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PREFACIO A 3á edição Dizer que estamos em uma época de mudança e de instabilidade parece até redundância ou afirmação prosaica. Contudo, o que importa é que à medida que o ambiente se torna mais instável e turbulento - como é o que está acontecendo no mundo de hoje -, maior a necessidade de opções diferentes para a solução dos problemas e situações que se alternam e se diferenciam de maneira crescentemente diversa. À medida que o profissional que se dedica à Administração cresce e se desloca dos trabalhos meramente operacionais e orientados para o campo da ação e da operação - onde geralmente utiliza suas habilidades práticas e concretas de como fazer e executar citas coisas de maneira correta e eficiente -, para atividades administrativas e orientadas para o campo do diagnóstico e da decisão - onde geralmente utiliza suas habilidades conceituais de sentir e de definir situações e equacionar estratégias de ação adequadas e eficazes para aquelas situações -, maior a necessidade de se fundamentar em conceitos, idéias, teorias e valores que lhe permitam a orientação e o balizamento do seu comportamento, o qual obviamente influenciará poderosamente o comportamento de todos aqueles que trabalham sob sua direção e orientação. Neste sentido, a Teoria Geral da Administra ao é uma disciplina eminentemente orientadora do comportamento do profissional de Administração. Ao invés de se preocupar em ensinar a executar ou fazer certas ilesas - o como -, ela busca ensinar quais as coisas que devem ser feitas em determinadas circunstâncias ou ambientes - o por que. A TGA não visa formar o profissional prático que sai da escola pronta e acabada para executar algumas coisas e tarefas, quaisquer que sejam as situações ou circunstâncias que o envolvam. Pelo contrário, a TGA procura ensinar o futuro profissional a pensar e, sobretudo, a raciocinar a partir de uma bagagem de conceitos e idéias que traz como ferramentas de trabalho. Aliás, o que diferencia o administrador de um simples executor de tarefas é exatamente o fato de que enquanto o segundo sabe jazer e executar certas coisas que aprendeu mecanicamente (como desenhar organogramas e tluxogramas, compor orçamentos, opecar lançamentos e registros, montar previsões de vendas etc.), de maneira prática, concreta e imediatista, o primeiro sabe analisar e resolver situa ões problemáticas variadas e complexas, pois apcendeu a pensar,

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  • PREFACIO A 3 edio Dizer que estamos em uma poca de mudana e de instabilidade parece at redundncia ou afirmao

    prosaica. Contudo, o que importa que medida que o ambiente se torna mais instvel e turbulento - como o que est acontecendo no mundo de hoje -, maior a necessidade de opes diferentes para a soluo dos problemas e situaes que se alternam e se diferenciam de maneira crescentemente diversa. medida que o profissional que se dedica Administrao cresce e se desloca dos trabalhos meramente operacionais e orientados para o campo da ao e da operao - onde geralmente utiliza suas habilidades prticas e concretas de como fazer e executar citas coisas de maneira correta e eficiente -, para atividades administrativas e orientadas para o campo do diagnstico e da deciso - onde geralmente utiliza suas habilidades conceituais de sentir e de definir situaes e equacionar estratgias de ao adequadas e eficazes para aquelas situaes -, maior a necessidade de se fundamentar em conceitos, idias, teorias e valores que lhe permitam a orientao e o balizamento do seu comportamento, o qual obviamente influenciar poderosamente o comportamento de todos aqueles que trabalham sob sua direo e orientao.

    Neste sentido, a Teoria Geral da Administra ao uma disciplina eminentemente orientadora do comportamento do profissional de Administrao. Ao invs de se preocupar em ensinar a executar ou fazer

    certas ilesas - o como -, ela busca ensinar quais as coisas que devem ser feitas em determinadas circunstncias ou ambientes - o por que. A TGA no visa formar o profissional prtico que sai da escola pronta e acabada para

    executar algumas coisas e tarefas, quaisquer que sejam as situaes ou circunstncias que o envolvam. Pelo contrrio, a TGA procura ensinar o futuro profissional a pensar e, sobretudo, a raciocinar a partir de uma

    bagagem de conceitos e idias que traz como ferramentas de trabalho. Alis, o que diferencia o administrador de um simples executor de tarefas exatamente o fato de que enquanto o segundo sabe jazer e executar certas

    coisas que aprendeu mecanicamente (como desenhar organogramas e tluxogramas, compor oramentos, opecar lanamentos e registros, montar previses de vendas etc.), de maneira prtica, concreta e imediatista, o primeiro

    sabe analisar e resolver situa es problemticas variadas e complexas, pois apcendeu a pensar,

  • X INTRODUO TEORIA GERAL DA ADMINISTRAO Este livro, quase um manual introdutrio, quase uma antologia pela sua prpria natureza, destinado

    tanto aos estudantes de Administrao, como queles que necessitam de uma base conceptual e terica indispensvel prtica administrativa.

    Desejo externar meus sinceros agradecimentos s editoras Atlas, Livraria Pioneira Editora, Edgard Bliicher, Zahar Editores, Servio de Publicaes da Fundao Getlio Vargas, Vozes, Livraria Freitas Bastos, Editora Pedaggica e Universitria, Livros Tcnicos e Cientficos, Artenova, e s editoras estrangeiras, pela permisso de fazer referncias a textos e grficos de autores e obras referidos neste trabalho.

    Idalberto Chiavenato

  • SUMARIO Parte 1: INTRODUO TEORIA GERAL DA ADMINISTRAO Capftulo l. A Administrao e suas Perspectivas . 5 Contedo e objeto de estudo da Administrao 6 O Estado Atual da Teoria Geral da Administrao 9 A Administrao na sociedade moderna 10 Perspectivas futuras da Administrao 12 Sumrio 14 Perguntas para reviso e discusso 14 Caso: Mtodo do caso . . 14 Parte 2 : OS PRIMRDIOS DA AD1\ YISTRAO Capftulo 2. Antecedentes Histricos da Adnnistrao . . 21 Influncia dos filsofos . 22 Influncia da organizao da Igreja Catlica . . . . 24 . Influncia da organizao militar . 24 ' Influncia da Revoluo Industrial . . . 25 Influncia dos economistas liberais . . . 29 Sumrio . 31 Perguntas para reviso e discusso . . . . 32 Parte 3 : ABORDAGEM CLSSICA DA ADMINISTRAO Origens da abordagem clssica 34 Capftulo 3. Ad istraoCientffica . 37 A obra de Taylor . . . Administrao como cincia . . . 40 Organizao racional do trabalho. . . . . . 41 Princpios da Administrao Cientf ica . 51 Apreciao crtica da Administrao Cientfica . 55 Sumrio . . . 62 Perguntas para reviso e discusso . . . . 63 Caso: Indstria So Pedro, Autopeas S.A. . . . 68 Caso: Alfa S. A. . . . 68 Capftulo 4. Teoria Clsaica da Adntinistrao . . . . . 70 A obra de Fayol . . . . . 71 Teoria da Organizao Elementos da Administrao . . 80 Princpios de Adnnistrao . . 83 Apreciao crtica da Teoria Clssica . 84 Sumrio Perguntas para reviso e discusso . . Caso: Fundio Rio Negro . . . 90 Parte 4 :

  • Capftulo 5. Teoria das Relaes Humanas . 96 Origens da Teoria das Relaes Humanas . . . 97 A Experincia de Hawthorne A civilizao industrializada e o homem . . . . 106 Funes bsicas da organizao industrial . . . 108 Sumrio . 110 Perguntas para reviso e discusso . . . 111 Caso: Helny S.A., Ind. e Com. de Embalagens Especiais . . . . 111 Caso : Construtora Imbilis S A . I 13 Capftulo 6. Decorrncias da Teoria das Relaes Humanas . . . . 116 Influncia da motivao humana . . . . I 17 I derana . . . . 124 Comunicaes . 133 Organizao informal . 136 Din mica de grupo . . 139 Apreciao crtica da Teoria das Relaes Humanas . 144 Sumrio . 154 Perguntas para reviso e discusso . . . 155 Caso: Produtos Alimentcios Ce este . 156 1 SUMARIO WII Caso: Loja Independncia . . 159 Caso: Cia. Regncia de Roupas . . 161 P rte 5 : ABORDAGEM NEOCLdSSICA DA ADMINISTRAA Captulo 7. Teoria Neo ica da Ad istrao . . 166 Caractersticas principais da Teoria Neoclssica . . . 166 dministrao como tcnica social . 170 Centralizao X descentralizao . . . I 3 Funes do administrador . . Sumrio . . . 180 Perguntas para reviso e discusso . . 180 Caso: Textim S.A., Produtos Txteis 18l Caso: Detex . . I83 ' Captulo 8. Decorrn s da Abordagem Neocl ica; Tipos de 'zao . 185 Caractersticas bsicas da organizao formal 186 Organizao linear . . . 192 Organizao funcional 195 Organizao linha-"staff" . . . Comisses . . . . 199 Sumrio . 207 211 Perguntas para reviso e discusso . . . 211 Caso: Cia. "Aotec" - Ind. e Com. de Ao . 212 Caso: Cia. Manufatureira K . 213 Caso: Cia. Montebelo . 215 Captulo 9. Decorrn