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Fronteira Miguel Torga Trabalho realizado por: -Humberto Pinto Nº 11 10ºP

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FronteiraMiguel Torga

Trabalho realizado por:-Humberto Pinto Nº 11 10ºP

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Introdução Neste trabalho, vou falar sobre o conto “Fronteira” de

Miguel Torga. Escolhi este conto, porque li um excerto do mesmo no manual que utilizo nas aulas de Língua Portuguesa, e gostei do texto, então decidi escolher este conto para elaborar o trabalho que me foi pedido.

Espero que gostem!

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O autor

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Miguel Torga

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Biografia Miguel Torga nasceu em 1907 em S. Martinho de Anta, concelho

de Sabrosa, em Trás-os-Montes, aldeia onde cresceu. O seu nome é Adolfo Correia da Rocha, adoptou a alcunha de Miguel Torga, onde Torga é o nome dado à urze campestre que sobrevive nas fragas das montanhas, com raízes muito duras infiltradas por entre as rochas. 

Frequentou apenas por um ano, o seminário em Lamego. Em 1920 partiu para o Brasil, onde viveu na fazenda de um tio. Regressou depois a Portugal acompanhado do seu tio, que se dispôs a pagar-lhe os estudos em Coimbra. Em apenas três anos, fez o curso no liceu, matriculando-se de seguida na Faculdade de Medicina, onde terminou os estudos em 1933. Exerceu a profissão na sua terra natal, passando de seguida por Miranda do Corvo, mas foi em Coimbra que alguns anos mais tarde acabou por ficar.

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Foi logo após ter entrado na universidade, que deu início à sua carreira literária, escrevendo os livros "Ansiedade" e "Rampa". Só em 1936 passou a usar a sua alcunha, Miguel Torga. Desde a década de trinta até 1944, escreveu uma obra vasta e marcante, em poesia, prosa e teatro.

Este escritor não oferecia livros, não dava autógrafos ou dedicatórias, para que o leitor fosse livre ao julgar o texto. Foi várias vezes candidato a Prémio Nobel da Literatura. Ganhou vários prémios, como o Grande Prémio Internacional de Poesia, e em 1985, o Prémio Camões. Com ideias que se demarcavam do salazarismo, foi preso e pensou em sair do país, mas não o fez por se sentir preso a Portugal e a Trás os Montes, longe do qual seria um "cadáver a respirar". Os seus textos poéticos reflectem as apreensões, esperanças e angústias do seu tempo. Nos volumes do seu Diário, em prosa e em verso, encontra-se crítica social, apontamentos de paisagem, esboço de contos, apreciações culturais e também magníficos textos da mais alta poesia. Toda a sua obra, embora multifacetada, é a expressão de um indivíduo vibrante e enternecido pelas criaturas, sempre ligado à sua terra natal. Acabou por falecer em 1995.

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Bibliografia-Poesia Ansiedade, Coimbra, 1928 Rampa, Edições Presença, 1930 Tributo, Coimbra, 1931 Abismo, Coimbra, 1932 O Outro Livro de Job, Coimbra, 1936 Lamentação, Coimbra, 1943 Libertação, Coimbra, 1944 Odes, Coimbra, 1946 Nihil Sibi, Coimbra , 1948 Cântico do Homem, Coimbra, 1950 Alguns Poemas Ibéricos, Coimbra, 1952 Penas do Purgatório, Coimbra, 1954 Orfeu Rebelde, Coimbra, 1958 Câmara Ardente, Coimbra, 1962 Poemas Ibéricos, Coimbra, 1965 Antologia Poética, Coimbra, 1981

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Bibliografia-Prosa Pão Ázimo, Coimbra, 1931 A Terceira Voz Coimbra, 1934 A Criação do Mundo, Os dois Primeiros Dias, Coimbra, 1937 A Criação do Mundo, O Terceiro Dia, Coimbra, 1938 A Criação do Mundo, O Quarto Dia, Coimbra, 1939 Bichos, Coimbra, 1940 Bichos, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1996 Montanha, Coimbra, 1941 Contos da Montanha, Rio de Janeiro, Pongetti, 1955 O Senhor Ventura, Coimbra, 1943 Um Reino Maravilhoso(Trás- os- Montes), Coimbra,

Atlântida,1941 Rua, Coimbra, 1942

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O Porto, Coimbra, 1944 Portugal, Coimbra, 1950 NovosContos da Montanha, Coimbra, 1944 Vindima, Coimbra, 1945 Pedras Lavradas, Coimbra, 1951 Traço de União, Coimbra, 1955 Pena de Morte, Coimbra, 1967 A Criação do Mundo, O Quinto Dia, Coimbra, 1974 Fogo Preso, Coimbra, 1976 A Criação do Mundo, O Sexto Dia, Coimbra, 1981 Camões, Coimbra, 1987 A Criação do Mundo, 1ª edição conjunta, 1991

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Bibliografia-Prosa e poesia Diário I, 1941 Diário II, 1943 Diário III, 1946 Diário IV, 1949 Diário V, 1951 Diário VI, 1953 Diário VII, 1956 Diário VIII, 1959 Diário IX, 1964 Diário X, 1968 Diário XI, 1973 Diário XII, 1977 Diário XIII, 1983 Diário XIV, 1987 Diário XV, 1990 Diário XVI, 1993

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Bibliografia-Teatro Terra Firme; Mar, Coimbra, 1941 Terra Firme, 2ªed., Coimbra, 1947 Sinfonia, Coimbra 1947 O Paraíso, Coimbra, 1949 Mar, 2ª ed.Coimbra, 1958

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O conto

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Tema O conto “A Fronteira”, de

Miguel Torga, consiste basicamente numa  antítese global entre dois mundos opostos da época salazarista: o mundo do contrabando e o mundo da Guarda Republicana.

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Resumo Após a apresentação do tipo de vida em Fronteira –

contrabandistas que, a´proveitando a escuridão da noite, se atrevem a ir “ao lado de lá do ribeiro” – acontece a chegada de um novo guarda a Fronteira, um rapaz do Minho: o Robalo. Não conseguindo compreender Fronteira e a sua população, Robalo empenhou-se em vigiar, como se da sua vida se tratasse, o ribeiro enquanto que outros, por conta da vida, o passavam.

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Num domingo de festa, Robalo conhece Isabel. De imediato se apaixonaram perdidamente. Mas infelizmente, ambos pertencem a mundos diferentes, porque Isabel era contrabandista e Robalo era GNR, e por isso não existia modo de ambos se conciliarem. Esta relação continua até à noite de consoada. Nessa noite, Robalo encontra-se de serviço  quando  se depara com Isabel, que vinha do outro lado do ribeiro. Contudo, desta vez a sua volumosa barriga não vem grávida de contrabando e, nessa mesma noite, o fruto do seu amor nasce.

Agora despedido, Robalo inicia-se também no único trabalho produtivo existente em Fronteira: o contrabando.  

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A Parte que mais gostei “Desde que o mundo é mundo que toda a gente ali governa a

vida na lavoura que a terra permite. E, com luto na alma ou no casaco, mal a noite escurece, continua a faina. A vida está acima das desgraças e dos códigos. De mais, diante da fatalidade a que a povoação está condenada, a própria guarda acaba por descrer da sua missão hirta e fria na escuridão das horas. E se por acaso se juntam na venda do Inácio uns e outros - guardas e contrabandistas - , fala-se honradamente da melhor maneira de ganha o pão: se por conta do Estado a vigiar o ribeiro, se por conta da Vida a passar o ribeiro.

De longe em longe, porém, quando há transferências ou rendições, e aparecem caras e consciências novas, são preciosos alguns dias para se chegar a essa perfeição de entendimento entre as duas forças. O que vem teima, o que está teima, e parece aço a bater em pederneira. Mas acaba tudo em paz.

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Desses saltos no quotidiano de Fronteira, o pior foi o que se deu com a vinda do Robalo.

Já lá vão anos. O rapaz era do Minho, acostumado ao positivismo da sua terra: um lameiro, uma junta de bois, uma videira de enforcado. (…) Além disso, novo no ofício na guarda, para onde entrara em nome dessa mesma terrosa realidade: um ordenado certo e a reforma por inteiro. (…). Mal chegou e se foi apresentar ao posto, deu uma volta pelo povoado. E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana, e aqueles seres deitados ao sol como esquecidos da vida, transtornaram-he o entendimento.

-Esta gente que faz? Perguntou, a um companheiro já maduro no ofício.

-Contrabando. -Contrabando!? Todos!? E as terras, e a agricultura? -Terras!? Estas penedias!?”

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Esta foi a parte que mais gostei, porque foi este excerto que li no manual de Português que me despertou a curiosidade de ler este conto.

Porquê?

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Recursos expressivos Adjectivação; Comparação; Metáfora;

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Narrador Narrador não participante - heterodiegético

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Personagem Principal e Secundárias

Personagem principal: Robalo; Personagens secundárias: Isabel, povoação de Fronteira,

colegas da GNR do Robalo

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Caracterização do Robalo Robalo era um rapaz do Minho, que foi chamado para a GNR

de Fronteira, para patrulhar a ribeira que separava Portugal de Espanha. Robalo vigiava a ribeira como se da sua vida se tratasse. Optou por entrar no contrabando também devido ao amor que tinha por Isabel, também ela contrabandista.

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Caracterização do tempo e espaço Esta acção passa-se na aldeia de Fronteira, em época

Salazarista.

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Conclusão Neste trabalho, fiquei a conhecer mais um pouco Miguel

Torga, bem como as suas “grandes” obras. Deu também para saber um pouco daquilo o que era a vida em épocas salazaristas, tempo em que as pessoas que habitavam em terras fronteiriças se dedicavam ao contrabando para poder sobreviver.