prédio escolar na universidade divisÃo sul-asiÁtica

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OUT NOV DEZ 2020 ADULTOS• PROFESSOR Exemplar Avulso: R$ 12,70. Assinatura Anual: R$ 41,40 Educação e redenção

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Page 1: Prédio escolar na Universidade DIVISÃO SUL-ASIÁTICA

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3

8 7

Índia

Maldivas

Ilhas de Andam

ã e N

icobar

Nepal

ButãoTim

buKatm

anduN

ova Déli

Bangladesh

Paquistão

Sri Lanka

ChinaAfeganistão

UN

IÕES

IGREJAS M

EMBRO

S PO

PULAÇÃO

Centro-Leste Indiana 2.595

987.901 111.490.349

Nordeste Indiana

218 53.429

44.294.444N

orte-Indiana 468

182.399 849.685.362

Centro-Sul Indiana 255

78.032 68.155.847

Sudeste Indiana 459

133.158 78.166.665

Sudoeste Indiana 238

37.533 35.106.432

Indiana Ocidental 257

124.853 184.034.499

Andamã e N

icobar 1

303 411.404

Leste do Himalaia

12 762

817.000Him

alaia 26

9.349 29.718.000

Maldivas

0 0

428.000TOTAL

4.529 1.607.719 1.402.308.000

DIV

ISÃO SU

L-ASIÁTICA

PR

OJE

TOS

1 Igreja em

Amritsar, estado de Punjab.

2 Segunda fase de um

prédio escolar na Faculdade Adventista de Roorkee, estado de U

ttarakhand.3

Dormitório no Colégio Adventista

de Varanasi, estado de Uttar Pradesh.

4 Igreja em

Ranchi, estado de Jharkhand.5

Prédio escolar na Universidade

Adventista Spicer, Aundh, Pune, estado de M

aharashtra.6

Duas salas de aula na Escola Adventista de Inglês em

Azam N

agar, estado de Karnataka.

7 Dorm

itório para rapazes no Colégio Adventista Garm

ar, em Rajanagaram

, estado de Andhra Pradesh.

8 Cinco salas de aula na Faculdade Adventista Flaiz, em

Rustumbada,

estado de Andhra Pradesh.9

Novos edifícios para as igrejas do centro

de Kannada e de Savanagar Tamil,

no estado de Karnataka.10

Dormitórios para rapazes no Colégio

Mem

orial E.D. Thomas, em

Thanjavur, estado de Tam

il Nadu.

11 Laboratórios e biblioteca no Colégio Adventista Thirum

ala, em

Thiruvananthapuram, estado de Kerala.

O U T N O V D E Z 2 0 2 0

A D U LT O S •PROFESSOR

Educação e redenção • OUT | NOV | DEZ 2020

Exem

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12,7

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41,4

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Educaçãoe redenção

41595 – LIADP 4º Trimestre de 2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1

Page 2: Prédio escolar na Universidade DIVISÃO SUL-ASIÁTICA

41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3

Esta lição pertence a: __________________________________________________________________Igreja: _________________________________________ Fone: __________________________________

Autor: Líderes de instituições educacionais adventistasTradutoras: Carla N. Modzeieski e Fernanda AndradeEditor: André Oliveira Santos Revisoras: Josiéli Nóbrega e Rosemara Santos

Projeto Gráfico e Capa: André Rodrigues e Eduardo OlszewskiProgramação Visual: Levi Gruber Ilustração de Capa: Thiago LoboIlustrações Internas: Kalebe Carvalho

Serviço de Atendimento ao Cliente: (15) 3205-8888Para assinar, ligue grátis: 0800-9790606.De 2a a 5a, das 8h às 20h. Sexta, das 7h30 às 15h45. Domingo, das 8h30 às 14h.E-mail: [email protected]

Visite nosso site para obter comentário adicional sobre esta lição: www.cpb.com.brE-mail: [email protected]: @LEScpb

Exemplar Avulso: R$ 12,70Assinatura Anual: R$ 41,405493 / 41595 / G4eJ8R

Exemplar Avulso Espiral: R$ 15,10Assinatura Anual Espiral: R$ 53,1012290 / 42250

Lição + Coment. EGW – Avulso: R$ 23,20Lição + Coment. EGW – Ass. Anual: R$ 77,3013692 / 42251

A Lição da Escola Sabatina constitui marca registrada perante o Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Copyright © da edição internacional: General Conference of Seventh-day Adventists, Silver Spring, EUA.

Direitos internacionais reservados.

Direitos de tradução e publicação em língua portuguesa reservados à

Casa Publicadora BrasileiraRodovia SP 127 – km 106Caixa Postal 34

18270-970 – Tatuí, SPTel.: (15) 3205-8800 Fax: (15) 3205-8900www.cpb.com.br

Diretor-Geral: José Carlos de LimaDiretor Financeiro: Uilson GarciaRedator-Chefe: Marcos De BenedictoGerente de Produção: Reisner MartinsChefe de Arte: Marcelo de SouzaGerente de Vendas: João Vicente Pereyra

A Lição da Escola Sabatina dos Adultos é pre-parada pelo Departamento da Escola Sabatina e Ministério Pessoal da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.

20% das ofertas de cada sábado são dedicados aos projetos missionários ao redor do mundo, in-cluindo os projetos especiais da Escola Sabatina.

A Casa Publicadora Brasileira é a editora ofi-cialmente autorizada a traduzir, publicar e distri-buir, com exclusividade, em língua portuguesa, a Lição da Escola Sabatina, para todas as faixas etárias, sendo proibida a sua edição, alteração, modificação, adaptação, tradução, reprodução ou publicação, de forma total ou parcial, por qualquer pessoa ou entidade, sem a prévia e expressa au-torização por escrito de seus legítimos proprietá-rios e titulares.

Todos os direitos reservados. Proibida a repro-dução, total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

Publicação trimestral – no 502 – ISSN 1414-364X

O U T N O V D E Z 2 0 2 0

A D U LT O S •PROFESSOR

ÍNDICE

1. Educação no Jardim do Éden ..................................... 6

2. A família ..........................................................................19

3. A Lei como professor ................................................. 32

4. Os olhos do Senhor: a cosmovisão bíblica ......... 45

5. Jesus como Mestre dos mestres............................ 58

6. Outras lições do Mestre dos mestres .................. 71

7. Adoração no contexto da educação .....................84

8. Educação e redenção ................................................ 97

9. A igreja e a educação ................................................110

10. Educação em artes e ciências ................................123

11. O cristão e o trabalho ................................................136

12. Sábado: experimentando e vivendo o caráter

de Deus .......................................................................... 149

13. Céu, educação e aprendizado eterno ................. 162

Educação e redenção

Page 3: Prédio escolar na Universidade DIVISÃO SUL-ASIÁTICA

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TEM – TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃO

TEMPO PARA O TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃOO que é o Todos Envolvidos na Missão?

O TEM é um esforço evangelístico da igreja mundial em grande escala que envolve cada pessoa, cada igreja, cada entidade administrativa e todo tipo de ministério de divul-gação pública, e inclui ações missionárias pessoais e institucionais.

É um plano intencional para alcançar pessoas ao longo do calendário anual. O primeiro passo é descobrir as necessidades das famílias, dos amigos e dos vizinhos. O segundo pas-so é testemunhar como Deus satisfaz cada necessidade. O resultado é o plantio e o cresci-mento de igrejas com foco na conservação, pregação, evangelismo e discipulado.

COMO IMPLEMENTAR O TEMPO DO TEM NA ESCOLA SABATINADedique os primeiros 15 minutos* de cada lição para planejar, orar e compartilhar:

TEM VOLTADO PARA DENTRO: Planeje visitar, orar e prestar assistência aos membros desaparecidos ou feridos, e atribuir responsabilidades territoriais. Ore e encontre formas de ministrar às necessidades de famílias da igreja, membros inativos, jovens, homens e mulhe-res, abordando as várias maneiras de envolver toda a igreja.

TEM VOLTADO PARA FORA: Ore e discuta formas de alcançar a comunidade, a cidade e o mundo, cumprindo a grande comissão do evangelho, semeando, colhendo e conser-vando. Envolva todos os ministérios da igreja enquanto planeja projetos de curto e longo prazo para alcançar pessoas para Cristo. O objetivo do TEM é a realização de atos conscien-tes de bondade. Aqui estão algumas maneiras práticas de se envolver pessoalmente: 1. desenvolva o hábito de encontrar necessidades em sua comunidade; 2. faça planos para atender a essas necessidades; 3. ore pelo derramamento do Espírito Santo.

TEM VOLTADO PARA CIMA: Estudo da lição. Incentive os membros a se envolverem no estudo bíblico individual. Incentive-os a se tornarem participativos no estudo da Bíblia na Escola Sabatina. Estudem para transformação, em vez de buscar apenas informação.

TEM Tempo Explicação

ComunhãoAções sociais e evangelísticasMissão mundial

15 min.*Ore, planeje e se organize para agir. Alcance os membros desaparecidos com o amor de Cristo. Programe a ação missionária. Oferta para a missão.

Estudo da lição 45 min.* Envolva todos no estudo da lição. Faça perguntas. Destaque os textos-chave.

Almoço Planeje um almoço para a classe após o culto. ENTÃO SAIA E ALCANCE ALGUÉM!

* Ajuste o tempo conforme a necessidade da igreja.

Introdução

A educação cristã“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do

Santo é prudência” (Pv 9:10). Dois conceitos estão relacionados: “te-mor”, como reverência e admiração diante da glória de Deus; e “conhe-cimento”, a descoberta da verdade sobre Deus. Portanto, a sabedoria, o conhecimento e o entendimento se fundamentam no próprio Deus.

Isso faz sentido. Afinal, Deus criou e sustenta toda a existência (Jo 1:1-3; Cl 1:16, 17). Por isso, todo verdadeiro conhecimento, sabedoria e enten-dimento têm sua fonte no Senhor.

“Deus é amor” (1Jo 4:8). Ellen G. White escreveu: “O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verdadeira. [...] Amá-Lo – o Ser infinito e onisciente – com toda a força, todo o entendimento e todo o coração implica o mais alto desenvolvimento de todas as potencialidades. Significa que, no ser todo – corpo, mente e alma –, a imagem de Deus deve ser restaurada” (Educação, p. 16).

Por meio da natureza, da Palavra Escrita e da revelação de Cristo nas Escrituras, recebemos o que precisamos para ter um relacionamento salví-fico com o Senhor e, de fato, amá-Lo de todo o coração. Mesmo a natureza, corrompida pelo pecado, ainda fala da bondade de Deus. Porém, a Pala-vra escrita é o padrão perfeito da verdade sobre quem Deus é, e do que Ele fez e faz pela humanidade. A criação e redenção são centrais na educação.

Jesus Cristo é “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9). Nele temos vida e recebemos raios de luz. Contudo, no grande conflito, o inimigo trabalha para nos impedir de receber esse co-nhecimento. Portanto, a educação cristã deve ajudar os estudantes a com-preender a luz que Deus nos oferece.

De que adiantaria uma excelente educação em ciências, literatura, eco-nomia ou engenharia se, no final, enfrentarmos a segunda morte no lago de fogo? (Mc 8:36).

O que significa a “educação cristã”? Como levá-la aos nossos membros?Esta Lição da Escola Sabatina para Adultos foi escrita por vários educadores

de faculdades e universidades adventistas do sétimo dia na América do Norte.Notas do editor:1. As perguntas do estudo de segunda a quinta-feira, com alternativas de múltipla escolha, “falso ou verdadeiro”,

“assinale a alternativa correta”, etc., são elaboradas para dinamizar e facilitar o estudo da lição. O estudo de sexta- feira traz respostas sugestivas para essas questões. Contudo, essas respostas não excluem a possibilidade de opi-niões e interpretações diferentes, principalmente em pontos para os quais não há uma clara definição bíblica nem uma posição definida pela Igreja.

2. A versão bíblica adotada nesta Lição é a Almeida Revista e Atualizada no Brasil, 2a edição. Outras versões utiliza-das são identificadas como segue: NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje; NVI – Nova Versão Internacional; ARC – Almeida Revista e Corrigida no Brasil.

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TEM – TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃO

TEMPO PARA O TODOS ENVOLVIDOS NA MISSÃOO que é o Todos Envolvidos na Missão?

O TEM é um esforço evangelístico da igreja mundial em grande escala que envolve cada pessoa, cada igreja, cada entidade administrativa e todo tipo de ministério de divul-gação pública, e inclui ações missionárias pessoais e institucionais.

É um plano intencional para alcançar pessoas ao longo do calendário anual. O primeiro passo é descobrir as necessidades das famílias, dos amigos e dos vizinhos. O segundo pas-so é testemunhar como Deus satisfaz cada necessidade. O resultado é o plantio e o cresci-mento de igrejas com foco na conservação, pregação, evangelismo e discipulado.

COMO IMPLEMENTAR O TEMPO DO TEM NA ESCOLA SABATINADedique os primeiros 15 minutos* de cada lição para planejar, orar e compartilhar:

TEM VOLTADO PARA DENTRO: Planeje visitar, orar e prestar assistência aos membros desaparecidos ou feridos, e atribuir responsabilidades territoriais. Ore e encontre formas de ministrar às necessidades de famílias da igreja, membros inativos, jovens, homens e mulhe-res, abordando as várias maneiras de envolver toda a igreja.

TEM VOLTADO PARA FORA: Ore e discuta formas de alcançar a comunidade, a cidade e o mundo, cumprindo a grande comissão do evangelho, semeando, colhendo e conser-vando. Envolva todos os ministérios da igreja enquanto planeja projetos de curto e longo prazo para alcançar pessoas para Cristo. O objetivo do TEM é a realização de atos conscien-tes de bondade. Aqui estão algumas maneiras práticas de se envolver pessoalmente: 1. desenvolva o hábito de encontrar necessidades em sua comunidade; 2. faça planos para atender a essas necessidades; 3. ore pelo derramamento do Espírito Santo.

TEM VOLTADO PARA CIMA: Estudo da lição. Incentive os membros a se envolverem no estudo bíblico individual. Incentive-os a se tornarem participativos no estudo da Bíblia na Escola Sabatina. Estudem para transformação, em vez de buscar apenas informação.

TEM Tempo Explicação

ComunhãoAções sociais e evangelísticasMissão mundial

15 min.*Ore, planeje e se organize para agir. Alcance os membros desaparecidos com o amor de Cristo. Programe a ação missionária. Oferta para a missão.

Estudo da lição 45 min.* Envolva todos no estudo da lição. Faça perguntas. Destaque os textos-chave.

Almoço Planeje um almoço para a classe após o culto. ENTÃO SAIA E ALCANCE ALGUÉM!

* Ajuste o tempo conforme a necessidade da igreja.

Introdução

A educação cristã“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do

Santo é prudência” (Pv 9:10). Dois conceitos estão relacionados: “te-mor”, como reverência e admiração diante da glória de Deus; e “conhe-cimento”, a descoberta da verdade sobre Deus. Portanto, a sabedoria, o conhecimento e o entendimento se fundamentam no próprio Deus.

Isso faz sentido. Afinal, Deus criou e sustenta toda a existência (Jo 1:1-3; Cl 1:16, 17). Por isso, todo verdadeiro conhecimento, sabedoria e enten-dimento têm sua fonte no Senhor.

“Deus é amor” (1Jo 4:8). Ellen G. White escreveu: “O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verdadeira. [...] Amá-Lo – o Ser infinito e onisciente – com toda a força, todo o entendimento e todo o coração implica o mais alto desenvolvimento de todas as potencialidades. Significa que, no ser todo – corpo, mente e alma –, a imagem de Deus deve ser restaurada” (Educação, p. 16).

Por meio da natureza, da Palavra Escrita e da revelação de Cristo nas Escrituras, recebemos o que precisamos para ter um relacionamento salví-fico com o Senhor e, de fato, amá-Lo de todo o coração. Mesmo a natureza, corrompida pelo pecado, ainda fala da bondade de Deus. Porém, a Pala-vra escrita é o padrão perfeito da verdade sobre quem Deus é, e do que Ele fez e faz pela humanidade. A criação e redenção são centrais na educação.

Jesus Cristo é “a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9). Nele temos vida e recebemos raios de luz. Contudo, no grande conflito, o inimigo trabalha para nos impedir de receber esse co-nhecimento. Portanto, a educação cristã deve ajudar os estudantes a com-preender a luz que Deus nos oferece.

De que adiantaria uma excelente educação em ciências, literatura, eco-nomia ou engenharia se, no final, enfrentarmos a segunda morte no lago de fogo? (Mc 8:36).

O que significa a “educação cristã”? Como levá-la aos nossos membros?Esta Lição da Escola Sabatina para Adultos foi escrita por vários educadores

de faculdades e universidades adventistas do sétimo dia na América do Norte.Notas do editor:1. As perguntas do estudo de segunda a quinta-feira, com alternativas de múltipla escolha, “falso ou verdadeiro”,

“assinale a alternativa correta”, etc., são elaboradas para dinamizar e facilitar o estudo da lição. O estudo de sexta- feira traz respostas sugestivas para essas questões. Contudo, essas respostas não excluem a possibilidade de opi-niões e interpretações diferentes, principalmente em pontos para os quais não há uma clara definição bíblica nem uma posição definida pela Igreja.

2. A versão bíblica adotada nesta Lição é a Almeida Revista e Atualizada no Brasil, 2a edição. Outras versões utiliza-das são identificadas como segue: NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje; NVI – Nova Versão Internacional; ARC – Almeida Revista e Corrigida no Brasil.

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Educação noJardim do Éden

VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que Deus Se mostra grande em Seu poder! Quem é

mestre como Ele?” (Jó 36:22).

Leituras da semana: Gn 2:7-23; 3:1-6; 2Pe 1:3-11; 2:1-17; Hb 13:7, 17, 24

■ Sábado, 26 de setembro Ano Bíblico: Habacuque

Amaioria dos estudantes da Bíblia conhece a história de Gênesis 1–3 eseus personagens: Deus, Adão, Eva, os anjos e a serpente. O cenário

é um esplêndido jardim em um paraíso chamado “Éden”. O enredo pare-ce obedecer a uma sequência lógica de eventos: Deus criou e, em seguida, instruiu Adão e Eva. Eles pecaram e foram banidos do Éden. No entanto, uma análise mais detalhada dos primeiros capítulos de Gênesis, especial-mente através das lentes da educação, revelará percepções sobre os perso-nagens, o cenário e a história.

“O método de educação instituído ao princípio do mundo deveria ser para o homem o modelo durante todo o tempo subsequente. Como ilus-tração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden, o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a natu-reza, o compêndio; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família hu-mana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20).

O Senhor foi o fundador, diretor e professor dessa primeira escola. Mas, como sabemos, Adão e Eva, por fim, escolheram outro professor e aprenderam as lições erradas. O que aconteceu? Por quê? O que aprende-mos com esse relato inicial da educação e como ele pode nos ajudar hoje?

Lição

1■ Domingo, 27 de setembro Ano Bíblico: Sofonias

A primeira escola

Embora não pensemos em um jardim como sala de aula, a comparação faz sentido, especialmente um jardim como o Éden, repleto das rique-

zas intactas da criação. Da nossa perspectiva atual, é difícil imaginar quan-to esses seres não caídos, em um mundo não caído e sendo ensinados por seu Criador, devem ter aprendido nessa “sala de aula”!

1. Leia Gênesis 2:7-23. Em sua opinião, qual foi o propósito de Deus em criar, estabelecer e empregar Adão?

_____________________________________________________________________________________________________________________________

Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e lhes deu um lar e um trabalho significativo. Quando consideramos a dinâmica professor-aluno, esse é um relacionamento ideal. Deus conhecia as habilidades de Adão por-que Ele o tinha criado. Podia ensinar Adão, sabendo que ele poderia al-cançar todo o seu potencial.

Deus deu responsabilidades ao ser humano e desejava que a humanida-de fosse feliz. E talvez, um dos meios para dar felicidade à família humanafoi conceder-lhe responsabilidades. Afinal, quem não obtém satisfação, eaté mesmo felicidade, de receber responsabilidades e cumpri-las fielmente?Deus conhecia o coração de Adão e o que ele precisaria para prosperar. Porisso, deu a ele a tarefa de cuidar do jardim. “Tomou, pois, o Senhor Deus aohomem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2:15).Pelo fato de conhecermos apenas este mundo de pecado e morte, é difícilimaginar o que o trabalho envolvia e as lições que, evidentemente, Adãoaprendeu enquanto trabalhava e cuidava do jardim, seu lar.

Em Gênesis 2:19-23, Deus criou animais para serem companheiros de Adão e criou Eva como esposa dele. Deus sabia que ele precisava da com-panhia e auxílio de um par. Então, criou a mulher.

Deus também sabia que o homem necessitava estar em íntimo relacio-namento com Ele. Por isso, criou um espaço particular no Éden dentro dos limites do jardim. Tudo isso comprova o propósito de Deus na criação e Seu amor pela humanidade. Novamente, pela grande distância entre nós e o Éden, é difícil imaginar como ele deve ter sido – embora seja agradá-vel tentar imaginar, não é mesmo?

Embora estejamos distantes do Éden, aprendemos lições com a natureza. Quais são algumas dessas lições e como nos beneficiamos delas ao interpretá-las através das lentes das Escrituras?

G4eJ8R

Page 6: Prédio escolar na Universidade DIVISÃO SUL-ASIÁTICA

| 6 | Educação e redenção Out l Nov l Dez 2020 | 7 |

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41595 – LiADP-4Tri'2020 Designer Editor(a) Coor. Ped. R. F. CustosC. Q.P1P3

Educação no Jardim do Éden

VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que Deus Se mostra grande em Seu poder! Quem é

mestre como Ele?” (Jó 36:22).

Leituras da semana: Gn 2:7-23; 3:1-6; 2Pe 1:3-11; 2:1-17; Hb 13:7, 17, 24

■ Sábado, 26 de setembro Ano Bíblico: Habacuque

A maioria dos estudantes da Bíblia conhece a história de Gênesis 1–3 e seus personagens: Deus, Adão, Eva, os anjos e a serpente. O cenário

é um esplêndido jardim em um paraíso chamado “Éden”. O enredo pare-ce obedecer a uma sequência lógica de eventos: Deus criou e, em seguida, instruiu Adão e Eva. Eles pecaram e foram banidos do Éden. No entanto, uma análise mais detalhada dos primeiros capítulos de Gênesis, especial-mente através das lentes da educação, revelará percepções sobre os perso-nagens, o cenário e a história.

“O método de educação instituído ao princípio do mundo deveria ser para o homem o modelo durante todo o tempo subsequente. Como ilus-tração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden, o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a natu-reza, o compêndio; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família hu-mana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20).

O Senhor foi o fundador, diretor e professor dessa primeira escola. Mas, como sabemos, Adão e Eva, por fim, escolheram outro professor e aprenderam as lições erradas. O que aconteceu? Por quê? O que aprende-mos com esse relato inicial da educação e como ele pode nos ajudar hoje?

Lição

1 ■ Domingo, 27 de setembro Ano Bíblico: Sofonias

A primeira escola

Embora não pensemos em um jardim como sala de aula, a comparação faz sentido, especialmente um jardim como o Éden, repleto das rique-

zas intactas da criação. Da nossa perspectiva atual, é difícil imaginar quan-to esses seres não caídos, em um mundo não caído e sendo ensinados por seu Criador, devem ter aprendido nessa “sala de aula”!

1. Leia Gênesis 2:7-23. Em sua opinião, qual foi o propósito de Deus em criar, estabelecer e empregar Adão?

_____________________________________________________________________________________________________________________________

Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e lhes deu um lar e um trabalho significativo. Quando consideramos a dinâmica professor- aluno, esse é um relacionamento ideal. Deus conhecia as habilidades de Adão por-que Ele o tinha criado. Podia ensinar Adão, sabendo que ele poderia al-cançar todo o seu potencial.

Deus deu responsabilidades ao ser humano e desejava que a humanida-de fosse feliz. E talvez, um dos meios para dar felicidade à família humana foi conceder-lhe responsabilidades. Afinal, quem não obtém satisfação, e até mesmo felicidade, de receber responsabilidades e cumpri-las fielmente? Deus conhecia o coração de Adão e o que ele precisaria para prosperar. Por isso, deu a ele a tarefa de cuidar do jardim. “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2:15). Pelo fato de conhecermos apenas este mundo de pecado e morte, é difícil imaginar o que o trabalho envolvia e as lições que, evidentemente, Adão aprendeu enquanto trabalhava e cuidava do jardim, seu lar.

Em Gênesis 2:19-23, Deus criou animais para serem companheiros de Adão e criou Eva como esposa dele. Deus sabia que ele precisava da com-panhia e auxílio de um par. Então, criou a mulher.

Deus também sabia que o homem necessitava estar em íntimo relacio-namento com Ele. Por isso, criou um espaço particular no Éden dentro dos limites do jardim. Tudo isso comprova o propósito de Deus na criação e Seu amor pela humanidade. Novamente, pela grande distância entre nós e o Éden, é difícil imaginar como ele deve ter sido – embora seja agradá-vel tentar imaginar, não é mesmo?

Embora estejamos distantes do Éden, aprendemos lições com a natureza. Quais são algumas dessas lições e como nos beneficiamos delas ao interpretá-las através das lentes das Escrituras?

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■ Segunda, 28 de setembro Ano Bíblico: Ageu

Intromissão

Uma das alegrias dos professores é organizar a sala de aula: pendurar qua-dros de avisos, organizar suprimentos e tornar a sala agradável. Consi-

derando a visão de Deus para Sua sala de aula, o Jardim do Éden, vemos o cuidado divino ao preparar um ambiente de aprendizado para Adão e Eva. Ele desejava cercá-los de beleza. Cada flor, pássaro, animal e árvore ofere-cia uma oportunidade para aprender mais sobre o mundo e sobre o Criador.

No entanto, há uma mudança abrupta de Gênesis 2 para Gênesis 3. Listamos as coisas boas criadas por Deus. Mas em Gênesis 3:1 nos damos conta de Sua provisão para o livre-arbítrio. A presença da serpente, “mais sagaz que todos os animais selváticos”, é um afastamento da linguagem usada até então. Palavras como “muito bom”, “não se envergonhavam” e “agradáveis” são adjetivos usados para descrever a criação nos capítulos anteriores. Em seguida, porém, com a serpente, há uma mudança de tom. A palavra “sagaz” também é traduzida em algumas versões como “astu-ta”. De repente, um elemento negativo é introduzido no que, até então, era apenas perfeição.

Em contraste com isso, Deus é apresentado como o oposto de “astuto”. Ele é claro sobre Suas expectativas para o casal. A ordem de Gênesis 2:16, 17 mostra que Deus havia estabelecido uma regra a que eles deviam obe-decer: não deviam comer da árvore proibida.

De tudo o que podemos extrair dessa história, uma coisa se destaca: Adão e Eva foram criados como seres morais livres, capazes de escolher entre a obediência e a desobediência. Portanto, desde o início, mesmo em um mundo não caído, podemos ver a realidade do livre-arbítrio humano.

2. Leia Gênesis 3:1-6 e examine as descrições que a serpente usou e que Eva aceitou. O que você observa sobre as informações que a serpente apre-sentou à mulher? De que modo Eva passou a considerar a árvore do co-nhecimento do bem e do mal?

_________________________________________________________________

Em Gênesis 2:17, o Senhor disse a Adão que se ele comesse da árvore “cer-tamente” morreria. Quando Eva, em Gênesis 3:3, repetiu a ordem, ela não a expressou com tanta intensidade, deixando de fora a palavra “certamen-te”. Em Gênesis 3:4, a serpente colocou a palavra de volta, mas em completa contradição com o que Deus havia dito. Parece que, embora Eva tivesse sido ensinada por Deus no jardim, ela não levou tão a sério quanto deveria o que tinha aprendido, como podemos ver pela própria linguagem usada por ela.

■ Terça, 29 de setembro Ano Bíblico: Zc 1-4

Negligenciando a mensagem

Como vimos na lição de ontem, apesar da clara ordem de Deus, Eva, mesmo em sua linguagem, atenuou o que havia sido ensinado. Embo-

ra ela não tivesse interpretado mal o que o Senhor lhe havia dito, ela evi-dentemente não levou a questão a sério o suficiente. É difícil descrever as terríveis consequências de suas ações.

Portanto, quando Eva encontrou a serpente, ela lhe repetiu (mas não exatamente) o que Deus havia dito sobre as árvores do jardim (Gn 3:2, 3). Evidentemente, essa mensagem não era novidade para a serpente, que esta-va familiarizada com a ordem e, portanto, bem preparada para distorcê-la, roubando assim a inocência de Eva.

3. Examine Gênesis 3:4-6. Além de negar o que Deus havia dito, o que mais a serpente disse para enganar a mulher? De quais princípios ela se apro-veitou?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quando a serpente disse à Eva que parte da mensagem estava incor-reta, a mulher poderia ter consultado a Deus. Esta é a beleza da educação do Éden: o acesso que os alunos tinham ao seu poderoso Mestre estava certamente além de qualquer compreensão humana. No entanto, em vez de fugir, em vez de procurar a ajuda divina, Eva aceitou a mensagem da serpente. Aceitar a revisão da mensagem proposta pela serpente exigia da parte de Eva certa dúvida em relação a Deus e ao que Ele havia dito.

Entretanto, Adão entrou numa situação difícil. “Adão compreendeu que sua companheira havia transgredido a ordem de Deus, desrespeitando a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta interior. Lamentou haver permitido que Eva se afastas-se dele. Agora, porém, a ação estava praticada; ele devia se separar daque-la cuja companhia tinha sido sua alegria. Como poderia suportar isso?” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 56). Infelizmente, apesar de sa-ber distinguir o certo do errado, Adão também fez uma escolha errada.

Pense na ironia enganosa aqui: a serpente disse que, se eles comessem da árvore, se-riam “como Deus” (Gn 3:5). Mas Gênesis 1:27 não afirma que eles já eram como Deus? Como podemos ser facilmente enganados e por que a fé e a obediência são nossa única proteção, mesmo quando recebemos a melhor educação, como Adão e Eva receberam?

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■ Segunda, 28 de setembro Ano Bíblico: Ageu

Intromissão

Uma das alegrias dos professores é organizar a sala de aula: pendurar qua-dros de avisos, organizar suprimentos e tornar a sala agradável. Consi-

derando a visão de Deus para Sua sala de aula, o Jardim do Éden, vemos o cuidado divino ao preparar um ambiente de aprendizado para Adão e Eva. Ele desejava cercá-los de beleza. Cada flor, pássaro, animal e árvore ofere-cia uma oportunidade para aprender mais sobre o mundo e sobre o Criador.

No entanto, há uma mudança abrupta de Gênesis 2 para Gênesis 3. Listamos as coisas boas criadas por Deus. Mas em Gênesis 3:1 nos damos conta de Sua provisão para o livre-arbítrio. A presença da serpente, “mais sagaz que todos os animais selváticos”, é um afastamento da linguagem usada até então. Palavras como “muito bom”, “não se envergonhavam” e “agradáveis” são adjetivos usados para descrever a criação nos capítulos anteriores. Em seguida, porém, com a serpente, há uma mudança de tom. A palavra “sagaz” também é traduzida em algumas versões como “astu-ta”. De repente, um elemento negativo é introduzido no que, até então, era apenas perfeição.

Em contraste com isso, Deus é apresentado como o oposto de “astuto”. Ele é claro sobre Suas expectativas para o casal. A ordem de Gênesis 2:16, 17 mostra que Deus havia estabelecido uma regra a que eles deviam obe-decer: não deviam comer da árvore proibida.

De tudo o que podemos extrair dessa história, uma coisa se destaca: Adão e Eva foram criados como seres morais livres, capazes de escolher entre a obediência e a desobediência. Portanto, desde o início, mesmo em um mundo não caído, podemos ver a realidade do livre-arbítrio humano.

2. Leia Gênesis 3:1-6 e examine as descrições que a serpente usou e que Eva aceitou. O que você observa sobre as informações que a serpente apre-sentou à mulher? De que modo Eva passou a considerar a árvore do co-nhecimento do bem e do mal?

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Em Gênesis 2:17, o Senhor disse a Adão que se ele comesse da árvore “cer-tamente” morreria. Quando Eva, em Gênesis 3:3, repetiu a ordem, ela não a expressou com tanta intensidade, deixando de fora a palavra “certamen-te”. Em Gênesis 3:4, a serpente colocou a palavra de volta, mas em completa contradição com o que Deus havia dito. Parece que, embora Eva tivesse sido ensinada por Deus no jardim, ela não levou tão a sério quanto deveria o que tinha aprendido, como podemos ver pela própria linguagem usada por ela.

■ Terça, 29 de setembro Ano Bíblico: Zc 1-4

Negligenciando a mensagem

Como vimos na lição de ontem, apesar da clara ordem de Deus, Eva, mesmo em sua linguagem, atenuou o que havia sido ensinado. Embo-

ra ela não tivesse interpretado mal o que o Senhor lhe havia dito, ela evi-dentemente não levou a questão a sério o suficiente. É difícil descrever as terríveis consequências de suas ações.

Portanto, quando Eva encontrou a serpente, ela lhe repetiu (mas não exatamente) o que Deus havia dito sobre as árvores do jardim (Gn 3:2, 3). Evidentemente, essa mensagem não era novidade para a serpente, que esta-va familiarizada com a ordem e, portanto, bem preparada para distorcê-la, roubando assim a inocência de Eva.

3. Examine Gênesis 3:4-6. Além de negar o que Deus havia dito, o que mais a serpente disse para enganar a mulher? De quais princípios ela se apro-veitou?

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Quando a serpente disse à Eva que parte da mensagem estava incor-reta, a mulher poderia ter consultado a Deus. Esta é a beleza da educação do Éden: o acesso que os alunos tinham ao seu poderoso Mestre estava certamente além de qualquer compreensão humana. No entanto, em vez de fugir, em vez de procurar a ajuda divina, Eva aceitou a mensagem da serpente. Aceitar a revisão da mensagem proposta pela serpente exigia da parte de Eva certa dúvida em relação a Deus e ao que Ele havia dito.

Entretanto, Adão entrou numa situação difícil. “Adão compreendeu que sua companheira havia transgredido a ordem de Deus, desrespeitando a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta interior. Lamentou haver permitido que Eva se afastas-se dele. Agora, porém, a ação estava praticada; ele devia se separar daque-la cuja companhia tinha sido sua alegria. Como poderia suportar isso?” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 56). Infelizmente, apesar de sa-ber distinguir o certo do errado, Adão também fez uma escolha errada.

Pense na ironia enganosa aqui: a serpente disse que, se eles comessem da árvore, se-riam “como Deus” (Gn 3:5). Mas Gênesis 1:27 não afirma que eles já eram como Deus? Como podemos ser facilmente enganados e por que a fé e a obediência são nossa única proteção, mesmo quando recebemos a melhor educação, como Adão e Eva receberam?

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■ Quarta, 30 de setembro Ano Bíblico: Zc 5-8

Recuperando o que foi perdido

Ao escolherem obedecer à mensagem da serpente, Adão e Eva enfren-taram, entre muitas outras consequências, a expulsão da sala de aula

de Deus. Pense no que eles perderam por causa do pecado. Quando enten-demos sua queda podemos compreender melhor o propósito da educação para nós na atualidade. Apesar de terem sido expulsos, a vida no mundo imperfeito inaugurou um novo propósito para a educação.

Antes da queda, a educação era a maneira pela qual Deus fazia com que Adão e Eva conhecessem Seu caráter, Sua bondade e Seu amor. Após a expulsão deles, a obra da educação passou a ser ajudar a humanidade a conhecer essas coisas, bem como recriar a imagem de Deus em nós. Ape-sar de sua remoção física da presença do Senhor, os filhos de Deus ainda podem conhecer Sua bondade e Seu amor. Por meio da oração, serviço e estudo de Sua Palavra, podemos nos aproximar de Deus como Adão e Eva faziam no Éden.

A boa notícia é que, por causa de Jesus, e do plano da redenção, nem tudo está perdido. Temos a esperança de salvação e restauração. E a edu-cação cristã deve conduzir os alunos a Jesus, ao que Ele fez por nós e à res-tauração que Ele oferece.

4. Leia 2 Pedro 1:3-11. À luz de tudo o que se perdeu quando o ser humano deixou o jardim, esses versos nos mostram que muito pode ser recupe-rado. O que devemos fazer para buscar a restauração da imagem de Deus em nossa vida? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Buscar todas as virtudes que Cristo nos oferece, como a fé, a per-severança, o conhecimento e o domínio próprio.

B. ( ) Devemos fazer penitências.

Por meio de Jesus recebemos “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Que promessa! Quais são algumas dessas coisas? Pedro nos deu uma lista: fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança e as-sim por diante. Observe também que o conhecimento é uma das coisas mencionadas por Pedro. Evidentemente, essa ideia leva à noção de edu-cação. A verdadeira educação leva ao verdadeiro conhecimento, o conhe-cimento de Cristo, e, assim, não apenas nos tornamos mais semelhantes a Ele, como também podemos compartilhar nosso conhecimento Dele.

Pense por um momento no fato de que a árvore proibida era a árvore do “conhecimen-to do bem e do mal”. Por que nem todo conhecimento é bom? Como sabemos a dife-rença entre o conhecimento bom e o ruim?

■ Quinta, 1o de outubro Ano Bíblico: Zc 9-11

Os que desprezam a autoridade

Na sala de aula, alguns são considerados “estudantes por natureza”. Eles mal precisam estudar para obter excelentes notas. Absorvem a matéria

facilmente. O conhecimento deles parece se “fixar”. No entanto, em 2 Pedro, capítulos 1 e 2, vemos que nossa educação em Cristo é uma experiência de oportunidades iguais para aqueles que se dedicarem.

As palavras encorajadoras de 2 Pedro 1 estão em contraste com a sé-ria advertência de 2 Pedro 2.

5. Leia 2 Pedro 2:1-17. Quais palavras fortes e condenatórias foram apresen-tadas nesse texto? Ao mesmo tempo, em meio a essa severa advertência e condenação, que grande esperança nos é prometida?

_____________________________________________________________________________________________________________________________

Observe o que Pedro escreveu no verso 10 sobre aqueles que despre-zam a autoridade. Que repreensão severa ao que também é uma realida-de em nossos dias! Como corpo da igreja, devemos trabalhar com base no princípio de que devem existir certos níveis de autoridade (veja Hb 13:7, 17, 24), e somos chamados a nos submeter e obedecer-lhes, pelo menos na medida em que essas autoridades estão sendo fiéis ao próprio Senhor.

No entanto, em meio a essa dura condenação, Pedro apresentou, no verso 9, um contraponto, ao afirmar que, embora Deus seja poderoso para expulsar aqueles que escolheram o engano, “sabe livrar da provação os pie-dosos”. Seria possível que parte de nossa educação cristã não seja apenas evitar a tentação, mas também descobrir as maneiras pelas quais Deus nos livra dela, além de nos proteger dos que introduzem, “dissimulada-mente, heresias destruidoras” (2Pe 2:1)? Além disso, já que o desprezo à autoridade é condenado, nossa educação não deveria consistir em apren-der o caminho certo para compreender e obedecer aos que nos guiam, e nos submeter a eles (Hb 13:7)?

Embora não se possa dizer que Adão e Eva desprezaram a autoridade, eles acabaram desobedecendo ao Criador. E o que tornou sua transgres-são tão grave foi que eles a cometeram em resposta a uma flagrante con-tradição daquilo que a autoridade, o próprio Deus, lhes havia ordenado, para seu próprio bem.

Reflita nessa questão da autoridade, não apenas na igreja e na família, mas na vida em geral. Por que o exercício adequado da autoridade bem como a submissão adequada a ela são tão importantes? Apresente sua resposta à classe no sábado.

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■ Quarta, 30 de setembro Ano Bíblico: Zc 5-8

Recuperando o que foi perdido

Ao escolherem obedecer à mensagem da serpente, Adão e Eva enfren-taram, entre muitas outras consequências, a expulsão da sala de aula

de Deus. Pense no que eles perderam por causa do pecado. Quando enten-demos sua queda podemos compreender melhor o propósito da educação para nós na atualidade. Apesar de terem sido expulsos, a vida no mundo imperfeito inaugurou um novo propósito para a educação.

Antes da queda, a educação era a maneira pela qual Deus fazia com que Adão e Eva conhecessem Seu caráter, Sua bondade e Seu amor. Após a expulsão deles, a obra da educação passou a ser ajudar a humanidade a conhecer essas coisas, bem como recriar a imagem de Deus em nós. Ape-sar de sua remoção física da presença do Senhor, os filhos de Deus ainda podem conhecer Sua bondade e Seu amor. Por meio da oração, serviço e estudo de Sua Palavra, podemos nos aproximar de Deus como Adão e Eva faziam no Éden.

A boa notícia é que, por causa de Jesus, e do plano da redenção, nem tudo está perdido. Temos a esperança de salvação e restauração. E a edu-cação cristã deve conduzir os alunos a Jesus, ao que Ele fez por nós e à res-tauração que Ele oferece.

4. Leia 2 Pedro 1:3-11. À luz de tudo o que se perdeu quando o ser humano deixou o jardim, esses versos nos mostram que muito pode ser recupe-rado. O que devemos fazer para buscar a restauração da imagem de Deus em nossa vida? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Buscar todas as virtudes que Cristo nos oferece, como a fé, a per-severança, o conhecimento e o domínio próprio.

B. ( ) Devemos fazer penitências.

Por meio de Jesus recebemos “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Que promessa! Quais são algumas dessas coisas? Pedro nos deu uma lista: fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança e as-sim por diante. Observe também que o conhecimento é uma das coisas mencionadas por Pedro. Evidentemente, essa ideia leva à noção de edu-cação. A verdadeira educação leva ao verdadeiro conhecimento, o conhe-cimento de Cristo, e, assim, não apenas nos tornamos mais semelhantes a Ele, como também podemos compartilhar nosso conhecimento Dele.

Pense por um momento no fato de que a árvore proibida era a árvore do “conhecimen-to do bem e do mal”. Por que nem todo conhecimento é bom? Como sabemos a dife-rença entre o conhecimento bom e o ruim?

■ Quinta, 1o de outubro Ano Bíblico: Zc 9-11

Os que desprezam a autoridade

Na sala de aula, alguns são considerados “estudantes por natureza”. Eles mal precisam estudar para obter excelentes notas. Absorvem a matéria

facilmente. O conhecimento deles parece se “fixar”. No entanto, em 2 Pedro, capítulos 1 e 2, vemos que nossa educação em Cristo é uma experiência de oportunidades iguais para aqueles que se dedicarem.

As palavras encorajadoras de 2 Pedro 1 estão em contraste com a sé-ria advertência de 2 Pedro 2.

5. Leia 2 Pedro 2:1-17. Quais palavras fortes e condenatórias foram apresen-tadas nesse texto? Ao mesmo tempo, em meio a essa severa advertência e condenação, que grande esperança nos é prometida?

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Observe o que Pedro escreveu no verso 10 sobre aqueles que despre-zam a autoridade. Que repreensão severa ao que também é uma realida-de em nossos dias! Como corpo da igreja, devemos trabalhar com base no princípio de que devem existir certos níveis de autoridade (veja Hb 13:7, 17, 24), e somos chamados a nos submeter e obedecer-lhes, pelo menos na medida em que essas autoridades estão sendo fiéis ao próprio Senhor.

No entanto, em meio a essa dura condenação, Pedro apresentou, no verso 9, um contraponto, ao afirmar que, embora Deus seja poderoso para expulsar aqueles que escolheram o engano, “sabe livrar da provação os pie-dosos”. Seria possível que parte de nossa educação cristã não seja apenas evitar a tentação, mas também descobrir as maneiras pelas quais Deus nos livra dela, além de nos proteger dos que introduzem, “dissimulada-mente, heresias destruidoras” (2Pe 2:1)? Além disso, já que o desprezo à autoridade é condenado, nossa educação não deveria consistir em apren-der o caminho certo para compreender e obedecer aos que nos guiam, e nos submeter a eles (Hb 13:7)?

Embora não se possa dizer que Adão e Eva desprezaram a autoridade, eles acabaram desobedecendo ao Criador. E o que tornou sua transgres-são tão grave foi que eles a cometeram em resposta a uma flagrante con-tradição daquilo que a autoridade, o próprio Deus, lhes havia ordenado, para seu próprio bem.

Reflita nessa questão da autoridade, não apenas na igreja e na família, mas na vida em geral. Por que o exercício adequado da autoridade bem como a submissão adequada a ela são tão importantes? Apresente sua resposta à classe no sábado.

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■ Sexta, 2 de outubro Ano Bíblico: Zc 12-14

Estudo adicional

“O santo casal não era apenas formado por filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas alunos recebendo instrução do sábio Criador. Eram vi-

sitados pelos anjos e podiam ter comunhão com seu Criador, sem nenhum véu de separação. Estavam cheios do vigor proporcionado pela árvore da vida, e sua capacidade intelectual era só um pouco menor do que a dos an-jos. Os mistérios do universo visível – “maravilhas Daquele que é perfeito em conhecimento” (Jó 37:16) – conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e prazer. As leis e os fenômenos da natureza, que têm incentiva-do o estudo dos homens durante 6 mil anos, estavam abertos à sua mente pelo infinito Construtor e Mantenedor de tudo. Interagiam com as folhas, flores e árvores, aprendendo de cada uma os segredos de sua vida. Adão es-tava familiarizado com cada criatura vivente, desde o poderoso leviatã que brinca nas águas até a menor criatura que flutua à luz de um raio de sol. Ele tinha dado a cada um seu nome e conhecia a natureza e hábitos de todos. A glória de Deus nos Céus, os mundos inumeráveis em seus ordenados mo-vimentos, o “equilíbrio das nuvens” (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite – tudo estava ao alcance da compreensão de nossos pri-meiros pais. Em cada folha na floresta ou pedra nas montanhas, em cada estrela brilhante, na terra, no ar e no céu, estava escrito o nome de Deus. A ordem e a harmonia da criação lhes falavam de sabedoria e poder infini-tos. Estavam sempre descobrindo alguma atração que lhes enchia o cora-ção de um amor mais profundo e provocava novas expressões de gratidão” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 50, 51).

Perguntas para consideração1. A escola e o trabalho deviam ser oportunidades para conhecer o Cria-

dor e a criação. Como conhecer a Deus por meio do trabalho, educação, voluntariado e ministério?

2. Diante da astúcia de Satanás no Éden, ficamos frustrados com nossa fra-queza? Adão e Eva sabiam que Deus estava próximo, mas aceitaram a meia- verdade da serpente. Como encontrar o poder divino para vencer a tentação?

3. Por que é importante obedecer às autoridades? O que acontece quando os limites da autoridade ficam obscuros? Como reagir diante de abusos de autoridade?

Respostas e atividades da semana: 1. Deus é amor. Para compartilhar o amor, Ele criou Adão e Eva e os colocou no jardim para que fossem felizes. 2. A serpente apresentou uma meia-verdade (uma mentira). Adão e Eva não mor-reram logo, mas começou neles o processo da morte. Eva considerava a árvore “agradável aos olhos” e “desejável para dar entendimento”. 3. A serpente a convenceu de que ela seria como Deus, conhecendo o bem e o mal. A ser-pente tirou vantagem da curiosidade de Eva. 4. A. 5. Palavras de condenação aos falsos mestres, que desprezam a autoridade. Aos obedientes e piedosos, é prometida libertação.

Anotações

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■ Sexta, 2 de outubro Ano Bíblico: Zc 12-14

Estudo adicional

“O santo casal não era apenas formado por filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas alunos recebendo instrução do sábio Criador. Eram vi-

sitados pelos anjos e podiam ter comunhão com seu Criador, sem nenhum véu de separação. Estavam cheios do vigor proporcionado pela árvore da vida, e sua capacidade intelectual era só um pouco menor do que a dos an-jos. Os mistérios do universo visível – “maravilhas Daquele que é perfeito em conhecimento” (Jó 37:16) – conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e prazer. As leis e os fenômenos da natureza, que têm incentiva-do o estudo dos homens durante 6 mil anos, estavam abertos à sua mente pelo infinito Construtor e Mantenedor de tudo. Interagiam com as folhas, flores e árvores, aprendendo de cada uma os segredos de sua vida. Adão es-tava familiarizado com cada criatura vivente, desde o poderoso leviatã que brinca nas águas até a menor criatura que flutua à luz de um raio de sol. Ele tinha dado a cada um seu nome e conhecia a natureza e hábitos de todos. A glória de Deus nos Céus, os mundos inumeráveis em seus ordenados mo-vimentos, o “equilíbrio das nuvens” (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite – tudo estava ao alcance da compreensão de nossos pri-meiros pais. Em cada folha na floresta ou pedra nas montanhas, em cada estrela brilhante, na terra, no ar e no céu, estava escrito o nome de Deus. A ordem e a harmonia da criação lhes falavam de sabedoria e poder infini-tos. Estavam sempre descobrindo alguma atração que lhes enchia o cora-ção de um amor mais profundo e provocava novas expressões de gratidão” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 50, 51).

Perguntas para consideração1. A escola e o trabalho deviam ser oportunidades para conhecer o Cria-

dor e a criação. Como conhecer a Deus por meio do trabalho, educação, voluntariado e ministério?

2. Diante da astúcia de Satanás no Éden, ficamos frustrados com nossa fra-queza? Adão e Eva sabiam que Deus estava próximo, mas aceitaram a meia- verdade da serpente. Como encontrar o poder divino para vencer a tentação?

3. Por que é importante obedecer às autoridades? O que acontece quando os limites da autoridade ficam obscuros? Como reagir diante de abusos de autoridade?

Respostas e atividades da semana: 1. Deus é amor. Para compartilhar o amor, Ele criou Adão e Eva e os colocou no jardim para que fossem felizes. 2. A serpente apresentou uma meia-verdade (uma mentira). Adão e Eva não mor-reram logo, mas começou neles o processo da morte. Eva considerava a árvore “agradável aos olhos” e “desejável para dar entendimento”. 3. A serpente a convenceu de que ela seria como Deus, conhecendo o bem e o mal. A ser-pente tirou vantagem da curiosidade de Eva. 4. A. 5. Palavras de condenação aos falsos mestres, que desprezam a autoridade. Aos obedientes e piedosos, é prometida libertação.

Anotações

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RESUMO DA LIÇÃO 1

Educação no Jardim do Édeneficaz. Por meio de uma análise cuidadosa da conversa entre a serpente e Eva, você, como professor, pode mostrar quão astuta foi a estratégia de Satanás – e quão eficaz ela ain-da é, milênios depois.

A escola do Éden e o teste de obediênciaO Éden não era simplesmente um jardim; era um sistema educacional: “O método de

educação instituído no começo do mundo deveria ser o modelo para o ser humano em to-dos os tempos. Como ilustração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden: o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a nature-za, o livro-texto; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família humana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20).

Mas a continuidade da educação de Adão e Eva estava condicionada à sua lealdade ina-balável a todos os preceitos e mandamentos de seu divino Mestre. “Enquanto permaneces-sem fiéis à lei divina, sua capacidade para saber, vivenciar e amar cresceria continuamente. Estariam constantemente adquirindo novos tesouros de saber, descobrindo novas fontes de felicidade e obtendo concepções cada vez mais claras do incomensurável e infalível amor de Deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 51).

Assim, para garantir a lealdade do casal, Deus testaria sua obediência. “Semelhantes aos anjos, os moradores do Éden haviam sido postos à prova; sua condição de felicidade só poderia ser conservada mediante a fidelidade para com a lei do Criador. Poderiam obe-decer e viver, ou desobedecer e morrer. Deus os fizera receptores de ricas bênçãos; mas, se deixassem de atender à Sua vontade, Aquele que não poupou os anjos que pecaram não poderia poupá-los; a transgressão os privaria de seus dons e sobre eles traria miséria e ruína” (ibid., p. 53). O exame final envolveu uma árvore e uma proibição. “No meio do jardim, perto da árvore da vida, estava a árvore do conhecimento do bem e do mal. Essa árvore havia sido especialmente designada por Deus para ser a garantia de sua obediên-cia, fé e amor a Ele. O Senhor ordenou a nossos primeiros pais que não comessem dessa árvore nem tocassem nela, senão morreriam. Disse que podiam comer livremente de to-das as árvores do jardim, exceto daquela, pois, se dela comessem, certamente morreriam” (Ellen G. White, História da Redenção, p. 24).

Deus fez mais do que simplesmente instruir Adão e Eva a não tocar no fruto ou não provar dele. Ele enviou anjos para dar instruções adicionais ao par, dizendo-lhes que, contra a tentação, seriam mais fortes juntos do que separados. “Os anjos haviam adver-tido Eva de que tivesse o cuidado de não se afastar do esposo enquanto se ocupavam com seu trabalho diário no jardim, pois junto dele estaria em menor perigo de tentação do que se estivesse sozinha. Contudo, distraída em sua agradável ocupação, inconscien-temente se afastou de Adão. Percebendo que estava só, sentiu uma sensação de perigo, mas afugentou seus temores, entendendo que possuía sabedoria e força suficientes para discernir o mal e resistir a ele. Desconsiderando o aviso dos anjos, logo estava olhando, com um misto de curiosidade e admiração, a árvore proibida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 53, 54). Eva não subordinou sua curiosidade às orientações dos anjos que a ad-vertiram e a Deus, seu Mestre.

ESBOÇO

No princípio, não havia escolas nem universidades. Mas, mesmo sem livros, salas de aula ou eletrônicos com internet, o conhecimento – rico em sabedoria e virtude – era comunicado. Por meio da neblina que irrigava o solo (Gn 2:6), era possível discernir a presença divina, uma sala de aula no jardim e dois alunos feitos de barro fresco, recen-temente animados por Seu fôlego de vida (Gn 2:7). Não se costuma pensar no Jardim do Éden como uma sala de aula onde Deus Se senta como instrutor, mas a lição desta sema-na nos guia nessa direção.

O início do livro de Gênesis nos instrui sob duas perspectivas diferentes: a primeira, o Gênesis nos permite andar com as sandálias de Adão e Eva (ou melhor, nas pegadas de seus pés descalços) e ouvir as aulas magnas que Deus provavelmente realizou sobre a história da criação, o propósito e as responsabilidades da família humana (Gn 1:26-28), li-ções da natureza, meditações sobre o casamento (Gn 2:18) e avisos sobre um inimigo e a árvore proibida (Gn 2:17); a segunda nos permite aprender com a narrativa do Gênesis como aprenderíamos com um livro didático. Revelações sobre a natureza do plano da ser-pente, as consequências da desconfiança e desobediência, o caráter de Deus desafiado e justificado e o plano da salvação emergem como temas de instrução e contemplação.

Conhecer os fundamentos históricos de qualquer ramo do conhecimento sempre traz uma perspectiva maior e uma compreensão mais abrangente. Assim como é indispensável conhecer os axiomas de Euclides no estudo da geometria, é essencial compreender os ca-pítulos iniciais do Gênesis para entender o restante da Bíblia e toda a história da redenção.

COMENTÁRIO

Inocência versus astúciaEm Gênesis 3, a descrição inicial da serpente como “sagaz”, “astuta” e “esperta” (ARA,

NVI, NTLH) destaca um contraste importante entre esse animal e Adão e sua ishsha, o ho-mem e sua esposa. A palavra hebraica traduzida como “sagaz” (‘arum) tem a mesma raiz consonantal e sons vocálicos semelhantes aos da palavra hebraica traduzida como “nu” (‘arom), usada para descrever a condição de Adão e Eva no verso anterior. Ao ler o hebrai-co em voz alta, os termos arom/arum são falados quase que consecutivamente e alerta o leitor sobre um jogo de palavras (paronomásia). Estamos prestes a ver uma Eva inocen-te entrar na arena de um enganador experiente e astuto. A mulher e o homem comem o fruto, e tudo muda a partir de então.

Mas como a serpente fez isso? Como foi capaz de usar 26 palavras para fazer com que um ser sem pecado, completamente satisfeito e bem cuidado, se rebelasse contra um Deus cuja essência é puro amor (1Jo 4:8)? O que quer que a serpente tenha feito, foi

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RESUMO DA LIÇÃO 1

Educação no Jardim do Édeneficaz. Por meio de uma análise cuidadosa da conversa entre a serpente e Eva, você, como professor, pode mostrar quão astuta foi a estratégia de Satanás – e quão eficaz ela ain-da é, milênios depois.

A escola do Éden e o teste de obediênciaO Éden não era simplesmente um jardim; era um sistema educacional: “O método de

educação instituído no começo do mundo deveria ser o modelo para o ser humano em to-dos os tempos. Como ilustração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden: o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a nature-za, o livro-texto; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família humana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20).

Mas a continuidade da educação de Adão e Eva estava condicionada à sua lealdade ina-balável a todos os preceitos e mandamentos de seu divino Mestre. “Enquanto permaneces-sem fiéis à lei divina, sua capacidade para saber, vivenciar e amar cresceria continuamente. Estariam constantemente adquirindo novos tesouros de saber, descobrindo novas fontes de felicidade e obtendo concepções cada vez mais claras do incomensurável e infalível amor de Deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 51).

Assim, para garantir a lealdade do casal, Deus testaria sua obediência. “Semelhantes aos anjos, os moradores do Éden haviam sido postos à prova; sua condição de felicidade só poderia ser conservada mediante a fidelidade para com a lei do Criador. Poderiam obe-decer e viver, ou desobedecer e morrer. Deus os fizera receptores de ricas bênçãos; mas, se deixassem de atender à Sua vontade, Aquele que não poupou os anjos que pecaram não poderia poupá-los; a transgressão os privaria de seus dons e sobre eles traria miséria e ruína” (ibid., p. 53). O exame final envolveu uma árvore e uma proibição. “No meio do jardim, perto da árvore da vida, estava a árvore do conhecimento do bem e do mal. Essa árvore havia sido especialmente designada por Deus para ser a garantia de sua obediên-cia, fé e amor a Ele. O Senhor ordenou a nossos primeiros pais que não comessem dessa árvore nem tocassem nela, senão morreriam. Disse que podiam comer livremente de to-das as árvores do jardim, exceto daquela, pois, se dela comessem, certamente morreriam” (Ellen G. White, História da Redenção, p. 24).

Deus fez mais do que simplesmente instruir Adão e Eva a não tocar no fruto ou não provar dele. Ele enviou anjos para dar instruções adicionais ao par, dizendo-lhes que, contra a tentação, seriam mais fortes juntos do que separados. “Os anjos haviam adver-tido Eva de que tivesse o cuidado de não se afastar do esposo enquanto se ocupavam com seu trabalho diário no jardim, pois junto dele estaria em menor perigo de tentação do que se estivesse sozinha. Contudo, distraída em sua agradável ocupação, inconscien-temente se afastou de Adão. Percebendo que estava só, sentiu uma sensação de perigo, mas afugentou seus temores, entendendo que possuía sabedoria e força suficientes para discernir o mal e resistir a ele. Desconsiderando o aviso dos anjos, logo estava olhando, com um misto de curiosidade e admiração, a árvore proibida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 53, 54). Eva não subordinou sua curiosidade às orientações dos anjos que a ad-vertiram e a Deus, seu Mestre.

ESBOÇO

No princípio, não havia escolas nem universidades. Mas, mesmo sem livros, salas de aula ou eletrônicos com internet, o conhecimento – rico em sabedoria e virtude – era comunicado. Por meio da neblina que irrigava o solo (Gn 2:6), era possível discernir a presença divina, uma sala de aula no jardim e dois alunos feitos de barro fresco, recen-temente animados por Seu fôlego de vida (Gn 2:7). Não se costuma pensar no Jardim do Éden como uma sala de aula onde Deus Se senta como instrutor, mas a lição desta sema-na nos guia nessa direção.

O início do livro de Gênesis nos instrui sob duas perspectivas diferentes: a primeira, o Gênesis nos permite andar com as sandálias de Adão e Eva (ou melhor, nas pegadas de seus pés descalços) e ouvir as aulas magnas que Deus provavelmente realizou sobre a história da criação, o propósito e as responsabilidades da família humana (Gn 1:26-28), li-ções da natureza, meditações sobre o casamento (Gn 2:18) e avisos sobre um inimigo e a árvore proibida (Gn 2:17); a segunda nos permite aprender com a narrativa do Gênesis como aprenderíamos com um livro didático. Revelações sobre a natureza do plano da ser-pente, as consequências da desconfiança e desobediência, o caráter de Deus desafiado e justificado e o plano da salvação emergem como temas de instrução e contemplação.

Conhecer os fundamentos históricos de qualquer ramo do conhecimento sempre traz uma perspectiva maior e uma compreensão mais abrangente. Assim como é indispensável conhecer os axiomas de Euclides no estudo da geometria, é essencial compreender os ca-pítulos iniciais do Gênesis para entender o restante da Bíblia e toda a história da redenção.

COMENTÁRIO

Inocência versus astúciaEm Gênesis 3, a descrição inicial da serpente como “sagaz”, “astuta” e “esperta” (ARA,

NVI, NTLH) destaca um contraste importante entre esse animal e Adão e sua ishsha, o ho-mem e sua esposa. A palavra hebraica traduzida como “sagaz” (‘arum) tem a mesma raiz consonantal e sons vocálicos semelhantes aos da palavra hebraica traduzida como “nu” (‘arom), usada para descrever a condição de Adão e Eva no verso anterior. Ao ler o hebrai-co em voz alta, os termos arom/arum são falados quase que consecutivamente e alerta o leitor sobre um jogo de palavras (paronomásia). Estamos prestes a ver uma Eva inocen-te entrar na arena de um enganador experiente e astuto. A mulher e o homem comem o fruto, e tudo muda a partir de então.

Mas como a serpente fez isso? Como foi capaz de usar 26 palavras para fazer com que um ser sem pecado, completamente satisfeito e bem cuidado, se rebelasse contra um Deus cuja essência é puro amor (1Jo 4:8)? O que quer que a serpente tenha feito, foi

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“Eva se deu conta de que estava contemplando com um misto de curiosidade e ad-miração o fruto da árvore proibida. Ela viu que o fruto era muito belo, e pensava consi-go mesma por que Deus havia decidido proibi-los de comê-lo ou tocar nele. Era então a oportunidade de Satanás. Ele se dirigiu a ela como se fosse capaz de adivinhar seus pen-samentos: ‘Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?’” (Gn 3:1; Ellen G. White, História da Redenção, p. 32). A pergunta introdutória da serpente faria corroer a visão de mundo de Eva e minaria muito daquilo que ela havia sido ensinada a valorizar e considerar como verdade.

“Diante da pergunta ardilosa do tentador, ela respondeu: ‘Do fruto das árvores do jar-dim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal’ (Gn 3:2-5). O dia-bo afirmou que, ao comer do fruto dessa árvore, Adão e Eva atingiriam uma esfera mais elevada de existência e entrariam para um campo mais vasto de conhecimento. Ele pró-prio havia comido do fruto proibido e, como resultado, adquirira o dom da fala. E insinuou que, por egoísmo, o Senhor desejava privá-los daquele fruto, com receio de que chegas-sem a um nível de igualdade com Ele. Foi por causa de suas maravilhosas propriedades, que transmitiam sabedoria e poder, que Ele lhes havia proibido de prová-lo ou mesmo de tocar nele” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 54).

Essa narrativa mostra uma educação fundamentada em visões de mundo. A cosmovisão de Eva antes da queda estava arraigada no conhecimento do Criador que havia providen-ciado abundantemente para Sua criação, motivado apenas por Seu amor altruísta. A árvore proibida era um teste e um símbolo de que Adão e Eva, embora livres, não deveriam viver autonomamente à parte do seu Criador. Mas a serpente gravou uma imagem diferente na impressionável e inocente Eva. Usando os mesmos dados ao seu redor, ela reinterpretou a dinâmica do jardim de um modo que pintou Deus como: (1) restritivo ao máximo daqui-lo que é bom; (2) ameaçado por aqueles que compartilham dos poderes do conhecimento da árvore proibida; e (3) desinformado/enganado quanto às consequências letais da ár-vore. Quem não seria levado a duvidar do amor de um Deus assim? Uma vez que o amor é minado, a pessoa questiona a confiabilidade das palavras divinas, e dali para rejeitar Sua autoridade é um pequeno passo. Adão e Eva fizeram isso, e todos seguimos o exemplo. É missão da educação adventista do sétimo dia reverter essa distorção inicial do caráter di-vino na mente da criação e substituí-la pela verdade sobre quem é Deus. Ninguém melhor para cumprir essa incumbência do que os seres criados como portadores da imagem divina.

Aplicação para a vida1. O trio vergonha, nudez e medo abrange a ideia central na narrativa da tentação. Nudez e ausência de vergonha são as descrições introdutórias do primeiro par humano antes de sucumbirem à tentação (Gn 2:25). A percepção de sua nudez e vergonha implícita são os primeiros resultados da desobediência (Gn 3:7). Novamente, o medo e a vergonha os fazem se esconder quando ouvem a voz de Adonai Elohim, o Senhor Deus (Gn 3:9, 10). O Senhor

até perguntou como sabiam que estavam nus (Gn 3:11). Não há uso das palavras hebrai-cas para pecado, rebelião ou iniquidade na narrativa. Qual é a sua opinião sobre isso? De que maneira a vergonha e o medo são fundamentais para a humanidade? Como o conhe-cimento de Deus e Sua salvação nos ajudam a responder a essas questões?

2. As pessoas ainda consideram o Deus cristão como restritivo. Quantas vezes ouvimos: “O que há de errado em fazer” isso ou aquilo? Qual é a maneira mais eficaz de dissipar essa mancha de milênios na reputação divina? Uma estratégia é mostrar que Deus ainda restringe apenas uma coisa de Sua criação: o pecado. O fato de uma árvore dar mil fru-tos diferentes não significa que Deus nos restringe de mil coisas diferentes, mas que Ele quer nos preservar do sofrimento.

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“Eva se deu conta de que estava contemplando com um misto de curiosidade e ad-miração o fruto da árvore proibida. Ela viu que o fruto era muito belo, e pensava consi-go mesma por que Deus havia decidido proibi-los de comê-lo ou tocar nele. Era então a oportunidade de Satanás. Ele se dirigiu a ela como se fosse capaz de adivinhar seus pen-samentos: ‘Foi isto mesmo que Deus disse: Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?’” (Gn 3:1; Ellen G. White, História da Redenção, p. 32). A pergunta introdutória da serpente faria corroer a visão de mundo de Eva e minaria muito daquilo que ela havia sido ensinada a valorizar e considerar como verdade.

“Diante da pergunta ardilosa do tentador, ela respondeu: ‘Do fruto das árvores do jar-dim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal’ (Gn 3:2-5). O dia-bo afirmou que, ao comer do fruto dessa árvore, Adão e Eva atingiriam uma esfera mais elevada de existência e entrariam para um campo mais vasto de conhecimento. Ele pró-prio havia comido do fruto proibido e, como resultado, adquirira o dom da fala. E insinuou que, por egoísmo, o Senhor desejava privá-los daquele fruto, com receio de que chegas-sem a um nível de igualdade com Ele. Foi por causa de suas maravilhosas propriedades, que transmitiam sabedoria e poder, que Ele lhes havia proibido de prová-lo ou mesmo de tocar nele” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 54).

Essa narrativa mostra uma educação fundamentada em visões de mundo. A cosmovisão de Eva antes da queda estava arraigada no conhecimento do Criador que havia providen-ciado abundantemente para Sua criação, motivado apenas por Seu amor altruísta. A árvore proibida era um teste e um símbolo de que Adão e Eva, embora livres, não deveriam viver autonomamente à parte do seu Criador. Mas a serpente gravou uma imagem diferente na impressionável e inocente Eva. Usando os mesmos dados ao seu redor, ela reinterpretou a dinâmica do jardim de um modo que pintou Deus como: (1) restritivo ao máximo daqui-lo que é bom; (2) ameaçado por aqueles que compartilham dos poderes do conhecimento da árvore proibida; e (3) desinformado/enganado quanto às consequências letais da ár-vore. Quem não seria levado a duvidar do amor de um Deus assim? Uma vez que o amor é minado, a pessoa questiona a confiabilidade das palavras divinas, e dali para rejeitar Sua autoridade é um pequeno passo. Adão e Eva fizeram isso, e todos seguimos o exemplo. É missão da educação adventista do sétimo dia reverter essa distorção inicial do caráter di-vino na mente da criação e substituí-la pela verdade sobre quem é Deus. Ninguém melhor para cumprir essa incumbência do que os seres criados como portadores da imagem divina.

Aplicação para a vida1. O trio vergonha, nudez e medo abrange a ideia central na narrativa da tentação. Nudez e ausência de vergonha são as descrições introdutórias do primeiro par humano antes de sucumbirem à tentação (Gn 2:25). A percepção de sua nudez e vergonha implícita são os primeiros resultados da desobediência (Gn 3:7). Novamente, o medo e a vergonha os fazem se esconder quando ouvem a voz de Adonai Elohim, o Senhor Deus (Gn 3:9, 10). O Senhor

até perguntou como sabiam que estavam nus (Gn 3:11). Não há uso das palavras hebrai-cas para pecado, rebelião ou iniquidade na narrativa. Qual é a sua opinião sobre isso? De que maneira a vergonha e o medo são fundamentais para a humanidade? Como o conhe-cimento de Deus e Sua salvação nos ajudam a responder a essas questões?

2. As pessoas ainda consideram o Deus cristão como restritivo. Quantas vezes ouvimos: “O que há de errado em fazer” isso ou aquilo? Qual é a maneira mais eficaz de dissipar essa mancha de milênios na reputação divina? Uma estratégia é mostrar que Deus ainda restringe apenas uma coisa de Sua criação: o pecado. O fato de uma árvore dar mil fru-tos diferentes não significa que Deus nos restringe de mil coisas diferentes, mas que Ele quer nos preservar do sofrimento.

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A família

VERSO PARA MEMORIZAR: “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução

de tua mãe” (Pv 1:8).

Leituras da semana: Gn 3:1-15; 2Co 4:6; Lc 1:26-38; Mt 1:18-24; Ef 4:15; 1Jo 3:18; Dt 6

■ Sábado, 3 de outubro Ano Bíblico: Malaquias

Como seres humanos, devemos sempre aprender. A vida é uma escola.“Desde os tempos mais antigos, os fiéis em Israel haviam dado mui-

ta atenção à educação dos jovens. O Senhor lhes tinha dado instruções para que, desde pequenas, as crianças fossem ensinadas sobre Sua bondade e grandeza, especialmente conforme reveladas em Sua lei e demonstradas na história de Israel. Cânticos, orações e lições das Escrituras deviam ser adaptados às mentes em desenvolvimento. Pais e mães deviam instruir os filhos na verdade de que a lei de Deus é a expressão de Seu caráter e que, ao receberem os princípios da lei no coração, Sua imagem era gravada no espírito e na mente. Muito do ensino era feito oralmente, mas os jovens aprendiam também a ler os escritos hebraicos. E os rolos de pergaminho das Escrituras do Antigo Testamento estavam disponíveis ao seu estudo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 69).

Durante a maior parte da história da humanidade, a educação ocor-reu principalmente nos lares, especialmente na infância. O que a Bíblia revela sobre a educação na família? Qual princípio podemos retirar des-sa educação familiar para nós, seja qual for a situação da nossa família?

Lição

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A família

VERSO PARA MEMORIZAR: “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução

de tua mãe” (Pv 1:8).

Leituras da semana: Gn 3:1-15; 2Co 4:6; Lc 1:26-38; Mt 1:18-24; Ef 4:15; 1Jo 3:18; Dt 6

■ Sábado, 3 de outubro Ano Bíblico: Malaquias

Como seres humanos, devemos sempre aprender. A vida é uma escola.“Desde os tempos mais antigos, os fiéis em Israel haviam dado mui-

ta atenção à educação dos jovens. O Senhor lhes tinha dado instruções para que, desde pequenas, as crianças fossem ensinadas sobre Sua bondade e grandeza, especialmente conforme reveladas em Sua lei e demonstradas na história de Israel. Cânticos, orações e lições das Escrituras deviam ser adaptados às mentes em desenvolvimento. Pais e mães deviam instruir os filhos na verdade de que a lei de Deus é a expressão de Seu caráter e que, ao receberem os princípios da lei no coração, Sua imagem era gravada no espírito e na mente. Muito do ensino era feito oralmente, mas os jovens aprendiam também a ler os escritos hebraicos. E os rolos de pergaminho das Escrituras do Antigo Testamento estavam disponíveis ao seu estudo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 69).

Durante a maior parte da história da humanidade, a educação ocor-reu principalmente nos lares, especialmente na infância. O que a Bíblia revela sobre a educação na família? Qual princípio podemos retirar des-sa educação familiar para nós, seja qual for a situação da nossa família?

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■ Domingo, 4 de outubro Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento

A primeira família

N ão há muitos detalhes nas páginas iniciais das Escrituras acerca do tipo de educação familiar que ocorria nos primórdios da história da

humanidade, embora tenhamos a certeza de que a educação naquela épo-ca se dava na própria estrutura familiar.

“O método de educação estabelecido no Éden era centralizado na fa-mília. Adão era o ‘filho de Deus’ (Lc 3:38), e era de seu Pai que os filhos do Altíssimo recebiam instrução. Tinham, no mais estrito sentido, uma escola familiar” (Ellen G. White, Educação, p. 33).

Embora não saibamos exatamente o que era ensinado, podemos ter a certeza de que essa educação lidava com as maravilhas da criação e, após o pecado, com o plano da redenção.

1. O que os textos a seguir ensinam e por que isso certamente deve ter sido parte da educação que Adão e Eva transmitiram aos filhos? Gn 1–2; 3:1-15; 2Co 4:6; Lc 10:27; Gl 3:11; Ap 22:12

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

“O método de educação instituído no começo do mundo deveria ser o modelo para o ser humano em todos os tempos. Como ilustração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden, o lar de nossos pri-meiros pais” (Ellen G. White, Educação, p. 20).

A educação cristã é um compromisso de educar as famílias e os mem-bros na doutrina, adoração, instrução, comunhão, evangelismo e serviço. No lar, ministramos aos membros da família sobre o amor e as promessas de Deus. Ali apresentamos Jesus às crianças como seu Senhor, Salvador e Amigo. No lar, a Bíblia é preservada como a Palavra de Deus. É na família que revelamos como é um relacionamento saudável com nosso Pai celestial.

Em Gênesis 4:1-4, Caim e Abel trouxeram suas ofertas ao Senhor. Po-demos pressupor que eles aprenderam sobre o significado e a importân-cia das ofertas como parte de sua educação familiar em relação ao plano da salvação. Evidentemente, como mostra a história, uma boa educação nem sempre leva ao resultado esperado.

Seja qual for a sua situação em seu lar, quais escolhas você pode fazer para que ele seja um ambiente em que a verdade seja ensinada e vivida?

■ Segunda, 5 de outubro Ano Bíblico: Mt 1-4

A infância de Jesus

A s Escrituras nos apresentam pouquíssimos detalhes sobre a infância de Jesus. Muitas coisas desses anos permanecem um mistério. No en-

tanto, recebemos algumas percepções sobre o caráter de Seus pais terres-tres, Maria e José, e o que aprendemos sobre eles pode explicar um pouco de Sua infância e educação.

2. O que esses textos nos ensinam sobre Maria e José e como eles podem nos dar uma ideia de como Jesus foi educado por Seus pais?

Lc 1:26-38 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Lc 1:46-55 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Mt 1:18-24 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Por meio desses textos, vemos que Maria e José eram judeus fiéis, que buscavam viver em obediência às leis e aos mandamentos de Deus. E, de fato, quando o Senhor veio a eles e lhes disse o que aconteceria, fielmen-te o casal fez tudo o que lhes havia sido ordenado.

“O menino Jesus não recebeu instruções nas escolas das sinagogas. Seu primeiro professor humano foi Sua mãe. Dos lábios dela e dos escri-tos dos profetas, Ele aprendeu as coisas celestiais. As próprias palavras por Ele ditas a Moisés para Israel foram então ensinadas no colo de Sua mãe. Ao avançar da infância para a juventude, não procurou as escolas dos rabinos. Não necessitava da educação obtida de tais fontes, pois Deus era Seu instrutor” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 70).

Evidentemente, eles foram bons e fiéis professores para o Menino, mas, como a história de Lucas 2:41-50 revela, eles não compreendiam ainda muitas coisas sobre seu Filho, pois Jesus tinha conhecimento e sabedoria que somente Lhe haviam sido comunicados pelo Senhor.

Leia novamente a citação de Ellen G. White acima. Como Jesus aprendeu de Sua mãe as palavras que Ele mesmo havia falado? O que isso revela sobre o maravilhoso amor de Deus? Sendo nós criaturas caídas e pecadoras, qual deve ser nossa resposta a esse amor?

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■ Domingo, 4 de outubro Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento

A primeira família

N ão há muitos detalhes nas páginas iniciais das Escrituras acerca do tipo de educação familiar que ocorria nos primórdios da história da

humanidade, embora tenhamos a certeza de que a educação naquela épo-ca se dava na própria estrutura familiar.

“O método de educação estabelecido no Éden era centralizado na fa-mília. Adão era o ‘filho de Deus’ (Lc 3:38), e era de seu Pai que os filhos do Altíssimo recebiam instrução. Tinham, no mais estrito sentido, uma escola familiar” (Ellen G. White, Educação, p. 33).

Embora não saibamos exatamente o que era ensinado, podemos ter a certeza de que essa educação lidava com as maravilhas da criação e, após o pecado, com o plano da redenção.

1. O que os textos a seguir ensinam e por que isso certamente deve ter sido parte da educação que Adão e Eva transmitiram aos filhos? Gn 1–2; 3:1-15; 2Co 4:6; Lc 10:27; Gl 3:11; Ap 22:12

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“O método de educação instituído no começo do mundo deveria ser o modelo para o ser humano em todos os tempos. Como ilustração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden, o lar de nossos pri-meiros pais” (Ellen G. White, Educação, p. 20).

A educação cristã é um compromisso de educar as famílias e os mem-bros na doutrina, adoração, instrução, comunhão, evangelismo e serviço. No lar, ministramos aos membros da família sobre o amor e as promessas de Deus. Ali apresentamos Jesus às crianças como seu Senhor, Salvador e Amigo. No lar, a Bíblia é preservada como a Palavra de Deus. É na família que revelamos como é um relacionamento saudável com nosso Pai celestial.

Em Gênesis 4:1-4, Caim e Abel trouxeram suas ofertas ao Senhor. Po-demos pressupor que eles aprenderam sobre o significado e a importân-cia das ofertas como parte de sua educação familiar em relação ao plano da salvação. Evidentemente, como mostra a história, uma boa educação nem sempre leva ao resultado esperado.

Seja qual for a sua situação em seu lar, quais escolhas você pode fazer para que ele seja um ambiente em que a verdade seja ensinada e vivida?

■ Segunda, 5 de outubro Ano Bíblico: Mt 1-4

A infância de Jesus

A s Escrituras nos apresentam pouquíssimos detalhes sobre a infância de Jesus. Muitas coisas desses anos permanecem um mistério. No en-

tanto, recebemos algumas percepções sobre o caráter de Seus pais terres-tres, Maria e José, e o que aprendemos sobre eles pode explicar um pouco de Sua infância e educação.

2. O que esses textos nos ensinam sobre Maria e José e como eles podem nos dar uma ideia de como Jesus foi educado por Seus pais?

Lc 1:26-38 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Lc 1:46-55 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Mt 1:18-24 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Por meio desses textos, vemos que Maria e José eram judeus fiéis, que buscavam viver em obediência às leis e aos mandamentos de Deus. E, de fato, quando o Senhor veio a eles e lhes disse o que aconteceria, fielmen-te o casal fez tudo o que lhes havia sido ordenado.

“O menino Jesus não recebeu instruções nas escolas das sinagogas. Seu primeiro professor humano foi Sua mãe. Dos lábios dela e dos escri-tos dos profetas, Ele aprendeu as coisas celestiais. As próprias palavras por Ele ditas a Moisés para Israel foram então ensinadas no colo de Sua mãe. Ao avançar da infância para a juventude, não procurou as escolas dos rabinos. Não necessitava da educação obtida de tais fontes, pois Deus era Seu instrutor” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 70).

Evidentemente, eles foram bons e fiéis professores para o Menino, mas, como a história de Lucas 2:41-50 revela, eles não compreendiam ainda muitas coisas sobre seu Filho, pois Jesus tinha conhecimento e sabedoria que somente Lhe haviam sido comunicados pelo Senhor.

Leia novamente a citação de Ellen G. White acima. Como Jesus aprendeu de Sua mãe as palavras que Ele mesmo havia falado? O que isso revela sobre o maravilhoso amor de Deus? Sendo nós criaturas caídas e pecadoras, qual deve ser nossa resposta a esse amor?

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■ Terça, 6 de outubro Ano Bíblico: Mt 5-7

Comunicação

Em um sentido muito real, educação em qualquer nível é comunicação. O professor tem conhecimento, sabedoria, informação, fatos, o que

quer que seja, para transmitir ao aluno. Alguém repleto de conhecimento deve ser capaz de comunicá-lo a outros; caso contrário, de que serve tudo o que ele sabe, pelo menos em termos de ensino?

Contudo, em outro nível, habilidades de ensino não envolvem somente a capacidade de comunicar. O relacionamento é igualmente crucial para o processo. “O verdadeiro professor pode transmitir a seus discípulos poucos benefícios tão valiosos quanto seu companheirismo. Com relação a homens e mulheres, pode-se dizer que só podemos compreendê-los quando entramos em contato com eles pela empatia; e isso é muito mais perceptível quando se trata de jovens e crianças. Temos necessidade de compreendê-los, a fim de beneficiá-los de maneira mais eficaz” (Ellen G. White, Educação, p. 212).

Em outras palavras, um bom ensino também funciona no nível emo-cional e pessoal. No caso da família como escola, isso é muito importante. Um bom relacionamento deve ser estabelecido entre o aluno e o professor.

Os relacionamentos são estabelecidos e desenvolvidos por meio da co-municação. Quando os cristãos não se comunicam com Deus, mediante a leitura da Bíblia ou oração, o relacionamento deles com Deus fica estag-nado. As famílias precisam de orientação divina se quiserem crescer na graça e no conhecimento de Cristo.

3. Como podemos desenvolver fortes relacionamentos familiares? (Sl 37:7-9; Pv 10:31, 32; 27:17; Ef 4:15; 1Jo 3:18; Tt 3:1, 2; Tg 4:11). Assinale a alternati-va correta:

A. ( ) Alimentando o ego, a ira e a impaciência. B. ( ) Alimentando a paciência e o amor; renunciando o ódio e a male-

dicência.

Tomar tempo para semear a semente da comunicação não apenas pre-para os membros da família para um relacionamento pessoal com Cristo, mas também ajuda a desenvolver relacionamentos interpessoais dentro da família. Isso abre canais de comunicação que teremos prazer em ter formado quando os filhos atingirem a puberdade e a idade adulta. E mes-mo que não tenhamos filhos, os princípios encontrados nesses textos po-dem funcionar para todos os tipos de relacionamentos.

O que dizemos é tão importante quanto a maneira de dizer? Seu modo de dizer algo já ar-ruinou o impacto do que você havia dito, mesmo que suas palavras estivessem corretas?

■ Quarta, 7 de outubro Ano Bíblico: Mt 8-10

A função dos pais

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na discipli-na e na admoestação do Senhor” (Ef 6:4). “Mulher virtuosa, quem a

achará? O seu valor muito excede o de finas joias” (Pv 31:10).Os pais têm uma tremenda responsabilidade. O pai é o chefe da famí-

lia, e a família é o berço da igreja, escola e sociedade. Se o pai for fraco, irresponsável e incompetente, a família, a igreja, a escola e a sociedade so-frerão as consequências. Os pais devem procurar demonstrar o fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fide-lidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5:22, 23).

As mães têm talvez a função mais importante na sociedade. Elas exer-cem grande influência na formação do caráter dos filhos e no estabeleci-mento do humor e temperamento do lar. Os pais devem trabalhar com as mães na educação dos filhos.

4. O que pais e mães podem aprender com estes textos? Ef 5:22, 23, 25, 26; 1Co 11:3; 2Co 6:14; Rm 13:13, 14; 2Pe 1:5-7; Fp 4:8

________________________________________________________________________________________________________________________________

Os pais cristãos têm a obrigação moral de, por seu comportamento, apresentar um modelo bíblico de Cristo e da igreja. O casamento é uma analogia do relacionamento de Cristo com a igreja. Quando os pais se recusam a liderar, ou se lideram com tirania, estão apresentando uma ima-gem falsa de Cristo para seus filhos e para o mundo. Deus ordena a to-dos os pais cristãos que ensinem diligentemente seus filhos (veja Dt 6:7). Os pais têm a responsabilidade de ensinar seus filhos a amar o Senhor de todo o coração. Eles devem ensinar o temor do Senhor, uma completa de-voção amorosa e submissão a Ele.

Em Deuteronômio 6:7, os filhos de Israel receberam instruções de como educar os filhos em relação às grandes coisas que o Senhor havia feito pelo povo. Por mais maravilhosa que tenha sido a história que os antigos tinham para contar aos filhos, nós, que vivemos após a cruz de Cristo, te-mos uma história melhor para contar, não é mesmo?

Portanto, a regeneração ou instrução que devemos oferecer é um even-to proativo contínuo no qual incutimos a verdade de Deus em nossos fi-lhos e os preparamos para o relacionamento deles com Cristo.

Porém, todos recebemos o dom sagrado do livre-arbítrio. Por fim, quan-do adultos, os filhos terão que responder por si mesmos diante de Deus.

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■ Terça, 6 de outubro Ano Bíblico: Mt 5-7

Comunicação

Em um sentido muito real, educação em qualquer nível é comunicação. O professor tem conhecimento, sabedoria, informação, fatos, o que

quer que seja, para transmitir ao aluno. Alguém repleto de conhecimento deve ser capaz de comunicá-lo a outros; caso contrário, de que serve tudo o que ele sabe, pelo menos em termos de ensino?

Contudo, em outro nível, habilidades de ensino não envolvem somente a capacidade de comunicar. O relacionamento é igualmente crucial para o processo. “O verdadeiro professor pode transmitir a seus discípulos poucos benefícios tão valiosos quanto seu companheirismo. Com relação a homens e mulheres, pode-se dizer que só podemos compreendê-los quando entramos em contato com eles pela empatia; e isso é muito mais perceptível quando se trata de jovens e crianças. Temos necessidade de compreendê-los, a fim de beneficiá-los de maneira mais eficaz” (Ellen G. White, Educação, p. 212).

Em outras palavras, um bom ensino também funciona no nível emo-cional e pessoal. No caso da família como escola, isso é muito importante. Um bom relacionamento deve ser estabelecido entre o aluno e o professor.

Os relacionamentos são estabelecidos e desenvolvidos por meio da co-municação. Quando os cristãos não se comunicam com Deus, mediante a leitura da Bíblia ou oração, o relacionamento deles com Deus fica estag-nado. As famílias precisam de orientação divina se quiserem crescer na graça e no conhecimento de Cristo.

3. Como podemos desenvolver fortes relacionamentos familiares? (Sl 37:7-9; Pv 10:31, 32; 27:17; Ef 4:15; 1Jo 3:18; Tt 3:1, 2; Tg 4:11). Assinale a alternati-va correta:

A. ( ) Alimentando o ego, a ira e a impaciência. B. ( ) Alimentando a paciência e o amor; renunciando o ódio e a male-

dicência.

Tomar tempo para semear a semente da comunicação não apenas pre-para os membros da família para um relacionamento pessoal com Cristo, mas também ajuda a desenvolver relacionamentos interpessoais dentro da família. Isso abre canais de comunicação que teremos prazer em ter formado quando os filhos atingirem a puberdade e a idade adulta. E mes-mo que não tenhamos filhos, os princípios encontrados nesses textos po-dem funcionar para todos os tipos de relacionamentos.

O que dizemos é tão importante quanto a maneira de dizer? Seu modo de dizer algo já ar-ruinou o impacto do que você havia dito, mesmo que suas palavras estivessem corretas?

■ Quarta, 7 de outubro Ano Bíblico: Mt 8-10

A função dos pais

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na discipli-na e na admoestação do Senhor” (Ef 6:4). “Mulher virtuosa, quem a

achará? O seu valor muito excede o de finas joias” (Pv 31:10).Os pais têm uma tremenda responsabilidade. O pai é o chefe da famí-

lia, e a família é o berço da igreja, escola e sociedade. Se o pai for fraco, irresponsável e incompetente, a família, a igreja, a escola e a sociedade so-frerão as consequências. Os pais devem procurar demonstrar o fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fide-lidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5:22, 23).

As mães têm talvez a função mais importante na sociedade. Elas exer-cem grande influência na formação do caráter dos filhos e no estabeleci-mento do humor e temperamento do lar. Os pais devem trabalhar com as mães na educação dos filhos.

4. O que pais e mães podem aprender com estes textos? Ef 5:22, 23, 25, 26; 1Co 11:3; 2Co 6:14; Rm 13:13, 14; 2Pe 1:5-7; Fp 4:8

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Os pais cristãos têm a obrigação moral de, por seu comportamento, apresentar um modelo bíblico de Cristo e da igreja. O casamento é uma analogia do relacionamento de Cristo com a igreja. Quando os pais se recusam a liderar, ou se lideram com tirania, estão apresentando uma ima-gem falsa de Cristo para seus filhos e para o mundo. Deus ordena a to-dos os pais cristãos que ensinem diligentemente seus filhos (veja Dt 6:7). Os pais têm a responsabilidade de ensinar seus filhos a amar o Senhor de todo o coração. Eles devem ensinar o temor do Senhor, uma completa de-voção amorosa e submissão a Ele.

Em Deuteronômio 6:7, os filhos de Israel receberam instruções de como educar os filhos em relação às grandes coisas que o Senhor havia feito pelo povo. Por mais maravilhosa que tenha sido a história que os antigos tinham para contar aos filhos, nós, que vivemos após a cruz de Cristo, te-mos uma história melhor para contar, não é mesmo?

Portanto, a regeneração ou instrução que devemos oferecer é um even-to proativo contínuo no qual incutimos a verdade de Deus em nossos fi-lhos e os preparamos para o relacionamento deles com Cristo.

Porém, todos recebemos o dom sagrado do livre-arbítrio. Por fim, quan-do adultos, os filhos terão que responder por si mesmos diante de Deus.

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■ Quinta, 8 de outubro Ano Bíblico: Mt 11-13

Para não esquecer

Antes que os filhos de Israel entrassem na Terra Prometida, Moisés falou com eles novamente, relatando as maneiras maravilhosas pe-

las quais o Senhor os havia guiado, e os advertiu várias vezes para não esquecer o que o Senhor havia feito por eles. Em muitos aspectos, Deu-teronômio foi o testamento de Moisés. E, embora tenha sido escrito há milhares de anos, em uma cultura e situação de vida radicalmente dife-rentes de tudo o que enfrentamos hoje, os princípios ali registrados tam-bém se aplicam a nós.

5. Leia Deuteronômio 6. O que aprendemos nesse capítulo sobre os prin-cípios da educação cristã? O que é central em tudo que ensinamos, não apenas para nossos filhos, mas para quem não conhece o que conhece-mos sobre Deus e Seus grandes atos de salvação? Quais advertências também são encontradas nesses versos?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A maravilhosa atuação de Deus entre os israelitas era central para tudo o que eles deveriam ensinar aos filhos. Além disso, foi muito clara a ad-vertência dada de que eles não esquecessem tudo o que Deus havia fei-to por eles!

É evidente que, se os pais devem desempenhar a função mais importante na integração dos ensinamentos bíblicos à vida de seus filhos, eles também têm a responsabilidade de se organizarem e se prepararem de maneira que possuam conhecimento e tempo adequados para passar com seus filhos.

“A primeira professora da criança é a mãe. Nas mãos dela está em gran-de parte a educação da criança durante o período de seu maior e mais rá-pido desenvolvimento” (Ellen G. White, Educação, p. 275).

Esse é o momento essencial em que os pais ministram aos filhos o amor e as promessas de Deus. Marcar um horário regular para ensinar pessoal-mente a sabedoria e as promessas de Deus aos seus filhos terá um impac-to positivo em sua família nas próximas gerações.

“Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6:7). Qual é o argumento apresentado nesse texto? Por que é crucial sempre manter a realidade do Senhor diante, não ape-nas de nossos filhos, mas de nós mesmos?

■ Sexta, 9 de outubro Ano Bíblico: Mt 14-16

Estudo adicional

T extos de Ellen G. White: Educação, p. 275-282 (“Preparação”), p. 283-286 (“Cooperação”) e p. 287-297 (“Disciplina”).

“Sobre os pais e as mães recai a responsabilidade do primeiro ensino à criança, tanto quanto do ensino posterior; e a ambos os pais é urgentíssi-ma a necessidade de preparo cuidadoso e completo. Antes de tomar sobre si as responsabilidades da paternidade ou maternidade, homens e mulhe-res devem se familiarizar com as leis do desenvolvimento físico [...]; De-vem também compreender as leis do desenvolvimento mental e do ensino moral” (Ellen G. White, Educação, p. 276).

“Esse trabalho de cooperação deve começar com o pai e a mãe na vida doméstica. No ensino de seus filhos, eles têm uma responsabilidade con-junta, e agir juntos deve ser seu constante esforço. Que eles se entreguem a Deus, procurando Dele auxílio para se ajudarem mutuamente. [...] Os pais que dão esse ensino não são os que ficam criticando o professor. Com-preendem que o interesse de seus filhos e a justiça para com a escola exi-gem que, tanto quanto possível, eles apoiem e honrem aquele que participa de sua responsabilidade” (Ellen G. White, Educação, p. 283).

Perguntas para consideração1. A lição desta semana ajudou você a interagir com outras pessoas e tes-

temunhar a elas, seja em sua casa ou em outro lugar?2. Temos a tendência de ver a educação como algo bom. (Afinal, quem pode

ser contra a educação?) Mas esse sempre é o caso? Você conhece exem-plos de educação pervertida? Como esses exemplos negativos podem nos ajudar a tornar a educação uma coisa boa?

3. Todos recebemos o livre-arbítrio. Mais cedo ou mais tarde, os filhos te-rão que tomar suas próprias decisões em relação ao Deus sobre quem aprenderam durante sua infância e juventude. Por que os pais que bus-cam testemunhar e ensinar o evangelho aos outros sempre devem ter em mente essa verdade crucial sobre o livre-arbítrio?

Respostas e atividades da semana: 1. Os textos ensinam sobre a criação, a queda, a lei de Deus e o plano da salva-ção. Esses temas fizeram parte da educação que Adão e Eva transmitiram aos filhos, pois são essenciais para a sal-vação e para o conhecimento de Deus. 2. Ambos eram tementes a Deus; buscavam fazer o que era justo. Eles creram na promessa do nascimento de Jesus e obedeceram às instruções do anjo. Jesus nasceu em uma família temente ao Senhor e Ele foi educado nesse princípio. 3. B. 4. O homem deve amar sua esposa e a esposa deve ser submissa ao marido. Eles devem viver em amor e fé, renunciando ao ciúme e à incredulidade. 5. A verdadeira educação cristã se fundamenta em amar o Senhor de todo o coração e ensinar essa verdade aos filhos. É preciso relembrar os fei-tos do Senhor no passado e como Sua bondosa mão tem nos conduzido. Caso não obedeçamos aos mandamentos e estatutos do Senhor, seremos destruídos.

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■ Quinta, 8 de outubro Ano Bíblico: Mt 11-13

Para não esquecer

Antes que os filhos de Israel entrassem na Terra Prometida, Moisés falou com eles novamente, relatando as maneiras maravilhosas pe-

las quais o Senhor os havia guiado, e os advertiu várias vezes para não esquecer o que o Senhor havia feito por eles. Em muitos aspectos, Deu-teronômio foi o testamento de Moisés. E, embora tenha sido escrito há milhares de anos, em uma cultura e situação de vida radicalmente dife-rentes de tudo o que enfrentamos hoje, os princípios ali registrados tam-bém se aplicam a nós.

5. Leia Deuteronômio 6. O que aprendemos nesse capítulo sobre os prin-cípios da educação cristã? O que é central em tudo que ensinamos, não apenas para nossos filhos, mas para quem não conhece o que conhece-mos sobre Deus e Seus grandes atos de salvação? Quais advertências também são encontradas nesses versos?

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A maravilhosa atuação de Deus entre os israelitas era central para tudo o que eles deveriam ensinar aos filhos. Além disso, foi muito clara a ad-vertência dada de que eles não esquecessem tudo o que Deus havia fei-to por eles!

É evidente que, se os pais devem desempenhar a função mais importante na integração dos ensinamentos bíblicos à vida de seus filhos, eles também têm a responsabilidade de se organizarem e se prepararem de maneira que possuam conhecimento e tempo adequados para passar com seus filhos.

“A primeira professora da criança é a mãe. Nas mãos dela está em gran-de parte a educação da criança durante o período de seu maior e mais rá-pido desenvolvimento” (Ellen G. White, Educação, p. 275).

Esse é o momento essencial em que os pais ministram aos filhos o amor e as promessas de Deus. Marcar um horário regular para ensinar pessoal-mente a sabedoria e as promessas de Deus aos seus filhos terá um impac-to positivo em sua família nas próximas gerações.

“Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6:7). Qual é o argumento apresentado nesse texto? Por que é crucial sempre manter a realidade do Senhor diante, não ape-nas de nossos filhos, mas de nós mesmos?

■ Sexta, 9 de outubro Ano Bíblico: Mt 14-16

Estudo adicional

T extos de Ellen G. White: Educação, p. 275-282 (“Preparação”), p. 283-286 (“Cooperação”) e p. 287-297 (“Disciplina”).

“Sobre os pais e as mães recai a responsabilidade do primeiro ensino à criança, tanto quanto do ensino posterior; e a ambos os pais é urgentíssi-ma a necessidade de preparo cuidadoso e completo. Antes de tomar sobre si as responsabilidades da paternidade ou maternidade, homens e mulhe-res devem se familiarizar com as leis do desenvolvimento físico [...]; De-vem também compreender as leis do desenvolvimento mental e do ensino moral” (Ellen G. White, Educação, p. 276).

“Esse trabalho de cooperação deve começar com o pai e a mãe na vida doméstica. No ensino de seus filhos, eles têm uma responsabilidade con-junta, e agir juntos deve ser seu constante esforço. Que eles se entreguem a Deus, procurando Dele auxílio para se ajudarem mutuamente. [...] Os pais que dão esse ensino não são os que ficam criticando o professor. Com-preendem que o interesse de seus filhos e a justiça para com a escola exi-gem que, tanto quanto possível, eles apoiem e honrem aquele que participa de sua responsabilidade” (Ellen G. White, Educação, p. 283).

Perguntas para consideração1. A lição desta semana ajudou você a interagir com outras pessoas e tes-

temunhar a elas, seja em sua casa ou em outro lugar?2. Temos a tendência de ver a educação como algo bom. (Afinal, quem pode

ser contra a educação?) Mas esse sempre é o caso? Você conhece exem-plos de educação pervertida? Como esses exemplos negativos podem nos ajudar a tornar a educação uma coisa boa?

3. Todos recebemos o livre-arbítrio. Mais cedo ou mais tarde, os filhos te-rão que tomar suas próprias decisões em relação ao Deus sobre quem aprenderam durante sua infância e juventude. Por que os pais que bus-cam testemunhar e ensinar o evangelho aos outros sempre devem ter em mente essa verdade crucial sobre o livre-arbítrio?

Respostas e atividades da semana: 1. Os textos ensinam sobre a criação, a queda, a lei de Deus e o plano da salva-ção. Esses temas fizeram parte da educação que Adão e Eva transmitiram aos filhos, pois são essenciais para a sal-vação e para o conhecimento de Deus. 2. Ambos eram tementes a Deus; buscavam fazer o que era justo. Eles creram na promessa do nascimento de Jesus e obedeceram às instruções do anjo. Jesus nasceu em uma família temente ao Senhor e Ele foi educado nesse princípio. 3. B. 4. O homem deve amar sua esposa e a esposa deve ser submissa ao marido. Eles devem viver em amor e fé, renunciando ao ciúme e à incredulidade. 5. A verdadeira educação cristã se fundamenta em amar o Senhor de todo o coração e ensinar essa verdade aos filhos. É preciso relembrar os fei-tos do Senhor no passado e como Sua bondosa mão tem nos conduzido. Caso não obedeçamos aos mandamentos e estatutos do Senhor, seremos destruídos.

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Anotações

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ESBOÇO

“De fato, a vida é uma escola.” Assim sendo, a lição começa e prossegue demonstran-do que a família é nossa primeira sala de aula. Nenhuma criança é jovem demais para co-meçar a ouvir sobre a bondade de Deus. Hinos e orações acerca da grandiosidade divina deveriam começar desde o berço e ir até o túmulo.

Adão, Eva, Caim e Abel tiveram o privilégio de formar a primeira família do mundo. É difícil conceber como seria ter o conjunto da história humana olhando para você na mesa da refeição da manhã! O Jardim do Éden, exuberante, porém inacessível, ainda estava à vista deles, sem falar no anjo que o guardava com sua espada de fogo. Sem dúvida, o tre-mendo esplendor dessa paisagem inspirou inúmeras perguntas dos pequenos. Na mente curiosa dos filhos borbulhavam muitas questões: “Por que isso?”, “Como é aquilo?”. Eles interrogavam: “O Deus Criador fez isso?”. As respostas de Adão e Eva se baseavam em re-latos sobre eventos dos quais tinham sido testemunhas oculares e na experiência pessoal de envolvimento com o Criador. Eles tinham um evangelho para compartilhar que fala-va de um Filho divino que um dia nasceria para esmagar a cabeça da serpente, mas não sem sacrifício de Si mesmo (Gn 3:15), a fim de levar a família humana de volta ao jardim.

A partir dos primeiros capítulos de Lucas e Mateus é possível construir, ainda que de forma vaga, uma imagem da infância e educação do Filho de Deus. Essa descrição de-monstra o valor da educação, visto que Jesus aproveita a oportunidade para aprender com Seus pais terrestres e, acima de tudo, com o Pai celestial, sendo habilitado a instruir o sa-cerdócio no templo (Lc 2:41-51).

A lição destaca a comunicação, o meio pelo qual a educação acontece. É importante ressaltar que a construção de relacionamentos é um componente essencial para a comu-nicação e o ensino eficazes. Essa ideia será desenvolvida mais adiante.

COMENTÁRIO

A influência familiar é muito grande. A família literalmente nos torna quem somos. Até o adolescente que se rebela contra tudo o que sua família representa ainda está sendo mol-dado por ela, nesse caso por antagonismo, não por submissão. Mas sempre esperamos que a família ofereça educação que prepare para uma vida de piedade, equilíbrio emocional e relacional, desenvolvimento intelectual e vocacional e bem-estar físico. Cada um desses tópicos pode levar à sobrecarga de informações; portanto, a lição fornece um pensamento- chave, talvez muitas vezes esquecido, que é importante para que a educação em todas as áreas seja eficaz: a necessidade de construir relacionamentos. O nível de relacionamento entre os educadores e os alunos, sejam pais e filhos ou professores e alunos, com frequên-cia determina se o aprendizado está acontecendo ou não.

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RESUMO DA LIÇÃO 2

A família

ESBOÇO

“De fato, a vida é uma escola.” Assim sendo, a lição começa e prossegue demonstran-do que a família é nossa primeira sala de aula. Nenhuma criança é jovem demais para co-meçar a ouvir sobre a bondade de Deus. Hinos e orações acerca da grandiosidade divina deveriam começar desde o berço e ir até o túmulo.

Adão, Eva, Caim e Abel tiveram o privilégio de formar a primeira família do mundo. É difícil conceber como seria ter o conjunto da história humana olhando para você na mesa da refeição da manhã! O Jardim do Éden, exuberante, porém inacessível, ainda estava à vista deles, sem falar no anjo que o guardava com sua espada de fogo. Sem dúvida, o tre-mendo esplendor dessa paisagem inspirou inúmeras perguntas dos pequenos. Na mente curiosa dos filhos borbulhavam muitas questões: “Por que isso?”, “Como é aquilo?”. Eles interrogavam: “O Deus Criador fez isso?”. As respostas de Adão e Eva se baseavam em re-latos sobre eventos dos quais tinham sido testemunhas oculares e na experiência pessoal de envolvimento com o Criador. Eles tinham um evangelho para compartilhar que fala-va de um Filho divino que um dia nasceria para esmagar a cabeça da serpente, mas não sem sacrifício de Si mesmo (Gn 3:15), a fim de levar a família humana de volta ao jardim.

A partir dos primeiros capítulos de Lucas e Mateus é possível construir, ainda que de forma vaga, uma imagem da infância e educação do Filho de Deus. Essa descrição de-monstra o valor da educação, visto que Jesus aproveita a oportunidade para aprender com Seus pais terrestres e, acima de tudo, com o Pai celestial, sendo habilitado a instruir o sa-cerdócio no templo (Lc 2:41-51).

A lição destaca a comunicação, o meio pelo qual a educação acontece. É importante ressaltar que a construção de relacionamentos é um componente essencial para a comu-nicação e o ensino eficazes. Essa ideia será desenvolvida mais adiante.

COMENTÁRIO

A influência familiar é muito grande. A família literalmente nos torna quem somos. Até o adolescente que se rebela contra tudo o que sua família representa ainda está sendo mol-dado por ela, nesse caso por antagonismo, não por submissão. Mas sempre esperamos que a família ofereça educação que prepare para uma vida de piedade, equilíbrio emocional e relacional, desenvolvimento intelectual e vocacional e bem-estar físico. Cada um desses tópicos pode levar à sobrecarga de informações; portanto, a lição fornece um pensamento-chave, talvez muitas vezes esquecido, que é importante para que a educação em todas as áreas seja eficaz: a necessidade de construir relacionamentos. O nível de relacionamento entre os educadores e os alunos, sejam pais e filhos ou professores e alunos, com frequên-cia determina se o aprendizado está acontecendo ou não.

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Relacionamento e educação dos filhosMuitos pais esperam que a doutrinação precoce de seus filhos com ideais, ensinamen-

tos e estilo de vida adventistas os leve a se tornar adultos adventistas do sétimo dia fiéis cujo compromisso com Deus e a igreja os motive para o ministério de tempo integral. No entanto, para tristeza de muitos pais, seus filhos não apenas deixam de ser adventistas do sétimo dia em sua juventude como também não fazem nenhuma profissão de cristia-nismo. Seu estilo de vida moralmente irrestrito até excede o de seus colegas que não ti-veram nenhuma educação cristã. As esperanças dos pais são frustradas e se perguntam perplexos o que aconteceu e onde erraram.

Muitas famílias fazem o que acham correto na educação dos filhos, contudo acabam colhendo um resultado oposto às suas expectativas. Certamente existem inúmeras variá-veis que podem levar os filhos a rejeitar sua educação adventista. Mas, por amor a eles, vamos refletir sobre algumas difíceis questões de relacionamento: Com que frequência pais e filhos compartilham assuntos do coração? A criança se sente segura em comparti-lhar esperanças, medos e problemas com os pais? Os pais procuram continuamente afirmar em que aspectos a criança está indo bem ou ela apenas ouve críticas quando comete um erro? Os pais são pacientes quando a criança tropeça no aprendizado de novas atividades ou responsabilidades? Os pais expressam empatia por seus filhos, lembrando como era ser criança? Os pais orientam gentilmente os filhos a ter um relacionamento com Deus? Ou eles simplesmente empurram goela abaixo a instrução religiosa? Os pais são segu-ros e maduros o suficiente para admitir seus erros e pedir perdão a seus filhos? Ou man-têm continuamente uma fachada de perfeição que as crianças percebem com facilidade? Os pais dedicam tempo para dar atenção exclusiva aos filhos? Eles brincam com seus fi-lhos? O respeito foi cultivado e conquistado entre pais e filhos? Os pais aplicam a disci-plina em um ambiente calmo e controlado ou impulsivamente com frustração ou raiva? Eles comunicam palavras e ações de amor e carinho à criança, para que ela saiba que é amada incondicionalmente? E a lista continua.

Essas perguntas são importantes. Independentemente da dedicação dos pais para in-culcar em seus filhos a instrução religiosa adventista, se os principais tópicos abordados pelas perguntas listadas anteriormente não estiverem entrelaçados em sua filosofia edu-cacional, a dedicação pode ser inútil. Há momentos em que é preciso deixar o livro de lado, fazer uma pausa nas tarefas e passar um tempo de qualidade com os filhos. Se os pais investirem no relacionamento é provável que os dividendos sejam uma educação eficaz, culminando em um compromisso vitalício com Cristo e com a vida eterna.

“Há perigo de tanto os pais quanto os professores comandarem e ditarem demasiada-mente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se muito reservados e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que tende a repelir, ao invés de conquistar a confiança e a afeição. Caso reu-nissem os filhos com mais frequência bem junto a si e manifestassem interesse em suas atividades, e mesmo em suas brincadeiras, conquistariam o amor e a confiança dos peque-ninos, e a lição de respeito e obediência seria aprendida com muito mais facilidade, pois o amor é o melhor mestre. Um interesse similar manifestado aos jovens produzirá os mesmos

resultados. O coração da juventude é pronto em responder ao toque de simpatia” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 58).

Jesus e a escola dos rabinos em JerusalémO relato do encontro entre o pré-adolescente Jesus e os doutores instruídos na lei judai-

ca durante a visita a Jerusalém na Páscoa é breve, porém denso. “Três dias depois, O acha-ram no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que O ouviam muito se admiravam da Sua inteligência e das Suas respostas” (Lc 2:46, 47). Então, o que faz de Jesus o aluno-modelo? Para reunir subsídios para a resposta a essa per-gunta, vejamos a seguinte declaração de Ellen G. White: “Naquela época, um recinto liga-do ao templo era ocupado por uma escola religiosa, semelhante às escolas dos profetas. Ali mestres de destaque se reuniam com os alunos, e o menino Jesus Se dirigiu a esse local. Sentando-Se aos pés desses homens sérios e entendidos, ouvia suas instruções. Como al-guém que procura saber das coisas, interrogava esses mestres sobre as profecias e os acon-tecimentos que estavam ocorrendo na ocasião e que indicavam o advento do Messias. Jesus Se apresentou como uma pessoa sedenta do conhecimento de Deus. [...]

“Os doutores faziam perguntas a Ele e ficavam maravilhados com Suas respostas. Com a humildade de uma criança, repetia as palavras das Escrituras, dando-lhes a profundi-dade de sentido que os sábios não haviam alcançado. Caso fossem seguidas, as verdades indicadas por Ele teriam realizado uma reforma na religião da época. Um profundo inte-resse nas coisas espirituais teria sido despertado; e, quando Jesus começasse Seu minis-tério, muitos estariam preparados para recebê-Lo.

“Os rabinos sabiam que Jesus não havia sido instruído em suas escolas. No entanto, Seu conhecimento das profecias era muito superior ao deles. Imaginaram que esse pensati-vo rapazinho galileu teria um futuro promissor. Desejaram tê-Lo como aluno para que Se tornasse mestre em Israel. Queriam encarregar-se de Sua educação, convencidos de que uma mente tão incomum devia ser educada sob a direção deles.

“As palavras de Jesus tocaram o coração dos doutores como nunca tinha sido toca-do por palavras de lábios humanos. [...] A modéstia juvenil e a simpatia de Jesus quebra-ram os preconceitos deles. Sem perceber, aquelas mentes se abriram à Palavra de Deus, e o Espírito Santo lhes falou ao coração” (O Desejado de Todas as Nações, p. 78-80). Todo cristão sabe que Jesus é o Mestre dos mestres, mas com que frequência Ele é conhecido como o Aluno dos alunos?

Então, o que fez de Jesus o Aluno-modelo? Ele teve curiosidade e fome do conhecimen-to de Deus que O tornaram um ouvinte atento. Ele fez perguntas, mostrando que era um aprendiz ativo, não apenas passivo. Além disso, não relutou em oferecer respostas. Mos-trou que pode ser vulnerável e colocou Suas ideias sobre a mesa para que outros pudes-sem julgá-las, criticá-las ou confirmá-las. Isso construiu a resiliência de que Ele precisaria quando adulto, quando Suas palavras trariam sobre Si acusações de possessão demonía-ca (Jo 8:48) e ao exigirem Sua morte (Jo 8:40). Mas, para um garoto que falava de Deus desde os 12 anos (e provavelmente antes), Ele não podia Se intimidar. Bons alunos sem-pre se tornam os melhores professores.

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Relacionamento e educação dos filhosMuitos pais esperam que a doutrinação precoce de seus filhos com ideais, ensinamen-

tos e estilo de vida adventistas os leve a se tornar adultos adventistas do sétimo dia fiéis cujo compromisso com Deus e a igreja os motive para o ministério de tempo integral. No entanto, para tristeza de muitos pais, seus filhos não apenas deixam de ser adventistas do sétimo dia em sua juventude como também não fazem nenhuma profissão de cristia-nismo. Seu estilo de vida moralmente irrestrito até excede o de seus colegas que não ti-veram nenhuma educação cristã. As esperanças dos pais são frustradas e se perguntam perplexos o que aconteceu e onde erraram.

Muitas famílias fazem o que acham correto na educação dos filhos, contudo acabam colhendo um resultado oposto às suas expectativas. Certamente existem inúmeras variá-veis que podem levar os filhos a rejeitar sua educação adventista. Mas, por amor a eles, vamos refletir sobre algumas difíceis questões de relacionamento: Com que frequência pais e filhos compartilham assuntos do coração? A criança se sente segura em comparti-lhar esperanças, medos e problemas com os pais? Os pais procuram continuamente afirmar em que aspectos a criança está indo bem ou ela apenas ouve críticas quando comete um erro? Os pais são pacientes quando a criança tropeça no aprendizado de novas atividades ou responsabilidades? Os pais expressam empatia por seus filhos, lembrando como era ser criança? Os pais orientam gentilmente os filhos a ter um relacionamento com Deus? Ou eles simplesmente empurram goela abaixo a instrução religiosa? Os pais são segu-ros e maduros o suficiente para admitir seus erros e pedir perdão a seus filhos? Ou man-têm continuamente uma fachada de perfeição que as crianças percebem com facilidade? Os pais dedicam tempo para dar atenção exclusiva aos filhos? Eles brincam com seus fi-lhos? O respeito foi cultivado e conquistado entre pais e filhos? Os pais aplicam a disci-plina em um ambiente calmo e controlado ou impulsivamente com frustração ou raiva? Eles comunicam palavras e ações de amor e carinho à criança, para que ela saiba que é amada incondicionalmente? E a lista continua.

Essas perguntas são importantes. Independentemente da dedicação dos pais para in-culcar em seus filhos a instrução religiosa adventista, se os principais tópicos abordados pelas perguntas listadas anteriormente não estiverem entrelaçados em sua filosofia edu-cacional, a dedicação pode ser inútil. Há momentos em que é preciso deixar o livro de lado, fazer uma pausa nas tarefas e passar um tempo de qualidade com os filhos. Se os pais investirem no relacionamento é provável que os dividendos sejam uma educação eficaz, culminando em um compromisso vitalício com Cristo e com a vida eterna.

“Há perigo de tanto os pais quanto os professores comandarem e ditarem demasiada-mente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se muito reservados e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que tende a repelir, ao invés de conquistar a confiança e a afeição. Caso reu-nissem os filhos com mais frequência bem junto a si e manifestassem interesse em suas atividades, e mesmo em suas brincadeiras, conquistariam o amor e a confiança dos peque-ninos, e a lição de respeito e obediência seria aprendida com muito mais facilidade, pois o amor é o melhor mestre. Um interesse similar manifestado aos jovens produzirá os mesmos

resultados. O coração da juventude é pronto em responder ao toque de simpatia” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 58).

Jesus e a escola dos rabinos em JerusalémO relato do encontro entre o pré-adolescente Jesus e os doutores instruídos na lei judai-

ca durante a visita a Jerusalém na Páscoa é breve, porém denso. “Três dias depois, O acha-ram no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que O ouviam muito se admiravam da Sua inteligência e das Suas respostas” (Lc 2:46, 47). Então, o que faz de Jesus o aluno-modelo? Para reunir subsídios para a resposta a essa per-gunta, vejamos a seguinte declaração de Ellen G. White: “Naquela época, um recinto liga-do ao templo era ocupado por uma escola religiosa, semelhante às escolas dos profetas. Ali mestres de destaque se reuniam com os alunos, e o menino Jesus Se dirigiu a esse local. Sentando-Se aos pés desses homens sérios e entendidos, ouvia suas instruções. Como al-guém que procura saber das coisas, interrogava esses mestres sobre as profecias e os acon-tecimentos que estavam ocorrendo na ocasião e que indicavam o advento do Messias. Jesus Se apresentou como uma pessoa sedenta do conhecimento de Deus. [...]

“Os doutores faziam perguntas a Ele e ficavam maravilhados com Suas respostas. Com a humildade de uma criança, repetia as palavras das Escrituras, dando-lhes a profundi-dade de sentido que os sábios não haviam alcançado. Caso fossem seguidas, as verdades indicadas por Ele teriam realizado uma reforma na religião da época. Um profundo inte-resse nas coisas espirituais teria sido despertado; e, quando Jesus começasse Seu minis-tério, muitos estariam preparados para recebê-Lo.

“Os rabinos sabiam que Jesus não havia sido instruído em suas escolas. No entanto, Seu conhecimento das profecias era muito superior ao deles. Imaginaram que esse pensati-vo rapazinho galileu teria um futuro promissor. Desejaram tê-Lo como aluno para que Se tornasse mestre em Israel. Queriam encarregar-se de Sua educação, convencidos de que uma mente tão incomum devia ser educada sob a direção deles.

“As palavras de Jesus tocaram o coração dos doutores como nunca tinha sido toca-do por palavras de lábios humanos. [...] A modéstia juvenil e a simpatia de Jesus quebra-ram os preconceitos deles. Sem perceber, aquelas mentes se abriram à Palavra de Deus, e o Espírito Santo lhes falou ao coração” (O Desejado de Todas as Nações, p. 78-80). Todo cristão sabe que Jesus é o Mestre dos mestres, mas com que frequência Ele é conhecido como o Aluno dos alunos?

Então, o que fez de Jesus o Aluno-modelo? Ele teve curiosidade e fome do conhecimen-to de Deus que O tornaram um ouvinte atento. Ele fez perguntas, mostrando que era um aprendiz ativo, não apenas passivo. Além disso, não relutou em oferecer respostas. Mos-trou que pode ser vulnerável e colocou Suas ideias sobre a mesa para que outros pudes-sem julgá-las, criticá-las ou confirmá-las. Isso construiu a resiliência de que Ele precisaria quando adulto, quando Suas palavras trariam sobre Si acusações de possessão demonía-ca (Jo 8:48) e ao exigirem Sua morte (Jo 8:40). Mas, para um garoto que falava de Deus desde os 12 anos (e provavelmente antes), Ele não podia Se intimidar. Bons alunos sem-pre se tornam os melhores professores.

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Aplicação para a vidaEmbora a família seja a primeira sala de aula, ninguém garante que será boa. Pode

haver muitas coisas que devemos desaprender de nossas famílias. Pode ser que colha-mos alguns (ou mais) bons princípios que valem a pena manter por toda a vida. Discuta algumas dessas questões com a classe da Escola Sabatina com o objetivo de mostrar como Deus nos ajuda a lidar com as experiências boas e ruins da vida familiar.

1. Que padrões negativos de seus pais você afirmou a si mesmo que nunca repetiria quan-do estabelecesse o seu lar? De que maneira Deus e as Escrituras o ajudaram a identificar esses padrões negativos? Que percepções lhe ensinaram a impedir a recorrência deles?

2. Identifique as maneiras pelas quais Deus transformou em benefícios as dificuldades e falhas de sua vida familiar.

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Aplicação para a vidaEmbora a família seja a primeira sala de aula, ninguém garante que será boa. Pode

haver muitas coisas que devemos desaprender de nossas famílias. Pode ser que colha-mos alguns (ou mais) bons princípios que valem a pena manter por toda a vida. Discuta algumas dessas questões com a classe da Escola Sabatina com o objetivo de mostrar como Deus nos ajuda a lidar com as experiências boas e ruins da vida familiar.

1. Que padrões negativos de seus pais você afirmou a si mesmo que nunca repetiria quan-do estabelecesse o seu lar? De que maneira Deus e as Escrituras o ajudaram a identificar esses padrões negativos? Que percepções lhe ensinaram a impedir a recorrência deles?

2. Identifique as maneiras pelas quais Deus transformou em benefícios as dificuldades e falhas de sua vida familiar.

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A Lei como professor

VERSO PARA MEMORIZAR: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu

coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6:5).

Leituras da semana: Dt 6:5; Dt 31:9-27; Rm 3:19-23; Ap 12:17; 14:12; Mc 6:25-27; Hb 5:8

■ Sábado, 10 de outubro Ano Bíblico: Mt 17-20

Ao advertir os gálatas contra o legalismo, Paulo escreveu: “Se fossepromulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria

procedente de lei” (Gl 3:21). Evidentemente, se alguma lei pudesse “dar vida”, seria a lei de Deus. Contudo, o argumento de Paulo é que, para nós, pecadores, nem mesmo a lei de Deus pode dar vida. Por quê? “A Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fos-se a promessa concedida aos que creem” (Gl 3:22).

No entanto, se a lei não pode conceder vida aos pecadores, qual é o pro-pósito dela, além de nos mostrar nossa necessidade de graça? Então, a lei teria apenas uma função negativa, existindo somente para nos mostrar nossos pecados?

Não! A lei também existe para nos indicar o caminho à vida, que é en-contrada somente em Jesus. É disso também que se trata a verdadeira edu-cação, conduzindo-nos a uma vida de graça, de fé e de obediência a Cristo. Por essa razão, estudaremos, nesta semana, a função da lei de Deus em toda a questão da educação cristã. Embora a lei não nos salve, veremos o que ela ainda nos ensina sobre fé, graça e o amor de Deus pela humanidade caída.

Lição

3■ Domingo, 11 de outubro Ano Bíblico: Mt 21-23

Amar e temer a Deus

O livro de Deuteronômio contém as últimas palavras de Moisés a uma nova geração em Israel, aquela que finalmente entraria na Terra Pro-

metida. Mas, antes que os israelitas entrassem, Moisés tinha algumas pa-lavras e instruções muito claras a dar.

1. Leia Deuteronômio 31:9-13. O que significa temer ao Senhor? Assinale a alternativa correta:A. ( ) Simplesmente ter medo de Deus.B. ( ) Reverenciá-Lo e respeitá-Lo como Senhor.

Deus foi intencional nas maneiras de comunicar Sua lei a Israel. Ele tomou todas as providências para que Suas leis não fossem esquecidas. Assim, Deus é um educador longânimo. Ele ensinou, repetiu, enviou pro-fetas e usou Seus servos para transmitir Sua mensagem. E fez isso repeti-das vezes. Muitos dos escritos do Antigo Testamento são essencialmente o esforço de Deus para ensinar Seu povo a seguir o caminho da vida.

Observe nesses versos como Moisés enfatizou a importância do ensino da lei às futuras gerações. Moisés o descreveu como um processo de duas etapas. Primeiramente, os filhos ouvem a lei e depois aprendem “a temer o Senhor”, seu “Deus” (Dt 31:13).

Aprender a lei pressupõe que o temor não seja um resultado natural de conhecer a lei. O processo de temer a Deus deve ser aprendido. Moisés sugeriu que o conhecimento e o temor são um processo, não uma relação imediata de causa e efeito.

Além disso, o que significa “temer a Deus” quando também foi dito ao povo: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6: 5)? Talvez possamos comparar essa situação com a maneira pela qual um filho ama e teme um bom pai, que revela seu amor e cuidado falando a verdade e cumprindo o que diz. Com um pai assim, se cometemos algum erro, de fato sofreremos as consequên-cias da transgressão. Podemos e devemos amar e temer a Deus ao mes-mo tempo. Essas não são ideias contraditórias. Quanto mais aprendemos sobre Deus, mais O amamos por Sua bondade; ao mesmo tempo, quanto mais conhecemos a Deus, mais O tememos, pois podemos ver a Sua grande justiça e santidade em contraste com nossa grande injustiça e pecaminosi-dade, e que somente pela graça, mérito imerecido, não somos destruídos.

Para você, o que significa amar e temer a Deus ao mesmo tempo?

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A Lei como professor

VERSO PARA MEMORIZAR: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu

coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6:5).

Leituras da semana: Dt 6:5; Dt 31:9-27; Rm 3:19-23; Ap 12:17; 14:12; Mc 6:25-27; Hb 5:8

■ Sábado, 10 de outubro Ano Bíblico: Mt 17-20

Ao advertir os gálatas contra o legalismo, Paulo escreveu: “Se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria

procedente de lei” (Gl 3:21). Evidentemente, se alguma lei pudesse “dar vida”, seria a lei de Deus. Contudo, o argumento de Paulo é que, para nós, pecadores, nem mesmo a lei de Deus pode dar vida. Por quê? “A Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fos-se a promessa concedida aos que creem” (Gl 3:22).

No entanto, se a lei não pode conceder vida aos pecadores, qual é o pro-pósito dela, além de nos mostrar nossa necessidade de graça? Então, a lei teria apenas uma função negativa, existindo somente para nos mostrar nossos pecados?

Não! A lei também existe para nos indicar o caminho à vida, que é en-contrada somente em Jesus. É disso também que se trata a verdadeira edu-cação, conduzindo-nos a uma vida de graça, de fé e de obediência a Cristo. Por essa razão, estudaremos, nesta semana, a função da lei de Deus em toda a questão da educação cristã. Embora a lei não nos salve, veremos o que ela ainda nos ensina sobre fé, graça e o amor de Deus pela humanidade caída.

Lição

3 ■ Domingo, 11 de outubro Ano Bíblico: Mt 21-23

Amar e temer a Deus

O livro de Deuteronômio contém as últimas palavras de Moisés a uma nova geração em Israel, aquela que finalmente entraria na Terra Pro-

metida. Mas, antes que os israelitas entrassem, Moisés tinha algumas pa-lavras e instruções muito claras a dar.

1. Leia Deuteronômio 31:9-13. O que significa temer ao Senhor? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Simplesmente ter medo de Deus. B. ( ) Reverenciá-Lo e respeitá-Lo como Senhor.

Deus foi intencional nas maneiras de comunicar Sua lei a Israel. Ele tomou todas as providências para que Suas leis não fossem esquecidas. Assim, Deus é um educador longânimo. Ele ensinou, repetiu, enviou pro-fetas e usou Seus servos para transmitir Sua mensagem. E fez isso repeti-das vezes. Muitos dos escritos do Antigo Testamento são essencialmente o esforço de Deus para ensinar Seu povo a seguir o caminho da vida.

Observe nesses versos como Moisés enfatizou a importância do ensino da lei às futuras gerações. Moisés o descreveu como um processo de duas etapas. Primeiramente, os filhos ouvem a lei e depois aprendem “a temer o Senhor”, seu “Deus” (Dt 31:13).

Aprender a lei pressupõe que o temor não seja um resultado natural de conhecer a lei. O processo de temer a Deus deve ser aprendido. Moisés sugeriu que o conhecimento e o temor são um processo, não uma relação imediata de causa e efeito.

Além disso, o que significa “temer a Deus” quando também foi dito ao povo: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6: 5)? Talvez possamos comparar essa situação com a maneira pela qual um filho ama e teme um bom pai, que revela seu amor e cuidado falando a verdade e cumprindo o que diz. Com um pai assim, se cometemos algum erro, de fato sofreremos as consequên-cias da transgressão. Podemos e devemos amar e temer a Deus ao mes-mo tempo. Essas não são ideias contraditórias. Quanto mais aprendemos sobre Deus, mais O amamos por Sua bondade; ao mesmo tempo, quanto mais conhecemos a Deus, mais O tememos, pois podemos ver a Sua grande justiça e santidade em contraste com nossa grande injustiça e pecaminosi-dade, e que somente pela graça, mérito imerecido, não somos destruídos.

Para você, o que significa amar e temer a Deus ao mesmo tempo?

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■ Segunda, 12 de outubro Ano Bíblico: Mt 24-26

Uma testemunha contra ti

Quando Moisés ficou sabendo que estava prestes a morrer, ele estava ciente da situação que deixaria para trás. Sabia que, após sua morte,

os israelitas entrariam na prometida terra de Canaã e que eles se rebela-riam quando alcançassem o destino almejado havia tanto tempo.

2. Leia Deuteronômio 31:14-27. Quais preparativos Moisés fez antes de sua morte? Quais eram suas principais preocupações e como ele lidou com elas?

________________________________________________________________________________________________________________________________

O tom de Moisés nesse texto parece o de um professor se preparan-do para ser substituído. Ele sabia que seus alunos haviam se comportado mal em sua presença na sala de aula; e não estava iludido a ponto de pen-sar que eles não se rebelariam na sua ausência. Moisés instruiu os levitas que carregavam a arca da aliança a colocarem o livro da lei ao lado da arca para que fosse uma “testemunha”. Ele não estava simplesmente entregan-do um plano de aula para seu substituto, mas transmitindo um testemu-nho. Moisés falou do livro da lei como se fosse um ser vivo com poder para reprovar o coração dos homens.

3. Pense na lei como uma “testemunha contra” eles. Como entendemos essa ideia no Novo Testamento? (Veja Rm 3:19-23). Ou seja, como a lei indica nossa necessidade de graça?

________________________________________________________________________________________________________________________________

Em Deuteronômio 31, Deus instruiu Moisés a escrever um cântico que o Senhor lhe havia ensinado. Moisés devia ensinar o cântico aos israelitas para que, conforme declarado no verso 19, “este cântico” fosse “testemu-nha” para Deus “contra os filhos de Israel”. Novamente, vemos as ordens de Deus personificadas. Um cântico, ao ser entoado, é mais facilmente compartilhado e difundido. E, sendo ele uma testemunha, tem a capaci-dade de fazer com que as pessoas avaliem a si mesmas e vejam o que ele revela sobre elas.

Quando buscamos obedecer à lei com a ajuda de Deus, ela funciona como “testemunha contra” nós? O que essa testemunha ensina sobre nossa necessidade do evangelho?

■ Terça, 13 de outubro Ano Bíblico: Mt 27, 28

Para que sejas bem-sucedido

Em toda a Bíblia, vemos outros resultados de conhecer e obedecer à lei de Deus.

4. Leia Josué 1:7, 8. O que o Senhor disse a Josué? Como os princípios en-contrados no texto se aplicam a nós hoje? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Que ele devia ser forte e corajoso para obedecer à lei. B. ( ) Que ele devia adaptar a lei à cultura da terra de Canaã.

O Senhor disse a Josué na entrada de Canaã: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que Meu ser-vo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares” (Js 1:7).

Essa noção de sucesso derivado da obediência pode parecer contrária à maneira pela qual o sucesso é medido no mundo hoje. Muitos acreditam que as marcas de sucesso sejam inovação, criatividade e autoconfiança. Para ter sucesso em determinado setor, muitas vezes é necessário talen-to extraordinário e assumir riscos.

No entanto, aos olhos de Deus o sucesso requer uma série de recur-sos diferentes.

5. Leia Apocalipse 12:17; 14:12; Romanos 1:5; 16:26; Tiago 2:10-12. O que es-ses versos nos revelam sobre obediência à lei de Deus? Ou seja, mesmo que não sejamos salvos pela obediência à lei, por que é tão importante que ainda a obedeçamos? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) A lei é uma garantia de que seremos salvos um dia. B. ( ) Somos salvos para a obediência. A lei de Deus ainda é válida hoje.

Antigo Testamento, Novo Testamento, Antiga Aliança, Nova Aliança, não importa: como cristãos que creem na Bíblia, somos chamados a obe-decer à lei de Deus. A transgressão da lei, também conhecida como pecado, apenas leva à dor, sofrimento e morte eterna. Quem já não experimen-tou ou viu os resultados do pecado, da transgressão da lei de Deus? Assim como o antigo Israel prosperaria obedecendo à lei de Deus (mesmo que eles também precisassem da graça), nós também prosperamos. Portanto, como parte da educação cristã, precisamos manter a lei de Deus como um com-ponente central do que significa viver pela fé e confiar na graça de Deus.

Qual tem sido sua experiência e aprendizado com as consequências do pecado? O que você pode contar aos outros para que, talvez, eles não cometam os mesmos erros?

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■ Segunda, 12 de outubro Ano Bíblico: Mt 24-26

Uma testemunha contra ti

Quando Moisés ficou sabendo que estava prestes a morrer, ele estava ciente da situação que deixaria para trás. Sabia que, após sua morte,

os israelitas entrariam na prometida terra de Canaã e que eles se rebela-riam quando alcançassem o destino almejado havia tanto tempo.

2. Leia Deuteronômio 31:14-27. Quais preparativos Moisés fez antes de sua morte? Quais eram suas principais preocupações e como ele lidou com elas?

________________________________________________________________________________________________________________________________

O tom de Moisés nesse texto parece o de um professor se preparan-do para ser substituído. Ele sabia que seus alunos haviam se comportado mal em sua presença na sala de aula; e não estava iludido a ponto de pen-sar que eles não se rebelariam na sua ausência. Moisés instruiu os levitas que carregavam a arca da aliança a colocarem o livro da lei ao lado da arca para que fosse uma “testemunha”. Ele não estava simplesmente entregan-do um plano de aula para seu substituto, mas transmitindo um testemu-nho. Moisés falou do livro da lei como se fosse um ser vivo com poder para reprovar o coração dos homens.

3. Pense na lei como uma “testemunha contra” eles. Como entendemos essa ideia no Novo Testamento? (Veja Rm 3:19-23). Ou seja, como a lei indica nossa necessidade de graça?

________________________________________________________________________________________________________________________________

Em Deuteronômio 31, Deus instruiu Moisés a escrever um cântico que o Senhor lhe havia ensinado. Moisés devia ensinar o cântico aos israelitas para que, conforme declarado no verso 19, “este cântico” fosse “testemu-nha” para Deus “contra os filhos de Israel”. Novamente, vemos as ordens de Deus personificadas. Um cântico, ao ser entoado, é mais facilmente compartilhado e difundido. E, sendo ele uma testemunha, tem a capaci-dade de fazer com que as pessoas avaliem a si mesmas e vejam o que ele revela sobre elas.

Quando buscamos obedecer à lei com a ajuda de Deus, ela funciona como “testemunha contra” nós? O que essa testemunha ensina sobre nossa necessidade do evangelho?

■ Terça, 13 de outubro Ano Bíblico: Mt 27, 28

Para que sejas bem-sucedido

Em toda a Bíblia, vemos outros resultados de conhecer e obedecer à lei de Deus.

4. Leia Josué 1:7, 8. O que o Senhor disse a Josué? Como os princípios en-contrados no texto se aplicam a nós hoje? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Que ele devia ser forte e corajoso para obedecer à lei. B. ( ) Que ele devia adaptar a lei à cultura da terra de Canaã.

O Senhor disse a Josué na entrada de Canaã: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que Meu ser-vo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares” (Js 1:7).

Essa noção de sucesso derivado da obediência pode parecer contrária à maneira pela qual o sucesso é medido no mundo hoje. Muitos acreditam que as marcas de sucesso sejam inovação, criatividade e autoconfiança. Para ter sucesso em determinado setor, muitas vezes é necessário talen-to extraordinário e assumir riscos.

No entanto, aos olhos de Deus o sucesso requer uma série de recur-sos diferentes.

5. Leia Apocalipse 12:17; 14:12; Romanos 1:5; 16:26; Tiago 2:10-12. O que es-ses versos nos revelam sobre obediência à lei de Deus? Ou seja, mesmo que não sejamos salvos pela obediência à lei, por que é tão importante que ainda a obedeçamos? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) A lei é uma garantia de que seremos salvos um dia. B. ( ) Somos salvos para a obediência. A lei de Deus ainda é válida hoje.

Antigo Testamento, Novo Testamento, Antiga Aliança, Nova Aliança, não importa: como cristãos que creem na Bíblia, somos chamados a obe-decer à lei de Deus. A transgressão da lei, também conhecida como pecado, apenas leva à dor, sofrimento e morte eterna. Quem já não experimen-tou ou viu os resultados do pecado, da transgressão da lei de Deus? Assim como o antigo Israel prosperaria obedecendo à lei de Deus (mesmo que eles também precisassem da graça), nós também prosperamos. Portanto, como parte da educação cristã, precisamos manter a lei de Deus como um com-ponente central do que significa viver pela fé e confiar na graça de Deus.

Qual tem sido sua experiência e aprendizado com as consequências do pecado? O que você pode contar aos outros para que, talvez, eles não cometam os mesmos erros?

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■ Quarta, 14 de outubro Ano Bíblico: Mc 1-3

As lutas e dificuldades dos guardadores da lei

Existem grandes benefícios em obedecer à lei, evidenciados na vida das pessoas abençoadas por Deus. Josué obedeceu aos preceitos do Senhor

e liderou bem o povo de Israel. Repetidas vezes, o Senhor disse a Israel que, se obedecesse à lei, prosperaria.

6. Leia 2 Crônicas 31:20, 21. Quais foram as principais razões para a prospe-ridade de Ezequias?

________________________________________________________________________________________________________________________________

Seja qual for o espaço de educação em que estejamos, devemos enfati-zar a importância da obediência. No entanto, nossos alunos não são to-los. Mais cedo ou mais tarde, eles perceberão o duro fato de que algumas pessoas são fiéis, amorosas e obedientes e que, mesmo assim, o desastre também as atinge. Como explicamos isso?

O fato é que não podemos explicar. Vivemos em um mundo de peca-do, de maldade, um mundo assolado pelo grande conflito, e nenhum de nós está imune a isso.

7. O que os seguintes textos ensinam sobre essa questão difícil? Mc 6:25-27; Jó 1; 2; 2Co 11:23-29

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Evidentemente, pessoas boas e fiéis, cumpridoras da lei, nem sempre prosperaram, pelo menos no sentido em que o mundo entende a prospe-ridade. E aqui também pode haver uma resposta parcial a essa questão difícil, que certamente surgirá quando buscarmos ensinar a importância da lei. O que exatamente queremos dizer com “prosperidade”? O que o salmista disse? “Prefiro estar à porta da casa do meu Deus a permanecer nas tendas da perversidade” (Sl 84:10). Não há dúvida de que, pelos pa-drões do mundo, mesmo os fiéis a Deus e obedientes à Sua lei nem sem-pre “prosperam”, pelo menos por enquanto. Prestamos um desserviço aos nossos alunos se dissermos o contrário.

Leia Hebreus 11:13-16. De acordo com esse texto, por que os fiéis ainda sofrem?

■ Quinta, 15 de outubro Ano Bíblico: Mc 4-6

Jesus, nosso Exemplo

J esus Cristo, o Filho de Deus, foi o único ser humano a viver em perfei-ta obediência ao Pai, em perfeita obediência à lei de Deus. Ele fez isso

para que pudesse ser não apenas nosso Substituto, o que Ele era, mas tam-bém nosso Exemplo.

8. Leia as seguintes passagens: Lc 2:51, 52; Fp 2:8; Hb 5:8; Jo 8:28, 29. Como elas nos relembram a obediência de Cristo ao longo de Sua vida?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Talvez João tenha explicado da melhor maneira quando escreveu o se-guinte: “Aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar as-sim como Ele andou” (1Jo 2:6). Quando fixamos nossos olhos na vida de Cristo e em Seu ministério na Terra, é fácil vermos como Ele agradou ao Pai por Sua obediência. Cristo de fato cumpriu a profecia e confirmou as leis de Deus durante toda a Sua vida.

Assim como Deus mandou Moisés escrever Sua lei para que ela fosse uma testemunha para Israel, Cristo era a personificação do testemunho aos Seus apóstolos, discípulos, a pecadores e santos. Hoje, em vez de ape-nas termos um conjunto de regras a seguir, temos também o exemplo de Jesus, um ser humano de carne e osso.

Como professores, há modelo melhor a apresentar aos alunos do que Jesus e Sua obediência ao Pai?

“A suposta fé em Cristo que alega liberar as pessoas da obrigação de obe-decer a Deus não é fé, mas presunção. ‘Pela graça sois salvos, mediante a fé’ (Ef 2:8). Entretanto, ‘a fé, se não tiver obras, por si só está morta’ (Tg 2:17). Jesus Cristo disse acerca de Si mesmo, antes de vir à Terra: ‘Agrada-Me fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; dentro do Meu coração, está a Tua lei’ (Sl 40:8). E antes de subir ao Céu, Ele declarou: ‘Tenho guardado os manda-mentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço’ (Jo 15:10). Diz a Escritura: ‘Sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus manda-mentos. [...] Aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar assim como Ele andou’” (1Jo 2:3-6; Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 61).

Como você pode seguir fielmente o exemplo de Cristo em todas as áreas da sua vida e, assim, ser um professor melhor para os outros? Embora seja uma ideia antiga e trivial, por que nossas ações falam muito mais alto do que nossas palavras?

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■ Quarta, 14 de outubro Ano Bíblico: Mc 1-3

As lutas e dificuldades dos guardadores da lei

Existem grandes benefícios em obedecer à lei, evidenciados na vida das pessoas abençoadas por Deus. Josué obedeceu aos preceitos do Senhor

e liderou bem o povo de Israel. Repetidas vezes, o Senhor disse a Israel que, se obedecesse à lei, prosperaria.

6. Leia 2 Crônicas 31:20, 21. Quais foram as principais razões para a prospe-ridade de Ezequias?

________________________________________________________________________________________________________________________________

Seja qual for o espaço de educação em que estejamos, devemos enfati-zar a importância da obediência. No entanto, nossos alunos não são to-los. Mais cedo ou mais tarde, eles perceberão o duro fato de que algumas pessoas são fiéis, amorosas e obedientes e que, mesmo assim, o desastre também as atinge. Como explicamos isso?

O fato é que não podemos explicar. Vivemos em um mundo de peca-do, de maldade, um mundo assolado pelo grande conflito, e nenhum de nós está imune a isso.

7. O que os seguintes textos ensinam sobre essa questão difícil? Mc 6:25-27; Jó 1; 2; 2Co 11:23-29

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Evidentemente, pessoas boas e fiéis, cumpridoras da lei, nem sempre prosperaram, pelo menos no sentido em que o mundo entende a prospe-ridade. E aqui também pode haver uma resposta parcial a essa questão difícil, que certamente surgirá quando buscarmos ensinar a importância da lei. O que exatamente queremos dizer com “prosperidade”? O que o salmista disse? “Prefiro estar à porta da casa do meu Deus a permanecer nas tendas da perversidade” (Sl 84:10). Não há dúvida de que, pelos pa-drões do mundo, mesmo os fiéis a Deus e obedientes à Sua lei nem sem-pre “prosperam”, pelo menos por enquanto. Prestamos um desserviço aos nossos alunos se dissermos o contrário.

Leia Hebreus 11:13-16. De acordo com esse texto, por que os fiéis ainda sofrem?

■ Quinta, 15 de outubro Ano Bíblico: Mc 4-6

Jesus, nosso Exemplo

J esus Cristo, o Filho de Deus, foi o único ser humano a viver em perfei-ta obediência ao Pai, em perfeita obediência à lei de Deus. Ele fez isso

para que pudesse ser não apenas nosso Substituto, o que Ele era, mas tam-bém nosso Exemplo.

8. Leia as seguintes passagens: Lc 2:51, 52; Fp 2:8; Hb 5:8; Jo 8:28, 29. Como elas nos relembram a obediência de Cristo ao longo de Sua vida?

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Talvez João tenha explicado da melhor maneira quando escreveu o se-guinte: “Aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar as-sim como Ele andou” (1Jo 2:6). Quando fixamos nossos olhos na vida de Cristo e em Seu ministério na Terra, é fácil vermos como Ele agradou ao Pai por Sua obediência. Cristo de fato cumpriu a profecia e confirmou as leis de Deus durante toda a Sua vida.

Assim como Deus mandou Moisés escrever Sua lei para que ela fosse uma testemunha para Israel, Cristo era a personificação do testemunho aos Seus apóstolos, discípulos, a pecadores e santos. Hoje, em vez de ape-nas termos um conjunto de regras a seguir, temos também o exemplo de Jesus, um ser humano de carne e osso.

Como professores, há modelo melhor a apresentar aos alunos do que Jesus e Sua obediência ao Pai?

“A suposta fé em Cristo que alega liberar as pessoas da obrigação de obe-decer a Deus não é fé, mas presunção. ‘Pela graça sois salvos, mediante a fé’ (Ef 2:8). Entretanto, ‘a fé, se não tiver obras, por si só está morta’ (Tg 2:17). Jesus Cristo disse acerca de Si mesmo, antes de vir à Terra: ‘Agrada-Me fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; dentro do Meu coração, está a Tua lei’ (Sl 40:8). E antes de subir ao Céu, Ele declarou: ‘Tenho guardado os manda-mentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço’ (Jo 15:10). Diz a Escritura: ‘Sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus manda-mentos. [...] Aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar assim como Ele andou’” (1Jo 2:3-6; Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 61).

Como você pode seguir fielmente o exemplo de Cristo em todas as áreas da sua vida e, assim, ser um professor melhor para os outros? Embora seja uma ideia antiga e trivial, por que nossas ações falam muito mais alto do que nossas palavras?

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■ Sexta, 16 de outubro Ano Bíblico: Mc 7-9

Estudo adicional

“O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verda-deira. Isso se evidencia na lei que Deus deu como guia da vida. O pri-

meiro e grande mandamento é: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendi-mento’ (Lc 10:27). Amá-Lo – o Ser infinito e onisciente – com toda a força, todo o entendimento e todo o coração implica o mais alto desenvolvimento de todas as potencialidades. Significa que, no ser todo – corpo, mente e alma –, a imagem de Deus deve ser restaurada.

“Semelhante ao primeiro é o segundo mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22:39). A lei do amor pede a consagração do corpo, da mente e da alma ao serviço de Deus e de nossos semelhan-tes. E esse serviço, ao mesmo tempo em que faz de nós uma bênção aos outros, traz sobre nós mesmos as maiores bênçãos. A abnegação é a base de todo verdadeiro desenvolvimento. Por intermédio do serviço abnega-do, cada habilidade adquire o mais elevado desenvolvimento. De manei-ra cada vez mais plena, nos tornamos participantes da natureza divina. Somos habilitados para o Céu, pois o recebemos em nosso coração” (Ellen G. White, Educação, p. 16).

Perguntas para consideração1. Assim como o antigo Israel, devemos ao mesmo tempo amar e temer a

Deus (Mt 22:37; Ap 14:7). Como fazer isso? Por que esses dois manda-mentos não estão em conflito?

2. Qual é a diferença entre estabelecer um padrão e criar uma regra? Em sua experiência, o adventismo está mais preocupado em estabelecer al-tos padrões dentro da comunidade de cristãos ou em criar regras que unam a comunidade? O que as Escrituras revelam sobre estabelecer pa-drões elevados para si mesmo, para a família e para a igreja?

3. Como alcançar o equilíbrio ao expor a importância da obediência à lei de Deus e, ao mesmo tempo, mostrar por que essa obediência não é a fonte da nossa salvação?

4. Leia o Salmo 119 e observe quantas vezes são declaradas noções de obe-diência, liberdade, leis, regras e mandamentos. O que o autor do Salmo 119 desejava comunicar acerca desses temas?

Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. Moisés reuniu Josué e escreveu em um livro um cântico e as leis do Senhor. Esses escritos deviam ser lidos ao povo a fim de que não se rebelassem. 3. “Pela lei vem o pleno conheci-mento do pecado”. Por causa da lei sabemos o que é desejável aos olhos de Deus e o quanto estamos longe des-sa realidade. 4. A. 5. B. 6. Ele obedeceu à lei do Senhor, fazendo o que era bom, reto e verdadeiro. 7. Até os fiéis sofrem dores e perseguições. Isso revela o quanto o pecado é injusto. 8. Jesus foi obediente e submisso desde a Sua infância até a Sua morte na cruz.

Anotações

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■ Sexta, 16 de outubro Ano Bíblico: Mc 7-9

Estudo adicional

“O amor, base da criação e redenção, é o fundamento da educação verda-deira. Isso se evidencia na lei que Deus deu como guia da vida. O pri-

meiro e grande mandamento é: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendi-mento’ (Lc 10:27). Amá-Lo – o Ser infinito e onisciente – com toda a força, todo o entendimento e todo o coração implica o mais alto desenvolvimento de todas as potencialidades. Significa que, no ser todo – corpo, mente e alma –, a imagem de Deus deve ser restaurada.

“Semelhante ao primeiro é o segundo mandamento: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22:39). A lei do amor pede a consagração do corpo, da mente e da alma ao serviço de Deus e de nossos semelhan-tes. E esse serviço, ao mesmo tempo em que faz de nós uma bênção aos outros, traz sobre nós mesmos as maiores bênçãos. A abnegação é a base de todo verdadeiro desenvolvimento. Por intermédio do serviço abnega-do, cada habilidade adquire o mais elevado desenvolvimento. De manei-ra cada vez mais plena, nos tornamos participantes da natureza divina. Somos habilitados para o Céu, pois o recebemos em nosso coração” (Ellen G. White, Educação, p. 16).

Perguntas para consideração1. Assim como o antigo Israel, devemos ao mesmo tempo amar e temer a

Deus (Mt 22:37; Ap 14:7). Como fazer isso? Por que esses dois manda-mentos não estão em conflito?

2. Qual é a diferença entre estabelecer um padrão e criar uma regra? Em sua experiência, o adventismo está mais preocupado em estabelecer al-tos padrões dentro da comunidade de cristãos ou em criar regras que unam a comunidade? O que as Escrituras revelam sobre estabelecer pa-drões elevados para si mesmo, para a família e para a igreja?

3. Como alcançar o equilíbrio ao expor a importância da obediência à lei de Deus e, ao mesmo tempo, mostrar por que essa obediência não é a fonte da nossa salvação?

4. Leia o Salmo 119 e observe quantas vezes são declaradas noções de obe-diência, liberdade, leis, regras e mandamentos. O que o autor do Salmo 119 desejava comunicar acerca desses temas?

Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. Moisés reuniu Josué e escreveu em um livro um cântico e as leis do Senhor. Esses escritos deviam ser lidos ao povo a fim de que não se rebelassem. 3. “Pela lei vem o pleno conheci-mento do pecado”. Por causa da lei sabemos o que é desejável aos olhos de Deus e o quanto estamos longe des-sa realidade. 4. A. 5. B. 6. Ele obedeceu à lei do Senhor, fazendo o que era bom, reto e verdadeiro. 7. Até os fiéis sofrem dores e perseguições. Isso revela o quanto o pecado é injusto. 8. Jesus foi obediente e submisso desde a Sua infância até a Sua morte na cruz.

Anotações

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RESUMO DA LIÇÃO 3

A Lei como professorO que podemos aprender com esse ciclo fatalista de lei, pecado e condenação, um ci-

clo que muitos cristãos solucionam simplesmente ignorando o assunto da lei bíblica e saltando prematuramente para os temas do perdão, graça e salvação? A resposta encontra-se na fala de Deus a Moisés e Israel, ao prever sua rebelião: “Este povo se levantará, e se prostituirá, indo após deuses estranhos […] e Me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele” (Dt 31:16). Assim, os filhos de Israel aprenderam um cântico de 43 versos (Dt 32), do qual jamais deveriam se esquecer (Dt 31:21), um cântico que detalha em por-menores essa previsão, e isso aconteceu quando estavam prestes a entrar na terra pro-metida e receber as inúmeras bênçãos decorrentes disso.

O que aprendemos aqui é algo fundamental sobre o próprio Deus, um Ser que, volun-tariamente, fez aliança com um povo mesmo sabendo de antemão que esse povo Lhe se-ria infiel. Que tipo de Deus é esse?

Muitos dos nossos relacionamentos se baseiam em riscos e probabilidades. Casamo-nos com a expectativa de que nosso cônjuge nos seja fiel até a morte. Se tivéssemos certe-za da infidelidade futura, definitivamente não nos comprometeríamos. Amizades se for-mam com a suposição de que as partes não se atacarão pelas costas. No entanto, o Deus dos hebreus nos abraça, mesmo sabendo que será traído pelo nosso pecado e rebelião contra Ele. Isso é uma graça incrível.

Mas essa graça se torna ainda mais notável quando vista por meio desse ciclo “depri-mente” do povo da aliança chamado a um relacionamento com Deus, governado por Seus mandamentos e leis, mas que incorreu em desobediência flagrante. Essa perspectiva re-vela a grandeza do amor e da graça de Deus antes mesmo que as promessas da salva-ção e do perdão fossem apresentadas. O simples fato de Ele Se relacionar com pessoas como nós é um milagre. Suas promessas posteriores de salvação, perdão e restauração são consequência de um coração divino que calcula o custo de nossa rebelião e pecado e conclui que o saldo é pequeno comparado à oportunidade de estar em nossa compa-nhia por toda a eternidade.

Comente com a classe: Aprendemos que esse Legislador não é demasiadamente am-bicioso e que simplesmente tenta dominar Sua criação. Ele Se dispôs a fazer aliança com pessoas que quebrariam o acordo. O que isso nos ensina sobre Seu caráter?

EscriturasA lição de segunda-feira mostra como, antes de Moisés morrer, Deus lhe deu um cântico

para que o povo de Israel o memorizasse (Dt 31:21). Esse cântico tinha uma função interes-sante: depois que o povo entrasse na terra e estivesse satisfeito com a sua abundância, o Se-nhor diz que ele se voltaria para outros deuses e quebraria a aliança com Ele. Como esperado, os desastres e as maldições da aliança se seguiriam. Pode-se imaginar a experiência trágica de desfrutar de tamanha prosperidade e na sequência ser dizimado pela fome e pela guer-ra (Dt 32:23-25). “Por que isso está acontecendo conosco?” – quase se pode ouvi-los chorar em desespero. “Oferecemos nossos sacrifícios aos deuses, que estavam nos abençoando e protegendo” (Dt 32:17; Os 2:5, 8). Nesse momento de desorientação, quando Israel estives-se colhendo toda a ira de Deus por sua desobediência, seria a hora de cantar esse cântico.

ESBOÇO

A lei tem um problema de relações públicas. Isso é lamentável, pois a lei e o Deus que a deu têm muito a nos ensinar. Os cristãos ficam confusos a respeito de como a lei atua na vida por causa da ênfase paulina em não sermos “justificados” pela lei, mas pela fé (Gl 2:16). Mas dispensar a lei apenas porque ela não funciona em um aspecto seria como se livrar da sua torradeira porque ela não aspira bem o chão. Parece que as pessoas se contentaram em simplesmente saber o que a lei não faz em vez de também buscar sa-ber o que ela faz.

Mas aqueles que têm um relacionamento com Deus devidamente fundamentado na aliança não têm motivos para sofrer de ansiedade ou aversão à lei. Ser capaz ou não de dizer como Davi, “Quanto amo a Tua lei!” (Sl 119:97), é um bom teste para saber se temos um relacionamento saudável com Deus e a lei. Se a pessoa protestar com “E quanto ao amor, ou à graça, ou a Jesus?”, ela pode se surpreender. A lei mais importante de todas, a elite de todas as leis, é a do amor: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu co-ração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. Essa é a maior de todas as leis, pelo me-nos essa era a opinião de Jesus (Dt 6:5; Mt 22:36, 37). Se alguém tem problemas com a lei, também discorda dessa lei do amor? Portanto, é seguro dizer que há suficiente apoio do rei Davi e do rei Jesus para que consideremos a lei um instrutor para a vida e uma re-velação do Deus que a deu.

COMENTÁRIO

Aliança quebrada e renovadaAo planejar uma noite com os amigos, é improvável que alguém sugira: “Vamos nos

reunir para que possamos ler e estudar algumas leis”. É compreensível que a maior parte das pessoas tenha aversão ao assunto da lei na Bíblia. Na maior parte das vezes, o que se vê é um ciclo deprimente de: (1) leis dadas ou repetidas; (2) leis transgredi-das; e (3) a ira de Deus como resultado da transgressão e as terríveis consequências que se seguem.

Esse ciclo acontece repetidamente, a ponto de nós, leitores, nos perguntarmos frus-trados: “Qual era o problema de Israel? Era o grupo de pessoas mais teimoso e rebelde da face da Terra!” Ficamos chocados com as falhas de Israel, mas em poucos instantes algo interessante acontece. Lentamente desviamos o olhar da nação de Israel e, contemplan-do o notório espelho, vemos o reflexo de nossas histórias pessoais. Se formos honestos, vemos algumas semelhanças notáveis entre nós e Israel, e, assim como o rei Davi se con-denou sem querer ao ouvir a parábola de Natã, também ouvimos a lei declarar para nós: “Tu és o homem” (2Sm 12:7).

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RESUMO DA LIÇÃO 3

A Lei como professorO que podemos aprender com esse ciclo fatalista de lei, pecado e condenação, um ci-

clo que muitos cristãos solucionam simplesmente ignorando o assunto da lei bíblica e saltando prematuramente para os temas do perdão, graça e salvação? A resposta encontra- se na fala de Deus a Moisés e Israel, ao prever sua rebelião: “Este povo se levantará, e se prostituirá, indo após deuses estranhos […] e Me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele” (Dt 31:16). Assim, os filhos de Israel aprenderam um cântico de 43 versos (Dt 32), do qual jamais deveriam se esquecer (Dt 31:21), um cântico que detalha em por-menores essa previsão, e isso aconteceu quando estavam prestes a entrar na terra pro-metida e receber as inúmeras bênçãos decorrentes disso.

O que aprendemos aqui é algo fundamental sobre o próprio Deus, um Ser que, volun-tariamente, fez aliança com um povo mesmo sabendo de antemão que esse povo Lhe se-ria infiel. Que tipo de Deus é esse?

Muitos dos nossos relacionamentos se baseiam em riscos e probabilidades. Casamo-nos com a expectativa de que nosso cônjuge nos seja fiel até a morte. Se tivéssemos certe-za da infidelidade futura, definitivamente não nos comprometeríamos. Amizades se for-mam com a suposição de que as partes não se atacarão pelas costas. No entanto, o Deus dos hebreus nos abraça, mesmo sabendo que será traído pelo nosso pecado e rebelião contra Ele. Isso é uma graça incrível.

Mas essa graça se torna ainda mais notável quando vista por meio desse ciclo “depri-mente” do povo da aliança chamado a um relacionamento com Deus, governado por Seus mandamentos e leis, mas que incorreu em desobediência flagrante. Essa perspectiva re-vela a grandeza do amor e da graça de Deus antes mesmo que as promessas da salva-ção e do perdão fossem apresentadas. O simples fato de Ele Se relacionar com pessoas como nós é um milagre. Suas promessas posteriores de salvação, perdão e restauração são consequência de um coração divino que calcula o custo de nossa rebelião e pecado e conclui que o saldo é pequeno comparado à oportunidade de estar em nossa compa-nhia por toda a eternidade.

Comente com a classe: Aprendemos que esse Legislador não é demasiadamente am-bicioso e que simplesmente tenta dominar Sua criação. Ele Se dispôs a fazer aliança com pessoas que quebrariam o acordo. O que isso nos ensina sobre Seu caráter?

EscriturasA lição de segunda-feira mostra como, antes de Moisés morrer, Deus lhe deu um cântico

para que o povo de Israel o memorizasse (Dt 31:21). Esse cântico tinha uma função interes-sante: depois que o povo entrasse na terra e estivesse satisfeito com a sua abundância, o Se-nhor diz que ele se voltaria para outros deuses e quebraria a aliança com Ele. Como esperado, os desastres e as maldições da aliança se seguiriam. Pode-se imaginar a experiência trágica de desfrutar de tamanha prosperidade e na sequência ser dizimado pela fome e pela guer-ra (Dt 32:23-25). “Por que isso está acontecendo conosco?” – quase se pode ouvi-los chorar em desespero. “Oferecemos nossos sacrifícios aos deuses, que estavam nos abençoando e protegendo” (Dt 32:17; Os 2:5, 8). Nesse momento de desorientação, quando Israel estives-se colhendo toda a ira de Deus por sua desobediência, seria a hora de cantar esse cântico.

ESBOÇO

A lei tem um problema de relações públicas. Isso é lamentável, pois a lei e o Deus que a deu têm muito a nos ensinar. Os cristãos ficam confusos a respeito de como a lei atua na vida por causa da ênfase paulina em não sermos “justificados” pela lei, mas pela fé (Gl 2:16). Mas dispensar a lei apenas porque ela não funciona em um aspecto seria como se livrar da sua torradeira porque ela não aspira bem o chão. Parece que as pessoas se contentaram em simplesmente saber o que a lei não faz em vez de também buscar sa-ber o que ela faz.

Mas aqueles que têm um relacionamento com Deus devidamente fundamentado na aliança não têm motivos para sofrer de ansiedade ou aversão à lei. Ser capaz ou não de dizer como Davi, “Quanto amo a Tua lei!” (Sl 119:97), é um bom teste para saber se temos um relacionamento saudável com Deus e a lei. Se a pessoa protestar com “E quanto ao amor, ou à graça, ou a Jesus?”, ela pode se surpreender. A lei mais importante de todas, a elite de todas as leis, é a do amor: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu co-ração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. Essa é a maior de todas as leis, pelo me-nos essa era a opinião de Jesus (Dt 6:5; Mt 22:36, 37). Se alguém tem problemas com a lei, também discorda dessa lei do amor? Portanto, é seguro dizer que há suficiente apoio do rei Davi e do rei Jesus para que consideremos a lei um instrutor para a vida e uma re-velação do Deus que a deu.

COMENTÁRIO

Aliança quebrada e renovadaAo planejar uma noite com os amigos, é improvável que alguém sugira: “Vamos nos

reunir para que possamos ler e estudar algumas leis”. É compreensível que a maior parte das pessoas tenha aversão ao assunto da lei na Bíblia. Na maior parte das vezes, o que se vê é um ciclo deprimente de: (1) leis dadas ou repetidas; (2) leis transgredi-das; e (3) a ira de Deus como resultado da transgressão e as terríveis consequências que se seguem.

Esse ciclo acontece repetidamente, a ponto de nós, leitores, nos perguntarmos frus-trados: “Qual era o problema de Israel? Era o grupo de pessoas mais teimoso e rebelde da face da Terra!” Ficamos chocados com as falhas de Israel, mas em poucos instantes algo interessante acontece. Lentamente desviamos o olhar da nação de Israel e, contemplan-do o notório espelho, vemos o reflexo de nossas histórias pessoais. Se formos honestos, vemos algumas semelhanças notáveis entre nós e Israel, e, assim como o rei Davi se con-denou sem querer ao ouvir a parábola de Natã, também ouvimos a lei declarar para nós: “Tu és o homem” (2Sm 12:7).

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Tal cântico é de grande intensidade (Dt 32). Conta a história da bondade divina contras-tada com a iniquidade de Seu povo. Convida-os a se recordarem do passado: “Lembra-te dos dias da antiguidade” (Dt 32:7), quando Deus supria suas necessidades e cuidava deles, estendendo “as asas e, tomando-os” os levava “sobre elas” (Dt 32:11). Ao final, em meio à superabundância, eles se esqueceriam do Senhor, O abandonariam e sacrificariam a de-mônios (Dt 32:17). Os versos comoventes falam das consequências desastrosas.

No entanto, há indícios de que Deus não abandonaria por completo Seu povo: “Por-que o Senhor fará justiça ao Seu povo e Se compadecerá dos seus servos”; “Eu mato e Eu faço viver; Eu firo e Eu saro”; e “fará expiação pela terra do Seu povo” (Dt 32:36, 39, 43).

Deus ensinou ao Seu povo um cântico que, embora severamente honesto, responde-ria a todas as suas perguntas. Contaria sobre suas origens como povo, sobre o Deus que rejeitariam, sobre os deuses impotentes pelos quais O substituiriam, sobre o motivo do caos em que estariam e sobre a esperança para o futuro.

O cântico deve ter sido entoado por gerações e servido como um aviso e impedimento contra o afastamento do Deus de seus pais. Mas, no auge da prosperidade e da seguran-ça presunçosa, deve ter soado estranho e irrelevante para os ouvidos, se é que era can-tado. No momento em que enfrentassem um caos criado por eles mesmos, o cântico que sairia de sua própria boca serviria como “testemunha” contra eles (Dt 31:19). Deus colo-cou na mente do povo de Israel qual seria seu destino, a menos que resistissem à idola-tria das nações vizinhas.

Esse cântico é trágico, mas ao mesmo tempo brilhante para instruir. Indica claramen-te as consequências de quebrar a aliança. Explica os porquês por trás da terrível situa-ção de ser devastado pela guerra e por outros instrumentos. Põe a culpa nos ombros de Israel e justifica Deus da responsabilidade pela destruição quase completa do Seu povo. Alguém pode pensar em um método melhor para evitar um desastre nacional do que in-culcar um cântico profético na tradição oral de um povo, contando o que será de sua ter-ra natal se rejeitarem o Deus que a deu a eles?

Comente com a classe: Quem já não desejou poder visualizar o futuro para tomar decisões melhores no presente? Deus atendeu esse desejo em grande medida ao compartilhar co-nosco as profecias. A ironia é que, mesmo com o cântico profético nos lábios de Israel, o povo ainda caminhava direto para o pior cenário (Dn 9:13-15). O que esse resultado nos ensina sobre os prós e os contras de se conhecer o futuro?

Aplicação para a vidaO primeiro passo para realmente pôr em prática a lei é ler e refletir sobre ela em es-

pírito de oração. E não estamos falando apenas dos Dez Mandamentos; eles sempre te-rão um lugar sagrado nos círculos cristão e judaico. A Lei definida como Torá ou os cinco primeiros livros de Moisés é o que os antigos mencionavam ao falarem em lei. Uma vez que percebemos isso, o termo “Lei” assume uma definição que exige ampliação: a história do Jardim do Éden, a vida de Abraão, a abertura do Mar Vermelho e tantas outras histó-rias fazem parte da Lei. Por esse motivo, a Lei também é traduzida adequadamente como

“ensino” ou “instrução”. Esse entendimento torna o título da lição um tanto redundante (embora necessário) – a Lei como professor. Sim, esperamos que a instrução divina pos-sa nos ensinar alguma coisa. É estranho quando pensamos de outra maneira e rejeitamos a Instrução (isto é, a Lei). É lamentavel quando a Lei é o último lugar em que as pesso-as (até mesmo os cristãos) buscam orientação. Seria engraçado se não fosse tão trágico. A leitura do contexto das leis bíblicas, com espírito de oração, fazendo uso diligente de referências paralelas do Novo Testamento, manterá o leitor em um caminho equilibrado para aprender, viver e amar a Lei de Deus.

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Tal cântico é de grande intensidade (Dt 32). Conta a história da bondade divina contras-tada com a iniquidade de Seu povo. Convida-os a se recordarem do passado: “Lembra-te dos dias da antiguidade” (Dt 32:7), quando Deus supria suas necessidades e cuidava deles, estendendo “as asas e, tomando-os” os levava “sobre elas” (Dt 32:11). Ao final, em meio à superabundância, eles se esqueceriam do Senhor, O abandonariam e sacrificariam a de-mônios (Dt 32:17). Os versos comoventes falam das consequências desastrosas.

No entanto, há indícios de que Deus não abandonaria por completo Seu povo: “Por-que o Senhor fará justiça ao Seu povo e Se compadecerá dos seus servos”; “Eu mato e Eu faço viver; Eu firo e Eu saro”; e “fará expiação pela terra do Seu povo” (Dt 32:36, 39, 43).

Deus ensinou ao Seu povo um cântico que, embora severamente honesto, responde-ria a todas as suas perguntas. Contaria sobre suas origens como povo, sobre o Deus que rejeitariam, sobre os deuses impotentes pelos quais O substituiriam, sobre o motivo do caos em que estariam e sobre a esperança para o futuro.

O cântico deve ter sido entoado por gerações e servido como um aviso e impedimento contra o afastamento do Deus de seus pais. Mas, no auge da prosperidade e da seguran-ça presunçosa, deve ter soado estranho e irrelevante para os ouvidos, se é que era can-tado. No momento em que enfrentassem um caos criado por eles mesmos, o cântico que sairia de sua própria boca serviria como “testemunha” contra eles (Dt 31:19). Deus colo-cou na mente do povo de Israel qual seria seu destino, a menos que resistissem à idola-tria das nações vizinhas.

Esse cântico é trágico, mas ao mesmo tempo brilhante para instruir. Indica claramen-te as consequências de quebrar a aliança. Explica os porquês por trás da terrível situa-ção de ser devastado pela guerra e por outros instrumentos. Põe a culpa nos ombros de Israel e justifica Deus da responsabilidade pela destruição quase completa do Seu povo. Alguém pode pensar em um método melhor para evitar um desastre nacional do que in-culcar um cântico profético na tradição oral de um povo, contando o que será de sua ter-ra natal se rejeitarem o Deus que a deu a eles?

Comente com a classe: Quem já não desejou poder visualizar o futuro para tomar decisões melhores no presente? Deus atendeu esse desejo em grande medida ao compartilhar co-nosco as profecias. A ironia é que, mesmo com o cântico profético nos lábios de Israel, o povo ainda caminhava direto para o pior cenário (Dn 9:13-15). O que esse resultado nos ensina sobre os prós e os contras de se conhecer o futuro?

Aplicação para a vidaO primeiro passo para realmente pôr em prática a lei é ler e refletir sobre ela em es-

pírito de oração. E não estamos falando apenas dos Dez Mandamentos; eles sempre te-rão um lugar sagrado nos círculos cristão e judaico. A Lei definida como Torá ou os cinco primeiros livros de Moisés é o que os antigos mencionavam ao falarem em lei. Uma vez que percebemos isso, o termo “Lei” assume uma definição que exige ampliação: a história do Jardim do Éden, a vida de Abraão, a abertura do Mar Vermelho e tantas outras histó-rias fazem parte da Lei. Por esse motivo, a Lei também é traduzida adequadamente como

“ensino” ou “instrução”. Esse entendimento torna o título da lição um tanto redundante (embora necessário) – a Lei como professor. Sim, esperamos que a instrução divina pos-sa nos ensinar alguma coisa. É estranho quando pensamos de outra maneira e rejeitamos a Instrução (isto é, a Lei). É lamentavel quando a Lei é o último lugar em que as pesso-as (até mesmo os cristãos) buscam orientação. Seria engraçado se não fosse tão trágico. A leitura do contexto das leis bíblicas, com espírito de oração, fazendo uso diligente de referências paralelas do Novo Testamento, manterá o leitor em um caminho equilibrado para aprender, viver e amar a Lei de Deus.

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Os olhos do Senhor: a cosmovisão bíblica

VERSO PARA MEMORIZAR: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando

os maus e os bons” (Pv 15:3).

Leituras da semana: Pv 15:3; Jó 12:7-10; Ef 6:12; Ap 20:5, 6; Jo 1:1-14; Mc 12:29-31

■ Sábado, 17 de outubro Ano Bíblico: Mc 10-12

O poeta polonês Czeslaw Milosz escreveu um poema que começa com a figura de animais imaginários: coelhos e esquilos falantes e coisas

assim. Ele escreveu: “eles têm tanto em comum com animais reais quan-to nossas noções de mundo têm com o mundo real”. Em seguida, para ter-minar o poema, ele escreveu: “Pense nisso e estremeça”.

“Estremecer” pode ser uma palavra muito dura, mas a verdade é que muito do que os seres humanos pensam sobre o mundo pode estar com-pletamente equivocado. Por exemplo, por quase dois mil anos, muitas das pessoas mais inteligentes e instruídas do mundo pensaram que a Terra permanecesse imóvel no centro do Universo. Hoje, muitas das pessoas mais inteligentes e instruídas pensam que o ser humano evoluiu a partir do que originalmente foi uma forma de vida simples.

Como seres humanos, nunca vemos o mundo de uma posição neutra. Sempre e unicamente o vemos através de filtros que afetam nossa maneira de interpretar e entender o mundo. Esse filtro é chamado de cosmovisão, e é essencial que ensinemos aos jovens, e até aos membros mais antigos da igreja, a cosmovisão bíblica.

Lição

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Os olhos do Senhor: a cosmovisão bíblica

VERSO PARA MEMORIZAR: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando

os maus e os bons” (Pv 15:3).

Leituras da semana: Pv 15:3; Jó 12:7-10; Ef 6:12; Ap 20:5, 6; Jo 1:1-14; Mc 12:29-31

■ Sábado, 17 de outubro Ano Bíblico: Mc 10-12

Opoeta polonês Czeslaw Milosz escreveu um poema que começa coma figura de animais imaginários: coelhos e esquilos falantes e coisas

assim. Ele escreveu: “eles têm tanto em comum com animais reais quan-to nossas noções de mundo têm com o mundo real”. Em seguida, para ter-minar o poema, ele escreveu: “Pense nisso e estremeça”.

“Estremecer” pode ser uma palavra muito dura, mas a verdade é que muito do que os seres humanos pensam sobre o mundo pode estar com-pletamente equivocado. Por exemplo, por quase dois mil anos, muitas das pessoas mais inteligentes e instruídas do mundo pensaram que a Terra permanecesse imóvel no centro do Universo. Hoje, muitas das pessoas mais inteligentes e instruídas pensam que o ser humano evoluiu a partir do que originalmente foi uma forma de vida simples.

Como seres humanos, nunca vemos o mundo de uma posição neutra. Sempre e unicamente o vemos através de filtros que afetam nossa maneira de interpretar e entender o mundo. Esse filtro é chamado de cosmovisão, e é essencial que ensinemos aos jovens, e até aos membros mais antigos da igreja, a cosmovisão bíblica.

Lição

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■ Domingo, 18 de outubro Ano Bíblico: Mc 13, 14

Os olhos do Senhor

Um professor da Universidade de Oxford apresentou a teoria de que nós, o mundo e tudo o que nos rodeia – nada disso é real. Em vez

disso, somos criações digitais de uma raça de alienígenas com computa-dores superpoderosos.

Embora essa seja uma teoria curiosa, ela levanta uma questão crucial: Qual é a natureza da realidade?

Existem duas possíveis respostas muito amplas, mesmo que apenas uma seja racional. A primeira é que o Universo, e tudo o que nele há, in-cluindo nós, simplesmente existe. Nada o criou, nada o formou. Ele apenas está aí. É simplesmente um fato inexplicável. Não há Deus, não há deu-ses, não há nada divino. A realidade é puramente material, puramente natural. Como foi dito há 2.500 anos (essa não é uma ideia nova), existem apenas “átomos e o vazio”.

A outra visão é que um ser (ou seres) divino criou o Universo. Isso pare-ce mais lógico, racional e sensato do que a ideia de que o Universo apenas existe, sem nenhuma explicação para ele. Essa posição abrange o mundo natural, o mundo dos “átomos e do vazio”, mas não está limitada a ele. Ela aponta para uma realidade muito mais ampla, profunda e multifacetada do que a visão ateísta-materialista tão frequente hoje.

1. O que os textos a seguir revelam sobre as ideias destacadas na lição de hoje? Sl 53:1; Pv 15:3; Jo 3:16; Is 45:21; Lc 1:26-35

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

É fundamental para toda educação cristã a realidade não apenas de Deus, mas do tipo de Deus que Ele é, um Ser pessoal que nos ama, inte-rage conosco e faz milagres em nosso favor. Embora use as leis naturais, o Senhor não está limitado por essas leis e pode transcendê-las quan-do desejar (como na concepção virginal de Jesus). O ensino dessa visão é especialmente pertinente em nossos dias, pois grande parte do mundo intelectual ensina abertamente, e sem nenhum arrependimento, a cos-movisão ateísta e naturalista, afirmando erroneamente que a ciência sus-tenta essa cosmovisão.

A cosmovisão ateísta é estreita e limitada, em contraste com a cosmovisão bíblica, que abrange o mundo natural, mas não está limitada por ele. Por que a cosmovisão bíblica, teísta, é simplesmente muito mais lógica e racional do que a sua rival ateísta?

■ Segunda, 19 de outubro Ano Bíblico: Mc 15, 16

A pergunta de Leibniz

H á muitos anos, um pensador e escritor alemão chamado Gottfried Wilhelm Leibniz fez provavelmente a pergunta mais básica e funda-

mental: “Por que há algo em vez de nada?”

2. Como os textos a seguir respondem à pergunta de Leibniz? Gn 1:1; Jo 1:1-4; Êx 20:8-11; Ap 14:6, 7; Jó 12:7-10

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

É impressionante como a existência de Deus é assumida na Bíblia. Gêne-sis 1:1 não começa com uma série de argumentos lógicos (embora existam muitos) para a existência de Deus. O texto apenas pressupõe Sua existên-cia (veja também Êx 3:13, 14), e, a partir desse ponto inicial, Deus como Criador, a Bíblia e toda a verdade revelada em suas páginas são mostrados.

A doutrina da criação também é fundamental para toda educação cris-tã. Tudo em que cremos como cristãos se apoia na doutrina da criação em seis dias. A Bíblia não começa com uma declaração sobre a expiação, sobre a lei, a cruz, a ressurreição nem mesmo sobre a segunda vinda de Cristo.

Ela começa com uma declaração sobre Deus como Criador, pois ne-nhum desses outros ensinamentos faz algum sentido se não considerar-mos a realidade de Deus como nosso Criador.

Portanto, uma cosmovisão bíblica deve enfatizar a importância da dou-trina da criação. Essa ênfase também se torna muito importante, pois esse ensinamento tem sofrido um ataque frontal em nome da ciência. A evo-lução – em que bilhões de anos de vida evoluíram lentamente aos trancos e barrancos, tudo por acaso – quase destruiu a fé na Bíblia para um in-contável número de pessoas. É difícil imaginar um ensino mais contrário à Bíblia e à fé cristã em geral do que a evolução. Por isso, a ideia de que a evolução pode, de alguma forma, ser harmonizada com a doutrina bíbli-ca da criação é ainda pior que a evolução ateísta. Isso não pode ser feito sem zombar da Bíblia e da fé cristã como um todo.

Deus pede que dediquemos um sétimo da nossa vida, toda semana, para nos lembrar da criação em seis dias, algo que Ele não pede em relação a nenhum outro ensinamen-to. O que isso revela sobre como essa doutrina é fundamental e importante para uma cosmovisão cristã?

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■ Domingo, 18 de outubro Ano Bíblico: Mc 13, 14

Os olhos do Senhor

Um professor da Universidade de Oxford apresentou a teoria de que nós, o mundo e tudo o que nos rodeia – nada disso é real. Em vez

disso, somos criações digitais de uma raça de alienígenas com computa-dores superpoderosos.

Embora essa seja uma teoria curiosa, ela levanta uma questão crucial: Qual é a natureza da realidade?

Existem duas possíveis respostas muito amplas, mesmo que apenas uma seja racional. A primeira é que o Universo, e tudo o que nele há, in-cluindo nós, simplesmente existe. Nada o criou, nada o formou. Ele apenas está aí. É simplesmente um fato inexplicável. Não há Deus, não há deu-ses, não há nada divino. A realidade é puramente material, puramente natural. Como foi dito há 2.500 anos (essa não é uma ideia nova), existem apenas “átomos e o vazio”.

A outra visão é que um ser (ou seres) divino criou o Universo. Isso pare-ce mais lógico, racional e sensato do que a ideia de que o Universo apenas existe, sem nenhuma explicação para ele. Essa posição abrange o mundo natural, o mundo dos “átomos e do vazio”, mas não está limitada a ele. Ela aponta para uma realidade muito mais ampla, profunda e multifacetada do que a visão ateísta-materialista tão frequente hoje.

1. O que os textos a seguir revelam sobre as ideias destacadas na lição de hoje? Sl 53:1; Pv 15:3; Jo 3:16; Is 45:21; Lc 1:26-35

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

É fundamental para toda educação cristã a realidade não apenas de Deus, mas do tipo de Deus que Ele é, um Ser pessoal que nos ama, inte-rage conosco e faz milagres em nosso favor. Embora use as leis naturais, o Senhor não está limitado por essas leis e pode transcendê-las quan-do desejar (como na concepção virginal de Jesus). O ensino dessa visão é especialmente pertinente em nossos dias, pois grande parte do mundo intelectual ensina abertamente, e sem nenhum arrependimento, a cos-movisão ateísta e naturalista, afirmando erroneamente que a ciência sus-tenta essa cosmovisão.

A cosmovisão ateísta é estreita e limitada, em contraste com a cosmovisão bíblica, que abrange o mundo natural, mas não está limitada por ele. Por que a cosmovisão bíblica, teísta, é simplesmente muito mais lógica e racional do que a sua rival ateísta?

■ Segunda, 19 de outubro Ano Bíblico: Mc 15, 16

A pergunta de Leibniz

H á muitos anos, um pensador e escritor alemão chamado Gottfried Wilhelm Leibniz fez provavelmente a pergunta mais básica e funda-

mental: “Por que há algo em vez de nada?”

2. Como os textos a seguir respondem à pergunta de Leibniz? Gn 1:1; Jo 1:1-4; Êx 20:8-11; Ap 14:6, 7; Jó 12:7-10

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

É impressionante como a existência de Deus é assumida na Bíblia. Gêne-sis 1:1 não começa com uma série de argumentos lógicos (embora existam muitos) para a existência de Deus. O texto apenas pressupõe Sua existên-cia (veja também Êx 3:13, 14), e, a partir desse ponto inicial, Deus como Criador, a Bíblia e toda a verdade revelada em suas páginas são mostrados.

A doutrina da criação também é fundamental para toda educação cris-tã. Tudo em que cremos como cristãos se apoia na doutrina da criação em seis dias. A Bíblia não começa com uma declaração sobre a expiação, sobre a lei, a cruz, a ressurreição nem mesmo sobre a segunda vinda de Cristo.

Ela começa com uma declaração sobre Deus como Criador, pois ne-nhum desses outros ensinamentos faz algum sentido se não considerar-mos a realidade de Deus como nosso Criador.

Portanto, uma cosmovisão bíblica deve enfatizar a importância da dou-trina da criação. Essa ênfase também se torna muito importante, pois esse ensinamento tem sofrido um ataque frontal em nome da ciência. A evo-lução – em que bilhões de anos de vida evoluíram lentamente aos trancos e barrancos, tudo por acaso – quase destruiu a fé na Bíblia para um in-contável número de pessoas. É difícil imaginar um ensino mais contrário à Bíblia e à fé cristã em geral do que a evolução. Por isso, a ideia de que a evolução pode, de alguma forma, ser harmonizada com a doutrina bíbli-ca da criação é ainda pior que a evolução ateísta. Isso não pode ser feito sem zombar da Bíblia e da fé cristã como um todo.

Deus pede que dediquemos um sétimo da nossa vida, toda semana, para nos lembrar da criação em seis dias, algo que Ele não pede em relação a nenhum outro ensinamen-to. O que isso revela sobre como essa doutrina é fundamental e importante para uma cosmovisão cristã?

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■ Terça, 20 de outubro Ano Bíblico: Lc 1, 2

A cosmovisão bíblica

Como dissemos na introdução da lição desta semana, nenhum de nós vê o mundo de uma posição neutra. Por exemplo, um ateu olha para o arco-

íris no Céu e não vê nada além de um fenômeno natural. Para ele, não há significado diferente daquele que o ser humano decide dar. Por outro lado, alguém que vê o arco-íris a partir da cosmovisão bíblica não enxer-ga apenas o fenômeno natural, a água e a luz interagindo, mas também uma reafirmação da promessa de Deus de não destruir o mundo novamen-te com água (Gn 9:13-16). “Como é grande a condescendência de Deus e Sua compaixão por Suas criaturas falíveis, colocando assim o belo arco- íris nas nuvens como sinal de Seu concerto com os seres humanos! [...] Era plano de Deus que, quando os filhos das gerações posteriores pergun-tassem o significado do arco glorioso que abrange os céus, seus pais re-petissem a história do dilúvio e lhes dissessem que o Altíssimo estendeu o arco e o colocou nas nuvens como uma garantia de que as águas nunca mais inundariam a Terra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 106).

Para nós, adventistas do sétimo dia, a Bíblia continua sendo o texto fundamental de nossa fé. Ela ensina a cosmovisão, o “filtro” pelo qual de-vemos ver e compreender o mundo, que pode ser um lugar muito assusta-dor e complicado. As Escrituras criam o modelo para nos ajudar a entender melhor a realidade em que nos encontramos, da qual fazemos parte, e que, muitas vezes, nos confunde e perturba.

3. Quais verdades nos textos a seguir podem nos ajudar a entender melhor a realidade em que existimos? Ef 6:12; Mc 13:7; Rm 5:8; 8:28; Ec 9:5; Ap 20:5, 6 As-sinale a alternativa correta:

A. ( ) A guerra espiritual que nos envolve, o amor de Cristo e Seu sacri-fício, a morte, a ressurreição, etc.

B. ( ) A ideia de que o diabo não existe e de que não haverá perseguição.

Como adventistas do sétimo dia, devemos seguir firmemente os ensi-namentos da Bíblia, pois essa é a verdade revelada por Deus ao ser huma-no. Ela nos explica muitas coisas sobre o mundo que, de outra forma, não conheceríamos nem entenderíamos. Portanto, toda educação cristã deve estar enraizada e fundamentada na Palavra de Deus, e todo ensino con-trário a ela deve ser rejeitado.

Quais ensinamentos da Bíblia contradizem outras crenças que as pessoas sustentam? O que essa diferença nos ensina sobre a importância de seguirmos fielmente a Pala-vra de Deus?

■ Quarta, 21 de outubro Ano Bíblico: Lc 3-5

Adorai o Redentor

Por mais crucial que a doutrina da criação seja para nossa fé, ela não aparece sozinha, especialmente no Novo Testamento. Muitas vezes ela

vem acompanhada, até mesmo indissociavelmente ligada, à doutrina da redenção. Isso se dá porque, sinceramente, neste mundo caído de pecado e morte, a criação somente não é suficiente. Vivemos, lutamos, sofremos e então, o que ocorre? Morremos, acabando, por fim, como as carcaças de animais deixadas ao lado da estrada.

Isso é grandioso?Portanto, temos também, como crucial à nossa cosmovisão, a doutri-

na da redenção – e isso significa que temos Jesus Cristo, e Ele crucifica-do, ressurreto e no centro de tudo o que cremos.

4. De acordo com João 1:1-14, quem era Jesus e o que Ele fez por nós? Assi-nale a alternativa correta:

A. ( ) Jesus foi o primeiro ser criado. Ele Se entregou na cruz por nós. B. ( ) Jesus é o Verbo encarnado de Deus. Ele é Deus, estava no princípio

com Deus, criou todas as coisas e veio para morrer por nós na cruz.

Observe também a primeira mensagem angélica: “Vi outro anjo voan-do pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se as-sentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juí-zo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7). Observe que o “evangelho eterno” está diretamente ligado a Deus como Criador. E quando percebemos que o Deus que nos criou é o mes-mo Deus que, em carne humana, levou sobre Si o castigo pelos nossos peca-dos, não é de admirar que sejamos chamados a adorá-Lo. Que outra resposta haveria de nossa parte ao percebermos quem realmente é o nosso Deus?

Por esse motivo, Cristo, e Ele crucificado, deve permanecer na frente e no centro de tudo o que ensinamos – um ensinamento que, na verdade, também deve incluir a Sua segunda vinda, pois, sem ela, a primeira vin-da de Cristo não traz todo o benefício que esperamos. Pode-se argumen-tar, nas Escrituras, que a primeira e a segunda vinda de Cristo são duas partes de um mesmo processo – o plano da salvação.

Reflita na ideia expressa em João 1, de que Aquele que fez “todas as coisas” (Jo 1:3) tam-bém morreu na cruz por nós. Por que a adoração deve ser a resposta natural e irresistível?

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■ Terça, 20 de outubro Ano Bíblico: Lc 1, 2

A cosmovisão bíblica

Como dissemos na introdução da lição desta semana, nenhum de nós vê o mundo de uma posição neutra. Por exemplo, um ateu olha para o arco-

íris no Céu e não vê nada além de um fenômeno natural. Para ele, não há significado diferente daquele que o ser humano decide dar. Por outro lado, alguém que vê o arco-íris a partir da cosmovisão bíblica não enxer-ga apenas o fenômeno natural, a água e a luz interagindo, mas também uma reafirmação da promessa de Deus de não destruir o mundo novamen-te com água (Gn 9:13-16). “Como é grande a condescendência de Deus e Sua compaixão por Suas criaturas falíveis, colocando assim o belo arco- íris nas nuvens como sinal de Seu concerto com os seres humanos! [...] Era plano de Deus que, quando os filhos das gerações posteriores pergun-tassem o significado do arco glorioso que abrange os céus, seus pais re-petissem a história do dilúvio e lhes dissessem que o Altíssimo estendeu o arco e o colocou nas nuvens como uma garantia de que as águas nunca mais inundariam a Terra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 106).

Para nós, adventistas do sétimo dia, a Bíblia continua sendo o texto fundamental de nossa fé. Ela ensina a cosmovisão, o “filtro” pelo qual de-vemos ver e compreender o mundo, que pode ser um lugar muito assusta-dor e complicado. As Escrituras criam o modelo para nos ajudar a entender melhor a realidade em que nos encontramos, da qual fazemos parte, e que, muitas vezes, nos confunde e perturba.

3. Quais verdades nos textos a seguir podem nos ajudar a entender melhor a realidade em que existimos? Ef 6:12; Mc 13:7; Rm 5:8; 8:28; Ec 9:5; Ap 20:5, 6 As-sinale a alternativa correta:

A. ( ) A guerra espiritual que nos envolve, o amor de Cristo e Seu sacri-fício, a morte, a ressurreição, etc.

B. ( ) A ideia de que o diabo não existe e de que não haverá perseguição.

Como adventistas do sétimo dia, devemos seguir firmemente os ensi-namentos da Bíblia, pois essa é a verdade revelada por Deus ao ser huma-no. Ela nos explica muitas coisas sobre o mundo que, de outra forma, não conheceríamos nem entenderíamos. Portanto, toda educação cristã deve estar enraizada e fundamentada na Palavra de Deus, e todo ensino con-trário a ela deve ser rejeitado.

Quais ensinamentos da Bíblia contradizem outras crenças que as pessoas sustentam? O que essa diferença nos ensina sobre a importância de seguirmos fielmente a Pala-vra de Deus?

■ Quarta, 21 de outubro Ano Bíblico: Lc 3-5

Adorai o Redentor

Por mais crucial que a doutrina da criação seja para nossa fé, ela não aparece sozinha, especialmente no Novo Testamento. Muitas vezes ela

vem acompanhada, até mesmo indissociavelmente ligada, à doutrina da redenção. Isso se dá porque, sinceramente, neste mundo caído de pecado e morte, a criação somente não é suficiente. Vivemos, lutamos, sofremos e então, o que ocorre? Morremos, acabando, por fim, como as carcaças de animais deixadas ao lado da estrada.

Isso é grandioso?Portanto, temos também, como crucial à nossa cosmovisão, a doutri-

na da redenção – e isso significa que temos Jesus Cristo, e Ele crucifica-do, ressurreto e no centro de tudo o que cremos.

4. De acordo com João 1:1-14, quem era Jesus e o que Ele fez por nós? Assi-nale a alternativa correta:

A. ( ) Jesus foi o primeiro ser criado. Ele Se entregou na cruz por nós. B. ( ) Jesus é o Verbo encarnado de Deus. Ele é Deus, estava no princípio

com Deus, criou todas as coisas e veio para morrer por nós na cruz.

Observe também a primeira mensagem angélica: “Vi outro anjo voan-do pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se as-sentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juí-zo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7). Observe que o “evangelho eterno” está diretamente ligado a Deus como Criador. E quando percebemos que o Deus que nos criou é o mes-mo Deus que, em carne humana, levou sobre Si o castigo pelos nossos peca-dos, não é de admirar que sejamos chamados a adorá-Lo. Que outra resposta haveria de nossa parte ao percebermos quem realmente é o nosso Deus?

Por esse motivo, Cristo, e Ele crucificado, deve permanecer na frente e no centro de tudo o que ensinamos – um ensinamento que, na verdade, também deve incluir a Sua segunda vinda, pois, sem ela, a primeira vin-da de Cristo não traz todo o benefício que esperamos. Pode-se argumen-tar, nas Escrituras, que a primeira e a segunda vinda de Cristo são duas partes de um mesmo processo – o plano da salvação.

Reflita na ideia expressa em João 1, de que Aquele que fez “todas as coisas” (Jo 1:3) tam-bém morreu na cruz por nós. Por que a adoração deve ser a resposta natural e irresistível?

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■ Quinta, 22 de outubro Ano Bíblico: Lc 6-8

A lei de Deus

Anos atrás, a França estava debatendo a questão da pena de morte: de-veria ela ser abolida? Os defensores de sua abolição contataram um

famoso escritor e filósofo francês chamado Michel Foucault e pediram que ele escrevesse um editorial em nome deles. No entanto, o que ele fez foi defender não apenas a abolição da pena de morte, mas a abolição comple-ta de todo o sistema penitenciário e a libertação dos prisioneiros.

Por quê? Porque, para Michel Foucault, todos os sistemas de morali-dade eram meramente construções humanas, ideias colocadas em práti-ca por aqueles que estavam no poder para controlar as massas. Portanto, esses códigos morais não tinham legitimidade real.

Por mais extrema que seja sua posição, o que vemos aqui é uma con-sequência lógica de um problema que não é tão novo. Moisés lidou com ele no antigo Israel há milhares de anos. “Vocês não agirão como estamos agindo aqui, cada um fazendo o que bem entende” (Dt 12:8, NVI; veja também Jz 17:6; Pv 12:15).

No entanto, se não devemos fazer o que é certo apenas aos nossos olhos – ou seja, se não somos justos, santos nem imparciais o suficiente para sa-ber o que é moralmente correto, como saber o que fazer? A resposta é que o Criador também nos deu um código moral para viver. Talvez não consi-gamos entender, mas o Senhor sempre entende.

5. O que estes textos ensinam sobre conduta moral? Dt 6:5; Mc 12:29-31; Ap 14:12

________________________________________________________________________________________________________________________________

Se quisermos tornar a redenção central em nossa cosmovisão cristã, a lei de Deus (os Dez Mandamentos) também deve ser central. Afinal, de que somos redimidos senão do pecado, que é a transgressão da lei (Rm 3:20)? O evangelho não faz sentido sem a lei de Deus. Essa é uma das razões pe-las quais sabemos que a Lei ainda é obrigatória para nós, apesar de sua in-capacidade de nos salvar. Por isso precisamos do evangelho.

Portanto, toda a educação adventista do sétimo dia deve enfatizar o que Ellen White chamou de “perpetuidade da lei” (O Grande Conflito, p. 63), que inclui o sábado. Se educar é restaurar em nós a imagem de Deus tan-to quanto possível nesta vida, então, mesmo no nível mais fundamental, a lei de Deus deve ser mantida, à luz do exemplo de Cristo, como o código moral que nos mostra o que realmente é bom aos olhos do Pai.

■ Sexta, 23 de outubro Ano Bíblico: Lc 9-11

Estudo adicional

“O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus no indivíduo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 595). Com essa

ideia em mente, podemos ver por que uma sólida cosmovisão cristã é es-sencial para a educação adventista. Afinal, como observamos anterior-mente, a educação em si não é necessariamente boa. As pessoas podem ser educadas, e até altamente instruídas, em ideias e atitudes contraditó-rias aos princípios encontrados na Bíblia. Por essa razão, como adventis-tas do sétimo dia, nosso sistema educacional deve ser fundamentado na cosmovisão cristã. Isso significa, portanto, que todos os campos gerais da educação, ciência, história, moralidade, cultura e assim por diante se-rão ensinados a partir dessa perspectiva, em oposição a um campo que a contradiz ou simplesmente a ignora. Além disso, como dito anteriormen-te, mas que vale a pena repetir: não existe uma perspectiva neutra; toda a vida, toda a realidade, é vista através dos filtros da cosmovisão de alguém, seja ela considerada ou não de modo convincente e sistemático. Portanto, é essencial que a cosmovisão bíblica forme o fundamento de toda a edu-cação adventista do sétimo dia.

Perguntas para consideração1. Existem exemplos na História em que sistemas inteiros de educação foram

(ou são) muito destrutivos? Quais foram alguns desses exemplos? O que os alunos aprendiam nesses sistemas e que lições aprendemos com eles? Como proteger nosso sistema educacional dessas influências destrutivas?

2. Analisamos alguns dos principais pontos da cosmovisão cristã: a exis-tência de Deus, a criação, a Bíblia, o plano da redenção e a lei de Deus. Quais elementos importantes devem ser incluídos na formulação com-pleta de uma cosmovisão cristã?

3. Um pensador do século 18 escreveu: “Ó consciência! Consciência! Tu, instinto divino. Tu, certo guia de um ser ignorante e confinado, embora inteligente e livre – tu, juiz infalível do bem e do mal, que faz o homem as-semelhar-se à Divindade”. O que está certo ou equivocado nessa colocação?

4. Examine esta declaração de Ellen G. White novamente: “O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus no indivíduo”. O que isso significa? Por que a educação adventista deve ser tão diferente da visão de educação do mundo?

Respostas e atividades da semana: 1. Os textos revelam que há um Deus criador, que formou o mundo e morreu para salvá-lo. 2. Jesus, o Verbo encarnado de Deus, criou todas as coisas. Ele deu existência a tudo que conhece-mos. 3. A. 4. B. 5. A verdadeira conduta moral é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

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■ Quinta, 22 de outubro Ano Bíblico: Lc 6-8

A lei de Deus

Anos atrás, a França estava debatendo a questão da pena de morte: de-veria ela ser abolida? Os defensores de sua abolição contataram um

famoso escritor e filósofo francês chamado Michel Foucault e pediram que ele escrevesse um editorial em nome deles. No entanto, o que ele fez foi defender não apenas a abolição da pena de morte, mas a abolição comple-ta de todo o sistema penitenciário e a libertação dos prisioneiros.

Por quê? Porque, para Michel Foucault, todos os sistemas de morali-dade eram meramente construções humanas, ideias colocadas em práti-ca por aqueles que estavam no poder para controlar as massas. Portanto, esses códigos morais não tinham legitimidade real.

Por mais extrema que seja sua posição, o que vemos aqui é uma con-sequência lógica de um problema que não é tão novo. Moisés lidou com ele no antigo Israel há milhares de anos. “Vocês não agirão como estamos agindo aqui, cada um fazendo o que bem entende” (Dt 12:8, NVI; veja também Jz 17:6; Pv 12:15).

No entanto, se não devemos fazer o que é certo apenas aos nossos olhos – ou seja, se não somos justos, santos nem imparciais o suficiente para sa-ber o que é moralmente correto, como saber o que fazer? A resposta é que o Criador também nos deu um código moral para viver. Talvez não consi-gamos entender, mas o Senhor sempre entende.

5. O que estes textos ensinam sobre conduta moral? Dt 6:5; Mc 12:29-31; Ap 14:12

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Se quisermos tornar a redenção central em nossa cosmovisão cristã, a lei de Deus (os Dez Mandamentos) também deve ser central. Afinal, de que somos redimidos senão do pecado, que é a transgressão da lei (Rm 3:20)? O evangelho não faz sentido sem a lei de Deus. Essa é uma das razões pe-las quais sabemos que a Lei ainda é obrigatória para nós, apesar de sua in-capacidade de nos salvar. Por isso precisamos do evangelho.

Portanto, toda a educação adventista do sétimo dia deve enfatizar o que Ellen White chamou de “perpetuidade da lei” (O Grande Conflito, p. 63), que inclui o sábado. Se educar é restaurar em nós a imagem de Deus tan-to quanto possível nesta vida, então, mesmo no nível mais fundamental, a lei de Deus deve ser mantida, à luz do exemplo de Cristo, como o código moral que nos mostra o que realmente é bom aos olhos do Pai.

■ Sexta, 23 de outubro Ano Bíblico: Lc 9-11

Estudo adicional

“O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus no indivíduo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 595). Com essa

ideia em mente, podemos ver por que uma sólida cosmovisão cristã é es-sencial para a educação adventista. Afinal, como observamos anterior-mente, a educação em si não é necessariamente boa. As pessoas podem ser educadas, e até altamente instruídas, em ideias e atitudes contraditó-rias aos princípios encontrados na Bíblia. Por essa razão, como adventis-tas do sétimo dia, nosso sistema educacional deve ser fundamentado na cosmovisão cristã. Isso significa, portanto, que todos os campos gerais da educação, ciência, história, moralidade, cultura e assim por diante se-rão ensinados a partir dessa perspectiva, em oposição a um campo que a contradiz ou simplesmente a ignora. Além disso, como dito anteriormen-te, mas que vale a pena repetir: não existe uma perspectiva neutra; toda a vida, toda a realidade, é vista através dos filtros da cosmovisão de alguém, seja ela considerada ou não de modo convincente e sistemático. Portanto, é essencial que a cosmovisão bíblica forme o fundamento de toda a edu-cação adventista do sétimo dia.

Perguntas para consideração1. Existem exemplos na História em que sistemas inteiros de educação foram

(ou são) muito destrutivos? Quais foram alguns desses exemplos? O que os alunos aprendiam nesses sistemas e que lições aprendemos com eles? Como proteger nosso sistema educacional dessas influências destrutivas?

2. Analisamos alguns dos principais pontos da cosmovisão cristã: a exis-tência de Deus, a criação, a Bíblia, o plano da redenção e a lei de Deus. Quais elementos importantes devem ser incluídos na formulação com-pleta de uma cosmovisão cristã?

3. Um pensador do século 18 escreveu: “Ó consciência! Consciência! Tu, instinto divino. Tu, certo guia de um ser ignorante e confinado, embora inteligente e livre – tu, juiz infalível do bem e do mal, que faz o homem as-semelhar-se à Divindade”. O que está certo ou equivocado nessa colocação?

4. Examine esta declaração de Ellen G. White novamente: “O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus no indivíduo”. O que isso significa? Por que a educação adventista deve ser tão diferente da visão de educação do mundo?

Respostas e atividades da semana: 1. Os textos revelam que há um Deus criador, que formou o mundo e morreu para salvá-lo. 2. Jesus, o Verbo encarnado de Deus, criou todas as coisas. Ele deu existência a tudo que conhece-mos. 3. A. 4. B. 5. A verdadeira conduta moral é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

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Anotações

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ESBOÇO

Não podemos passar o dia todo analisando ou testando a veracidade das crenças que defendemos. Temos emprego, família e responsabilidades que geralmente nos impedem de filosofar em tempo integral. Em um ponto da vida, estabelecemos um número essen-cial de princípios que consideramos verdadeiros. Tais princípios são amplos em seu es-copo e em geral abordam temas como origem, significado, moralidade e destino. Juntos, formarão nossa cosmovisão. Essa visão de mundo se torna uma lente através da qual ve-mos o mundo e processamos, incorporamos ou testamos novas informações à medida que chegam a nós.

Esta lição focaliza a necessidade de ensinar uma cosmovisão bíblica e contrasta essa necessidade com uma visão de mundo naturalista/materialista (isto é, a ideia de que não existe nada de sobrenatural, e tudo pode ser explicado e reduzido à física e química). Por outro lado, no cerne da cosmovisão bíblica está a proposição de que Deus existe, e de que Ele é um Deus pessoal que Se envolve com Sua criação. Seu poder criativo explica o Universo material, inclusive nós. Seu poder redentivo revela a natureza de Seu amor, exi-be Seus propósitos restauradores para o Universo e para a humanidade e assegura nosso futuro. As visões de mundo que se afastam do testemunho bíblico, como a teoria evolu-cionista naturalista, podem facilmente minar o valor do ser humano. É possível constatar isso claramente nos exemplos a seguir.

COMENTÁRIO

Ilustração“Cosmovisão” é uma das palavras que são propagadas como sendo de grande impor-

tância. Mas, como parece que tudo vai bem na vida sem a necessidade de se depender dela, há a tentação de acreditar que sua importância é superestimada. É verdade; passear com um amigo, discutindo sobre isso ou aquilo, raramente ocasiona uma conversa sobre os primeiros princípios da lógica ou de paradigmas éticos concorrentes. Mas permita que esse passeio o leve pela Blutstraße (estrada de sangue) até o Memorial Buchenwald na Alemanha, e então as visões de mundo assumirão um significado assustador. Buchenwald, juntamente com outros campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, fa-zia parte do mecanismo de extermínio nazista dedicado a matar judeus, dissidentes polí-ticos, ciganos e outros “indesejáveis”.

Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto, explica as origens desse pesadelo: “Se apre-sentarmos a alguém um conceito de ser humano que não é verdadeiro, podemos muito bem corrompê-lo. [...] Eu conheci o estágio mais elevado dessa distorção em meu segundo

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RESUMO DA LIÇÃO 4

Os olhos do Senhor: a cosmovisão bíblica

ESBOÇO

Não podemos passar o dia todo analisando ou testando a veracidade das crenças que defendemos. Temos emprego, família e responsabilidades que geralmente nos impedem de filosofar em tempo integral. Em um ponto da vida, estabelecemos um número essen-cial de princípios que consideramos verdadeiros. Tais princípios são amplos em seu es-copo e em geral abordam temas como origem, significado, moralidade e destino. Juntos, formarão nossa cosmovisão. Essa visão de mundo se torna uma lente através da qual ve-mos o mundo e processamos, incorporamos ou testamos novas informações à medida que chegam a nós.

Esta lição focaliza a necessidade de ensinar uma cosmovisão bíblica e contrasta essa necessidade com uma visão de mundo naturalista/materialista (isto é, a ideia de que não existe nada de sobrenatural, e tudo pode ser explicado e reduzido à física e química). Por outro lado, no cerne da cosmovisão bíblica está a proposição de que Deus existe, e de que Ele é um Deus pessoal que Se envolve com Sua criação. Seu poder criativo explica o Universo material, inclusive nós. Seu poder redentivo revela a natureza de Seu amor, exi-be Seus propósitos restauradores para o Universo e para a humanidade e assegura nosso futuro. As visões de mundo que se afastam do testemunho bíblico, como a teoria evolu-cionista naturalista, podem facilmente minar o valor do ser humano. É possível constatar isso claramente nos exemplos a seguir.

COMENTÁRIO

Ilustração“Cosmovisão” é uma das palavras que são propagadas como sendo de grande impor-

tância. Mas, como parece que tudo vai bem na vida sem a necessidade de se depender dela, há a tentação de acreditar que sua importância é superestimada. É verdade; passear com um amigo, discutindo sobre isso ou aquilo, raramente ocasiona uma conversa sobre os primeiros princípios da lógica ou de paradigmas éticos concorrentes. Mas permita que esse passeio o leve pela Blutstraße (estrada de sangue) até o Memorial Buchenwald na Alemanha, e então as visões de mundo assumirão um significado assustador. Buchenwald, juntamente com outros campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, fa-zia parte do mecanismo de extermínio nazista dedicado a matar judeus, dissidentes polí-ticos, ciganos e outros “indesejáveis”.

Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto, explica as origens desse pesadelo: “Se apre-sentarmos a alguém um conceito de ser humano que não é verdadeiro, podemos muito bem corrompê-lo. [...] Eu conheci o estágio mais elevado dessa distorção em meu segundo

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campo de concentração, Auschwitz. As câmaras de gás de Auschwitz foram a consequên-cia última da teoria de que o ser humano não é senão o produto da hereditariedade e do meio, ou, como os nazistas costumavam dizer, do ‘Sangue e Solo’. Estou absolutamente convencido de que, em última análise, as câmaras de gás de Auschwitz, Treblinka e Mai-danek foram preparadas não em algum ministério [departamento] em Berlim, mas nas mesas e nas salas de aula de cientistas e filósofos niilistas” (Viktor Frankl, The Doctor and the Soul: From Psychotherapy to Logotherapy [O Médico e a Alma: Da Psicoterapia à Logo-terapia]. Nova York: Random House, 1986, p. xxvii).

É por isso que a cosmovisão é importante. Ela pode moldar uma realidade na qual a luz se torna escuridão, e a escuridão, luz; na qual o mal é bem e o bem é mal (Is 5:20). É in-gênuo e tacanho explicar atrocidades simplesmente chamando os autores de “monstros” ou algum outro epíteto desumanizador, sem entender por que as pessoas executam de-terminadas ações. Muitos “monstros” da história demostravam amor por sua esposa e fi-lhos, contavam piadas aos amigos, balançavam seus netos sorridentes e continuavam a se levantar todas as manhãs para realizar as atrocidades do dia. É por isso que as visões de mundo são importantes. E é por isso que a resposta para a pergunta do salmista, “que é o homem, que dele te lembres?” (Sl 8:4), deve sempre começar com: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27).

Existe alguma religião ou sistema filosófico que valorize a vida humana mais do que a proposição do cristianismo de que os seres humanos são amados e foram criados segun-do a semelhança divina? Essa verdade está vinculada à crença de que os cristãos, inclusi-ve os adventistas do sétimo dia, são, de certo modo, os protetores do valor e da dignidade do ser humano e devem atacar visões de mundo concorrentes, organizando uma visão ele-vada do que significa ser humano.

Alguns podem pensar que é uma ilusão de grandeza presumir que a dignidade da hu-manidade precisa ser defendida no século 21. Mas o (pós) secularismo tem dificuldade em fundamentar o valor humano objetivo (ou qualquer coisa “objetiva”). Em um famoso deba-te entre o apologista cristão Greg Bahnsen e o ateu Gordon Stein, alguém perguntou por que “a Alemanha de Hitler” estava errada. Stein, representando a posição ateísta, não po-deria ter dado melhor resposta ao dizer que o que Hitler fez foi contra o “consenso” mo-ral da civilização ocidental. Basicamente, ele estava errado porque a civilização ocidental havia decidido anteriormente que comportamentos dessa natureza (por exemplo, o geno-cídio) estavam errados. Dentro dessa visão moral de mundo, se a decisão tivesse toma-do a direção oposta por algum motivo, tudo o que foi feito pelos nazistas poderia ter sido facilmente considerado moral. Lembre-se, Gordon Stein não é um propagandista nazista da década de 1930. Ele é um estudioso americano judeu que participou de um debate na Universidade da Califórnia, Irvine, EUA, no ano de 1985. Observe que nem Stein nem os nazistas concordam com uma visão de mundo que defenda o valor intrínseco da humani-dade. O conceito de Stein de moralidade determinada pela maioria tem tanta eficácia em conter o mal quanto um tigre de papel. Por fim, quem apoia essa cosmovisão moral con-cluirá logicamente que não há nenhuma obrigação moral objetiva de acompanhar a maio-ria e fará “cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos” (ver Pv 21:2, Dt 12:8, Jz 21:25).

Não é de se surpreender que governos ou indivíduos perversos vêm e vão; o que é des-concertante é que as visões centrais de mundo que os moldaram ainda podem ser ouvi-das “nas mesas e nas salas de aula de cientistas e filósofos niilistas”.

Visões de mundo e leiA maioria das pessoas admite que apoia visões de mundo que incentivam alguma for-

ma de observância da lei. No entanto, se o conceito de observância da lei for influencia-do principalmente pelos códigos legais de seus países, pode haver uma diferença crucial entre o entendimento judaico-cristão da lei e outras fórmulas.

O Dr. Joel Hoffman destaca uma diferença raramente mencionada entre os Dez Man-damentos e outros códigos legais. Ele faz uma ilustração de um adolescente sem es-crúpulos que planeja garantir seu futuro financeiro casando-se com uma mulher mais velha e rica, matando-a e enfrentando 7 a 12 anos de prisão. Ele pesa as consequências e conclui que sairia da prisão com cerca de 30 anos, mas seria rico pelo resto da vida. Ele decide que vale a pena. Hoffman então diz que não há nada no corpo da lei ameri-cana que diga que ele não tenha o direito de fazer esse cálculo. Em nenhum lugar a lei americana declara que, se ele estiver disposto a cumprir a pena, ainda assim não deve cometer o crime.

É aqui que os Dez Mandamentos se destacam, precisamente porque não declaram con-sequências específicas por sua desobediência. Eles são a lei moral, não uma lei jurídica. Naturalmente, mais tarde, esses mandamentos também constituíram o código legal da nação de Israel. Mas eles nos dizem o que fazer e o que não fazer não para evitar certas consequências específicas, mas porque Deus está comunicando o que é moralmente cer-to e o que é moralmente errado, algo que a lei americana não faz (a América é provavel-mente representativa de outros países nesse sentido). Talvez seja por isso também que os Dez Mandamentos não sejam apresentados como “mandamentos”, mitsvot, mas como “pa-lavras”, debarim (Êx 20:1; ver Joel M. Hoffman, Interpreting Language [Interpretando a Lin-guagem], citado em 22 dez de 2018. <https://www.youtube.com/watch?v=ek_q0qvfBqE.>).

Como cristãos adventistas do sétimo dia, na posição de instrutores, precisamos co-municar a singularidade da lei divina para a próxima geração. Muitas vezes contextuali-zamos os Dez Mandamentos como um código legal para “assustar” os jovens e os levar à obediência, mas, ao fazermos isso, podemos destituir a lei de Deus de sua autoridade moral única. Qualquer tirano tolo pode fazer uma lei por capricho e ordenar subserviên-cia sob pena de morte. Em vez de motivar as pessoas a obedecer às leis de Deus listan-do consequências graves, talvez nós, como instrutores, possamos comunicar o privilégio de conhecer e entender o que é a lei moral de Deus (e do Universo). E isso é apenas o co-meço. Ter essas leis e princípios morais inscritos no coração e na mente pelo Espírito de Deus, para que possamos refletir Seu caráter, é um privilégio quase além da compreen-são, sem mencionar as tremendas e inúmeras bênçãos que resultam desse procedimen-to (Jr 31:35; Rm 8:4). Compare isso com a moralidade massivamente confusa do mundo e sua consequente dor, e seria de se esperar que as pessoas ansiassem aprender as leis de Deus e, então, tivessem a vida transformada por elas (Is 60:1-3; Mq 4:2).

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campo de concentração, Auschwitz. As câmaras de gás de Auschwitz foram a consequên-cia última da teoria de que o ser humano não é senão o produto da hereditariedade e do meio, ou, como os nazistas costumavam dizer, do ‘Sangue e Solo’. Estou absolutamente convencido de que, em última análise, as câmaras de gás de Auschwitz, Treblinka e Mai-danek foram preparadas não em algum ministério [departamento] em Berlim, mas nas mesas e nas salas de aula de cientistas e filósofos niilistas” (Viktor Frankl, The Doctor and the Soul: From Psychotherapy to Logotherapy [O Médico e a Alma: Da Psicoterapia à Logo-terapia]. Nova York: Random House, 1986, p. xxvii).

É por isso que a cosmovisão é importante. Ela pode moldar uma realidade na qual a luz se torna escuridão, e a escuridão, luz; na qual o mal é bem e o bem é mal (Is 5:20). É in-gênuo e tacanho explicar atrocidades simplesmente chamando os autores de “monstros” ou algum outro epíteto desumanizador, sem entender por que as pessoas executam de-terminadas ações. Muitos “monstros” da história demostravam amor por sua esposa e fi-lhos, contavam piadas aos amigos, balançavam seus netos sorridentes e continuavam a se levantar todas as manhãs para realizar as atrocidades do dia. É por isso que as visões de mundo são importantes. E é por isso que a resposta para a pergunta do salmista, “que é o homem, que dele te lembres?” (Sl 8:4), deve sempre começar com: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27).

Existe alguma religião ou sistema filosófico que valorize a vida humana mais do que a proposição do cristianismo de que os seres humanos são amados e foram criados segun-do a semelhança divina? Essa verdade está vinculada à crença de que os cristãos, inclusi-ve os adventistas do sétimo dia, são, de certo modo, os protetores do valor e da dignidade do ser humano e devem atacar visões de mundo concorrentes, organizando uma visão ele-vada do que significa ser humano.

Alguns podem pensar que é uma ilusão de grandeza presumir que a dignidade da hu-manidade precisa ser defendida no século 21. Mas o (pós) secularismo tem dificuldade em fundamentar o valor humano objetivo (ou qualquer coisa “objetiva”). Em um famoso deba-te entre o apologista cristão Greg Bahnsen e o ateu Gordon Stein, alguém perguntou por que “a Alemanha de Hitler” estava errada. Stein, representando a posição ateísta, não po-deria ter dado melhor resposta ao dizer que o que Hitler fez foi contra o “consenso” mo-ral da civilização ocidental. Basicamente, ele estava errado porque a civilização ocidental havia decidido anteriormente que comportamentos dessa natureza (por exemplo, o geno-cídio) estavam errados. Dentro dessa visão moral de mundo, se a decisão tivesse toma-do a direção oposta por algum motivo, tudo o que foi feito pelos nazistas poderia ter sido facilmente considerado moral. Lembre-se, Gordon Stein não é um propagandista nazista da década de 1930. Ele é um estudioso americano judeu que participou de um debate na Universidade da Califórnia, Irvine, EUA, no ano de 1985. Observe que nem Stein nem os nazistas concordam com uma visão de mundo que defenda o valor intrínseco da humani-dade. O conceito de Stein de moralidade determinada pela maioria tem tanta eficácia em conter o mal quanto um tigre de papel. Por fim, quem apoia essa cosmovisão moral con-cluirá logicamente que não há nenhuma obrigação moral objetiva de acompanhar a maio-ria e fará “cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos” (ver Pv 21:2, Dt 12:8, Jz 21:25).

Não é de se surpreender que governos ou indivíduos perversos vêm e vão; o que é des-concertante é que as visões centrais de mundo que os moldaram ainda podem ser ouvi-das “nas mesas e nas salas de aula de cientistas e filósofos niilistas”.

Visões de mundo e leiA maioria das pessoas admite que apoia visões de mundo que incentivam alguma for-

ma de observância da lei. No entanto, se o conceito de observância da lei for influencia-do principalmente pelos códigos legais de seus países, pode haver uma diferença crucial entre o entendimento judaico-cristão da lei e outras fórmulas.

O Dr. Joel Hoffman destaca uma diferença raramente mencionada entre os Dez Man-damentos e outros códigos legais. Ele faz uma ilustração de um adolescente sem es-crúpulos que planeja garantir seu futuro financeiro casando-se com uma mulher mais velha e rica, matando-a e enfrentando 7 a 12 anos de prisão. Ele pesa as consequências e conclui que sairia da prisão com cerca de 30 anos, mas seria rico pelo resto da vida. Ele decide que vale a pena. Hoffman então diz que não há nada no corpo da lei ameri-cana que diga que ele não tenha o direito de fazer esse cálculo. Em nenhum lugar a lei americana declara que, se ele estiver disposto a cumprir a pena, ainda assim não deve cometer o crime.

É aqui que os Dez Mandamentos se destacam, precisamente porque não declaram con-sequências específicas por sua desobediência. Eles são a lei moral, não uma lei jurídica. Naturalmente, mais tarde, esses mandamentos também constituíram o código legal da nação de Israel. Mas eles nos dizem o que fazer e o que não fazer não para evitar certas consequências específicas, mas porque Deus está comunicando o que é moralmente cer-to e o que é moralmente errado, algo que a lei americana não faz (a América é provavel-mente representativa de outros países nesse sentido). Talvez seja por isso também que os Dez Mandamentos não sejam apresentados como “mandamentos”, mitsvot, mas como “pa-lavras”, debarim (Êx 20:1; ver Joel M. Hoffman, Interpreting Language [Interpretando a Lin-guagem], citado em 22 dez de 2018. <https://www.youtube.com/watch?v=ek_q0qvfBqE.>).

Como cristãos adventistas do sétimo dia, na posição de instrutores, precisamos co-municar a singularidade da lei divina para a próxima geração. Muitas vezes contextuali-zamos os Dez Mandamentos como um código legal para “assustar” os jovens e os levar à obediência, mas, ao fazermos isso, podemos destituir a lei de Deus de sua autoridade moral única. Qualquer tirano tolo pode fazer uma lei por capricho e ordenar subserviên-cia sob pena de morte. Em vez de motivar as pessoas a obedecer às leis de Deus listan-do consequências graves, talvez nós, como instrutores, possamos comunicar o privilégio de conhecer e entender o que é a lei moral de Deus (e do Universo). E isso é apenas o co-meço. Ter essas leis e princípios morais inscritos no coração e na mente pelo Espírito de Deus, para que possamos refletir Seu caráter, é um privilégio quase além da compreen-são, sem mencionar as tremendas e inúmeras bênçãos que resultam desse procedimen-to (Jr 31:35; Rm 8:4). Compare isso com a moralidade massivamente confusa do mundo e sua consequente dor, e seria de se esperar que as pessoas ansiassem aprender as leis de Deus e, então, tivessem a vida transformada por elas (Is 60:1-3; Mq 4:2).

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Aplicação para a vida1. Que diferentes visões de mundo na atualidade deixam uma porta aberta para que o mal e a tirania tenham apoio na sociedade? Como se explica que pessoas extremamente bondosas possam aderir a essas visões de mundo?

2. Frankl fornece uma definição de ser humano e as consequências dessa defini-ção: “Quando apresentamos o ser humano como um autômato que funciona por re-flexos, como uma máquina mental, como um feixe de instintos, como um fantoche de impulsos e reações, como um mero produto do instinto, hereditariedade e meio, alimentamos o niilismo ao qual o homem moderno está, de algum modo, pro-penso.” De que maneira a teoria da evolução apoia essa perigosa visão de mundo?

3. A cosmovisão cristã sustenta uma visão elevada da humanidade. Eis duas razões para tal:A. Somos criados por Deus; portanto, somos Dele e devemos ser tratados de acordo

com Seus critérios, não de outra pessoa (Is 43:1).B. Somos redimidos pelo sangue do Filho de Deus e, portanto, nosso valor não se pode

mensurar (Ap 5:9).Cite alguns males com os quais somos atormentados social e individualmente que pelo

menos começariam a ser solucionados se as duas verdades bíblicas acima fossem incor-poradas à visão de mundo do indivíduo.

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Aplicação para a vida1. Que diferentes visões de mundo na atualidade deixam uma porta aberta para que o mal e a tirania tenham apoio na sociedade? Como se explica que pessoas extremamente bondosas possam aderir a essas visões de mundo?

2. Frankl fornece uma definição de ser humano e as consequências dessa defini-ção: “Quando apresentamos o ser humano como um autômato que funciona por re-flexos, como uma máquina mental, como um feixe de instintos, como um fantoche de impulsos e reações, como um mero produto do instinto, hereditariedade e meio, alimentamos o niilismo ao qual o homem moderno está, de algum modo, pro-penso.” De que maneira a teoria da evolução apoia essa perigosa visão de mundo?

3. A cosmovisão cristã sustenta uma visão elevada da humanidade. Eis duas razões para tal:A. Somos criados por Deus; portanto, somos Dele e devemos ser tratados de acordo

com Seus critérios, não de outra pessoa (Is 43:1).B. Somos redimidos pelo sangue do Filho de Deus e, portanto, nosso valor não se pode

mensurar (Ap 5:9).Cite alguns males com os quais somos atormentados social e individualmente que pelo

menos começariam a ser solucionados se as duas verdades bíblicas acima fossem incor-poradas à visão de mundo do indivíduo.