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Práticas de Planejamento Tributário

Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani

Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani – [email protected]

Rescisão de contrato de trabalho: modalidades

Rescisão de contrato de trabalho é a formalização do término de um vínculo

empregatício. Por meio dele, é anulado um acordo de trabalho por vontade da

empresa ou do funcionário.

Para que esse processo seja válido, é preciso preencher um documento chamado

TRCT — termo de rescisão de contrato de trabalho. Nele, constarão as informações

pessoais do trabalhador, as datas de sua admissão e demissão e o registro de todos

os valores que devem ser pagos por causa dessa revogação.

Um detalhe importante é a obrigação da homologação do TRCT caso o trabalhador

tenha mais de um ano de tempo de serviço, pelo sindicato da categoria do ex-

funcionário ou pela Delegacia Regional do Trabalho.

Tipos de demissão

Demissão por justa causa

Essa forma de rescisão de contrato se desdobra em duas outras.

Justa causa por parte da empresa

De acordo com a lei trabalhista esse tipo de rescisão ocorre quando um funcionário

toma alguma ação indevida, como abuso de confiança, má-fé ou fraude. Essa atitude

é considerada um desrespeito grave às normas estabelecidas pela CLT e o

empregador pode romper o contrato de trabalho.

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Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani

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Além disso, a empresa não é obrigada a pagar os direitos trabalhistas como:

férias proporcionais;

aviso prévio;

multa de 40% sobre o FGTS.

Justa causa por parte do trabalhador

Quando a empresa não cumpre os termos que regem o contrato de trabalho, o

funcionário pode pedir demissão indireta. Algumas situações que justificam essa

anulação do vínculo empregatício são: sobrecarga na jornada de trabalho, assédio

moral e a exposição do funcionário ao risco de vida.

Caso fique comprovada essa grave conduta por parte da instituição, o funcionário tem

o direito de receber:

saldo de salários não pagos;

saque do FGTS;

multa de 40%;

férias vencidas acrescidas de 1/3;

13 ° salário proporcional.

Demissão sem justa causa

Nesse caso, o empregador não tem mais interesse nos serviços prestados pelo

trabalhador e, por isso, decide romper a relação contratual. Para que isso aconteça, o

funcionário precisa ser notificado 30 dias antes de sua demissão.

As verbas rescisórias a serem pagas serão:

férias proporcionais e vencidas;

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Práticas de Planejamento Tributário

Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani

Profa. Dra. Silvia Mara Novaes Sousa Bertani – [email protected]

13° salário proporcional;

saldo de salário;

horas extras;

multa de 40% sobre o saldo do FGTS.

Culpa recíproca

Esse tipo de rescisão de contrato é raro e acontece quando tanto o

empregador quanto o empregado cometem, ao mesmo tempo, uma falta grave. Por

exemplo: em um mesmo período, a empresa e o funcionário fizeram manobras

fraudulentas um contra o outro.

Embora seja uma situação incomum, a CLT revela quais são as medidas legais para

esse caso. De acordo com esse dispositivo, a justiça do trabalho reduzirá pela metade

a indenização que a empresa pagaria se fosse a única culpada

pela rescisão contratual.

Demissão consensual

A demissão consensual é fruto do novo texto da reforma trabalhista. Nesse tipo

de rescisão empresa e o empregado resolvem acabar, juntos, com

o contrato de trabalho.

Nesse novo cenário, a instituição paga uma quantidade maior de direitos do que se o

empregado pedisse demissão. Por outro lado, menos do que pagaria se tomasse a

iniciativa de demiti-lo. Nesse modelo de rescisão, a empresa é obrigada a quitar:

metade do aviso prévio;

80% do valor do FGTS;

20% da multa do FGTS.

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Contudo, o funcionário não tem direito ao seguro-desemprego.

O aviso prévio

O aviso prévio é uma proteção jurídica tanto para o empregador como para o

empregado.

Desse modo, a empresa recebe um prazo para procurar um novo funcionário e o

colaborador para procurar outro emprego. Na lei trabalhista são listados os períodos

de aviso prévio a serem cumpridos. Eles variam de acordo com o recebimento do

pagamento do colaborador.

Caso, o funcionário ganhe o seu salário mensalmente, o aviso prévio deverá ser de

30 dias. Durante esse período, a empresa deverá indenizar o trabalhador, mesmo que

o dispense e não exija o cumprimento do aviso prévio. Por outro lado, se o colaborador

não respeitar essa obrigação, a instituição pode descontar o valor do aviso prévio nas

verbas rescisórias.

Com a reforma trabalhista foram adicionadas algumas normas ao aviso prévio. Com

essa normativa, além dos 30 dias, o funcionário deve receber mais 3 dias por ano

trabalhado na empresa.

Por exemplo, digamos que um colaborador labutou em uma organização por 20 anos.

Quando for cumprir o aviso prévio, ele receberá um valor referente a 90 dias.

Porém, esse é o limite máximo para o pagamento desse direito. Quanto ao

empregador, os procedimentos continuam os mesmos.