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PPP PRELIMINAR

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PPP PRELIMINAR

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1 – APRESENTAÇÃO

Tendo como referencial teórico – metodológico as diretrizes curriculares nacionais,

a Escola Estadual Papa João Paulo II, através de seu corpo docente, elaborou seu

Projeto Político Pedagógico estabelecendo dentro de suas metas, a proposta de um

documento que viesse avaliar, discutir e aprofundar todo o sistema educacional da

escola.

A intenção deste documento é, fundamentalmente, retomar o exercício da

discussão e encaminhamento coletivo, do processo ensino – aprendizagem. As metas

aqui propostas se efetivarão em parceria com toda a comunidade escolar e com o real

comprometimento dos profissionais que a elaboraram. Esta proposta tem seu fundamento

na construção de um conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em

permanente avaliação e /ou reformulação, de acordo com os avanços dos principais

paradigmas educacionais da atualidade.

É nessa perspectiva que o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Papa

João Paulo II deverá ser trabalhado e enriquecido na dinâmica da prática pedagógica.

Desta forma, não pretende ser um manual para o corpo docente, sua proposta é dialogar

a respeito da estrutura educacional dos conteúdos e da metodologia desta escola, bem

como ter claro seus fins e objetivos.

Consciente de que esta proposta é uma das grandes responsáveis pelo bom

desempenho de todos os que da escola fazem parte, e pelo alcance dos objetivos a que a

escola se propõe, procura abordar toda a ação escolar segundo as necessidades e as

oportunidades surgidas no processo ensino – aprendizagem. Assim, a abordagem desta

proposta, objetiva situar todas as instâncias acima citadas, quanto aos procedimentos

essenciais pertinentes ao Projeto Político Pedagógico da Escola Papa João Paulo II. Mais

do que teorias pedagógicas ou visões teóricas, tornam-se necessária à viabilização

efetiva deste documento.

A construção do Projeto Político Pedagógico significa repensar, refletir e incorporar

novas idéias e formas democráticas à prática educativa numa perspectiva emancipatória

e transformadora da educação, exigindo compromisso político – pedagógico dos

profissionais das escolas públicas. Sendo o plano global da instituição, envolve tanto a

dimensão pedagógica, quanto à comunitária e administrativa da escola. É um valioso

instrumento de orientação das atividades escolares e propiciador de condições de

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surgimento de um verdadeiro trabalho coletivo. Daí a necessidade de um Projeto Político

Pedagógico, elaborado e aplicado dentro da realidade de cada um, sendo flexível,

acrescentado, alterado e opinado pela comunidade escolar.

A elaboração de um projeto com adequação pedagógica às características de um

aluno que pensa, de um professor que sabe e aos conteúdos de valor social e formativo.

Fazer da educação um instrumento amplo de luta pelos direitos da cidadania e da

emancipação social é o objetivo principal deste Projeto.

2- INTRODUÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Esta escola resolveu prestar uma homenagem à autoridade maior no âmbito

religioso, dando-lhe o nome de PAPA JOÃO PAULO II, por ser esta, uma comunidade

eminentemente cristã.

Escola Estadual Papa João Paulo II – Ensino Fundamental

Código da Escola: 00945

Assis Chateaubriand – Código: 0200

Endereço: Rua Princesa Isabel s/n Pat. Engenheiro Azaury – Assis Chat.

Fone (44) 3557-6036

Local: Zona Rural

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de Autorização da Escola: Resolução nº. 8357/84 de 18/12/84

Ato de Reconhecimento da Escola: Resolução nº. 2421/90 de 29/08/90

Parecer do N.R.E de Aprovação do Regimento Escolar: nº. 040/04 de 02/06/2004

N.R.E / Código: 04

Distância da Escola ao N.R.E: 10 Quilômetros

.

ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

A Escola Estadual Papa João Paulo II – Ensino Fundamental atende alunos de 5ª a

8ª séries, sendo divididas em quatro turmas, sendo uma sala para cada série, que somam

quarenta alunos atendidos no período matutino. Para atender esta comunidade escolar,

temos um Diretor, uma Pedagoga, onze Professores, um Secretário e duas auxiliares de

serviços gerais.

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Este profissional da área educacional tem a sua disposição uma mine biblioteca,

sala da Diretora, da Pedagoga e do Secretário, que funcionam em um mesmo espaço

físico, uma quadra coberta, uma sala onde os professores desenvolvem suas horas

atividades e também a usam no intervalo do recreio, uma cozinha para o preparo da

merenda, três banheiros femininos e três banheiros masculinos e um exclusivo para os

professores, uma horta exemplar que pertence ao município, mas que nos é dada à

permissão de também usufruí-la. Tudo que consta como espaço físico neste documento,

é dividido com a rede municipal de ensino, que funciona em período contrário.

RELAÇÃO NOMINAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO:

DIRETORA:

Rosely Sobral GimenezRG: 6.162.262-4CPF:024.230.699-36Graduação: Letras Inglês/Português

PROFESSORA PEDAGOGA:

Marli MoreiraRG: 3.458.369-2CPF: 955.806.709-15Graduação: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia – Educação e Clinica

CORPO DOCENTE:

Rosimere Stofel GomesRG: 4.503.751-7CPF: 806.215.979-53Graduação: MatemáticaHabilitação: Matemática

Vanda Pereira AndradeRG: 5.129.352-5CPF: 999.742.169-49Graduação: HistóriaHabilitação: História

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Leila Sramim PivetaRG: 8.017.795-0CPF: 027.230.529-40Graduação: Educação FísicaEspecialização: Educação Física

Francielly Martins JustosRG: 8.279.475-1CPF: 041.557.869-82Graduação: HistóriaEspecialização: História Regional

Edilson Augusto de PaulaRG: 13.010.614-5CPF: 100.508.388-65Graduação: Matemática

Simone Bazanella LuluRG: 7.382.016-2CPF: 036.943.859-08Graduação: Letras/Espanhol e Respectivas LiteraturasEspecialização: Produção de Textos e Literatura Brasileira

Cilene Cristina Livio RanucciRG: 6.030.878-0CPF: 026.106.119-43Graduação: LetrasEspecialização: Metodologia e Técnica de Produção de Texto

Adriano Barbosa AgonilhaRG: 8.091.000-2CPF: 008.805.869-18Graduação: Artes PlásticasEspecialização: Educação Especial

Claudiney VroblevskRG: 7.528.911-1CPF: 007.650.479-42Graduação: Educação Física

Érica Juliana Gomes de AlmeidaRG: 5.892.439-3CPF: 982.978.729-04Graduação: GeografiaEspecialização: Geografia – Interação e Meio Ambiente

José Antônio PegoRG: 1.602.375-2CPF: 320.256.029-87Graduação: CiênciasEspecialização: Metodologia do Ensino da Matemática

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Lourdes Vera da CostaRG: 4.106.077-8CPF: 588.104.809-10Graduação: Ciências

Maria do Carmo AlaminosRG: 5.656.868-9CPF: 806.191.699-15Graduação: LetrasEspecialização: Didática e Metodologia de Ensino

Márcia Cristina Rodrigues da SilvaRG: 8.630.217-9CPF: 043.226.339-00Graduação: HistóriaEspecialização: História Regional

Tereza Tomim da SilvaRG: 1.328.694CPF: 600.293.159-72Graduação: LetrasEspecialização: Didática e Metodologia de Ensino

ADMINISTRATIVO

SECRETÁRIO:

Henrique Antônio GonçalvesRG: 6.317.260-0CPF: 021.373.259-93Graduação: Letras/ Espanhol e Respectivas LiteraturasEspecialização: Literatura e Produção de Textos

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS

Clarice da SilvaRG: 8.105.590-4CPF: 026.845.619-40Escolaridade: Ensino Médio

Maria Rosângela DutraRG: 5.814.437-1CPF: 773.445.299-04Escolaridade: Ensino Médio

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3-OBJETIVOS

É oferecer aos professores, alunos, pais e a todos aqueles que estão direta ou

indiretamente ligados a esta instituição educativa uma visão da sua realidade

educacional. Constitui um referencial de qualidade para a fundamentação pedagógica na

Educação do Ensino Fundamental. Nele estão inseridos o pensamento e o trabalho de

todo o corpo docente da escola. Por sua natureza aberta, configura uma proposta flexível

a ser concretizada nas decisões dos projetos educacional empreendidos na escola.

Nele estão contidas as tendências pedagógicas praticadas na escola, bem como o

sistema de avaliação e a prática disciplinar desenvolvida pelos professores. Criar

condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os

conteúdos necessários para a vida em sociedade, permitindo aos mesmos exercitar sua

cidadania a partir da compreensão da realidade, para que possa contribuir em sua

transformação.

Criar mecanismos de participação que traduzam o compromisso de todos na

melhoria da qualidade de ensino. Promover a integração escola-comunidade, atuando no

sentido do desenvolvimento humano e social tendo em vista sua função maior de agente

de desenvolvimento cultural e social na comunidade, a par de seus trabalhos educativos.

Proporcionar uma educação de qualidade através de um trabalho de parceria entre

pais, alunos e profissionais da educação, num processo cooperativo de formação de

indivíduos plenos e aptos a construírem a sua própria autonomia e cidadania,

reconhecendo-se, recomendando-se como ser único, mas também coletivo.

Possibilitar a (re) organização da escola, através de ações conscientes, planejadas,

voltadas para mudanças na realidade.

Diagnosticar a realidade, comprometendo-se com a formação do cidadão para a

sociedade na qual se insere, de modo a enfrentar os desafios por elas impostos de modo

a transformá-la.

Favorecer uma prática pedagógica de forma que o conhecimento contribua para o

desenvolvimento e autonomia do aluno, do ponto de vista intelectual, social e político.

Permitir a participação de todos os sujeitos do processo educativo, tornando-os

sujeitos de direitos, organizados e participativos do processo de construção política -

social, cultural e intelectual.

Explicitar o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção coletiva

e contínua, enfatizando assim o conceito de autonomia, enquanto responsabilidade de

todos.

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MARCO SITUACIONAL

A Escola Estadual Papa João Paulo II, está localizada na zona rural, é uma

instituição educacional de pequeno porte e a estrutura de sua comunidade está focada na

agricultura, são pequenos proprietários de terra, arrendatários e diaristas. As famílias, em

sua maioria, possuem o ensino fundamental completo e seus filhos estudam geralmente

até o ensino médio, poucos chegam às universidades. O acesso às informações se dá

através de rádio, televisão e um jornal regional existente aqui. Não temos jornal de grande

circulação ou revistas devido aos preços. A leitura é incentivada pela escola que dispõe

de uma mine-bibliotéca e recentemente recebeu alguns exemplares excelentes.

Pensando em um incentivo maior para a comunidade, a escola pretende

proporcionar a seus alunos, grupos de estudo para discutirem sobre a permanência dos

mesmos em nossa região. Temos que entender suas razões e ajudá-los a superá-las.

Diante dos problemas causados pelo longo período de estiagem ocorrido entre os meses

de novembro de 2005 a janeiro de 2006, os agricultores se vêem perdidos e sem

perspectiva de um futuro. Houve uma quebra na produção de grãos e com isso se viram

sem renda e com dívidas contraídas.

Vivemos na era da globalização da economia a das comunicações. Um cenário que

coloca novos desafios para nós educadores. Uma sociedade multicultural deve educar o

ser humano multicultural, capaz de ouvir, de prestar atenção ao diferente, de respeitá-lo.

A realidade educacional brasileira é exemplo acabado de contradição entre a

Declaração dos direitos e a prática social. É inegável que, em razão do tipo de

desenvolvimento capitalista que caracteriza o Brasil, existe uma incompatibilidade de fato

entre estudo e trabalho. Em razão, principalmente do baixo nível de renda da população

economicamente ativa, o que exige a entrada precoce no trabalho para aumentar a

geração de renda familiar, da existência de uma grande oferta de mão de obra não

qualificada e de baixa remuneração.

Mas também existe uma incompatibilidade de fatos entre pobreza e apropriação do

conhecimento, uma vez que aquela é associada a um não-saber de um fazer

desqualificado. Esta dupla incompatibilidade compromete não só o desenvolvimento

humano de amplos segmentos de classe trabalhadora, condenados a viver num universo

cultural em grande parte estranho, mas também o futuro da nação num mundo de uma

complexidade científico-tecnológica crescente.

Os desafios que a realidade social e educacional coloca à nação brasileira são

enormes: resolver a contradição estrutural que existe entre declaração constitucional dos

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direitos sociais (entre eles a educação) e a negação desses direitos; superar a ideologia

que associa pobreza material e pobreza cultural, fazendo uma causa e efeito da outra;

recolocar-se o problema da escola pública em termos de direito de todos de acesso ao

conhecimento e não a qualquer tipo de conhecimento; recolocar a questão do trabalho

como atividade de produção/apropriação de conhecimento e não apenas como uma mera

operação mecânica, descartável pela implantação da automação; repensar, enfim, a

relação escola-trabalho de maneira a superar a dualidade saber/fazer e a

instrumentalização da escola em função dos interesses do capital.

Vivemos em uma sociedade extremamente injusta, com má distribuição de renda,

mau uso do poder, com corrupção, diferentes classes sociais e crescente individualismo.

A sociedade espera que os alunos estudem, mas não lhes dão perspectivas reais,

ou seja, o aluno não tem motivação. Queremos então uma sociedade mais justa onde se

respeitam os direitos dos outros, mais solidária e voltada para a educação.

MARCO CONCEITUAL

1-CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

“Se sonharmos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta, menos

violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo não a qualquer

possibilidade em face dos fatos, defende a capacidade do ser humano em avaliar, de

compreender, de escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo.” (Freire, P.1197,

p, 58-59).

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de

relações diferenciadas e diferenciadoras. São configuradas pelas experiências individuais

do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,

desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo

bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua

humildade, sendo que:

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe

resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as

contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade.

Nesse sentido a sociedade cria o homem para si”. (Pinto. 1994).

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A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto

dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a partir das

contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Atílio Boron (1986) questiona; que tipo de sociedade deixa como legado estes

quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênea e

fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo tipo – classe, etnia, gênero,

religião, etc. – que foram exarcebadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma

sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”, como costuma

ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e

fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em termos

laboriais, nem inserir-se nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos.

Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas conservadoras foi

por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto

sobre o paradigma produtivo contemporâneo.

Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto, aquela na

quais os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade de

participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os processos decisórios

que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).

Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia participativa

conclui que:

Nossa convicção funda-se no processo histórico onde nos ensina que não há

verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado. Estas se fazem e

se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma democracia

substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade social,

continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.

2-CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo

suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve

múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em

decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada,

mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de

diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992): não se pode, portanto, conceber

o homem sem a natureza e nem a natureza sem o homem. “O homem necessita produzir

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continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele

tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.

O que a observação histórico-antropológica nos permite ver que a espécie humana

organiza-se positivamente realizando uma divisão técnica do trabalho, ou seja, diversas

funções que devem ser realizadas são atribuídas a diferentes indivíduos. A essa divisão

técnica do trabalho sobrepõe-se uma divisão social do trabalho, cujas funções são

hierarquicamente distribuídas e marcadas pelo poder, já que essas funções se

diferenciam pelas posições que têm na hierarquia social, onde os indivíduos ou grupos

detêm uma espécie de força sobre os que estão em lugares inferiores.

As relações que os homens estabelecem entre si no contexto dessa hierarquização

social, constituem a esfera da sociabilidade, o âmbito da prática política.

O homem também atua sobre a natureza em função de suas necessidades e o faz

para sobreviver enquanto espécie. No entanto, diferentemente de outros animais, o

homem não se limita a imediaticidade das situações com que se depara; ultrapassa

limites, já que produz universalmente (para além de sua sobrevivência pessoal e de sua

prole) não se restringindo às necessidades que se revelam no aqui e agora.

Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se

encontra com outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro “... é

aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais

transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando em direção

de sua emancipação participante da história coletiva”. (Santoro, 1998, p, 84).

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,

antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.

A ação humana não é apenas biologicamente determinada, mas se dá

principalmente pela incorporação das experiências e conhecimentos produzidos e

transmitidos de geração a geração; a transmissão dessas experiências e conhecimentos -

através da educação e da cultura - permite que, no homem, a nova geração não volte ao

ponto de partida da que a precedeu.

O processo de produção da existência humana é um processo social; o ser

humano não vive isoladamente, ao contrário, depende de outros para sobreviver. Há

interdependência dos seres humanos em todas as formas da atividade humana;

quaisquer que sejam suas necessidades – da produção de bens à elaboração de

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conhecimentos, costumes, valores... – elas são criadas, atendidas e transformadas a

partir da organização e do estabelecimento de relações entre os homens.

O homem exercita ao longo de toda sua vida a capacidade inata de aprender e de

ensinar, transmitindo, mas também produzindo e modificando os conhecimentos e a

cultura.

A atuação do homem diferencia-se da do animal porque, ao alterar a natureza,

através de sua ação, torna-a humanizada; em outras palavras, a natureza adquire a

marca da atividade humana. Ao mesmo tempo, o homem altera a si próprio, através

dessa interação, o homem vai se construindo, vai se diferenciando cada vez mais das

outras espécies animais. A interação homem – natureza é um processo permanente de

mútua transformação: esse é o processo de produção da existência humana. Onde o ser

humano vai se modificando, alterando aquilo que é necessário à sua sobrevivência,

forjando condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de

práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito

histórico, plasmador de seu próprio destino( Boff, p. 51)

É preciso avançar no caminho de possível transformação no tempo, motivado

tanto, para o surgimento consciente do fator básico da democracia, ou seja, o cidadão.

Entretanto, para poder motivar processos de transformação da cidadania é indispensável

ser cidadão.” (Demo, 1996:84).

A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de

consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos

e deveres. A realização se faz através de lutas contra as discriminações, da abolição de

barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais,

ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso às políticas e pela participação

de todos nas tomadas de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a

emancipação depende fundamentalmente do interessado? Uma vez que, quando a

desigualdade é somente confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade,

fazendo-a dependente dos serviços públicos? No entanto, ser/estar interessado não

dispensa apoio, pois os serviços públicos são sempre necessários e instrumentais.

Reafirmando a citação de Boff. (Martins, 2000, p. 53)

A realidade social e educacional atual de nosso país requer o enfrentamento e a

superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração constitucional dos

direitos sociais (dentre eles, a educação) e a negação da prática desses direitos; da

ideologia que associa a pobreza material à cultural; de recolocar-se o problema da escola

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pública em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado; recolocar a

questão do trabalho educativo e de produção/apropriação de conhecimento não apenas

como mera operação mecânica.

Esse trabalho educativo/social visa construir uma Nação Autônoma, capaz de

democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade inteira para a mudança, primando por

uma sociedade sustentável que se desenvolva com a natureza e não contra ela, que

produza o suficiente para todos e que não permita a acumulação para poucos.

Boff (2000, p. 73) diz: “Nele fica clara a vontade de soberania nacional e o tipo de

cidadania política, econômica, participativa, solidária e popular. Será uma cidadania

cotidiana, plantada no funcionamento dos movimentos raciais e, por isso, em contínuo

exercício”.

Quando falamos em cidadania, estamos falando de uma qualificação de condições

de existência dos homens.

O homem afinal, só é plenamente homem se for cidadão. Não tem, pois, sentido

falar de humanização, de humanismo, de democracia e de liberdade se a cidadania não

estiver lastreando a vida do homem.

Para que o indivíduo possa se humanizar tornando-se, pois efetivamente cidadão,

é preciso que as mediações de sua existência ocorram no plano concreto, histórico, real.

Daí a importância da escola para a construção da cidadania, sendo a escola o

lugar institucional de um projeto educacional. Isto quer dizer que ela deve instaurar-se

como espaço-tempo enquanto instância social que sirva de base mediadora e articuladora

de outros dois projetos que envolvem o agir humano: de um lado, o projeto político da

sociedade envolvente e, de outro lado, o projeto pessoal dos sujeitos envolvidos na

educação.

3-CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

É preciso considerar a teoria pedagógica progressista, que parta da prática social e

esteja compromissada em solucionar os problemas da educação, do currículo e do

processo ensino-aprendizagem da escola, nesta perspectiva.

A função fundamental da educação é criar condições político – pedagógicas para o

desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e ajuda-lo a tornar-se um ser humano

completo em suas dimensões sociais, afetivas e intelectuais.

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A educação, uma prática social e, portanto política vai contribuir ou para a

conservação e reprodução da sociedade e de seus conteúdos ideológicos, ou atuar no

sentido de criticar e superar esses conteúdos e, consequentemente, agir na linha de

resistência à dominação e de transformação da sociedade. Ela pode se construir, então,

em uma prática transformadora. A educação não muda o mundo, mas o mundo pode se

mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho.

Assim, se de um lado a educação contribui para a reprodução da sociedade por

meio da produção, da sistematização e da divulgação de uma ideologia, do outro, ela

pode contribuir para a transformação da mesma sociedade através da produção, da

sistematização e da divulgação de uma contra – ideologia. Ela pode proceder a uma

crítica da ideologia vigente, desmascarando-a, denunciando seus compromissos com os

interesses dos grupos dominantes no interior da sociedade e gerando, então, uma nova

consciência social entre os sujeitos.

Daí, a importância que os conhecimentos teóricos assumem no âmbito do trabalho

educativo. A apropriação dos bens culturais é imprescindível para que os indivíduos se

tornem humanos, para que superem o imobilismo que a própria estrutura social impõe,

para se tornarem protagonistas da sua história e da história dos homens.

Tendo em vista os objetivos intrínsecos da educação numa sociedade

historicamente determinada, o trabalho docente deve assegurar aos aprendizes o domínio

firme e consolidado dos conhecimentos científicos, técnicos e culturais; oportunizar meios

e condições para que os alunos adquiram métodos e posturas com vistas a uma

aprendizagem pessoal e a um pensamento autônomo; propiciar condições para que os

elementos mediadores da aprendizagem convirjam para os objetivos essenciais da

Educação. Convém relembrar as palavras de Antônio Joaquim Severino que coloca: “... o objetivo essencial da Educação, a sua intencionalidade básica, numa sociedade

historicamente determinada, é inserir os educandos no tríplice universo de suas mediações

histórico – existenciais: no universo do trabalho, da produção material, das relações econômicas e

produtivas, esfera de fazer técnico; no universo da sociabilidade e de suas mediações

institucionais, âmbito das reações políticas, esfera do poder; no universo da cultura simbólica e

simbolização subjetiva, âmbito da consciência pessoal, da subjetividade, das relações

intencionais, esfera do saber...” (Severino, 1994, p, 92).

A educação liberta o homem do desconhecido, colocando-o como “dono da

situação”, pois a partir do domínio do conhecimento o sujeito poderá progredir e lutar por

sua autonomia.

A educação deve ser entendida como um processo que se caracteriza por uma

atividade mediadora no seio da prática social global.

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Para que exista a educação autêntica é preciso superar a relação vertical que eleva

o educador acima do educando, e instaurar uma relação dialógica entre ambos. O diálogo

supõe troca, não imposição. Dessa maneira, o educador já não é o que apenas educa,

mas o que enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado,

também educa, como afirma Paulo Freire.

Portanto, a educação não deve ser apenas uma reprodução, mas, principalmente,

uma produção e uma adaptação do conhecimento e da cultura.

3- CONCEPÇÕES DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os

homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais

mediadas pelo trabalho.

Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas (senso comum,

científico, teológico, filosófico e estético), pressupondo diferentes concepções, muitas

vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições

sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente, novas formas de

ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando,

portanto, a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz conseqüências para a

escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do

trabalho nas suas relações. Conforme Veiga. (Veiga, 1995, p. 27).

Para Boff (2000, p. 82), “Conhecer implica, pois, fazer uma experiência a partir dela

ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto,

representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento

sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do

conhecimento em ação”.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudança interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

A matéria prima do trabalho do professor é o conhecimento. Não é conseguir que o

aluno faça isto ou aquilo, mas conseguir que ele entenda, por reflexionamento próprio,

como fez isto ou aquilo.

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4-GESTÃO DEMOCRÁTICA

A Gestão Democrática abre espaço para a comunidade nas tomadas de decisão,

também definidas na Constituição Federal, é norteada por fundamentos éticos e

científicos de administração: conhecimento, liderança, participação, autoridade e

embasando um trabalho coletivo da escola. Entende-se que uma vez toda a comunidade

ficando envolvida, conseqüentemente ela se faz comprometida com o todo.

Acreditamos numa estrutura administrativa pedagógica não – verticalizada, com

poder compartilhado, com união, integração e parcerias, com controle coletivo com

exercício democrático.

Na escola que queremos, são eixos fundamentais: pedagógico, administrativo e

relacional, que, simultaneamente envolvem a forma, o processo e o produto das ações da

escola.

Os eixos favorecem que as relações de poder e autoridade sejam mais

compartilhadas e, horizontalizadas: o eixo pedagógico é o cerne, a essência da vida

escolar, portanto, funciona como impulsionador das ações, buscando sua

intercomplementaridade com o eixo administrativo.

As decisões acontecem num processo participativo – a comunidade escolar,

através dos instrumentos de ação colegiada, deve participar das decisões e

consequentemente, responsabilizar-se pela execução e avaliação das ações realizadas.

O pensar e “fazer juntos” se enriquecem à medida que cada uma, com seu conhecimento,

seu ponto de vista, sua criatividade e crenças se envolve na formação do coletivo,

administrativa e financeira, o que fortalece a escola.

O EIXO PEDAGÓGICO se movimenta pela proposta pedagógica – que possibilita

desenvolvimento do currículo através da ação de docentes e especialistas – tendo como

centro do processo, o aluno. Processo este de qualidade, avaliado a partir da

aprendizagem dos alunos.

O EIXO ADMINISTRATIVO se movimenta através de uma gestão planejada e

desenvolve através de ações necessárias para a efetivação da proposta pedagógica.

Neste eixo estão presentes aspectos financeiros, materiais e humanos, indispensáveis ao

andamento da escola, com avaliações internas e externas, com transparência.

O EIXO RELACIONAL centra-se nos processos participativos que acontecem na

escola, tanto com a comunidade, envolvendo direção, professores, pais, funcionários,

alunos; como em parceria com outras instituições da sociedade.

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A Gestão Democrática no ensino público significa mais autonomia para a escola,

mais participação da comunidade e mais qualidade para a educação.

Coordenar a construção da PROPOSTA PEDAGÓGICA cabe ao diretor,

construindo a identidade da escola pública, assumindo o controle do processo

educacional na produção de saberes e relações de poder fortalecendo a qualidade da

prática educativa. Sendo assim, o diretor deve ter estilo democrático, tentando atender ao

interesse da maioria, jamais perdendo de vista os objetivos da Proposta Pedagógica

concebido pelo conjunto de profissionais da escola. Todos devem dar sua contribuição,

tendo espaço garantido para participar de forma igualitária.

A criação de um clima favorável é uma tarefa indeclinável do líder, e também de

manter elevado o moral do grupo: incentivar, apoiar, reconhecer o trabalho bem feito.

Esse clima favorável será fortalecido na medida em que o grupo se identifique com o

projeto pedagógico e o veja como algo importante e valioso para a escola.

A garantia de acesso e permanência do aluno na escola são princípios

assegurados.

CURRÍCULO

O movimento de transformação em que estamos envolvidos nos situa como

agentes da resistência às perspectivas produtivas propostas pela globalização. E é num

movimento constante de reflexão e ação, de denúncia dos mecanismos excludentes e

anúncio de novas possibilidades inclusivas, solidárias e participativas que se insere a

Escola Cidadã.

Nessa perspectiva transformadora faz-se necessário uma reestruturação curricular

para dar conta dessa escola pública e participativa.

O currículo será efetivado mediante o princípio básico de diminuir a desigualdade

na distribuição dos recursos cognitivos para diminuir os riscos da exclusão a que a grande

maioria da população está exposta devido ao progresso tecnológico. A evolução, apesar

de todos os benefícios, trouxe também grandes custos sociais onde os marginalizados da

tecnologia estão cada vez mais entregues a si mesmos, sem uma perspectiva de

participação social. O progresso técnico avança mais depressa do que a nossa

capacidade de imaginar soluções para os novos problemas que ele coloca às pessoas e

às sociedades modernas. É preciso repensar a educação em função desta evolução

inevitável. “... a educação básica deve, também e, sobretudo, na perspectiva da educação

permanente, dar a todos, os meios de modelar livremente sua vida e de participar na

evolução da sociedade”. (Delors, 1998, p, 83).

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Pode-se dizer que todo currículo envolve apresentação de conhecimento e inclui

um conjunto de experiências de aprendizagem que visam favorecer a assimilação e a

reconstrução desses conhecimentos.

Nas escolas não se aprendem apenas conteúdo sobre o mundo natural e social,

adquirem-se também consciência, disposições e sensibilidades que comandam relações

e comportamentos sociais do sujeito e estruturam sua personalidade.

Coletivamente devemos ter condições de decidir o que se considera significativo

que os alunos aprendam, como fazer para que ele compreenda o mundo em que vive e

tente mudá-lo.

Todo currículo implica uma seleção da cultura, correspondendo a um conjunto de

ênfases e omissões que expressa o que em determinado momento histórico se tem como

válido de ser ensinado e aprendido em nossas escolas e universidades. Currículo reflete o

que se considera, em dado momento, como educação, não existindo, portanto, à parte

dos homens e das mulheres que o criam. (Williams, 1984, p, 93).

O critério de organização de turmas deve acontecer de forma que nenhum discente

se sinta discriminado, ou seja, procurar organizar as turmas por faixa etária e também de

forma homogeneizada, com isso nenhum aluno se sentirá prejudicado.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

“A avaliação é uma forma de pesquisa social aplicada, sistemática, planejada e

dirigida; destina-se a identificar, obter e proporcionar de maneira válida e confiáveis dados

e informações suficientes e relevantes para apoiar um juízo sobre o mérito e o valor dos

diferentes componentes de um programa... ou de um conjunto de atividades específicas...

com o propósito de produzir efeitos e resultados concretos, comprovando a extensão e o

grau em que se deram estas conquistas, de tal forma que sirva de base ou para tomada

de decisões racional e inteligente entre cursos de ação, ou para solucionar problemas e

promover o conhecimento e a compreensão dos fatores associados ao êxito ou fracasso

de seus resultados” (Aguilar; Ander-EGG,).

A avaliação deve ser contínua para que possa cumprir sua função de auxílio ao

processo de ensino-aprendizagem. A avaliação deve fazer parte no processo ensino-

aprendizagem, onde o professor acompanhará a construção do conhecimento do

educando: para ajudar o aluno a construir o seu conhecimento, verificando os vários

estágios do desenvolvimento dos alunos e não os julgando apenas num determinado

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momento. Avaliar o processo e não apenas o produto, ou melhor, avaliar o produto no

processo.

O processo de avaliação carrega em si uma força transformadora que deve ser

reconhecida, mobilizada e explorada. A natureza das ações de descrever, atribuir valor,

analisar, levantar hipótese, compreender, ao ato de avaliar, traz consigo o primeiro passo

das transformações a serem realizadas. Quando se compreende o problema, abrem-se

caminhos para possíveis soluções.

Compreender a avaliação como processo significa iniciar um movimento que irá

gerar mais informações, e estas por sua vez irão gerar novas percepções que irão permitir

um conhecimento mais aprofundado das questões avaliadas, e, assim sucessivamente, a

cada ciclo de avaliação realizado, um novo mundo vai se desvelando e a forma de atuar

sobre ele também vai se transformando. Não será da primeira vez que tudo será

compreendido e resolvido, avanços deverão ser construídos gradativamente, pois, é um

processo.

É preciso que fiquem bem claros e definidos os objetivos do conselho de classe.

Pensar não apenas o aluno como indivíduo, e sim levar em conta todo o processo escolar

e em particular todos os aspectos do currículo.

No decorrer do processo ensino-aprendizagem poderá acontecer também à

autoavaliação, tanto para o corpo discente quanto para o corpo docente. A avaliação

amplia o seu campo, não se trata mais simplesmente de avaliar alunos, mas também os

professores, as escolas, os conteúdos, as metodologias e estratégias de ensino, etc.

E para que cumpra sua finalidade educativa, a avaliação deverá ser contínua,

permanente e cumulativa, e em nossa escola o resultado será traduzido na forma de

notas de 0,0 a 10, sendo de forma somatória: 8,0 pontos pelo resultado de avaliações

como provas e trabalhos e 2,0 pontos pela participação nas várias atividades ofertadas

pelo professor e/ou escola. A avaliação deverá adotar procedimentos próprios, visando à

formação integral do aluno.

Para que seja uma avaliação dinâmica, deve estar incluída no processo de ensino.

Assim sendo, não há necessidade de momentos especiais para avaliação. Todo momento

é ocasião de apreciar o rendimento escolar, através de atividades que sondem a

capacidade de cada um, com atividades que deixa claro a aptidão de cada discente.

É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de

serem avaliados. A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação

com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando-se

comparação entre si, considerando a realidade do aluno e domínios dos conteúdos

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necessários determinarão os procedimentos a serem adotados.

Na verdade, a avaliação deve atingir todo o processo educacional e social se

quisermos efetivamente superar os problemas.

O resultado da avaliação será registrado em documentos próprios a fim de serem

asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno, após esse

procedimento, será feita uma reunião com os pais para deixá-los cientes da situação da

aprendizagem de seus filhos.

A efetivação de uma avaliação democrática na escola depende, em última

instância, da democratização da sociedade, de tal forma que não se precise mais usar a

escola como uma das instâncias de seleção social. Os educadores devem se

comprometer com o processo de transformação da realidade, alimentando um novo

projeto comum de escola e de sociedade.

Assim sendo, compreendemos que a principal finalidade de avaliação no processo

escolar é ajudar a garantir a formação integral do sujeito pela mediação da efetiva

construção do conhecimento, a aprendizagem por parte dos alunos.

Teoricamente, a avaliação é reconhecida como um meio de fornecer informações

sobre o processo ensino - aprendizagem, tanto para o professor conhecer os resultados

de seu trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho. Nesse sentido, a avaliação

é parte do processo e deveria ser elemento norteador da análise crítica ou até de

modificações no trabalho desenvolvido.

Avaliação também se fará através de pesquisas e trabalhos escritos que permitam

ao aluno a construção própria do seu conhecimento, propiciando também o seu

desenvolvimento e interação social. Não será avaliada somente a produção escrita dos

trabalhos, mas também a apresentação oral pelos alunos, dos conhecimentos adquiridos

através da pesquisa.

Como existem várias espécies de comportamento desejado que representem

objetivos educacionais e que não é facilmente avaliado mediante testes, a Escola avaliará

os aspectos sócios - cognitivos através de observação dos vários níveis de

aproveitamento. Esses aspectos serão observados através de leituras de textos e livros, a

realização de tarefas que reforcem seu aprendizado, participação oral em aula e a prática

do exercício de cidadania através de cooperação mútua, relacionamento professor/ aluno,

aluno/ aluno e respeito à comunidade escolar onde está inserido.

Também a auto - avaliação se faz necessária. Não apenas aquela baseada em

relatórios estruturados, onde os alunos são orientados para responderem sobre o seu

comportamento durante as aulas, trabalhos individuais e de grupos ou sobre seu

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interesse pelo assunto estudado. A autoavaliação do aluno deve proporcionar uma

reflexão mais profunda, um momento de parada e de encontro do aluno com o objetivo de

auto - conhecimento, uma análise das alterações ocorridas durante as interações

existentes entre ele, sujeito da aprendizagem, e o novo saber.

Na avaliação não observamos tudo, porém podemos notar os principais êxitos e

possíveis fracassos; perceber onde e como aproveitar os pontos positivos; fornecer

informações e aumentar a competência do planejamento e tomada de decisões; permitir

que todos vejam seu trabalho dentro de um contexto mais amplo, e compreendam as

consequências de sua atuação.

A escola usa a nota numérica como forma de registro do resultado, e está numa

constante busca de um processo eficaz que permita uma avaliação compatível com o seu

pensamento pedagógico.

Queremos uma educação que acompanhe o progresso do mundo, que atenda as

atuais necessidades e estimule a boa convivência entre os homens. Sendo assim

precisamos valorizar todas as culturas (diversidade) porem dando maior atenção a nossa

(brasileira) e em especial a regional.

Trabalhar os conhecimentos científicos e tecnológicos que estejam voltados para a

melhoria da sociedade, discutir todos os saberes que colaboram para a formação mais

completa do indivíduo (integral).

Queremos uma escola onde estude e aprenda, onde o professor se sinta útil que

constate o crescimento e /ou evolução dos educandos, propiciando uma real

oportunidade, uma escola construtiva com tratamento de igualdade para todos. Queremos

uma escola com mais recursos, que avalia de forma diagnóstica e construtiva e levem em

consideração todos os fatores que possam ter influenciado a aprendizagem, servindo

para diagnosticar e modificar o que for necessário e não julgar. Com alunos capazes de

formar opinião própria, que possam ter um projeto de vida social, de se comunicar com o

mundo, podendo assim formar um sujeito crítico, participativo, compromissado,

consciente de seus direitos e deveres, politizado, enfim, um ser pensante, capaz de

modificar a sociedade a que está inserido.

Queremos professores com padrão fixo que trabalhe uma quantidade menor de

escola, que tenham mais tempo para se aperfeiçoar, principalmente em sua área de

conhecimento e atuação.

Queremos oportunidade de capacitação contínua em valorização humana aos

funcionários, para que haja uma integração mais completa entre todos, e principalmente,

cursos específicos em sua área de atuação, como por exemplo, higiene e nutrição, no

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caso das zeladoras e merendeiras e cursos de atendimento ao público no caso de

funcionários administrativos.

É necessário e de fundamental importância, que professores, alunos, funcionários,

pais e conselheiros tenham formação continuada, desta forma poderão estar construindo

a escola participativa, autônoma e inovadora voltada sempre para o conhecimento

científico.

Construir a gestão compartilhada é ponto crucial para o sucesso de um plano de

formação continuada. As ações serão lideradas, sobretudo pelo diretor, que deve

organizar e juntamente com sua equipe, orientar o trabalho coletivo de sua comunidade

escolar.

Boa sustentação desse trabalho pode ocorrer através das capacitações de todo

corpo escolar, ou seja, professores, equipe administrativa, pedagógica e demais

funcionários.

A história da educação nos mostra que nem sempre se cuidou adequadamente da

importante questão da formação do professor. Há uma crença que vocação e

desprendimento generoso bastam para que a pessoa se encaminhe para essa profissão.

Esta crença gera a ilusão de que ela não precisa de preparo especializado.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com

dificuldades de aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. É parte integrante

do processo de ensino e aprendizagem e tem como princípio básico o respeito à

diversidade de características, de necessidades e de ritmos de aprendizagem de cada

aluno.

A recuperação está centrada em recuperar a cada momento o conhecimento não

aprendido. Obrigatoriedade da recuperação de preferência paralela ao período letivo

(alunos com baixo rendimento).

A recuperação contínua está inserida no trabalho pedagógico realizado no dia a dia

da sala de aula e decorre da avaliação diagnóstica do desempenho do aluno, constituindo

intervenções imediatas dirigidas às dificuldades específicas, assim que estas forem

constatadas.

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MARCO OPERACIONAL

Os profissionais da educação devem se posicionar diante do mundo. Assumir

posições significa estar comprometido com o mundo e disposto a participar, lutando

contra o trabalho degradante, a submissão política, a alienação da consciência, as

exclusões injustas e as diversas formas de preconceito.

O professor é um profissional e, como tal, além de uma boa formação, devem-se

garantir condições mínimas para um trabalho decente: condições, materiais adequados,

hora atividade, reuniões pedagógicas, atualizações permanente, plano de carreira, além

de salários mais dignos.

A equipe pedagógica deverá propor estratégias de formação conforme as

necessidades diagnosticadas no decorrer do ano conforme programa de constante

avaliação interna dos trabalhos desenvolvidos na escola.

PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS DAS ESCOLAS

O foco da escola de boa qualidade deve ser a possibilidade de apropriação, pelos

alunos, do conhecimento socialmente relevante, em que o saber acadêmico, valores e

tradições culturais sejam respeitados, de modo que todos se sintam identificados, ao

mesmo tempo em que instrumentalizados para compreender o mundo contemporâneo,

co-participando da construção da ordem democrática.

O alcance desses objetivos não é tarefa apenas da escola, mas dos diferentes

setores sociais diretamente conectados com ela: educadores, pais, associações, etc.

descentralizar as decisões de forma que a escola tenha maior autonomia implica, por

outro lado, permitir a interpretação e operacionalização local das políticas centrais e, por

outro levar em conta a multiplicidade dos setores e interesses presentes. As instancias

colegiadas buscam a sintonia entre as varias partes da comunidade escolar, sendo assim

melhora a qualidade das decisões.

Diante disso cabe ao:

Conselho Escolar: órgão colegiado que tem como finalidade promover a

participação da comunidade escolar nos processos de administração e gestão da escola,

visando assegurar a qualidade do trabalho escolar em termos administrativos, financeiros

e pedagógicos.

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Associação de Pais, Mestres e Funcionários: instituição auxiliar as atividades da

escola, formada por pais, professores e funcionários tem como objetivo auxiliar a direção

escolar na promoção das atividades administrativas, pedagógicas e sociais da escola,

bem como arrecadar recursos para complementar os gastos com o ensino, a educação e

a cultura.

Conselho de Classe: acompanha as atividades pedagógicas. O conselho de

classe deve ser redimensionado na sua função, com momentos específicos em primeiro

instante como diagnostico do processo ensino-aprendizagem, detectando pontos de

sucesso e pontos a serem melhorados. Num segundo momento no coletivo apontamento

de alternativas para solucionar as dificuldades, traçando linhas de ações e definindo

ações responsáveis pelas individuais bem como as coletivas.

As funções do colegiado podem ser consultivas e deliberativas englobam as áreas

financeiras administrativas e pedagógicas da unidade de ensino. Seu maior objetivo e

ajudar a escola.

Grêmio Estudantil: Em todo lugar sempre tem algo importante a ser melhorado ou

construído. Na nossa escola, com certeza, não é diferente.

O Grêmio Estudantil é uma das primeiras oportunidades que os jovens têm de

participar da sociedade. Com o Grêmio, os alunos têm voz na administração da escola,

apresentando suas idéias e opiniões.

Mas toda participação exige responsabilidade! Um Grêmio Estudantil

compromissado deve procurar defender os interesses dos alunos, firmando, sempre que

possível, uma parceria com todas as pessoas que participam da escola.

É importante trabalhar principalmente com os diretores, coordenadores e

professores. Somente assim o Grêmio atuará verdadeiramente em benefício da escola e

da comunidade.

O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola.

Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação

tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.

O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,

convivência, responsabilidade e de luta por direitos.

Por isso, é importante deixar claro que um de seus principais objetivos é contribuir

para aumentar a participação dos alunos nas atividades de sua escola, organizando

campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e

participem – junto com pais, funcionários, professores, coordenadores e diretores – da

programação e da construção das regras dentro da escola.

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Um Grêmio Estudantil pode fazer muitas coisas, desde organizar festas nos finais

de semana até exigir melhorias na qualidade do ensino. Ele tem o potencial de integrar

mais os alunos entre si, com toda a escola e com a comunidade.

LINHAS DE AÇÕES:

COOPERAÇÃO DE TRABALHO

É necessário fazer termo de cooperação para encaminhar os alunos à projetos

sociais, promover atividades relativas as diversas culturas existentes na comunidade,

como por exemplo: palestras, atos cívicos, festas, entre outros.

Ações, coletivas sobre as praticas docente e discente (processo ensino aprendizagem).

Parceria com a escola Rural Municipal Manoel Ribas, Grêmio Estudantil, APMF, conselho escolar e representantes de turma para melhorar o acervo bibliotecário e acesso a internet, com o objetivo de proporcionar leitura e pesquisa aos educandos.

Organização de um cronograma, interno por parte da equipe pedagógica, professores, direção e pais, para o acompanhamento dos educandos nas atividades escolares, priorizando aqueles que apresentam dificuldades na aprendizagem, buscando juntos alternativas para melhorar o rendimento escolar desde primeiro bimestre para que não haja reprova.

Dar abertura para realizações das atividades culturais, critica e experimentais que envolvam toda a equipe, e comunidade escolar contemplando todas as áreas do conhecimento.

AÇÕES VOLTADAS À ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA.

Levantamento de quantos e quais são os alunos de comunidades vizinhas, e junto com a prefeitura municipal convidá-los pessoalmente a matricular-se na nossa escola, mostrando nossas ações, e consequentemente aumentando o número de alunos que freqüentam o ambiente escolar.

Parcerias com a escola Rural Municipal Manoel Ribas nas realizações de eventos para arrecadação de verbas com objetivos de:

_ Fazer a pintura interna do prédio

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_ Melhorias nos banheiros, pias e torneiras.

_ Trocas de portas e fechaduras

_ Pintura no piso da escola

Cronograma das Ações Pedagógicas do ano letivo 2006:

AÇÃO AÇÕES PEDAGOGICAS

RESPONSÁVEIS DATA DE EXECUÇÃO

Recepção dos alunos

Gincana Teatrojogos

Toda a equipe escolar

Abertura do ano letivo

Apresentações para a comunidade.Integração família escola municipal e estadual

Teatro MusicaParodiaPoesiapalestras

Toda a equipe escolar, alunos e comunidade.

Dia mundial da água

Tema: mãe e pai Integração pais e escola através de: gincanas, jogos, brincadeiras etc.

Toda a equipe escolar

12/05/06 e 11/0806

Dia internacional da paz

Promover ações pedagógicas como: passeata, murais etc.

Toda equipe escolar e comunidade

21/10/06

Festa junina Resgate da cultura Toda equipe e comunidade escolar

junho

Cronograma das ações coletivas sobre a pratica pedagógica e a estrutura física.

MESES AÇÕES RESPONSÁVEIS OBJETIVOMarço e abril Reunião

pedagógica com pais e professoresAula de reforço

Pedagoga, professor de matemática e português.

Melhorar o aprendizado

Maio, junho e julho.

Se necessário continuar com aula de reforço Reunião com os pais

Diretor Professores e pedagogaProfessor de historia e geografia

Melhorar o aprendizado e rendimento escolar

Agosto, setembro e outubro.

Reunião com os pais e professores para auxiliar o rendimento escolarContinuação do

DiretorPedagoga Funcionários Pais Grêmio Estudantil

Continuar garantindo melhorias de qualidade do ensino

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reforço APMF aprendizagem Fevereiro Realização de

evento (baile)Equipe e comunidade escolar

Arrecadação de verbas para as melhorias da escola.

Novembro Avaliação de todo os trabalhos realizados durante o ano

Diretor, professores, pais, equipe pedagógica, conselho escolar, representantes de turma, Grêmio Estudantil e APMF.

Avaliar a avaliações do ano letivo e construir a do próximo ano.

PROJETOS A SEREM REALIZADOS

Fera

Agenda 21

Feira do conhecimento

Conferência do meio ambiente

Projeto: Reciclar é preciso

Atividades culturais

Projeto: anti-racismo

ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA / FUNÇÕES ESPECÍFICAS

Direção: Ao diretor cabe a responsabilidade máxima quanto à consecução da

política educacional e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais organizados,

dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os

recursos para tal.

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Por sua posição, seu desempenho exerce forte influência sobre todos os setores e

pessoas da escola, portanto, é do bom desempenho e de sua habilidade em influenciar o

ambiente que depende, em grande parte, a qualidade deste ambiente e clima escolar, o

desempenho do seu pessoal e a qualidade do processo de ensino e aprendizagem.

A função pedagógica do diretor está pautada em práticas coletivas e individuais

baseadas em decisões tomadas e assumidas pelo coletivo escolar onde, da direção, que

é parte desse coletivo escolar, exige-se liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e

comandar o processo decisório onde a participação, a autonomia e a liberdade são

elementos inerentes à consecução dos fins.

Professor Pedagogo:

“Cabe a educadoras e educadores progressistas, armados de clareza e decisões

políticas de coerência, de competência pedagógica e científica, da necessária sabedoria

que percebe as relações entre táticas e estratégias, não se deixarem intimidar. Cabe a

eles e a elas criar com o medo a coragem, com a qual confrontam o abuso de poder dos

dominantes. Cabe a eles e a elas, finalmente, realizar o possível de hoje para que

concretizem, amanhã, o impossível de hoje.” (Paulo Freire).

Ser pedagogo ou pedagoga implica na consciência do que somos e do que

desejamos, questionando a nós mesmos, a organização da escola e o “Sistema

Educacional”. Na assunção de que não há construção isolada de um projeto de escola, de

educação e de sociedade.

É trabalho coletivo permanente, que exige participação, construção, superação,

diálogo. Cabe ao pedagogo fomentar a organização de espaços na escola, para o debate

para organizar o trabalho pedagógico, definindo em conjunto, horários, rituais,

metodologias, reuniões por área, atividades extracurriculares, o currículo, questões

disciplinares, avaliação, relação com a comunidade, etc.

Na organização do trabalho escolar está, também, diretamente vinculado ao debate

acerca do modelo de organização e de gestão da escola, da construção cotidiana do

Projeto Político Pedagógico de como tomar decisões, em que instâncias, na transparência

no uso dos recursos públicos na escola, a relação funcionário-professor-equipe

pedagógica-direção, a composição e as ações do Conselho Escolar, Regimento e suas

implicações. Questões que estão diretamente relacionadas com o pedagógico, com o

exercício cotidiano de busca de coerência entre a teoria e prática.

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-PROFESSOR: Os professores têm um papel determinante na formação de

atitudes positivas ou negativas perante o estudo. Devem despertar a curiosidade,

desenvolver a autonomia, estimular o rigor intelectual e criar as condições necessárias

para o sucesso da educação formal e da educação permanente. O professor deve

estabelecer uma nova relação com quem está aprendendo, tornando-se não mais alguém

que transmite conhecimentos, mas aquele que ajuda os seus alunos a encontrar,

organizar e gerir o saber, guiando, mas não modelando os espíritos, e demonstrando

grande firmeza quanto aos valores fundamentais que devem orientar toda a vida.

Melhorar a qualidade e a motivação dos professores será uma prioridade. Para isso

é importante observar que se deve dar uma atenção especial ao recrutamento e

aperfeiçoamento dos professores para que, com o tempo possam contribuir para a

renovação das práticas educativas.

-SECRETÁRIO: É o setor responsável pela efetivação da matrícula do aluno,

coletando todos os seus dados e documentos necessários, fazendo todos os registros

sobre o processo escolar do mesmo em pastas individualizadas, expedindo certificados,

declarações, transferências, relatórios, estatísticas, etc.

-SERVIÇOS GERAIS: O funcionário faz parte da escola, sabe suas necessidades e

anseios, colabora com a manutenção e participa das discussões para a melhoria da

qualidade de ensino. A participação do funcionário é de grande importância, pois os

mesmos também são educadores e grandes colaboradores no andamento da escola

como um todo.

É o setor encarregado da limpeza, merenda, conservação da escola, mantendo-a

asseada, convidativa à freqüência dos alunos.

Como parte integrante da comunidade escolar é de fundamental importância que

participem das decisões auxiliando e se comprometendo com os valores, tais como

respeito e a solidariedade a serem desenvolvidos na escola.

AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Pedagógico deve ser avaliado a cada semestre, através de questionários

distribuídos aos professores, funcionários, pais, alunos, enfim, entre todos os membros

das instâncias colegiadas. Dentro da realidade de nossas escolas, esses momentos

deverão se concretizar no ambiente escolar, assim tais avaliações deverão estar, em

grande parte, voltadas para o acompanhamento daquilo que o coletivo se propôs a

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realizar, acompanhamento esse, que suscitará, em muitos momentos, a necessidade de

capacitação, à medida em que os atores envolvidos, apresentem dificuldades em realizar

as ações que planejaram. Nesses momentos é que se colocará à prova o trabalho

coletivo consubstanciado na troca de experiências, no interesse em discutir com

franqueza e honestidade as dificuldades a serem superadas por este ou aquele docente

com o auxílio de todos, etc. Assim, verificar, passo a passo, se os objetivos a que todos se

propuseram, está sendo alcançado, isso garantirá o sucesso do Projeto Pedagógico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANDERY, M.A. Olhar para a História: Caminho para Compreender a Ciência Hoje. São

Paulo: Educ., 1998

APP- Sindicato. A escola como território de luta – Caderno de Debates – IV Conferência

Estadual de Educação.

CADEP/SEED/2005. A Construção Coletiva do Projeto Político Pedagógico.

FEIGES, M. M. F. A Construção Coletiva do Projeto Político Pedagógico da Escola Pública:

um roteiro de elaboração. Curitiba, 2004.

FREIRE, P. Conscientização. São Paulo: Paz e Terra, 1979.

GADOTTI, M. e ROMÃO, JOSÉ E. Autonomia da Escola: Princípios e Propostas. 3ª edição

– São Paulo: Cortez: Instituto PAULO FREIRE, 2000.

MACHADO, C. G. A Educação e o Multiculturalismo na era do Bits e Bytes. Rio de Janeiro:

DP&A, 2002.

OLIVEIRA, T. A. Cadernos Temáticos: avaliação institucional. Curitiba: SEED – Pr, 2004.

PINO, A. Escola e Cidadania: Apropriação do Conhecimento e Exercício da Cidadania.

Campinas, SP: Cedes; São Paulo: Ande: Amped, 1992.

Caderno, Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares:

1º Caderno – Conselhos Escolares: Democratização da escola e construção da cidadania.

5º Caderno – Conselho Escolar, gestão democrática e escolha do diretor.

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SITES PESQUISADOS NA INTERNET:

www.conteudoescolar.com.br

www.crmariocovas.sp.gov.br

www.pedagogiaemfoco.pro.br

www.abpp.com.br/artigos

www.mundojovem.pucrs.br

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DIRETORIA DO GRÊMIO ESTUDANTIL

Presidente: Júlio César Xavier de Almeida

Vice Presidente: Josiely Szefczyk de Lara

Secretária Geral: Camila da Silva Rodrigues

Primeira Secretária: Jaquelina Odete de Paula Leal

Tesoureiro Geral: Natália Arantes de Oliveira

Primeiro Tesoureiro: Cleber Fernando Cruz Rosa

Diretor Social: Lucas Daniel Dutra Lourençon

Diretor de Imprensa: Verônica Molinari Tenutti

Diretor de Esportes: Rodrigo Carmona da Silva

Diretor de Cultura: Andressa Nilda Gomes Martins

Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Alexandra Aparecida gomes Martins

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MEMBROS DO CONSELHO ESCOLAR

Presidente: Rosely Sobral Gimenez

Representante da Equipe Pedagógica: Marli Moreira

Representante do Corpo Docente: José Pego

Suplente do Corpo Docente: Érica Juliana de Almeida

Representante Administrativo: Henrique Antônio Gonçalves

Representantes serviços Gerais: Maria Rosângela Dutra

Suplentes serviços Gerais: Clarice da Silva

Representante do corpo Discente: Camila da Silva Rodrigues

Suplente do corpo Discente: Jaquelina Odete de Paula Leal

Representante dos Pais: Radamés Aparecido Alexandre

Suplente dos Pais: Eduardo de Souza Santos

Representante do Grêmio EstudantiL: Júlio César Xavier de Almeida

Repr. dos Movimentos Sociais da Comunidade: Patricia Alves da Silva

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MEMBROS DA A.P.M.F.

Presidente: José Aurélio Moro

Vice – presidente: Ilda Ramalho kuhn

Primeiro Secretário: Henrique Antônio Gonçalves

Segunda Secretária: Maria Rosângela Dutra

Primeira Tesoureira: Irene da Silva Rodrigues

Segundo Tesoureiro: Claudinei Carlos Martins

Primeiro Diretor Sociocultural e Esportiva: Clarice da Silva

Segundo Diretor Sociocultural e Esportivo: Radamés Aparecido Alexandre