precipitação pluviometrica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO COLÉGIO UNIVERSITÁRIO – COLUN CURSO TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE DISCIPLINA: CLIMATOLOGIA PROFESSORA: ROSALVA REIS ROOSEVELT FERREIRA ABRANTES JORGIELY CRISTINA SILVA LIMA THAIZA SILVA FRASÃO COSTA ELINAJARA PEREIRA CASTRO RUAN ALMEIDA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

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Page 1: Precipitação pluviometrica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

COLÉGIO UNIVERSITÁRIO – COLUN

CURSO TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE

DISCIPLINA: CLIMATOLOGIAPROFESSORA: ROSALVA REIS

ROOSEVELT FERREIRA ABRANTESJORGIELY CRISTINA SILVA LIMATHAIZA SILVA FRASÃO COSTAELINAJARA PEREIRA CASTRO

RUAN ALMEIDA

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

SÃO LUÍS – MA

2012

Page 2: Precipitação pluviometrica

ROOSEVELT FERREIRA ABRANTES

JORGIELY CRISTINA SILVA LIMA

THAIZA SILVA FRASÃO COSTAELINAJARA PEREIRA CASTRO

RUAN ALMEIDA

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

Trabalho apresentado à disciplina: Climatologia da Universidade Federal do Maranhão, como um dos requisitos para conclusão da disciplina do curso Técnico de Meio Ambiente.

SÃO LUÍS – MA

2012

Page 3: Precipitação pluviometrica

INTRODUÇÃO

O regime hidrológico ou a produção de água de uma região (bacia hidrográfica) é determinado por fatores de natureza climática ou hidrometeorológica (precipitação, evaporação, temperatura, umidade do ar, vento, etc.) e por suas características físicas, geológicas e topográficas.

Temperatura, umidade e vento são importantes pela influência que exercem na precipitação e evaporação. A topografia é importante pela sua influência na precipitação, além do que determina a ocorrência de lagos e pântanos e influi (juntamente com o solo e a vegetação) na definição da velocidade do escoamento superficial. As características geológicas, além de influenciarem a topografia, definem o local do armazenamento (superficial ou subterrâneo) da água proveniente da precipitação.

Para o hidrologista, a precipitação corresponde à água proveniente do vapor d’água da atmosfera que se deposita na superfície da terra sob diferentes formas, como chuva, granizo, neve, neblina, orvalho ou geada.

A chuva é o principal elemento da maioria dos projetos hidrológicos. Os problemas de engenharia relacionados com a hidrologia são em sua grande maioria consequência de chuvas de grande intensidade ou volume e da ausência de chuva em longos períodos de estiagem.

Chuvas de grande intensidade em áreas urbanas causam o alagamento das ruas, porque o sistema de drenagem não é projetado para chuvas muito intensas. Precipitações de grande intensidade podem, ainda, causar danos à agricultura e a estrutura de barragens. A ausência de chuvas por longos períodos reduz a vazão dos rios, causando a diminuição do nível dos reservatórios. Vazões reduzidas devido à falta de chuva trazem danos ao ambiente do curso d’água, além de reduzir a água disponível para diluição de poluentes. A diminuição do nível dos lagos e reservatórios reduz a disponibilidade da água para usos como: abastecimento, irrigação e geração de energia. A umidade excessiva resultante de eventos de baixa intensidade e longa duração podem causar problemas à agricultura, reduzindo as colheitas.

É evidente, então que os problemas surgem quando a precipitação ocorre em situações extremas de intensidade, frequência, ou quando os intervalos entre precipitações são excessivamente longos.

As características principais da precipitação são o seu total, duração e distribuições temporal e espacial. O total precipitado não tem significado se não estiver ligado a uma duração. Por exemplo, 100 mm pode ser pouco em um mês, mas é muito em um dia ou, ainda mais, numa hora. A ocorrência da precipitação é processo aleatório que não permite uma previsão determinística com grande antecedência. O tratamento dos dados de precipitação para grande maioria dos problemas hidrológicos é estatístico.

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1. MECANISMOS DE FORMAÇÃO DAS PRECIPITAÇÕES

O vapor de água contido na atmosfera, constituí um reservatório potencial de água que, ao condensar-se, possibilita a ocorrência das precipitações. A origem das precipitações está ligada ao crescimento das gotículas das nuvens, o que ocorre quando forem reunidas certas condições. Efetivamente, muitas vezes existem nuvens que não produzem chuvas, o que evidencia a necessidade de processos que desencadeiem a precipitação.

Para as gotículas de água precipitar é necessário que tenham um volume tal que seu peso seja superior ás forças que as mantêm em suspensão, adquirindo, então, uma velocidade de queda superior às componentes verticais ascendentes dos movimentos atmosféricos.

A nuvem é um aerosol constituído por uma mistura de ar, vapor de água e de gotículas em estado líquido ou sólido cujos diâmetros variam de 0,01 a 0,03 mm, espaçadas, em média, um milímetro entre si. O ar que envolve as gotículas das nuvens se acha num estado próximo ao da saturação e, por vezes, supersaturado. Esse aerosol fica estável, em suspensão, pelo efeito da turbulência no meio atmosférico e/ou devido à existência de correntes de ar ascendentes que contrabalançam a força da gravidade.

As gotículas possuem massa de 0,5 a 1 grama de água por m³ de ar, enquanto o ar saturado que envolve as gotículas tem umidade de 1 a 6 gramas por m³ (-20ºC a 5ºC). A concentração das gotículas é de cerca de 1000/cm³. Dessa forma, a quantidade total de água presente em uma nuvem, nos três estados pode variar de 1,5 a 7 g/m³.

As gotículas de chuva têm diâmetros de 0,5 a 2,0 mm (densidade espacial de 0,1 a 1 gota por dm³), com um valor máximo de 5,0 a 5,5 mm. Quando uma gota cresce até atingir um diâmetro de 7,0 mm, sua velocidade de queda será de 9 m/s. A uma velocidade tão alta a gota se deforma e subdivide em gotas menores devido à resistência do ar. As gotas de chuva têm dimensões muito maiores do que as gotículas das nuvens. A origem das precipitações está intimamente ligada ao crescimento das gotículas das nuvens.

O ar atmosférico, além dos gases que o compõem, contém partículas minúsculas (diâmetro variando de 0,01 a 1 mícron) de várias origens: argilosas, orgânicas (pólen), químicas e sais marinhos. Sobre essas partículas se realiza com facilidade a condensação do vapor atmosférico. Essas partículas funcionam como núcleos de condensação. Observa-se que quando o ar úmido sobe e atinge o nível de saturação, as gotículas de água que se formaram não têm tendência a se unirem ente si sem a presença dos núcleos de condensação.

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2. PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA - CHUVAS

Precipitação pluviométrica ou chuva é o processo pelo qual a água condensada na atmosfera atinge gravitacionalmente a superfície terrestre.

2.1Processo de Formação da Chuva

A chuva tem papel importante no ciclo hidrológico. A quantidade de chuvas é medida usando um instrumento chamado pluviômetro de funcionamento simples: a boca de um funil de área conhecida faz a coleta das gotas de chuva e as acumula em um reservatório colocado abaixo do funil. Um observador vem no tempo de amostragem (uma vez por dia, quatro vezes por dia etc), e com uma pipeta  com escala graduada, mede o volume de água acumulado no período. Por exemplo, ele pode ter medido que caíram 25 mm por metro quadrado  nas últimas 24 horas. Para maior precisão no registro das alturas de chuvas utiliza-se um aparelho denominado de pluviógrafo  que registra num gráfico as alturas de precipitações em função do tempo. A este gráfico denomina-se pluviograma.

A chuva é um Fenômeno Climático que Ocorre da Seguinte Forma:

1º - A água, quando é aquecida (pelo Sol  ou outro processo de aquecimento), evapora e se transforma em vapor de água;

2º - Este vapor de água se mistura com o ar e, como é mais leve, começa a subir;

3º - Formam-se as nuvens carregadas de vapor de água (quando mais escura é a nuvem mais carregada de vapor de água condensado);

4º - Ao atingir altitudes elevadas ou encontrar massas de ar frias, o vapor de água condensa, transformando-se novamente em água;

5º - Como é pesada e não consegue sustentar-se no ar, a água acaba caindo em forma de chuva.

Obs: Existem regiões do mundo em que ocorrem poucas chuvas. Nos desertos (Saara, Atacama, Arábia), por exemplo, o índice de umidade é baixíssimo. Isto dificulta a formação de nuvens e das chuvas. Já em regiões como a Floresta Amazônica, as chuvas ocorrem em grande quantidade em função do alto índice de evaporação da água. 

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A formação das Nuvens:

As nuvens se formam pela perda da capacidade do ar de conter umidade. Isto ocorre normalmente, quando massas de ar que estão com alta umidade relativa, sofrem resfriamento. Na atmosfera, isto se dá normalmente pela elevação destas massas de ar. Ao subir, o ar vai se expandindo pela diminuição da pressão atmosférica. Esta expansão desconcentra calor, resfriando-o.  À medida que o ar vai se resfriando, ele vai perdendo a capacidade de conter umidade, ou seja, sua umidade relativa vai aumentando até chegar a 100% da sua capacidade. Daí para frente, a umidade começa a aparecer sob a forma de pequenas gotículas de água que pairam no ar, levadas pelos ventos.

Fonte: www.google.com.br / Imagem: Ciclo de formação da chuva Quando o fenômeno ocorre a certa altura, chamamos de nuvem, quando está próximo do chão, chamamos de neblina, serração, névoa, etc.. Se o processo continuar se intensificando, haverá a precipitação da umidade em forma de chuva.

2.2 Condensação do Vpd Atmosférico

Núcleos de condensação: superfície de contato para condensação do vpd. Concentração na atmosfera = 2000 a 5000 unidades/cm³.

Tipos de núcleos: partículas de poeira, sal marinho, óxido de enxofre e fósforo provenientes das chaminés industriais.

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O estado de saturação na atmosfera, responsável pela condensação em torno dos núcleos, pode ser conseguido de duas maneiras:

a. Pelo aumento da pressão de vpd na atmosfera, até um valor de saturação nas condições reinantes de pressão e temperatura (aumento da quantidade de vpd)

b. Pelo resfriamento do ar úmido até a temperatura do ponto de orvalho, mantendo constante a pressão de vpd no ar.

2.3Coalescência

Elementos de nuvem: gotículas de pequeno diâmetro (100 micra) em suspensão na atmosfera. A capacidade de sustentação é maior que a ação da gravidade. Podem evoluir para elementos de precipitação. Os elementos de precipitação são formados a partir dos elementos de nuvens, através do fenômeno da coalescência, são maiores que os elementos de nuvem. O tamanho, portanto, diferencia entre elementos de nuvens e elementos de precipitação (2 mm).

Condições Determinantes da Coalescência:

1. Diferenças de temperatura entre os elementos das nuvens → partículas mais energéticas dirigem-se em direção às menos energéticas;

2. Diferenças de tamanho entre os elementos das nuvens → menores partículas em direção às maiores, por diferença de gradiente superficial;

3. Movimentos turbulentos dos elementos das nuvens → maiores partículas absorvem as menores, devido aos choques. A tendência é o aumento das gotículas;

4. Existência de cargas elétricas entre os elementos de nuvens → cargas elétricas opostas se atraem, para o crescimento das gotículas.

3. Tipos de Precipitação

Existem três causas primárias de formação da chuva e todas elas têm a ver com a ascensão de massa de ar quente e úmida na atmosfera (FELLOWS, 1975). Tal massa de ar ascende a um nível de menores temperaturas, onde o ponto de orvalho pode ser atingido ou excedido.

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Fonte: www.wikipedia.com.br / Imagem: Tipos de chuva

As Diferentes Causas de Formação e Ocorrência da Precipitação:

Precipitação Orográfica: Resulta quando uma massa de ar quente e úmida movendo-se ao longo de uma região é forçada a ascender, devido a uma obstrução, como altas cadeias de montanha.

A explicação deste fenômeno esta na massa de ar húmida que é empurrada por ventos contra uma barreira montanhosa, obrigando a massa de ar subir. Ao subir o ar arrefece até chegar ao ponto de condensação, levando à formação de nuvens (a altitude a que estas se formam depende da temperatura, da humidade existente e da pressão atmosférica).

Ao continuar a ser forçada a elevar-se, a massa de ar vai levar à ocorrência de chuva que, regra geral, leva a massa de ar a perder muita da sua humidade. Ao passar o cume da montanha, o ar desce a encosta sendo comprimido e aquecido - torna-se uma massa de ar quente e seco.

São também chamadas de chuvas de serra, ou ainda, chuvas de relevo e ocorrem quando os ventos  úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar.

Também são comuns nos litorais paranaense, catarinense  e paulista  e em todo o litoral brasileiro na Serra do Mar. Esse tipo de precipitação pode estar associado à presença do efeito Föhn, que condiciona a existência de áreas mais secas à sota-vento dessas barreiras. 

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Fonte: www.google.com.br / Figura: Precipitação orográfica.

Características

Ocorrem quando uma nuvem encontra um alto obstáculo em seu caminho, como uma grande elevação do terreno, cadeia de morros, serra, etc. 

Como se Forma

Para a massa de ar transpor o obstáculo, é forçada a subir. Aí ocorre aquela velha história: ar que sobe é ar que se expande pela menor pressão atmosférica, e ar que se expande é ar que "dilui" calor. Massa de ar que perde calor perde junto à capacidade de conter umidade, o que gera nuvens e em segmento, chuva. Daí a grande incidência de nebulosidade e chuvas, muitas vezes torrenciais, nas altas encostas dos morros.

  Estas nuvens podem provocar tempestades elétricas perigosas, pela proximidade da terra com as nuvens, sobretudo quando ocorre juntamente com outro tipo de chuva (frontal, convectiva). 

As maiores precipitações registradas na região sudeste ocorreram em fevereiro de 1966 quando durante um tórrido verão se juntaram uma frente fria com as precipitações convectivas e na Serra do Mar as chuvas orográficas, ocasionando grandes desastres, sobretudo no eixo Rio-São Paulo. Esta chuva excepcional de período de retorno  ou recorrência calculado como cerca de 100

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anos está registrada no livro "Enchentes no Rio de Janeiro" publicado pela SEMADS-GTZ.

Precipitação Convectiva: Resulta como uma massa de ar instável rapidamente se eleva na atmosfera a partir de uma área que se aqueceu.

É também chamada de chuva de verão na região Sudeste do Brasil  e são provocadas pela intensa evapotranspiração  de superfícies úmidas e aquecidas (como florestas, cidades e oceanos tropicais).

O ar ascende em parcelas de ar que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. Precipitação convectiva é comum no verão brasileiro, na Floresta Amazônica  e no Centro Oeste. Na região Sudeste, particularmente sobre a Região Metropolitana de São Paulo  (RMSP) e sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro  (RMRJ) também ocorrem tempestades convectivas associadas à entrada de brisa marítima ao final da tarde com graves consequências sobre as centenas de áreas de risco ambiental. Estas chuvas também são conhecidas 

Características 

Típica chuva de verão, com grande intensidade e curta duração (é menos comum no inverno). Pode produzir ventos locais e muitos raios. Ocorre pela formação de "corredores" verticais de ar, provocados pela elevação de massas de ar quente. 

Como se Forma

Quando o sol aquece a terra, formam-se células convectivas. Estas células são imensas massas de ar aquecido na superfície da terra, que iniciam uma subida em algum local. 

Esta subida tende a puxar para cima mais ar aquecido da superfície da terra. O ar aquecido que está subindo empurra para cima e para os lados o ar que está acima dele. Acelera-se o processo como numa ampla e gigantesca chaminé. Por isto, estas nuvens tem um formato típico de cogumelo. São muito grandes, podendo ter dezenas de quilômetros de diâmetro, e vários quilômetros de altura.

Podem ocorrer isoladas (com céu azul em volta), o que é facilmente observado por pessoa que não esteja sob a imensa nuvem. Quando o processo produz nuvens muito altas e de grande energia cinética, criam ambiente ideal para formação de granizo. Apresentam grande atividade elétrica

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interna, com infinidades de raios e violentos ventos verticais e turbulências diversas. São um enorme perigo para aeronaves. 

Podem produzir grandes diferenças de potencial elétrico com a terra, possibilitando intensa ocorrência de raios. 

Precipitação Frontal: Resulta do confronto entre duas grandes massas de ar, uma quente e outra fria. Se a massa fria é a que avança, o resultado é uma frente fria; se a quente avança, uma frente quente se desenvolve.

São causadas pelo encontro de uma massa fria  (e seca) com outra massa de ar quente (e úmida), típicas das latitudes médias, como as de inverno  no Brasil  Meridional que caminham desde o Sul (Argentina ) e se dissipam no caminho podendo , eventualmente, chegar até o estado da Bahia . Por ser mais pesado, o ar frio faz o ar quente subir na atmosfera. Com a subida da massa de ar quente e úmida, há um resfriamento da mesma que condensa e forma a precipitação. 

Características

É uma chuva de menor intensidade, com pingos menores, e de longa duração. Pode ocorrer por vários dias, apresentando pausas e chuviscos entre fases mais intensas. Na metade sudeste do continente, pode ocorrer em qualquer época do ano, mas tem maior duração nos meses frios, quando os fenômenos atmosféricos são menos intensos. Pode produzir ventos fortes e grande quantidade de raios. Ocorre em uma imensa área simultaneamente. 

Como se Forma

Ocorre pelo encontro de duas grandes massas de ar. Uma quente e úmida, estacionária ou vinda do quadrante norte, outra fria, vinda do quadrante sul. A frente fria, mais densa, entra por baixo, levando para cima a massa de ar quente. Quando esta massa de ar quente possui elevada umidade relativa, a chuva é iminente.  A intensidade dos fenômenos (chuvas, ventos, raios), depende da intensidade dos elementos envolvidos (velocidade dos deslocamentos, umidade e temperatura das massas de ar). Frentes frias ocorrem comumente a cada 6 a 8 dias, e poderão ou não provocar chuva.  Segundo FELLOWS (1975) pode-se dizer que chuvas orográficas são típicas de regiões onde barreiras topográficas obstruem o livre movimento das massas de ar; chuvas convectivas são os tipos normais de regiões tropicais, devido ao excessivo aquecimento da superfície; e chuvas frontais são o tipo predominante em regiões de média latitude, dominadas por frentes polares.

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ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO

Para poder acompanhar a quantidade de chuvas numa determinada região, os pesquisadores climáticos criaram o índice pluviométrico (medido em milímetros). Este é calculado da seguinte forma: as estações meteorológicas marcam um espaço no terreno de uma determinada região. Medem e acompanham a quantidade de chuva que cai ali durante o ano. Este índice é uma boa referência para se conhecer o clima de uma região.

Temporais

Muitas vezes as chuvas ocorrem em forma de temporais. Estas se caracterizam pelos ventos fortes, trovoadas e relâmpagos. Os relâmpagos são descargas elétricas provocadas pelo choque entre nuvens carregadas com muita água e energia. Já o trovão, é o som provocado por este choque.

Chuva Ácida 

Típica dos grandes centros urbanos, onde a poluição do ar  é comum, é um tipo de chuva que possui grande quantidade de poluentes. Causa danos à agricultura, às árvores e até mesmo aos monumentos históricos e arquitetônicos.

Chuva de Granizo

Granizo é uma das formas de precipitação atmosférica, um fenômeno meteorológico, e esta, em particular, acontecem na forma sólida de gelo. O tamanho das pedras de granizo pode surpreender o passante por sua variabilidade, desde meros 5 mm de diâmetro ao tamanho de uma bola de tênis. Mas é bom registrar que as maiores pedras de granizo já registradas tinham cerca de 5 kg e caíram em Bangladesh causando quase 800 óbitos e muitos mais feridos.  O que muitas pessoas não sabem é que a formação de granizo é comum nas nuvens de tempestade, o incomum é que o granizo atinja a superfície. A formação do granizo ocorre nas nuvens do tipo cumulonimbus (as de tempestade). No interior delas existem correntes de ar ascendentes e descendentes que ficam levando o vapor d'água condensado acima do que chamamos de linha Isotérmica, que é de 0ºC e depois o "arrastam" abaixo desta linha. Acima, desta linha as gotículas de água se congelam e depois "caem", seja por peso ou por uma corrente descendente.

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Fonte: www.wikipedia.com.br / Imagem: chuva de granizo Neste vai-e-vem o granizo derrete e depois recongela num processo contínuo de aquecimento e resfriamento que absorve cada vez mais umidade e cria camadas e mais camadas de gelo até que as bolas de granizo alcançam um peso que impede sua sustentação, e então ele cai. Entre a parte mais baixa das nuvens e o solo as pedras de granizo são expostas à temperatura do ar e podem ser aquecidas. Esse aquecimento pode ou não liquefazer o granizo.

4. Medida da Precipitação

A forma mais comum de precipitação, a chuva, é provavelmente a mais fácil de medir. Entretanto, dispositivos sofisticados são usados para medir pequenas quantidades de chuva mais precisamente, assim como para reduzir perdas por evaporação. O pluviômetro padrão tem um diâmetro em torno de 20 cm no topo. Quando a água é recolhida, um funil a conduz a uma pequena abertura num tubo de medida cilíndrico que tem área de seção reta de somente um décimo da área do coletor. Consequentemente, a espessura da chuva precipitada é aumentada 10 vezes, o que permite medidas com precisão de até 0,025 cm, enquanto a abertura estreita minimiza a evaporação. Quando a quantidade de chuva é menor que 0,025 cm, é considerada um traço de precipitação. A medida da precipitação é de grande utilidade na propriedade agrícola, pois a chuva constitui-se na principal fonte de água às culturas. A medida é bastante simples, sendo feita com uso dos pluviômetros. Os tipos comerciais mais comuns são o Ville de Paris (Figura 3), o Paulista e o tipo Hellmann (Figura 3).

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Fonte: VAREJÃO-SILVA, 2001 / Figura: Pluviômetros Ville de Paris (esquerda), Paulista (centro) e de Helmann (direita).

Um pluviômetro é um coletor de água, mas nem todo coletor é um pluviômetro. Nesse sentido, REICHARDT (1986) recomenda diâmetros da seção de captação D variando de 15 a 50 cm. Alguns autores recomendam valores de D entre 8 e 30 cm.

Altura de lâmina d’água (h)

h = 10. V/A

Onde h altura de chuva (mm); V = volume de água coletado (ml) ou (cm³), sendo 1 ml = 1 cm³; A =área da seção de captação de água (cm²).

Intensidade de chuva (I)

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I = h /

Do ponto de vista da intensidade, as chuvas podem ser (REICHARDT, 1986):

Chuva Fraca: até 2,5 mm/h. Constitui-se de gotas isoladas, facilmente identificáveis. Neste grupo tem-se a garoa – precipitação uniforme, de gotículas de diâmetro inferior a 0,5 mm e muito numerosas.

Chuva Moderada: de 2,5 a 7,5 mm/h. As gotas isoladas são dificilmente observáveis. Formação relativamente rápida de poças d’água.

Chuva Forte: intensidade superior a 7,5 mm/h. A chuva parece cair em lençóis, não sendo possível identificar gotas isoladas. Observa-se formação rápida de poças d’água. A visibilidade é prejudicada.

Além do pluviômetro, utiliza-se também para medir a precipitação o pluviógrafo. Este instrumento registra a quantidade de chuva com o tempo, num gráfico denominado pluviograma. Portanto, podem-se obter diretamente de um pluviograma informações sobre altura de chuva instantânea, altura de chuva durante qualquer intervalo de tempo menor ou igual a 24 h, e indiretamente informações sobre a intensidade de chuva nos mesmos intervalos de tempo mencionados anteriormente.

Fonte: VAREJÃO-SILVA, 2001 / Figura: Pluviógrafo de bóia e respectivo esquema de registro e acumulação de água.

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Fonte: VAREJÃOSILVA, 2001 / Figura: Parte de pluviograma usado. A linha A-B corresponde a uma sifonagem; as horas estão indicadas no alto; a escala vertical está em milímetros pluviométricos.

5. Precipitação Média – Método de Thiessen

A chuva média numa determinada área, onde mais de um pluviômetro é instalado, pode ser obtido os resultados pela média aritmética ou pela média ponderada das alturas de chuva nos diferentes tipos de coletores. Nesse último caso, o fator de ponderação é a área de influência de cada pluviômetro. Esta é a essência do método de Thiessen. Este método é frequentemente utilizado em áreas de grande extensão, como as bacias hidrográficas.

6. Precipitação Efetiva

A precipitação efetiva (Pe) é um conceito desenvolvido para caracterizar a fração da precipitação total que fica à disposição das plantas, quando a mesma ocorre sobre uma área cultivada. É um importante conceito quando em regiões onde se pratica irrigação, pois a Pe deve ser levada em conta na contabilização da quantidade de água aplicada à cultura.

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CONSIDERAÇOES FINAIS

Com este trabalho concluímos que a chuva é um dos principais elementos meteorológicos determinantes da produção agrícola, juntamente com a radiação solar e temperatura do ar. Este estudo é de grande importância, pois servem para gerenciar diversos sistemas de grande essenciais para o homem como aproveitamentos hidrelétricos, irrigação, regularização da navegação, abastecimento de água, qualidade da água, preservação do meio ambiente. Estes são aspectos multidisciplinares em que a hidrologia tem uma parcela importante. O homem necessita cada vez mais aprender sobre os recursos terrestres e aquáticos, assim como os recursos aquáticos, para uma ação humana mais planejada para a ocupação espaço na terra, utilizando-se assim da racionalidade para respeitar os recursos limitados e preservar o meio ambiente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://bibocaambiental.blogspot.com.br/2011/07/precipitacao-pluviometrica chuvas.html - Precipitação pluviométrica - Acesso em 17.10.2012

http://www.em.ufop.br/deciv/departamento/~carloseduardo/11Precipitacao.pdf - Acesso em 15.10.2012