pré-modernismo

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Literatura – Unidade 1 e 2 Pré-Modernismo Prof. Esp. Rafael Vasconcelos [email protected]

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Literatura Unidade 1 e 2 Pr-Modernismo

Literatura Unidade 1 e 2Pr-Modernismo

Prof. Esp. Rafael [email protected]

Pr-Modernismo

OPr-Modernismofoi um perodo de intensa movimentao literria que marcou a transio entre o simbolismo e o modernismo e foi caracterizado pelas produes desde incio do sculo at a Semana de Arte Moderna, em 1922.Para muitos estudiosos, esse perodo no deve ser considerado uma escola literria, uma vez que apresenta inmeras produes artsticas e literrias distintas; em outras palavras umsincretismo esttico, com presena de caractersticas neo-realistas, neo-parnasianas e neo-simbolistas.

Caractersticas do Pr-ModernismoRuptura com o academicismoRuptura com o passado e a linguagem parnasianaLinguagem coloquial, simplesExposio da realidade social brasileiraRegionalismo e nacionalismoMarginalidade das personagens: o sertanejo, o caipira, o mulatoTemas: fatos histricos, polticos, econmicos e sociais

Autores Brasileiros Pr-Modernistas

Nesse momento, os escritores assumem uma posio mais crtica em relao sociedade e aos modelos literrios anteriores.

Por isso, muitos escritores pr modernos rompem com a linguagem formal do arcadismo e, alm disso, exploram temas histricos, polticos e econmicos, visto que o Brasil passava por momentos como a Repblica do caf com leite e inmeras revoltas (Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, Revolta da Armada, Revolta de Canudos).Os Pr Modernistas que se destacaram na prosa foram:Euclides da Cunha, Graa Aranha,Monteiro LobatoeLima Barreto.

Literatura brasileira das duas dcadas iniciais do sculo XX:1902 Os Sertes1922 Semana de Arte Moderna (Incio do Modernismo);

poca de transio para o Modernismo Momento de dualidade.Aspectos ConservadoresAspectos Renovadores

Poesia no apresenta grandes novidades permanncia do Parnasianismo e Simbolismo: sincretismo potico.

Na poesia, sobressai a figura de Augusto dos Anjos ruptura com o bom gosto`` parnasiano.

Na poca pr-modernista, a prosa foi mais importante do que a poesia;Interesse pela realidade social brasileira;ntima relao entre a literatura e a realidade poltica, social e econmica contempornea ao escritor;Destacam-se personagens marginalizados``: negros, mulatos, sertanejos, pobres em geral;s vezes, a obra assume o tom de denncia;Desenvolvimento do regionalismo.

Escritor, poeta, ensasta, jornalista, historiador, socilogo, gegrafo, poeta e engenheiro brasileiro.Ocupou a cadeira 7 na Academia Brasileira de Letras de 1903 a 1906.(1866-1909)

OBRAS

Publicou "Os Sertes: Campanha de Canudos" em 1902, obra regionalista, dividida em trs partes: A Terra, o Homem, A Luta; retrata a vida do sertanejo e a Guerra de Canudos (1896-1897) no interior da Bahia.

(1868-1931)Graa AranhaJos Pereira da Graa Aranha foi um escritor e diplomata maranhense. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.Esquema deterministaGuerra de CanudosA terra (cenrio, condies geogrficasO homem (sertanejo, Antnio Conselheiro e a sociedade mestia de Canudos. Linguagem Apurada

Sua obra que merece destaque "Cana" publicada em 1902 cuja obra aborda a migrao alem no estado do esprito Santo. Outras obras que merecem destaque: Malazarte (1914), A Esttica da Vida (1921) e Esprito Moderno (1925).

Guerra de Canudos

O Brazil no conhece o BrasilO Brasil nunca foi ao BrazilTapir, jabuti, liana, alamandra, alialadePiau, ururau, aqui, atadePi, carioca, porecramecrJobim akarore Jobim-auOh, oh, ohPerer, cmara, toror, olererPiriri, ratat, karat, olarO Brazil no merece o BrasilO Brazil ta matando o BrasilJereba, saci, caandradesCunhs, ariranha, aranhaSertes, Guimares, bachianas, guasE Marionama, ariraribia,Na aura das mos do Jobim-auOh, oh, ohJerer, sarar, cururu, olerBlablabl, bafaf, sururu, olarDo Brasil, SoS ao BrasilDo Brasil, SoS ao BrasilDo Brasil, SoS ao BrasilTinhoro, urutu, sucuriO Jobim, sabi, bem-te-viCabuu, Cordovil, Cachambi, olerMadureira, Olaria e Bangu, OlarCascadura, gua Santa, Acari, OlerIpanema e Nova Iguau, OlarDo Brasil, SoS ao BrasilDo Brasil, SoS ao Brasil

Augusto dos AnjosPoeta de um s livro: EuHerana Parnasiana: preocupao formal. Influncia realista-naturalista: materialismo, cientificismo, determinismo. Pessimismo exacerbadoVocabulrio sui generis: mau gosto``.

Observaes GeraisNas duas primeira dcadas do sculo XX, as obras de Euclides da Cunha e Lima Barreto, to diferentes entre si, teve como elemento em comum a expresso de aspectos at ento negligenciados da realidade brasileira.

Lima BarretoA importncia de Lima Barreto extrapola os limites literrios: foi um dos poucos de nossa Literatura a combater o preconceito racial e a discriminao social do negro e do mulato.Filho de famlia humilde, porm de bom nvel cultural, contou com a proteo do Visconde de Ouro Preto, graas a quem conseguiu ingressar no curso de Engenharia, algo improvvel para algum com as mesmas origens. Perdeu a me, a professora primria Amlia Augusta, aos seis anos e, em virtude da doena mental que acometia o pai, Lima Barreto precisou abandonar a faculdade para sustentar a famlia, madrasta e irmos.Todos esses fatores influenciaram em muito o estilo do escritor que, embora seja considerado uma espcie de patrono dos autores bomios e rebeldes, alm de ser muito lembrado pelos constantes problemas com o alcoolismo e distrbios mentais, deixou uma obra literria digna de leitura e admirao.

Lima Barreto escreveu dezenove livros, entre elesClara dos Anjos, obra pstuma,Cemitrio dos Vivos, livro pstumo e inacabado, e seu mais famoso romance,Triste fim de Policarpo Quaresma,que em 1998 ganhou adaptao para o cinema. Policarpo Quaresma, um aposentado que dedica sua vida a estudar a cultura brasileira, a representao do ufanismo nacional. Dentre suas ideias utpicas e ingnuas, destaca-se a sugesto s autoridades da substituio do portugus pelo tupi-guarani, que, segundo ele, era nossa verdadeira lngua-me. O triste fim ao qual o ttulo se refere revela o desfecho do personagem na narrativa: voluntrio na Revolta da Armada, por discordar das injustias praticadas contra os prisioneiros, preso e condenado ao fuzilamento, ordem dada pelo seu dolo, Marechal Floriano Peixoto. Policarpo Quaresma, nosso Dom Quixote tupiniquim, antes mesmo da morte fsica, morre espiritualmente, ao ver seu projeto de nao frustrado, descontentamento que Lima Barreto mostrou ao traar o painel humano e social da poca.

Monteiro LobatoNascido em Taubat (SP);Formao: Direito;Participante de um grupo de formao Parnasiana (ainda quando estudante);Promotor, aps experincia malograda como agricultor, estreou com o livro de conto Urups (1918);Batalhou pela sade pblica, explorao do nosso ferro e petrleo e pela liberdade democrtica;Dedicou-se observao do caboclo e da vida rural paulista;Criador da literatura Infanto-Juvenil nacional;Nacionalista extremado, aberto e polmico;Com Urups abre novas tendncias da prosa de fico brasileira;Cria Jeca Tatu Personagem regionalista e dimenso realista;Seus contos so estruturados, ora tendendo para a comicidade, ora para o trgico ou lgubre;Concentra-se na figura humana, destacando defeitos fsicos ou morais em suas personagens;

Em 1917, aps ver uma exposio de Anita Malfati, pintora de tendncias expressionistas, provocou polmica com a publicao do artigo Paranoia ou Mistificao?, no qual critica as manifestaes da chamada arte moderna``.

Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, em So Paulo, representou um marco, verdadeiro ponto de inflexo no modo de ver o Brasil.Em geral, os artistas e intelectuais de 1922 queriam arejar o quadro mental da nossa "intelligentsia", queriam pr fim ao rano beletrista, postura verborrgica e mania de falar difcil e no dizer nada. Enfim, queriam eliminar o mofo passadista da vida intelectual brasileira.

Do ponto de vista artstico, o objetivo fundamental da Semana foi acertar os ponteiros da nossa literatura com a modernidade contempornea.Para isso, era necessrio entrar em contato com as tcnicas literrias e vises de mundo do futurismo, do dadasmo, do expressionismo e do surrealismo, que formavam, na mesma poca, a vanguarda europeia.

O pressuposto essencial de 22, o autoconhecimento do Pas, tinha a um s tempo de acabar com o mimetismo mental e denunciar o atraso, a misria e o subdesenvolvimento.Mas denunciar com uma linguagem do nosso tempo, moderna, coloquial, aproveitando o arsenal estilstico e esttico das inovaes vanguardas europeias."A lngua sem arcasmos, sem erudio. A contribuio milionria de todos os erros. Como falamos. Como somos".(Oswald de Andrade)Antropofagia

Escritor;Tarsila do Amaral;Patrcia Galvo, a Pagu; uma das figuras mais emblemticas do Modernismo;Semana de 22.Oswald de Andrade

o mais paulista dos escritores; Modernista; Amigo de Tarsila e de Olvia Guedes Penteado; Professor de piano de Yolanda Penteado; Um dos principais idealizadores do Modernismo;Anita Malfati;Oswald de Andrade;Macunama e Paulicea Desvairada.Mario de Andrade

Yolanda Penteado

Ciccillo-Matarazzo

Assis Chateaubriand

Santos Dumont