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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL MICHEL ANTÔNIO DOTTO ENGENHEIRO AGRÔNOMO POTENCIAL FORRAGEIRO DE POPULAÇÕES DE MILHO CULTIVADOS EM DIFERENTES NÍVEIS DE NITROGÊNIO GURUPI - TO JANEIRO DE 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL

MICHEL ANTÔNIO DOTTO

ENGENHEIRO AGRÔNOMO

POTENCIAL FORRAGEIRO DE POPULAÇÕES DE MILHO CULTIVADOS

EM DIFERENTES NÍVEIS DE NITROGÊNIO

GURUPI - TO

JANEIRO DE 2012

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MICHEL ANTÔNIO DOTTO

POTENCIAL FORRAGEIRO DE POPULAÇÕES DE MILHO CULTIVADOS

EM DIFERENTES NÍVEIS DE NITROGÊNIO

Dissertação apresentada a Universidade Federal

do Tocantins como parte das exigências do

Programa de Pós-Graduação em Produção

Vegetal para a obtenção do título de Mestre em

Produção Vegetal.

Orientador: Dr. Prof. Flávio Sérgio Afférri

GURUPI - TO

JANEIRO DE 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL

MICHEL ANTÔNIO DOTTO

ENGENHEIRO AGRÔNOMO

POTENCIAL FORRAGEIRO DE POPULAÇÕES DE MILHO CULTIVADOS

EM DIFERENTES NÍVEIS DE NITROGÊNIO

Dissertação apresentada a Universidade Federal

do Tocantins como parte das exigências do

Programa de Pós-Graduação em Produção

Vegetal para a obtenção do título de Mestre em

Produção Vegetal.

________________________________

Prof. Dr. Flávio Sérgio Afférri

Orientador

_________________________________

Prof. Dr. Joênes Mucci Peluzio

Examinador

________________________________

Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Fidelis

Examinador

______________________________

Prof. Dr. Antônio José Perón

Examinador

Data de realização: 27 de Janeiro de 2012.

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Flávio Sérgio Afférri pelo tempo dedicado, confiança e orientação

durante o desenvolvimento deste trabalho.

A Universidade Federal do Tocantins pelas oportunidades de realização dos cursos

de graduação e pós-graduação.

A todos os professores da UFT que contribuíram para minha formação acadêmica e

profissional.

Aos membros da banca examinadora por aceitar o convite em participar desta defesa

bem como, prestar vossas colaborações neste trabalho.

A equipe executora deste trabalho em especial a Edmar V. Carvalho, Danilo P.

Dutra, Ricardo C. Bachega, Gabriel L. Cornélio, Onésimo S. Cruz, Eliane Rotili, Patrícia

Bartcow, Douglas J. Daronch, André H. Gonçalves, Waldere M. dos Santos e ao técnico em

laboratório Assuério A. Souza pela ajuda nas diversas etapas deste trabalho.

Aos funcionários de campo terceirizados lotados na Estação Experimental de

Pesquisa – EEP, campus de Gurupi, pelo auxílio na execução das atividades de campo

necessárias a realização deste trabalho.

A minha namorada pelo carinho e apoio durante o curso de mestrado.

Ao CNPq pelo financiamento do projeto.

A todos aqui não mencionados que, de alguma forma, contribuíram para a

concretização deste trabalho.

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DEDICO,

A meus pais, que sempre ensinaram ser uma pessoa justa e correta, os quais com

muito esforço, dedicação e incentivo me ajudaram a construir o caminho nesta conquista.

A minha namora, pela paciência compreensão e presença durante esta faze de minha

vida.

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SUMÁRIO

1 RESUMO ................................................................................................................... 07

2 ABSTRACT ............................................................................................................... 08

3 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 09

4 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 14

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 17

6 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 26

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 27

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POTENCIAL FORRAGEIRO DE POPULAÇÕES DE MILHO CULTIVADOS EM

DIFERENTES NÍVEIS DE NITROGÊNIO

1 RESUMO

A cultura do milho se apresenta como uma das melhores alternativas para a produção de

silagem, devido as suas características bromatológicas, valor nutricional, altos rendimentos

por área e facilidade no manejo. Populações de polinização aberta são importantes fontes de

variabilidade genética em programas de melhoramento do milho, que apresentam ampla

adaptação em ambientes distintos podendo ser pouco exigentes em tecnologias e maior

rusticidade. A utilização de adubações orgânicas é desejável, já que apresentam a forma

equilibrada no fornecimento nutricional das plantas. O nitrogênio é pouco encontrado

naturalmente nos solos de cerrado brasileiro, sendo um fator importante no sistema produtivo

do milho, causando grandes perdas na sua ausência e onerando o custo de produção quando

manejado incorretamente. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o potencial produtivo de 12

populações de milho, utilizando adubação de base orgânica, através de esterco bovino, e dois

níveis de nitrogênio (baixo: 0 kg ha-1

e alto: 150 kg ha-1

) aplicados em cobertura utilizando

como fonte o sulfato de amônio. O experimento foi desenvolvido na área agrícola da estação

experimental de pesquisa da UFT-CAUG, utilizando delineamento experimental de blocos ao

acaso com três repetições, sendo a área da parcela, composta por fileiras duplas de 3 metros

de comprimento espaçadas em 0,90 metros e densidade de semeadura de 50000 plantas ha-1

.

Os componentes de produção utilizados para caracterizar os genótipos foram: Massa verde de

planta inteira (MVPI), massa verde de espiga (MVE) e porcentagem da participação da espiga

na massa verde total (PPE). As populações foram influenciados pela aplicação de nitrogênio,

onde foi possível identificar e classificar, através dos componentes de avaliação os mais

promissores. As populações 25/2, 12-2, 12/3, 15-1/2, 1-5 e 10-1/2 apresentaram-se superiores

na produção media de massa verde de planta inteira, podendo ser promissoras para utilização

na obtenção de genótipos para forragem de qualidade que esta relacionada a bons índices de

produtividade. O produto entre a eficiência do uso do nitrogênio e a produtividade para a

característica de massa verde de planta inteira (ƟEPP) e espiga (ƟEPE), utilizado neste trabalho,

foi importante na identificação de genótipos promissores.

Palavras-chave: Zea mays L, populações, nitrogênio, forragem.

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FORAGING POTENTIAL OF POPULATIONS OF CORN CULTIVATED IN

DIFFERENT LEVELS OF NITROGEN

2 ABSTRACT

The culture of the corn presents itself one of the best alternatives for the production of

ensilage, when his characteristics were owed bromatologic, value nutritional, high profits for

area and easiness in the handling. Populations of open pollination are important fountains of

genetic variability in programs of improvement of the corn, which present spacious adaptation

in different environments being able to be not much demanding in technologies and bigger

rusticity. The use of organic fertilizing is desirable, since they present the form balanced in

the supply nutritional of the plants. The nitrogen is little found naturally in the grounds of

Brazilian scrubland, being an important factor in the productive system of the corn, causing

great losses in his absence and burdening the cost of production when handled incorrectly.

This work had the objective to value the productive potential of 12 populations of corn, using

fertilizing of organic base, through bovine dung, and two levels of nitrogen (I go down: 0 kg

ha-1

and loudly: 150 kg ha-1

) applied in covering using like fountain the sulphate of

ammonium. The experiment was developed in the agricultural area of the experiment station

of inquiry of the UFT-CAUG, using experiment delineation of blocks at random with three

repetitions, being the area of the piece, composed by double rows of 3 meters of length spaced

out in 0,90 meters and density of sowing of 50000 plants ha-1

. The components of production

used to characterize the genotypes were: Green mass of plant whole (MVPI), green mass of

ear (MVE) and percentage of the participation of the ear in the green total mass (PPE). The

populations were influenced by the application of nitrogen, where it was possible to identify

and to classify, through the most promising components of evaluation. The populations 25/2,

12-2, 12/3, 15-1/2, 1-5 and 10-1/2 presented to themselves superior in the middle production

of green mass of whole plant, being able to be promising for use in the attainment of

genotypes for quality fodder that this one made a list to good rates of productivity. The

product between the efficiency of the use of the nitrogen and the productivity for the

characteristic of green mass of whole plant (ƟEPP) and ear (ƟEPE), used in this work, was

important in the identification of genotypes promising.

Key words: Zea mays L., populations, nitrogen, fodder.

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3 INTRODUÇÃO

O milho é cultivado em todo o território nacional mesmo com algum tipo de estresse,

que resulta em reduções de produtividade (MAJEROWICZ et al., 2002). Na safra 2010/11

foram cultivados no Brasil cerca de 13,84 milhões de hectares com a cultura do milho

obtendo produtividade média em grãos de 4156 Kg ha-1

. Já no estado do Tocantins para esta

mesma safra a área ocupada pela cultura foi de aproximadamente 97 mil hectares com

produtividade média por área de aproximadamente 3968 Kg ha-1

, segundo levantamento da

Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB (2012).

Comparado com o alto potencial da cultura, as médias inferiores de produtividade no

estado do Tocantins e algumas regiões do Brasil se devem principalmente as variações das

condições edafoclimáticas (regime pluviométrico, temperatura e altitude), baixo nível

tecnológico e reduzido aporte genético desenvolvido regionalmente.

O estado do Tocantins apresenta potencial de uso agrícola de aproximadamente 14

milhões de hectares que corresponde a 50% do seu território, sendo que 8,24 milhões são

explorados pelo setor agropecuário, dos quais 7,5 milhões de hectares são ocupados pela

pecuária extensiva composta por pastagens em sua grande maioria apresentando sinais de

degradação, portanto necessitando de práticas de recuperação, sendo ainda 742,21 mil

hectares utilizados pela agricultura, somado a possibilidade de novas áreas de cultivo o com

condições climáticas e solos aptos à produção agrícola, possibilitando assim crescimento e

maior desenvolvimento do setor agrícola (SEAGRO, 2012). A posição geográfica do estado

do Tocantins é estratégica para produção agrícola, devido à proximidade aos grandes centros

consumidores, portos e conta com malha viária de boa qualidade e bem distribuída na sua

extensão, assim como a implantação da ferrovia NORTE-SUL que facilitará o escoamento de

produtos reduzindo o tempo e os gastos com transporte.

Em condições climáticas adversas de anos e regiões distintas, cultivares de polinização

aberta pode ser uma boa opção, devido a sua elevada variabilidade genética, permitindo assim

melhor adaptação diminuindo os riscos de perdas e com baixos investimentos em insumos,

viabilizando o cultivo em pequenas propriedades rurais (ARAÚJO e NASS, 2002).

Populações de milho apresentam menor potencial produtivo em relação às cultivares

modernas, porém são importantes fontes de variabilidade genética nos programas de

melhoramento, na busca por genes tolerantes aos principais fatores que causam limitações ao

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cultivo do milho, permitindo incrementos de produtividade mesmo em condições

desfavoráveis (CARVALHO e SOUZA, 2007).

O desenvolvimento de cultivares no ambiente onde se deseja utilizá-lo é uma prática

importante, permitindo aos melhoristas explorar a variabilidade existente nos genótipos, os

tornando mais tolerante as variações ocorridas por meio de fatores bióticos (PATERNIANI et

al., 2000).

Acosta et al. (2000) comparando variedades de milho de polinização aberta, com

híbridos de milho em dois sistemas produtivos, constatou valores superiores de rendimentos

em produtividade pelos híbridos nos sistemas avaliados, porém obteve maior receita líquida

no cultivo com variedades de polinização aberta, que segundo o autor estes resultados foram

possíveis devido a baixa exigência das cultivares em insumos.

A escolha do germoplasma é parte fundamental e decisiva para qualquer programa de

melhoramento de plantas, quer seja para o desenvolvimento de variedades, para utilização na

formação de híbridos ou para estudos básicos, podendo inclusive influir significativamente no

sucesso ou no fracasso da seleção (ARAÚJO e NASS, 2002).

Em solos de cerrado, os níveis de matéria orgânica existente são baixos resultando

numa série de problemas como, baixa fertilidade do solo, perda de nutrientes devido ao

desbalanceamento de cargas, diminuição da superfície de contato, menor retenção de água e

diminuição da atividade microbiana no solo, limitando o desenvolvimento das culturas e

diminuindo o aproveitamento de nutrientes (FERREIRA et al., 2010).

Uma boa alternativa seria a utilização de resíduos orgânicos presentes na maioria das

vezes em abundância na propriedade rural, onde é muito comum à existência de esterco

bovino, que é pouco utilizado mesmo sendo rico em nutrientes (EIRAS et al., 2011).

Segundo Reina et al. (2010) a utilização de esterco bovino na adubação do milho é

recomendado nos diversos sistemas produtivos desde que haja matéria prima e mão-de-obra

suficiente para sua implantação, onde principalmente em solos de textura arenosa, que a

fertilidade natural em geral é relativamente pequena, se torna importante fonte de nutrientes

bem como estabilizante de cargas, reduzindo as perdas dos principais elementos por

lixiviação, os retendo em condições de serem absorvidos pelas plantas, podendo substituir a

adubação química recomendada para a cultura do milho sem prejuízos nos rendimentos.

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A adubação orgânica representa uma forma equilibrada de nutrição mineral de plantas

melhorando as condições estruturais e de condicionamento do solo, reduzindo os efeitos

negativos de uso continuo e sistemático do solo em cultivos sucessivos e intensos a longo

prazo (CRUZ et al., 2010).

A cultura do milho é bastante exigente e responsivo a aplicação de nutrientes sendo,

portanto o balanceamento nutricional fator determinante na sua produção (AMADO et al.,

2002). O nitrogênio é um dos elementos mais exigidos pela cultura do milho, sendo este

pouco encontrado naturalmente nos solos brasileiros, e nesse caso pode ser adicionado por

meio de fertilizantes ao sistema produtivo (SPERA et al., 2009). O suprimento inadequado de

nitrogênio a cultura do milho limita seu desenvolvimento e ocasiona redução do potencial

produtivo (SILVA et al., 2006).

O nitrogênio é um dos elementos que está presente em grande quantidade no ambiente,

constituído essencialmente por ácidos nucléicos e proteínas e, no entanto, apresenta influência

direta nos índices de colheita da cultura do milho (TAIZ E ZEIGER, 2009).

Os fertilizantes agrícolas representam grande parte do custo de produção da cultura do

milho e o nitrogênio é o principal responsável por maior parte deste custo, com isso sua

utilização influencia diretamente na viabilidade do cultivo (LANG et al., 2011). O manejo

eficiente do nitrogênio relaciona a quantidade de fertilizante aplicado, fonte utilizada e

momento de aplicação que deve coincidir sua disponibilidade com a fase do ciclo de maior

absorção da cultura (RAGAGNIN et al., 2010).

A utilização correta do nitrogênio além, de proporcionar bom desenvolvimento da

cultura possibilita reduções do custo de produção (FAGERIA et al., 2007). O nitrogênio é um

elemento de alta mobilidade no solo, e quando disponível pode ser absorvido rapidamente

pelas plantas, sendo necessárias algumas condições essenciais como clima favorável, estádio

fenológico da cultura e balanceamento nutricional em quantidades suficientes dos demais

elementos essenciais ao bom desenvolvimento da planta, para que suas necessidades sejam

plenamente atendidas (TAIZ E ZEIGER, 2009).

A recomendação e manejo do nitrogênio são bastante complexa devido à

multiplicidade de reações químicas e biológicas que o elemento é exposto, bem como sujeito

a perdas em decorrência de fatores como tipo de solo, fonte aplicada e condições climáticas

que podem ocasionar lixiviação, desnitrificação, volatilização e erosão, quando manejado de

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forma incorreta (RAMBO et al., 2008). Segundo Cancellier et al. (2011), o desenvolvimento

de genótipos eficientes no aproveitamento do nitrogênio é desejável, pois viabiliza o cultivo

do milho na agricultura de baixos insumos e também não capitalizada. Como forma de reduzir

os custos com fertilizantes nitrogenados, pode-se identificar genótipos eficientes no uso do

nitrogênio que mesmo em condições de baixa disponibilidade do elemento obtém produção

satisfatória. Entende-se por produção, tanto a produção de grãos, a produção de espigas e até

mesmo a produção da planta inteira, que pode ser utilizada para forragem.

A planta de milho é amplamente utilizada para a prática da ensilagem, principalmente

devido à grande difusão de seu cultivo, que pode ser cultivado em todas as regiões do Brasil e

também apresenta características agronômicas favoráveis a produção de silagem (NUSSIO et

al., 2001). O milho possui papel de destaque entre as plantas forrageiras por apresentar alto

rendimento de massa verde por hectare, além de boa qualidade nutricional e alta

digestibilidade, possibilitando boas produções e valor nutritivo superior da silagem (MELO et

al., 1999).

O principal objetivo ao selecionar genótipos para produção de silagem é a obtenção de

um produto economicamente viável e de alta qualidade, apresentando boa relação

grãos/massa verde que é consequência de um manejo adequado de adubação, tratos culturais e

época de corte e dependente da interação genótipo X ambiente, que propiciarão uma silagem

nutricionalmente mais rica, digestível e com menor teor de fibra (MIRANDA et al., 2004).

De acordo com Deminicis et al. (2009), normalmente as técnicas de condução e

manejo da cultura do milho para a produção de silagem são idênticas as utilizada para a

produção de milho em grãos, sendo as cultivares utilizadas em geral as mesmas e contudo,

para uma silagem de alta qualidade e eficiente na conversão animal é importante que esta

apresente boa digestibilidade com teores de matéria seca entre 30 a 35% e no mínimo 3% de

carboidratos solúveis no material original, bem como baixo poder tampão proporcionando

uma boa fermentação microbiana.

A princípio, os programas de melhoramento do milho para forragem nas empresas

produtoras de sementes, priorizam a produção de grãos buscando melhorar a qualidade

nutricional da forragem, desconsiderando as proporções de folhas e colmos que estão

diretamente relacionados com a digestibilidade e qualidade final da forragem (ALMEIDA et

al., 2003).

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De acordo com Jaremtchuk et al. (2005) a maior porcentagem de espiga no volume

final de forragem é importante na melhoria da qualidade nutricional da silagem, desde que

não haja elevadas proporções de sabugo e palha na espiga, que podem reduzir os efeitos da

espiga na qualidade da silagem.

Outro fator importante na produção de silagem é a densidade de plantas que no

momento de implantação da cultura deve apresentar um arranjo que proporcione a melhor

relação entre competição de plantas e produção de forragem, pois interfere diretamente no

manejo da cultura (SANGOI et al., 2005).

Segundo Almeida et al. (2003) a melhor densidade populacional pode ser variável

entre diferentes genótipos estando relacionado diretamente com o valor nutricional da

forragem, afirmando que altas densidades populacionais causam redução na qualidade final da

forragem. A densidade de plantas deve ser estabelecida de acordo com as características

morfológicas dos genótipos, época de semeadura e nível de manejo adotado na lavoura

(BALBINOT JR. et al., 2005).

Paiva et al. (1993) relata que a maior qualidade nutricional da forragem ocasiona

maior eficiência de rendimentos no ganho de peso animal, sendo dependente da combinação

entre três fatores, os quais são a população de plantas, disponibilidade de água e nutrientes e

potencial genético da planta para produção.

Objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial para a produção de forragem de

populações de milho, com adubação de base orgânica, cultivadas sob diferentes níveis de

nitrogênio em cobertura.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

Foram instalados dois experimentos no município de Gurupi-TO (11º43’45’’S,

49º04’07’’W), em Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico, com clima do tipo B1wA’a’

úmido com moderada deficiência hídrica, segundo a classificação de Köppen. Foram

utilizadas 12 populações de polinização aberta, e duas variedades comerciais utilizadas

comercialmente na região por produtores rurais como testemunha. Anterior ao plantio foi

efetuado a análise química e física do solo, que de acordo com a 5° aproximação de minas

gerais (1999), apresenta boas características ao cultivo da cultura do milho.

Quadro 01 – Resultado de análise química e física do solo coletados no perfil de 0 a 20 cm de

profundidade anteriormente ao plantio.

Cmol/dm3 Mg/dm

3 (ppm) %

Ca+mg Ca Mg Al H+Al K CTC (T) SB CTC (t) K P (Mel) V M

2,55 2,03 0,52 0,00 1,55 0,04 4,14 2,59 2,59 13,85 7,73 62,50 0,00

A implantação dos experimentos ocorreu no dia 23 de novembro de 2010. Os

experimentos foram compostos pela combinação de nível de nitrogênio em cobertura, sob

adubação orgânica no plantio.

Quadro 02 - As populações e testemunhas utilizadas neste trabalho foram:

Populações/Testemunhas Geração Tipo Origem

25/2. 5° PPA UFT

12-2. 5° PPA UFT

12/3. 5° PPA UFT

15-1/2. 5° PPA UFT

1-5. 5° PPA UFT

10-1/2. 5° PPA UFT

25-1. 5° PPA UFT

12-6. 5° PPA UFT

1-3. 5° PPA UFT

11-3. 5° PPA UFT

12-5. 5° PPA UFT

25-5. 5° PPA UFT

VC1 ------ Variedade ---------

VC2 ------ Variedade ---------

PPA – População de polinização aberta, VC1 - AL BANDEIRANTE, VC2 - BR 106.

Mat. Org pH Textura (%) Textura (g/kg)

(%) g/dm3 CaCl2 H2O KCL Areia Silte Argila Areia Silte Argila

1,21 12,14 5,61 6,13 ------ 71,9 5,72 22,43 718,54 57,20 224,26

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A adubação orgânica de plantio foi composta por 40 t ha-1

de esterco bovino curtido

aplicados uniformemente no sulco de plantio implantado 15 dias antes da semeadura e dois

níveis de nitrogênio em cobertura, 0 e 150 kg ha-1

. Dez dias após a germinação das plantas

realizou-se o desbaste para controle populacional buscando 50 000 plantas ha-1

. Nos

experimentos que receberam nitrogênio em cobertura, a adubação foi realizada no dia 21 de

dezembro de 2010, quando as plantas apresentavam o quarto par de folhas completamente

expandido, usando sulfato de amônio como fonte nitrogenada.

Em cada experimento, o delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso

com três repetições, e em cada parcela experimental foram realizadas avaliações nas duas

fileiras centrais de três metros de comprimento, com espaçamento 0,9 m entre linhas. Os

tratos culturais utilizados na cultura do milho em cultivo convencional foram efetuados assim

que se fizeram necessários seguindo as recomendações técnicas da cultura do milho de acordo

com Fancelli & Dourado Neto (2000).

A colheita das plantas ocorreu no ponto de grãos farináceo quando as plantas estavam

no estágio de desenvolvimento fenológico R5, onde as características avaliadas foram: Massa

verde total da planta inteira (MVPI), (g planta-1

), massa verde da espiga com palha (MVE), (g

planta-1

), porcentagem (%) da participação da massa verde da espiga na massa verde total da

planta (PPE). Os dados foram tabulados e posteriormente submetidos à análise de variância

obedecendo ao critério de homogeneidade dos quadrados médios residuais, sendo realizado

posteriormente o teste de médias Scott-Knott (1974) (P>0,05). Foi avaliada a eficiência de

uso de nitrogênio (EUN), adaptada para produção por planta, segundo metodologia de Fischer

et al. (1983), que é o índice utilizado para realizar seleções simultâneas em ambientes de

baixo e alto nitrogênio, obtido pela equação:

onde,

Ya (-N) é a produção da população “a” sob baixo N,

Ya (+N) é a produção da população “a” sob alto N,

Yx (-N) é a produção média de todas as populações sob baixo N,

Yx (+N) é a produção média de todas as populações sob alto N.

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No intuito de contemplar tanto a eficiência de uso do nitrogênio, como a produção de

cada população foi utilizada o produto entre ambas (Ɵ), para a característica de MVPI e

MVE.

Os dados de eficiência de uso do nitrogênio pelo índice de Fischer et al. (1983), para a

média das características de MVPI e MVE, foram multiplicados pelas suas respectivas

produções expressos em g planta-1

, gerando assim um produto (ƟEPP e ƟEPE, produto

resultante entre a eficiência do uso do nitrogênio e a produtividade para a característica de

massa verde de planta inteira e espiga, respectivamente que considera a produção média

(Tabela 03).

(Ɵ) MVPI

1- , Onde;

2- ƟEPP = Produto resultante da eficiência do uso do nitrogênio e produção total da massa

verde de planta inteira.

3 - IEUNP = Índice de eficiência de uso do nitrogênio calculada pelo método de Fischer et al.,

(1983), para característica de massa verde de planta inteira.

4 - P(MVPI) = Produção de massa verde da planta inteira.

(Ɵ) MVE

1- , Onde;

2 - ƟEPE = Produto resultante da eficiência do uso do nitrogênio e produção total da massa

verde de espiga por planta.

3 - IEUNE = Índice de eficiência de uso do nitrogênio calculada pelo método de Fischer et al.,

(1983), para característica de massa verde de espiga.

4 - P(MVE) = Produção massa verde de espiga.

Foram calculados os coeficientes de correlação de Pearson (r) utilizando o aplicativo

estatístico Bioestat (AYRES et al., 2007) para as características de Massa verde total da planta

inteira (MVPI), (g planta-1), massa verde da espiga com palha (MVE), (g planta-1),

porcentagem (%) da participação da massa verde da espiga na massa verde total da planta

(PPE) índice de eficiência de uso do nitrogênio para MVPI e MVE e o Ɵ para MVPI e MVE.

Os dados foram submetidos à análise de normalidade através do programa Assistat (SILVA E

AZEVEDO, 2009).

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17

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na análise de variância (Tabela 01), ocorreram diferenças significativas (P≤0,01) para

a característica de massa verde de espiga (MVE) indicando haver resposta das populações

quanto à disponibilidade deste elemento no solo. Alguns autores em trabalhos semelhantes

também relatam resultados positivos elevando as produções com ganhos significativos à

aplicação de nitrogênio no milho (LANG et al., 2011; CANCELLIER et al., 2011 e

MAJEROWICZ et al., 2002).

Entre as populações estudadas (Tabela 01), ocorreu diferença significativa (P≤0,05)

para a característica de MVPI demonstrando haver variabilidade genética entre estes e serem

promissores em possíveis combinações de híbridos interpopulacionais. Balbinot Jr. et al.

(2005), estudando contribuições de componentes de rendimento na produtividade de

variedades de polinização aberta de milho destaca a importância dos fatores de produtividade

na indicação da variabilidade genética em milho.

Constata-se ainda na tabela 01, interação não significativa para as características

estudadas, indicando que a dose de nitrogênio não influenciou de forma diferenciada nas

populações, sendo então os fatores estudados de forma isolada.

Tabela 01- Resumo da análise de variância da massa verde de planta inteira (MVPI) em

gramas g planta-1

, massa verde de espiga (MVE) g planta-1

de 12 populações de

milho UFT e 2 testemunhas comerciais na safra 2010/11.

* e ** significativo a 5 e 1% de probabilidade respectivamente pelo teste F, ns

não significativo

Segundo Ferreira et al. (2009), o efeito do nitrogênio é influenciado por fatores como

fonte utilizada, tipo de solo, fatores climáticos e material genético. Castoldi et al. (2011),

encontrou relação direta entre as característica de massa da parte aérea da planta com a massa

de espigas.

FV GL MVPI MVE

GENOTIPO 13 65548* 7170

ns

N 1 729992**

78714**

GENOTIPO*N 13 15957 ns

3536 ns

BLOCO 4 90867 5373

Resíduo 52 26878 6404

CV (%) -- 21,91 27,96

Média geral 748,23 286,21

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Desta forma, a significância obtida entre as doses de nitrogênio foi possível, mesmo

com a grande presença deste elemento no esterco bovino utilizado na adubação de plantio,

que em partes pode suprir as necessidades das plantas. A aplicação adequada de nitrogênio é

fator essencial para se obter altas produtividades viabilizando o cultivo do milho

(RAGAGNIN et al., 2010).

Para a característica de massa verde de planta inteira (Tabela 02), as populações não

apresentaram diferenças estatísticas em ambas às condições de disponibilidade de nitrogênio.

Porém a população 25/2 mesmo não se diferenciando estatisticamente apresentou à maior

média de produção de MVPI estimada de 790 gramas em baixo nitrogênio e 1022 gramas em

alto nitrogênio sendo superior em 20 e 9,5% respectivamente em relação à testemunha VC1, e

com variação de produção demonstrando ser promissor para cultivos nas condições do

referido experimento. Cancellier et al. (2011) testando o potencial forrageiro de 160

populações experimentais de milho em condições normais de cultivo, na região sul do

Tocantins, obteve produção máxima estimada em 38539 kg ha-1

de massa verde total de

planta, valor próximo ao encontrado no presente trabalho.

A população 1-5 que obteve a maior produção de massa verde de planta inteira (796 g

planta-1

) em baixo nitrogênio foi 38,3% mais produtiva em relação a população 11-3 de menor

produção (491 g planta-1

) nesse nível de nitrogênio, demonstrando que existe variação entre as

populações estudadas bem como é possível obter incrementos de produção de massa verde na

escolha do material de plantio. Segundo Deminicis et al. (2009) é importante conhecer bem o

material de plantio para se obter uma forragem de qualidade e economicamente viável.

Na condição de alto nitrogênio a população 25/2 com maior produção de MVPI (1022

g planta-1

) foi 43,1% numericamente maior em produtividade em relação a população 25-5 de

menor produtividade (582 g planta-1

). Kappes et al. (2009), estudando a influência da

aplicação do nitrogênio em milho cultivado em segunda safra, concluiu que a adição de

nitrogênio no cultivo influenciou positivamente em vários componentes agronômicos que

elevaram o potencial produtivo da cultura.

Na média geral de MVPI (Tabela 02), ocorreu à formação de dois grupos, onde se

diferencio estatisticamente as populações superiores em produção que foram 8, composto por

6 populações e duas testemunhas, e nas menores médias 6 populações, indicando ser possível

diferenciar pelo teste de Scott e Knott (1974), ao nível de 5% de probabilidade as populações

promissores para as condições do experimento.

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Tabela 02- Médias de massa verde da planta inteira (MVPI) em gramas (g) e massa verde de

espigas (MVE) em gramas (g) de 12 populações de milho UFT e 2 testemunhas

comerciais na safra 2010/11.

MVPI MVE

Genótipo Baixo N Alto N Média Baixo N Alto N Média

25/2. 790 a 1022 a 906 a 306 a 387 a 346 a

12-2. 792 a 980 a 886 a 281 a 348 a 315 a

12/3. 652 a 1020 a 836 a 270 a 398 a 334 a

15-1/2. 761 a 905 a 833 a 278 a 301 a 289 a

1-5. 796 a 847 a 821 a 290 a 299 a 294 a

VC1 631 a 924 a 778 a 256 a 334 a 295 a

10-1/2. 685 a 856 a 770 a 275 a 313 a 294 a

VC2 650 a 840 a 745 a 236 a 358 a 297 a

25-1. 592 a 831 a 711 b 253 a 334 a 293 a

12-6. 581 a 831 a 706 b 225 a 314 a 269 a

1-3. 580 a 797 a 689 b 230 a 306 a 268 a

11-3. 491 a 732 a 611 b 177 a 279 a 228 a

12-5. 582 a 607 a 594 b 240 a 245 a 242 a

25-5. 581 a 582 a 582 b 257 a 214 a 236 a

Média 655 B 841 A 742 255 B 316 A 286

Grupo de médias seguidas de mesma letra, maiúscula na linha na mesma característica e minúscula na coluna não diferem entre si pelo teste

de agrupamento de Scott e Knott (1974), ao nível de 5% de probabilidade.

Na média geral de massa verde de planta inteira (MVPI), a população 25/2 com

produção de 906,1 g planta-1

, foi superior em produção comparada à testemunha de maior

média (VC1) que obteve 778,2 g planta-1

de massa verde, que corresponde a uma variação

aproximada de 14%, comprovando o potencial produtivo desta população e possível

utilização como genitor em sínteses de híbridos interpopulacionais. Porém, Borghi et al.

(2007), em condições normais de cultivo obteve produção de forragem em plantio direto

estimada em 15446 kg ha-1

, inferior aos obtidos no presente trabalho.

Para a característica de massa verde de espiga (MVE), as populações não se

diferenciaram estatisticamente entre si e entre os níveis de nitrogênio (Tabela 02), fato que

pode ser explicado devido à adubação de plantio ter sido realizada com esterco bovino (40 t

ha-1

), que possivelmente supriu a necessidade de nitrogênio exigido pela planta. Reina et al.

(2010), avaliando o comportamento de um híbrido comercial sob diferentes doses (0 a 60 t ha-

1) de esterco aplicados na linha de plantio, não encontrou diferença significativa entre as doses

de 20 a 60 t ha-1

na produção do milho, sendo portanto que a quantidade utilizado nesse

experimento esta dentro da faixa que atenda as necessidades da cultura relatada pelo autor.

Mesmo não havendo diferença estatística, em baixa disponibilidade de nitrogênio a

população 25/2 de maior produção (12240 Kg ha-1

) foi 42,1% maior em produtividade em

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20

relação à população 11-3 de menor produção (7080 kg ha-1

). Em alta disponibilidade de

nitrogênio a população 12/3 que obteve maior produção (15920 kg ha-1

) foi 46,16% maior em

relação a população 25-5 de menor produção (8560 kg ha-1

) para esta característica. Miranda

et al. (2004), obtiveram variação média de 40,47% na produção de espiga em avaliação de

cultivares de milho para silagem, sendo esses resultados atribuído pelos autores, a existência

de grande variabilidade genética entre os cultivares estudados.

A maior média de produção de MVE foi da população 25/2 (346 g planta-1

) com

produção estimada em 13840 kg ha-1

esta superior em 14,27% comparada com a variedade

comercial (VC1) utilizada como testemunha neste experimento, que obteve média estimada

em 11800 kg ha-1

, e variação de 34,1% em relação a população 11-3 de menor produção nessa

característica. Mello et al. (1999), avaliando cultivares de milho para produção de silagem,

nas condições de Lavras – MG, obtiveram variação de 22,48% entre os cultivares na produção

de espiga, valor inferior ao encontrado no presente trabalho, sendo esta variação atribuída

pelos autores a composição genética dos cultivares utilizados.

Para a característica de PPE (FIGURA 01), as populações apresentaram variações

entre os níveis de nitrogênio. Em baixa disponibilidade de nitrogênio a população que

apresentou maior valor na relação PPE foi a CV1 que obteve relação de 41%, pouco superior

a população 12-5 que apresentou relação de 40%. Miranda et al. (2004), em trabalho

semelhante com 25 variedades experimentais de milho na região da Zona da mata mineira

encontraram variação de 36,96 a 49,56% na participação da espiga na massa total da planta

com média de 42,70%. Estes autores também afirmam que a maior participação da espiga no

material ensilado é desejável, pois melhora a qualidade da forragem e, consequentemente da

silagem. Para o ambiente de alta disponibilidade de nitrogênio, a população 25-5 apresentou à

maior relação PPE (44%), sendo a porcentagem de espiga na massa verde relacionada

positivamente com a qualidade nutricional da silagem de milho (DEMINICIS et al., 2009),

devido o maior valor proteico da parte reprodutiva da planta.

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FIGURA 01 – Participação de espigas (%) na massa verde total de 12 populações de milho e

duas testemunhas comerciais, em Gurupi - TO, safra 2010/2011

Na média geral (FIGURA 01) as populações obtiveram porcentagem na participação

de espiga na massa verde de 38% sendo essa considerada satisfatória para as condições do

experimento. Restle et al. (2002), afirmam que a proporção de espigas ideal para uma silagem

de alta qualidade pode ser de até 65%, sendo que a porcentagem de grãos na silagem deve ser

em torno de 45%.

Os valores obtidos na eficiência de uso do nitrogênio (Tabela 03), calculados pelo

índice de Fischer et al. (1983), na característica de MVPI, as populações apresentaram

variação expressiva. Resultados semelhantes foram obtidos por Cancellier et al. (2011) ao

avaliar 24 populações experimentais de milho, quanto a eficiência de uso do nitrogênio pelo

método de Fischer et al. (1983), onde mesmo não havendo diferença estatísticas, apresentaram

variações que chegaram a 31% em relação a média do índice.

Para a característica de MVPI, seis populações apresentaram-se superior a eficiência

média no aproveitamento do nitrogênio pelo índice de Fischer et al. (1983), em especial a

população 25-5 que apresentou eficiência 25% acima da média, indicando haver variações

expressivas entre os genótipos. Segundo Hirel et al. (2001) variedades de milho respondem

diferentemente a aplicação de nitrogênio, sendo o efeito bastante influenciado pela

variabilidade genética.

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Tabela 03 – Valores de eficiência de uso do nitrogênio segundo Fischer et al. (1983), produto

resultante da eficiência de uso do nitrogênio x produção da massa verde de

planta inteira e espiga respectivamente, e porcentagem em relação à média, de

12 populações de milho e 2 testemunhas comerciais na safra 2010/11

Genótipos EUN EUN ƟEPP ƟEPE

MVPI % MVE % MVPI % MVE %

VC1 0,50 81 0,55 82 416 91 183 97

11-3. 0,52 85 0,51 77 319 70 117 62

12-5. 0,53 87 0,62 93 414 91 182 97

1-3. 0,54 89 0,58 87 384 84 156 83

15-1/2. 0,55 90 0,61 92 394 86 179 95

25/2. 0,57 92 0,61 91 391 86 163 86

12-2. 0,60 98 0,64 96 545 119 221 117

25-5. 0,60 98 0,53 80 449 98 158 84

12/3. 0,62 102 0,71 107 480 105 208 111

12-6. 0,63 103 0,65 98 558 122 205 109

10-1/2. 0,65 107 0,75 112 545 119 215 114

VC2 0,73 119 0,78 118 601 132 230 122

25-1. 0,75 122 0,79 119 444 97 191 102

1-5. 0,78 127 0,97 146 453 99 229 121

Média 0,61 0,66 457 188

Características de eficiência de uso do nitrogênio para a produção de massa verde de planta inteira (EUN-

MVPI), e espiga (EUN-MVE), produto resultante entre a eficiência do uso do nitrogênio e a produtividade média

para a produção de massa verde de planta inteira ƟEPP e espiga ƟEPE.

Na característica de MVE, cinco populações foram superiores a média geral (0,66),

sendo os valores obtidos 0,97; 0,79; 0,78; 0,75 e 0,71 que corresponde às populações 1-5, 25-

1, VC2, 10-1/2 e 12/3 respectivamente, e de acordo com este estudo, os mais indicados na

seleção de populações eficientes no uso do nitrogênio. Segundo Carvalho et al. (2011), o

índice proposto por Fischer et al. (1983), considera a redução da produtividade em baixa

disponibilidade de nitrogênio, sendo portanto as populações mais eficientes no uso do

nitrogênio, indicados para cultivo com estresse do nutriente.

Ainda para a característica de MVE, as populações 1-5 e 25-1 obtiveram índice de

0,97 e 0,79 respectivamente sendo, portanto os mais eficientes no uso do nitrogênio, fator

importante na seleção de populações para produção de grãos e silagem, uma vez que estão

diretamente ligados ao estado nutricional da planta. Taiz e Zeiger. (2009) concluíram que a

baixa disponibilidade de nitrogênio na planta resulta em diminuição da produção de clorofila

e proteínas, reduzindo assim o seu potencial produtivo.

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Para o produto ƟEPP, cinco populações apresentaram valores acima da média (457),

sendo eles VC2, 12-6, 10-1/2, 12-2 e 12/3, com variações de 32, 22, 19, 19 e 5%

respectivamente, onde estas populações são os mais indicados para utilização como genitores,

para obtenção de maiores produções de forragem.

O produto ƟEPE (Tabela 04) classificou sete populações acima da média dos 14

avaliados nesse trabalho, que foram: VC2, 1-5, 12-2, 10-1/2, 12/3, 12-6 e 25-1 com variação

de 22, 21, 17, 14, 11, 9 e 2% respectivamente (Tabela 04), sendo estes os mais indicados para

utilização como genitores em programa de melhoramento para produção de silagem de alta

qualidade uma vez que a porção energética da planta esta concentrada na espiga. Deminicis et

al. (2009) afirmam que é importante quantificar as participações de sabugo palha e grãos

presentes na espiga de milho, pois as variações de tais componentes podem alterar a qualidade

final da silagem, sendo que a melhor qualidade da forragem é atribuída a maior proporção de

grãos na espiga e no material ensilado. Sendo, portanto que este produto apresentou alta

relação entre os dois componentes de produção utilizados (MVPI e MVE), podendo ser

eficiente na seleção de populações para produção de silagem de qualidade. Dessa forma,

vários métodos podem ser utilizados para selecionar as populações que propiciaram as

melhores combinações na formação de variedades ou híbridos interpopulacionais. A escolha

do germoplasma é fundamental e decisiva em programas de melhoramento, seja ele para o

desenvolvimento de variedades ou híbridos, ou mesmo para estudos sendo significativo no

sucesso da seleção (ARAÚJO e NASS, 2002). Almeida filho et al. (1999), encontrou

resultados positivos na eficiência da participação da espiga na qualidade da silagem, desde

que haja maior proporção de grãos em relação aos demais componentes da espiga, que podem

variar entre genótipos.

No ambiente (Tabela 04) de baixa disponibilidade de nitrogênio a característica de

massa verde de planta inteira (MVPI), apresentou correlação positiva (0,88) e significativa

(P≤0,01), com a característica de massa verde de espiga (MVE), indicando que nesta condição

ao avaliar uma das características, a outra poderá ser estimada, indiretamente, com boa

precisão. Resultado semelhante foi encontrado para essas duas características no ambiente de

alto nitrogênio, indicando existir certa estabilidade das populações, com relação às estas

características em ambientes distintos. Porém, o menor suprimento de nitrogênio, aumentou

numericamente, a correlação entre as características citadas. Segundo Galvão e Miranda

(2004), a remobilização de nutrientes do colmo do milho para o enchimento das espigas

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durante a segunda metade do enchimento de grãos, pode ocorrer perda de massa nos colmos,

sendo mais intenso em ambientes onde existe estresse nutricional das plantas.

Tabela 04 - Valores da correlação de Pearson (r) para características avaliadas, em negrito

sob alto (acima da diagonal) e baixo (abaixo da diagonal) nitrogênio em

Gurupi-TO, safra 2010/2011

* e ** significativo a 5 e 1% de probabilidade erro respectivamente pelo teste t; ns

, não significativo.

Características: massa verde da planta inteira (MVPI), massa verde de espiga (MVE), relação entre massa verde

da espiga e massa verde da planta inteira (PPE), índice da eficiência de uso do nitrogênio pelo método de Fischer

et al. (1983) para massa verde da planta inteira e de espiga (FP) e espiga (FE), produto resultante entre a

eficiência do uso do nitrogênio e a produtividade para a produção de massa verde de planta inteira ƟEPP e espiga

ƟEPE.

A característica de MVE obteve correlação positiva porem não significativa em ambos

os ambientes (Tabela 04) com a característica de PPE e com os índices de FP, FE, ƟEPP e

ƟEPE, com evidências de baixa associação entre estas características mesmo as populações

estando em ambientes adversos, podendo avaliar estas de forma isolada. Portanto, populações

de maior produção de espiga, parcialmente, podem contemplar concomitantemente aqueles

que apresentam tendência a manter boa participação de espiga na forragem, e

consequentemente, boa qualidade de forragem. Segundo Cruz e Carneiro (2003), a seleção de

genótipos de forma indireta pode, em muitos casos, resultar em progressos genéticos mais

rápidos do que a seleção direta do caráter desejado.

A característica de PPE apresentou correlação negativa (Tabela 04) com a

característica de MVPI, nos ambientes de baixo (-0,44) e alto nitrogênio (-0,27) não havendo

associação direta entre essas duas características, demonstrando haver maior influência da

porção reprodutiva da planta sobre a relação de PPE e diminuição da porção vegetativa.

Segundo Lopes et al. (2009), o conhecimento da relação existente entre os caracteres

agronômicos de genótipos de milho é de grande importância no auxilio aos melhoristas, pois

MVPI MVE PPE FP FE ƟEPP ƟEPE

MVPI --------- 0,92** -0,27ns 0,09ns 0,23ns 0,20ns 0,38ns

MVE 0,88** ---------- 0,12 0,20ns 0,28ns 0,29ns 0,40ns

PPE -0,44ns 0,03ns ----------- 0,20ns 0,08ns 0,21ns 0,02ns

FP 0,27ns 0,26ns -0,05ns --------- 0,90** 0,56* 0,67**

FE 0,44ns 0,39ns -0,20ns 0,90** --------- 0,47ns 0,77**

ƟEPRP 0,24ns 0,20ns -0,08ns 0,56* 0,47ns ---------- 0,84**

ƟEPRE 0,53* 0,49ns -0,21ns 0,67** 0,77** 0,84** ----------

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ao modificar um caráter outros poderão sofrer alterações, bem como o grau de associação

entre caracteres poderá elevar a classificação do genótipo em testes de comparação.

A característica de eficiência de uso do nitrogênio (Tabela 04) determinado pelo índice

de Fischer et al. (1983) para a característica de massa verde de planta inteira (FP), apresentou

correlação positiva e significativa a (P≤0,01) em relação a característica de eficiência de uso

do nitrogênio determinado pelo índice de Fischer et al. (1983) para a característica de massa

verde de espiga (FE), indicando, nesse ambiente específico, que escolha por populações com

maior FE, pode estar, indiretamente escolhendo populações com maior FP. O índice de Fischer

et al. (1983) é recomendado para avaliação de genótipos em diferentes ambientes já que para

a obtenção deste índice é levado em conta os níveis de alto e baixo nitrogênio

(CANCELLIER et al., 2011).

A característica de FP (Tabela 04) obteve correlação positiva e significativa (P≤0,05) e

(P≤0,01) com as características de ƟEPP (0,56) e ƟEPE (0,67) respectivamente, e ocorreu

também correlação positiva (0,77) e significativa a (P≤0,01) entre as características de FE e

ƟEPE, demonstrando existir forte relação entre a eficiência de uso do nitrogênio e o produto

utilizado nesta pesquisa, podendo estar considerando em maior proporção a eficiência, sem

deixar de contemplar a produção. Gomes et al. (2004), relata que características altamente

correlacionadas possibilitam a seleção com base naquela de mais fácil avaliação, permitindo

ganho semelhante na outra característica, auxiliando melhoristas em programas de

melhoramento, bem como facilitando na escolha do melhor genótipo para produção de

silagem em ambiente específico.

Devido à importância (tabela 04) das características de eficiência no uso do nitrogênio

e a produção de massa verde por planta, o produto entre essas características pode revelar de

forma conjunta e aditiva as mesmas, sem desconsiderar a relevância dessas características e

observando as correlações obtidas nesta pesquisa, podem indicar que a utilização de um

produto resultante entre o índice de Fischer et al. (1983) e a produção, ainda preserva, com

certa fidelidade, maior influência do índice de Fischer et al. (1983). Desta forma, para obter

um único valor, que considere simultaneamente, a eficiência do uso do nitrogênio e também a

produção de uma determinada população, o valor de Ɵ, pode buscar adicionalmente tal

representação, mantendo em si e em parte, a importância da eficiência no uso do nitrogênio.

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6 CONCLUSÕES

Foi possível diferenciar populações com produção superior de massa verde de planta

inteira e eficientes no uso do nitrogênio, através das características de MVPI e MVE.

O produto resultante entre a eficiência do uso do nitrogênio e a produtividade para a

característica de massa verde de planta inteira (ƟEPP) e espiga (ƟEPE), utilizado neste trabalho,

auxiliou complementarmente na identificação de populações promissores.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SORGO, 29., 2001, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Embrapa Clima Temperado, 2000, p.

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