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P R O J E T O 6 AGOSTO 2017 PRA Novas oportunidades para a agricultura familiar Programa de Regularização Ambiental PATROCÍNIO

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P R O J E T O

6AGOSTO

2017

PRANovas oportunidades para a

agricultura familiar

Programa de Regularização Ambiental

PAT RO C Í N I O

Uma nova fase de implementação do Código Florestal está batendo

as nossas portas, será o Programa de Regularização Ambiental - PRA. Com a finalização das inscrições do Cadastro Ambiental Rural – CAR, o Estado passará a fazer as análises dos mesmos e irá identificar as propriedades que estão regulares com as normas. Aquelas que estiverem irregulares serão convidadas a participar do PRA. São muitas as propriedades de Rondônia que possuem passivos ambientais (cobertura florestal abaixo do requerido pela legislação). Aqueles que aderirem ao PRA receberão apoio governamental para adequarem suas propriedades, bem como poderão acessar uma série de benefícios como créditos e assistência técnica. Dentro em breve só existirão dois tipos de propriedades, as regulares e as irregulares. De que lado você ficará? Aprenda aqui sobre o Programa e como participar.

Boa leitura,Direção CES Rioterra

Editorial

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FichaTécnicaBoletim Informativo doProjeto Semeando SustentabilidadeAno 07 - Edição 06 - Agosto - 2017

Produzido pelo Setor de Comunicaçãodo CES Rioterra

Tiragem: 2.000 exemplaresDistribuição GratuitaFotos: Centro de Estudos Rioterra

Jornalista responsável - Ana Aranda - 016 DRT RO

As consequências dos tratos errados da terra são claras e já podem ser sentidas no dia-a-dia da vida do campo. A erosão ameaça o solo e a retirada das matas ciliares reduz as reservas de água, impactando diretamente a produção de alimentos e o abastecimento de água das cidades. Acostumados a observar a natureza e dependentes dos seus fenômenos para realizar seus trabalhos, os produtores rurais sentem estas mudanças como ninguém. O sistema já não é mais o mesmo e para reverter este quadro, é necessário esforço conjunto, cada um fazendo a sua parte para um mundo melhor para todos.

Este cenário de alerta levou o governo federal a implementar o Programa de Recuperação Ambiental (PRA), com objetivo de apoiar os produtores a recuperarem os passivos ambientais que forem detectados durante as análises dos Cadastros Ambientais Rurais (CARs). A ideia é recuperar as áreas que estão em desconformidade com o código florestal.

“O PRA deverá ser iniciado tão logo os módulos de análise dos governos federal e estadual estejam funcionando, o que deve ocorrer ainda neste mês de junho. Ao término das análises de cada Cadastro Ambiental Rural os agricultores saberão em que condições está sua propriedade e poderão, imediatamente, comprometer-se a sanar os passivos apontados pelos analistas com base nas imagens de satélite”, informa o coordenador de Projetos do CES Riotera, Alexis Bastos.

Além de garantir que a sua propriedade continuará produzindo por muitas gerações, o PRA permitirá o acesso a financiamentos bancários e benefícios dos programas governamentais. O PRA também vai melhorar a imagem do Brasil no mercado internacional, onde as exigências ambientais são cada vez maiores, garantindo uma maior aceitação dos produtos brasileiros por outros países.

Nos últimos sete anos, o Centro de Estudos (CES) Rioterra recuperou mais de 800 hectares de áreas degradadas em Rondônia, tornando-se, assim, a entidade que mais contribuiu para recompor a vegetação nativa do Estado. Somente no âmbito do projeto Semeando Sustentabilidade, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental, foram mais de 500 hectares. Esse trabalho, feito com a participação de agricultores familiares dos municípios de Rio Crespo, Cujubim e Itapuã do Oeste/RO deixou importantes aprendizados.

“Ao longo destes sete anos, aprendemos na prática como levar aos agricultores uma nova forma de trabalhar a terra, substituindo a forma convencional de derrubar a floresta para ampliar as áreas produtivas por práticas que reutilizam áreas já abandonadas, dando a estas novos significados, inclusive econômicos. Participamos ativamente da regularização ambiental de propriedades

PRARioterra contribui para implantação do Programa de Regularização Ambiental em Rondônia

Depois do CAR é hora

de aderir ao PRA

rurais, com a recuperação de áreas em matas ciliares e reservas legais, apoiamos a elaboração dos Cadastros Ambientais Rurais (CARs), proporcionando, ao mesmo tempo, opções de renda para os produtores. Só com o CAR, proporcionamos mais de R$ 1.000.000,00 de reais em economia aos agricultores familiares. O principal é que eles aprendem a dialogar com novas formas de produção, mais aptas à região e, assim, contribuem para reduzir o avanço de novas frentes de desmatamento sobre a floresta”, relata o coordenador de Projetos da Rioterra, Alexis Bastos. A trajetória do projeto Semeando Sustentabilidade permitiu que a Rioterra acompanhasse desde o início as ações programadas pelo governo federal para a implementação do Programa de Recuperação de Áreas (PRA), criado para regularizar as propriedades rurais conforme critérios estabelecidos pelo Código Florestal. No programa estão previstos recuperação, recomposição, regeneração ou compensação dos passivos ambientais de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Legal (RL).

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Programa deRegularizaçãoAmbiental

1Inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Análise técnica e dos documentos dos CARs.

2Noti�cação para complementação oucorreção de informações do CAR e/ou

assinatura do termo de adesão ao PRA.

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Elaboração e apresentação de Projeto de Recuperação de Área Degradada e Alterada - PRADA.

4P R A

Assinatura do Termo de Compromisso.

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Controle e acompanhamento da recomposição,regeneração ou compensação e de integração

das informações nos SICARS(Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural).

6Acompanhamento dos serviços ambientais

a serem prestados para a suspensão e/ouextinção da punibilidade das infrações de que

tratam o§ 4º do art. 59 e o art. 60 da Lei Federal nº 12.651/2012, conforme as obrigações

�rmadas no termo de compromisso.

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Passo a passo

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P R O J E T O

O Centro de Estudos Rioterra realizou de 7 a 9 de junho, no auditório da Unir em Porto Velho, o “IV Seminário Perspectivas Florestais para Conservação da Amazônia”, uma ação do Projeto Semeando Sustentabilidade, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental. Palestrantes de órgãos públicos e privados participaram do evento levando para uma plateia de pesquisadores, professores e estudantes, ,projetos e políticas públicas voltadas para a conservação da Amazônia.

O evento contou com o apoio do

Programa de Pós Graduação em Geografia da Unir.

Durante a abertura do Seminário, o reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Ari Ott, ressaltou a “importância e a pertinência” de promover uma discussão sobre o uso sustentável do solo amazônico e fez um alerta: “não há um plano B para a Amazônia porque não existe uma Amazônia B”, remetendo-se à fala recente do presidente da França, Emmanuel Macron, “de que não há um plano B para o planeta porque não existe um planeta B”.

Na mesma ocasião, a Coordedora do Programa de Pós Graduação em Geografia da Unir, Maria Madalena de Aguiar, destacou o fato de o Seminário já estar em sua quarta edição e a “importância de haver uma interação entre as instituições e segmentos para permitir que alcancemos desenvolvimento social, de fato, na Amazônia”. A presidente do CES Rioterra, Telva Maltezo, ressaltou os resultados positivos alcançados pelo projeto, que é inovador na Amazônia e tem servido como inspiração para outras entidades.

Seminário aponta caminhos e desafios para a sustentabilidade da Amazônia

Novos olhares sobre a floresta

A acadêmica de Biologia da Unir Queili Alves pela terceira vez participou do Seminário Perspectivas Florestais. Queili nasceu e se criou no município de Guajará-Mirim, que tem mais de 90% do seu território ocupado por terras indígenas e unidades de conservação, e destacou a oportunidade de pensar sobre as possibilidades de viver na Amazônia de forma sustentável proporcionada pelo evento. ”Esta é a terceira vez que participo deste Seminário e gostei bastante porque os assuntos abordados são realmente problemas nossos”, elogiou.

O valor da biodiversidade amazônica e a sustentabilidade da floresta

Ao invés de focar os números de desmatamento, os palestrantes do “IV Seminário Perspectivas Florestais para Conservação da Amazônia” trouxeram para uma plateia de jovens, em sua maioria, ações e projetos voltados para o grande potencial Amazônia.

“O desafio é inovação cultural. Entender que biodiversidade é um mecanismo de mercado, não só os serviços ambientais, mas a valoração pelo uso direto dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros. Quando a gente faz isto em forma de investimento tem um retorno esperado da terra”, explicou Sérgio Safe, Ever Green Investimentos Florestais.

Caio Galego, representante da Biofilica Investimentos Ambientais, elogiou a oportunidade dada para discussão de diversas alternativas econômicas para a floresta em pé. “A gente tem discutido diversos caminhos. É muito importante eventos como este que abram os olhos da comunidade como um todo para todas estas alternativas de como se extrair recursos sustentáveis da floresta sem necessariamente ter que derrubar tudo e aplicar outro uso do solo naquele local”.

Gustavo Silveira, da Operação Amazônia Nativa (OPAN) também ressaltou os resultados do evento. “Foram três dias juntos, refletindo, cada um apresentando as suas experiências e tendo olhares de outras instituições, questionando, apontando soluções e identificando sinergias Um dos principais resultados que temosdos trabalhos com os os povos indígenas são os aprendizados dos intercâmbios, que oferecem diferentes olhares , principalmente no atual cenário brasileiro, em que as instituições deverão ficar mais juntas para continuar atuando”, disse ele.

Representante da Pacto das Águas, Domingos Sávio também elogiou a iniciativa do projeto Semeando Sustentabilidade: “acho que é um momento importantíssimo porque os responsáveis por experiências que estão tendo êxito na Amazônia, de trabalhar com a floresta em pé, e alternativas mais sustentáveis e viáveis para os povos da floresta estão se unindo e dialogando. Isto é

importante para fortalecer o trabalho da conservação. Muitas vezes estas organizações atuam de forma isolada e o trabalho não aparece, mas se elas se juntarem como estão fazendo neste evento, realizado pela Rioterra, a iniciativa da conservação vai ganhar força perante outros modelos de desenvolvimento que estão sendo implantados na Amazônia”.

O valor da floresta em pé

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UNIRR

REAL I ZAÇ ÃO PARCE IROS PATROC ÍN IO

UNIRR

REAL I ZAÇ ÃO PARCE IROS PATROC ÍN IO

UNIRR

REAL I ZAÇ ÃO PARCE IROS PATROC ÍN IOPAT RO C Í N I O

PA RC E I RO S

R E A L I Z A Ç Ã O

P R O J E T OPREFEITURAS DOS MUNICÍPIOS

ITAPUÃ DO OESTECUJUBIMRIO CRESPO

Para o presidente da Ação Ecológica Guaporé (ECOPORÉ), Marcelo Ferronato, que desenvolve ações de reflorestamento em áreas de agricultura familiar em Rondônia,

“este momento de discutir [durante o Seminário] é extremamente relevante porque estamos falando de geração e divulgação de conhecimento e de novas perspectivas para a Amazônia.

Nós que trabalhamos com a floresta, que discutimos a políticas ambientais com o setor público, precisamos destes subsídios para conseguir vencer os desafios aproximar a questão social, econômica e ambiental de quem mora na floresta para novas realidades”.

Arte enaltece a natureza

O Seminário contou com a participação de um grupo de artistas da capital, formado por Agrael de Jesus, Amanára Brandão, Fabrício Alonzo e Joeser Alvarez, que apresentaram performances teatrais sobre a floresta, a natureza e a vida. ”Para nós, o convite para participar do Seminário veio como uma provocação de criação. Como também estamos nesta busca foi muito

prazeroso, bom demais! Morando em

Rondônia, estando aqui, é impossível

deixar de criar arte sem este tema”,

Falou Amanára, representante do grupo.

“Rondônia possui 85 % dos CARs em sua base. Os técnicos receberam treinamento e já inciaram os trabalhos no módulo de análise. Nossa meta é finalizar as análises de todas as propriedades cadastradas em 6 anos. Adicionalmente, já começaremos o Programa de Regularização Ambiental. Teremos um conhecimento profundo sobre a situação ambiental e as formas de uso e ocupação dos solos em Rondônia. Poderemos melhorar as ações de planejamento e ordenamento territorial, proporcionando desenvolvimento das atividades produtivas aliando economia à conservação das nossas florestas”, comentou Arquimedes Longo, Coordenador de Monitoramento e Regularização Ambiental Rural/SEDAM - RO.

Economia e conservação caminhando juntas