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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO
PERNAMBUCANO
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Petrolina - PE
Junho - 2008
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO
PERNAMBUCANO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Hadadd
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
Nelson Maculan Filho
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
Antonio Ibañez Ruiz
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO
PERNAMBUCANO
DIRETOR GERAL
Sebastião Rildo Fernandes Diniz
CHEFE DE GABINETE
Cíntia Carvalho Felisberto Matos
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Luciano Manfroi
DIRETOR DE GESTÃO DE ORÇAMENTO
Macário da Silva Mudo
DIRETOR DE ARTICULAÇÃO ESCOLA COMUNIDADE
Artidônio Araújo Filho
GERÊNCIA DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS, CULTURAIS E DESPORTIVAS
Adalberto Pinheiro de Araújo
GERÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO E PATRIMÔNIO I
Delmo Soares Freire
GERÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO E PATRIMÔNIO II
Antonio Jackson Pereira Alencar
GERÊNCIA DE ENSINO I
Selma Maria Rodrigues de Andrade Alves
GERÊNCIA DE ENSINO II
Elza Maria de Carvalho
GERENTE DE ACOMPANHAMENTO E ORIENTAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
Ebenilton Luiz da Silva Souza
GERÊNCIA DE ATIVIDADES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
Luis Carlos Alves dos Santos
CONSELHO DIRETOR
PRESIDENTE
Sebastião Rildo Fernandes Diniz
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Luciano Manfroi
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA
Almir Costa Amorim
FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO
Sebastião Avelino
FEDERAÇÃO DA INDÚSTRIA
José de Souza Coelho
REPRESENTANTE DOS EGRESSOS
Lílian Maria da Silva Vieira
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Ruy Pereira Santana
REPRESENTANTE DOCENTE
Socorro do Livramento Bezerra da Silva
REPRESENTANTE ADMINISTRATIVO
Jorge Barboza de Souza
REPRESENTANTE DISCENTE
Petson de Melo Cavalcanti
ELABORADO POR
PRESIDENTE DA COMISSÃO
Ildete Amorim Loura
SECRETÁRIO/RELATOR
Márcia Valéria Padilha de Araújo
MEMBROS
Alberto Carlos Bertuola
Ana Rita Leandro dos Santos
Antonio Manoel Rodrigues dos Santos
Ariosvaldo Gomes Ribeiro
Aureo Cezar de Lima
Cícero Antônio de Souza Araújo
Denice de Amorim Cavalcanti Freire
Elias dos Santos Silva
Elza Maria de Carvalho
Izabel de Lima Cavalcanti
José Ismar Gonçalves de Souza
Manuel Saturnino Nóbrega
Matilde Maria Agra Guimarães (In Memorian)
Maria Alves de Souza Santana
Mônica Mascarenhas dos Santos
Nalba Maria da Silva
Pedro de Siqueira Campos Filho
Raimundo Nonato Alencar de Castro
Rosimary de Carvalho Gomes Moura
Selma Maria Rodrigues de Andrade Alves
Socorro do Livramento Bezerra da Silva
PALAVRAS DO GESTOR
Verificar com diretor
Este Projeto Político Pedagógico foi iniciado em 2004, com a participação de
profissionais abnegados e conscientes da importância da educação para os nossos jovens, na
busca incessante do desenvolvimento científico e cultural, visando à redução da incrível
diferença, a que foi submetido o nordeste em relação às regiões sul e sudeste do nosso país.
Temos consciência da importância deste projeto que, totalmente amparado e
engajado às leis e elaborado à luz dos Parâmetros Curriculares Nacionais, não é definitivo e
imutável. Confiamos, sobretudo, na capacidade de nossa equipe em transformar o IF Sertão -
PE em um instrumento capaz de reduzir as diferenças científicas, tecnológicas e culturais que
se impõem sobre nossa região, conscientes que apenas o conhecimento significativo propicia
a verdadeira liberdade e independência.
SEBASTIÃO RILDO FERNANDES DINIZ
Diretor-Geral IF Sertão - PE
ÍNDICE
INTRODUÇÃO................................................................................................................
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE PETROLINA ........................ 2
Inserção regional..................................................................................................................... 5
FUNDAMENTOS DO PROJETO ........................................................................................... 11
3.1 Bases Legais ............................................................................................................. 11
3.1.1 Objetivos do CEFET ........................................................................................ 12
3.2 Plano de Desenvolvimento Institucional .................................................................. 13
3.3 Fundamentos educacionais ....................................................................................... 14
3.3.1 Princípios pedagógicos e metodológicos .......................................................... 15
3.4 Estrutura pedagógica ................................................................................................ 16
3.4.1 O professor ....................................................................................................... 16
3.4.2 O currículo ........................................................................................................ 17
3.4.2.1 O conteúdo .................................................................................................... 17
3.4.2.2 A metodologia de ensino .............................................................................. 19
3.4.2.3 Os recursos de ensino ................................................................................... 19
3.4.2.4 A avaliação ................................................................................................... 20
3.4.3 Cronograma de atividades ................................................................................ 21
CARACTERIZAÇÃO DO CEFET - PETROLINA ................................................................ 24
4.1 Corpo docente ........................................................................................................... 24
4.1.1 Indicador de alunos por professor .................................................................... 27
4.2 Corpo discente .......................................................................................................... 28
4.2.1 Análise sócio-econômica dos alunos ............................................................... 29
4.2.2 Indicador de produtividade escolar .................................................................. 33
4.3 Estrutura física e acervo bibliográfico do CEFET - Petrolina .................................. 35
4.4 Diagnóstico escolar................................................................................................... 37
5 POLÍTICAS, PROPOSTAS E AÇÕES ........................................................................... 43
4.2 Política dos Cursos de Formação Inicial e Continuada dos Trabalhadores .................... 44
4.2.2 Responsabilidades: .................................................................................................. 46
4.2.3 Cronograma de atividades: ...................................................................................... 48
4.3.Política de Cursos Técnicos...............................................................................................49
4.4.Política de Cursos Superiores.............................................................................................50
5. POLÍTICA DE ATENDIMENTO DISCENTE....................................................................53
5.1. Formas de acesso do aluno.............................................................................................53
5.2. Acompanhamento aos estudantes ingressantes.............................................................54
5.3. Estímulo à permanência.................................................................................................55
5.4. Organização estudantil...................................................................................................56
6. POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO......................................................56
6.1. Corpo docente................................................................................................................56
6.2. Corpo técnico-administrativo........................................................................................57
6.3. Problemas, propostas e ações ...................................................................................... 59
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................65
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1.1. Cursos e alunos atendidos no IF Sertão - PE no ano de 2005 e primeiro
semestre de 2006 ........................................................................................................................ 6
Tabela 1.2. Cursos de Formação Inicial e Continuada do Trabalhador oferecidos pelo
CEFET – Petrolina no ano de 2005. ........................................................................................... 7
Tabela 1.3. Distribuição do número de docente por grupo de qualificação, por unidade de
ensino em 2005 e Índice de Qualificação Docente................................................................... 26
Tabela 1.4. Número de alunos matriculados, distribuição de docentes por situação
funcional e a relação alunos/professor (%), por unidade de ensino, em 2005. ........................ 27
Tabela 1.5. Número de inscritos e vagas e resposta à demanda da comunidade por curso,
turno e unidade de ensino no CEFET – Petrolina em 2006 ..................................................... 28
Tabela 1.6. Índice de Eficácia Tecnológica dos cursos com finalização em 2005 do CEFET
- Petrolina 34
Tabela 1.7. Instalações físicas do CEFET – Petrolina no ano de 2005 ............................... 36
Tabela 1.8. Acervo bibliográfico do CEFET-Petrolina em 2005 ........................................ 37
Tabela 1.9. Aspectos determinantes do Processo Ensino -Aprendizagem do CEFET –
Petrolina apontados em 2005 .................................................................................................... 38
Tabela 1.10. .............................................................................................................................. 39
Aspectos determinantes Quanto aos Professores do CEFET – Petrolina apontados em 2005 . 39
Tabela 1.11. .............................................................................................................................. 39
Aspectos determinantes Quanto à Participação dos Pais e da Comunidade do CEFET –
Petrolina apontados em 2005 .................................................................................................... 40
Tabela 1.12. Aspectos determinantes Quanto ao Ambiente do CEFET – Petrolina
apontados em 2005 ................................................................................................................... 40
Tabela 1.13. Aspectos determinantes Quanto à Gestão Escolar do CEFET – Petrolina
apontados em 2005 ................................................................................................................... 41
Tabela 1.14. Aspectos determinantes da Infra-Estrutura do CEFET – Petrolina apontados
em 2005.42
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 3.1. Distribuição do corpo docente do CEFET-Petrolina em 2005: (a) sexo e (b) faixa
etária..........................................................................................................................................24
Figura 3.2. Distribuição do corpo docente no CEFET-Petrolina em 2005: (a) regime de serviço e (b)
tempo de admissão em anos....................................................................................................................24
Figura 3.3. Distribuição do corpo docente efetivo do CEFET-Petrolina por titularidade do ano
2005........................................................................................................................................................24
Figura 3.4. Condição de moradia do corpo discente do CEFET-Petrolina quanto a propriedade em
2005........................................................................................................................................................29
Figura 3.5. Condição de moradia do corpo discente do CEFET-Petrolina quanto ao número de
cômodos em 2005...................................................................................................................................29
Figura 3.6. Condição de disponibilidade de equipamentos eletrônicos do corpo discente do CEFET-
Petrolina quanto ao número de televisores em cores em 2005...............................................................30
Figura 3.7. Condição de disponibilidade de equipamentos eletrônicos do corpo discente do CEFET-
Petrolina quanto ao número de microcomputadores no ano de 2005.....................................................30
Figura 3.8. Condição de disponibilidade de automóvel nas famílias do corpo discente do CEFET-
Petrolina no ano de 2005.......................................................................................................................32
Figura 3.9. condição de tempo de deslocamento até a escola em minutos do corpo discente do CEFET-
Petrolina no ano de 2005........................................................................................................................31
Figura 3.10. Nível de escolaridade dos pais ou responsáveis do corpo discente do CEFET-Petrolina
em 2005...................................................................................................................................................32
Figura 3.11. Nível de escolaridade das mães ou responsáveis do corpo discente do CEFET-Petrolina
em 2005...................................................................................................................................................32
Figura 3.12. Alunos que não concluiram o processo regular, que comcluiram as displinas e que
concluíram os curso no CEFET-Petrolina, integralizados em 2005.......................................................34
Figura 3.13. Índice de Eficácia Tecnológica dos cursos integralizados em 2005 no CEFET-
Petrolina..................................................................................................................................................34
Figura 4.1. Fluxograma de atividades e responsabilidades para o desenvolvimento dos Cursos de
Formação Inicial e Continuada dos Trabalhadores no CEFE
1
T-Petrolina..............................................49
INTRODUÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Sertão Pernambucano (IF Sertão – PE) representa o esforço da comunidade para
construção e reconstrução de sua identidade educacional afim de estabelecer as diretrizes
didático-pedagógicas do “viver pedagógico” na Instituição.
Este projeto foi elaborado com a participação de todos os segmentos da comunidade
do IF Sertão - PE, onde esteve presente o desejo de provocar mudanças nas áreas de ensino,
pesquisa e extensão, potencializando o alcance dos objetivos legais e anseios da população
regional.
O desafio do Projeto Político-Pedagógico é possibilitar sua consolidação e, para isso,
retrata-se a história e a inserção do IF Sertão - PE nas necessidades regionais; fundamenta-se
nas bases legais, no Plano de Desenvolvimento Institucional e na filosofia adotada para a
Instituição; caracterizam-se os professores, alunos, estrutura física e os problemas do IF
Sertão - PE.
Através da integração do que se espera do IF Sertão - PE com o que se tem formatam-
se políticas, propostas e ações, não rígidas e determinísticas, porém direcionadoras, retratando
o desejo transformador da comunidade da Instituição.
Assim, o Projeto Político-Pedagógico do IF Sertão - PE enquanto um conjunto de
definições, estratégias e ações, considerando que “projetar”, do latim “lançar pra diante”,
determina mais um passo para o auxílio do desenvolvimento social, econômico e cientifico da
região Submédio do Vale do São Francisco.
2
CAPÍTULO I
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
SERTÃO PERNAMBUCANO
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF
Sertão – PE) foi criado mediante transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica
de Petrolina (CEFET Petrolina), pela Lei nº 11.892 de dezembro de 2008, que instituiu a Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais de
Educação, Ciência e Tecnologia. Três campus integraram inicialmente o IF Sertão – PE:
Campus Petrolina, Campus Petrolina Zona Rural e Campus Floresta.
O Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina (CEFET Petrolina) havia
sido criado a partir da Escola Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela - EAFDABV,
originada pelo Decreto Presidencial nº 96.568, de 25 de agosto de 1988 e transformada em
Autarquia Federal através da Lei nº 8.731, de 11 de novembro de 1993.
No dia 26 de novembro de 1999, de acordo com Decreto Presidencial, a Escola
Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela havia sido passada a Centro Federal de
Educação Tecnológica de Petrolina e em l9 de novembro 2001 tinha sido transferida a
Unidade de Ensino Descentralizada de Petrolina do Centro Federal de Educação Tecnológica
de Pernambuco. O Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina passou na época a
abranger dois campus distintos: um localizado no Perímetro Rural (Unidade Agrícola) e outro
na Área Urbana (Unidade Industrial).
A Escola Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela havia sido inaugurada em
17 de junho de 1988, pelo então presidente da República José Sarney e vinculada à Secretaria
Nacional de Educação Tecnológica do Ministério da Educação, a qual, juntamente com o
Ministério da Irrigação e a Prefeitura Municipal de Petrolina, construíram a infra-estrutura
física da Instituição. A EAFDABV iniciou suas atividades letivas em 1989, sob a direção do
Sr. Flávio José Gomes Cabral, Engenheiro Agrônomo da CODEVASF, nomeado Diretor Pró-
Tempore, pelo Ministério da Educação.
O Campus Petrolina Zona Rural, antiga Unidade Agrícola do CEFET Petrolina, possui
uma área de 196 ha, das quais 50 ha passíveis de irrigação e 140 ha distribuídos entre
3
instalações físicas, áreas de sequeiro e reserva com vegetação nativa, contando com
aproximadamente 22.000 m2 de área construída.
Em conformidade com as demais escolas da Rede Federal de Educação Tecnológica,
a, então EAFDABV adotou o Sistema Escola-Fazenda, cujo lema “Aprender a Fazer e Fazer
para Aprender” ensejava possibilitar ao aluno a associação da teoria à prática nas Unidades
de Ensino e Produção – UEP’s, as quais se relacionavam com diversas atividades agrícolas
determinadas pelo currículo de formato nacional único – o Curso Técnico em Agropecuária,
cuja carga horária de 3.900 horas integrava formação geral em nível médio e habilitação
profissional de nível técnico.
No primeiro ano letivo, 1989, matricularam-se 160 alunos, classificados por meio de
exame de seleção conduzido na sua totalidade pela Escola Agrotécnica Federal do Crato - CE,
instituição que se responsabilizaria por esses testes seletivos até o ano de 1993. Para os
alunos, o regime escolar em princípio oferecido pela EAFDABV era de internato ou semi-
internato, em que o primeiro se destinava apenas ao sexo masculino.
O quadro de pessoal era constituído, em sua maioria, por servidores não efetivos, a
exemplo de professores substitutos, nomeados pelo Ministério da Educação, de técnicos-
administrativos e professores cedidos pela Prefeitura Municipal de Petrolina.
O primeiro concurso público para preenchimento de vagas na EAFDABV ocorreu no
final de 1991, restringindo-se apenas ao cargo de Professor de 1º e 2º graus, para atender
disciplinas da parte de formação geral do currículo e também aquelas específicas da área
técnica.
Em meados de 1993, foi designado a EAFDABV, pelo Ministério da Educação, o
Professor Nelson Minussi Filho, nomeado Diretor Pró-Tempore, através da Portaria nº 959, de
05 de julho de 1993.
A partir desse momento a EAFDABV passou a incumbir-se de seus próprios exames
de seleção de alunos; intensificou sua articulação com a comunidade externa, ampliou as
parcerias com o setor produtivo e adotou nova modalidade de ensino, oferecendo qualificação
profissional de nível básico. Implantou novos cursos técnicos, com estrutura curricular mais
flexível e de características mais coerentes com o contexto social, econômico e ambiental da
região, antecipando-se dessa forma às transformações pelas quais passaria o ensino técnico
brasileiro com a publicação da Lei nº 9.394/96 e do Decreto 2.208/97.
Foram criados, a partir de 1996, os cursos técnicos de Agricultura, Zootecnia,
Agroindústria e Infra-estrutura Rural, extinguindo-se os Cursos Técnicos em Agropecuária,
de caráter mais generalista. Com a aprovação da Lei nº 9.394/96, do Decreto 2.208/97 e da
4
Portaria nº 646/97, a Instituição, ainda denominada EAFDABV, passou a oferecer, em 1998,
Ensino Médio concomitante ao Curso Técnico, com matrículas distintas; Curso Técnico a
alunos matriculados no Ensino Médio em outro estabelecimento de ensino e Curso Técnico
para egressos do Ensino Médio. Desde então, a oferta de vagas para o Ensino Médio foi
reduzida gradativamente até sua extinção em 2001. Os cursos técnicos, por sua vez, tiveram
ampliação de vagas.
Em conseqüência da aprovação do Programa de Reforma e Expansão da Educação
Profissional (PROEP), em 1998 iniciou-se a implementação de convênios, através do qual
recebeu recursos para investimento em infra-estrutura física, equipamentos e capacitação de
agentes colaboradores.
O Campus Petrolina, antiga Unidade Industrial, originou-se do “Campus Avançado”
da Escola Técnica Federal de Pernambuco – ETFPE, hoje Instituto Federal e Educação,
Ciência e Tecnologia de Pernambuco. O “Campus”, que funcionou no Centro Interescolar
Otacílio Nunes de Souza, na época escola pública estadual profissionalizante de 2º Grau,
consolidou-se através de convênio de cooperação técnica firmado entre a ETFPE e a
Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, iniciando suas atividades em março de
1983, com 160 alunos e oferecendo os cursos técnicos de Edificações, Eletrotécnica,
Refrigeração/Ar condicionado e Saneamento.
Em 11 de setembro de 1989, o “Campus Avançado” passou a funcionar em sede
própria, denominada Unidade de Ensino Descentralizada – UNED da ETFPE, oferecendo
também o Curso Técnico de Química. O Curso Técnico de Agrimensura foi inserido no
conjunto de currículos da Instituição em 1996, destinado aos egressos do Ensino Médio.
A Unidade passou a atuar também no nível básico da Educação Profissional, em
atendimento ao Decreto 2.208/97, desenvolvendo programas de qualificação e requalificação
profissional de jovens e adultos.
Com o advento da Lei nº 9.394/96, a UNED promoveu em 1998 a desvinculação
formal do Ensino Médio da Educação Profissional, efetivando matrículas distintas para o
Ensino Médio e para os cursos técnicos, estes direcionados a egressos do Ensino Médio.
Dentre os cursos oferecidos destacavam-se os cursos técnicos em: Eletrotécnica, Edificações,
Química, Refrigeração e Agrimensura. No segundo semestre de 1998 a UNED verticalizou
sua oferta de cursos de Educação Profissional, através do Curso Superior de Tecnologia em
Alimentos.
Em 1999, houve a implantação do Curso Técnico em Informática. No ano seguinte,
dois novos cursos técnicos foram disponibilizados à comunidade: Turismo e Enfermagem.
5
A Unidade correspondia assim aos três níveis de atuação da Educação Profissional:
básico, técnico e tecnológico. Continuava também a oferecer Ensino Médio, quando, em
novembro de 2001, passou a integrar o Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina,
desligando-se do CEFET Pernambuco através de Decreto Presidencial.
Em janeiro de 2004, dois blocos de salas pertencentes à infra-estrutura física da
unidade industrial através de convênio, com vigência de dois anos, foram cedidos a
UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco.
O Exame de Seleção para ingresso de novos alunos nos cursos técnicos em 2005
marca o retorno de vagas para cursos técnicos, cujos currículos integram formação geral e
profissionalizante.
O Decreto 4.877 de 13 de novembro de 2003 estabeleceu novas normas para a escolha
dos dirigentes do CEFET. Estreava, assim, um novo momento na história, com a realização de
eleições diretas proporcionais entre os votos de servidores e alunos.
Em 29 de dezembro de 2008 o Presidente da República Luiz Início Lula da Silva
sancionou a Lei 11.892 que transformou o Centro Federal de Educação Tecnológica de
Petrolina em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano.
Inserção regional
O contexto ambiental no qual o IF Sertão - PE encontra-se inserido é o semi-árido
nordestino, Sub-Médio São Francisco que, com área igual a 69.518,4 Km2 representa 70,3%
da área do estado de Pernambuco e 10,9 % da área total do Vale do São Francisco.
Abrangendo 69 municípios e uma população de 1.625.110 habitantes, esta região está
totalmente incluída no Polígono das Secas e no Semi-Árido (CODEVASF, 2000).
O Município de Petrolina localiza-se na Mesoregião do São Francisco Pernambucano
e Microrregião de Petrolina, com uma área de 4.731,1Km², a 769 Km da capital Recife,
limita-se ao norte com Dormentes; ao sul com o estado da Bahia; ao leste com Lagoa Grande
e a oeste com o estado da Bahia e com o município de Afrânio - PE. Sua altitude em relação
ao nível do mar é de 376 m e tem acesso pela BR 122, BR 428, BR 116 e pela BR 232 (Via
Salgueiro). Sua população total é de 218.538 habitantes, sendo 166.279 habitantes na zona
urbana e 52.259 na zona rural (IBGE, 2000).
O município é considerado pólo de crescimento e desenvolvimento nos setores
agroindustrial e de alimentos, caprinocultura, enologia e fruticultura irrigada, com vistas ao
6
mercado nacional e internacional, o que vem impulsionando a necessidade de expansão dos
segmentos industriais e de serviços.
Petrolina vem demandando profissionais voltados para agronegócio, indústria,
comércio, turismo, construção civil, eletrificação, saneamento, química, refrigeração e
informática.
Assim, embora as características do semi-árido imponham sérias restrições climáticas
ao desenvolvimento sócio-econômico regional, o IF Sertão – PE vem atuando na oferta de
cursos e programas voltados para o atendimento das demandas regionais, sem perder de vista
o desenvolvimento sustentável e o avanço tecnológico nacional.
Abrangendo a formação profissional nos níveis básico, técnico e tecnológico, o IF
Sertão – PE busca promover a geração de empregos e renda estáveis e a qualidade de vida do
homem.
A atuação do IF Sertão – PE na região fundamenta-se no ensino, pesquisa e extensão.
Como sua maior atuação na área de ensino, a Instituição oferece cursos nas modalidades:
Ensino Médio; Ensino Médio Técnico Integrado; Técnico Subseqüente, Superior Tecnológico
e Licenciatura e de Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores, como pode ser
observado nas Tabelas 1.1 e 1.2 a partir dos cursos e alunos atendidos.
Tabela 1.1. Cursos e alunos atendidos no IF Sertão - PE no ano de 2005 e primeiro semestre de 2006
Modalidade Curso Alunos 2005
Alunos 2006
Técnico subseqüente
Agricultura 240 295
Zootecnia 98 125
Agroindústria 59 43
Informática 66 58
Construção de Edifícios 90 25
Edificações 75 78
Eletrotécnica 122 106
Turismo 166 139
Subtotal = 916 869
Técnico médio
Integrado
Edificações 102 136
Eletrotécnica 31 57
Química 61 87
Subtotal = 194 280
Superior Tecnologia em Fruticultura Irrigada 80 114
Tecnologia em Viticultura e Enologia 31 67
7
Tecnologia em Alimentos de Origem Vegetal
74 89
Licenciatura Física 41
Licenciatura Química 41 Subtotal = 185 171
Total = 1295 1501
Tabela 1.2. Cursos de Formação Inicial e Continuada do Trabalhador oferecidos pelo CEFET – Petrolina no ano de 2005.
nº Cursos Turmas Carga
Horária Pessoas
Qualificadas
1 Agricultura Orgânica 2 20 77
2 Apicultura 14 20 181
3 Construção de cercas 4 8 53
4 Curso de capacitação de trabalhadores rurais em desbrota
4 20 27
5 Curso de capacitação de trabalhadores rurais em pinicado
3 20 38
6 Curso de capacitação de trabalhadores rurais em poda de videiras
2 20 25
7 Curso de capacitação de trabalhadores rurais em raleio 3 20 50
8 Informática básica 1 20 13
9 Inglês instrumental 1 20 11
10 Mini curso sobre controle e prevenção da mastite em vaca leiteira
1 4 20
11 Mini curso sobre controle, prevenção e tratamento da linfadenite caseosa
1 4 6
12 Mini curso sobre criação de galinha caipira 1 4 23
13 Mini curso sobre gestão ambiental aplicada 1 4 11
14 Mini curso sobre manejo da irrigação da videira de vinho
1 4 23
15 Mini curso sobre pif e eurepgap 5 4 101
16 Mini curso sobre pós-colheita de uva 2 4 49
17 Mini curso sobre processamento de carnes 1 4 7
18 Mini curso sobre processamento de leite 2 4 24
19 Normas de higiene e colheita de uva 2 20 38
20 Processamento de uva para elaboração de vinhos e derivados
1 60 15
21 Segurança do trabalhador 1 20 15
8
22 Suturas em Veterinária 1 8 13
23 Uso correto e seguro de produtos fitossanitários 1 16 9
24 Química Fundamental 2 41 20
25 Português 1 9 20
26 Eletricidade Básica 1 15 20
27 Power Point 1 3 20
Total = 60 945 909
Procurando inserir o IF Sertão - PE no mercado de trabalho junto às instituições
públicas e privadas, a Instituição busca promover e participar de eventos na região, onde no
ano de 2005 destacam-se:
Encontro de Produtores Rurais;
Seminário de Cursos Tecnológicos;
II Semana da Ciência e Tecnologia;
I Encontro de Egresso;
Feira das Profissões no Colégio Dom Bosco;
FENAGRI em Juazeiro -BA;
Feira da Pequena Empresa e da Construção Civil;
Seminário sobre Mel realizado em Dormentes junto com CODEVASF, BNB,
SEBRAE e SENAI;
Feira sobre Mel, no SESC;
Todos os Arranjos Produtivos Locais (APL) de Petrolina e Juazeiro;
Encontro do DIEESE Junto ao Ministério do Trabalho;
AgriNordeste, em Recife –PE;
VinUva Fest, em Lagoa Grande –PE;
Encontro na CODEVASF sobre Banana;
Reunião com presidentes de associações dos Núcleos Irrigados;
I Fórum Sócio-Econômico de Petrolina.
Na área de integração com a comunidade, destacam-se os convênios firmados pelo
CEFET – Petrolina, hoje IF Sertão – PE, para desenvolvimento de treinamento, estágios:
9
Convênio com a Fazenda Terra do Sol e a Sanvaley para capacitação de rurícolas;
Convênio Internacional com a empresa Amazon para estágio nos EUA, na recepção
para qualidade da manga;
Convênio Internacional com Liceu Agricole da França de cooperação técnica;
Capacitação de 2000 pessoas através da Agência de Trabalho de Pernambuco pelo
convênio PLANTEQ 2005;
Convênio com a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco na preparação de
1050 alunos da região para entrada na Instituição através do projeto Pré-Técnico do
CEFET-Petrolina;
Convênio com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Pernambuco – SECTMA
- para capacitação de alunos de escola pública e zona rural na área de Viticultura e
Enologia.
Nas áreas de pesquisa e extensão, destacam-se os projetos do IF Sertão - PE
convênios com a FACEPE, CAPES, CNPq, BNB, MECsesu, EMBRAPA, CODEVASF e
projetos em andamento:
Desenvolvimento de tecnologia para a produção integrada de banana na região do
Submédio do Vale do São Francisco;
Taxa de decomposição de estercos em função da profundidade de incorporação e
do tempo sob irrigação por micro aspersão;
Efeito da adição de taninos no potencial de envelhecimento de vinho tinto fino
Shiraz elaborado no Vale do São Francisco;
Evolução da maturação e determinação do ponto de colheita de banana nas
condições de cultivo da região do Submédio do Vale do São Francisco;
Avaliação e validação de inovação tecnológica do semi-árido nordestino.
Manejo integrado das principais pragas da uva de vinho no contexto da produção
integrada das frutas na região do Submédio do Vale do São Francisco ”;
Suporte técnico comunitário a agricultores familiares, visando o desenvolvimento
social;
Capacitação de técnicos/tecnólogos em produção integrada de frutas;
10
Implantação e acompanhamento do sistema de produçao integrada de uvas finas de
mesa, uva de vinho e manga no Campus Petrolina Zona Rural do IF Sertão – PE;
Tecnologias e otimização do sistema de produção da videira na zona da mata de
Pernambuco;
Desenvolvimento vegetativo e reprodutivo de viníferas submetidas a três sistemas
de poda no Vale do São Francisco, Brasil;
Transferência de tecnologias de produção da cultura da banana para agricultores
familiares do semi-árido nordestino;
Levantamento e grau de infestação das principais pragas da bananeira na região do
Submédio do Vale do São Francisco;
Transferência de tecnologias de produção da cultura da banana para produtores da
zona da mata pernambucana
11
CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS DO PROJETO
Os Fundamentos do Projeto Político-Pedagógico devem obedecer às disposições
legais, ser norteado pelo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e delimitado pela
organização didática em cada área de atuação, considerando a estrutura existente na
Instituição.
3.1 Bases Legais
O Projeto Político-Pedagógico foi elaborado considerando a Lei de Diretrizes e Base
da Educação Nacional, LDB nº 9.394, de 26/12/1996, e em consonância com as demais leis,
normas, pareceres e portarias relativas ao ensino profissionalizante no Brasil conforme:
Parecer CNE/CEB nº 17/97: enfocando a educação profissional e o ensino médio;
PCN’S
Parecer CNE/CEB 15/98: diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Médio;
Parecer CNE/CEB 3/98: institui as diretrizes curriculares nacionais para o Ensino
Médio;
Parecer CNE/CEB 11/2000: diretrizes curriculares nacionais para a Educação de
Jovens e Adultos;
Parecer CNE/CEB 1/2000: estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a
Educação de Jovens e Adultos;
Parecer CNE/CEB 16/99: diretrizes curriculares nacionais para a Educação
Profissional de Nível Técnico;
Resolução CNE/CEB 4/99: institui as diretrizes curriculares nacionais para a
Educação Profissional de Nível Técnico;
Anexo à resolução CNE/CEB 4/99: quadros das áreas profissionais e cargas horárias
mínimas;
Parecer CNE/CEB 33/2000; estabelece prazo final de transição para implantação
das diretizes curriculares;
12
Resolução CNE/CEB 1/2001;prorroga prazo de transição para implantação das
diretrizes curriculares;
Parecer CNE/CES 436/2001; trata da formação do tecnológos;
Parecer CNE/CP 29/2002;diretrizes para o nível tecnológico;
Resolução CNE/CP 3/2002;institui as diretrizes para o funcionamento dos curos
superiores de tecnológia;
Resolução CNE/CEB 1/2004;diretrizes para organização e realização do estágio
curricular;
Decreto Federal 5.154/2004; estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;
Parecer CNE/CEB – 39/2004; aplicação do Decreto Federal 5.154/2004;
Decreto Federal 5.224/2004; estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;
Lei nº 6.938/81 e 9.433/97 – referente às políticas do meio ambiente.
CNE Conselho Nacional de Educação.
CEB Câmera de Educação Básica.
CES Câmera de Ensino Superior.
CP Câmera de Ensino Profissionalizante
3.1.1 Objetivos do IF SERTÃO – PE
Os objetivos do IF Sertão – PE são definidos pelo Art. 7º da Lei 11.892, de 29 de
dezembro de 2008. A busca destes objetivos deve considerar o espírito de organização
educacional para o homem, respeitando o perfil de inserção regional que o IF Sertão – PE
deve desenvolver na comunidade do Submédio do Vale do São Francisco e circunvizinhança.
Desta forma a Instituição deve:
I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na
forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da
educação de jovens e adultos;
II - ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores,
objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de
profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e
tecnológica;
13
III - realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções
técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade;
IV - desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e
finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e
os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de
conhecimentos científicos e tecnológicos;
V - estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e
renda, e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local
e regional; e
VI - ministrar em nível de educação superior:
a) cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais para os
diferentes setores da economia;
b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação
pedagógica, com vistas à formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas
de ciências e matemática, e para a educação profissional;
c) cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais
para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento;
d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização,
visando à formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento; e
e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que
contribuam para promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e
tecnologia, com vista ao processo de geração e inovação tecnológica.
3.2 Plano de Desenvolvimento Institucional
O Projeto Político-Pedagógico deve estar em consonância com o Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI). A partir de discussões e decisões de interesse coletivo,
foi disposto no PDI um planejamento participativo para as ações futuras do IF Sertão – PE,
com vistas a cumprir com sua responsabilidade social quanto à gestão Institucional,
organização acadêmica e infra-estrutura, definindo responsavelmente os seus objetivos e
metas e explicitando os seus instrumentos de avaliação e acompanhamento. São, assim,
14
apresentadas as políticas firmadas no PDI do IF Sertão – PE que se relacionam diretamente às
necessidades que devem ser estruturadas no Projeto Político Pedagógico:
Consolidar o Projeto Político-Pedagógico;
Estimular a oferta de cursos de Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores;
Reestruturar os cursos de acordo com as necessidades do mercado de trabalho e
adequá-los ao seu reconhecimento;
Implantar e consolidar a política de pesquisa e extensão;
Promover o desenvolvimento e a valorização dos alunos, do corpo docente e técnicos
administrativos;
Estimular e aperfeiçoar as relações do IF Sertão – PE com a comunidade externa e
outras Instituições;
Promover a otimização e a melhoria da qualidade dos serviços;
Preparar a Instituição para credenciamento de Centro Universitário;
Buscando atender às obrigações legais e aos objetivos dispostos no PDI, o Projeto
Político-Pedagógico deve estruturar-se nos fundamentos educacionais tendo como base a
estrutura pedagógica existente na instituição.
3.3 Fundamentos educacionais
Ensinar é uma das missões do IF Sertão – PE e deve ser desenvolvida sobre os quatro
pilares da educação contemporânea: aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver juntos e
aprender a conhecer. (Relatório Delores)
Assim, a educação deve fundamentar-se nas competências exigidas nas bases legais,
baseadas nas ciências cognitivas com enfoques transversais que propõe a visão de criar,
explicar e compreender dentro do processo de ensino-aprendizagem.
O IF Sertão – PE deve, assim, oferecer ao seu corpo discente espaços e oportunidades
que os transformem em cidadãos possuidores de um conhecimento formal, com uma visão
lógica e crítica, capazes de interpretar e transformar a sociedade e seu habitat, em benefício do
homem e do bem-estar pessoal e coletivo.
Para a concretização dessa finalidade, o IF Sertão – PE faz a opção por uma
metodologia de ensino evolutiva e instrumentalizadora do método científico, de forma que o
15
aluno, ao adquirir e construir os conhecimentos, saiba relacioná-los, compará-los e aplicá-los
através do conhecimento cientifico articulado.
Os objetivos educacionais direcionam todas as ações administrativas e pedagógicas do
IF Sertão – PE e constituem-se na declaração dos propósitos e no conseqüente compromisso
da Instituição para com a comunidade a que se propõe servir. Dividido em campo afetivo ou
comportamental, cognitivo ou científico e psicomotor ou das habilidades são objetivos
desenvolver nos alunos, através da informação, formação e ação:
Um conceito positivo de sua realidade e a alta valorização da vida social.
Uma metodologia científica para apropriar-se e aplicar o conhecimento.
Habilidades não só técnicas em executar e manejar, também artísticas, como artes
plásticas, música, literatura, expressão corporal.
3.3.1 Princípios pedagógicos e metodológicos
Definem-se como as principais características do processo de ensino-aprendizagem:
O social;
O aluno como sujeito e fim;
A ação do aluno como fundamental;
A evolução da aprendizagem:
do concreto para o abstrato;
do particular para o geral;
do simples para o complexo;
do experimental para o racional.
Os pré-requisitos do aluno.
A operacionalização dos princípios pedagógicos e metodológicos deverá ter como
etapas:
O incentivo e a motivação;
A materialização;
A aplicação;
A verificação.
16
3.4 Estrutura pedagógica
O processo pedagógico se realiza por meio da relação que se estabelece entre o
professor e o aluno. O aluno precisa tomar para si a necessidade e a vontade de aprender, no
entanto, a disposição para aprendizagem também demanda a integração colaborativa dos
recursos humanos embasados em currículos adequados dentro de um cronograma de
atividade.
Para garantir o êxito do processo ensino-aprendizagem e proporcionar o
acompanhamento individualizado ao aluno, os órgãos componentes da estrutura
organizacional da escola juntamente com a família devem trabalhar de forma harmoniosa e
integrada.
Na estrutura, o ponto convergente de todos os esforços da equipe é o aluno, em torno
do qual todos os setores se organizam. Assim, os órgãos técnicos e administrativos só têm
razão de existir à medida que promovam o desenvolvimento do trabalho docente e este, por
sua vez, desenvolver suas tarefas em função do aluno. Por fim, de forma integradora, todos
contribuem para o alcance do objetivo maior da escola, ou seja, o desenvolvimento social e
econômico da região.
3.4.1 O professor
O corpo docente almejado para o IF Sertão – PE deve apresentar, dentre as qualidades
necessárias para o desenvolvimento da ação pedagógica, conhecimento cientifico atualizado,
preparo didático-pedagógico, maturidade afetiva, senso de responsabilidade e dever e
identificar-se com a filosofia e política da escola. Assim, o professor deverá desempenhar
suas atividades vivenciando:
O processo educativo em conjunto, correlacionando e colaborando com os demais
professores, disciplinas e órgãos de apoio;
O emprego de métodos e técnicas operacionais adequadas e atuais;
O saber o “quê”, “porquê” e “como” ensinar;
Os aspectos motivacionais do processo ensino-aprendizagem;
Toda ação educativa do IF Sertão – PE;
Uma consciência crítica, mas sabia, sempre com o objetivo de colaborar para a
melhoria do processo ensino-aprendizagem e o crescimento do grupo.
17
O professor ainda deve preparar suas aulas definindo o conteúdo programático e
determinando os recursos técnicos de ensino a serem utilizados. O desenvolvimento
operacional da parte didática deve obedecer estruturalmente ao seguinte processo:
Controle de freqüência;
Verificação, correção e avaliação das atividades extra classe;
Introdução do conteúdo a desenvolver;
Atividades motivacionais temáticas, como: atualidades, experiências pessoais,
repercussão na vida prática, vantagens de seu estudo, fotos ou ilustrações;
Apresentação do esquema do assunto a tratar;
Atividades de aprendizagem que constituem o núcleo do ensino, considerando a
opção estratégica adotada, determinando a sua eficiência e os respectivos resultados;
Eficâcia imediata das atividades de aprendizagem considerando as técnicas de
ensino escolhidas, o assunto apresentado, sua importância e extensão, o nível de
profundidade que se pretende atingir e a disponibilidade de recursos existentes;
Atribuição de atividades extra classe para a promoção do hábito de estudo.
3.4.2 O currículo
O currículo é a estruturação dos objetivos almejados pela escola. Ele é desenvolvido
através de conteúdos, metodologias e recursos de ensino e avaliação, de tal forma que permite
controle e avaliação de todo o processo de desenvolvimento das competências.
3.4.2.1 O conteúdo
O conteúdo a ser desenvolvido deve buscar a pluralidade, a interdisciplinaridade e
contextualização das atividades integradoras, delineado pela organização proposta pela LDB.
A pluralidade é justificada pela visão de respeito à diversidade em todos os sentidos e de uma
luta contínua e cotidiana pela caracterização da identidade da escola, do aluno, do professor,
do administrativo, dos pais de alunos, da comunidade, ou seja, da dinâmica das relações
internas e externas do IF Sertão – PE.
A interdisciplinaridade, contextualização e protagonismo do educando buscam o
desenvolvimento pessoal e a construção de sua autonomia intelectual sob uma nova
18
concepção e um novo projeto pedagógico, capaz de propiciar subsídios ao jovem para que ele
atribua um novo sentido a sua prática individual e social. A aprendizagem remete sempre a
algo com significado: aprende-se aquilo que fez e que faz sentido.
Apesar do objetivo do processo de ensino sempre transcender a experiência imediata,
o ponto de partida de qualquer aprendizagem sistemática deve ser o mundo do aluno, seus
interesses culturais, suas paixões, percepções e linguagens.
As atividades curriculares integradoras deverão constar do planejamento geral, sendo
asseguradas no calendário escolar, jogos internos, feira de ciências e do meio ambiente,
amostras interdisciplinares, jornal interno e jornal mural. Projetos de pesquisa e estudo
também fazem parte das atividades integradoras, com diferentes propostas e direcionamentos.
A organização curricular é prevista pela LDB em uma base nacional comum e em uma
parte diversificada. A base nacional comum está estruturada conforme competências básicas
distribuídas em três áreas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
O desenvolvimento e atualização dos currículos do IF Sertão – PE devem garantir aos
egressos um conjunto de competências profissionais específicas, identificadas no mercado de
trabalho, permeadas por competências que complementem a formação profissional,
articuladas com as bases das ciências humanas, exatas sociais e de gestão.
As políticas, programas e práticas pedagógicas do IF Sertão – PE deverão propiciar
condições para que os egressos apresentem um perfil caracterizado por competências básicas
e profissionais, que lhes permitam tanto a correta utilização, aplicação, adaptação ou
desenvolvimento de tecnologia quanto o entendimento das implicações daí decorrentes e de
suas relações com o processo produtivo, a pessoa humana e a sociedade. As competências
adquiridas devem permitir ao egresso transitar com segurança em contextos caracterizados
por mudanças, competitividade, necessidade permanente de aprender, rever posições e
práticas, desenvolver-se e ativar valores, atitudes e crenças.
Assim, o currículo do IF Sertão - PE deverá desenvolver competências nos campos
teóricos e práticos, postura humanística e ética, capacidade de atuar de forma empreendedora
junto ao mercado, produzir e inovar, incorporar e transferir tecnologias, atentos aos impactos
positivos e negativos gerados por sua atuação profissional. O currículo deve buscar
desenvolver competências de gestão integradas ao aprimoramento contínuo, à qualidade
enquanto agente de transformação social engajado no desenvolvimento sócio-econômico da
região e do país.
19
3.4.2.2 A metodologia de ensino
A metodologia de ensino é compreendida como articulação entre teoria e prática na
consecução dos objetivos educacionais. Suas diretrizes fundamentais são:
Efetuar a ação didático-pedagógica de forma a garantir a qualidade e a eficiência
do ensino;
Conduzir o processo de ensino-aprendizagem evitando-se a improvisação, a rotina,
a repetição e a má seleção de temas, a monotonia das atividades, miminizando a
subjetividade avaliativa;
Acompanhar o desenvolvimento dos programas;
Controlar, revisar e definir as técnicas ou instrumentos didáticos;
Avaliar permanentemente o desempenho dos alunos para diagnosticar e solucionar
os problemas de aprendizagem.
3.4.2.3 Os recursos de ensino
A diversidade dos recursos didáticos na escola e sua efetiva utilização devem servir de
estrutura organizadora do pensamento, ampliando as possibilidades de abordagem dos
diversos conteúdos clássicos das áreas do conhecimento. Os PCN ressaltam a importância da
utilização dos recursos didáticos de uso social e freqüente, os quais colaborem no
estabelecimento dos vínculos entre o que é aprendido na escola e o conhecimento extra-
escolar.
Atualmente, a tecnologia coloca à disposição da escola recursos didáticos tais como o
computador, softwares, televisão, vídeo, retroprojetor, projetor multimídia, laboratórios.
Todavia, tão importante quanto adaptar-se aos novos recursos tecnológicos de ensino é a
utilização dos recursos consagrados como o quadro de giz, as ilustrações, os mapas, o globo
terrestre, os livros, os dicionários, as revistas, os jogos.
Assim a inserção das novas tecnologias educacionais no cotidiano das escolas firma-se
como forma de preparar o aluno para enfrentar as demandas sociais atuais e futuras. Cabe,
portanto, ao professor selecionar o melhor material disponível que deverá ser utilizado como
um apoio efetivo de forma adequada à realidade dos alunos.
20
Sabe-se que o conhecimento adquirido é resultado da própria atitude do aluno,
entretanto, conhecer é uma ação mediada pelo professor, pelos colegas e pelos recursos
disponíveis, dentre estes, o livro didático. O livro constitui um dos mais importantes suportes
pedagógicos no trabalho do professor, pois organiza os conteúdos e possibilita o
desenvolvimento de atividades que permitam a aquisição e a reflexão do conhecimento, bem
como desenvolver no aluno sua responsabilidade no processo de aprendizagem.
3.4.2.4 A avaliação
A avaliação deve servir como meio de controle de qualidade, para assegurar que cada
ciclo de ensino-aprendizagem alcance resultados desejáveis. Assim, a avaliação deve permitir
a verificação da aprendizagem, o replanejamento e recuperação das competências esperadas e
a promoção do aluno. A avaliação deve ser desenvolvida de forma:
Contínua, progressiva e baseando-se nos objetivos propostos no currículo;
Ordenada e seqüencial de acordo com processo ensino-aprendizagem;
Diagnóstica, formativa e somativa.
A avaliação diagnóstica se aplica, em princípio, no início de semestre, pois objetiva
verificar se os alunos já dominam os pré-requisitos para iniciar a unidade, a disciplina ou o
curso. Através desta avaliação podem-se constatar interesses, possibilidades e necessidades
específicas dos alunos e direcionar o processo de ensino aprendizagem.
A avaliação formativa, também denominada contínua ou permanente, é aplicada após o
desenvolvimento de cada atividade de aprendizagem, pois se propõe verificar o alcance do
objetivo desejado e em que medida desenvolveram as competências.
A avaliação somativa, também chamada acumulativa, distingue-se das anteriores pelo
aspecto quantitativo, isto é, tem o objetivo de classificar os alunos ao final de uma unidade,
semestre ou curso, segundo níveis de aproveitamento.
A avaliação deve consolidar-se de forma qualitativa e quantitativa nas dimensões
cognitivas (conhecimentos), laborais (habilidades) e atitudinais (comportamentos),
observando normas acadêmicas em vigor no IF Sertão – PE, e considerando como critérios:
21
A capacidade de enfrentar, resolver e superar desafios;
A capacidade de trabalhar em equipe;
Responsabilidade;
A capacidade de desenvolver suas habilitações e competências;
Clareza de linguagem escrita e oral.
Os instrumentos da avaliação incluirão situações teórico/práticas de desempenho das
habilidades e competências permitindo uma avaliação informal e formal. A avaliação
informal se dará durante as atividades diárias desenvolvidas nos vários ambientes de
aprendizagem, utilizando-se perguntas, exercícios, observação ocasional e não estruturada.
As avaliações formais ocorrerão ao longo de cada bimestre/série, por meio de:
Observação estruturada ou sistemática;
Aquisições, questionários, exercícios, etc;
Provas, testes, exames etc;
Análise de texto escrito ou oral (relatório, seminário, monografias, sínteses, etc.);
Análise de experimentos e atividades práticas (laboratório, visitas técnicas,
simulações, atividades extra classe, etc.);
Desenvolvimento de projetos e tarefas integradoras;
Solução de problemas;
Pesquisa em biblioteca, internet, etc;
Análise de casos;
Identificação e descrição de problemas;
Auto-avaliação dentre outros.
3.4.3 Cronograma de atividades
O cronograma didático é um elemento fundamental do planejamento escolar no qual
se estrutura toda a ação didático-pedagógica da Instituição. De responsabilidade da Gerência
de Ensino, o estabelecido no calendário anual deve acontecer com a participação dos diversos
segmentos envolvidos, sendo publicado anteriormente ao início das atividades letivas anuais.
Deverá também ser observada uma programação de atividades a serem vivenciadas
pela comunidade acadêmica.
22
No Calendário Escolar deve constar o cronograma de todas as atividades tais como:
O início e o fim do ano letivo considerando os 200 dias anuais;
As atividades planejadas;
As atividades de recuperação de aprendizagem;
O recesso escolar;
As reuniões de pais;
Os encontros pedagógicos;
Os feriados municipais e nacionais,
Os pontos facultativos;
As férias dos docentes,
FEVEREIRO
o Semana de Adaptação Acadêmica e o Dia da Amizade (14).
MARÇO
o O Dia Internacional da Mulher (08),
o Dia da Poesia (14)
o Dia Mundial da Juventude (30).
ABRIL
o A Semana da Saúde com palestras, exposições e outras atividades (Dia
Mundial da Saúde - 05);
o Atividades de valorização de outras culturas. (Dia do Índio –19)
MAIO
o Dia do Trabalho explorando as diversas profissões. (1º)
o Jogos Internos do IF Sertão - PE
o Atividades de valorização do Trabalhador Rural (Dia do Trabalhador Rural -
25).
JUNHO
o Semana Mundial do Meio Ambiente (1º) e da Ecologia (05).
23
o Continuação dos Jogos Internos do IF Sertão – PE.
o Festa nordestina de São João (24)
JULHO
o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (27).
AGOSTO
o Dia do Estudante (11)
o Semana do Folclore (22) e o Dia Nacional da Arte (12).
o Jogos Escolares.
SETEMBRO
o Semana da Pátria (07).
OUTUBRO
o Dia do Professor (15).
o Semana da Ciência e Tecnologia.
NOVEMBRO
o Semana do Cinema Brasileiro
o Dia da Consciência Negra
24
CAPÍTULO III
CARACTERIZAÇÃO DO IF SERTÃO - PE
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, determina que o
Projeto Político-Pedagógico seja construído com a participação e o conhecimento de toda a
comunidade escolar. Com a finalidade de facilitar o diálogo entre todos os integrantes, serão
apresentadas neste capítulo características do corpo docente e discente do IF Sertão – PE.
4.1 Corpo docente
O corpo docente do IF Sertão – PE em junho de 2005 é composto por 130 professores
sendo 114 efetivos e 16 substitutos, caracterizados conforme a distribuição de sexo, faixa
etária, regime de serviço, tempo de admissão e titularidade apresentada nas Figuras 3.1 a 3.3.
Feminino
34%
Masculino
66%
31 a 40
30%
41 a 50
43%
51 a 60
18%
Até 25
3%
Acima de 60
3% 26 a 30
3%
Figura 3.1. - Distribuição do corpo docente do IF Sertão – PE: (a) sexo e (b) faixa etária
(a) (b)
25
20 horas
12%
40 horas
20%
D.E.
68%
maior ou igual 20
6%
15 a 19
18%
10 a 14
41%
05 a 09
10%
menor que 05
25%
Figura 3.2 . - Distribuição do corpo docente do IF Sertão – PE em 2005: (a) regime
de serviço e (b) tempo de admissão em anos :
Graduação
15%
Especialização
53%
Mestrado
25%
Doutorado
7%
Figura 3.3. - Distribuição do corpo docente efetivo do IF Sertão – PE por titularidade em
2005
Considerando as Figuras 3.1 a 3.3, é possível caracterizar o corpo docente com
predominância do sexo masculino, 66 %, idade acima de 40 anos, 64 %. Predomina o regime
de serviço de dedicação exclusiva com 68 %, sendo que somente 12 % dos professores
trabalham 20 horas semanais.
A maioria dos professores do IF Sertão – PE, 65%, trabalha na instituição a mais de 10
anos. A titularidade predominante dos professores efetivos, 68 %, não possui titulação
superior a especialização, sendo que 7 % já concluíram o Doutorado. No ano de 2005 a
instituição apresentava 10 professores desenvolvendo o mestrado e 4 na conclusão do
doutorado.
(a) (b)
26
A política de afastamento de professores para participação em eventos e cursos de pós-
graduação está contida na resolução nº 13 do Conselho Diretor, aprovada no dia 05 de
outubro de 2005. Em anexo normas que dispõem sobre afastamento de curta, média e longa
duração de docentes.
Pode-se ainda determinar o índice de qualificação do corpo docente (Iq) do IF Sertão –
PE através da média ponderada, considerando uma escala de graduação por titularidade e a
Equação 01:
G - Graduado 1,0
A - Aperfeiçoamento 2,0
E - Especializado 3,0
M1 - Mestrando 4,0
M2 - Mestre 5,0
D1 - Doutorando 5,5
D2 - Doutor 6,0
1 2 1 2
1 2 1 2
.1 .2 .3 .4 .5 .5,5 .6G A E M M D DIq
G A E M M D D
Tabela 1.3. Distribuição do número de docente por grupo de qualificação, por unidade de ensino em 2005 e Índice de Qualificação Docente.
Titulação Unidade
Geral Agrícola Industrial
Graduados (G) 3 13 16
Aperfeiçoamento (A) 1 1
Especialização (E) 16 34 50
Mestrando (M1) 4 6 10
Mestre (M2) 9 16 25
Doutorando (D1) 4 4
Doutor (D2) 5 3 8
Total = 38 76 114
Índice = 3,79 3,41 3,54
O Índice de Qualificação Docente do IF Sertão – PE em 2005 igual a 3,54 caracteriza
a grande parcela do corpo docente da instituição com graduação e especialização como
também pôde ser observado na Figura 3.3.
27
4.1.1 Indicador de alunos por professor
A relação alunos/professor pode ser usada como um índice de produtividade conforme pode
ser observado na Tabela 3.2.
Tabela 1.4. Número de alunos matriculados, distribuição de docentes por situação funcional e a relação alunos/professor (%), por unidade de ensino, em 2005.
Situação Funcional Agrícola Industrial Total
Alunos Matriculados 508 851 1359
Professores Efetivos 38 76 114
Professores Temporários 5 11 16
Professores Efetivos em efetivo exercício 32 62 94
Professores Temporários em efetivo exercício 5 11 16
Professores Efetivos + Temporários 43 87 130
Professores Efetivos + Temporários em efetivo exercício 37 73 110
Professores Recebidos por Colaboração Técnica 2 2
Professores Cedidos por Colaboração Técnica 3 5 8
Professores Afastados para Capacitação 2 6 8
Professores Afastados Parcialmente 3 1 4
Professores em Licença Incentivada 1 1
Professores em Cargo de Administração com docência 4 7 11
Professores em Cargo Administração sem docência 1 2 3
Professores Efetivos, Temporários, Recebidos em efetivo exercício
37 75 112
Aluno/Prof. Efetivo 13,37 11,20 11,92
Aluno/Prof. Efetivo em efetivo exercício 15,88 13,73 14,46
Aluno/Prof. Efetivo e Temporário em efetivo exercício 13,73 11,66 12,35
Aluno/Prof. Efetivo, Temporário e Recebido por cooperação técnica em efetivo exercício
13,73 11,35 12,13
Pode-se observar na Tabela 3.2 índices aluno/professor de 11,92 quando se
consideram os professores efetivos, 14,46 para os efetivos em efetivo exercício, 12,35 quando
considerados os professores efetivos e temporários em efetivo exercício e 12,13 quando se
consideram os professores efetivos, temporários, recebidos por colaboração técnica em
efetivo exercício.
28
4.2 Corpo discente
A procura pelos cursos do IF Sertão - PE pode ser avaliada pelos inscritos no processo
de seleção do ano 2006 conforme apresentado na Tabela 3.3.
Tabela 1.5. Número de inscritos e vagas e resposta à demanda da comunidade por curso, turno e unidade de ensino no IF Sertão – PE em 2006
Unidade Curso/Turno Inscritos Nº de Vagas
Resposta à Demanda
AGRÍCOLA
SUBSEQÜENTE
Técnico em Agricultura – matutino 389 72 18,51
Técnico em Agricultura – vespertino 365 72 19,73
Técnico em Agroindústria 83 25 30,12
Técnico em Zootecnia – matutino 141 36 25,53
Técnico em Zootecnia – vespertino 57 36 63,16
Subtotal - Pós-Médio 1035 241 23,29
CURSOS SUPERIORES TECNOLÓGICOS
Tecnologia em Fruticultura Irrigada 262 70 26,72
Tecnologia em Viticultura e Enologia - manhã 119 35 29,41 Subtotal – Tecnológico 381 105 27,56
INDUSTRIAL
TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO
Técnico em Edificações – matutino 157 35 22,29
Técnico em Edificações – vespertino 144 35 24,31
Técnico em Eletrotécnica – vespertino 286 35 12,24
Técnico em Química – matutino 309 35 11,33
Subtotal – Integrado 896 140 15,63
SUBSEQÜENTE
Técnico em Edificações – noturno 248 70 28,23
Técnico em Eletrotécnica – noturno 573 70 12,22
Técnico em Informática – matutino 365 20 5,48
Técnico em Informática – noturno 449 20 4,45
Técnico em Turismo – vespertino 186 35 18,82
Técnico em Turismo – noturno 247 35 14,17
Subtotal - Pós-Médio 2068 250 12,09
CURSOS SUPERIORES – TECNOLÓGICOS
Tecnologia em Alimentos de Origem Vegetal 185 64 34,59
Subtotal – Tecnológico 185 64 34,59
CURSOS SUPERIORES – LICENCIATURAS
Licenciatura em Física 160 80 50,00
Licenciatura em Química 217 80 36,87 Subtotal Licenciatura 377 160 42,44
Total 4942 960 19,43
Pode-se observar na Tabela 3.3 que, nos diversos níveis e modalidades de ensino, o
atendimento à demanda é igual a 19,43 %. O curso com a menor demanda atendida da
Unidade Agrícola foi o Técnico em Agricultura com 18,51% e o curso com maior demanda
atendida foi o Técnico em Zootecnia com 63,16 %.
29
Para a Campus Petrolina, antiga Unidade Industrial, o curso técnico integrado ao
ensino médio de maior demanda atendida foi o de Edificações com 24,31 % e o de menor
demanda referi-se ao de Química com 11,33 %. Na modalidade subseqüente, a maior
demanda atendida também se encontra o curso de Edificações com 28,23% e o de menor
demanda o de Informática com 4,45%.
O atendimento à demanda pelos cursos tecnológicos está compreendido entre 26,72 %
para o curso de Fruticultura Irrigada e 34,59 % para Tecnologia de Alimentos de Origem
Vegetal. Para os cursos de licenciatura, sendo este ano seu primeiro vestibular, apresentaram
demanda atendida de 50 % para Física e 36,87 % para Química.
Considerando as diferentes realidades em que se encontram os alunos do Campus
Petrolina Zona Rural e Campus Petrolina do IF Sertão – PE e, devido à importância da
caracterização do corpo discente para subsidiar ações pedagógicas e administrativas, será
apresentada a análise sócio-econômica dos alunos, bem como o Indicador de produtividade
escolar.
4.2.1 Análise sócio-econômica dos alunos
A análise sócio-econômica foi desenvolvida por meio de questionário aplicado durante
as aulas. As Figuras 3.4 à 3.9 caracterizam o aluno do IF Sertão – PE quanto às condições de
moradia, disponibilidade de equipamentos eletrônicos, automóvel e tempo de deslocamento
até a escola.
Unidade Agrícola
Alugada
37%
Cedida
13%
Com parentes
13%
Própria
37%
Unidade IndustrialAlugada
13%
Cedida
3%
De parentes
19%
Própria
65%
Figura 3.4. - Condições de moradia do corpo discente do IF Sertão – PE quanto à propriedade
no ano de 2005
30
Unidade Agrícola
até dois
7%Três
13%
Quatro
13%
Cinco
40%
Seis ou mais
27%
Unidade Industrial
Até dois
3%Três
9%Quatro
7%
Cinco
19%Seis ou mais
62%
Figura 3.5. - Condições de moradia do corpo discente do IF Sertão – PE quanto ao número de
cômodos em 2005
A partir das Figuras 3.3 e 3.4 pode se observar que, predominantemente, as famílias não
pagam aluguel, haja vista que 53 % do corpo discente do Campus Petrolina Zona Rural e
57 % do Campus Petrolina moram em casa própria, com parentes ou em casa cedida. Pode-se
observar também que 20 % dos alunos do Campus Petrolina Zona Rural e 12 % do Campus
Petrolina encontram-se em residências com até três cômodos, contrapondo-se aos 67% e 81 %
dos alunos que residem em imóveis com mais de quatro cômodos do Campus Petrolina e
Petrolina Zona Rural respectivamente.
Unidade Agrícola
Um
76%
Dois
14%
Três ou mais
8%
Nenhum
2%
Unidade Industrial
Um
42%
Dois
35%
Três ou mais
13%
Nenhum
10%
Figura 3.5. - Condições de disponibilidade de equipamentos eletrônicos do corpo discente do IF
Sertão – PE quanto ao número de televisores em cores no ano de 2005
31
Unidade Agrícola
Um
18%
Dois ou mais
2%
Nenhum
80%
Unidade Industrial
Um
26%
Dois ou mais
5%
Nenhum
69%
Figura 3.6. - Condições de disponibilidade de equipamentos eletrônicos do corpo discente do IF
Sertão – PE quanto ao número de micro-computadores no ano de 2005
Através das Figuras 3.6 e 3.7 é possível observar que, embora 98 % do corpo discente
do Campus Petrolina Zona Rural e 90 % do Campus Petrolina possuam pelo menos um
televisor, 80 % e 69 % destes alunos não possuem micro-computador em casa.
Unidade Agrícola
Um
40%
Dois
9%Três ou mais
4%
Nenhum
47%
Unidade Industrial
Um
34%
Nenhum
54%
Três ou mais
3%
Dois
9%
Figura 3. 8. - Condições de disponibilidade de automóvel nas famílias do corpo discente do IF
Sertão – PE no ano de 2005
Quanto ao número de automóveis, Figura 3.8, aproximadamente a metade das
famílias do corpo discente do IF Sertão – PE não possuía nenhum, ou seja, 47 % da
Campus Petrolina Zona Rural e 54 % do Campus Petrolina.
32
Unidade Agrícola
30 a 60
39%
60 a 90
33%
30
14%
Mais de 90
14%
Unidade Industrial
30
62%
Mais de 90
4%
30 a 60
22%
60 a 90
12%
Figura 3.9 - Condições de tempo de deslocamento até a escola em minutos do corpo discente do
IF Sertão – PE no ano de 2005
Constata-se ainda, por meio da Figura 3.9, que o percurso de 47% dos alunos do
Campus Petrolina Zona Rural e 16% do Campus Petrolina demora mais que uma hora.
O tempo de deslocamento representa os 25 km que a Campus Petrolina Zona Rural dista do
centro de Petrolina e os 5 km do Campus Petrolina. Pode-se observar que 14 % dos alunos do
Campus Petrolina Zona Rural demoram menos que 30 minutos, o que retrata a parcela do
corpo discente que mora no alojamento ou núcleos próximos a Instituição.
Unidade Agrícola
Básico Compl.
30%
Superior Compl.
6%
Básico Incompl.
39%
Médio Compl.
13%
Analfabeto
12%
Unidade Industrial
Analfabeto
4%
Superior Compl.
6%
Básico Compl.
37%
Básico Incompl.
25%Médio Compl.
28%
Figura 3.10. - Nível de escolaridade dos pais ou responsáveis do corpo discente do IF Sertão –
PE no ano de 2005
33
Unidade Agrícola
Básico Compl.
19%
Analfabeto
6%
Médio Compl.
21%
Básico Incompl.
35%
Superior Compl.
19%
Unidade Industrial
Médio Compl.
25%
Básico Incompl.
15%
Básico Compl.
32%
Superior Compl.
21%
Analfabeto
7%
Figura 3.11. - Nível de escolaridade das mães ou responsáveis do corpo discente do IF Sertão –
PE no ano de 2005
A escolaridade dos pais ou responsáveis pelos alunos representada na Figura 3.10
apresenta-se com 51% não concluintes do ensino básico referentes ao Campus Petrolina Zona
Rural para 22% do Campus Petrolina. Situação similar pode ser observada para as mães ou
responsáveis, onde 54 % e 22 % não possuem o ensino básico completo referente ao Campus
Petrolina e Petrolina Zona Rural respectivamente.
4.2.2 Indicador de produtividade escolar
Considerando-se a relação entre alunos que se formam no período de tempo igual a
duração média do curso e o número de matrículas iniciais, é possível determinar o Índice da
Eficácia Tecnológica (IET). Foram consideradas durações médias de 2 e 4 anos para os
cursos técnicos e tecnológicos, respectivamente.
O Índice de Eficácia Tecnológica, representa a porcentagem de alunos que terminaram
o curso no tempo previsto. São apresentados na Tabela 3.4 e ilustrados na Figura 3.12 e 3.13
os cursos que se integralizaram em 2005 no IF Sertão – PE, desde a entrada inicial até o
período esperado para a formatura.
34
Tabela 1.6. Índice de Eficácia Tecnológica dos cursos com finalização em 2005 do IF Sertão – PE
Cursos Ano de Ingresso
Ingresso Integralizaram as
Disciplinas Índice de Eficácia
Tecnológica Não finalizaram
as disciplinas
nº nº % nº % nº %
Agricultura 2003 72 39 54,2 23 31,9 10 13,9
Agroindústria 2003 25 0 0,0 15 60,0 10 40,0
Zootecnia 2003 36 20 55,6 8 22,2 8 22,2
Eletrotécnica 2003 87 3 3,4 18 20,7 66 75,9
Informática 2003 70 -3 -4,3 4 5,7 69 98,6
Turismo 2003 137 22 16,1 1 0,7 114 83,2
Edificações 2003 125 28 22,4 7 5,6 90 72,0
Tecnologia de Alimentos
2001 30 27 90,0 0 0,0 3 10,0
Total 582 136 23,4 76 13,1 370 63,6
Figura 3.12. - Alunos que não concluíram o processo regular, que concluíram as disciplinas e que concluíram os cursos do IF Sertão – PE integralizados em 2005
0% 10%
20% 30%40% 50% 60% 70% 80% 90%
100%Concluíram o curso
Integralizaram as
Não finalizaram as
disciplinas
disciplinas
35
Índice de Eficácia
Tecnológica
13%
Não f inalizaram as
disciplinas
64%
Integralizarm as
disciplinas
23%
Figura 3.13. - Índice de Eficácia Tecnológica dos cursos integralizados em 2005 no IF Sertão – PE
Pode-se observar na Tabela 3.4 e Figuras 3.12 e 3.13 que, considerando 582 alunos
inicialmente matriculados, 76 terminaram o curso no tempo previsto, o que representa um
Índice de Eficácia Tecnológica igual a 13,1%. Verifica-se ainda que 63,6 % dos alunos
matriculados inicialmente, ou seja, 370 alunos, não concluíram o processo regular do curso,
estando eles associados aos problemas como transferência, abandono, reprovação, não
cumprimento do estágio ou ao não oferecimento de disciplina pela Instituição.
4.3 Estrutura física e acervo bibliográfico do IF Sertão – PE
O IF Sertão - PE é formado pelo Campus Petrolina, situado no Bairro Jardim São
Paulo, BR 407, Km 08, pelo Campus Petrolina Zona Rural, localizado às margens da BR 235,
Km 22, no Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho, N-4 e pelo Campus Floresta
localizado... . Possui uma área construída igual a 28.492,69 m² com 43 salas de aula, 41
laboratórios, 49 ambientes administrativos e 65 espaços complementares.
I
36
Tabela 1.7. Instalações físicas do IF Sertão – PE no ano de 2005
Setor Dependências Unidades
Agrícola Industrial Total
Pedagógico
Salas de aula 12 19 31
Biblioteca 1 1 2
Ginásio esportivo 1 1 2
Pátio coberto 1 1 2
Sala de vídeo/ videoteca 2 1 3
Laboratório de informática 2 2 4
Laboratório de química 1 3 4
Laboratório de física 1 1 2
Laboratório de biologia 1 1
Laboratório de irrigação 1 1
Laboratório de mecanização 1 1
Laboratório de solos 1 1
Laboratório de eletrotécnica 3 3
Laboratório de edificações 3 3
Serviços
Cantina 1 1 2
Depósito 1 3 4
Banheiros dos alunos 2 6 8
Banheiros dos funcionários 6 4 10
Setor Médico/odontológico - 3 3
Refeitório 1 0 1
Cozinha 1 0 1
Administrativo
Sala da diretoria 3 4 7
Sala de técnicos 5 4 9
Sala dos professores 4 2 6
Secretaria 2 2 4
Auditório 1 1 2
O acervo bibliográfico distribuído por cursos pode ser verificado na Tabela 1.8.
37
Tabela 1.8. Acervo bibliográfico do IF Sertão – PE em 2005
Nível Curso Livros Fitas
Técnico
Agricultura 480 75 Zootecnia 164 54 Agroindústria 22 14 Informática 4 Construção de Edifícios e Edificações
14
Eletrotécnica 41 Turismo 23
Subtotal = 748 143
Superior
Tecnologia em Fruticultura Irrigada 30 Tecnologia em Viticultura e Enologia
57
Tecnologia em Alimentos de Origem Vegetal
89 4
Licenciatura em Física 4 Licenciatura em Química 21
Subtotal = 201 4
Outros = 1661 112
Total = 2610 259
4.4 Diagnóstico escolar
Para o levantamento da realidade cotidiana do IF Sertão – PE foi realizado um
diagnóstico a partir dos próprios agentes: alunos, professores e técnicos administrativos.
Optou-se, assim, pela construção de uma matriz de levantamento de dados para subsidiar o
desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico da Instituição. Foram realizadas 85 questões
englobando seis temas centrais:
Processo ensino-aprendizagem;
Desempenho dos professores;
Participação dos pais e comunidade;
Avaliação da gestão escolar;
Ambiente da escola;
Infra-estrutura.
Cada item recebeu uma pontuação graduada entre 1 e 5, sendo, a partir destes
resultados, determinado a média aritmética e estratificados novamente entre 01 e 05,
conforme apresentados nas Tabelas 3.7 a 3.2. Foram considerados pontos positivos do IF
38
Sertão – PE os itens cuja média aritmética encontra-se superior a 4,0, ou seja, igual ou
superior a 80 % de satisfação.
Como situação crítica, os itens que apresentaram média aritmética inferior a 3,0, ou
seja, inferior a 60 % de satisfação. E, considerados normais, os itens com média aritmética
igual a 3,0.
Tabela 1.9. Aspectos determinantes do Processo Ensino -Aprendizagem do IF Sertão – PE apontados em 2005
Itens Graduação
1 2 3 4 5
A avaliação é formativa (processual)?
Os professores passam o “para casa” regularmente?
A direção da escola possui mecanismo de triagem para enturmação de novos alunos, de acordo com suas habilidades e competências?
Os professores cumprem seu plano de curso?
Os professores corrigem o “para casa” regularmente?
A Direção de Ensino planeja, com os professores a recuperação paralela dos alunos que não alcançam a média?
A Gerência de Ensino acompanha o ensino dos conteúdos programáticos?
A Gerência de Ensino verifica regularmente a atuação dos professores em sala de aula?
Alunos com dificuldades têm atendimento pedagógico?
O ensino está voltado para o desenvolvimento de competências?
A escola possui projetos de estímulo à leitura?
A coordenação pedagógica da escola atua?
Os professores elaboram seu plano de curso?
A escola possui um programa de ensino para cada série e disciplina?
A direção da escola está presente no início e no fim do período escolar?
39
Tabela 1.10.
Aspectos determinantes Quanto aos IF Sertão – PE apontados em 2005
Itens Graduação
1 2 3 4 5
Avaliam com toda a equipe os resultados da escola?
Acompanham os alunos em atividades extra-curriculares?
Cumprem, integralmente, o plano de curso?
Conhecem a realidade sócio-cultural e econômica dos seus alunos?
Desenvolvem métodos especiais de ensino?
Atingem resultados favoráveis em suas classes?
Dominam o conteúdo de suas disciplinas?
Cultivam a auto-estima dos alunos?
Estimulam a cooperação entre os alunos?
Desenvolvem programas especiais de atendimento a alunos com problemas e/ou dificuldades de aprendizagem?
Procuram os pais para resolverem/identificarem problemas dos alunos?
Usam a avaliação para aprimorar seu trabalho?
Conhecem as normas de funcionamento da escola?
Conseguem resolver problemas disciplinares?
São colaborativos?
Sabem avaliar seus alunos?
Atendem aos pais dos alunos sempre que procurados?
Sugerem programas de capacitação continuada e em serviço?
São exemplos para os alunos?
São assíduos?
São pontuais?
Têm metodologia de ensino?
40
Tabela 1.11. Aspectos determinantes Quanto à Participação dos Pais e da Comunidade do IF Sertão – PE apontados em 2005
Itens Graduação
1 2 3 4 5
Buscam parceiros para desenvolver novos projetos na escola?
Desenvolvem trabalhos voluntários junto à escola?
Comparecem às reuniões de pais e mestres?
Acompanham as ações da Gerência de Ensino?
Procuram os professores para saber do aproveitamento dos filhos?
Verificam o “para casa” dos filhos?
Acreditam que a escola é importante para o futuro dos filhos?
Tabela 1.12. Aspectos determinantes Quanto ao Ambiente do IF Sertão – PE apontados em 2005
Itens Graduação
1 2 3 4 5 A escola dispõe de materiais didáticos para que os professores possam desenvolver outros métodos de ensino?
A D.E. e sua equipe desenvolvem programas ou projetos especiais para atender às necessidades apresentadas pelos alunos?
A D.E. acompanha o trabalho que é desenvolvido na sala de aula?
A D.E. conhece bem seus alunos, sabe como vivem e o que eles esperam da vida?
A D.E. conversa com pais dos alunos de sua escola?
Existe confiança na equipe de trabalho?
As questões de interesse da escola são discutidas pelo D.G. e sua equipe em conjunto?
A D.E. conversa com os professores de sua escola?
Existe um clima de respeito entre os membros da equipe escolar?
A D.E. está sempre presente na escola?
Obs.: DE - Direção de Ensino, DG – Direção Geral
41
Tabela 1.13. Aspectos determinantes Quanto à Gestão Escolar do IF Sertão – PE apontados em 2005
Itens Graduação
1 2 3 4 5
A escola gera recursos próprios?
A G.E. atende pessoalmente aos pais?
A D.E. acompanha o desempenho dos alunos?
As parcerias com a escola funcionam a contento?
A D.E. planeja ações da escola com a equipe técnica pedagógica?
A D.E. faz reuniões de avaliação com professores e outros servidores sobre os resultados da escola?
A D.E. verifica a freqüência dos professores e funcionários?
A programação dos eventos escolares não interrompe as atividades escolares?
A D.G. estabelece metas anuais para sua escola?
A D.G.verifica a freqüência dos alunos?
A direção divulga as normas de funcionamento da escola?
A D.G. utiliza instrumentos de acompanhamento e avaliação das ações do PDI e das metas estabelecidas?
A D.G. presta contas dos recursos recebidos para toda a comunidade escolar?
A D.E. consegue que os pais participem das ações da escola?
A D.G. participa na elaboração do PDI?
A D.E. acompanha a atuação dos professores?
Os objetivos da escola estão bem definidos?
Os alunos que saem da escola conseguem emprego?
A D.E. cumpre os prazos para encaminhamento de documentos solicitados pela Secretaria?
A G.E. apóia suas ações?
A escola cumpre os 200 dias letivos/ano?
A D.G. discutiu com a comunidade escolar o PDI?
GE – Gerência de Ensino, DE - Direção de Ensino e DG Direção Geral
42
Tabela 1.14. Aspectos determinantes da Infra-Estrutura do IF Sertão – PE apontados em 2005
Itens Graduação
1 2 3 4 5
Disponibilidade de livros e outros materiais de leitura
Segurança
Adequação das salas de aula
Limpeza
Adequação do espaço do registro escolar
Adequação dos banheiros
Conservação do prédio – área externa
Adequação do espaço da biblioteca
Conservação do prédio – área interna
Adequação da cantina
Adequação da sala dos professores
Disponibilidade de carteiras e cadeiras para todos os alunos
43
CAPÍTULO IV
5 POLÍTICAS, PROPOSTAS E AÇÕES
Considerando as situações críticas avaliadas no diagnóstico realizado, o IF Sertão – PE
deverá desenvolver, aplicar e avaliar políticas e ações para:
Estimular a oferta de Cursos de Formação Inicial e Continuada dos Trabalhadores;
Reestruturar e consolidar os cursos;
Consolidar o Projeto Político-Pedagógico;
Realizar estudo de demanda para criação de novos cursos;
Oferecer novos cursos técnicos;
Ampliar a oferta de vagas dos cursos regulares;
Implantar cursos técnicos integrados nas diversas modalidades;
Oferecer novos cursos superiores;
Oferecer curso de especialização;
Garantir os cursos técnicos e tecnológicos em função da demanda de mercado;
Consolidar uma Diretoria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão;
Implantar programa de bolsas de pesquisa;
Capacitar servidores para pesquisas em áreas de interesse da Instituição;
Fortalecer as parcerias nas áreas de extensão, estágios e pesquisas;
Implantar e consolidar a política de pesquisa e inovação tecnológica;
Institucionalizar o seminário de discussão acadêmica, política e científica;
Assegurar o debate como prática acadêmica;
Realizar convênios, parcerias, projetos e programas especiais;
Estimular a interação com a comunidade externa;
Aperfeiçoar as relações do IF Sertão – PE com outras Instituições;
Elaborar programas de acesso à comunidade;
Otimizar o sistema de Avaliação Institucional com base no PDI em consonância
com o SINAES;
Garantir no calendário escolar as atividades sócio-culturais;
Preparar a Instituição para credenciamento como Centro Universitário;
44
Melhorar a estrutura administrativa de cargos e funções gratificadas;
Reestruturar as diretorias e gerências;
Elaborar regimento com base no novo estatuto;
Desenvolver uma política de capacitação para os servidores técnico-administrativos
e docentes;
Expandir a política de divulgação da imagem institucional do IF Sertão – PE;
Promover a melhoria da qualidade de serviços.
4.1 Oferta de cursos no IF Sertão – PE:
Para implantação e/ou alterações curriculares considerar-se-á propostas surgidas a partir
dos processos de gestão e/ou das coordenações dos cursos, com base em estudo de demanda
do mercado de trabalho, condições institucionais e legislação específica;
As coordenações deverão conduzir as discussões e planejamentos de natureza
pedagógica, funcional, orçamentária e administrativa, realizadas com setores envolvidos. Em
seguida encaminhará o Projeto de Curso para análise e aprovação pelo Conselho Diretor que
emitirá “autorização de funcionamento”.
O curso deverá ser implantado pelo Departamento de Ensino conforme Projeto
aprovado.
As atualizações dos cursos e seus currículos deverão garantir a flexibilidade, a
interdisciplinaridade, a contextualização, porém respeitando um espaço curricular
significante, vivenciado em cada modalidade ofertada. Para que se façam as alterações nos
itinerários formativos, é necessário seguir o percurso proposto, observando-se a adaptação
curricular de classes em andamento letivo e acesso de novos alunos.
4.2 Política dos Cursos de Formação Inicial e Continuada dos Trabalhadores
As políticas dos cursos de Formação Inicial e Continuada dos Trabalhadores (FICT)
baseiam-se na articulação entre o mundo do Trabalho e a Educação. Os cursos de FICT
devem vincular-se, intrinsecamente, a um Projeto de Desenvolvimento de caráter includente,
voltado à geração de trabalho, à distribuição de renda, à redução das desigualdades regionais e
a melhoria dos serviços dos setores públicos. Nesse sentido, a qualificação é:
45
Parte indissociável das políticas públicas de emprego, trabalho e renda;
Uma forma de educação profissional básica, que por sua vez deve estar articulada
com a educação de jovens e adultos, a educação do campo e a educação profissional de
nível técnico, tecnológico e licenciatura;
Um processo de construção de políticas afirmativas de gênero, etnia e geração,
tendo como pressuposto o reconhecimento da diversidade das formas de trabalho e das
múltiplas capacidades individuais e coletivas;
Uma forma de reconhecimento social do conhecimento dos trabalhadores, que por
sua vez requer uma política de certificação profissional e ocupacional, articulada com
classificações de ocupações, profissões, carreiras e competências;
Uma necessidade para o/a jovem e o/a adulto/a, em termos de orientação
profissional, tendo em vista sua inserção digna no mundo do trabalho.
4.2.1 Público Prioritário
A população prioritária dos cursos de FICT compreende os seguintes segmentos:
1. Trabalhadores/as sem ocupação, egressos do Sistema Nacional de Emprego (SINE)
e/ou beneficiárias das demais políticas públicas de trabalho e renda, particularmente:
ações de 1º emprego, seguro desemprego, intermediação de mão-de-obra, microcrédito,
economia solidária;
2. Agricultores familiares e outras formas de produção familiar e atividades sujeitas a
sazonalidades por motivos de restrição legal, clima, ciclo econômico e outros fatores
que possam gerar instabilidade na ocupação e fluxo de renda;
3. Pessoas que trabalham em condição autônoma, cooperativada, associativa ou
autogestionada;
4. Trabalhadores/as domésticos/es;
5. Trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Único de Saúde, da Educação, do Meio
Ambiente, da Segurança e da Administração Pública;
6. Pessoas beneficiárias de políticas de inclusão social, de ações afirmativas de
combate à discriminação, de ações envolvendo segurança alimentar e de políticas de
integração e desenvolvimento regional e local;
46
7. Trabalhadores/as egressos/as do sistema penal e jovens submetidos a medidas sócio-
educativas;
8. Trabalhadores/as libertados/as de regime de trabalho degradante análogo à
escravidão e de familiares de egressos do trabalho infantil;
9. Trabalhadores/as em empresas afetadas por processos de modernização tecnológica,
privatização, redefinição de política econômica e outras formas de reestruturação
produtiva;
10. Trabalhadores/as dos setores econômicos beneficiados por investimentos estatais,
setores exportadores da economia, setores considerados estratégicos da economia,
segundo a perspectiva do desenvolvimento sustentável e da geração de emprego e
renda;
11. Gestores em políticas públicas e representantes em fóruns, comissões e conselhos de
formulação e implementação de políticas públicas e sociais.
Em quaisquer dos segmentos citados terão preferência de acesso aos cursos de FICT
pessoas mais vulneráveis econômica e socialmente. Particularmente terá acesso os/as
trabalhadores/as com baixa renda e baixa escolaridade e populações mais sujeitas às diversas
formas de discriminação social e, conseqüentemente, com maiores dificuldades de acesso a
um posto de trabalho.
4.2.2 Responsabilidades:
Considerando o fluxograma funcional do IF Sertão – PE faz-se necessário a integração
e a distribuição de responsabilidade de acordo com os setores envolvidos:
COORDENADOR DOS CURSOS BÁSICOS:
Coordenar, orientar e avaliar o processo de elaboração e execução dos cursos de FICT.
COORDENADORES DE CURSO:
Elaboração, com os professores, da Primeira Versão dos cursos de FICT com, no
mínino, duas vezes a meta de cursos básicos proposta pelo PDI ou pela Reitoria do IF
47
Sertão – PE pertinente a sua coordenação. O número de cursos de FICT pertinente a
cada coordenação pode ser determinado através da Equação 1.
ºº
MetaCFICTc n profC
n prof (1)
Onde:
CFICTc - número de cursos de Formação Inicial e Continuada dos Trabalhadores por
coordenação (arredondado para o número inteiro superior);
Meta - meta de cursos de FICT prevista pelo PDI ou proposta pela Direção Geral
do IF Sertão – PE para o ano seguinte;
nº prof - número de professores em atividade docência no IF Sertão – PE
considerando 01 para professor 40 horas e 0,5 para professor 20 horas;
nº profC - número de professores em atividade docência no IF Sertão – PE na
coordenação considerando 01 para professor 40 horas e 0,5 para professor
20 horas.
o Apresentação da Primeira Versão dos cursos de FICT para aprovação na DDE
contendo:
Marco referencial com o balanço sintético das atividades desenvolvidas
anteriormente relacionadas aos cursos propostos;
Síntese da estratégia do Plano fundamentado nos seguintes pontos: síntese das
carências, demandas, potencialidades e prioridades locais;
Justificativa da importância do projeto do ponto de vista dos impactos sociais
previstos e do seu caráter especial;
Estimativas das necessidades de recursos estruturais e financeiros.
o Apresentação à Coordenação dos Cursos Básicos da segunda versão dos Cursos de
FICT aprovados, contendo:
Marco referencial, diagnóstico das demandas locais de qualificação, os
objetivos, os públicos prioritários, as referências metodológicas, as ações
prioritárias, as ações de gestão dos cursos, devidamente reformulados e ajustados;
Planilha de atividades e custos;
Cronograma de atividades;
Descrição de cada curso contendo: principais conteúdos (ementa), metodologia
utilizada (fundamentos e instrumentos), tipos de atividades (cursos, seminários,
oficinas, intercâmbio, pesquisa e outros), carga horária, cronograma de execução,
especificação de ações estruturantes (formação de formadores, sensibilização de
48
público, avaliação do ensino aprendizagem, etc), especificação do material
didático.
OBS.: Cursos com menos de 20 horas serão contados considerando a divisão do
total de suas horas por 20.
DAEC:
o Identificar e sistematizar as demandas de qualificação associadas ao sistema
público de emprego, às populações prioritárias e a outras demandas da população
economicamente ativa através de consulta às comissões/conselhos municipais de
trabalho/emprego e a setores organizados da sociedade;
o Estabelecer convênios com as entidades locais para execução dos cursos de FICT.
DDE:
o Analisar, solicitar reorientações e aprovar a primeira versão dos cursos de FICT;
o Analisar e divulgar os resultados dos cursos;
o Arquivar os documentos e materiais didático-pedagógicos do curso.
4.2.3 Cronograma de atividades:
O planejamento para a realização dos cursos de Formação Inicial e Continuada dos
Trabalhadores inicia-se no ano anterior ao seu desenvolvimento, conforme fluxograma
apresentado na Figura 4.1:
o Até setembro:
Coordenação de cursos - discutir, elaborar e encaminhar a primeira versão
dos cursos de FICT para DAEC.
o Em outubro:
DAEC - Pesquisar as demandas e potencializar convênios;
- Encaminhar a primeira versão dos cursos de FICT e os
levantamentos de demanda para a DDE.
Em novembro:
DDE - Analisar, reorientar e aprovar a primeira versão dos cursos de FICT;
49
- Prever as atividades em calendário anual.
DGO - Prever a disponibilidade de recursos estruturais e financeiros para o
desenvolvimento dos cursos no ano seguinte.
o Até um mês antes do início do curso;
Coordenadores de curso - Apresentar aos Coordenadores dos Cursos
Básicos os planos definitivos dos cursos;
- Preparar materiais, equipamentos e estruturas
necessárias.
o No início, durante a realização do curso e até um mês após:
Secretaria de Controle Acadêmico - Selecionar e matricular os alunos;
- Atestar e registrar a participação dos alunos que não
obtiverem aproveitamento no curso;
- Certificar e registrar os alunos que obtiverem
aproveitamento no curso.
Professor - Executar e avaliar o desenvolvimento das competências do
aluno.
Coordenador dos Cursos Básicos - Emitir relatórios para DDE.
o Até dois meses após a finalização do curso:
DDE - Analisar e divulgar os resultados dos cursos;
Arquivar os documentos e materiais didático-pedagógicos dos
cursos.
50
Figura 4.1 -Fluxograma de atividades e responsabilidades para o desenvolvimento dos Cursos de Formação Inicial e Continuada dos Trabalhadores no IF Sertão - PE
Até setembro
Coordenações de curso
ELABORAR OS CFICT
DAEC
PESQUISAR DEMANDA
Até outubro
DDE
APROVAR OS CURSOS
DGO
PREVISÃO / ORÇAMENTO
Coordenações de cursos
PREPARAR O CURSO
Até novembro
Professores dos cursos
EXECUTAR E AVALIAR
Até 01 mês antes do
Coord. dos Cursos Básicos
COORDENAR, AVALIAR E RELATAR
Durante o processo
Registro Escolar
SELECIONAR, MATRICULAR, ATESTAR E CERTIFICAR
DDE
AVALIAR, DIVULGAR ARQUIVAR
No Início eno final
Previsão em calendário anual
Plano do curso Material, estruturas,
apostilas, etc.
Competências
adquiridas
Avaliação
Até 02 meses após o curso
Resultados,
Arquivo
Registros, atestados
e certificados
Até 01 mês após o curso
51
4.3 Política de Cursos Técnicos
O IF Sertão – PE oferece Cursos Técnicos nas modalidades de Integrado ao
Ensino Médio, Subsequente e Programa de Integração de Educação Profissional ao Ensino
Médio na Modalidade de EJA (Proeja), nas áreas de Agricultura, Agroindustria, Edificações,
Eletrotécnica, Informática, Química, Turismo e Zootecnia, conforme orientação da legislação
em vigor, durante seus três turnos de funcionamento de segunda a sábado.
Sendo assim o IF Sertão – PE pretende que os alunos tenham garantido a continuidade
de estudos através dos cursos de graduação e pós-graduação, ora previstos no Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI).
Vivenciando a etapa de modernização dos currículos que atendam as modernas
relações de trabalho na sociedade, os cursos técnicos estão sendo reconstruídos, assim como
as normatizações e organizações didáticas que alicerçam a vida acadêmica em cada
modalidade e área de atuação.
4.4 Políticas de Curso Superiores
O IF Sertão – PE oferece, atualmente, os Cursos nas modalidades tecnológico e
licenciaturas assim compreendidos:
Tecnológico:
Diante do dinamismo das novas tecnologias, resultante dos novos modelos de
organização da produção e da inovação tecnológica crescente o mundo produtivo exige a
formação de profissionais que tenham agilidade, flexibilidade às mudanças e capacidade de
aprender continuamente e de tomar decisão diante de situações novas e imprevistas. Este novo
profissional com identidade própria, é o Tecnólogo, título atribuído aos profissionais
formados nos cursos superiores de tecnologia, aprovado com base nos artigos 18 e 23 da Lei
nº5.540/68. A formação do tecnólogo requer, além do domínio operacional de uma
determinada técnica de trabalho, a compreensão global do processo produtivo, com a
apreensão do saber tecnológico e do conhecimento científico que dá forma ao saber técnico e
ao ato de fazer, com valorização da cultura do trabalho e com a mobilização dos valores
52
necessários à tomada de decisões profissionais e ao monitoramento dos seus próprios
desempenhos profissionais em busca do belo e da perfeição.
Em constante atualização, os perfis profissionais e currículos dos cursos tecnológicos,
por meio da profunda interação de tecnologia de ponta com o conhecimento científico,
buscam desenvolver no formando aptidão para aplicar tecnologia e capacidade de
contribuir para pesquisa.
Coniderando este processo dinâmico que o mercado de trabalho exige frente a
evolução das diversas tecnológias em cada área de trabalho, a oferta destes cursos devem
seguir as orientações do ítem 4.1, prevendo as alternância de diferentes áreas tecnológicas ou
não nos projetos pioneiros.
Licenciaturas:
O IF Sertão – PE oferece Cursos de Licenciatura em Física e Química com base na
legislação específica, dirigidos aos Professores de Educação Básica com atividades orientadas
para educação escolar nos níveis de ensino fundamental ao ensino médio.
Propõe um perfil docente que se envolva com o conhecimento das diversas ciências
que desenvolvem os conceitos e estudos dos fenômenos físicos e químicos, interagindo com
a realidade através das metodologias, que articulam a prática e a teoria com inserção na
pesquisa e na extensão. Pelas situações que o próprio cotidiano oferece e as preocupações de
um mundo harmônico o professor e o aluno são levados ao exercício dos pressupostos e
atitudes de cidadania.
Considerando o processo de implantação, ora vivenciado, o gerenciamento dos
Cursos atende ao próprio desenvolvimento profissional, as diretrizes curriculares nacionais
para a formação de professores definidas para a educação básica e tendo como referência os
parâmetros curriculares nacionais, sem prejuízo de adaptações às peculiaridades regionais,
estabelecidas pelo sistema de ensino. Nesta perspectiva vem construindo e reconstruindo os
Projetos de curso, as políticas de ensino e desenvolvimento em consonância com o Projeto
Político-Pedagógico e o Plano de Desenvolvimento Institucional.
53
Políticas de pesquisa, pós-graduação e extensão:
Atualmente o IF Sertão – PE desenvolve ações de pesquisa através de projetos
aprovados junto a Instituições fomentadoras e convênios firmados com a Embrapa, CNPq,
FACEPE e BNB. Todavia estes projetos resultam de esforços isolados de parte do corpo
docente em decorrência da ausência de programas de incentivo à pesquisa e inovação
tecnológica.
A desarticulação e a falta de coordenação entre as organizações de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação (PD&I), a baixa porcentagem de mestres e doutores na
instituição e a infra-estrutura disponível são as principais limitações que devem ser superadas.
Para o desenvolvimento da pesquisa, pós-graduação e extensão no IF Sertão – PE,
conforme determinado no PDI, é imperativo a Criação do Conselho e da Diretoria de
Pesquisa, Pós-graduação e Extensão e o desenvolvimento de ações de forma a:
Normatizar as atribuições da Diretoria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão no
regimento interno;
Incentivar a formação e consolidação de grupos de pesquisa;
Proporcionar o aumento do número de pesquisadores através;
Fortalecer as parcerias com órgãos governamentais, empresas e organizações da
sociedade civil;
Estimular o desenvolvimento de pesquisas interinstitucionais e multidisciplinares;
Promover a captação de recursos para pesquisa;
Criar política de fomento institucional como o programa Professor Pesquisador;
Criar programa institucional de bolsa de iniciação cientifica (PIBIC);
Otimizar os recursos infra-estruturais, materiais e financeiros para o
desenvolvimento de pesquisa.
A pesquisa desenvolvida na Instituição deve garantir a geração de tecnologias
aplicadas ao semi-árido nordestino e, através da extensão beneficiar à comunidade. Assim, a
extensão no IF Sertão – PE deverá estar integrada ao ensino e a pesquisa e responder às
demandas das comunidades regionais do mundo produtivo.
O desenvolvimento da extensão no IF Sertão – PE estará firmado sobre três metas:
54
A criação e consolidação do plano de expansão do IF Sertão – PE;
A socialização do conhecimento nas áreas de investimento prioritárias para
estrutura de programas temáticos;
A estruturação das formas e mecanismo para a extensão.
O IF Sertão – PE, através da DAEC, Diretoria de Articulação Empresarial e
Comunitária, deverá viabilizar os projetos junto às instituições fomentadoras através de
convênios. Os convênios a serem firmados ou mantidos devem englobar a EMBRAPA, o
INCRA, o SEBARE, o CNPq, o SENAI, a FACAPE, MEC/SESU-PROEX, BNB, Liceo
Agrícole, AGROVALE, UNIVASF, ASCOOPER, CIEE, FINEP, Banco do Brasil, CELPE,
CHESF, COELBA, FUNDAÇÃO VITAE, UFC.
55
CAPÍTULO V
POLÍTICA DE ATENDIMENTO DISCENTE
5.1 - Forma de Acesso do Aluno
Como forma de acesso para os cursos de nível médio e técnico nas suas diversas
modalidades, os candidatos se submetem a exame de seleção, e para os cursos de nível
superior os candidatos se submetem ao vestibular, ambos com regras estabelecidas em editais
e complementadas nos manuais do candidato. (Acrescentar a política do ENEM)
São formas possíveis de acesso aos cursos superiores, estabelecidas nas normas
acadêmicas (anexos número tal) a transferência externa por parte de portadores de diploma de
curso superior e alunos com amparos especiais.
5.2 - Acompanhamento aos estudantes ingressantes
Como forma de assessoramento aos estudantes, esta Instituição deverá empreender um
relacionamento próximo entre o alunado e os setores.
O sistema de orientação pretende atingir, estrategicamente, a qualidade do vínculo
estabelecido entre professores e estudantes, para que se possa:
• Compreender e dimensionar os problemas do ensino em todos os níveis e modalidades, de
maneira dinâmica, buscando-se evitar as condições que dão lugar à estagnação do ensino;
• Detectar, na origem, os problemas ligados ao ensino e implementar iniciativas que visem
reduzir a ineficiência dos cursos;
• Aperfeiçoar o sistema de matrícula e demais procedimentos formais de inclusão, fluxo e
encerramento do ciclo acadêmico do estudante;
• Reduzir a ocorrência de erros e suas conseqüências como trancamentos, condições
de desligamento, reintegrações, etc.;
• Aproximar o estudante da indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão.
Para que a orientação acadêmica ao estudante possa atender aos objetivos propostos,
deve-se:
56
• Instruir e informar por escrito aos estudantes a cerca da estrutura e funcionamento do
sistema de ensino do IF Sertão – PE;
• Identificar dificuldades e impedimentos ao cumprimento das atividades acadêmicas pelos
estudantes e proceder aos encaminhamentos necessários para superá-los;
• Oferecer regime de internato, no Campus Petrolina Zona Rural, aos alunos carentes que
residam em localidades de difícil acesso, obedecendo regulamentação acadêmica;
• Promover, regularmente, reuniões com os estudantes visando acompanhar o seu
desempenho acadêmico, no decorrer do ano;
• Incentivar a participação dos estudantes em atividades de pesquisa e extensão, curriculares
ou extracurriculares e até mesmo provê-las;
• Facilitar aos estudantes o acesso a informações importantes sobre características da
profissão, mercado de trabalho, estágios, legislação, etc.;
• Garantir a realização e participação do alunado em atividades culturais previstas no
calendário escolar;
5.3 Estímulo a Permanência
O IF Sertão - PE desenvolve ações afirmativas para a permanência dos alunos. As ações e
estratégias a serem desenvolvidas estão inseridas em formulário do diagnóstico educacional
para implementação do Projeto Político Pedagógico.
Complementarmente a essas ações, oferece serviços para atendimentos às carências sócio-
econômicas e psicológicas, através dos Programas desenvolvidos pelo Setor de Serviço Social
e de Psicologia.
O Serviço Social e Psicológico do IF Sertão - PE atende aos discentes nos seus
aspectos psicológicos, sociais e econômicos, favorecendo um aprendizado de forma integral, e
atuando no desenvolvimento de projetos que contemplem os aspectos financeiros,
comportamentais e pedagógicos em parceria com setores e/ou Instituições.
A assistência ao educando engloba a concessão de Auxilio Financeiro e Bolsas de
Trabalho a alunos de comprovada carência sócio-econômica, devidamente matriculados,
vinculados aos Cursos Profissionalizantes de Nível Médio Técnico e Superior, visando:
- Incentivar os estudos e a pesquisa, através da participação dos alunos em atividades de
complementação da aprendizagem;
- Proporcionar, ao aluno bolsista, atividades que possibilitem o seu crescimento pessoal e
57
profissional, estimulando o desenvolvimento de competências e habilidades voltadas para
o mundo do trabalho e da pesquisa;
- Fornecer, mediante comprovação prévia de carência sócio-econômica por parte do
aluno, e após estudo de caso e parecer social, auxilio financeiro eventual para aquisição de
materiais escolares e serviços que possibilitem ao mesmo, efetiva execução de suas
atividades acadêmicas.
- Desenvolver nos alunos uma consciência crítica sobre seu processo de escolha
profissional, buscando aprimorar a autonomia e a responsabilidade por suas escolhas.
O Serviço Social e de Pscologia desenvolve entre outras atividades programas de
Relações Interpessoais, Orientação Individual e/ ou Grupal ao Aluno, Apoio à Família,
Isenção de Taxas, Acompanhamento aos Alunos com Dificuldades de Aprendizagem e
Levantamento Sócio-Econômico.
5.4 Organização Estudantil
Aos estudantes do IF Sertão - PE é assegurada a organização de Grêmios Estudantis e
Diretórios Acadêmicos como entidades autônomas representativas dos interesses dos
estudantes.
A organização, o funcionamento e as atividades dos grêmios e diretórios acadêmicos
são estabelecidos nos seus estatutos aprovados pelo corpo discente. A escolha dos dirigentes e
dos representantes dos grêmios e diretórios acadêmicos serão realizadas pelo voto direto e
secreto de cada estudante, observando-se as normas da legislação eleitoral. As Unidades de
Ensino cedem as instalações físicas necessárias ao seu funcionamento.
Além da organização estudantil própria, os alunos têm participação nos conselhos
consultivos e deliberativos da Instituição, assim como no processo de eleição do Diretor de
cada unidade e do Reitor, cujos representantes para comissão eleitoral são indicados por meio
da participação dos órgãos de representação discente e votação dos alunos.
58
CAPÍTULO VI
POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO
6.1 Corpo docente
O plano de carreira dos docentes pela legislação vigente depende da Política de
Recursos Humanos da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, atendo-se aos benefícios e incentivos de carreira ora em vigor,
decorrente do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos,
regulamentado pela Lei Nº 7.596, pelo Anexo ao Decreto Nº 94.664 e pela Portaria
Ministerial Nº 475, todos de 1987.
Atualmente encontra-se em fase de estudo uma proposta do Governo federal referente à
Classe Especial, que contempla os docentes ocupantes da última Classe da Carreira de
Magistério de 1º e 2º Graus. Atualizar contemplando a política dos IF ?????????????????
Políticas de qualificação
A política de qualificação do IF Sertão - PE tem por objetivo promover ações de
capacitação e aperfeiçoamento profissional dos servidores.
No esforço de elevar os níveis de eficiência no trabalho, a Gerência de Recursos
Humanos desta Instituição está elaborando um PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE
RECURSOS HUMANOS, que criará linhas de ações na qualificação dos servidores,
incluindo desde cursos e eventos de pequena duração até pós-graduação stricto senso.
A liberação de servidores para mestrado e doutorado será vinculada às linhas de
pesquisa do IF Sertão - PE. A continuidade do ensino, na ausência do docente em capacitação,
será garantida pela contratação de professores substitutos.
59
Outra política de capacitação dos servidores será a realização de mestrados e doutorados
interinstitucionais, nas áreas priorizadas pela instituição. Assim como será implantado um
plano de capacitação institucional para atender às demandas mais urgentes de capacitação dos
servidores, em diversas áreas, a partir de estudo prévio de necessidades e critérios elaborados
por comissão indicada, conforme legislação própria .
6.2 Corpo dos Técnicos-administrativos
Plano de Carreira
Com a aprovação da Lei nº 11.091, de 12/01/2005, está sendo implantado o Novo
Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, cujo desenvolvimento
do enquadramento obedecerá aos critérios da Portaria MEC nº 157, de 17/01/2005, que até o
final do exercício de 2005 será totalmente implantado. ATUALIZAR
Este novo plano dispõe sobre a capacitação do servidor técnico-administrativo, com
meta anualmente traçada e necessariamente cumprida, favorecendo o incremento do índice de
qualificação nos próximos anos.
A exemplo do corpo docente, a estruturação de cargos e salários do corpo técnico-
administrativo depende dos preceitos oriundos do órgão central do Sistema Integrado de
Pessoal Civil – SIPEC, ou seja, da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, e estritamente vinculados à legislação vigente.
Para atender à expansão dos cursos previstos neste planejamento será necessária a
contratação de 28 (vinte e oito) técnico-administrativos que dependerá de autorização
ministerial para a realização de concurso público, prevendo-se ainda a contratação de 09
pessoas (apoio) para atender às necessidades da Instituição. ATUALIZAR
Políticas de qualificação
A qualificação dos Técnico-Administrativos segue a mesma política já descrita
anteriormente para os servidores deste IF Sertão – PE, com algumas particularidades:
60
• definição do perfil do servidor técnico-administrativo que a IF Sertão - PE deseja e
necessita;
• orientação os processos de seleção e ingresso, capacitação e de avaliação do
desempenho dos servidores técnico-administrativos tendo como referência o perfil definido e
as novas demandas do IF Sertão - PE;
• implantação uma política de capacitação continuada interna e integrada para os
servidores técnico-administrativos;
• capacitação os servidores docentes e técnico-administrativos para uso de
tecnologias de informação e comunicação;
• desenvolver processos de capacitação para gestão institucional e de projetos;
• promoção da qualidade de vida do servidor.
6.3. Problemas, propostas e ações
A partir das políticas apresentadas, propostas e metas são sugeridas para a obtenção
dos objetivos do IF Sertão – PE. Este mapeamento leva em conta os itens mais expressivos
dentre os avaliados no diagnóstico escolar, ressaltando, todavia, que metas propostas estão
gradativamente sendo alcançadas.
A apresentação dos problemas, propostas e ações:
Problemas
o Propostas;
Ações.
Falta de integração entre professores das diversas áreas.
o Coordenações por cursos incluindo professores das áreas, técnicas, tecnológicas e
do núcleo comum:
61
Reuniões quinzenais da coordenação do curso; Atualizar
Reuniões quinzenais por área;
Elaboração de calendários de reuniões semestrais, respeitando horário
escolar e de outras reuniões;
Semana de adaptação individual e coletiva entre professores e
administrativos novatos;
Constar no calendário escolar horários de reuniões quinzenais;
Definir os professores por curso;
Envolvimento do coordenador nesse processo de integração;
Reuniões bimestrais por área;
Reuniões pedagógicas bimestrais coordenadas pela Diretoria de Ensino.
Falta do conhecimento dos direitos e deveres dos servidores e das atribuições
dos setores e de convivência saudável entre setores e servidores.
o Desenvolver a auto-estima dos funcionários;
o Resgatar os valores éticos e o respeito individual;
o Estimular a convivência entre servidores;
o Propiciar transparência na administração;
o Reestruturar o Regimento Interno da Escola
Divulgar o código de ética e RJU para a comunidade, através de grupo de
estudos por setores (campanha anual);
Uma reunião semestral para planejamento, entrosamento e avaliação das
atividades semestrais;
Instalar serviços de rádio interno;
Assistir socialmente durante suas dificuldades profissionais e pessoais;
Instalar comissão de ética;
Oferecer semestralmente cursos de profissionalização para os servidores;
Promoção de eventos desportivos e culturais nas datas comemorativas,
como o dia do estudante, das mães, dos pais, dos professores, do funcionário
público, São João, da mulher, dos técnicos, tecnólogos, etc.;
Comemorar os aniversariantes do mês.
Lotação de funcionários sem formação adequada as funções que exercem.
o Preparar previamente e estimular o servidor:
Treinar os servidores por atividades ou função;
62
Mapear riscos e orientar os servidores quanto aos procedimentos de
higiene e segurança do trabalho;
Avaliar, previamente o perfil do servidor;
Promover cursos de atendimento ao público para todos os servidores.
Divulgação deficiente de atos oficiais, resoluções dos órgãos colegiados e de
informações administrativas e pedagógicas.
o Socializar as informações em tempo hábil:
Criar um boletim informativo mensal;
Criar setor para divulgação de todos os atos;
Alimentar permanentemente o site do IF Sertão – PE e dispô-lo como
página principal dos computadores da Instituição;
Ampliar o número de quadros informativos, separando-os por área de
interesse, criando uma campanha de conscientização sobre a importância dos
mesmos;
Viabilizar a melhoria do Setor de Comunicação para divulgação eficiente
de todos os atos;
Implementar uma revista de publicação semestral do cotidiano da Escola,
incluindo prevenção de acidentes;
Otimizar e divulgar os setores já existentes.
Dificuldade de contato entre os alunos e a direção
o Propiciar contatos informais dos diretores e gerentes com os alunos, nos diversos
ambientes da escola (corredores, pátio, cantina e salas de aulas);
o Propiciar contatos formais agendados com representantes de turmas com diretores
e gerentes:
Encontro semestral de todos os diretores com o corpo discente;
Estimular a criação de representantes de turma;
Participação dos diretores nos eventos dos alunos.
Falta de planejamento e uniformidade quanto à recuperação
o Definir o calendário escolar previamente ao início do ano letivo:
Determinar períodos para avaliação de recuperação e prova final para
todos os cursos, com acompanhamento pedagógico sistemático.
o Reuniões pedagógicas no início do ano letivo e durante o semestre para a
avaliação do processo;
63
o Desenvolver e implementar normas acadêmicas que possibilite:
Definir o percentual de aulas para recuperação em relação à carga horária
de cada matéria;
Recuperar a prova final;
Divulgar os dados estatísticos dos resultados dos cursos/turnos.
o Capacitar e integrar o professor às necessidades dos cursos.
Quantidade de docentes e não-docentes insuficientes para suprir as
necessidades mínimas da Instituição.
o Analisar o potencial e quantitativo de profissionais para a criação de novos cursos
e/ou novas turmas;
o Discutir com a comunidade a viabilidade de suprir as vagas antes da tomada de
decisão na liberação de servidores para outra instituição ou para participação em
cursos;
o Buscar junto ao MEC a liberação de vagas:
Dividir equitativamente as atividades de docência;
Atender, na medida do possível, as expectativas dos servidores para a
realização de cursos;
Melhorar a prestação de serviços (educacionais e atendimento);
Suprir até 2009 as necessidades da escola.
Falta de acompanhamento da freqüência do aluno e estímulo à cooperação
entre os mesmos.
o Potencializar o acompanhamento pelos setores de pedagogia, psicologia e
assistente social;
o Verificar desempenho de aprendizagem;
o Criar ambiente harmonioso entre os alunos;
o Aplicar novas metodologias de ensino e recursos de aula;
o Estimular os alunos aos trabalhos de grupo – pesquisa;
o Estimular o esporte, a cultura e o lazer dentro da escola;
o Promover encontros festivos, além dos já previsto em calendário:
Realizar a chamada diariamente, para detectar faltosos;
Encaminhamento dos casos pelos professores para os setores
competentes, a partir de 4 dias/aula por disciplina;
64
Contactar com os pais para informá-los quanto à situação do aluno;
Diminuir anualmente em 10 % a evasão escolar, a partir de 2006;
100 % dos alunos deverão ser acompanhados a partir de 2006.
Falta de relacionamento maior entre a família e a escola
o Realizar um programa de integração semestral entre família e escola:
Promover encontros culturais e festivos entre família e a escola, além dos
previstos no calendário escolar;
Divulgar e tornar atraentes as reuniões;
Elaborar e divulgar o calendário anual das atividades desenvolvidas na
escola.
Dificuldade da realização de estágios por alunos de alguns cursos.
o Cadastrar e firmar convênio com empresas privadas, órgãos públicos,
cooperativas, associações e ong’s;
o Estreitar o relacionamento entre a escola e a comunidade;
o Alocar recursos para o desempenho de atividades de supervisão de estágio junto à
empresa;
o Orientar os alunos concluintes da importância do estágio;
o Manter convênio com as instituições articuladoras de estagio (CIEE, PRIVATE,
etc);
o Reformulação do plano de estágio:
Reativar a função de supervisão de estágio;
Contactar um mínimo de quatro empresas por mês;
Disponibilizar transporte para o contato mensal junto às empresas;
Reimplantar a disciplina orientação para estágio.
Nem sempre o ensino está voltado para o desenvolvimento de competência.
o Estimular a criação de grupos de estudo, levando temas relacionados a
competências e habilidades para reuniões pedagógicas;
o Mostrar em reuniões pedagógicas como elaborar passo a passo o plano de trabalho
do professor;
o Capacitar docentes para trabalharem com competência e habilidades:
Propiciar ensino contextualizado, interdisciplinar e formativo.
Resistência ao novo por parte de docentes e técnico-administrativos.
65
o Promover reuniões orientadas de troca de experiências;
o Capacitação os servidores:
Reuniões semestrais entre as áreas;
Desenvolver e implantar um plano de capacitação.
Outras propostas e ações:
o Reimplantar programa de apoio ao aluno carente no Campus Petrolina;
o Elaborar programas especiais para alunos com dificuldade de
aprendizagem;
o Implantar sistema de plantão pedagógico com definição de horários e local
para cada professor;
o Implantar monitoria por disciplina;
o Capacitar professores e técnicos administrativos através de parcerias e
convênios com outras instituições de ensino e empresas;
o Reestruturar o estágio, possibilitando ao aluno o atendimento a
comunidades carentes, através de serviços prestados;
o Implementar atividades interdisciplinares nas coordenações, reunindo
professores de várias áreas;
o Divulgar as atividades desenvolvidas pelas coordenações dos cursos em
reuniões mensais com toda a comunidade escolar;
o Avaliar as atividades desenvolvidas pelos vários setores da escola;
o Criar comissões permanentes para eventos e exame de seleção;
o Implantar sistema de orientação e informação nas várias áreas de ensino da
escola, através dos meios de comunicação;
o Melhorar a divulgação da escola junto à comunidade;
o Reimplantar a cooperativa para obtenção de recursos.
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REFERÊNCIAS
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ANEXOS