Introdução: Já estudamos vários povos da antiguidade e cada um deles deixou sua marca em nossa cultura:

1. Egípcios – construções, matemática, medicina

2. Mesopotâmia – a divisão do tempo por múltiplos de 6, a escrita, o calendário

3. Hebreus – o monoteísmo, o cristianismo

4. Fenícios – o alfabeto

A partir de agora vamos estudar os povos que mais deixaram marcas na nossa cultura: os gregos e os romanos.

Algumas coisas da cultura grega na nossa cultura: 1. Muitas de nossas palavras são de origem grega: história,

matemática, biologia, geografia, filosofia, psicologia, alfabeto, igreja, teatro, etc.

2. Colunas em construções:

3. Governo da maioria (democracia) 4. Teatros de tragédia e comédia 5. Filosofia 6. Música

Território

A Grécia é uma pequena península europeia chamada Hélade e um conjunto de inúmeras ilhas no Mar Mediterrâneo.

Hoje ela corresponde a uma república unificada, mas o que chamamos de Grécia Antiga nunca chegou a ser um reino ou império unificado autônomo.

A Grécia antiga era composta por muitas comunidades independentes que se localizavam na Hélade, nas ilhas e em colônias na Ásia, Itália e norte da África. Se hoje chamamos de gregos os que nascem na República da Grécia, na Antiguidade, gregos eram todos os que falavam a língua grega. E “onde quer que houvessem gregos, ali estava a Grécia”, como colocou o historiador Pedro Paulo Funari.

Periodização A Civilização Grega foi uma das maiores e mais importantes civilizações do mundo Antigo. Esta importância se dá pelo fato de este povo ter influenciado uma série de outros povos com seus traços culturais, tanto na Antiguidade como na época contemporânea.

A história dessa civilização durante a Antiguidade se estendeu por mais de 2.000 anos, motivo que levou os historiadores a dividirem-na em cinco períodos:

Pré-Homérico – do século XX ao século XII a.C.

Homérico – do século XII ao século VIII a.C.

Arcaico – do século VIII ao século VI a.C.

Clássico – do século V ao século IV a.C.

Helenístico – do século IV ao século I a.C.

Período pré-homérico Por volta de 3000 a.C., povos vindos da atual Turquia chegaram à

Grécia continental e às ilhas, estabelecendo comunidades agrícolas e até alguns reinos.

O centro de maior destaque desse período era a ilha de Creta, no Mar Egeu, um dos mares da bacia do Mediterrâneo. Nessa ilha desenvolveu-se uma civilização bastante sofisticada, da qual sobrevivem ruínas de palácios, pinturas e esculturas. A civilização cretense dominou o mar Egeu até meados do segundo milênio antes de Cristo. Sua principal cidade era Cnossos, um centro administrativo e comercial que até hoje impressiona por suas construções.

A civilização cretense também é chamada de “minoica”, em homenagem ao lendário rei Minos.

Em Creta desenvolveu-se um tipo de escrita hieroglífica ainda não totalmente decifrada, o que dificulta o estudo dessa civilização. Sabemos que a religião dos cretenses era politeísta e que a deusa-mãe de Creta tinha posição de destaque na religião minoica. Tal crença contribuiu para que a mulher tivesse acesso às mesmas atividades masculinas, não sofrendo discriminações ou restrições.

Por volta do ano 1500 a.C. a civilização minoica começou seu declínio. Em 1400 a.C., Creta foi conquistada por gregos vindos da península. Sua influência cultural, contudo, continuou forte entre os gregos.

O minotauro O mito do minotauro (ser mitológico com corpo de homem

e cabeça de touro) pode ser interpretado como a vitória dos gregos sobre a civilização minoica. Teseu, herói que mata a criatura, era considerado um dos reis de Atenas, uma das cidades da Hélade.

Eles eram grandes comerciantes e artesãos e dominavam os outros povos gregos.

A civilização cretense desapareceu bruscamente por volta de 1750 a.C., em virtude, provavelmente, de um terremoto ou da invasão dos povos gregos, inicialmente os aqueus e depois os dórios.

Micenas Enquanto Creta entrava em declínio, povos indo-europeus chegaram a Hélade. Os primeiros foram os Jônios, que estabeleceram cidades na península. Em seguida vieram os Aqueus e Eólios, que dominaram parte dos territórios Jônios. Estes se limitaram à região da Ática, onde fundaram a cidade de Atenas. Os Aqueus expandiram seu domínio a partir da grande cidade de Micenas, na região do Peloponeso e por volta de 1400 a.C. conquistaram Creta. O intercâmbio entre a cultura dos Aqueus e a cultura cretense levou à formação da chamada Civilização Micênica. É a partir daí que as primeiras formas escritas da língua grega começam a se difundir.

A invasão dos dórios Por volta de 1150 a.C., os Dórios chegaram à Grécia. Era um

povo guerreiro que dominou diversas cidades da Grécia, especialmente na região da Lacônia, na península do Peloponeso. Os dórios dominavam as regiões, dividiam a terra entre os conquistadores e submetiam o povo conquistado à escravidão, eles são os fundadores da cidade de Esparta. A invasão dos dórios fez com que muitos Aqueus se lançassem ao mar em busca de outras regiões para viver. Eles fundaram cidades especialmente na Anatólia, atual Turquia e em outras regiões do Mediterrâneo. A fuga dos Aqueus diante da chegada dos dórios, é a chamada Primeira Diáspora Grega.

Diáspora é o deslocamento de um povo ou nação, podendo ser espontâneo ou forçado.

À invasão dória seguiu-se um período de diminuição das cidades e proliferação de pequenas comunidades rurais. Nesse período, a antiga escrita micênica foi deixada de lado e sobraram poucos registros escritos. A tradição oral, contudo, continuou existindo com poetas cantores que contavam histórias de mitos e de feitos heroicos do passado.

Período homérico https://www.youtube.com/watch?v=DJ2dNQtUX1Q O período Homérico iniciou-se com a invasão dos dórios à região, conquistando-a principalmente pelo fato de usarem armas de ferro, mais resistentes que as desenvolvidas na civilização micênica. O nome Homérico está ligado ao fato de dois poemas terem servido de estudo para os acontecimentos ocorridos após a invasão dórica. Supostamente existiu um poeta (Aedo) de nome Homero, que teria escrito a Ilíada e a Odisseia, a partir de relatos orais sobre a história dos séculos anteriores a ele. Esses poemas são importantes no estudo da civilização grega por serem a expressão cultural do povo na época, principalmente a forma como entendiam a relação entre homens e deuses, baseada em sentimentos como amor, ira, inveja e vingança, o que levava os deuses a interferirem na vida dos humanos. Expressam ainda locais que formaram o mundo grego antigo, bem como a exposição dos elementos mitológicos desse povo.

Durante o Período Homérico, os gregos começaram a desenvolver técnicas de plantio, algumas aprendidas no convívio com os povos do oriente, que levaram ao aumento da plantação agrícola.

Em decorrência disso, a população também aumentou, levando à formação de cidades e também à expansão para outras regiões do Mediterrâneo.

Colônias gregas foram fundadas na Ásia, Norte da África, Itália e até na Península Ibérica. Essa expansão dos gregos pelo Mar Mediterrâneo depois do Período Homérico é conhecida como Segunda Diáspora Grega

Nesse período, os gregos se organizavam em pequenas comunidades chamadas genos, dando um caráter patriarcal à organização social do período, o que representava também uma volta ao mundo rural. Iniciou-se a ascensão da civilização grega em seu domínio em parte da região mediterrânica. Foi nele que se formou a pólis, a cidade-Estado grega, com suas instituições políticas