poupança, investimento e sistema financeiro

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POUPANÇA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO Imagine que você tenha acabado de se formar na faculdade (em economia, é claro) e decida iniciar seu próprio negócio - uma empresa de previsões económicas. Antes de ganhar qualquer dinheiro vendendo suas previsões, você precisa incorrer em custos substanciais para montar a empresa. Precisa comprar computadores com os quais irá fazer suas previsões, assim como mesas, cadeiras e arquivos para equipar seu novo escritório. Cada um desses itens é um tipo de capital que sua empresa usará para produzir e vender seus serviços. Como você obterá os recursos para investir nesses bens de capital? Talvez possa pagar por eles utilizan- do sua própria poupança. Entretanto, o mais provável é que, como a maioria dos empreendedores, você não disponha de recursos próprios suficientes para financiar o início de seu negócio. Como resultado, terá de obter o dinheiro de que precisa de outras fontes. muitas maneiras de você financiar esses investimentos de capital. Fbderia tomar um empréstimo de um banco, um amiço ou um parente. Nesse caso, você se comprometeria não só a devolver o dinheiro em uma data futura, mas também a pagar juros pelo uso dele. Alternativamente, poderia convencer alguém a lhe fornecer o dinheiro necessário para o seu negócio em troca de uma participação nos seus lucros futuros, quaisquer que sejam. Em qualquer um desses casos, seu investimento em computadores e equipamentos de escritório estará sendo financiado pela poupança de outra pessoa. Click to buy NOW! P D F - X C h a n g e V i e w e r w w w . d o c u - t ra c k . c o m Click to buy NOW! P D F - X C h a n g e V i e w e r w w w . d o c u - t ra c k . c o m

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Poupançainvestimentosistema financeiroEconomia

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  • POUPANA, INVESTIMENTO ESISTEMA FINANCEIRO

    Imagine que voc tenha acabado de se formar na faculdade (em economia, claro) e decida iniciar seuprprio negcio - uma empresa de previses econmicas. Antes de ganhar qualquer dinheiro vendendosuas previses, voc precisa incorrer em custos substanciais para montar a empresa. Precisa comprarcomputadores com os quais ir fazer suas previses, assim como mesas, cadeiras e arquivos para equiparseu novo escritrio. Cada um desses itens um tipo de capital que sua empresa usar para produzir evender seus servios.

    Como voc obter os recursos para investir nesses bens de capital? Talvez possa pagar por eles utilizan-do sua prpria poupana. Entretanto, o mais provvel que, como a maioria dos empreendedores, voc nodisponha de recursos prprios suficientes para financiar o incio de seu negcio. Como resultado, ter deobter o dinheiro de que precisa de outras fontes.

    H muitas maneiras de voc financiar esses investimentos de capital. Fbderia tomar um emprstimo deum banco, um amio ou um parente. Nesse caso, voc se comprometeria no s a devolver o dinheiro emuma data futura, mas tambm a pagar juros pelo uso dele. Alternativamente, poderia convencer algum alhe fornecer o dinheiro necessrio para o seu negcio em troca de uma participao nos seus lucros futuros,quaisquer que sejam. Em qualquer um desses casos, seu investimento em computadores e equipamentos deescritrio estar sendo financiado pela poupana de outra pessoa.

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  • 554 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    sistema financeiroo grupo de instituies daeconomia que ajuda apromover o encontro dapoupana de uma pessoacom o investimento deoutra pessoa

    O sistema financeiro composto por instituies presentes na economia queajudam a promover o encontro das pessoas que poupam com aquelas que investem.Como vimos no captulo anterior, poupana e investimento so elementos-chave docrescimento econmico de longo prazo: quando um pas poupa uma grande partede seu PIB, h mais recursos disponveis para investimento em capital, e uma maiorquantidade de capital aumenta a produtividade e o padro de vida de um pas. Maso captulo anterior no explicou como a economia coordena poupana e investimen-to. Em um dado momento, h pessoas que querem poupar uma parte de sua rendapara uso no futuro e h outras que querem tomar emprstimos para financiar inves-timentos em novos negcios e o crescimento dos negcios existentes. O que rene

    esses dois grupos de pessoas? O que garante que a oferta de fundos daqueles que querem poupar seja igual demanda por fundos daqueles que querem investir?

    Este captulo examina o funcionamento do sistema financeiro. Primeiro, discutiremos a grande varieda-de de instituies que compem o sistema financeiro dos Estados Unidos. Segundo, discutiremos a relaoentre o sistema financeiro e algumas variveis macroeconmicas fundamentais - principalmente poupanae investimento. Terceiro, desenvolveremos um modelo de oferta e demanda de fundos nos mercados finan-ceiros. No modelo, a taxa de juros o preo que se ajusta para equilibrar oferta e demanda. O modelomostra como diversas polticas governamentais afetam a taxa de juros e, portanto, a alocao dos recursosescassos da sociedade.

    INSTITUIES FINANCEIRAS NA ECONOMIADOS ESTADOS UNIDOSNo nvel mais amplo, o sistema financeiro move os recursos escassos da economia dos poupadores (as pes-soas que gastam menos do que ganham) para os tomadores (as pessoas que gastam mais do que ganham).Os poupadores poupam por vrias razes - para financiar o estudo dos filhos at a universidade daqui aalguns anos ou para ter uma aposentadoria confortvel daqui a algumas dcadas. De forma similar, os toma-dores tambm tomam emprstimos por vrias razes - para comprar uma casa onde morar ou para iniciarum negcio. Os poupadores ofertam seu dinheiro ao sistema financeiro com a expectativa de receb-lo devolta com juros em uma data futura. Os tomadores demandam dinheiro do sistema financeiro conscientes deque tero de devolv-lo com juros em uma data futura.

    O sistema financeiro se compe de diversas instituies financeiras que ajudam a coordenar poupadorese tomadores. Como preldio anlise das foras econmicas que movem o sistema financeiro, vamos discu-tir as instituies financeiras mais importantes. Elas podem ser agrupadas em duas categorias - mercadosfinanceiros e intermedirios financeiros. Vamos tratar de cada uma dessas categorias a seguir.

    mercados financeirosinstituies financeiras pormeio das quais ospoupadores podem fornecerfundos diretamente aostomadores de emprstimos

    ttuloum certificado de divida

    Mercados FinanceirosOs mercados financeiros so as instituies por meio das quais uma pessoa quequer poupar pode oferecer fundos diretamente a uma pessoa que deseje tomaremprstimo. Os dois mercados financeiros mais importantes da economia america-na so o mercado de ttulos e o de aes.

    O Mercado de Ttulos Quando a Intel, a gigante dos chips de computadores,quer tomar um emprstimo para financiar a construo de uma nova fbrica, podetomar dinheiro diretamente do pblico. E o faz com a venda de ttulos. Um ttulo um certificado de dvida que especifica as obrigaes do tomador do emprstimopara com o detentor do ttulo. Dito de maneira mais simples, um ttulo um acordo

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  • .CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 555

    escrito para a devoluo de uma dvida (J Owe You - IOU). Ele identifica o perodo de tempo em que oemprstimo ser pago, chamado data de veiitmetito, e a taxa dos juros que sero pagos periodicamente at ovencimento do emprstimo. O comprador de um ttulo entrega seu dinheiro Intel em troca da promessa depagamento de juros e reembolso final do montante emprestado (chamado principal). O comprador pode ficarcom o ttulo at seu vencimento ou vend-lo antes a outra pessoa.

    H literalmente milhes de ttulos diferentes na economia americana. Quando grandes empresas, ogoverno federal ou governos estaduais e locais precisam tomar emprstimos para financiar a compra de umanova fbrica, um novo bombardeiro a jato ou uma nova escola, costumam faz-lo por meio da emisso dettulos. Se voc procurar no Wall Street Joumal ou na seo de negcios de seu jornal local, encontrar umalista dos preos e taxas de juros de algumas das principais emisses de ttulos. Esses ttulos apresentam trscaractersticas significativas.

    A primeira caracterstica o prazo do ttulo - a durao do tempo at o vencimento do ttulo. Alguns ttu-los tm prazo curto - alguns meses - e outros podem ter prazos longos, de at 30 anos. (O governo britnicoj emitiu um ttulo que nunca vence, chamado perpetuidade. Esse ttulo paga juros para sempre, mas o prin-cipal nunca ser reembolsado.) A taxa de juros de um ttulo depende, em parte, do seu prazo. Ttulos de longoprazo apresentam maior risco do que os de curto prazo porque os detentores de ttulos de longo prazo pre-cisam esperar mais pelo reembolso do principal. Se o detentor de um ttulo de longo prazo precisar de seudinheiro antes da data de vencimento, no ter escolha, a no ser vender o ttulo a outra pessoa, talvez a umpreo reduzido. Para compensar esse risco, os ttulos de longo prazo em geral costumam pagar taxas de jurosmais elevadas do que os de curto prazo.

    A segunda caracterstica importante de um ttulo seu risco de crdito - a probabilidade de que o tomadordeixe de pagar parte dos juros ou do principal. Esse no pagamento chamado de inadimplncia. Os toma-dores podem (e s vezes o fazem) deixar de pagar seus emprstimos, declarando falncia. Quando os com-pradores de ttulos percebem que a probabilidade de inadimplncia elevada, exigem uma taxa de jurosmais alta para compensar esse risco. Como o governo norte-americano considerado um risco de crditoseguro, os ttulos do governo tendem a pagar uma taxa de juros baixa. Por sua vez, empresas em dificuldadesfinanceiras levantam recursos com a emisso dos chamados ttulos podres (jnnk bonds), que pagam taxas dejuros muito elevadas. Os compradores de ttulos podem julgar o risco de crdito por meio de diversas agn-cias privadas, como a Standard & Pooi^s, que classificam o risco de crdito de diferentes ttulos.

    A terceira caracterstica importante dos ttulos o tratamento tributrio - a maneira como a legislaotributria trata os juros ganhos sobre o ttulo. Os juros da maioria dos ttulos so renda tributvel, de modoque o detentor precisa pagar parte dos juros recebidos como imposto de renda. Por outro lado, quando osgovernos estaduais e municipais emitem ttulos, chamados thdos municipais, os detentores no devemimposto de renda federal sobre os juros ganhos. Por causa dessa vantagem tributria, os ttulos emitidospelos governos estaduais e municipais pagam juros menores do que ttulos emitidos pelas empresas ou pelogoverno federal.

    O Mercado de Aes Outra maneira de a Intel levantar fundos para a constru-o de uma nora fbrica de semicondutores a venda de aes da empresa. Asaes representam propriedade da empresa e, portanto, um direito sobre os lucros aesque a empresa obtiver. Pbr exemplo, se a Intel vender um total de l milho de aes, direito a uma parte dacada ao representar a propriedade de 1/1 milho da empresa. propnedade de uma

    A venda de aes para levantar fundos denominada financiamento patrimonial. empresaenquanto a venda de ttulos deaotauadufinancimnento par endividamento. Emboraas empresas usem os dois tipos de financiamento para levantar fundos para novosinvestimentos, aes e ttulos so muito diferentes. O proprietrio de aes da Intel proprietrio de parteda empresa, enquanto o proprietrio de um ttulo da Intel um credor da empresa. Se a Intel for muito lucra-tiva, os actonisfas se beneficiam dos lucros, enquanto os detentores de ttulos recebem apensos juros quelhes so devidos E, se a Intel ficar em dificuldades financeiras, os detentores de btulos recebero o que lhes

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  • 556 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    devido antes de os acionistas receberem qualquer coisa. Comparadas aos ttulos, as aes oferecem riscosmaiores aos acionistas. Em compensao, oferecem rendimento potencialmente maior.

    Depois que uma empresa emite aes e as vende ao pblico, elas so negociadas entre os acionistas embolsas de valores organizadas. Nessas transaes, a empresa em si no recebe nada quando suas aesmudam de mos. As bolsas de valores mais importantes da economia americana so a Bolsa de Valores deNova York, a American Stock Exchange e a National Assodation of Securities Dealers Automated QuotationSystem (Nasdaq). A maioria dos pases do mundo tem suas prprias bolsas de valores, onde so negociadasas aes das empresas locais.

    Os preos a que as aes so negociadas nas bolsas de valores so determinados pela oferta e demandadas aes de cada empresa. Como uma ao representa propriedade de uma empresa, a demanda por umaao (e, portanto, seu preo) reflete a percepo das pessoas sobre a lucratividade futura da empresa. Quandoas pessoas esto otimistas acerca do futuro de uma empresa, aumenta a demanda pelas aes da empresa emquesto e, portanto, o seu preo. No entanto, quando as pessoas esperam que uma empresa tenha lucrosbaixos, ou at mesmo prejuzo, o preo da ao cai.

    H diversos ndices de aes para monitorar o nvel geral dos preos das aes. Um ndice de aes calculado como a mdia de um grupo de preos de aes. O ndice de aes mais famoso o Dow JonesIndustrial Average, que vem sendo calculado regularmente desde 1896. Ele hoje se baseia nos preos dasaes das 30 principais empresas americanas, como General Motors, General Electric, Microsoft, Coca--Cola, AT&T e IBM. Outro ndice de aes bem conhecido o Standard & Poor^s 500, baseado nos preosdas aes das 500 principais empresas americanas. Como os preos das aes refletem a lucratividadeesperada, esses ndices de aes so observados atentamente como possveis indicadores das condieseconmicas futuras.

    Intermedirios FinanceirosOs intermedirios financeiros so instituies financeiras por meio das quais os

    intermedirios financeiros poupadores podem indiretamente ofertar fundos aos tomadores de emprstimos,instituies financeiras A palavra intermedirio reflete o papel dessas instituies, que se situam entre ospor meio das quais os poupadores e os tomadores. Aqui trataremos de dois dos mais importantes interme-poupadores podem dirios financeiros: os bancos e os fundos mtuos,indiretamente ofertarfundos aos tomadores Bancos Se o proprietrio de uma pequena mercearia quiser financiar a expansode emprstimos de seu negcio, provavelmente adotar uma estratgia bem diferente da utilizada

    pela Intel. Ao contrrio da Intel, o dono de uma pequena mercearia ter dificuldadepara levantar fundos nos mercados de ttulos e de aes. Muitos compradores de

    aes e ttulos preferem comprar aqueles emitidos por empresas maiores e mais conhecidas. O dono dapequena mercearia, portanto, provavelmente financiar a expanso de seu negcio por meio de um emprs-timo tomado em um banco.

    Os bancos so os intermedirios financeiros com os quais as pessoas esto mais familiarizadas. Um dosprincipais negcios dos bancos receber depsitos das pessoas que querem poupar e usar esses depsitospara conceder emprstimos a pessoas que os desejem. Os bancos pagam aos depositantes um juro sobre seusdepsitos e cobram dos tomadores um juro ligeiramente superior. A diferena entre essas taxas de juros cobreos custos bancrios e rende um lucro para os proprietrios dos bancos.

    Alm de serem intermedirios financeiros, os bancos desempenham um outro papel importante na eco-nomia: eles facilitam a compra de bens e servios, permitindo que as pessoas assinem cheques contra seusdepsitos. Em outras palavras, os bancos ajudam a criar um atvo especial que as pessoas podem usar comomeio de troca. Um meio de troca um item que as pessoas podem facilrnente usar para realizar transaes. Opapel dos bancos em prover um meio de troca os distingue de muitas outras instituies financeiras. Aes ettulos, assim como os depsitos bancrios, so uma possvel rcscrca de valor para a riqueza que as pessoas

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  • CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 557

    SAIBA MAIS SOBRE...

    NMEROS IMPORTANTES PARA OSOBSERVADORES DO MERCADO DE AESAo acompanhar as aes de qualquer companhia, deve-se pres-tar ateno a trs nmeros importantes. Eles so publicados naseo de finanas de alguns jornais e tambm fcil obt-losna internet:

    Preo. A informao mais importante a respeito de umaao seu preo. Os jornais, em geral, apresentam diversospreos. 0*ltimo"preo, ou preo de "fechamento" o preoda ltima transao realizada antes do fechamento da bolsano dia anterior. Muitos jornais tambm publicam os preos"mximo" e'mnimo" do ltimo dia de negcios e, algumasvezes, do ltimo ano tambm. Ainda podem informar aalterao do preo de fechamento do dia anterior.

    Dividendo. As empresas distribuem parte de seus lucros aosadonistas. Esse montante chamado dividendo (os lucros nopagos so chamados lucros retidos e usados pela empresapara investimentos adicionais). Os jornais frequentemente

    publicam os dividendos distribudos porao no ano anterior.E s vezes publicam o rendimento do dividendo, que o divi-dendo expresso como percentual do preo da ao.

    ndice preo/lucro. Os ganhos, ou lucros, de uma empresaso a receita que ela obtm da venda de seus produtosmenos seus custos de produo, tais como medidos porseus contadores. O lucroporao o lucro total da empresadividido pelo nmero de aes em circulao. O ndicepreo/lucro, frequentemente denominado P/U o preo dasaes de uma empresa dividido pelo lucro por ao do anoanterior. Historicamente, o ndice preo/lucro tpico deaproximadamente 15. Um P/L aito ndia que a ao da em-presa est cara em face de seus lucros recentes; isso podesignificar que as pessoas esperam que o lucro aumente nofuturo ou que a ao est sobrevalorizada. Pelo mesmoraciocnio, um P/L baixo significa que as aes da empresaesto baratas em face de seus lucros recentes; isso podeindicar que as pessoas esperam que os lucros caiam ou quea ao est subvalorizada.

    Por que os jornais noticiam esses dados? Muitas pessoasque investem sua poupana em aes acompanham esses n-meros de perto para decidir quais aes comprar e vender. Porsua vez, outros acionistas usam uma estratgia de comprar emanter aes: eles compram as aes de empresas bem-admi-

    . nistradas e as mantm por longos perodos, sem reagir s flu-tuaes dirias.

    acumularam com sua poupana, mas o acesso a essa riqueza no to fcil, barato e imediato como a assi-natura de um cheque. Por enquanto, ignoraremos esse segundo papel dos bancos, mas retornaremos a elequando discutirmos o sistema monetrio, mais adiante neste livro.

    Fundos MtUOS O fundo mtuo um intermedirio financeiro de importnciacrescente nos Estados Unidos. Um fundo mtuo uma instituio que vendecotas ao pblico e usa o resultado da venda para comprar uma seleo, ou carteirade ttulos, de diversos tipos de aes, ttulos ou ambos. O corista do fundo mtuoaceita todos os riscos e retornos associados carteira de ttulos. Se o valor da car-teira de ttulos aumentar, o corista ter ganhos; se o valor da carteira de ttulos cair,o corista perder.

    A vantagem inicial dos fundos mtuos o fato de que eles permitem que pes-soas com pequenas quantias de dinheiro diversifiquem suas aplicaes. Os compra-dores de aes e ttulos devem dar ouvidos ao ditado: "No ponha todos os seus ovos em uma s cesta".Como o valor de qualquer ao ou ttulo est atrelado ao resultado de uma empresa especfica, possuir ums tipo de ao ou ttulo algo muito arriscado. No entanto, as pessoas que tm uma carteira diversificadade aes e ttulos enfrentam menor risco porque tm pouco em jogo em cada empresa. Os fundos mtuosfacilitam essa diversificao. Com apenas poucas centenas de dlares, uma pessoa pode comprar cotas de um

    fundo mutuoinstituio que vendecotas ao pblico e usa oresultado das vendas paracomprar uma carteira deaes e ttulos

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  • 558 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    fundo mtuo e, indiretamente, tornar-se coproprietria ou credora de centenas de grandes empresas. Por esseservio, a empresa operadora do fundo mtuo cobra dos coristas uma taxa, geralmente entre 0,5% e 2,0% dosativos por ano.

    Uma segunda vantagem dos fundos mtuos o fato de que eles do a pessoas comuns acesso shabilidades de administradores financeiros profissionais. Os administradores da maioria dos fundos m-tuos prestam muita ateno ao desenvolvimento e s perspectivas das empresas das quais compramaes. Esses administradores compram aes das empresas que, em sua opinio, tero um futuro lucrati-vo e vendem as das empresas que eles acreditam apresentar perspectivas menos promissoras. Argumenta-se que essa administrao profissional capaz de aumentar o retomo que os coristas de fundos mtuosobtm em suas aplicaes.

    Entretanto, os economistas financeiros frequentemente se mostram ctcos em relao a esse segundoargumento. Com milhares de administradores dando tanta ateno s perspectivas de cada empresa, opreo das aes costuma ser um bom reflexo do verdadeiro valor da empresa. Como resultado, difcil"ganhar do mercado" comprando aes boas e vendendo as ruins. De fato, os fundos mtuos denominadosfundos de ndice, que compram todas as aes de um determinado ndice de aes, tm, em mdia, desem-penho um pouco superior ao dos fundos mtuos que utilizam a transao ativa realizada por um admi-nistrador financeiro profissional. A explicao do desempenho superior dos fundos de ndice que elesmantm os custos baixos por comprar e vender muito raramente e por no ter de pagar os salrios dosadministradores financeiros profissionais.

    Juntando TudoA economia norte-americana contm uma grande variedade de instituies financeiras. Alm do mercado dettulos, do mercado de aes, dos bancos e dos fundos mtuos, tambm h fundos de penso, cooperativasde crdito, empresas de seguros e at agiotas locais. Essas instituies diferem umas das outras de muitasmaneiras. Entretanto, ao analisar o papel macroeconmico do sistema financeiro, mais importante ter emmente as semelhanas entre elas do que as diferenas. Essas instituies financeiras atendem a um mesmoobjetivo - direcionar os recursos dos poupadores para as mos dos tomadores de emprstimos.

    Teste Rpido O que uma ao? O que um ttulo? Em que diferem? Em que se assemelham?

    POUPANA E INVESTIMENTO NAS CONTAS DA RENDA NACIONALEventos que ocorrem no sistema financeiro so fundamentais para entender os acontecimentos na eco-nomia. Como acabamos de ver, as instituies que compem o sistema - o mercado de ttulos, o mercadode aes, os bancos e os fundos mtuos - tm o papel de coordenar a poupana e o investimento daeconomia. E, conforme vimos no captulo anterior, a poupana e o investimento so determinantes impor-tantes do crescimento a longo prazo do PIB e dos padres de vida. Consequentemente, os macroecono-mistas precisam entender como os mercados financeiros funcionam e como diferentes acontecimentos epolticas os afetam.

    Como ponto de partida para uma anlise dos mercados financeiros, discutiremos nesta seo as principaisvariveis macroeconmicas que medem a atividade nesses mercados. A nfase aqui no no comportamen-to, mas na contabilidade. Contabilidade diz respeito maneira como diferentes nmeros so definidos esomados. Um contabilista pessoal pode ajudar uma pessoa a somar sua renda e suas despesas. Um contabi-lista da renda nacional faz o mesmo para a economia. As contas da renda nacional incluem, particularmente,o PIB e muitas estatsticas correlatas.

    As regras de contabilidade da renda nacional incluem diversas identidades importantes. Lembre-se deque uma identidade uma equao que precisa ser verdadeira por causa da maneira como as suas variveis

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  • CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 559'11

    so definidas. til ter as identidades em mente porque elas esclarecem como diferentes variveis estorelacionadas entre si. Aqui, examinaremos algumas identidades contbeis que lanam luz sobre o papelmacroeconmico dos mercados financeiros.

    Algumas Identidades ImportantesVimos que o produto interno bruto (PIB) tanto a renda total de uma economia quanto a despesa total embens e servios produzidos pela economia. O PIB (denotado por Y) se divide em quatro componentes dedispndio: consumo (Q, investimento (7), compras do governo (G) e exportao lquida (EL). Escrevemos:

    Essa equao uma identidade porque cada dlar do dispndio que surge do lado esquerdo tambm apa-rece em um dos quatro componentes do lado direito. Por causa da maneira como cada uma das variveis definida e medida, essa equao deve sempre ser verdadeira.

    Neste captulo, simplificaremos a anlise, supondo que a economia analisada seja fechada. Uma economiafechada uma economia que no interage com outras economias. Mais especificamente, uma economia fecha-da no se engaja no comrcio internacional de bens e servios e no toma nem concede emprstimos inter-nacionais. claro que as economias no mundo real so economias abertas - ou seja, elas interagem com outraseconomias do mundo. Ainda assim, a suposio de uma economia fechada uma simplificao til com a qualpodemos aprender algumas lies que se aplicam a todas as economias. Alm disso, essa suposio aplica-seperfeitamente economia mundial (porque o comrcio interplanetrio ainda no comum).

    Como uma economia fechada no est engajada no comrcio internacional, as importaes e as expor-taes so iguais a zero. Portanto, as exportaes lquidas (EL) tambm so zero. Nesse caso, podemosescrever:

    Essa equao afirma que o PIB a soma do consumo, do investimento e das compras do governo. Cadaunidade de produto vendida em uma economia fechada consumida, investida ou comprada pelo governo.

    Para ver o que essa identidade pode nos dizer a respeito dos mercados financeiros, vamos subtrair C e Gdos dois lados da equao. Obtemos ento:

    Y - C - G = I

    O lado esquerdo da equao (Y- C - G) o que resta da renda total da eco-nomia aps o pagamento dos gastos de consumo e das compras do governo: essemontante chamado poupana nacional, ou simplesmente poupana, e deno-tada por S. Substituindo S por Y- C - G, podemos escrever a equao final como

    Essa equao afirma que a poupana igual ao investimento.Para entender o significado da poupana nacional, til manipular um pouco

    mais a sua definio. Seja T o montante que o governo recolhe das famlias sob aforma de impostos menos a quantia que restitui a elas sob a forma de pagamen-tos de transferncia (como Seguridade Social e bem-estar social). Ento, podemosnacional de duas maneiras:

    S=Y-C-G

    poupana nacional(poupana) o que resta da renda totalda economia aps opagamento dos gastosde consumo e dascompras do governo

    representar a poupana

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  • 560 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    OU

    S = (Y- T- Q + (T- G)

    iguais porque os dois Ts da segunda equao cancelam-se mutuamente, mas cadamaneira diferente de pensar sobre a poupana nacional. Em particular, a segunda

    equao separa a poupana nacional em duas partes: poupana privada (Y - T- Q e poupana pblica (T- G).

    Vamos considerar cada uma dessas duas partes. Poupana privada o mon-tante da renda que fica com as famlias aps o pagamento de seus impostos e deseus gastos de consumo. Mais especificamente, como as famlias recebem renda Y,pagam impostos T e gastam C em consumo, a poupana privada Y - T - C.A poupana pblica o montante da receita tributria que fica com o governoaps o pagamento de seus gastos. O governo recebe T em impostos e gasta G embens e servios. Se T for maior do que G, o governo obter um superavit orca-

    mentrio porque receber mais dinheiro do que gasta. Esse excedente de T - Grepresenta a poupana pblica. Se o governo gasta mais do que arrecada, ento G maior do que T. Nesse caso, o governo tem um dficit oramentrio, e a pou-pana pblica T- G um nmero negativo.

    Vamos agora considerar como essas identidades contbeis esto relacionadascom os mercados financeiros. A equao S = I revela um fato importante: para aeconomia como um todo, a poupana deoe ser igiial ao investimento. Mas isso levantaalgumas questes importantes: Que mecanismos esto por trs dessa identidade?O que coordena as pessoas que esto decidindo quanto poupar e as que estodecidindo quanto investir? A resposta : o sistema financeiro. O mercado de ttulos,o mercado de aes, os bancos, os fundos mtuos e os demais mercados e inter-medirios financeiros se colocam entre os dois lados da equao S = /. Eles reco-lhem a poupana nacional e a direcionam ao investimento nacional.

    O Significado da Poupana e do Investimentos vezes, os termos poupana e investimento podem causar confuso. A maioria daspessoas utiliza esses termos de maneira casual e at intercambivel. J os macroe-conomistas que processam as contas da renda nacional utilizam esses termos comcautela e de maneira distinta.

    Considere o seguinte exemplo. Suponha que Larry ganhe mais do que gasta e deposite a renda nogasta em um banco ou a utilize para comprar um ttulo ou algumas aes de uma empresa. Como a rendade Larry supera seu consumo, ele aumenta a poupana nacional. Larry pode pensar que est "investindo"seu dinheiro, mas um macroeconomista diria que Larry est poupando, e no investindo.

    ^Na linguagem macroeconmica, investimento refere-se compra de novo capital, como equipamentos ouprdios. Quando Moe toma um emprstimo do banco para construir uma casa nova, ele aumenta o investi-mento nacional (lembre-se de que a compra de um imvel um gasto familiar considerado investimento eno consumo). De forma similar, quando a Curly Corporation vende aes e usa o resultado da venda paraconstruir uma nova fbrica, tambm aumenta o investimento nacional.

    Embora a identidade conrbil S = / mostre que poupana e investimento so iguais para a economia, issono precisa ser verdade para cada famlia ou empresa especfica. A poupana de Larry pode ser maior do queo sou investimento, e ele pode depositar o excedente em um banco. A poupana de Moe pode ser menor doque seu investimento, e ele pode tomar um emprstimo bancrio para cobrir a diferena. Os bancos e as

    Essas equaes souma delas revela uma

    poupana privada a renda que fica com asfamlias aps o pagamentode impostos e_de despesasde consumo

    poupana pblicaa receita tributria quefica com o governo apso pagamento de suasdespesas

    superavit oramentrioo excesso de arrecadaotributria em relao aosgastos do governo

    dficit oramentrioarrecadao tributriamenor que os gastosdo governo

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    CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 561

    demais instituies financeiras tornam possveis essas diferenas individuais entre poupana e investimentoao permitirem que a poupana de uma pessoa financie o investimento de outra.

    Teste Rpido Defina poupana privada, poupana pblica, poupana nacional e investimento. Como eles esto reladonados?

    O MERCADO DE FUNDOS DISPONVEIS PARA EMPRSTIMOSTendo discutido algumas das instituies financeiras mais importantes em nossa economia e o papel macro-econmico dessas instituies, estamos prontos para construir um modelo dos mercados financeiros. Nossoobjetivo ao construir esse modelo explicar como os mercados financeiros coordenam a poupana e o inves-timento da economia. O modelo tambm nos d um instrumento com o qual podemos analisar diversas'polticas governamentais que influenciam a poupana e o investimento.

    Rara manter simples as coisas, faremos a suposio de que a economia tenhaapenas um mercado financeiro, denominado mercado de fundos disponveis mercado de fundospara emprstimos. Todos os poupadores precisam ir a esse mercado para depositar disponveis parasua poupana, e todos os tomadores precisam ir a esse mercado para obter emprs- emprstimostimos. Assim, o termo findos de emprstimos refere-se a toda renda que as pessoas o mercado em que aquelesdecidiram poupar e emprestar, em vez de usar para seu prprio consumo e ao mon- que querem poupartante que os investidores decidiram tomar emprestado para financiar novos projetos ofertam fundos e aquelesde investimento. No mercado de fundos de emprstimos, h uma s taxa de juros que querem tomarque representa tanto o retorno da poupana quanto o custo do emprstimo. emprstimos para investir

    E claro que a suposio de um s mercado financeiro no literalmente verda- demandam fundosdeira. Como vimos, a economia tem muitos tipos de instituies financeiras. Mas,como vimos no Captulo 2, a arte da construo de um modelo econmico est emsimplificar o mundo para explic-lo. Rara os nossos propsitos aqui, podemos ignorar a diversidade de insti-tuies financeiras e supor que a economia tenha um s mercado financeiro.

    Oferta e Demanda de Fundos para EmprstimosO mercado de fundos de emprstimos, como os demais mercados da economia, regido pela oferta edemanda. Rara entender como o mercado de fundos de emprstimos opera, devemos primeiro analisar asfontes de oferta e demanda desse mercado.

    A oferta de fundos para emprstimos vem das pessoas que tm alguma renda extra que desejam poupare emprestar. Esse emprstimo pode ocorrer diretamente, por exemplo, quando uma famlia compra umttulo de uma empresa, ou indiretamente, como quando uma famlia faz um depsito em um banco que, porsua vez, usa os fundos para conceder emprstimos. Nos dois casos, a poupana a fonte da oferta de fundospara emprstimos.

    A demanda por fundos para emprstimos vem das famlias e das empresas que desejam tomar emprs-timos para realizar investimentos. Essa demanda inclui hipotecas imobilirias. Inclui tambm as empresasque tomam emprstimos para a compra de novos equipamentos ou para a construo de fbricas. Nos doiscasos, o investimento c afoute da demanda por fundos para emprstimos.

    A taxa de juros o preo de um emprstimo. Representa o montante que os tomadores pagam peloemprstimo e o montante que os que emprestam recebem por sua poupana. Como uma taxa de juros ele-vada toma o emprstimo mais caro, a quantidade demandada de fundos para emprstimos cai a medida quea taxa de juros aumenta. Simultaneamente, como uma taxa de juros elevada toma a poupana mais atrativa,a quantidade ofertada de fundos para emprstimos aumenta quando a taxa de juros se eleva. Em outraspalavras, a curva de demanda por fundos para emprstimos tem inclinao negativa e a curva cfundos para emprstimos tem inclinao positiva.

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  • 562 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    A Figura l mostra a taxa de juros que equilibra a oferta e a demanda de fundos para emprstimos.No equilbrio, a taxa de juros de 5% e a quantidade demandada e ofertada de fundos para emprstimos de $ 1.200 bilho.

    O ajuste da taxa de juros para o nvel de equilbrio ocorre pelas razes de sempre. Se a taxa de juros fossemenor do que o nvel de equilbrio, a quantidade ofertada de fundos para emprstimos seria menor do quea quantidade demandada. A escassez de fundos para emprstimos resultante incentivaria os que fazememprstimos a aumentar a taxa de juros cobrada. Uma taxa de juros mais elevada estimularia a poupana(aumentando, com isso, a quantidade ofertada de fundos para emprstimos) e desestimularia a tomada deemprstimos para investimento (diminuindo, assim, a quantidade demandada de fundos para emprstimos).De modo inverso, se a taxa de juros fosse maior do que o nvel de equilbrio, a quantidade ofertada de fundospara emprstimos seria maior do que a quantidade demandada. Como os emprestadores competiriam pelosescassos tomadores de emprstimos, a taxa de juros cairia. Com isso, a taxa de juros caminha para o nvel deequilbrio, em que a oferta e a demanda de fundos para emprstimos so iguais.

    Lembre-se de que os economistas fazem distino entre taxa de juros real e taxa de juros nominal. A taxade juros nominal a taxa de juros usualmente informada - o retorno monetrio da poupana e o custo dosemprstimos. A taxa de juros real a taxa de juros nominal corrigida pela inflao; ela igual taxa de jurosnominal menos a taxa de inflao. Como a inflao corri o valor do dinheiro ao longo do tempo, a taxa dejuros real reflete, de forma mais acurada, o retorno real da poupana e o custo real dos emprstimos.Portanto, a oferta e a demanda de fundos para emprstimos dependem da taxa de juros real (em vez da taxanominal), e o equilbrio da Figura l deveria ser interpretado como a determinao da taxa de juros real daeconomia. No restante do captulo, ao deparar com o termo taxa de juros, lembre-se de que estamos falandoda taxa de juros real.

    Esse modelo de oferta e demanda de fundos para emprstimos mostra que os mercados financeirosfuncionam como os demais mercados da economia. No mercado de leite, por exemplo, o preo do leite seajusta de maneira tal que a quantidade ofertada de leite seja igual quantidade demandada. Dessa forma,a mo invisvel coordena o comportamento dos produtores e dos consumidores de leite. Uma vez que com-preendamos que a poupana representa a oferta de fundos para emprstimos e que o investimento repre-senta a demanda, podemos ver como a mo invisvel coordena a poupana e o investimento. Quando a taxade juros se ajusta para equilibrar oferta e demanda no mercado de fundos de emprstimos, ela coordena o

    tiFIGURAI

    O Mercado de Fundos paraEmprstimos

    A taxa de juros da economia se ajusta paraequilibrar a ofena e a demanda de fundospara emprstimos. A ofena de fundos paraemprstimos vem da poupana nacionaLincluindo tan to a poupana privada quantoa pfc/m A demanda por fundos paraemprstimos vem das empresas e famKasque querem tomar emprstimos com oc>/e rr.o de investir. Aqui, a toa de jurosde etjuf'.'t/r de 5% e os fundos paraempresamos ofertados e demandadossodeSUCOKha

    Taxa deJuros Oferta

    Demanda

    51.200 Fundos de Emprstimos(em bilhes de dlares)

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  • CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 563

    comportamento das pessoas que querem poupar (os ofertantes de fundos para emprstimos) e das pessoasque querem investir (os demandantes de fundos para emprstimos).

    Podemos agora usar essa anlise do mercado de fundos de emprstimos para examinar diversas polticasgovernamentais que afetam a poupana e o investimento da economia. Como este um modelo de oferta edemanda em um mercado especfico, analisamos qualquer poltica usando os trs passos discutidos noCaptulo 4. Primeiro, decidimos se a poltica desloca a curva de oferta ou a curva de demanda. Segundo, de-terminamos a direo do deslocamento. Terceiro, usamos o diagrama de oferta e demanda para ver como oequilbrio muda.

    Poltica 1: Incentivos PoupanaAs famlias norte-americanas poupam uma parte menor de suas rendas do que as famlias em muitos outrospases, como o Japo e a Alemanha. Embora as razes para essas diferenas internacionais no sejam claras,muitos formuladores de polticas pblicas norte-americanos vem o baixo nvel de poupana dos EstadosUnidos como um grande problema. Um dos Dez Princpios de Economia do Captulo l de que o padro devida de um pas depende de sua capacidade de produzir bens e servios. E, como vimos no captulo anterior,a poupana um determinante importante da produtividade de um pas no longo prazo. Se os EstadosUnidos pudessem, de alguma maneira, aumentar sua taxa de poupana para o nvel que prevalece em outrospases, a taxa de crescimento do PIB aumentaria e, com o tempo, os cidados norte-americanos poderiamdesfrutar de um padro de vida mais elevado.

    Outro dos Dez Princpios de Economia de que as pessoas respondem a incentivos. Muitos economistasusaram esse princpio para sugerir que a baixa taxa de poupana dos Estados Unidos pode, pelo menos emparte, ser atribuda a leis tributrias que desencorajam a poupana. O governo federal norte-americano, assimcomo muitos governos estaduais, obtm receita tributando a renda, incluindo juros e dividendos na rendatributvel. Para ver os efeitos dessa poltica, imagine uma pessoa de 25 anos que poupe $ 1.000 e compre umttulo de 30 anos que paga uma taxa de juros de 9%. Na ausncia de impostos, os $ 1.000 aumentariam para$ 13.268 quando a pessoa atingisse 55 anos de idade. Entretanto, se o juro fosse tributado a uma taxa de,digamos, 33%, ento a taxa de juros aps impostos seria de apenas 6%. Nesse caso, os $ 1.000 aumentariampara apenas $ 5.743 aps 30 anos. O imposto sobre a renda de juros reduz substancialmente o rendimentofuturo da poupana corrente e, como resultado, diminui o incentivo poupana.

    Em resposta a esse problema, muitos economistas e legisladores propuseram reformar o cdigo tribut-rio para incentivar a poupana. Uma das propostas a de expandir o nmero das contas especiais, como asContas Individuais de Aposentadoria, que permitem que as pessoas protejam parte de sua poupana datributao. Vamos considerar o efeito de um incentivo poupana como este sobre o mercado de fundos deemprstimos, como ilustra a Figura 2. Passamos a analisar essa poltica em trs etapas.

    Em primeiro lugar, qual curva seria afetada por essa poltica? Como a mudana tributria alteraria oincentivo para que as famlias poupem para qualquer taxa de juros dada, ela afetaria a quantidade ofertada defundos para emprstimos a cada taxa de juros. Portanto, a curva de oferta de fundos para emprstimos sedeslocaria. A curva de demanda por fundos para emprstimos se manteria inalterada porque a mudanatributria no afetaria diretamente o montante que os tomadores de emprstimo desejariam emprestar, aqualquer taxa de juros.

    Em segundo lugar, em qual direo a curva de oferta se deslocaria? Como a poupana seria menos tribu-tada em relao s condies da legislao atuol, as famlias aumentariam sua poupana, consumindo umafrao menor de suas rendas. As famlias usariam essa poupana adicional para aumentar seus depsitos nosbancos ou comprar mais ttulos. A oferta de fundos para emprstimos aumentaria e a curva de oferta se des-locaria para a direita, de Ol para O2, como mostra a Figura 2.

    Finalmente, podemos comparar o equilbrio antigo e o novo. Na figura, a maior oferta de fundos paraemprstimos reduz a taxa de juros de 5% para 4%. A menor taxa de juros aumenta a quantidade deman-dada de fundos para emprstimos de S 1.200 bilho para S 1.600 bilho. Ou seja, o deslocamento na cura

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  • 564 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    Os Incentivos PoupanaAumentam a Oferta de Fundospara EmprstimosUma mudana na legislao tributriapara incentivar os norte-americanos apoupar mais deslocaria a curva de .oferta de fundos para emprstimospara a direita, de O, para 0> Comoresultado, a taxa de juros de equilbriocairia, e a taxa de juros menorestimularia o investimento. Aqui, a taxade juros de equilbrio cai de 5% pra4%, e a quantidade de equilbrio defundos para emprstimos poupados einvestidos aumenta de $ UOO bilhopara $1600 bilho.

    Taxa deJuros

    2.... o que reduza taxa de jurosde equilbrio...

    .Os incentivostributrios poupanaaumentam a quantidadeofertada de fundos

    , para emprstimos

    Demanda

    $1.200 > $ 1.600 Fundos de Emprstimos/ (em bilhes de dlares)

    3.... e aumenta a quantidade deequilbrio de fundos para emprstimos.

    de oferta move o equilbrio de mercado ao longo da curva de demanda. Com o menor custo dos emprs-timos, as famlias e empresas ficam motivadas a tomar mais emprstimos para financiar maiores investi-mentos. Portanto, se uma mudana tributria incentivasse uma maior poupana, o resultado seria uma menortaxa de juros e um maior investimento.

    Embora essa anlise dos efeitos de uma maior poupana seja aceita de maneira generalizada entre os eco-nomistas, h menos consenso quanto aos tipos de mudanas tributrias que deveriam ser feitas. Muitoseconomistas apoiam uma mudana tributria com o propsito de aumentar a poupana, a fim de estimularo investimento e o crescimento. Mas outros so cticos e duvidam de que essas mudanas tributrias possamter grande efeito sobre a poupana nacional. Esses cticos tambm questionam a equidade das mudanaspropostas. Eles argumentam que, em muitos casos, os benefcios das mudanas iriam principalmente para osricos, que so os que menos precisam de um alvio tributrio.

    Poltica 2: Incentivos ao InvestimentoSuponha que o Congresso aprove uma mudana tributria que tenha por objetivo tomar o investimento maisatraente. Essencialmente, isso que o Congresso faz quando cria um crdito tributrio para investimento, comoacontece de tempos em tempos. Um crdito tributrio para investimento concede uma vantagem tributria aqualquer empresa que construa uma nova fbrica ou compre um novo equipamento. Vamos considerar osefeitos de tal mudana tributria sobre o mercado de fundos de emprstimos, como ilustra a Figura 3.

    Primeiro, a lei afetaria a oferta ou a demanda? Como o crdito tributrio recompensaria as empresas quetomam emprstimos e investem em novo capital, isso alteraria o investimento para qualquer taxa de jurosdada e, portanto, mudaria a demanda por rundos para emprstimos. No entanto, como o crdito tributriono afetaria o montante que as famlias poupam para qualquer taxa de juros dada, ele no alteraria a ofertade fundos para emprstimos.

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  • CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 565

    NOTCIAS

    EM LOUVOR AOS AVARENTOSNeste parecer, o economista Steven Landsburg defende Ebenezer Scrooge.

    O que Gosto em Scrooge

    Por Steven Landsburg

    Eis o que gosto em Ebenezer Scrooge: suacasa pobre era escura, pois a escurido mais barata, e quase nunca aquecida, poiso carvo no de graa. O jantar era min-gau, que ele mesmo preparava, pois notinha nenhum empregado para servi-lo.

    Scrooge considerado avarento. Digoque uma acusao falsa. O que seria maisgeneroso que manter as lmpadas apaga-das e o prato vazio, deixando mais com-bustvel para outros consumirem e maiscomida para comerem? Qual o vizinhomais benevolente que aquele que no temempregados, liberando-os para trabalharpara outras pessoas?

    Talvez seja um pouco mais complicadoque isso. Talvez quando Scrooge demandemenos carvo para seu fogo, menos carvoseja retirado das minas. Tudo bem. Em vezde retirar carvo para Scrooge, algum minei-ro agora pode realizar algum outro serviopara ele prprio ou para outra pessoa.

    Charles Dickens nosdizque Lord Mayor,na fortaleza imponente da Mansion House,ordenou aos 50 cozinheiros e mordomosque preparassem o Natal da forma quedeveria ser na manso - talvez uma casarepleta de convidados que glorificariamprofusamente sua generosidade. Os tijolos,a argamassa e a mo de obra que erguerama manso poderiam ter construdo casasfar centenas de pessoas; Scrooge, quemorava em uma casa de trs cmodos aca-nhados, no privou ningum de ter um br.

    no tinha ccxnheiros e mordemos.

    ele garantia que outras famlias pudessemt-los, onde os convidados se divertiam naignorncia do dbito a Ebenezer Scrooge.

    Em todo o mundo, no h pessoa maisgenerosa que o avarento, aquele que pode-ria esgotar todos os recursos mundiais, masdecide no fz-lo. A nica diferena entreavareza e filantropia que o filantropo servea uns poucos, enquanto o avarento dissemi-na sua generosidade por todo lado.

    Se voc construir uma casa e se recu-sar a comprar uma, o restante do mundoest uma casa mais rico. Se voc ganhar umdlar e se recusar a gast-lo, o restante domundo est um dlar mais rico - pois vocproduziu o valor de um dlar em bens eno os consumiu.

    Quem exatamente recebe esses pro-dutos? Isso depende de como voc poupa.Ao depositar dinheiro no banco, voc reduza taxa de juros o suficiente para que al-gum, em algum lugar, tenha condies depagar por uma viagem de frias ou pormelhorias na prpria residncia. Ao guardardebaixo do colcho (reduzindo efetiva-mente a oferta de moeda), voc reduzir ospreos o suficiente para que algum, emalgum lugar, tenha condies de tomarcaf junto com o jantar. Scrooge, sem dvidaum investidor astuto, emprestava dinheiro ajuros. Outro avarento menos convencional,o Tio Patinhas, enchia um cofre com norase moedas onde se divertia mergulhando enadando. Tudo bem. Ebenezer Scroogebaixou as taxas de juros. Tio Patinhas dimi-nuiu os preces. Cada um enriqueceu osveinhos tanto quanto qualquer Lord Mayor.que convida a cidade inteira para uma fes-ta de Nat2.

    Poupar filantropia, e, como estamosna poca do Natal e tambm de reformastributrias, vale mencionar que o sistema

    : tributrio deveria reconhecer isso. Se hou-vesse deduo de impostos na doao ainstituies de caridade, deveria haver umadeduo para a poupana O que voc ga-nha e no gasta sua contribuio ao mun-do, e igualmente uma contribuio quervoc doe, quer guarde.

    Naturalmente, sempre existe a amea-a de que alguns fantasmas se intro-metam e o convenam a esgotar suapoupana, neste ponto faz sentido (mes-mo porque a taxao de renda sempre fazsentido) comear a cobrar impostos devoc. Que exatamente o que so ascontas de aposentadoria individual: noh impostos sobre elas somente enquan-to voc poupa (ou seja, enquanto vocpermite que outros aproveitem os frutosde seu trabalho).

    Os grandes artistas nem sempre tmconscincia do profundo significado desua prpria criao. Embora Dickens possano ter reconhecido, a principal moral deUm canto de Natal que no deveria haverlimites para as contribuies ao impostode renda. Isso no depende de todas asoutras razes pelas quais o sistema tri-butrio deve incentivar a poupana (porexemplo, os efeitos salutares no crescimen-to da economia).

    Se o Natal a poca da generosidade,ento certamente um dos maiores smbo-los deveria ser Ebeneier Scrooge - o doindo da histeria, no o do final dela. So osimpostas, no os avarentos, que precisamde mudanas.

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  • 566 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    Segundo, em qual direo a curva de demanda se deslocaria? Como as empresas teriam um incentivo paraaumentar o investimento a qualquer taxa de juros, a quantidade demandada de fundos para emprstimosseria maior para qualquer taxa de juros dada. Portanto, a curva de demanda por fundos para emprstimos semoveria para a direita, como mostra o deslocamento de D^ para D2 na figura.

    Terceiro, vamos examinar como o equilbrio mudaria. Na Figura 3, a maior demanda por fundos paraemprstimos eleva a taxa de juros de 5% para 6%, e a maior taxa de juros, por sua vez, eleva a quantidadeofertada de fundos para emprstimos de $ 1.200 bilho para $ 1.400 bilho, medida que as famlias respon-dem aumentando o montante que poupam. Essa mudana no comportamento das famlias representada,aqui, como um movimento ao longo da curva de oferta. Portanto, se uma mudana na legislao tributriaincentivasse um maior investimento, o resultado seria uma taxa de juros mais elevada e maior poupana.

    Poltica 3: Dficits e Supervits Oramentrios do GovernoUm assunto constante do debate poltico a situao do oramento governamental. Lembre-se de queum dficit oramentaria ocorre quando o governo gasta mais do que arrecada em impostos. O governofinancia seus dficits oramentrios tomando emprstimos no mercado de ttulos, e o acmulo de emprs-timos do governo chamado dvida pblica. Um superavit oramentaria, que se d quando a receita tributriado governo maior do que suas despesas, pode ser usado para pagar parte dessa dvida pblica. Se a des-pesa do governo for exatamente igual sua arrecadao tributria, dizemos que o governo est com o ora-mento equilibrado.

    Imagine que o governo comece com um oramento equilibrado e ento, por causa de um corte deimpostos ou um aumento das despesas, passe a incorrer em um dficit oramentrio. Podemos analisar osefeitos do dficit oramentrio seguindo os trs passos no mercado de fundos de emprstimos, como ilustraa Figura 4.

    Primeiro, qual curva se desloca quando o governo comea a apresentar dficit oramentrio? Lembre-sede que a poupana nacional - a fonte de oferta de fundos para emprstimos - composta pela poupanaprivada e pela poupana pblica. Uma alterao no equilbrio oramentrio do governo representa uma alte-rao na poupana pblica e, portanto, na oferta de fundos para emprstimos. Como o dficit oramentrio

    Os Incentivos ao InvestimentoAumentam a Demanda porFundos para Emprstimos

    Se a aprovao de um crdito tributarpara investimento incentivasse as empresasa investir mais, a demanda por fundos paraemprstimos aumentaria. Como resultado,a taxa de juras de equi/ir aumentaria e ataxa c juros mais e/evada esfimu/aria apoupana Aqui quando a curva dedemanda ces/oca-" de O, para D, a taxade juras de equSbro aumenta de 55o paraOS. e a quanndade de equtr de fundas

    Taxa deJuros

    6%'t5%

    2 o que aumentaa taxa de jurosde equilbrio

    Oferta1. Um crditotributrio parainvestimentoaumenta ademanda porfundos paraemprstimos...

    Demanda, D,

    S1.200 -*-$i.400 Fundos de Emprstimos\ (em bilhes de dlares)

    3. _ e aumenta a quantidade deequilbrio de fundos para emprstimos.

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  • CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 56756;

    no influencia o montante que as famlias e empresas desejam tomar emprestado para financiar o investi-mento a qualquer taxa de juros dada, ele no altera a demanda por fundos para emprstimos.

    Segundo, em qual direo a curva de oferta se desloca? Quando o governo incorre em dficit oramenta-do, a poupana pblica negativa e isso reduz a poupana nacional. Em outras palavras, quando o governotoma emprstimos para financiar seu dficit oramentrio, reduz a oferta de fundos para emprstimos dispo-nvel para financiar o investimento das famlias e das empresas. Portanto, um dficit oramentrio desloca acurva de oferta de fundos para emprstimos para a esquerda, de Ol para O2, como mostra a Figura 4.

    Terceiro, podemos comparar o antigo equilbrio com o novo. Na figura, quando o dficit oramentrioreduz a oferta de fundos para emprstimos, a taxa de juros aumenta de 5% para 6%. Essa taxa de juros maiselevada altera o comportamento das famlias e empresas que participam do mercado de emprstimos. Maisespecificamente, muitos demandantes de fundos para emprstimos so desestimulados pela taxa de jurosmais elevada. Menos famlias compram casas novas e menos empresas optam porconstruir novas fbricas. A queda no investimento resultante da tomada de emprs-timos pelo governo chamada deslocamento (crowding out) e representada, nafigura, por um movimento ao longo da curva de demanda de uma quantidade de$ 1.200 bilho em fundos emprestveis para $ 800 bilhes. Ou seja, quando o gover-no toma emprstimos para financiar seu dficit oramentrio, desloca tomadoresprivados que esto tentando financiar investimentos.

    Portanto, a lio fundamental sobre os dficits oramentrios decorre direta-mente de seus efeitos sobre a oferta e a demanda de fundos para emprstimos:quando o governo reduz a poupana nacional por meio de um dficit oramentrio, a taxa de juros aumenta e o inves-timento diminui. Como o investimento importante para o crescimento econmico de longo prazo, os dficitsoramentrios do governo reduzem a taxa de crescimento da economia.

    Voc deve se perguntar: por que o dficit oramentrio afeta a oferta de fundos para emprstimos e noa demanda por eles? Afinal, o governo financia um dficit oramentrio ao vender ttulos, portanto tomando

    deslocamentouma diminuio doinvestimento que resulta datomada de emprstimospelo governo

    Taxa deJuros

    6%

    42.... o que aumentaa taxa de jurosde equilbrio...

    Oferta, O,

    '1. Um dficit oramentrioreduz a oferta de fundospara emprstimos...

    Demanda

    $800 -*-r-$ 1.200 Fundos de Emprstimos(em bilhes de dlares)3 e reduz a quantidade deequilbrio de fundos para emprstimos.

    O Efeito de um DficitOramentrio GovernamentalQuando o governo gasta mais do quearrecada em receita tributria, o dficitoramentaria resultante rediz apoupana nacional A oferta de fundospara emprstimos diminui e a taxa dejuros e equilbrio aumenta. Assim,quando o governo toma emprstimospara financiar seu dficit oramentaria,desloca as ramUias e empresas que. emoutras condies, desejariam Cantaremprstimos para financiar in-estimextos.Aqui. quando a oferta desloca-se e O,para O, a taxa de juras de equ:!ibnoaumenta de S pau cS, f a quantidadede equ."crio de fundos para errrstmcspoupados e inzsrias cai de S 7200biiho para S 33 tes

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  • 568 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    emprestado do setor privado. Por que o aumento dos emprstimos do governo alteram a curva de oferta,enquanto o aumento dos emprstimos feitos pelos investidores privados alteram a curva de demanda? Pararesponder a essa pergunta, preciso examinar melhor o significado de"fundos de emprstimos". O mode-lo aqui apresentado usa o termo para se referir ao fluxo de recursos disponveis para financiar o investimentoprivado; assim, um dficit oramentrio do governo reduz a oferta de fundos de emprstimos. Se, ao con-trrio, o termo "fundos de emprstimos" significasse o fluxo de recursos disponveis oriundo da poupana pri-vada, ento o dficit oramentrio do governo aumentaria a demanda, em vez de reduzir a oferta. Semudssemos a interpretao do termo, provocaramos uma mudana semntica na forma como o modelofoi descrito, mas, no fundo, seria a mesma coisa: nos dois casos, o dficit oramentrio aumenta a taxa dejuros, forando os tomadores de emprstimos privados, que dependem dos mercados financeiros, a financiarprojetos de investimento privados, a um deslocamento, ou seja, uma diminuio do investimento.

    Agora que entendemos o impacto dos dficits oramentrios, podemos inverter nossa anlise e observarque os supervits oramentrios do governo tm o efeito oposto. Quando o governo arrecada mais em im-postos do que gasta, ele poupa a diferena, reduzindo parte da dvida pblica. Esse superavit oramentrio,ou poupana pblica, contribui para a poupana nacional. Assim, um superavit oramentaria aumenta a ofertade fundos para emprstimos, reduz a taxa de juros e estimula o investimento. Maior investimento, por sua vez,significa maior acumulao de capital e crescimento econmico mais rpido.

    ESTUDO DE CASOA HISTRIA DA DVIDA PBLICA DOS ESTADOS UNIDOSQual o tamanho da dvida do governo norte-americano? A resposta a essa pergunta varia substancialmen-te com o passar do tempo. A Figura 5 mostra a dvida do governo federal norte-americano expressa comouma porcentagem do PIB. Ela mostra que a dvida pblica flutuou de zero, em 1836, a 107% do PIB, em 1945.Nos ltimos anos, a dvida pblica tem se mantido entre 30% e 40% do PIB.

    O comportamento da razo entre dvida e PIB uma medida do que est acontecendo com as finanasdo governo. Como o PIB uma medida aproximada da base tributria do governo, uma reduo na razodvida-PIB indica que o endividamento do governo est se contraindo em relao sua capacidade deaumentar a arrecadao. Isso sugere que o governo est, de certa forma, vivendo de acordo com seus meios.Por sua vez, uma razo dvida-PIB crescente significa que a dvida do governo est crescendo em relao sua capacidade de arrecadar. Isso frequentemente interpretado como sinal de que a poltica fiscal - gastosdo governo e impostos - no pode ser sustentada indefinidamente nos nveis atuais.

    Ao longo da histria, a principal causa das flutuaes na dvida pblica a guerra. Quando ocorrem guer-ras, os gastos do governo com defesa nacional aumentam substancialmente para pagar por soldados eequipamentos militares. Os impostos tambm costumam aumentar, mas muito menos do que os gastos. Oresultado um dficit oramentrio e uma dvida pblica crescente. Quando a guerra termina, os gastos dogoverno diminuem e a razo dvida-PIB tambm comea a declinar.

    H duas razes para acreditar que o financiamento da guerra pelo endividamento seja uma polticaadequada. Primeiro, ele permite que o governo mantenha as alquotas dos impostos mais estveis aolongo do tempo. Sem financiamento pela dvida, as alquotas teriam de aumentar muito durante as guer-ras e isso causaria um substancial declnio na eficincia econmica. Segundo, o financiamento das guerraspor meio da dvida desloca parte dos custos das guerras para geraes futuras, que tero de pagar a dvi-da pblica. E possvel defender que isso represente uma diviso justa do nus porque as geraes futurasauferem parte dos benefcios quando uma gerao anterior trava uma guerra para defender a nao deagressores estrangeiros.

    Um grande aumento da dvida pblica que no pode ser explicado pela guerra o que se deu a partir de1980, aproximadamente. Quando o presidente Ronald Reagan tomou posse, em 1981 estava comprometidocom uma reduo de impostos e do tamanho do governo. Mas de descobriu que reduzir os castos do -ovemo

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  • CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 569

    A Dvida Pblica Norte-Americana

    A dvida do governo federal norte-americano, expressa aqui como porcentagem do PIB, variou substancialmente durante a histria. Os gastos emperodos de guerra so normalmente associados ao aumento substancial da dvida pblica.

    Fonte: U. S. Department of Treasury; U. S. Department of Commerce; and T. S. Berry, Troduction and Population since 1789', Bostwick Paper No. 6,Richmond, 1988.

    Porcentagemdo PIB

    120

    1790 1810 1830 1850 1870 1890 1910 1930 1950 1970 1990 2010

    era mais difcil politicamente do que diminuir impostos. O resultado foi o incio de um perodo de grandesdficits oramentrios que perdurou no s no governo Reagan, mas por diversos anos depois. Como resul-tado, a dvida pblica aumentou de 26% do PIB, em 1980, para 50% do PIB, em 1993.

    Como vimos anteriormente, os dficits oramentrios do governo reduzem a poupana nacional, oinvestimento e o crescimento econmico de longo prazo, sendo exatamente este o motivo pelo qual oaumento da dvida pblica nos anos 1980 incomodou tantos economistas e formuladores de polticas.Quando Bill Clinton adentrou o Salo Oval em 1993, reduzir o dficit era seu objetivo principal. De formasimilar, quando os republicanos assumiram o controle do Congresso em 1995, a reduo do dficit ocupavaum lugar privilegiado em sua agenda legislativa. Ambos os esforos reduziram substancialmente o tamanhodo dficit oramentrio do governo e, consequentemente, acabou surgindo um superavit. Como resultado,no final da dcada de 1990, a razo dvida-PIB estava declinando novamente.

    A razo dvida-PIB comeou a aumentar novamente durante os primeiros anos do governo de George W.Bush, quando o superavit oramentrio converteu-se em dficit. Houve trs razes para essa mudana.Primeiro, o presidente Bush assinou a lei de corte de impostos que havia prometido durante a campanha de2000. Segundo, em 2001, a economia experimentou uma rmsso (uma reduo da atividade econmica) queautomaticamente diminuiu a arrecadao tributria e aumentou os gastos do governo. Terceiro, a guerra contrao terrorismo, aps os ataques de 11 de setembro, e a guerra no Iraque aumentaram os gastos do governo.

    Teste Rpidote e j tav3 de iu

    m^s rcrtte-amsfC3nci acerassem 3 descria ae v.er cara o d:3 de hc;e' come issc ^retna 3 pc-joari^ . o r,\e

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  • 570 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    (l

    CONCLUSO"No empreste a ningum nem pea emprestado", aconselha Polnio a seu filho em Hamlet, de Shakespeare.Se todos seguissem esse conselho, este captulo teria sido desnecessrio.

    Poucos economistas concordariam com Polnio. Em nossa economia, as pessoas concedem e tomamemprstimos com frequncia e geralmente o fazem por bons motivos. Algum dia voc poder tomar um em-prstimo para iniciar seu prprio negcio ou comprar uma casa. E as pessoas podem lhe conceder um emprs-timo na esperana de que os juros que voc ir pagar as ajudem a desfrutar uma aposentadoria mais prspera.O sistema financeiro tem a funo de coordenar essas atvidades de concesso e tomada de emprstimos.

    De muitas maneiras, os mercados financeiros so como todos os demais mercados da economia. O preodos fundos para emprstimos - a taxa de juros - governado pelas foras de oferta e demanda, como osoutros preos da economia. E podemos analisar deslocamentos da oferta e da demanda nos mercados finan-ceiros da mesma maneira como analisamos os de outros mercados. Um dos Dez Princpios de Economiaintroduzidos no Captulo l de que os mercados costumam ser uma boa maneira de organizar a atvidadeeconmica. Esse princpio se aplica tambm aos mercados financeiros. Quando os mercados financeirosequilibram a oferta e a demanda de fundos para emprstimos, ajudam a alocar os recursos escassos da eco-nomia da forma mais eficiente.

    De certo modo, contudo, os mercados financeiros so especiais. Os mercados financeiros, ao contrrio damaioria dos outros mercados, desempenham a importante funo de ligar o presente e o futuro. Os queofertam fundos para emprstimos - os poupadores - o fazem porque querem converter parte de sua rendacorrente em poder aquisitivo futuro. Os que demandam fundos para emprstimos - os tomadores deemprstimos - o fazem porque querem investir hoje para ter capital adicional no futuro para produzir bense servios. Portanto, o bom funcionamento dos mercados financeiros importante no s para as geraesatuais, mas tambm para as futuras, que herdaro muitos dos benefcios resultantes.

    RESUMO

    O sistema financeiro norte-americano compos-to de muitos tipos de instituies financeiras, co-mo o mercado de ttulos, o mercado de aes, osbancos e os fundos mtuos. Todas essas institui-es agem para direcionar os recursos das fam-lias que querem poupar parte de sua renda paraas mos das famlias e empresas que queremtomar emprstimos.

    As identidades contbeis da renda nacional reve-lam algumas relaes importantes entre as vari-veis macroeconmicas. Mais especificamente, emuma economia fechada, a poupana nacional deveser igual ao investimento. As instituies financei-ras so o mecanismo por meio do qual a economiaune a poupana de uma pessoa com o investimen-to de outra.

    1 A taxa de juros determinada pela oferta e de-manda de fundos para emprstimos. A oferta defundos para emprstimos vem das famlias quequerem poupar parte de sua renda e emprest-la.A demanda por fundos para emprstimos vem dasfamlias e empresas que querem tomar emprs-timos para investir. Para analisar como qualquerpoltica ou evento afeta a taxa de juros, precisoanalisar a maneira como eles afetam a oferta e ademanda de fundos para emprstimos.A poupana nacional igual poupana privadamais a poupana pblica. Um dficit oramentriodo governo representa poupana pblica negativae, portanto, reduz a poupana nacional e a ofertade fundos para emprstimos disponveis para fi-nanciar o investimento. Quando um dficit ora-mentrio governamental desloca o investimento,reduz o crescimento da produtividade e do PIB.

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  • CAPTULO 26 POUPANA, INVESTIMENTO E SISTEMA FINANCEIRO 571

    CONCEITOS-CHAVEsistema financeiro, p. 544mercados financeiros, p. 544ttulo, p. 544aes, p. 545intermedirios financeiros, p. 546

    fundo mtuo, p. 547poupana nacional (poupana),

    p. 549poupana privada, p. 550poupana pblica, p. 550

    superavit oramentado, p. 550dficit oramentado, p. 550mercado de fundos disponveis

    para emprstimos, p. 551deslocamento, p. 557

    QUESTES PARA REVISO1. Qual a funo do sistema financeiro? Cite e

    descreva dois mercados que so parte do siste-ma financeiro da economia dos Estados Unidos.Cite e descreva dois intermedirios financeiros.

    2. Por que importante que as pessoas tenham aese ttulos para diversificar seus atvos? Que tipode instituio financeira facilita a diversificao?

    3. O que poupana nacional? O que poupanaprivada? O que poupana pblica? Como essastrs variveis se relacionam?

    4. O que investimento? Como ele se relaciona coma poupana nacional?

    5. Descreva uma alterao do cdigo tributrio ca-paz de aumentar a poupana privada. Se essamedida fosse implementada, como ela poderiaafetar o mercado de fundos emprestveis?

    6. O que um dficit oramentrio do governo?Como ele afeta as taxas de juros, o investimentoe o crescimento econmico?

    PROBLEMAS E APLICAES1. Rara cada um dos pares a seguir, qual ttulo deve

    pagar taxas de juros mais altas? Explique.a. um ttulo do governo norte-americano ou

    um ttulo de um pas do Leste Europeu.b. um ttulo que reembolsa o principal em

    2013 ou um ttulo que reembolsa o principalem 2030.

    c. um ttulo da Coca-Cola ou um ttulo de umaempresa de software que funciona em suagaragem.

    d. um ttulo emitido pelo governo federal ou umttulo emitido pelo Estado de Nova York.

    2. Theodore Roosevelt disse certa vez que "no hdiferena moral entre jogar cartas, na loteria ounos cavalos e especular no mercado de aes".Na sua opinio, qual objetivo social atendidopela existncia do mercado de aes?

    3. Quando o governo russo tornou-se inadimplen-te em sua dvida com estrangeiros, em 1998, astaxas de juros dos ttulos emitidos por muitosoutros pases em desenvolvimento aumentaram.Na sua opinio, por que isso aconteceu?

    4. Muitos trabalhadores tm grandes quantidadesde aes emitidas pelas empresas em que tra-balham. Na sua opinio, por que as empresasencorajam esse comportamento? Por que umapessoa poderia no querer ter aes da empresaem que trabalha?

    5. Explique a diferena entre poupana e investi-mento tal como definida por um macroecono-mista. Quais das situaes a seguir representaminvestimento? E poupana? Explique.a. Sua famlia faz uma hipoteca e compra uma

    casa nova.b. Voc usa $ 200 de seu salrio para comprar

    aes da AT&T.c. Seu colega ganha S 100 e os deposita no ban-

    co, em sua prpria conta.d. Voc toma S 1.000 emprestados do banco para

    comprar um carro que utilizar em seu neg-cio de entrega de pizzas em domicilio.

    . Suponha que o PIB seja de S S trilhes, os im-postos sejam de S 1,5 trilho, a poupana priva-da seja de S 0,5 trilho e a poupana pblica seja

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  • 572 PARTE 9 A ECONOMIA REAL NO LONGO PRAZO

    de $ 0,2 trilho. Admitindo a hiptese de que setrata de uma economia fechada, calcule o con-sumo, as compras do governo, a poupana nacio-nal e o investimento.

    7. Os economistas da Funldia, uma economia fe-chada, obtiveram as seguintes informaes so-bre a economia em um ano especfico:

    Y =10.000C = 6.0007=1.500G = 1.700

    Os economistas tambm estimam que a funoinvestimento :

    / = 3.300-100 r

    onde r a taxa de juros real do pas, expressa emporcentagem. Calcule a poupana privada, a pou-pana pblica, a poupana nacional, o investi-mento e a taxa de juros real de equilbrio.

    8. Suponha que a Intel esteja pensando em cons-truir uma nova fbrica de chips.a. Supondo que a Intel precise tomar dinheiro

    emprestado no mercado de ttulos, por queum aumento na taxa de juros afetaria a deci-so da empresa de construir ou no a fabrica?

    b. Se a Intel tiver recursos prprios em quanti-dade suficiente para construir a nova fbricasem fazer emprstimos, um aumento na taxade juros ainda afetaria sua deciso de cons-truir ou no a fbrica? Explique.

    9. Suponha que no ano que vem o governo tomeS 20 bilhes a mais em emprstimos do que nes-te ano.a. Use um diagrama de oferta e demanda para

    analisar essa poltica. A taxa de juros aumen-ta ou diminui?

    b. O que acontece com o investimento? E com apoupana privada? E com a poupana pbli-ca? E com a poupana nacional? Compare adimenso das alteraes com os S 20 bilhesde emprstimos adicionais do governo.

    c. Como a elasticidade da oferta de fundospara emprstimos afeta a dimenso dessasalteraes?

    d. Como a elasticidade da demanda por fundospara emprstimos afeta a dimenso dessasalteraes?

    e. Suponha que as famlias acreditem que oaumento dos emprstimos do governo hojeimplique maiores impostos para pagar a d-vida pblica no futuro. O que essa crenatraz para a poupana privada e para a ofertade fundos para emprstimos de hoje? Elaaumenta ou diminui os efeitos que voc dis-cutiu nas partes (a) e (b)?

    10. "Alguns economistas se preocupam com o fatode que a populao mais idosa dos pases in-dustrializados comece a reduzir sua poupanajustamente quando o apetite dos pases por in-vestimento estiver crescendo" (Economist, 6 maio1995). Ilustre o efeito desses fenmenos no mer-cado mundial de fundos de emprstimos.

    11. Este captulo explica que o investimento podeaumentar tanto por meio da reduo dos impos-tos sobre a poupana privada quanto por meioda reduo do dficit oramentrio do governo.a. Por que difcil implementar as duas polti-

    cas ao mesmo tempo?b. O que voc precisaria saber sobre a poupan-

    a privada para avaliar qual das duas polti-cas seria um meio mais eficaz para aumentaro investimento?

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