumor na mama, mas nem por isso ficou muito apreensiva. Além da confiança na Pro-vidência Divina, o carinho da família e a atenção dos amigos não lhe faltariam. Mas o grande segredo da cura que ela conseguiu foi o fato de ter detectado o câncer bem cedo. “Descobri porque fazia exames regulares, e não fiquei tão preocupada porque sabia que é mais fácil combater o problema quando ele está no começo.”
A atenção especial para esse tema tem razões muito fortes. No Brasil, se-rão registrados neste ano 49 mil no-vos casos da doença, que é a principal causa de morte entre as mulheres. Em São Paulo, em cada grupo de 100 mil mulheres, 15 morrem com câncer de mama. Em São José, somente no ano passado, a doença matou 42 pessoas. Neste ano, a Secretaria de Saúde regis-trou 23 mortes por câncer de mama no município.
No mês dedicado à prevenção, a
cidade se mobilizou para mostrar a importância do diagnóstico precoce. O Pense Rosa é também uma inicia-tiva para combater a desinformação, uma das maiores vilãs no processo de crescimento da doença. Aqui, o Fundo Social de Solidariedade é responsável por essa mobilização, em parceria com a organização Orienta Vida.
O ponto alto foi a caminhada em que mais de 6 mil pessoas percorre-ram 4 quilômetros pela cidade usan-do camisetas ou adereços cor-de-rosa com o símbolo da campanha. Detalhe: 30% dos participantes eram homens apoiando a causa feminina. Haveria 15 dias para inscrições no evento, mas o prazo foi encerrado no quarto dia por-que não havia mais vagas e estavam esgotados os 4.500 kits com camiseta, barra de cereal, boné e protetor solar.
O aumento do número de exames demonstra que esse tipo de mobiliza-ção produz bons resultados. Em 2009, a rede do Sistema Único de Saúde fez 14 mil mamografias. No ano seguin-te, foram 18.511 e, apenas nos seis primeiros meses deste ano, já foram feitos 12.860, podendo dobrar até de-zembro. Ou seja, de um ano para ou-
PARA PREVENIR, LEMBRE-SE DE INCLUIR UM DIA ROSA EM SUA VIDA
l Crie em sua agenda o Dia Rosa: pelo menos uma vez por mês toque suas mamas até em-baixo das axilas, procurando al-gum inchaço, nódulo, alteração na pele ou secreção nos mami-los. Faça isso diante do espelho, durante o banho ou deitada de costas.
l Esse procedimento não é diagnóstico, não identifica nódu-los da doença, mas ajuda a mulher a perceber alterações no corpo – essas mudanças revelam indícios que precisam ser analisados pelo médico, que poderá recomendar um exame de ultrassom.
l Qualquer que seja sua ida-de, determine que você vai pro-curar um profissional de saúde para fazer o exame das mamas. A partir dos 40 anos, inclua em sua rotina uma mamografia por ano – é apenas uma radiografia simples, capaz de mostrar lesões, mesmo muito pequenas, em fase inicial.
Senti um caroço no seio, procurei o médico
e tive que fazer uma cirurgia. Graças a Deus não era
maligno, e ainda bem que descobri logo no início. Por
isso é legal participar de grupos como esse porque
incentivamos outras pessoas a se cuidar e prevenir doença”
Maria José Borges da Silva, 66 anos, aposentada, moradora
do Dom Pedro 1º
‘Eu não deixo de
fazer meus exames todos os anos. Quero estar sempre com minha saúde
em dia. Quanto antes a gente souber, vai ser
melhor pra gente.”
Cláudia Angélica de Moura Gomes, 49 anos, dona de casa, bairro João Paulo 2º
‘
60% foi o aumento da participação nas mobilizações do Pense Rosa na região
300 mil folhetos foram distribuídos durante a campanha Pense Rosa neste ano
900 mamografias foram feitas na rede pública durante o mês de combate à doença
tro, a procura por mamografia aumen-tou 30%.
Na unidade básica de saúde do bairro Dom Pedro 1º, por exemplo, um grupo de mulheres se reúne semanal-mente para conversar sobre o assunto. “Nós orientamos sobre o autoexame das mamas, os cuidados com o corpo e tudo que a mulher precisa saber para estar com a saúde cem por cento”, diz Ana Lúcia de Oliveira Zenti, gerente da UBS. Ela informa que, em cada uma das 40 unidades, as equipes de enferma-gem estão preparadas para orientar as pacientes e, caso necessário, encami-nhar para o ginecologista.
Todo esforço é válido para difundir a ideia da prevenção. O Instituto de Oncologia do Vale (IOV), por exemplo, organiza palestras e campanhas em locais de grande circulação de públi-co. “A cada ano, temos uma estratégia diferente para chamar a atenção, por-que queremos que todos entendam a mensagem e que cada mulher se tor-ne multiplicadora, atue em sua casa, na sua rua”, anuncia Cristiane Dias Bitten-court, oncologista e coordenadora do programa de combate ao câncer.
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Passeata de 23 de outubro reuniu mais de 6 mil pessoas
Para participar do programa, quem
exerce atividade informal precisará
tornar-se Microempreendedor Individual.
O registro como MEI permite participar
de licitações para vendas a órgãos
governamentais, garante os benefícios da
Previdência Social, isenção nos tributos
federais e enquadramento
no Simples Nacional.
O MEI paga mensalmente a contribuição
do INSS (R$ 27,25). Se a atividade for
comercial, paga mais R$ 1 de ICMS, e se
for de serviços, R$ 5 de ISS.
Anote
9 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
nossa cidade
700pessoas são atendidas
por mês na Salado Empreendedor
PROJETO REFLORESTA COMEÇA NA REGIãO DO JAGUARI
Uma área de 60 mil metros quadrados pertencente ao Instituto das Pequenas Missionárias Maria Imaculada será a primeira propriedade particular beneficiada pelo programa Refloresta. No local serão plantadas mais de 10 mil árvores. O programa também vai monitorar áreas de preservação, nascentes e os cursos d’água de São José.
Pequenos negócios,grandes oportunidadesSeis bairros vão ganhar centros de empreendimentos que vão estimular negócios, criar empregos e oferecer serviços para facilitar a vida dos cidadãos
Quando resolveram se tornar em-preendedores, em 2008, Michele da Silva Leonor, 24 anos, e o marido, Célio Pereira de Souza, 27, colocaram uma banca ao lado de um ponto de ônibus para vender acessórios para telefones celulares e artigos para presentes no bairro Campo dos Alemães, região sul da cidade. Assim que a clientela cresceu e se tornou fiel, o casal deci-diu formalizar o negócio. Eles foram à Prefeitura, procuraram a Sala do Em-preender e fizeram um registro como Microempreendedor Individual.
Michele conta que foi procurada
por agentes credenciadores e ouviu deles uma série de explicações sobre os benefícios e as vantagens comer-ciais para quem optasse por regime de trabalho. “Eu não sabia que as taxas eram tão reduzidas, que teria direito à previdência e ainda poderia contar com um empregado de car-teira assinada”, lembra a empresária, que está interessada em ampliar os negócios e oferecer novas opções de produtos aos clientes.
Michele e Célio se instalaram num
pequeno imóvel da Avenida Adonias da Silva e querem aumentar o negó-cio. Eles são candidatos agora a um dos espaços a serem oferecidos no ano que vem pelo Centro de Empre-endedorismo e de Atividades Socio-
profissionais (Ceasp), que faz parte do Nosso Bairro, Nossa Cidade, lançado pela Prefeitura. Mais do que um espa-ço para montar uma loja, o programa vai oferecer consultoria, treinamento e orientações para manter e adminis-trar um negócio.
Inicialmente, seis bairros serão
contemplados com este programa. O Ceasp será uma espécie de mini-sho-pping, com formato padrão em todas as unidades. O objetivo é estimular o empreendedorismo e a cidadania, além de promover mudanças urbanas tendo em vista oferecer aos moradores de re-giões mais distantes serviços e artigos que eles só costumam encontrar em áreas mais centrais da cidade. Por con-sequência, vai gerar renda, oportuni-dades de trabalho para quem mora na região, incentivar alternativas empresa-riais e melhorar a vida das pessoas.
Nesses espaços, estão previstas
duas entidades-âncoras, uma para via-bilização de microcrédito produtivo e outra destinada a serviços. Os demais boxes serão ofertados por um prazo
de até 30 meses para microempreen-dedores, que serão selecionados por meio de edital de chamada pública. Eles pagarão um aluguel simbólico e participarão da administração do centro, mas no final do período terão que dar lugar a novos empreendedo-res, para ampliar as oportunidades.
O primeiro Ceasp ficará num terre-
no de 1.500 metros quadrados e terá 547 metros quadrados de área cons-truída. Assim como os outros cinco projetados, terá 10 boxes de 20 metros quadrados, cada um com mezanino. O espaço também terá áreas de uso co-mum e praça de alimentação, além de escritório administrativo, podendo ter agências de correios e lotéricas. Obri-gatoriamente, os empreendedores e seus empregados terão que residir no bairro ou nas proximidades.
O Putim, na zona sudeste da cida-
de, será o próximo bairro a receber uma unidade do Ceasp. Os próximos beneficiados serão o Parque Interla-gos, na região sul, Jardim Mariana 2 e Jardim Santa Inês 3, na região leste, e Altos da Vila Paiva, na região norte.
ONDE SE ORIENTARSOBRE O MEI
Sala do Empreendedor4º andar do
Paço Municipal, sala 5 Telefones:
3947-8492 / 3947-8496
Maquete virtual do Ceasp do Campo
dos Alemães
Michele e Célio, candidatos a uma loja
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nossa cidade
10 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
Concertos joseenses
Desde a infância, o paulistano Mar-cello Stasi acostumou os ouvidos aos sons harmoniosos da música erudita. Raffaele, o pai dele, era italiano, eco-nomista que veio trabalhar no Brasil e manteve o hábito de ouvir as canções populares e obras de compositores clássicos. Mas o estímulo musical veio da mãe, Yeda, e aos 12 anos Marcello passou a estudar flauta transversal. Aos 20, venceu o primeiro concurso para jovens regentes da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
Aos 47 anos, ele comanda há cin-co anos a Orquestra Sinfônica de São José dos Campos, organiza a agenda de compromissos do grupo, participa da seleção de novos componentes e planeja os concertos e apresentações, além de acompanhar cada músico como parte do aperfeiçoamento téc-nico. Seu estilo de trabalho agrada o grupo e transmite a confiança neces-sária para extrair o melhor de cada um. “São todos profissionais de altíssima qualidade que sentem prazer no que fazem”, elogia o maestro.
Stasi garante que reger é uma for-ma de traduzir partituras e reconstruir a música, geralmente, guiado pela emoção que pretende transmitir ao público. Mas seu trabalho vai um pou-co mais longe. Todo mês, daqui até o final do ano, a orquestra promove no Parque Vicentina Aranha uma série de encontros didáticos: durante três dias, os músicos se apresentam, para interessados e curiosos que quiserem aprender sobre a história da música e dos grandes compositores.
No encontro de outubro, por exemplo, o fagotista Isaac Santana ex-plicou sobre o fagote. Esse instrumen-to de sopro com timbre grave, forma-do por um tubo longo de madeira, surgiu em 1650, foi uma das paixões dos gênios musicais Johann Sebastian Bach e Wolfgang Amadeus Mozart e chegou às bandas de rock progressivo dos anos 1970. “É um dos mais difíceis
Orquestra Sinfônica de São José dos Campos transforma o Parque Vicentina Aranha em ponto de encontro de músicos, curiosos e interessados em aprender sobre a história da arte musical
de aprender e o músico precisa ter ou-vido muito bem apurado para tocar na frequência da orquestra”, diz Isaac.
O físico sueco Martinus Bakhuizen, radicado em São José desde 1973, con-sidera muito proveitoso o contato com os artistas. “Espero que continue assim, porque é uma grande oportunidade para entender melhor a música.” A es-tudante de violoncelo Vanessa Myuiki Miazaki também gostou, e destacou que essas ações ajudam a conhecer mais sobre a arte e os instrumentos.
O maestro Marcello Stasi ressalta que a ideia é dar acesso à população sobre o mundo de obras-primas de gênios de outros países e também do Brasil. Cada vez mais pessoas vêm assistir es-ses encontros, bem como os concertos das orquestras de câmara, formadas por um pequeno número de músicos, que se apresentam na capela do Vi-centina Aranha. “A igreja fica lotada a cada concerto e muita gente assiste do lado de fora mesmo, é a música unin-do as pessoas”, sintetiza o regente.
Mas a Sinfônica de São José dos Campos não vive só de eruditos. No início de outubro, por exemplo, ela se apresentou no Teatro Municipal, no Shopping Centro, com um concerto para viola caipira. A obra foi enco-mendada pela orquestra ao músico Neymar Dias. O sucesso foi enorme, e outras experiências semelhantes po-derão ocorrer nas apresentações pro-gramadas para os próximos meses.
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FESTIVAL DE VÍDEOS DESTACA IMPORTâNCIA DO AMBIENTE
A Secretaria de Meio Ambiente e a Fundação Cultural Cassiano Ricardo promovem o 1º Festival Regional de Vídeos Ambientais, com o tema “A Floresta e a Cidade”. Até 9 de dezembro, podem ser inscritos vídeos de até cinco minutos, ficção, animação ou
documentário. A premiação será em 21 de dezembro, para estudantes e videomakers.
TRILHAS AO SOM DOS CLÁSSICOS UNIVERSAIS
Desde agosto as pessoas que frequentam o Parque Vi-centina Aranha têm caminhado ao som de trilhas sonoras mui-to especiais: o som que enche o ambiente e se mistura com o canto dos pássaros vem dos instrumentos de músicos que se reúnem na sala de leitura ou na Capela Sagrado Coração de Jesus para ensaiar. É ali que a Orquestra Sinfônica de São José dos Campos costuma se reunir às segundas e quartas-feiras para preparar concertos e apresentações.
A orquestra foi idealizada nas oficinas de música da Fundação Cultural e constituída em 2004. Dois anos depois, foi reformu-lada e estreou sob a regência de Marcello Stasi em 11 de ou-tubro de 2006, no Teatro Mu-nicipal. Tem 49 componentes e já se apresentou no Festival de Inverno de Campos de Jordão, no Festival da Mantiqueira. Um dos projetos é executar peças do compositor Gomes de Araú-jo (1846-1943), que nasceu em Pindamonhangaba, e um con-certo de rock sinfônico.
AS PRóXIMAS ATRAÇÕES
nCONCERTOObras de Beethoven 9 de novembro, às 20hTeatro Municipal
n CONCERTO E BALÉO Quebra-Nozes, de TchaikovskyCom a Cia. de Dança18 de dezembro, às 10h Parque Vicentina Aranha
nCONCERTOS 20 e 21de dezembro, às 20h30Teatro do Sesi
nENCONTROS DIDÁTICOS Três vezes por mêsParque Vicentina Aranha Rua Prudente Meirelles de Morais 302, Villa Ady-Anna
u
u
u
No ensaio, o maestro Marcello Stasi e parte dos componentes da orquestra sinfônica
O fagotista Isaac Santana
nossa cidade
341 MILVEÍCULOS
foram registradosem São José até
setembro de 2011
105 MIL
CARROSpassam pelo
Anel Viário nos diasde maior movimento
75 MILVEÍCULOSpassam por dia
na Avenida Jorge Zarur, em média
35 MILAUTOMÓVEIS
em média, passamdiariamente pelaAvenida São João
30 MILé A MéDIAdiária de veículos
que utilizam a AvenidaJuscelino Kubitscheck
27 MILé O NÚMERO
de veículos que circulam por dia pelaAvenida Rui Barbosa
uFique sabendo
11 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
Você quer ler na cama e manter a luz do quarto apagada? A solução pode ser uma mi-nilanterna alimentada a pilha, presa à capa do livro. Se a tampa da garrafa de refrigerante está emperrada, use o “open pet”, que torna muito mais leve a tarefa. E que tal guardar moedas num cofre que soma o valor de sua poupança?
Essas e outras criações de alunos de escolas da rede municipal foram apresentadas duran-te a Expo Empreende 2011, a feira organizada pela Secretaria de Educação para mostrar habi-lidades que os estudantes desenvolveram para criar e sugerir produtos ao mercado. A propos-ta pedagógica é estimular os participantes a desenvolver soluções simples para problemas cotidianos.
O vencedor deste ano foi o Inala Maxi, um inalador portátil, de custo baixíssimo e com ba-teria recarregável. Ele foi criado por estudantes da Escola Municipal Maria Nazareth de Moura Veronese, do Jardim da Granja. “A emoção de ter vencido é inexplicável”, diz Fabiana Fátima dos Santos, certa de que o esforço da equipe valeu a pena.
O geógrafo Rodrigo Roberto Alves ficou impressionado com o que viu na Expo Empre-ende. “São ideias muito originais e os produtos poderiam estar facilmente disponíveis no mer-
cado”, disse. Neste ano, foram 300 propostas inovadoras realizadas por cerca de 3 mil estu-dantes. Os 20 finalistas apresentaram suas cria-ções a uma banca examinadora que escolheu os três melhores, levando em conta critérios de criatividade, estudo de mercado, qualidade do material e apresentação oral.
Captar imagens como esta de Adenir Britto é um exercício diário de atenção e criatividade, mas exige técnica apurada e sensibilidade. Esses, por sinal, serão os temas dos cursos, oficinas e pales-tras que serão oferecidos por uma seleção de feras que estará em São José entre os dias 29 de novem-bro e 2 de dezembro. Entre outros, aqui estarão Luis Crispino, fotógrafo de campanhas publicitárias e modelos famosos, e Piu Dip, que trabalhou na Isto É, nos jornais Folha e Estadão, e agora se dedica a fotos de espetáculos de dança e teatro. Eles e outros profissionais também vão expor trabalhos na sede da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e em outros espaços culturais da cidade.
FERAS DA FOTOGRAFIA VãO DAR CURSOS NA FUNDAÇãO
QUE TAL UMA PARTIDA DE XADREz NO VICENTINA ARANHA?
Quem gosta de xadrez, agora pode praticar ou aprender a jogar no ambiente agradável proporcionado por um dos cartões postais da cidade, o Parque Vicentina Aranha. No local, há uma sala especial para receber aprendizes e praticantes da modalidade. As aulas são gratuitas e ministradas todos os sábados, das 9h às 12h.
Ideias premiadasExpo Empreende destaca projetos inovadores de alunos das escolas municipais
Os criadores do Inala Maxi
OS VENCEDORES
u Inala Maxi: inalador portátil, com bateria recarregável e opção de conexão na tomadaEscola Municipal Maria Nazareth de Moura Veronese
u Pratbald: balde com suportes na parte externa para produtos de limpeza.Escola Municipal Dosulina Chenque Chaves de Andrade
u Fapma: ONG para assistência a adolescentes em situação vulnerável devido à gravidez precoceEscola Municipal Homera da Silva Braga
12 | Jornal da Cidade | outubro de 2011
GUSTAVO HADDAD BRAGA
Seria muito simples dizer que vem de família a vocação de Gus-tavo Haddad Braga para os cálcu-los matemáticos. O avô paterno era professor de matemática e o pai e a mãe são engenheiros, mas isso não explica tudo. Na verdade, tem muita ralação entre o que esse ga-roto de 17 anos aprende na escola e as olimpíadas científicas de que participou e que lhe renderam uma coleção de medalhas.
O garoto de sorriso fácil e comu-nicativo é veterano de olimpíadas de conhecimentos, mas seu perfil não se encaixa no estereótipo dos “nerds”, que vivem mergulhados em livros e pesquisas de internet. “Seu sonho é descobrir algo que possa melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Nenhum brasileiro até hoje ganhou um Prêmio Nobel, quem sabe eu possa contribuir para isso?”, diz ele com brilho nos olhos.
Durante a semana, ele vai à es-cola pela manhã para terminar o ensino médio e se preparar para alguns vestibulares e para o Enem. À tarde, costuma reservar cinco ho-ras para os estudos, mas sempre tem espaço para ajudar os amigos e ensinar-lhes alguma coisa.
Na escola, ele também auxilia os alunos do primeiro ano do ensino médio. Dá aulas de matemática, fí-sica, química e biologia e garante que tem uma didática espe-cial, que faz todo mundo aprender.
gente daqui
Ele tem 17 anos, coleciona medalhas vencendo competições internacionais de física, matemática e astrofísica, mas ainda não sabe que carreira vai seguir
provas pelo país, que foi selecio-nado para representar o Brasil em competições internacionais. Re-cebeu treinamento específico em universidades, teve acesso a labo-ratórios de última geração e conhe-ceu grandes cientistas brasileiros e estrangeiros, o que só aumentou a curiosidade do rapaz.
A primeira competição internacio-nal foi em 2008, na Coreia do Sul, a Olimpíada Internacional de Ciência Júnior, disputada por estudantes do mundo inteiro. “Fiquei muito con-tente de representar meu país, mas confesso que fiquei surpreso ao ga-nhar a medalha de ouro, porque os países asiáticos investem muito na educação, especialmente a Coreia.”
No ano seguinte Gustavo foi pa-rar na República do Azerbaijão, na divisa entre a Europa e a Ásia. De lá, ele trouxe a medalha de prata. Em 2010, faturou duas medalhas de bronze: uma na Olimpíada de Astronomia e Astrofísica, na China, outra na a Olimpíada de Física, na Croácia.
Neste ano, disputou mais três olimpíadas. As de astronomia e as-trofísica da Polônia e de Portugal foram um aquecimento para a Inter-nacional de Física da Tailândia, em agosto: Gustavo foi o melhor entre os competidores dos países de cul-tura ibero-americana. A medalha de ouro dele virou razão da cobiça de várias escolas, que ofereceram bol-sas integrais para disputar o passe desse craque do conhecimento.
Gustavo explica que as com-petições são realizadas em países emergentes que se destacam pelo investimento que fazem na educa-ção. “Adorei conhecer culturas dife-rentes da nossa, vi muita pobreza,
e isso me incomodava muito, mas são países que valorizam
a educação”, diz ele. Um de seus heróis é o avô materno, um sírio que veio para o Brasil sem nada, virou co-
merciante, fez de tudo para educar os filhos
e conseguiu que to-dos obtivessem um diploma de curso
superior.
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Seu ídolo é o físico britânico Ste-phen Hawking, portador de escle-rose lateral múltipla e que, mesmo paralítico, é um dos cientistas que mais escrevem livros e artigos sobre astronomia e astrofísica.
Mas Gustavo não tem olhos apenas para os livros. “Eu sou san-tista roxo”, diz o jovem, que sempre dá um jeito de ir com a família ao Guarujá e, ao lado do pai, Wagner Braga, dá uma corridinha à Vila Bel-miro para ver Neymar, Ganso & Cia. Pratica natação há sete anos, ado-ra assistir seriados na TV, azarar no shopping e pegar um cineminha
com os amigos. Às vezes, lê uma re-vista de informação científica.
Quanto ao futuro, ele não está nem um pouco preocupado. “Eu tenho só 17 anos” – faz questão de lembrar, enfatizando que está numa fase de descobertas e tem muito tempo para escolher uma carreira. “Eu gosto de muita coisa, preciso estudar muito ainda e, na hora cer-ta, farei a melhor escolha.”
Foi a professora Soraya que des-cobriu o talento desse garoto nasci-do em 25 de setembro de 1994, fi-lho de paulistanos. Ela percebeu que aquele menino inquieto da quinta série do fundamental tinha inteli-gência acima da média e era persis-tente – não sossegava até achar a resposta certa para os problemas. A educadora inscreveu Gustavo numa competição de matemática - e ele voltou com o primeiro lugar.
Começava ali uma trajetória em que o garoto se destacou tanto nas
Filho de Wagner e Kátia Haddad BragaNasceu em 25 de setembroVive no Esplanada do SolTorcedor do SantosGosta de nataçãoSonha criar algo que ajude a humanidade
uPerFil
Prêmio NobelO menino
que sonha com o
“Quanto mais a gente aprende, mais descobre que nada sabe.” Gustavo Haddad Braga