praticas de imobilizações

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Definição “Manter um membro, ou apenas um segmento de um membro, imóvel, em repouso, e em posição correta.” Finalidades Tratamento de Emergência (imobilizações provisórias) Tratamento Definitivo (imobilizações definitivas) Reabilitação Imobilizações Provisórias Podem ser aplicadas no momento do traumatismo Reduzem a dor do paciente Reduzem a lesão nervosa e vascular, evitando compressão de vasos e nervos entre os fragmentos e evitando estiramentos pelo aumento da angulação do local da fratura Reduzem o risco de conversão inadvertida de uma fratura fechada em uma fratura exposta Facilitam o transporte do paciente e a realização de radiografias Podem ser divididas em? Tipóia: usada para imobilização de descanso de membro superior. Colar: usado para imobilização da coluna cervical.

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Técnicas, praticas das realizações dos procedimentos de imobilização de membros fraturados.

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Page 1: Praticas de imobilizações

Definição

“Manter um membro, ou apenas um segmento de um membro, imóvel, em repouso, e

em posição correta.”

Finalidades

Tratamento de Emergência (imobilizações provisórias)

Tratamento Definitivo (imobilizações definitivas)

Reabilitação

Imobilizações Provisórias

Podem ser aplicadas no momento do traumatismo

Reduzem a dor do paciente

Reduzem a lesão nervosa e vascular, evitando compressão de vasos e nervos entre os

fragmentos e evitando estiramentos pelo aumento da angulação do local da fratura

Reduzem o risco de conversão inadvertida de uma fratura fechada em uma fratura

exposta

Facilitam o transporte do paciente e a realização de radiografias

Podem ser divididas em?

Tipóia: usada para imobilização de descanso de membro superior.

Colar: usado para imobilização da coluna cervical.

Apoio: imobilização de apoio e estabilização para o membro acometido.

Tração: diminui a dor do traumatizado durante o transporte.

Tala maleável: imobilização de segmento traumatizado.

Prancha: imobilização da coluna vertebral.

Page 2: Praticas de imobilizações

Imobilizações Definitivas não Gessadas

Enfaixamento clavicular “em oito”

Destina-se à imobilização da região clavicular, ao mesmo tempo em que mantém uma

posição favorável do ombro nas fraturas de clavícula.

Enfaixamento em MJ

Enfaixamento Toracobraquial (Velpeau)

Destina-se à imobilização da região escapulo-umeral, indicado nas luxações

glenoumerais (após redução), nas fraturas do colo do úmero e da escápula.a-se à

imobilização da articulação escápulo-umeral.

Histórico

3.000 A.C. - Imhotep, autor egípcio de um papiro, descreveu a redução e fixação de

fraturas por meio de talas de madeira e bandagens.

1852 – Antonius Mathijsen, cirurgião militar holandês, relatou o uso de bandagens

gessadas para fixar fraturas.

1852 - Pirogov, cirurgiãomilitarrusso, enfatizou a imobilização de fraturas antes do

transporte de feridos.

1967 - Sarmiento, cirurgião ortopédico de Miami, aplicou princípios protéticos e

ortótico são desenvolvimento de sistemas de fixação de fraturas de extremidades

superiores e inferiores.

Imobilizações Definitivas Gessadas

Bandagens de gesso: rolo de gaze, endurecida por um tipo de amido e impregnada por

sulfato de cálcio semihidratado.

(CaSO4 x H2O + H2O = CaSO4 x 2H2O + Calor)

Imobilizações Definitivas Gessadas

Imobilizar uma fratura já reduzida.

Imobilizar segmento corpóreo com traumatismo, mesmo sem fratura.

Page 3: Praticas de imobilizações

Imobilizar segmento osteo articular com processo infeccioso.

Imobilizar mantendo correção de deformidades.

Imobilizar uma região operada.

Goteiras (ou Calhas) Gessadas – devem recobrir ¾ da circunferência do membro.

Aparelhos Gessados – devem recobrir a totalidade da circunferência do membro.

Goteiras Gessadas

Antebraquiopalmar

Destina-se à imobilização do terço distal do antebraço e do punho, indicada nas

contusões e torções do punho.

Antebraquiopalmar em garrafa

Destina-se à imobilização do terço distal do antebraço e o punho, indicada nas fraturas

de metacarpos, nas contusões e torções do punho.

Axilopalmar

Destina-se à imobilização de todo o cotovelo, antebraço e punho, em fraturas do

antebraço, cotovelo e úmero distal.

“Pinça de confeiteiro”

Destina-se à imobilização do braço por ação da goteira e, ao mesmo tempo, através da

tração exercida no braço pelo peso do gesso. Indicada nas fraturas do terço médio do

úmero.

Suropodálica

Destina-se à imobilização do pé, do tornozelo e do terço distal da perna. Aplicada em

fraturas dos ossos do pé e do tornozelo; nas distensões e contusões do tornozelo.

Inguinopodálica

Destina-se à imobilização provisória do membro inferior; indicada nas fraturas dos

ossos da perna e patela.

Inguinomaleolar

Page 4: Praticas de imobilizações

Destina-se à imobilização provisória do membro inferior; indicada nas luxações do

joelho e da patela (após redução), nas fraturas da patela, nas entorses de joelho e nas

contusões da perna, joelho e coxa.

Aparelhos Gessados

Minerva

Destina-se à imobilização da coluna cervical e coluna dorsal alta.

Colete Gessado

Destina-se à imobilização da coluna dorsal baixa e lombar.

Toracobraquial

Destina-se à imobilização da cintura escapular e úmero, em fraturas de úmero proximal

e luxação gleno-umeral posterior.

Axilopalmar

Destina-se à imobilização do cotovelo e ossos do antebraço, em fraturas de úmero

distal, ossos do antebraço e punho.

Axilopalmar“pendente”

Destina-se à imobilização e alinhamento dos fragmentos ósseos do úmero.

Axilopalmar“em cartucho”

Destina-se à imobilização do cotovelo nas fraturas supracondilianas em crianças.

Antebraquiomanual “para escafóide”

Destina-se à imobilização do punho juntamente com a primeira falange do polegar, com

o intuito de não permitir mobilidade nos casos de fratura de escafóide.

Antebraquiopalmar

Destina-se à imobilização em posição funcional da articulação do punho e ossos do

carpo.

Antebraquiopalmar em garrafa

Destina-se à imobilização em posição funcional da articulação dos ossos do carpo e

metacarpos.

Page 5: Praticas de imobilizações

Pelvipodálico

Destina-se à imobilização da articulação coxo-femoral e fêmur, em fraturas de fêmur

em crianças e algumas patologias como Doença Displásica do Quadril.

Inguinomaleolar

Destina-se à imobilização da articulação do joelho.

Inguinopodálico

Destina-se à imobilização da articulação do joelho e da perna.

Suropodálico

Destina-se à imobilização do tornozelo, articulações e ossos do pé.

Aparelhos Gessados para Reabilitação

Gesso para Pé Torto Congênito

Destina-se à correção de deformidades e imobilização pós-operatória.

Complicações

Úlcera decorrente de saliências internas no aparelho gessado.

Efeitos térmicos do gesso.

Tromboflebite e posição em equino.

Infecção secundária, incluindo gangrena gasosa.

Necrose muscular isquêmica decorrente de síndrome compartimental.

Reações alérgicas ao gesso.

Bibliografia

Técnicas de Imobilizações – de Camargo F.P.; Fusco E.B.; CarazzatoJ.G.

Fraturas em Adultos –Rockwood,Jr C.A.; Green D.P.; BucholzR.W.; Vol. 1; 3 Ed.

Emergências Médicas – TintinalliJ.E.; Ruiz E.; Krome R. L.; 4 Ed

Cruropodalico ( iguinopalico )

Page 6: Praticas de imobilizações

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o Membro lesionado em um apoio

ou com um ajudante Segurando. Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da

pontado dedão (halux) até a raiz da coxa, 2º colocar algodão em toda extensão do

membro em especial nas saliências ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre

começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o

gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura do terço médio e proximal da perna e do terço distal do fêmur.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 15 ou 20 cm Bota gessada PTB

Suropodálica

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o membro lesionado estendido e

tornozelo em 90º neutro.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da pontado dedão(halux) até acima do

joelho, 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências

ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o gesso e

mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação. Indicações; fratura do terço

médio e distal da perna

Tamanho da atadura gessada Indicada; 15 ou 20 cm Bota gessada

( suropodálica )Posição do paciente; sentado na beira da maca com o membro lesionado

estendido e tornozelo em 90º neutro. Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da

pontado dedão(halux) até o joelho, 2º colocar algodão em toda extensão do membro em

especial nas saliências ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal

para proximal. Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o

gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação. Indicações; fratura do

terço médio e distal da perna e dos ossos do tarso ( pé ) Tamanho da atadura gessada

Indicada; 15 ou 20 cm

Luva gessada ( antebraquio manual )

Page 7: Praticas de imobilizações

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado

estendido.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da articulação metacarpo falangeana

até a prega do cotovelo; 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial

nas saliências ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para

proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer

bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura do terço distal do antebraço e nas tendinites do punho.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 cm

Axilo palmar gessado ( braquio palmar )

Posição do paciente; sentado na maca ou em um banco com o cotovelo do membro

lesionado em 90º neutro.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da articulação metacarpo falangeana

até a axila; 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências

ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e

mexer bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura dos terços Distal, médio e proximal do antebraço e no terço distal do

úmero.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 cm

Tubo gessado( inguinomaleolar )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o joelho do membro lesionado

fletido de 10 a 15 graus apoiado na escada ou um ajudante segurando.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da articulação do tornozelo até a raiz

da coxa, 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências

ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Page 8: Praticas de imobilizações

Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o

gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura ou luxação de patela

Tamanho da atadura gessada Indicada; 15 ou 20 cm

Luva gessada para escafoide ( antebraquio palmar )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado

estendido.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da articulação metacarpo falangeana

até a prega do cotovelo e no polegar; 2º colocar algodão em toda extensão do membro

em especial nas saliências ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre começando de

distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer

bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura do osso Escafóide e tendinites do polegar.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 cm

Tala axilo palmar( goteira braquio palmar )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o cotovelo do membro

lesionado em 90º neutro.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da articulação metacarpo falangeana

até a axila; 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências

ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer

bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar Provisoriamente fratura dos terços distal, médio e proximal do

antebraço e no terço distal do úmero. Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 ou 15

cm.

Page 9: Praticas de imobilizações

Tala tipo Luva (goteira antebraquio manual )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado

estendido.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da articulação metacarpo falangeana

até a prega do cotovelo; 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial

nas saliências ósseas, 3º aplicar tala gessada, 4º prender com crepom sempre começando

de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer

bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação. Indicações; imobilizar

provisoriamente fratura do terço distal do antebraço e nas tendinites do punho.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 cm

( Pinça de confeiteiro Pendente)

Posição do paciente; em pé ou sentado com ligeira inclinação para o lado lesado, com o

cotovelo em 90°,. O enfaixamento é uma calha gessada tipo U.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da articula Cão do cotovelo até acima

do ombro; 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências

ósseas.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer

bastante os dedos das mãos e o cotovelo pra ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar fraturas do terço médio do úmero.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 ou 15 cm.

Velpeau gessado ou de crepom

Posição do paciente; sentado com o cotovelo do membro lesado em 90º, colocar a mão

do membro oposto na cabeça.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular do punho até a axila e no tórax; 2º

colocar algodão em toda extensão do membro superior em especial nas saliências

ósseas. 3º aplicar atadura gessada.

Page 10: Praticas de imobilizações

Orientação do paciente; pedir para mexer bastante o punho e os dedos das mãos pra

ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar luxação do ombro, fraturas do terço médio e proximal do úmero.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 15 ou 20 cm

OBS: no velpeau de crepom é só trocar a atadura gessada por atadura de crepom.

Tala tipo bota ( goteira suropodálica )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o membro lesionado estendido e

tornozelo em 90º neutro.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da ponta do dedão(halux) até o joelho,

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas 3º

aplicar tala gessada, 4º prender com crepom sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o gesso e mexer

bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar provisoriamente fratura do terço médio e distal da perna e dos

ossos do tarso ( pé )

Tamanho da atadura gessada Indicada; 15 ou 20 cm

Tala de alumínio

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o membro lesionado estendido em

direção ao técnico.

Modo de confeccionar; 1º limpar o dedo a ser imobilizado com álcool e benjoim. 2º

colocar tala metálica no local da lesão. 3º aplicar esparadrapo para fixar a tala metálica.

Orientação do paciente; pedir para não deixar a mão para Baixo e mexer bastante os

dedos pra ajudar na circulação. Indicações; fraturas dos Metacarpos e das falanges da

Mão.

Imobilização de esparadrapo ( esparadrapagem )

Posição do paciente; deitado na maca com o pé lesionado estendido em direção ao

técnico. Modo de confeccionar; 1º limpar os dedos a serem Imobilizados com álcool e

benjoim. 2º colocar um pedaço de gaze entre os dedos. 3º iniciar colocação de

Page 11: Praticas de imobilizações

esparadrapo em sentido de xis para melhor fixação e depois colocar esparadrapo em

sentido vertical até ficar bem resistente. 4º envolver a imobilização com crepom para

durar mais.

Orientação do paciente; pedir para pisar com o calcanhar Para a imobilização não

desprender.

Indicações; fraturas das falanges do pé.

Imobilização de clavícula gessada ou não gessada (tipo 8)

Posição do paciente; sentado em um banco ou na maca com as mãos na cintura e

forçando o ombro para trás.

Modo de confeccionar; 1º pega uma malha tubular de 10cmcorte do tamanho de toda

extensão a ser imobilizada, 2º coloque bastante algodão dentro da malha até ela ficar

toda acolchoada, coloque-a no paciente de modo que a parte dorsal fique parecendo um

oito.

Orientação do paciente; se ele sentir dormência nos braços pedir para colocar as mãos

na cintura ou deitar de braços abertos.

Indicações; fraturas de Clavícula.

Luva gessada incluindo os dedos ( antebraquio manual )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado

estendido.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da ponta dos dedos até a prega do

cotovelo; 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências

ósseas, 3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e manter

o braço na tipóia pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura dos metacarpos e das falanges da mão. Tamanho da atadura gessada

indicada; 10 cm

Page 12: Praticas de imobilizações

Tala tipo tubo ( goteira inguinomaleolar )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o joelho do membro lesionado

fletido de 10 a 15 graus apoiado na escada ou um ajudante segurando.

Modo de confeccionar; 1º colocar malha tubular da articulação do tornozelo até a raiz

da coxa, 2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências

ósseas, 3º aplicar tala gessada, 4º prender com crepom sempre começando de distal para

proximal.

Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o

gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura ou luxação de patela.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 15 ou 20 cm

Ética do técnico em imobilizações ortopédicas

O técnico em Imobilizações Ortopédicas, no desempenho de suas atividades, deve

respeitar integralmente a dignidade do paciente sem distinção de raça, nacionalidade,

classe social, religião, política, idade e sexo. Deve o Técnico em Imobilizações

Ortopédicas, pautar sua vida profissional observando os mais rígidos princípios morais,

para elevação de sua dignidade profissional e de toda a classe. Deve o Técnico de

Imobilizações, dedicar-se permanentemente ao aperfeiçoamento de seus conhecimentos

técnico-científico. A conduta do Técnico de Imobilizações, em relação aos colegas deve

ser pautada nos princípios de consideração, apreço e solidariedade. O espírito de

solidariedade, não induz, nem justifica a conivência com erros ou infrações de normas

éticas, médicas, técnicas ou legais que regem o exercício da profissão. Todos os

profissionais que executem as seguintes técnicas descritas abaixo serão conceituados

como Técnico de imobilizações ortopédicas.

1. Organizar a sala de Imobilizações 2. Avaliar as condições de uso do material

instrumental; 3. Estimar a quantidade de material a ser utilizado; 4. Controlar estoque;

5. Preparar o paciente e o procedimento 6. Posicionar o paciente; 7. Confeccionar a

Imobilização 8. Confeccionar imobilização com materiais sintéticos; 9. Confeccionar

tala metálica; 10. Confeccionar aparelhos gessados circulares; 11. Confeccionar

esparadrapagem; 12. Confeccionar goteiras gessadas; 13. Confeccionar enfaixamento;

Page 13: Praticas de imobilizações

14. Retirar a Imobilização15. Bivalvar o aparelho gessado;16. Retirar aparelhos

gessados com serra elétrica vibratória;17. Remover aparelhos sintéticos;18. Auxiliar o

ortopedista em alguns procedimentos;19. Fender o aparelho gessado;20. Abrir janela no

aparelho gessado; 21.Trabalhar em equipe;22.Demonstrar autoconfiança;23.Trabalhar

com ética profissional;24.Atualizar-se profissionalmente;25.Cuidar da aparência

pessoal;26.Usar de respeito na relação com o paciente;27.Zelar pela organização da

sala.28. Orientar sobre o uso e conservação da imobilização;29. Explicar procedimento

de retirada do gesso;30. Submeter-se a exames médicos periódicos; Do gesso a atadura

gessada.

A Traumatologia foi dentre os diversos ramos da medicina um dos que mais

precocemente surgiu na evolução histórica. A imobilização dos segmentos corpóreos

comprometidos passou por diversas fases ate que Antonius Mathijsen, em 1852,

introduziu a atadura gessada, método este que se mostrou de tal maneira eficiente que

ainda não encontrou substituto ideal ate nossos dias. O gesso é constituído por sulfato

de cálcio, retirado da natureza, que por processo especial o gesso em pó é distribuído

entre as ataduras de malha que serve de suporte. A água aquecida é ainda o processo

acelerador de melhor resultado.

As principais indicações dos aparelhos gessados podem ser resumidas em:

1. Imobilizar provisoriamente uma fratura.

2. Imobilizar uma fratura reduzida.

3. Imobilizar membro com traumatismo mesmo sem fratura

.4. Imobilizar articulação com processo infeccioso.

5. Imobilizar mantendo correção de deformidades.

6. Imobilizar uma região operada.

Para a execução de um aparelho gessado temos necessidade

fundamental de:

* Malha tubular, Algodão ortopédico, Atadura gessada, Água em temperatura ambiente

e Instrumentos especiais. A malha tubular protege e proporciona também um melhor

acabamento. O algodão ortopédico deve ser colocado ao nível das saliências ósseas, e

Page 14: Praticas de imobilizações

em quantidade suficiente para evitar a compressão. As ataduras gessadas existem de

diversos tamanhos que devem ser escolhidos em função da região a ser imobilizada. A

água quente acelera a secagem do gesso vários instrumentos, como tesoura, bisturi,

serras elétricas, cortadores de gesso, etc.; são utilizados tanto na confecção como na

retirada dos aparelhos gessados.

Regras gerais - Na confecção de uma imobilização, as seguintes regras devem ser

seguidas:

1. Escolher, antes de iniciar a imobilização, qual material vai usar, pois da pratica tira-se

uma regra importante “após terem sido postas as ataduras gessadas dentro da água, o

trabalho deve correr de modo único e sem improvisos”.

2. Colocar membro na posição requerida pelo tipo de imobilização a ser realizada.

3. Proteger com algodão ortopédico toda a extensão cutânea do membro lesado, com

especial interesse pelas saliências ósseas.

4. Colocar água dentro da pia ou bacia, enchendo-a de modo que a atadura fique

totalmente submersa quando colocada dentro da bacia.

Técnica propriamente dita - Colocamos a atadura gessada totalmente submersa em

água e somente a retiramos quando cessar o borbulhamento. Uma leve torção em suas

extremidades e a atadura esta em condições de envolver o membro, previamente

acolchoado pela malha tubular e pelo algodão ortopédico, a primeira de diâmetro

proporcional ao membro afetado e o segundo cobrindo as saliências ósseas.

a) Devemos iniciar o aparelho pela sua extremidade distal, pois isto facilita a sua

execução e o retorno da circulação.

b) A atadura gessada deve ser enrolada em espirais, observando-se as mudanças no

diâmetro do membro. A compressão uniforme é condição fundamental.

c) Em cada passagem da atadura devemos alisá-la para facilitar a adaptação dos cristais

com as camadas adjacentes.

d) Após envolvemos totalmente o membro com as camadas necessárias, inicia-se a fase

de modelagem, de muita importância, pois daremos ai estabilidade do gesso e do

segmento corpóreo comprometido.

Page 15: Praticas de imobilizações

e) O acabamento e feito com os recortes necessários, tornando o aparelho de bom

aspecto e boa função.

f) Devemos esclarecer ao paciente da necessidade de secagem completa do gesso para

que possa ser dada movimentação total ao membro, inclusive com carga nos aparelhos

gessados para marcha, salientando ainda a observação da cor da pele, do edema, da dor

e das alterações de sensibilidade e paralisia do membro imobilizado. Fatos estes que

indicariam compressão pelo aparelho e, consequentemente, a necessidade da sua

abertura e, por vez, de sua retirada.

g) Na execução do aparelho deve-se evitar um gesso muito fraco, que se quebra com

facilidade, um gesso muito pesado que dificulte os movimentos e finalmente um gesso

não uniforme, apertado, garroteado ou amassado, o qual poderia provocar escaras e

prejuízos circulatórios.

h) A retirada do gesso pode fazer-se com serra elétrica ou de aparelhos especiais que

fendem totalmente o gesso, em duas linhas opostas, tomando cuidado de evitar lesões da

pele.

Complicações

Em geral complicações consequentes a confecções imperfeitas dos aparelhos gessados

ou de sua utilização por tempo indevido podem ser:

Compressão leve (caracterizada por dor, edema, cianose, hipotermia, etc.)

Compressão grave (contratura isquêmica de Volkman**)

Escaras (Massa de tecido necrosado)

Paralisia (lesão em conjunto de nervos)

Rigidez articular (dificuldade de movimento da articulação devido ao tempo de

inatividade)

Atrofia muscular (perda de tecido muscular resultante de doença ou por inatividade).

**Flexão permanente ou contratura do punho e da mão. Manifesta-se por uma

deformidade da mão e dos dedos sem forma de garra.

OSSOS

Page 16: Praticas de imobilizações

Os ossos são estruturas rígidas, que quando unidas em sua posição apropriada formam o

esqueleto. São em numero de 206 e tem funções de: sustentação e proteção dos órgãos,

inserção de músculos e na delimitação das formas das pessoas. Dessa forma, agressões

que atinjam nosso corpo, muito comumente provocam consequências nos próprios ossos

ou em seus pontos de contato( articulações).

FRATURAS

Fratura é a ruptura (quebra) total ou parcial da estrutura óssea, pode ser fechada ou

exposta.

Fratura fechada é quando não há o rompimento da pele.

Fratura exposta é quando há o rompimento da pele, muitas vezes causado pelo próprio

fragmento ósseo, ficando o osso exposto ao meio ambiente, facilitando o contato com

bactérias e o risco de infecção. De maneira geral, fratura em membros não oferece

maiores riscos, podendo ser tratadas depois de problemas mais graves.

Como constatar uma fratura?

• Procure deformações

• Palidez e cianose nas extremidades

• Espasmos na musculatura

• Ferimentos

• Dor á manipulação delicada

• Enchimento capilar lento (edema)

• Comprometimento da sensibilidade

Entorse - é uma torção forçada de uma articulação, resultando em ruptura parcial dos

ligamentos de suporte e pode resultar em danos graves aos vasos sanguíneos e tendões.

Luxação - ocorre quando o contato articular dos ossos que formam a articulação é

completamente perdido. Pode ser clinicamente identificadas pelo formato ou

alinhamento anormal das partes do corpo.

As luxações mais comuns são as do ombro, polegar, patela e quadril.

Page 17: Praticas de imobilizações

Toracobraquial com trava Indicação: fraturas do úmero. Pelvipodálico Indicação:

fraturas do fêmur e da bacia.

Hemipelvipodálico Indicação: fraturas do fêmur e da bacia.

TÉCNICAS BÁSICAS DE IMOBILIZAÇÕES - MANUAL PRÁTICO DE BOLSO

FABIANO J. S. MACHADO Imobilização compressiva ( Jones ). Modo de

confeccionar; 1º colocar malha tubular em toda extensão a ser imobilizada, 2º coloque

bastante algodão3º enrole a atadura de crepom de modo que a imobilizaçãofique

compressiva.Indicações; nos pós cirúrgicos, para evitar edema.

MATERIAIS DA SALA DE GESSO Tesoura de Lister; para cortar gesso, malha

tubular, esparadrapo e atadura de crepom. Serra vibratória de cortar gesso. Afastador de

gesso.

Nomenclatura em inglês e sua tradução INGLÊS PORTUGUÊS SLWC (short leg walk

cast) = bota gessada com salto SLC (short leg cast) = bota gessada sem salto SAC (short

arm cast) = Luva gessada LAC (long arm cast) = axilo palmar gessado CLC (cylinder) =

tubo gessado ( inguino maleolar ) LLC (Long Leg cast) = cruro podálico ( inguino

podálico ) LLWC (Long Leg walk cast) = cruro podálico com salto. Gesso

sintéticoInstrução de uso;1º colocar malha tubular,2º colocar algodão3ºuse luvas, pois a

resina adere a pele,4º selecione o tamanhoadequado, abra um rolo de cada vez, pois o ar

iniciara oprocesso de endurecimento. 5º imergir a atadura na água emtemperatura

ambiente de 5 a 10 segundos, esprema aatadura de 2 a 3 vezes. 6º O gesso deve ser

aplicado de distalpara proximal. Não aplicar a faixa pressionada demais. Após 20 a 30

minutos o gesso estará totalmente rígido.

Atualmente, os acidentes se multiplicam de forma assustadora. Os episódios

traumáticos, as intervenções cirúrgicas e o tratamento de patologias complexas são

inerentes ao dinamismo sempre crescente da civilização moderna. Embora seja uma

invenção antiga, a imobilização representa um meio de permitir que a população

continue realizando suas atividades sem muitos inconvenientes. A chave para a

eficiência no tratamento com imobilização é cuidar bem dela. O objetivo da publicação

deste fascículo é tornar acessível uma apresentação ilustrada simples e atualizada dos

princípios fundamentais e dos diversos tipos de imobilizações utilizadas nas patologias

do corpo humano. Uma arvore arqueada, e unida por enrolamento a uma haste retilínea,

Page 18: Praticas de imobilizações

reproduzindo a maneira de correção feita para desvios de membros inferiores, passou a

ser um dos símbolos da ortopedia. Representa uma imobilização

CUIDADOS COM O USO DE APARELHO GESSADO

A imobilização gessada é a melhor forma de recuperação do osso quebrado e de certas

lesões por traumas. A duração do tratamento com gesso depende do tipo de fratura,

local fraturado e idade do paciente. Apenas o seu médico poderá dizer quando retirar o

gesso. Até lá , cuide bem do seu gesso. O abuso de exercícios físicos pode causar danos

ao aparelho de gesso e prolongar o tratamento. Não molhe o gesso. A água poderá

amolecer o gesso e complicar a sua lesão. Não tente remover o algodão de dentro do

gesso, pois pode alterar o formato interno do gesso e machucar. Não tente coçar a pele

sob o gesso inserindo objeto estranho, pois pode ferir a pele e ocasionar infecção. Ao

tomar banho envolva o gesso em um saco plástico. Para não se cansar muito com o uso

do aparelho de gesso procure usar uma tipóia ou muletas. Ao colocar gesso sempre

procure elevar o membro nos primeiros dias para evitar edema e prejudique a

circulação. Em caso de dor edema (inchaço), ou cor escurecida procure imediatamente

um médico. Qualquer dúvida procure um médico para esclarecimento. Prevenir

continua sendo o melhor tratamento.

ESQUELO AXIAL - composto por todos os ossos localizados no eixo central do corpo

ou próximo a este. Consiste em 80 ossos e inclui crânio, col vertebral, costelas e

esterno.

ESQUELETO AXIAL DO ADULTO

Cabeça * Crânio 8 Ossos da Cabeça ** 14 face Osso Hióide 1 Ossículo da audição

(pequeno osso em 6 cada ouvido) Coluna vertebral Cervical 7 Coluna vertebral Torácica

12 Coluna vertebral Lombar 5 Coluna vertebral Sacral 1 Coluna vertebral Coccígea 1

Tórax Esterno 1 Tórax Costela 24

Total de ossos 80* Crânio; frontal, occipital, etmoide, esfenóide, 2parietais e

2temporais**

Face; 2lacrimal, 2maxila, 2zigomatico, 2nasal, 2palatinos, 2conchas nasais inferiores,

vômer, mandíbula.

Page 19: Praticas de imobilizações

ESQUELETO APENDICULAR - composto por todos os ossos dos membros

superiores e inferiores (extremidades) e as cinturas escapular e pélvica. Cintura

escapular Clavículas (2) Escápula (2)

Membros superiores - Úmero 2 Ulna 2 Rádio 2 Ossos carpais 16 Ossos 10

metacarpais Falanges 28

Cintura pélvica - Ossos do quadril 2

Membros inferiores Fêmur 2 Tíbia 2 Fíbula 2 Patela 2 Ossos tarsais 14 Ossos 10

metatarsos e falanges 28 Total de ossos 126.

CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

Os ossos são classificados de acordo com a sua forma: Ossos longos, curtos, planos e

irregulares.

Ossos Longos são formados por 1 corpo (diáfise) e 2 extremidades (epífise). São

encontrados apenas no esqueleto apendicular. ex: úmero, radio, ulna, fêmur, tíbia e

fíbula.

Ossos Curtos são aproximadamente cubóide e são encontrados apenas nos punhos e nos

pés. Os 8 ossos carpais e os 7 ossos tarsais de cada pé são todos ossos curtos.

Ossos Planos consistem em duas lâminas de osso compacto com osso esponjoso e

medula óssea entre elas. Ex: são os ossos que compõem a calvária (tampa do crânio), o

esterno, as costelas e a escápula. Proporcionam proteção para o conteúdo interno e

amplas superfícies para a fixação de músculos.

Ossos Irregulares possuem formas peculiares. Exemplos: vértebras, os ossos faciais, os

ossos da base do crânio e os ossos da pelve( quadril ).

FRATURA DE COLLES

Essa fratura do punho na qual o rádio distal é fraturado com o fragmento distal

deslocado posteriormente, resultante de uma queda sobre o braço estendido.

FRATURA DE POTT

Esse termo antigo é usado para descrever uma fratura completa da fíbula distal, com

dano importante da articulação do tornozelo, incluindo dano ligamentar associado a

fratura da tíbia dista! ou do maléolo medial.

Page 20: Praticas de imobilizações

FRATURA ESTRELADA

Nessa fratura, as linhas de fratura são radiadas a partir de um ponto central de injúria

com padrão em forma de estrela. O exemplo mais comum desse tipo de fratura é a

patela, frequentemente causada pelo impacto dos joelhos no painel em um acidente com

veículo automotor.

FRATURA DO TOFO OU EXPLOSIVA

Essa fratura cominutiva da falange distal pode ser causada por um golpe esmagador na

porção distal do dedo ou polegar.

FRATURA IMPACTADA

Nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro, a diáfise do osso é

impelida na cabeça ou no segmento terminal. Isso ocorre mais comumente nas

extremidades distais ou proximais do fêmur, úmero ou rádio.

FRATURA COMINUTIVA

Nessa fratura, o osso é estilhaçado ou esmagado no local do impacto, resultando em

dois ou mais fragmentos.