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A PRÉ-HISTÓRIA É O PERÍODO MAIS ANTIGO E MAIS LONGO DO PASSADO DA
HUMANIDADE.
DESENROLOU-SE AO LONGO DE MILHÕES DE ANOS, DESDE O APARECIMENTO DOS
PRIMEIROS HOMINÍDEOS ATÉ À INVENÇÃO DA ESCRITA.
É DURANTE ESSE LONGO PERÍODO QUE SE DEU A HOMINIZAÇÃO, QUER DIZER…
… UM LENTO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO NOS HOMINÍDEOS QUE CONDUZIU AO
HOMEM ACTUAL
A NOSSA HISTÓRIA, A HISTÓRIA DA HUMANIDADE, COMEÇOU EM ÁFRICA. AS
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, OCORRIDAS HÁ 15 MILHÕES DE ANOS ATRÁS,
ALTERARAM A PAISAGEM, OBRIGANDO O NOSSO MAIS ANTIGO
ANTEPASSADO A ADAPTAR-SE ÀS CONDIÇÕES NATURAIS ENVOLVENTES.
A PRÉ-HISTÓRIA É CONSTITUÍDA, ENTRE OUTROS, POR DOIS
PERÍODOS CRONOLÓGICOS: O
PALEOLÍTICO E O NEOLÍTICO.
VAMOS, ENTÃO, COMEÇAR POR CONHECER O
PALEOLÍTICO.
A conquista da bipedia e a descoberta do fogo foram as
primeiras grandes conquistas do Homem.
A CONQUISTA DA
BIPEDIA, AO PERMITIR
AO HOMINÍDEO A
POSIÇÃO ERECTA, E
COMO TAL A DESLOCAR-
SE SOMENTE COM OS
MEMBROS INFERIORES,
FAVORECEU A
LIBERTAÇÃO DAS MÃOS
PARA OUTRAS TAREFAS,
COMO A RECOLHA DE
ALIMENTOS E O FABRICO
DE INSTRUMENTOS.
O DOMÍNIO DO FOGO, POR SUA VEZ, PROPORCIONOU AO HOMEM INÚMERAS VANTAGENS: …
O FOGO FAVORECEU, AINDA, O SURGIMENTO DE UM SENTIDO COMUNITÁRIO ENTRE GRUPOS E A CRIAÇÃO DA LINGUAGEM.
AQUECER-SE, ILUMINAR AS CAVERNAS, DEFENDER-SE DE ANIMAIS, COZINHAR OS ALIMENTOS, FABRICAR INSTRUMENTOS…
Durante o Paleolítico, os grupos humanos praticavam
uma economia recolectora, isto é… limitavam-se a viver do que recolhiam da Natureza:
frutos e outros vegetais, caça, pesca.
OS FABRICO DE INSTRUMENTOS
Homo Habilis2 milhões a.C.
Homo Erectus1,4 milhões
a.C.
Seixos talhados ou quebradosBiface
Homo Sapiens
100 mil a.C.
Homo Sapiens Sapiens
35 mil a.C.
ArpãoPropulsorAgulhaPontas de lançaOutros:
Arco e flechaLâminas
RaspadoresFuradores
De início, viviam em
grutas ou cavernas;
mais tarde, passaram
a viver em cabanas ou
pequenas tendas
feitas de estacas de
madeira cobertas com
peles de animais.
Os mais antigos hominídeos não
tinham residência fixa.
Deslocavam-se de acampamento
em acampamento, seguindo as
manadas de animais. Eram…
No final do período
Paleolítico, o homem sai de
África e começa a povoar
outros continentes.
Nómadas.
A evolução do Homem também se fez sentir em termos culturais.
Desde o Paleolítico que os homens gravavam na pedra e pintavam
nas paredes das grutas animais, mãos e outros sinais.
Pintura ou Arte rupestre
Gravuras
Rupestres , Foz
Côa, Portugal, c.
20.000 a.C.
Pintura ou Arte rupestre
Pintura rupestre.
Lascaux, França,
c. 17.000 a.C.
Pintura ou Arte rupestre
Pintura rupestre.
Altamira,
Espanha, c.
14.000 a.C.
Pintura ou Arte rupestre
Pintura rupestre.
africana
Como se faz a tinta de uma pintura rupestre?
VAMOS VER…
A Gruta de Altamira
Vénus de
Willendorf,
Alemanha,
24.000 a.C. e
22.000 a.C.; 11,1
cm
Arte móvel
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_de_Willendorf
Entre 10.000 e 8.500 a.C., inicia-se, no Próximo Oriente, um novo
período de evolução da Humanidade: o Neolítico.
Então, tudo se alterou na vida do homem. Com efeito, com o aparecimento da agricultura e da pecuária, o Homem tornou-se
sedentário, isto é, passou a permanecer durante longos períodos num mesmo local.
O espaço do Neolítico
http://bragatel.pt/attac.braga/links_attac_mundo.htm http://www.infoescola.com/geografia/crescente-fertil/
As novas comunidades agrícolas,
em apoio das actividades agrícolas
e da criação do gado, criaram
novas técnicas (a olaria, a
cestaria, a moagem e a tecelagem)
e novos instrumentos em pedra
polida (enxada, foicinha, tear).
Todos contribuíram, por sua vez,
para o aumento da população e
da riqueza dessas comunidades
agrícolas.
Para se protegerem e defenderem os seus bens,
essas comunidades criaram aldeamentos. As antigas
cabanas dão lugar a casas de barro, colmo e pedra.
O aumento populacional provocou a concentração de edifícios. Surgiram, então,
as grandes aldeias que, com o decorrer do tempo, se
transformaram em cidades.
Çatal Huyuk, 6.000a.C.
No Neolítico, o Homem construiu monumentos de grandes blocos de pedra (os megálitos) para prestar culto aos mortos e às forças
da Natureza.
As construções megalíticas, de que há muitos exemplares no nosso país, são chamadas de menires, alinhamentos,
cromeleques, dólmenes ou antas.
O segredo
de Stoneheng, cerca 3.000
a.C.
MEGALITISMO, ARTE MEGALÍTICA EM PORTUGAL
Anta de Zedes, Carrazeda de Ansiães
Anta da Barrosa, Vila Praia de Âncora
MEGALITISMO, ARTE MEGALÍTICA EM PORTUGAL
Menir dos Almendres, Évora
Menir da Meada, Vila do Bispo
MEGALITISMO, ARTE MEGALÍTICA EM PORTUGAL
Cromeleque dos Almendres, Évora
Cromeleque do Xerez, Reguengos de Monsaraz
CULTOS AGRÁRIOS
Deusa-mãe, Çatal Huyuk, Turquia, 6º milénio a.C.
Estatueta feminina de mármore das Cíclades, Grécia, 4500-4000 a.C.
ESQUEMA CONCLUSIVO – O NEOLÍTICO
Sedentarização Invenção da agricultura
Domesticação de animais Pastorícia
Progressos técnicos
Desenvolvimento dos transportes
Terrestres: carro de rodas
Marítimos: barco à vela
Economia de produção
Divisão do trabalho
Diferenciação social
Cerâmica
Cestaria
Moagem
Tecelagem
Pedra polida
Instrumentos agrícolas
Primeiros aldeamentos
Roda
VelaCultos agrários
e cultos dos mortos
Acumulação de excedentes
IdadeSexo
RiquezaFunções
ESPAÇO: CRESCENTE FÉRTIL TEMPO: 10.000/8.500 a.C. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
O TEMPO DA PRÉ-HISTÓRIA (duração aproximada)
4 milhões a.C. 10.000a.C. 6.000a.C. 4.000a.C. 3.500a.C. 3.000a.C.
Paleolítico NeolíticoIdade
do Cobre
Idade do
Bronze
Idade do
Ferro
Idade dos Metais
Nos inícios do 3.º milénio, o Neolítico chega ao fim. Então, nos vales férteis dos grandes rios do Próximo Oriente, uma série de progressos altera a vida das sociedades agrícolas: a invenção da escrita e do cálculo, a descoberta da metalurgia, a fundação das
cidades.
Era o início de um longo período da história da humanidade, a chamada Idade Antiga ou Antiguidade. Era o tempo das
primeiras grandes civilizações.
Agrupamento de Escolas de Montenegro
Departamento de Ciências Sociais e Humanas
Grupo de HGP/História
Professora Cristina Barcoso Lourenço [email protected]
Sites consultados:
http://museodealtamira.mcu.es/ http://www.youtube.com/watch?v=Zm298wQYFrk
Adaptação de Aníbal Barreira, Mendes Moreira e Célia Rêgo