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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS MESTRADO EM LETRAS LINHA ESTUDOS LINGUISTICOS CARINA DA SILVA MOTA PROJETO DE PESQUISA Belém

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS

MESTRADO EM LETRAS

LINHA ESTUDOS LINGUISTICOS

CARINA DA SILVA MOTA

PROJETO DE PESQUISA

Belém

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2013

LINHA DE PESQUISA: Estudos Linguísticos

MESTRANDA: Carina da Silva Mota

ORIENTADOR: Prof. Dr. Abdelhak Razky

Prof.ª Dr.ª Regina Fernandes Cruz

 

1 TÍTULO

FORMAÇÃO DE TERMOS: um estudo catalográfico na Língua Brasileira de Sinais sobre a

incorporação de novas palavras.

2 INTRODUÇÃO

A partir da necessidade de se expandir e de fazer emergir novos termos em língua de

sinais para facilitar a comunicação e o conhecimento. Para se chegar a este questionamento

envolveu um levantamento bibliográfico, buscando responder a indagação levantada, como

também às questões problema. A mesma se delimita a pesquisa no dicionário regional do

Instituto Federal do Pará em língua brasileira de sinais de biologia e pesquisa de campo comsurdos e ouvintes especialistas da área da biologia ou apenas usuários da língua de sinais

 brasileira para catalogar variações dos mesmos termos sinalizados que compõem a categoria

 biologia que características fonológicas, morfológicas, semântico e pragmático para a

construção do morfema as peculiaridades na formação gramatical expressas na categoria. A

 pesquisa será bibliográfica com pesquisa de campo.

3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Com a afirmação da língua brasileira de sinais tem emergido novos termos, e a

inserção dos surdos em ambientes não frequentados por eles como o ensino superior e o

contato com novos conceitos específicos de determinadas áreas do conhecimento acadêmico,

 partindo desse pressuposto, surge à necessidade de convencionar termos na Língua Brasileira

de sinais que correspondam a os existentes em português.

Com essa problemática em mente até que ponto o sinal convencionada expressa e

reporta o conceito em língua portuguesa?

5. JUSTIFICATIVA

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O projeto pretende analisar os termos convencionados no Instituto Federal do Pará

suas peculiaridades na construção da ficha catalografica os itens gramaticais utilizados como

a semântica, pragmática, fonologia e morfologia. Posteriormente, com profissionais usuários

da língua de sinais da área da biologia catalogar variações. Porém antes de entrar no estudo

 propriamente um passeio histórico é relevante pra demonstrar a importância da pesquisa.

Atualmente, varias visões é concebido sobre a surdez entre eles o paradigma clinico

que os surdos eram considerados como incapazes um peso a sociedade e que por isso viviam a

margem da sociedade e nunca poderiam ter grandes oportunidades como os outros com

ouvidos doentes que precisavam ser consertados o mais rápido possível e que pela ausência da

fala oral precisava ser reabilitado o mais rápido possível. No geral as pessoas rotuladas comodeficientes não são costumeiramente mencionadas no contexto histórico. A não ser quando

envolve barbáries, maldade e sofrimentos decorrentes da “deficiência”.

Relembrando as sociedades Gregas: Esparta e Atenas. Em que Esparta prezava pela

idealização do corpo perfeito e os atenienses pela idealização do refletir os surdos e também

outros “deficientes eram completamente rejeitados”. Sendo eles considerados um peso a essas

grandes sociedades eram sacrificados por serem jogados do alto de penhasco, deixados em

 praça publica ou abandonados em campos para morrer.Depois do congresso de Milão que foi um encontro entre representantes dos países

sendo eles Bélgica, França, Alemanha, Inglaterra, Suécia, Rússia, Estados Unidos e Canadá.

 Nesse congresso o intuito fundamental era discutir a educação de surdos e o método de ensino

apenas pela linguagem oral ou gestual. (SILVA, VILMAR, 2006. P. 26)

O interesse desse congresso não era se preocupar com os interesses dos surdos, pois

estava presente apenas um surdo que embora fosse o maior interessado não teve direito a se

 posicionar o congresso foi agitado nas discussões com a imposição que do método oral seriasuperior à língua de sinais a consequência foi banimento dos educadores surdos e a língua de

sinais. (SILVA, VILMAR, 2006. P. 26)

Ainda sobre o congresso de Milão em nada apenas se visou os melhores interesses

dos surdos foi Edward Gallaudet que defendeu o sistema combinado e os surdos que usavam

sinais, Mas infelizmente não foram ouvidas as resoluções segundo apresentadas por Strobel

Durante os 3 dias de congresso, foram votadas 8 resoluções, sendo que apenas uma

(a terceira) foi aprovada por unanimidade. As resoluções são: O uso da língua

falada, no ensino e educação dos surdos, deve preferir-se à língua gestual; O uso da

língua gestual em simultâneo com a língua oral, no ensino de surda afeta a fala, a

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leitura labial e a clareza dos conceitos, pelo que a língua articulada pura deve ser 

 preferida; Os governos devem tomar medidas para que todos os surdos recebam

educação; O método mais apropriado para os surdos se apropriarem da fala é o

método intuitivo (primeiro a fala depois a escrita); a gramática  deve ser ensinada

através de exemplos práticos, com a maior clareza possível; devem ser facultados

aos surdos  livros  com palavras e formas de linguagem conhecidas pelo surdo; Os

educadores de surdos, do método oralista, devem aplicar-se na elaboração de obras

específicas desta matéria; Os surdos, depois de terminado o seu ensino oralista, não

esqueceram o conhecimento adquirido, devendo, por isso, usar a língua oral na

conversação com pessoas falantes, já que a fala se desenvolve com a prática; A

idade mais favorável para admitir uma criança surda na escola é entre os 8-10 anos,

sendo que a criança deve permanecer na escola um mínimo de 7-8 anos; nenhum

educador de surdos deve ter mais de 10 alunos em simultâneo; (Strobel, 2009; P.25).

Com o objetivo de se programar, com urgência, o método oralista, devia ser reunido

às crianças surdas recém-admitidos nas escolas, onde deveriam ser instruídas através da fala;

essas mesmas crianças deveriam estar separadas das crianças mais avançadas, que já haviam

recebido educação gestual, afim de que não fossem contaminadas; os alunos antigos também

deveriam ser ensinados segundo este novo sistema.

“Diante da concepção da medicalizada da surdez, as escolas pouco a pouco são

transformadas em salas de tratamento. As estratégias pedagógicas passam a ser 

estratégias terapêutica. Os professores surdos são excluídos e incluem-se os

 profissionais ouvintes. Os trabalhos pedagógicos coletivos são transformados em

terapias individuais e, o que a surdez afetaria, de modo direto, a competência

linguística dos alunos surdos, estabelecendo assim uma equivocada identidade entre

a linguagem e a língua oral. Dessa ideia se infere a noção de que o desenvolvimento

cognitivo está condicionado ao maior ou menor conhecimento que tenham os alunos

surdos da língua oral.” (SILVA, VILMAR, 2006. P.33 )

Depois do congresso de Milão, o conceito de surdo passou para o de deficiente,defendido pelo modelo médico. Vem então a descaracterização do surdo como diferente e a

sua caracterização como anormal; como sujeito indefinido a ser tratado e curado, incapaz de

responder aquilo que era esperado dele. O puro oralismo invadiu a Europa desencadeou assim

a forma de impedir qualquer tipo de força e manifestação ou proposta que fosse contra o

oralismo.

Como consequência no começo do século XX tem-se relatos dos insucessos do

oralismo puro o nível de fala e de aprendizado da leitura escrita dos surdos após sete e oitoanos de escolaridade era muito ruim, sendo que esses surdos não estavam preparados para

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nenhuma função, a não ser como sapateiro e costureiros na França os surdos educados no

oralismo tinham uma fala inteligível.

Os surdos educados segundo o oralismo não conseguiam trabalho e não conseguiam

trocar ideias com estranhos todos eles não progrediram na oralidade eram considerados

deficientes mentais com necessidades especiais.

Mostrando assim que a educação dos surdos não deve se adaptar uniteralmente as

exigências da sociedade e que as resoluções do congresso de Milão só serviram para atrasar a

educação dos surdos.

Apesar da proibição o uso da língua de sinais pelos surdos ela acontecia às

escondidas eles se reuniam em associações ou em outros locais para se comunicarem em sua

língua de conforto que pelo impedimento fisiológico não conseguem se comunicar de formainteligível na língua oral que sem impedimento para se expressar a sua língua natural a de

sinais conseguem se expressar livremente sobre termos concretos e abstratos nesses locais de

encontro que emergiam novos termos as palavras em língua de sinais.

A língua brasileira de sinais surgiu das interações entre surdos/ surdos e surdo ouvinte

e como uma língua viva variações e mudanças grupais e regionais que ocorrem demonstrando

sua vivacidade.

“(...) Vários tipos de mudança e de variação nas línguas, e pensamentos em algumashipotoses para explicar sua origem. Todo mundo sabe que as línguas variam entre si,

que dentro de uma mesma língua há variações regionais, que novas palavras

aparecem e que um menu não é um poema.” ( McCleary, 2009; P.53)

É possível notar diferenças até em grupos de surdos em uma mesma localidade pelo

 poder de afirmação da língua.

Segundo a professora surda Strobel esse momento histórico pode ser descrito como

despertar cultural dizendo que A partir dos anos 60 inicia uma nova fase para o renascimento

na aceitação da língua brasileira de sinais e cultura surda após de muitos anos de opressãoouvintista para com os povos surdos (STROBEL, 2009; p.10).

Dessa forma, é possível afirmar que não foi uma conquista rápida, pois foi preciso

travar lutas contra os poderes de métodos educacionais de exclusão e a conquista finalmente

aconteceu em 2002 com a Lei Federal 10.436 no mês de fevereiro:

Lei: Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua

Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de

comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora,

com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão

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de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. (Brasil,

2002)

Essa legislação é um agente prepussor na valorização e respeito aos surdos e a línguade sinais com incentivo dos surdos saírem de seus “esconderijos” e conseguirem mostrar seu

 jeito surdo, cultura e subjetividade da surdez.

Um marco histórico da educação de surdos é a legislação que rege e a afirma como

 partir do que podemos chamar de ganho de grande significado para os surdos e a língua de

sinais como segunda língua oficial do país ela deixa de ser conhecida como mímica e ganha

status de língua.

É claro que apesar dos avanços trazidos pela Lei alguns entraves continuaram aexistir como os estigmas a o povo1 surdo enquanto minoria linguística. Encarados ainda por 

alguns como deficientes os surdinhos ou mudinhos e pela e que questionam a autenticidade da

língua Brasileira de Sinais e a subjugam a uma simples linguagem de interação entre pessoas

surdas e ouvintes e a delimitam apenas a sala de recurso e a interação social. Por conta disso,

o decreto de LIBRAS 5626 de 22 de dezembro de 2005 foi deliberado com as disposições e

obrigações de órgãos públicos e privados e prestadores de serviços na quebra de barreiras

comunicacionais e o acesso ao mercado de trabalho, com isso as pessoas surdas podem se

autoafirmar e ganhar cada dia mais espaço na sociedade majoritariamente ouvinte a com a

abertura de possibilidade e direitos e a quebra do preconceito as pessoas surdas.

Por isso podemos olhar para os rumos da educação de surdos com esperança quanto

ao futuro com a continuidade das lutas e mais vitórias. Por isso a relevância da pesquisa pelos

contextos históricos abordados as pesquisas e a catalogação dos termos em língua de sinais

continua por afirma lá como língua neste caso a segunda língua oficial do Brasil e serve de

registro e aperfeiçoamento do uso nas interações entre o povo e por extensão a comunidade

surda.

O primeiro a fazer estudos na língua de sinais foi o linguista Willian Stock (1920-

2000) ele é considerado o pai da Língua de Sinais Americana seus estudos iniciaram em 1960.

Ele apresentou uma análise descritiva revolucionaria na língua de sinais americana para a

época ele apresentou elementos linguísticos da língua americana de sinais. A partir, desses

estudos pioneiros a língua de sinais passou a ser vista como de fato língua. Suas pesquisas

1 O povo surdo é grupo de sujeitos surdos que tem costumes, história, tradições em

comum e pertencente ás

mesmas peculiaridades, ou seja, constrói sua concepção de mundo através da visão.

(STROBEL, 2009, P. 4)

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foram a nível fonológico e morfológico. . Pois, até então os estudos eram realizados nas

línguas orais. Pelas suas pesquisas a língua de sinais passou a ser vista como língua, pois os

estudos realizados por este linguista apontam níveis fonológicos e morfológicos (QUADROS,

2009, p.16, 17).

Apesar de tudo é impossível fechar os olhos para a realidade existente embora muito

 já tenha sido feito. Há muito a ser feito em prol da comunidade surda para que as leis sejam

cumpridas em sua inteireza pouco se vê de incentivo e devido cumprimento da lei nos

sistemas educacionais.

 Na formação de termos para que se obtenha significado real no constructo é

fundamental levar em consideração como ocorre às interações da fala como as expressõesemergem, é preciso compreender além dos aspectos semânticos ou o termo “literal”, acrescido

ao nosso conhecimento de mundo e a maneira como os termos são utilizados em contextos

específicos. (McCleary, 2009; P. 49)

Posso recordar de uma situação que demonstra o fato supracitado. Em uma pesquisa

na disciplina de semântica e pragmática o sinal de “ERVILHA” em um grupo da região

metropolitana sinalizava usando a abertura da lata de ervilha e de regiões do campo utilizam a

referencia da fava em que ela cresce, pois sua vivência esta relacionada a hortas retrata deforma clara a referencia de mundo que eles possuem. Assim, a situação mencionada descreve

a relação semântica na construção para a convenção de um termo Quadros descreve esse

fenômeno linguístico.

(...) A semântica trata da natureza, da função e do uso dos significados ou

 pressupostos. É a parte da linguística que estuda a natureza do significado individual

das palavras e do agrupamento das palavras nas sentenças, que pode apresentar 

variações regionais e sociais nos diferentes dialetos de uma língua. (2004, P, 21, 22)

Outro fator fundamental na construção do termo em língua de sinais é a derivação

 para representar conceitos que regras são indispensáveis. Segundo Faultich (2003, p. 19)

(...) é preciso, no entanto, estar atento ao fato de que um conceito funcional não pode

 perder a referência do real, tampouco sua utilidade discursiva, sob pena de produzir 

definições inoperantes e incorretas. (Faultich, Enilde, 2003; P.19)

 Na língua de sinais brasileira é necessário estar atento as diferentes a enorme

quantidade de termos que emergem das interações entre surdo/surdo e surdo/ouvinte de outros

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locais do país e até mesmo na mesma região geográfica que dentro da linguística são as

variações dialetais. Referente a isso Avelar menciona Karnopp para justificar as variações

“Quando a língua de sinais usada por surdos de regiões geográficas ou grupos

sociais diferentes apresenta diferenças sistemáticas, diz-se que esses grupos usamdialetos da mesma língua. Os dialetos na língua de sinais podem ser definidos como

forma mutuamente compreensíveis dessa língua e com diferentes sistemáticas.”

(Avelar 2009 apud Karnopp 2004, P. 373).

Outra questão referente a isso é os surdos que chegam ao nível superior em várias

áreas de formação e os termos técnicos do curso de graduação em língua portuguesa são

traduzidos para a língua de sinais precisam fundamentalmente produzir termos que faça

referência real da sentença inicial, senão, conforme pontuado por Faulstich 2003, se a

formação de um termo for incoerente isso dificultará compreensão tornando-o assim

inoperante, o que dificultará a interação e o domínio pleno do conteúdo pela lacuna deixada

 pela incompreensão do vocábulo e da sentença. (Faultich, Enilde, 2003; P. 19)

Os conceitos gramáticos acima descritos compreendem a parte fundamental na

formação de um termo em língua de sinais.

Porém, entrando no objetivo central do projeto até que ponto o termo consegue

exprimir o conceito e faça retomar o significado. Para Saussure, o signo linguístico compõesignificante e significado. O significado esta associado a um conceito que é o foco da

 pesquisa, o significante associado à imagem acústica (ou ótica). (McCleary, 2009; P, 4)

Sobre as construções citadas no artigo um conceito é a junção de significante e

significado o conceito e componente do estudo, pois, a partir dos conceitos e possível

categorizar  de forma ampliada inclui conjuntos de objetos, conceitos, eventos entre outros

que preencham características em comum. (McCleary, 2009; nota de rodapé p. 8).

Sobre o presente artigo a categorização se dará com termos de um mesmo grupo de

termos da biologia de um eixo comum com semelhança de uma temática especifica. A criação

de categoria justifica a criar conceitos com padrões de similaridades dos signos membros.

Essa rede de semelhança e comparada a uma família, que a primeira vista pode parecer que

não existe semelhança entre eles, mais com um olhar cuidadoso percebemos que o nariz,

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SignificadoSignificante

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cabelo parecido às características típicas da família, cada uma demonstrada do seu jeito, pois

não existem características fechadas. Por isso, a criação da categoria permitiu estabelecer 

semelhanças e agrupa-lós como um jogo.

“Categorização é a habilidade que nós temos de identificar as semelhanças e

diferenças que percebemos que existem entre certas entidades, ou entre certas

eventualidades, ou entre certas relações, de modo à junta-lás em diferentes grupos.

A categorização é fundamental para entendermos a representação do conhecimento e

o significado linguístico. (...) É justamente porque somos capazes de agrupar 

elementos de nossa experiência em categoria que nós podemos reconhecer que nós

 já os experimentamos alguma vez, e que nós podemos acessar nosso conhecimento a

respeito deles.” (McCleary, 2009, P.11).

 Nesse estudo a categoria proposta são conceitos da área da biologia temáticos variados

convencionados termos correspondentes na língua de sinais.

4 OBJETIVOS

4.1 GERAL

Averiguar termos convencionados no dicionário do Instituto Federal do Pará eas variações convencionadas por especialista da área da biologia e usuários em língua

 brasileira de sinais.

4.2 ESPECÍFICOS

− Verificar a concordância dos termos em Língua de sinais e o modo como expressam o

sentido aos conceitos da língua portuguesa;

− Identificar variações termos convencionados com especialistas da área da biologia e

usuários da língua brasileira de sinais;

− Averiguar segundo a semântica, pragmática, fonologia e a morfologia a construção

dos termos em Língua de sinais brasileira;

− Analisar o dicionário e a partir das percepções compor uma nova ficha catalografica

com as variações encontradas.

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6 METODOLÓGICAS

A pesquisa cientifica é o meio de elucidar duvidas e sistematizar conhecimentos

segundo Corrêa apud Koche (1997),

“O conhecimento científico surge da necessidade do homem de não

assumir mais uma postura meramente passiva, de testemunha dos

fenômenos, sem poder de ação ou controle. Assim cabe ao homem,

utilizando seu potencial de raciocínio, propor uma forma sistemática,

metódica e crítica da sua função de zelar pelo estar no mundo e com o

mundo, compreendê-lo, explicá-lo e dominá-lo.” (CORRÊA, 2010;

 p.8)

Para sistematização dos dados e a catalogação a pesquisa se dará com busca bibliográfica discutindo acerca do conhecimento cientifico produzido na área da

linguística da língua de sinais que embora restrita seja relevante para fundamentar e

encaminhar os eixos fundamentais da pesquisa. A partir da leitura será possível escolher a

categoria e sistematizar os itens gramaticais pertinentes para o estudo. Ainda segundo

CORRÊA apud acrescenta a relevância da pesquisa bibliográfica

“este tipo de pesquisa pode ser realizado independentemente ou como parte de

qualquer outra pesquisa. Para se efetivar uma pesquisa do tipo bibliográfica, o

 pesquisador faz um levantamento dos temas e tipos de abordagens já trabalhados por 

outros estudiosos, assimilando e explorando os aspectos já estudados e publicados,

tornando-se relevante levantar e selecionar materiais (fonte bibliográfica) tais como:

livros, jornais, revistas, material on line, internet, panfletos, fita de vídeo, DVDs,

dentre outras fontes de registro.” (CORRÊA, 2010; P. 14, 15).

Em um segundo momento com pesquisa de campo com especialistas na área da

 biologia e usuários da língua de sinais brasileira à escolha do primeiro grupo de

especialistas se dará, pois esse grupo tem conhecimento referencial dos conceitos e

 provável convenção dos termos em língua de sinais dos termos acadêmicos do

conhecimento cientifica. No caso dos usuários referendando seu conhecimento na área da

língua de sinais brasileira. A pesquisa de campo e relevante para dar vivacidade e dados

atuais que cruzem com os dados coletados na leitura de materiais em livros, cd entre

outros. Descrevendo a importância dessa modalidade de pesquisa CORRÊA menciona

(...) diário de campo, protocolos verbais, captura de imagens dentre outras. Na

 pesquisa de campo o pesquisador investiga o pesquisado em seu meio. Tem como

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finalidade recolher, registrar, ordenar e comparar dados coletados em campo de

investigação. (CORRÊA, 2010; P. 15).

Com os dois dados em mãos sistematizar conclusões plausíveis que identifiquem itensgramaticais na língua de sinais coerentes com os estudos bibliográficos que definem fatores

fonológicos, semântico, pragmático e morfológico itens fundamentais na construção de um

signo linguístico. Com a sistematização será possível responder as questões norteadoras

acerca das duas línguas a portuguesas e a de sinais como ocorre o processo de formação de

correspondência e se elas conseguem exprimir os conceitos fazendo reportar por descrever na

integralidade o termo.

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7 CRONOGRAMA DE REALIZAÇÃO

Ano/Mês

Atividades

2013 2014

Jan

a Mar 

Abr 

a jun

Jul

a Set

Out

a Dez

Jan

a Mar 

Abr 

a Jun

Jul

a set

Out

a DezPesquisa bibliográfica e

documental

X X X X X X X

X X XElaboração do

instrumento Visita para

coleta de dados.

X

Aplicação dos

instrumentos de coleta

de dados com os

especialistas e os

usuarios da língua de

sinais

X X

Qualificação do projetode dissertação definitivo

X

Sistematização e análise

dos dados coletados

X X

Elaboração da

dissertação de mestrado

X X X X X X

Entrega e defesa da

dissertação de mestrado

X

8 BIBLIOGRAFIA

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Corrêa, Júlio César da Silva. Metodologia da Pesquisa I E II. Faculdade Montenegro. Belém,Pará; 2010.

McCleary, Leland. Sociolinguística. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,2009.

Quadros, Ronice Muller de; Karnopp, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos

linguísticos. – Porto Alegre: Artmed, 2004.

Quadros, Ronice Muller. Estudos Surdos I. –[Petrópolis, RJ]: Arara Azul, 2006.

Quadros, Ronice Muller. Estudos Surdos IV. –[Petrópolis, RJ]: Arara Azul, 2006.

Quadros, Ronice Muller e org. Língua Brasileira de Sinais I. Universidade Federal de Santa

Catarina. Santa Catarina, 2009.

Strobel, Karin. Historia da Educação de Surdos. Universidade federal de Santa Catarina;Florianópolis; 2009.

(a) CAPA: Deve registrar nome completo do autor do projeto, título, linha depesquisa à qual se vincula, nome de dois possíveis orientadores (por ordem depreferência), local, data.(b) INTRODUÇÃO: O texto de apresentação do projeto deverá conter: a) umadelimitação clara e objetiva do tema a ser estudado; b) a definição da(s) hipótese(s)de trabalho; c) uma justificativa detalhando a relevância do tema escolhido; d) umarevisão bibliográfica que permita situar teoricamente o problema abordado.

(c) OBJETIVOS: Sugere-se a definição de um objetivo geral e de objetivosespecíficos.(d) METODOLOGIA: Com base na perspectiva teórica escolhida, deverão ser definidos os procedimentos metodológicos necessários à realização da pesquisa.(e) CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO: O(a) candidato(a) deverá apresentar umcronograma, prevendo os períodos necessários para a execução de cada etapa dapesquisa e levando em conta o prazo máximo de permanência no Programa.(f) REFERÊNCIAS: O projeto deverá conter a relação das obras citadas no corpo dotexto, em conformidade com as normas da ABNT

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