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Potencial de Alavancagem RELATÓRIO FINANCEIRO 2016 Na liderança.

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Potencial de Alavancagem

RELATÓRIO FINANCEIRO 2016

Na liderança.

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Destaques financeiros da Linde Perfil corporativo

Governação do Grupo 2 Carta aos acionistas 4 O Conselho de Administração 6 O Conselho de Supervisão 8 Relatório do Conselho de Supervisão

Governação Corporativa 14 Declaração de Governação Corporativa e relatório de

governação corporativa 22 Relatório sobre remunerações (parte do relatório de

gestão combinada) 38 A Linde no mercado de capitais

Relatório de Gestão Combinada Informação fundamental acerca do Grupo 42 Modelo de negócio do Grupo Linde 43 Gestão baseada em valor do Grupo Linde 44 Metas e estratégia do Grupo Linde

Relatório sobre a situação económica do Grupo 45 Ambiente macroeconómico 48 Fundo sectorial 50 Avaliação do negócio do Grupo Linde 52 Divisão de Gases 56 Divisão de Engenharia 58 Outras Atividades 59 Ativos líquidos e situação financeira do Grupo Linde 62 Demonstração de fluxos de caixa do Grupo 63 Despesas de capital do Grupo Linde 64 Resumo do exercício de 2016 do Grupo Linde pelo

Conselho de Administração 65 Ativos líquidos, situação financeira e resultados das

operações da Linde AG 68 Investigação e desenvolvimento 71 Colaboradores 74 Compromisso social 75 Segurança 78 Proteção ambiental 82 Relatório de oportunidade e risco 96 Perspetiva 100 Declaração sobre Governação Corporativa em

conformidade com o § 289a do Código Comercial Alemão (HGB)

101 Divulgações relacionadas com aquisições

Demonstrações Financeiras do Grupo 106 Demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo 107 Demonstração de rendimento integral do Grupo 108 Demonstração da situação financeira do Grupo 110 Demonstração de fluxos de caixa do Grupo 112 Demonstração de alterações no capital próprio do

Grupo 114 Informação por segmentos (parte das Notas às

demonstrações financeiras do Grupo)

Notas às Demonstrações Financeiras do Grupo 116 Princípios gerais 129 Notas à Demonstração de lucros ou prejuízos do

Grupo 133 Notas à Demonstração da situação financeira do

Grupo 154 Outra informação 195 Relatório do auditor independente

Informação Complementar 202 Acerca deste relatório (parte do relatório de gestão

combinada) 203 Declaração de responsabilidade 204 Organização de gestão 206 Quadros e gráficos 210 Calendário financeiro 214 Resumo de cinco anos

Impressão

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DESTAQUES FINANCEIROS DA LINDE

Destaques Financeiros da Linde 2015 2016 Variação

Ação

Cotação de fecho EUR 133,90 156,10 16,6%

Máximo do ano EUR 193,85 163,55 –15,6%

Mínimo do ano EUR 128,05 115,85 –9,5%

Capitalização de mercado (na cotação de fecho de ano) milhões de EUR 24 857 28 978 16,6%

Lucros por ação de operações contínuas – não diluídos EUR 6,10 6,50 6,6%

Lucros por ação de operações contínuas – não diluídos (antes de itens especiais) EUR 6,82 7,00 2,6%

Número de ações em circulação a 31.12. milhares de unidades 185 638 185 638 –

Grupo (operações contínuas)

Receita milhões de EUR 17 345 16 948 –2,3%

Lucro operacional1 milhões de EUR 4087 4098 0,3%

Margem operacional % 23,6 24,2 +60 pb2

EBIT (ganhos antes de juros e impostos) milhões de EUR 2029 2075 2,3%

EBIT (antes de itens especiais) milhões de EUR 2221 2201 –0,9%

Resultado do exercício milhões de EUR 1236 1327 7,4%

Retorno sobre o capital investido (antes de itens especiais) % 9,5 9,4 –10 pb2

Número de colaboradores a 31.12. 59 774 59 715 –0,1%

Divisão de Gases

Receita milhões de EUR 15 168 14 892 –1,8%

Lucro operacional1 milhões de EUR 4151 4210 1,4%

Margem operacional % 27,4 28,3 +90 pb2

Divisão de Engenharia

Receita milhões de EUR 2594 2351 –9,4%

Lucro operacional1 milhões de EUR 216 196 –9,3%

Margem operacional % 8,3 8,3 –

1 EBIT (antes de itens especiais) ajustado pela amortização de ativos intangíveis e depreciação de ativos tangíveis. 2 Pontos base.

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PERFIL CORPORATIVO

O GRUPO LINDE

No exercício financeiro de 2016, o Grupo Linde gerou uma receita de 16 948 milhões de EUR, tornando-se numa das principais empresas de gases e engenharia do mundo, com cerca de 60 000 colaboradores que trabalham em mais de 100 países em todo o mundo. A estratégia do Grupo Linde é voltada para o crescimento rentável a longo prazo e concentra-se na expansão dos seus negócios internacionais com produtos e serviços orientados para o futuro. A Linde atua de forma responsável para com os seus acionistas, parceiros de negócios, colaboradores, a sociedade e o meio ambiente, em cada uma das suas áreas de negócio, regiões e localizações em todo o mundo. A empresa está empenhada em tecnologias e produtos que associam os objetivos de valor do cliente e o desenvolvimento sustentável.

ORGANIZAÇÃO

O Grupo é composto por três divisões: Gases e Engenharia (as duas divisões principais) e Outras Atividades (a empresa de serviços de logística Gist). A maior divisão, Gases, possui três segmentos: EMEA (Europa, Médio Oriente e África), Ásia/ Pacífico e Américas. Estes segmentos são, por sua vez, subdivididos em nove Unidades de Negócios Regionais (UNR). Além disso, a Linde estabeleceu cinco Centros de Governação Global (CGG) para a Divisão de Gases que são geridos centralmente e operam em todas as regiões: CGG de Gases para Comércio & Engarrafados (gás liquefeito e gás em garrafa), CGG de Eletrónicos (gases eletrónicos), CGG de Saúde, CGG de Operações e CGG de Distribuição. O Grupo criou igualmente, a nível do Grupo, a função Desenvolvimento de Oportunidades & Projetos, a fim de aproveitar melhor as oportunidades de negócio.

DIVISÃO DE GASES

O Grupo Linde é o líder mundial no mercado de gases internacionais. A empresa oferece uma ampla gama de gases comprimidos e liquefeitos, bem como de produtos químicos, e é o parceiro preferido de uma enorme variedade de indústrias. Os gases da Linde são utilizados, por exemplo, no sector da energia, de produção de aço, de processamento químico, de proteção do ambiente e de soldadura, bem como no processamento de alimentos, produção de vidro e eletrónica. A empresa está igualmente a investir na expansão dos seus negócios de Saúde (gases e serviços médicos) e é um ator global líder no desenvolvimento de tecnologias de hidrogénio amigas do ambiente.

DIVISÃO DE ENGENHARIA

A Divisão de Engenharia da Linde é bem-sucedida em todo o mundo, com o seu foco em segmentos promissores do mercado, tais como, fábricas de olefina, gás natural, separação de gases, hidrogénio e gases de síntese. Em contraste com praticamente todos os seus concorrentes, a empresa pode confiar no seu próprio vasto conhecimento de engenharia de processos, no planeamento, no desenvolvimento de projetos e na construção de fábricas industriais chave na mão. As fábricas da Linde são utilizadas numa grande variedade de campos: nas indústrias petroquímicas e químicas, em refinarias e fábricas de fertilizantes, para recuperar gases da atmosfera, para a produção de hidrogénio e gases de síntese, para o tratamento de gás natural e para a produção de gases nobres.

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O MUNDO DA LINDE

Com as suas operações de gases e engenharia, a Linde está representada em mais de 100 países em todo o mundo. A Divisão de Gases possui três segmentos: EMEA (Europa, Médio Oriente e África), Ásia/ Pacífico e Américas, que são subdivididos em nove Unidades de Negócios Regionais (UNR). Esta estrutura significa que a Linde está na melhor posição para responder às condições de mercado local e regional no negócio de gases e para atender às necessidades dos clientes dos seus gases de forma tão eficaz quanto possível. Ativa em todo o mundo, a Divisão de Engenharia é especializada em fábricas de olefina, fábricas de gás natural, fábricas de separação de gases e fábricas de hidrogénio e de gases de síntese.

SEGMENTOS DA DIVISÃO DE GASES

SEGMENTAÇÃO DO CLIENTE NA DIVISÃO DE GASES

ALIMENTOS & BEBIDAS

QUÍMICA & ENERGIA

METALURGIA & VIDRO

INDÚSTRIA TRANSFORMADORA

ELETRÓNICA SAÚDE OUTROS

Aquicultura & tratamento de água Bebidas Alimentos

Energia Refinação & petroquímica Farmacêutica Outra química

Vidro & fibra ótica Tratamento térmico Não ferrosos Aço Outra metalurgia & vidro

Aeroespacial Automóvel Construção pesada & maquinaria Metais leves fab. & prod. Outra indústria transformadora

Solar Semicondutor Empacotamento de chip

Cuidados hospitalares Assistência domiciliária Terapias de gás Conceitos de cuidados

Educação & investigação Retalho Distribuidores

AMÉRICAS EMEA ÁSIA/ PACÍFICO REGIÕES SEM NEGÓCIOS DE GASES DA LINDE

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A NOSSA VISÃO

Seremos a empresa global de gases e engenharia liderante, admirada pelos colaboradores

que nela oferecem soluções inovadoras que fazem a diferença no mundo.

OS VALORES DA NOSSA EMPRESA

PAIXÃO PELA EXCELÊNCIA.

INOVAR PARA OS CLIENTES.

CAPACITAR AS PESSOAS.

PROSPERAR ATRAVÉS DA DIVERSIDADE.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

2 Carta aos acionistas 4 O Conselho de Administração 6 O Conselho de Supervisão 8 Relatório do Conselho de Supervisão

Governação Corporativa 14 Declaração de Governação Corporativa e relatório de

governação corporativa 22 Relatório sobre remunerações (parte do relatório de

gestão combinada) 38 A Linde no mercado de capitais

Governação do Grupo

SECÇÃO 1

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

CARTA AOS ACIONISTAS

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

CARTA AOS ACIONISTAS

Senhoras e Senhores, Não há dúvida de que 2016 foi um ano fértil em acontecimentos, tanto a nível social como político, assim como a um nível que mais nos afecta, ou seja, o nível económico. Testemunhámos e, de facto, continuamos a testemunhar, mudanças radicais trazidas pela digitalização. Observámos eleições e votações com resultados surpreendentes. E tivemos de lidar com um preço do petróleo sustentadamente baixo, que vem no topo da perspetiva de crescimento global ao longo do ano, que também se deteriorou ainda mais.

Apesar desta turbulência, fomos capazes de cumprir as nossas expectativas. A receita do nosso Grupo cresceu 0,2%, totalizando 16 948 milhões de EUR (excluindo a Gist), após ajustamentos, para refletir os efeitos cambiais. Melhorámos o lucro operacional do nosso Grupo em até 2,7%, após o ajustamento por efeitos cambiais. A margem de exploração do nosso Grupo mostrou um desenvolvimento particularmente encorajador, aumentando 60 pontos base, em termos homólogos, de 23,6 por cento para 24,2 por cento.

Caros acionistas, tenham a certeza de que estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para continuar a alavancar o potencial que temos: temos um modelo de negócio fundamentalmente estável, focado na sustentabilidade, assim como nas soluções competitivas e nas inovações promissoras. Elas dão-nos uma vantagem sobre os nossos concorrentes.

Em consequência, continuamos empenhados em manter um pagamento sustentável de dividendos. Na Assembleia-Geral Anual de 10 de maio de 2017, o Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão irão propor o pagamento de um dividendo de 3,70 EUR por ação (2015: 3,45 EUR por ação). O que implicará um aumento de 7,2 por cento do dividendo, acima do crescimento do lucro operacional do nosso Grupo. Isto envia um sinal positivo a vós, nossos acionistas, e reflete a nossa confiança num desenvolvimento empresarial estável e rentável no futuro.

Olhando para o exercício em curso de 2017, esperamos observar um desenvolvimento da receita do Grupo algures no intervalo de –3 por cento a +3 por cento, após ajustamentos para efeitos cambiais. No que diz respeito ao lucro operacional do Grupo, esperamos que este ano traga um aumento, líquido de efeitos cambiais, que esteja a par com o aumento de 2016 e que poderá chegar aos 7 por cento. Estabelecemos um objetivo de 9 a 10 por cento para o nosso retorno sobre o capital investido.

No entanto, é igualmente claro que a perspetiva para a economia global continuará a permanecer tépida nos próximos anos, o que será igualmente acompanhado por um crescimento mais lento da produção industrial. Isto terá um impacto particular sobre o que é, de longe, a nossa maior divisão, a Divisão de Gases. Seremos igualmente confrontados com uma pressão de custos considerável e teremos de nos manter num ambiente competitivo e agressivo com os pares que estão a operar numa base de custos mais baixos do que nós.

Vós, nossos acionistas, tendes expectativas claras em termos do desempenho da Linde – e esta é uma área em que ficamos atrás dos nossos concorrentes. Por este motivo, os objetivos atrás enunciados estão estreitamente ligados às medidas tomadas no âmbito do programa LIFT que lançámos em 2016. Este programa tem uma duração prevista de três anos e implica numerosas medidas destinadas a garantir novos aumentos de eficiência.

Em dezembro de 2016, anunciámos que estamos a procurar obter uma fusão de iguais com a nossa concorrente Praxair. Essa fusão criaria valor, reunindo duas empresas líderes em gases industriais, aproveitando os seus respetivos pontos fortes. A posição estabelecida da Linde como líder em tecnologia seria combinada com a excelência operacional da Praxair, emergindo um novo líder do mercado global. A empresa resultante da fusão teria uma posição forte em todas as regiões-chave e nos mercados finais, criando uma carteira global mais diversificada e equilibrada. Esta fusão estratégica combinaria o potencial, os excelentes colaboradores e os processos de primeira classe de ambas as empresas.

Por último, gostaria de aproveitar esta oportunidade, em nome do Conselho de Administração, para agradecer a todos os nossos colaboradores, para os quais o ano passado certamente não terá sido fácil. Mesmo assim, não afetou a dedicação e o empenho que demonstraram no seu trabalho para a Linde – muito pelo contrário, tal como os números mostram.

Estou firmemente convencido de que podemos construir ainda mais sobre o nosso sucesso, apesar de um ambiente de mercado muito exigente. A Linde continua a ser uma empresa forte que goza de uma excelente posição. Uma aliança com a Praxair colocar-nos-ia numa posição ainda melhor – o que seria uma coisa boa para os colaboradores da Linde, uma coisa boa para os nossos clientes e uma coisa boa para vós, proprietários da Linde.

PROFESSOR DR. ALDO BELLONI [PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA LINDE AG]

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROFESSOR DR. ALDO BELLONI NASCEU EM 1950 Doutorado em engenharia [Dr.-Ing.] Presidente do Conselho de Administração Responsável pelo Desenvolvimento de Oportunidades & Projetos, pelo segmento das Américas, pelo Centro de Governação Global de Saúde e pelas Funções Corporativas & de Apoio Comunicação Corporativa & Relações com Investidores, Auditoria Interna Corporativa, Escritório Corporativo, Estratégia Corporativa & Informação sobre o Mercado, Recursos Humanos do Grupo, Questões Jurídicas & de Conformidade do Grupo, Serviços de Informação do Grupo, Contabilidade & Reporte do Grupo, Seguros do Grupo, Fusões & Aquisições do Grupo, Gestão de Risco do Grupo, Fiscalidade do Grupo, Tesouraria do Grupo, Finanças Operacionais, Controlo & Investimentos, Imobiliário, SSAQ [Segurança, Saúde, Ambiente e Qualidade], Gist, assim como pelas Finanças/ Controlo dos segmentos da EMEA, das Américas e da Ásia/ Pacífico Diretor de Recursos Humanos Membro do Conselho de Administração desde 2016 DR. CHRISTIAN BRUCH NASCEU EM 1970 Doutorado em engenharia [Dr.-Ing.] Graduado em engenharia mecânica Responsável pela Divisão de Engenharia e pela Função Corporativa & de Apoio à Tecnologia & Inovação Membro do Conselho de Administração desde 2015 BERND EULITZ NASCEU EM 1965 Graduado em engenharia Responsável pelo segmento da EMEA [Europa, Médio Oriente, África] e pelos Centros de Governação Global de Distribuição e Operações, assim como pela Função Corporativa & de Apoio Contratação do Grupo Membro do Conselho de Administração desde 2015 SANJIV LAMBA NASCEU EM 1964 Revisor Oficial de Contas Bacharel em Comércio Responsável pelo segmento da Ásia/ Pacífico, pelos Centros de Governação Global de Gases para Comércio & Engarrafados, Eletrónicos e Negócio Global de Gases Hélio & Gases Raros Membro do Conselho de Administração desde 2011

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

SANJIV LAMBA – PROFESSOR DR. ALDO BELLONI BERND EULITZ – DR. CHRISTIAN BRUCH

[DA ESQUERDA PARA A DIREITA]

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

O CONSELHO DE SUPERVISÃO Membros do Conselho de Supervisão

PROFESSOR DR. WOLFGANG REITZLE [PRESIDENTE] Anterior Presidente do Conselho de Administração da Linde AG (Membro e Presidente do Conselho de Supervisão desde 21 de maio de 2016) HANS-DIETER KATTE1 [VICE-PRESIDENTE] Presidente do Conselho de Empresa de Pullach, Divisão de Engenharia, Linde AG MICHAEL DIEKMANN [SEGUNDO VICE-PRESIDENTE] Anterior Presidente do Conselho de Administração da Allianz SE PROFESSORA DR.ª ANN-KRISTIN ACHLEITNER Professora na Universidade Técnica de Munique [TUM] DR. CLEMENS BÖRSIG2 Presidente do Conselho de Administração da Deutsche Bank Foundation, Anterior Presidente do Conselho de Supervisão do Deutsche Bank AG ANKE COUTURIER1 Responsável pelas Pensões Globais, Linde AG FRANZ FEHRENBACH Presidente do Conselho de Supervisão da Robert Bosch GmbH, Sócio-gerente da Robert Bosch Industrietreuhand KG

GERNOT HAHL1 Presidente do Conselho de Empresa de Worms, Divisão de Gases, Linde AG DR. MARTIN KIMMICH1 Segundo Representante Autorizado da IG Metall Munique DR.ª VICTORIA OSSADNIK Vice-Presidente (VP) de Prestação de Serviços Empresariais na Microsoft Deutschland GmbH (Membro do Conselho de Supervisão desde 7 de janeiro de 2016) XAVER SCHMIDT1 Chefe do Departamento do Presidente da IG Bergbau, Chemie, Energie Hanover FRANK SONNTAG1 Presidente do Conselho de Empresa de Dresden, Divisão de Engenharia, Linde AG Membros que deixaram o Conselho de Supervisão a 20 de maio de 2016: DR. MANFRED SCHNEIDER [PRESIDENTE] Anterior Presidente do Conselho de Supervisão da Bayer AG

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1 Representante dos trabalhadores. 2 Membro perito independente, conforme é definido pelos § 100 (5) e § 107 (4) da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG). Os cargos noutros órgãos estatutários alemães de supervisão e em órgãos alemães e estrangeiros comparáveis são apresentados na ► NOTA [35] das Notas às demonstrações financeiras do Grupo.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

O CONSELHO DE SUPERVISÃO

Comissões do Conselho de Supervisão COMISSÃO DE MEDIAÇÃO [em conformidade com o § 27 (3) da Lei de Codeterminação Alemã (MitbestG)] ― PROFESSOR DR. WOLFGANG REITZLE

[PRESIDENTE] ― HANS-DIETER KATTE1 ― MICHAEL DIEKMANN ― XAVER SCHMIDT¹ COMISSÃO PERMANENTE ― PROFESSOR DR. WOLFGANG REITZLE

[PRESIDENTE] ― HANS-DIETER KATTE1 ― MICHAEL DIEKMANN ― FRANZ FEHRENBACH ― GERNOT HAHL¹ COMISSÃO DE AUDITORIA ― DR. CLEMENS BÖRSIG2

[PRESIDENTE] ― PROFESSORA DR.ª ANN-KRISTIN ACHLEITNER ― GERNOT HAHL1 ― HANS-DIETER KATTE1 ― PROFESSOR DR. WOLFGANG REITZLE COMISSÃO DE NOMEAÇÕES ― PROFESSOR DR. WOLFGANG REITZLE

[PRESIDENTE] ― MICHAEL DIEKMANN ― FRANZ FEHRENBACH

1 Representante dos trabalhadores. 2 Membro perito independente, conforme é definido pelos § 100 (5) e § 107 (4) da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG). Os cargos noutros órgãos estatutários alemães de supervisão e em órgãos alemães e estrangeiros comparáveis são apresentados na ► NOTA [35] das Notas às demonstrações financeiras do Grupo.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

RELATÓRIO DO CONSELHO DE SUPERVISÃO

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

RELATÓRIO DO CONSELHO DE SUPERVISÃO

Caros acionistas, Durante o ano de referência, o Conselho de Supervisão realizou avaliações pormenorizadas da situação do Grupo, das suas perspetivas e do seu desenvolvimento estratégico, bem como do posicionamento futuro, a longo prazo, do Grupo Linde e das principais iniciativas individuais. Monitorizámos e aconselhámos o Conselho de Administração na execução das suas operações comerciais, em conformidade com as funções que nos são atribuídas por lei, pelos estatutos e pelos padrões processuais do Conselho de Supervisão. Quer através de atualizações verbais nas nossas reuniões ou sob a forma de relatórios escritos, o Conselho de Administração forneceu-nos regularmente atualizações em tempo real e abrangentes sobre o desempenho da empresa, a situação económica, a rentabilidade e os planos para a empresa e as suas subsidiárias, bem como nos instruiu acerca de todas as questões relevantes para a estratégia que está a ser prosseguida pela empresa e pelas suas subsidiárias, o planeamento, o desenvolvimento dos negócios, a situação de risco, a gestão de risco e a conformidade. Avaliámos a plausibilidade de todos os documentos que nos foram apresentados e consultámos regularmente o Conselho de Administração acerca de questões significativas. O Conselho de Supervisão esteve envolvido em todas as principais decisões tomadas pela empresa. Estas incluem as operações e medidas do Conselho de Administração que exigiam a aprovação do Conselho de Supervisão. Isto aplica-se, em particular, ao programa anual de despesas de capital, a grandes aquisições, a desinvestimentos e à definição de medidas de capital e financeiras.

Nas nossas comissões e nas reuniões do plenário do Conselho de Supervisão, foram realizadas avaliações críticas dos relatórios e das resoluções propostas pelo Conselho de Administração e

apresentámos as nossas sugestões. O Presidente do Conselho de Supervisão assegurou igualmente que permanecia atualizado sobre a situação corrente dos negócios, das transações comerciais significativas e decisões tomadas pelo Conselho de Administração. Manteve um contacto estreito com o Conselho de Administração e com o Presidente do Conselho de Administração, em especial, partilhando informações e ideias e realizando consultas regulares com o CEO, em relação à estratégia do Grupo, ao planeamento, ao desenvolvimento de negócios, à situação de risco, à gestão de risco e à conformidade. Com base nos relatórios apresentados pelo Conselho de Administração e o relatório dos auditores, o Conselho de Supervisão foi capaz de se certificar quanto à eficácia do sistema de controlo de risco estabelecido, em conformidade com o § 91 (2) da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG). Em nenhum momento durante o ano, o Conselho de Supervisão levantou objeções em relação à gestão sã e eficaz do Grupo.

Reuniões e deliberações do Conselho de Supervisão No exercício de 2016, foram realizadas no total, oito reuniões do Conselho de Supervisão: quatro reuniões agendadas e quatro extraordinárias. Cada um dos membros do Conselho de Supervisão participou em mais de metade das reuniões do Conselho de Supervisão e das comissões de que são membros. Em pormenor, os membros do Conselho de Supervisão participaram nas reuniões do Conselho de Supervisão e das suas comissões, do seguinte modo:

1. DIVULGAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS INDIVIDUAIS DO CONSELHO DE SUPERVISÃO DA LINDE AG EM REUNIÕES DO CONSELHO DE SUPERVISÃO E NAS COMISSÕES DO CONSELHO DE SUPERVISÃO NO EXERCÍCIO DE 20161

Membros do Conselho de Supervisão

Reuniões de Supervisão e das

comissões1 Participação Presenças em %

Dr. Manfred Schneider (Presidente) (até 20.05.2016) 7 6 86

Professor Dr. Wolfgang Reitzle (Presidente) (a partir de 21.05.2016) 10 10 100

Hans-Dieter Katte (Vice-Presidente) 16 16 100

Michael Diekmann (Segundo Vice-Presidente) 13 11 85

Professora Dr.ª Ann-Kristin Achleitner 12 12 100

Dr. Clemens Börsig 12 10 83

Anke Couturier 8 8 100

Franz Fehrenbach 13 13 100

Gernot Hahl 16 16 100

Dr. Martin Kimmich 8 8 100

Dr.ª Victoria Ossadnik (a partir de 7.01.2016) 8 8 100

Xaver Schmidt 8 8 100

Frank Sonntag 8 8 100 1 Não inclui o trabalho dos membros do Conselho de Supervisão fora das reuniões do Conselho de Supervisão e das comissões de que são membros.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Uma vez mais, durante o ano de referência, as atividades consultivas e de monitorização do Conselho de Supervisão foram focadas sobre as perspetivas de crescimento do Grupo, as suas linhas individuais de negócio e os segmentos reportáveis. Discutimos regularmente com o Conselho de Administração o potencial impacto da situação económica global e os efeitos cambiais, o impacto da evolução dos preços do petróleo e a situação das encomendas no sector da construção de fábricas, juntamente com questões relacionadas com o desenvolvimento de mercados individuais, debatendo igualmente o modo de planear o futuro e considerar a estabilidade dos desenvolvimentos futuros. O Conselho de Supervisão analisou em profundidade as medidas de melhoria da eficiência, lançadas em 2015 e 2016, bem como a possível fusão com a empresa de gás industrial dos EUA, Praxair, Inc. Outro ponto central do trabalho do Conselho de Supervisão em 2016 disse respeito às mudanças no interior do Conselho de Supervisão e do Conselho de Administração da Linde AG.

Após uma análise aprofundada dos documentos apresentados e de discussões pormenorizadas sobre as propostas do Conselho de Administração, o Conselho de Supervisão concedeu todas as aprovações necessárias. Em 2016, como regra geral, todas as resoluções adotadas pelo Conselho de Supervisão foram adotadas em reuniões. Os membros do Conselho de Supervisão que não puderam comparecer pessoalmente, participaram na tomada de decisões, através de um voto por escrito. Duas resoluções do Conselho de Supervisão foram aprovadas através de procedimento escrito. Em pormenor, em 2016, o Conselho de Supervisão centrou-se nas seguintes questões:

Janeiro 2016 – A 25 de janeiro de 2016, elegemos Franz Fehrenbach, através de uma deliberação escrita, para suceder a Klaus-Peter Müller, que havia deixado o Conselho de Supervisão, com efeitos a partir de 31 de dezembro de 2015, como membro da Comissão Permanente e da Comissão de Nomeações do Conselho de Supervisão.

No dia 29 de janeiro de 2016, os representantes do acionista no Conselho de Supervisão aprovaram uma deliberação acerca da utilização da opção prevista no § 96 (2), frase 3, da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG) e notificaram o Presidente do Conselho de Supervisão que rejeitavam a conformidade total com os níveis mínimos de distribuição por género no Conselho de Supervisão da Linde AG.

Março de 2016 – Na nossa reunião realizada no dia 9 de março de 2016, discutimos em pormenor e aprovámos as demonstrações financeiras anuais da Linde AG e as demonstrações financeiras do Grupo relativas ao exercício encerrado a 31 de dezembro de 2015 e concordámos com a proposta de apropriação de ganhos. Abordámos igualmente a auditoria EMIR obrigatória de 2015, nos termos do § 20 da Lei Alemã de Negociação de Valores Mobiliários (WpHG), uma auditoria ao sistema, em conformidade com as exigências estabelecidas na Lei de Negociação de Valores Mobiliários. Com base numa proposta apresentada pela Comissão Permanente, chegámos a acordo sobre as metas alcançadas, no que respeita aos emolumentos em numerário variáveis e emolumentos totais auferidos pelos membros individuais do Conselho de Administração em 2015. Além disso, emitimos uma declaração de conformidade com o Código de Governação Corporativa Alemão e aprovámos

o Relatório do Conselho de Supervisão e o Relatório da Governação Corporativa para 2015, o desenvolvimento das metas relativas à nossa composição, bem como a ordem do dia da Assembleia-Geral Anual, incluindo as resoluções propostas. Para além dos seus relatórios periódicos sobre o desempenho dos negócios e a posição geral do Grupo Linde, o Conselho de Administração apresentou-nos igualmente um plano atualizado para o exercício de 2016 e a atualização do plano empresarial a médio prazo. O que incluiu informações sobre os desvios do orçamento do ano anterior. O Conselho de Administração apresentou igualmente um relatório de foco sobre a Divisão de Engenharia.

Maio de 2016 – Imediatamente antes da Assembleia-Geral Anual de 3 de maio de 2016, o Conselho de Administração deu informações sobre o desempenho dos negócios no primeiro trimestre de 2016, bem como sobre o desenvolvimento dos negócios atuais e a situação económica da Linde. Discutimos igualmente o modo de liquidação dos direitos das ações paritárias que os membros do Conselho de Administração tinham adquirido no âmbito do plano de opções de ações de 2012 e cujo período de carência expirou em 2016. Após terem sido recebidas informações explicativas pormenorizadas e ter sido conduzida uma discussão pormenorizada, por recomendação da Comissão Permanente, aprovámos igualmente o pedido do membro do Conselho de Administração, Thomas Blades, relativo ao cancelamento prematuro da sua nomeação como membro do Conselho de Administração e do seu contrato de trabalho em vigor. Além disso, a reunião foi utilizada para se preparar a subsequente reunião acionista.

Imediatamente após a Assembleia-Geral Anual realizada a 3 de maio de 2016, realizou-se outra reunião do Conselho de Supervisão, na qual foi eleito o Professor Dr. Wolfgang Reitzle como sucessor do Dr. Manfred Schneider no cargo de Presidente do Conselho de Supervisão e da Comissão de Mediação com efeitos a partir de 21 de maio de 2016.

Junho de 2016 – A 20 de junho de 2016, utilizámos procedimentos escritos para definir o cronograma e os termos e condições da saída de Thomas Blades da empresa.

Julho de 2016 – No dia 26 de julho de 2016 foi realizada uma reunião de estratégia extraordinária. O Conselho de Administração deu informação acerca da sua aferição dos negócios, do mercado e da evolução competitiva, e sobre uma possível fusão com a Praxair, Inc. A reunião foi igualmente utilizada para tratar questões de pessoal relacionadas com o Conselho de Administração.

Setembro de 2016 – No dia 12 de setembro de 2016, os representantes do acionista no Conselho de Supervisão recomendaram, de acordo com o CEO, que as negociações preliminares com a Praxair, Inc. acerca de uma possível fusão das duas empresas fossem encerradas. Verificou-se que não havia sido possível chegar a um acordo sobre certas questões pormenorizadas que tinham sido discutidas – particularmente no que diz respeito à governação. No entanto, não foi posto em causa o facto de a fusão fazer sentido de um ponto de vista estratégico. O Conselho de Supervisão extraordinário, realizado no dia 13 de setembro de 2016, concentrou-se em assuntos de pessoal relacionados com o Conselho de Administração. A Comissão Permanente recomendou,

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

RELATÓRIO DO CONSELHO DE SUPERVISÃO

na sequência de uma aferição exaustiva e avaliação crítica da situação global, que Georg Denoke fosse demitido, tanto de CFO como do seu papel como Diretor de Recursos Humanos. O Conselho de Supervisão aprovou por unanimidade esta recomendação e implementou-a no próprio dia. Designámos igualmente o Dr. Wolfgang Büchele como novo Diretor de Recursos Humanos, que acumulará com as suas funções atuais. O Dr. Wolfgang Büchele utilizou esta reunião para anunciar ao Conselho de Supervisão que deixaria de estar disponível para uma prorrogação do seu mandato no Conselho de Administração da Linde AG, que terminará a 30 de abril de 2017.

Na nossa reunião de 27 de setembro de 2016, o Conselho de Administração delineou em pormenor a situação económica do Grupo Linde e das suas divisões, descreveu a perspetiva para o exercício pleno de 2016 e apresentou relatórios focados sobre a área de produto da Saúde e a Divisão de Engenharia. A reunião concentrou-se igualmente nos progressos realizados na implementação das estratégias em destaque em anos anteriores, no desenvolvimento estratégico e no ambiente competitivo do Grupo. Foram abordados em pormenor os desenvolvimentos mais recentes em relação à estratégia e à posição competitiva do Grupo Linde e das suas divisões. As questões-chave discutidas incluíram o posicionamento estratégico e a orientação da Linde e das suas divisões, os projetos considerados ou lançados a este respeito, bem como o impacto destes projetos na situação financeira, nos ativos líquidos e nos resultados operacionais do Grupo Linde. Finalmente, o Conselho de Supervisão discutiu igualmente o planeamento da sucessão no Conselho de Administração.

Dezembro de 2016 – A nossa reunião realizada a 7 de dezembro de 2016 tratou da evolução dos negócios atuais. Com base em documentação exaustiva, tratámos igualmente da antevisão das demonstrações financeiras de 2016, do orçamento para o exercício de 2017 e do plano de negócios de médio prazo para os anos de 2018 a 2020, incluindo os planos financeiros, de despesas de capital e de recursos humanos. O Conselho de Administração explicou todas as variações entre os planos e as metas e os resultados reais, apresentando as razões para estas variações. Discutimos igualmente a proposta feita pelo Conselho de Administração para ter o programa de investimentos de 2016 aprovado em pormenor. Após uma análise cuidadosa, concedemos a nossa aprovação. Após o Conselho de Administração ter recebido e avaliado uma proposta modificada para uma possível fusão entre iguais com a Praxair, Inc. no final de novembro de 2016, apresentou-nos opções estratégicas de ação. Discutimos pormenorizadamente estes modelos e obtivemos uma visão abrangente das oportunidades e dos riscos, dos objetivos empresariais e estratégicos perseguidos, da viabilidade da transação e do seu impacto na nossa empresa. O Conselho de Supervisão apoiou o reinício das conversações com a Praxair, Inc. Nesta reunião, o Dr. Wolfgang Büchele ofereceu-se igualmente ao Conselho de Supervisão para renunciar à sua posição de membro do Conselho de Administração, de Presidente do Conselho de Administração e de Diretor de Recursos Humanos no final de 7 de dezembro de 2016. O Conselho de

Supervisão aceitou esta oferta e, com efeitos a partir de 8 de dezembro de 2016, designou o Professor Dr. Aldo Belloni como membro do Conselho de Administração, Presidente do Conselho de Administração e Diretor de Recursos Humanos da Linde AG até ao final de 31 de dezembro de 2018. Aprovámos igualmente uma deliberação sobre os termos e condições da saída do Dr. Wolfgang Büchele e do regresso do Professor Dr. Aldo Belloni.

Em reunião extraordinária, realizada a 20 de dezembro de 2016, autorizámos a assinatura, pelo Conselho de Administração da Linde AG, de um termo de compromisso, que não tem um efeito juridicamente vinculativo sobre os principais termos e condições de uma possível fusão da Linde AG e da Praxair, Inc.

Comissões e reuniões de comissões O Conselho de Supervisão continua a ter quatro comissões: a Comissão de Mediação, constituída nos termos do § 27 (3) da Lei de Codeterminação Alemã (MitbestG), a Comissão Permanente, a Comissão de Auditoria e a Comissão de Nomeações. O Presidente do Conselho de Supervisão preside a todas as comissões, com a exceção da Comissão de Auditoria. A lista dos atuais membros de cada comissão encontra-se na ► PÁGINA 7. A informação acerca das responsabilidades de cada comissão são dadas no Relatório da Governação Corporativa, nas ► PÁGINAS 14

A 21. Os presidentes das comissões informaram em pormenor a reunião plenária do Conselho de Supervisão sobre as agendas e os resultados das reuniões das suas comissões a seguir às suas sessões.

A Comissão Permanente do Conselho de Supervisão realizou quatro reuniões durante o ano de referência. Fora das reuniões, o Presidente da Comissão Permanente manteve-se igualmente em estreita ligação com os outros membros da comissão, a fim de colaborarem em questões específicas. A Comissão Permanente abordou questões de pessoal relacionadas com o Conselho de Administração e preparou as decisões do Conselho de Supervisão em matéria de pessoal. A Comissão Permanente deu igualmente o seu consentimento para que os membros do Conselho de Administração assumissem mandatos e ocupações secundárias noutras empresas, estabelecimentos e instituições.

A Comissão de Auditoria reuniu-se quatro vezes durante o ano em análise, na presença dos auditores, do Presidente do Conselho de Administração e do Diretor Financeiro/ CFO interino. Discutiu e avaliou em pormenor as demonstrações financeiras anuais da Linde AG e as demonstrações financeiras do Grupo, os relatórios de Gestão, a proposta de aplicação dos resultados e os relatórios de auditoria, incluindo o relatório sobre o foco da auditoria e a apresentação oral pelos auditores dos principais resultados da auditoria. A Comissão de Auditoria não levantou objeções com base nas suas avaliações. Não foram detetadas pelos auditores deficiências significativas no sistema de controlo interno, relacionado com a contabilidade ou no sistema para a identificação

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

precoce de de riscos. A Comissão de Auditoria discutiu igualmente os relatórios financeiros intercalares e semestrais com a Comissão de Auditoria, tendo em conta o relatório do auditor relativo à análise realizada, antes da sua publicação. Além disso, esta Comissão elaborou a proposta do Conselho de Supervisão sobre a nomeação dos auditores para a Assembleia-Geral Anual, emitiu o mandato de auditoria para os auditores, determinou o foco da auditoria e acordou os honorários da auditoria. A Comissão de Auditoria monitorizou a independência, as qualificações, a rotação e a eficiência dos auditores e dos serviços prestados pelos auditores, para além da própria auditoria. Celebrou igualmente um acordo com os auditores, nos termos do regulamento interno do Grupo, acerca da prestação de serviços não relacionados com a auditoria e os auditores informaram a Comissão, em cada uma das suas reuniões, acerca dos honorários que tinham cobrado em relação a tais serviços. Além disso, manteve-se atualizada sobre a evolução do sistema de gestão de risco e das estruturas de conformidade, questões de conformidade, quaisquer riscos legais ou regulamentares, a situação de risco e a identificação e monitorização do risco dentro do Grupo. A Comissão de Auditoria analisou igualmente a evolução dos sistemas de controlo interno no Grupo com base numa apresentação do Conselho de Administração. Recebeu um relatório sobre a estrutura, as funções e responsabilidades do departamento de Auditoria Interna, o seu trabalho de auditoria e acerca do plano de auditoria para 2016. A Comissão de Auditoria foi informada acerca da eficácia do sistema de controlo interno, do sistema de gestão de risco e do sistema de auditoria interna; discutiu as conclusões em pormenor, tendo ficado convenientemente satisfeita quanto à eficácia dos sistemas em questão. O Conselho de Administração informou igualmente a Comissão de Auditoria, numa base regular, no que diz respeito ao estatuto de várias atividades relacionadas com o financiamento externo e interno do Grupo e à salvaguarda da sua liquidez. Outros assuntos incluíram a auditoria EMIR, obrigatória em 2015, nos termos do § 20 da Lei Alemã de Negociação de Valores Mobiliários (WpHG), as possíveis implicações do Brexit para a nossa empresa e os atuais desenvolvimentos jurídicos e contabilísticos. Os chefes de departamento participaram igualmente em reuniões da Comissão de Auditoria, apresentando relatórios e respondendo a perguntas relacionadas com determinados itens da agenda. Além disso, o Presidente da Comissão de Auditoria manteve conversações com o Presidente do Conselho de Supervisão, o Presidente do Conselho de Administração, o CFO interino e os auditores, em particular sobre questões relevantes, nos períodos entre as reuniões da comissão. A Comissão de Auditoria e, sempre que necessário, o Conselho de Supervisão foram regularmente informados acerca do resultado dessas discussões.

Os membros da Comissão de Nomeações discutiram a planificação da sucessão no Conselho de Supervisão em diversas ocasiões fora das reuniões. Elaborararam a deliberação proposta pelo Conselho de Supervisão para ser apresentada à Assembleia-Geral Anual a 3 de maio de 2016 nas eleições suplementares do Conselho de Supervisão.

Uma vez mais, não foi preciso convocar a Comissão de Mediação em 2016.

Governação corporativa e declaração de conformidade Monitorizámos continuamente as mudanças do Código de Governação Corporativa Alemão e verificámos permanentemente se as disposições estavam a ser aplicadas corretamente. Em março de 2017, o Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão emitiram uma declaração de conformidade atualizada, em conformidade com o § 161 da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG) e tornaram-na permanentemente disponível aos seus acionistas no site da empresa. ► WWW.LINDE.COM. A informação complementar sobre a governação corporativa da Linde poderá ser encontrada no Relatório de Governação Corporativa. ► VER PÁGINAS 14 A 21.

Demonstrações financeiras anuais e demonstrações financeiras do Grupo A KPMG AG Wirtschaftsprüfungsgesellschaft, Berlim (KPMG) auditou as demonstrações financeiras anuais da Linde AG, elaboradas em conformidade com os princípios estabelecidos no Código Comercial Alemão (HGB), bem como as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Linde, relativas ao exercício encerrado a 31 de de dezembro de 2016, elaboradas em conformidade com as IFRS, tal como são adotadas pela União Europeia, incluindo o relatório de gestão combinada da Linde AG e do Grupo Linde, em conformidade com os padrões alemães geralmente aceites para a auditoria das demonstrações financeiras e em conformidade suplementar com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA). Os auditores confirmaram que as demonstrações financeiras do Grupo e o relatório de gestão combinada satisfazem as exigências estabelecidas no § 315a (1) do Código Comercial Alemão (HGB) e emitiram pareceres sem ressalvas tanto para as demonstrações financeiras do Grupo como para as demonstrações financeiras anuais. Em conformidade com os termos da sua contratação, a KPMG auditou os relatórios financeiros intercalares e semestrais do exercício de 2016. Em nenhum momento essa auditoria suscitou quaisquer objeções. A KPMG confirmou igualmente que o sistema de identificação precoce de riscos estava em conformidade com as exigências legais. No exercício de 2016, a auditoria incidiu sobre a “Aferição do sistema de controlo interno dos contratos de construção a longo prazo da Linde AG – Divisão de Engenharia”. Não foram detetadas pelos auditores deficiências significativas no sistema de controlo interno relacionado com a contabilidade ou no sistema para a identificação precoce de riscos. Uma vez mais, durante o ano de referência, os auditores declararam à Comissão de Auditoria a sua independência.

Os documentos relativos às demonstrações financeiras e aos relatórios de auditoria foram entregues a todos os membros do Conselho de Supervisão em tempo útil. Foram, então, objeto de extensas deliberações na reunião da Comissão de

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

RELATÓRIO DO CONSELHO DE SUPERVISÃO

Auditoria de 7 de março de 2017 e na reunião do Conselho de Supervisão para aprovar as demonstrações financeiras de 8 de março de 2017. Os auditores participaram nas discussões, tanto na reunião da Comissão de Auditoria, como na reunião plenária do Conselho de Supervisão. Aí, apresentaram os principais resultados das suas auditorias e puderam disponibilizar informações suplementares e responder a perguntas. A Comissão de Auditoria apresentou igualmente os resultados da sua avaliação ao Conselho de Supervisão. Nós próprios, conduzimos um exame de todos os documentos apresentados e dos relatórios de auditoria e discutimo-los em pormenor. Após termos analisado os resultados da avaliação preliminar da Comissão de Auditoria e os resultados finais da nossa própria avaliação dos documentos que nos foram apresentados pelo Conselho de Administração e pelos auditores, não encontrámos motivos para objeção e concordámos com os resultados da auditoria da KPMG. Vimos, por este meio, aprovar e adotar as demonstrações financeiras da Linde AG e as demonstrações financeiras do Grupo relativas ao exercício encerrado a 31 de dezembro de 2016, tal como foram redigidas pelo Conselho de Administração; as demonstrações financeiras anuais da Linde AG são, desta forma, as finais. Aprovámos igualmente a proposta do Conselho de Administração para a aplicação dos resultados.

Mudanças na composição do Conselho de Supervisão e do Conselho de Administração A Dr.ª Victoria Ossadnik foi nomeada pelo tribunal para o Conselho de Supervisão da Linde AG a 7 de janeiro de 2016 depois de Klaus-Peter Müller ter renunciado ao Conselho de Supervisão a 31 de dezembro do exercício anterior. A 3 de maio de 2016, a Assembleia-Geral Anual elegeu-a como representante do acionista no Conselho de Supervisão para o mandato remanescente dos outros membros do Conselho de Supervisão. O Dr. Manfred Schneider também renunciou a membro e Presidente do Conselho de Supervisão com efeitos a partir do final de 20 de maio de 2016 e deixou o Conselho de Supervisão nessa data. A Assembleia-Geral Anual elegeu o Professor Dr. Wolfgang Reitzle para o Conselho de Supervisão para substituir o Dr. Manfred Schneider com efeitos a partir de 21 de maio de 2016. Os membros do Conselho de Supervisão elegeram o Professor Dr. Wolfgang Reitzle como seu novo Presidente. Uma visão geral da composição do Conselho de Supervisão e das suas comissões é disponibilizada nas ► PÁGINAS 6 A 7.

Os seguintes membros deixaram o Conselho de Administração: Thomas Blades (a 30 de junho de 2016), Georg Denoke (a 13 de setembro de 2016) e o Dr. Wolfgang Büchele (a 7 de dezembro de 2016). O Professor Dr. Aldo Belloni foi nomeado membro do Conselho de Administração e Diretor de Recursos Humanos com efeitos a partir de 8 de dezembro de 2016. O Conselho de Supervisão nomeou-o para suceder ao Dr. Wolfgang Büchele como Presidente do Conselho de Administração.

Gostaríamos de agradecer aos senhores que deixaram o Conselho de Supervisão e o Conselho de Administração, pelos seus muitos anos de cooperação particularmente empenhada. Gostaríamos igualmente de agradecer ao Conselho de Administração e a todos os colaboradores em todo o mundo pelo seu árduo trabalho e desempenho durante o último exercício.

MUNIQUE, 8 DE MARÇO DE 2017 EM NOME DO CONSELHO DE SUPERVISÃO

PROFESSOR DR. WOLFGANG REITZLE [PRESIDENTE DO CONSELHO DE SUPERVISÃO

DA LINDE AG]

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA DECLARAÇÃO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA E RELATÓRIO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA Conformidade com o Código de Governação Corporativa Alemão e declarações de conformidade A Linde AG segue o Código de Governação Corporativa Alemão, apresentado pela Comissão Governamental do Código de Governação Corporativa Alemão e com as alterações introduzidas periodicamente. Em março de 2016, o Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão da Linde AG emitiram uma declaração de conformidade com as recomendações do Código de Governação Corporativa Alemão, com as alterações introduzidas a 5 de maio de 2015, em conformidade com o § 161 da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG) e tornou esta declaração permanentemente à disposição do público no site da Linde.

Não houve alterações ou adições ao Código de Governação Corporativa Alemão após a apresentação da declaração em março de 2016. O Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão estudaram em pormenor as exigências do Código de Governação Corporativa Alemão, antes de terem emitido a seguinte declaração de conformidade, em março de 2017.

“O Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão da Linde AG declaram, em conformidade com o § 161 da Lei das Sociedades por Ações Alemã:

Todas as recomendações da Comissão Governamental do Código de Governação Corporativa Alemão, com as alterações introduzidas a 5 de maio de 2015, foram cumpridas desde a última declaração de conformidade e, exceto para a seguinte exceção, serão cumpridas no futuro.

Cláusula 4.2.3, parágrafo 2, frase 6 Em conformidade com a cláusula 4.2.3, parágrafo 2, frase 6 do Código de Governação Corporativa Alemão, a remuneração total e quanto aos seus componentes variáveis dos membros do Conselho de Administração deverá ser limitada a um determinado montante máximo. Os contratos de trabalho dos membros do Conselho de Administração não incluem um limite máximo para a remuneração total dos membros do Conselho de Administração; os componentes variáveis são limitados, tal como é descrito a seguir.

Os componentes dos emolumentos em numerário variáveis são limitados em termos de montantes. O Plano de Incentivo de Longo Prazo que proporciona uma remuneração sob a forma de opções de compra de ações (ações de desempenho) e ações gratuitas ligadas a um investimento pessoal (ações paritárias) tem um limite em termos de montantes, no momento da concessão de direitos de opção e de direitos a ações paritárias. No entanto, o valor das ações de desempenho e das ações paritárias, após um período de carência de vários anos, não está limitado em termos de quantidades. Um tal limite adicional não foi considerado adequado. Em tal caso, a ser alcançado por uma remuneração baseada em ações, seria interrompida a sincronização dos interesses dos acionistas e dos membros do Conselho de Administração, o que, em nossa opinião, não seria do interesse dos acionistas.

Uma vez que no futuro o valor das ações de desempenho e das ações paritárias, após a expiração de um período de carência de vários anos, não deverá ter um limite, não será definido no futuro um teto máximo para o montante da remuneração.”

A presente declaração de conformidade e as anteriores declarações de conformidade com o Código de Governação Corporativa Alemão estão disponíveis no site da empresa, em ►

WWW.LINDE.COM/DECLARATIONOFCOMPLIANCE. A Linde AG está igualmente em conformidade com

as sugestões feitas no Código, com uma única exceção:

O Código sugere que deverá ser possível que os acionistas sigam a Assembleia-Geral Anual através dos modernos meios de comunicação (por exemplo, a Internet). Nós transmitimos o discurso de abertura feito pelo Presidente do Conselho de Supervisão e também o discurso do Presidente do Conselho de Administração, mas não a discussão geral. Em princípio, os estatutos permitem a transmissão da Assembleia-Geral Anual na íntegra através de meios eletrónicos. Porém, por respeito para com a privacidade dos acionistas, não transmitimos as contribuições de oradores individuais. No entanto, vamos continuar a seguir de perto os desenvolvimentos.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA DECLARAÇÃO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA E RELATÓRIO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA

Práticas de governação corporativa A Linde AG tem tradicionalmente atribuído uma grande importância a uma gestão sólida e responsável e a uma supervisão ligada à criação de valor acrescentado sustentável. O nosso sucesso foi sempre baseado na cooperação estreita e eficaz entre os Conselhos de Administração e de Supervisão, na consideração dos interesses dos acionistas, num estilo aberto de comunicação corporativa, em procedimentos contabilísticos e de auditoria apropriados e numa abordagem responsável do risco e das regras e dos regulamentos estatutários internos do Grupo.

A Linde mantém altos padrões éticos. Estes são estabelecidos, entre outras coisas, em valores fundamentais (Espírito Linde) e no Código de Ética, ambos aplicáveis em todo o Grupo. O Conselho de Administração emitiu igualmente as suas próprias orientações em matéria de lei da concorrência/ antimonopólio, de prevenção da corrupção, de contratação de agentes de vendas, de segurança no trabalho, de proteção ambiental e de saúde, de qualidade e de contratação. Tal como o Espírito Linde e o Código de Ética, estas orientações aplicam-se a todos os colaboradores do Grupo Linde.

Conformidade Para reforçar a conformidade, quer com as normas legais, quer com os princípios voluntários, o Grupo tem uma organização global de conformidade. As atividades de conformidade em todo o Grupo Linde estão focadas, em particular, sobre a lei antimonopólio, a luta contra a corrupção, o controlo da exportação e de proteção de dados. Um processo de análise de risco de ligação (aferição do risco de conformidade) foi introduzido em 2014, abrangendo as questões de conformidade geral, a lei antimonopólio e a corrupção. Os colaboradores que trabalham a tempo inteiro em Conformidade estão filiados no Grupo Jurídico. Os responsáveis pela conformidade foram designados nas divisões, unidades de negócio e segmentos operacionais para apoiarem a observância à escala do Grupo do programa de conformidade. O Chefe do Gabinete de Conformidade coordena e põe em prática as medidas de conformidade. O Conselho de Administração e a Comissão de Auditoria do Conselho de Supervisão são regularmente informados sobre o atual estado de progresso da organização de conformidade, incluindo as medidas destinadas a comunicar as regras de conduta existentes a colaboradores, colaboradores em formação nessas regras e atualizar as regras sempre que necessário. A formação é disponibilizada a colaboradores da Linde em todo o mundo. Os cursos em sala de aula são complementados por um programa de ensino por via eletrónica em todo o Grupo. Criamos, assim, um ambiente de trabalho em que os nossos colaboradores estão inteiramente familiarizados com as nossas regras e orientações.

O sistema de reporte da Linha de Integridade é um elemento importante da estrutura de conformidade do Grupo Linde. Ele permite que as partes interessadas, internas e externas, levantem questões ou reportem quaisquer dúvidas ou suspeitas que possam ter. Se uma averiguação interna revelar que as dúvidas ou suspeitas levantadas eram justificadas, um processo

prescrito será utilizado para determinar quais as medidas que são necessárias. A Linde verifica, igualmente, se essas medidas foram, de facto, postas em prática.

A informação sobre os valores fundamentais e a política de conformidade da Linde poderá ser encontrada no site da empresa, em ►

WWW.LINDE.COM/GUIDELINESCOREVALUES e ►

WWW.LINDE.COM/CORPORATEGOVERNANCE.

Procedimentos do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão A Linde AG, que tem a sua sede social em Munique, é regida pelas disposições da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG) e da Lei de Codeterminação Alemã, da regulamentação do mercado de capitais e das regras estabelecidas nos estatutos da sociedade. O Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão são responsáveis pelas funções de gestão e de supervisão que lhes foram atribuídas. Cooperam estreitamente no interesse da Linde, para garantir, como preocupação constante, a continuação do Grupo e para criar valor sustentável acrescentado. Deverão agir no interesse dos acionistas e em benefício do Grupo. Conselho de Administração O Conselho de Administração da Linde AG é responsável pela gestão da empresa e pela condução dos seus negócios. As suas ações e decisões estão ligadas aos melhores interesses do Grupo, levando em consideração as preocupações de acionistas, colaboradores, clientes e outras partes interessadas. O seu objetivo é criar valor sustentável para as partes interessadas. O Conselho de Administração estabelece a direção estratégica do Grupo, coordena esta estratégia com o Conselho de Supervisão, garante que está devidamente posta em prática e analisa os progressos efetuados, durante as discussões regulares com o Conselho de Supervisão. É igualmente responsável pelos planos de negócios anual e multianual, o financiamento do Grupo e a elaboração das demonstrações financeiras trimestrais, semestrais e anuais do Grupo. Além disso, o Conselho de Administração assegura que estão em vigor sistemas de gestão de risco e de controlo de risco apropriados e disponibiliza relatórios regulares, atualizados e pormenorizados ao Conselho de Supervisão sobre todas as questões relevantes do Grupo, incluindo planos empresariais, estratégicos, a médio prazo, as tendências empresariais, a situação de risco, a gestão de risco e a conformidade com as normas legais e as orientações internas do Grupo. O Conselho de Administração toma igualmente as medidas necessárias para facilitar a conformidade nas empresas do Grupo.

Dada a extensa cobertura pelo Grupo de mercados internacionais e de sectores da indústria, o Conselho de Administração é responsável por assegurar que esta diversidade se reflete a nível da gestão. O objetivo é reunir as melhores equipas em todo o mundo. A estratégia de RH do Grupo inclui a definição, a concretização e a evolução contínua dos programas de desenvolvimento de talentos à escala do Grupo. A Linde apoia a diversidade intercultural, através da adoção de uma política internacional de recursos humanos e

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

de nomeações para além das fronteiras nacionais. Outro foco das atividades da Linde em matéria de diversidade é o fomento de mulheres em cargos de gestão do Grupo. O Conselho de Administração está a apoiar numerosas medidas para promover as mulheres. Entre elas, incluem-se eventos de trabalho em rede, programas de formação para mulheres com responsabilidades de gestão ou potencial de liderança e um projeto de orientação interno. Quanto à proporção de mulheres que trabalham nos dois níveis de gestão abaixo do nível do Conselho de Administração, o Conselho de Administração estabeleceu metas em consonância com a Lei para a Igualdade de Participação de Mulheres e Homens em Posições de Liderança no Sector Privado e no Sector Público (Gesetz für die gleichberechtigte Teilhabe von Frauen und Männern um Führungspositionen in der Privatwirtschaft und im öffentlichen Dienst). A proporção de mulheres no primeiro nível de gestão abaixo do Conselho de Administração irá chegar aos 14 por cento (11 por cento na Linde AG) até 30 de junho de 2017 e aos 18 por cento (18 por cento na Linde AG) até 30 de junho de 2022. Em 2016, a proporção de quadros superiores femininos neste nível era de 16 por cento (2015: 11 por cento). No segundo nível de gestão abaixo do Conselho de Administração, a Linde está a apontar para que a proporção de mulheres cresça para 17 por cento (15 por cento na Linde AG) até 30 de junho de 2017 e 22 por cento (20 por cento na Linde AG) até 30 de junho de 2022. Este valor foi de 18 por cento em 2016 (2015: 16 por cento). A informação sobre estas metas e sobre a diversidade no Grupo Linde poderá ser encontrada no relatório ►

COLABORADORES, nas ► PÁGINAS 71 A 73. As atividades e transações principais do Conselho

de Administração exigem a aprovação do Conselho de Supervisão. Isto aplica-se em especial ao programa anual de despesas de capital, a grandes aquisições, a desinvestimentos e a determinadas medidas de capital e financeiras. O Conselho de Supervisão poderá igualmente especificar exigências de aprovação especiais em casos individuais. No exercício do mandato, os membros do Conselho de Administração estão vinculados por uma cláusula de restrição pormenorizada. Quaisquer conflitos de interesse deverão ser imediatamente divulgados ao Conselho de Supervisão, bem como aos colegas membros do Conselho. Durante o período de referência, nenhum desses conflitos de interesse surgiu em relação a qualquer membro do Conselho de Administração.

Os padrões processuais do Conselho de Administração regem o trabalho que executa, a atribuição de responsabilidades aos membros individuais, as questões que devem ser tratadas pelo inteiro Conselho de Administração e a maioria necessária para serem tomadas as deliberações pelo Conselho de Administração. O Conselho de Administração aprova resoluções em reuniões realizadas numa base regular. Uma maioria simples dos votos expressos é suficiente para uma deliberação ser aprovada, a menos que uma maioria mais alargada seja prescrita por lei. Se a votação resultar em empate, o Presidente terá um voto de qualidade. Sem prejuízo da responsabilidade coletiva de todos os membros do Conselho de Administração, cada membro do Conselho de Administração tem uma responsabilidade individual em relação às funções a si atribuídas, quando as decisões do Conselho de Administração estão a ser

tomadas. Compete ao Presidente do Conselho de Administração assumir a responsabilidade, não só em relação às funções a si atribuídas, mas igualmente de coordenação de todas as áreas de responsabilidade que lhe forem confiadas de forma adequada pelo Conselho de Administração. Ele é o principal ponto de contacto entre o Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão e representa a empresa em público.

A 31 dezembro de 2016, o Conselho de Administração consistia em quatro membros. De momento, o Conselho de Administração tem exclusivamente membros do sexo masculino, com um a cair no grupo dos mais de 40 anos de idade, dois no grupo dos mais de 50 anos de idade e um na categoria dos mais de 60. O Professor Dr. Aldo Belloni ultrapassou o limite de idade padrão para os membros do Conselho de Administração estabelecido nas regras processuais. Quando o Professor Dr. Aldo Belloni foi nomeado membro do Conselho de Administração em dezembro de 2016, o Conselho de Supervisão tomou igualmente em consideração o limite de idade aplicável aos membros do Conselho de Administração, mas optou por nomear o Professor Dr. Aldo Belloni como membro e Presidente do Conselho de Administração por motivos especiais. As nomeações para o Conselho de Administração têm igualmente em conta as operações internacionais do Grupo Linde. O Professor Dr. Aldo Belloni é um cidadão italiano, enquanto Sanjiv Lamba é um cidadão da Índia. A composição do Conselho de Administração tem igualmente em consideração que todas as áreas de especialização necessárias sejam cobertas.

Na data de balanço, nenhum membro do Conselho de Administração era membro de conselhos de supervisão de empresas cotadas no exterior do Grupo Linde ou de órgãos de supervisão comparáveis de outras entidades empresariais. A informação sobre os cargos de membros do Conselho de Administração que estavam em funções no exercício de 2016 em outros conselhos de supervisão estatutários alemães ou conselhos de entidades empresariais alemãs e estrangeiras comparáveis é dada na ► NOTA [35] das Notas às demonstrações financeiras do Grupo.

O Conselho de Administração não tem comissões. A informação relativa à composição do Conselho

de Administração e aos membros individuais do Conselho, incluindo as suas responsabilidades e funções, poderá ser encontrada na visão geral, na ►

PÁGINA 4 ou no site da Linde. Os currículos dos membros do Conselho de Administração estão disponíveis no site da Linde.

Conselho de Supervisão No Conselho de Supervisão da Linde AG senta-se um número igual de representantes do acionista e de representantes dos trabalhadores, que compreende, em conformidade com os estatutos da empresa, um número mínimo de membros, conforme é especificado nos regulamentos relevantes. Atualmente, o número mínimo especificado por lei é de doze. A nomeação dos membros do Conselho de Supervisão rege-se igualmente por normas legais relevantes. O atual mandato dos membros do Conselho de Supervisão termina com o encerramento da Assembleia-Geral Anual de 2018. Os representantes do acionista são eleitos individualmente

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA DECLARAÇÃO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA E RELATÓRIO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA na eleição para o Conselho de Supervisão, na Assembleia-Geral Anual. A Comissão de Nomeação do Conselho Fiscal prepara a eleição dos representantes do acionista pela Assembleia-Geral. Ao propor candidatos para o Conselho de Supervisão, leva em conta os objetivos estabelecidos pelo Conselho de Supervisão, em termos da sua composição, bem como critérios tais como as exigências da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG), do Código de Governação Corporativa e dos padrões processuais do Conselho de Supervisão. A composição do Conselho de Supervisão é equilibrado para garantir que os seus membros possuem coletivamente os conhecimentos, as competências e a experiência profissional necessários que lhes permitam desempenhar as suas funções, num grupo com operações globais, de um modo idóneo e adequado. Todos os membros do Conselho de Supervisão deverão garantir que têm tempo suficiente para desempenhar essas funções. Ao apresentar propostas à Assembleia-Geral Anual acerca da eleição de novos membros para o Conselho de Supervisão, o Conselho de Supervisão verifica se os candidatos serão capazes de investir o tempo que é provável que seja necessário. De momento, nenhum membro do Conselho de Supervisão se senta no conselho de administração de uma empresa cotada. Aos novos membros são disponibilizados documentos de integração e informação abrangente sobre a sua nomeação para o Conselho de Supervisão. Os membros do Conselho de Supervisão e das comissões do Conselho de Supervisão completam as medidas de formação ou de aperfeiçoamento profissional necessárias ao desempenho das suas funções por sua própria iniciativa. Igualmente, no decorrer das suas reuniões e em conferências, conduzidas por especialistas internos e externos, organizadas especificamente para o Conselho de Supervisão, analisam em profundidade as questões que têm um significado fundamental para a empresa. Em 2016, por exemplo, estas questões incluíram as mudanças nas exigências legais resultantes do Regulamento de Auditoria Legal da UE e da Lei de Reforma da Auditoria alemã (Abschlussprüfungsreformgesetz), bem como os desenvolvimentos e o seu impacto estratégico nos principais mercados do sector de Saúde.

O Conselho de Supervisão nomeia o Conselho de Administração e monitoriza e aconselha o Conselho de Administração na gestão das suas operações comerciais. As decisões do Conselho de Administração que são de fundamental importância para o Grupo exigem a aprovação do Conselho de Supervisão. No que diz respeito à composição do Conselho de Administração, o Conselho de Supervisão considera a diversidade, para além das qualificações profissionais dos candidatos. A “Lei para a Igualdade de Participação de Mulheres e Homens em Posições de Liderança no Sector Privado e no Sector Público” sujeita a Linde AG à obrigação de estabelecer metas para a proporção de mulheres no Conselho de Administração e para os dois níveis de gestão abaixo do Conselho de Administração. Estas metas terão de ser alcançadas, pela primeira vez, até 30 de junho de 2017. No médio e longo prazo, o Conselho de Supervisão visa ter pelo menos uma mulher no Conselho de Administração da empresa.

Dado o curto período de tempo disponível para atingir esta meta, até à data limite de 30 de junho de 2017 estabelecida pelo legislador, não se acredita, porém, que esta meta possa ser alcançada. Os períodos de nomeação e os termos dos contratos de trabalho de todos os membros do Conselho de Administração expiram após 30 de junho de 2017. Para evitar a fixação de um objetivo que o Conselho de Supervisão sente que não é realista ou do interesse da empresa, tendo em conta os recursos à sua disposição, o Conselho de Supervisão estabeleceu uma meta de 0 por cento, que corresponde ao actual status quo, para o período que vai até 30 de junho de 2017. É claro que isto não descarta uma situação em que o Conselho de Supervisão consideraria o objetivo de aumentar a proporção de mulheres no Conselho de Administração, se tivesse de preencher um vaga inesperada no Conselho de Administração antes desse momento. Tal foi também o caso quando a posição de Presidente do Conselho de Administração teve de ser preenchida em dezembro de 2016.

O Presidente do Conselho de Supervisão coordena os trabalhos do plenário do Conselho de Supervisão e preside às suas reuniões. Ele é responsável por assegurar que as resoluções aprovadas pelo Conselho de Supervisão e as suas comissões são devidamente validadas e está autorizado a emitir as declarações necessárias, em nome do Conselho de Supervisão, para pôr em prática as resoluções do Conselho de Supervisão e das suas comissões. O Presidente do Conselho de Supervisão mantém um contacto próximo com o Conselho de Administração e o Presidente do Conselho de Administração, em especial, ao longo do ano, partilhando informações e ideias. O Conselho de Supervisão reúne-se regularmente no início das suas reuniões sem o Conselho de Administração. Metas do Conselho de Supervisão em relação à sua composição O Conselho de Supervisão definiu as seguintes metas específicas em relação à sua composição, em conformidade com a cláusula 5.4.1 do Código de Governação Corporativa Alemão. Estas têm em conta a situação específica do Grupo, o âmbito internacional do Grupo, os potenciais conflitos de interesse, o número de membros independentes do Conselho de Supervisão, um limite de idade para os membros do Conselho de Supervisão, um limite regular da duração da qualidade de membro do Conselho de Supervisão e a necessidade de diversidade. ― Experiência internacional

Com operações em mais de 100 países, o Grupo Linde tem uma presença global. Para refletir isso, pelo menos cinco dos membros do Conselho de Supervisão devem ter uma ampla experiência internacional.

― Potenciais conflitos de interesse e independência Pelo menos 75 por cento dos membros do Conselho de Supervisão não deverão ter relações comerciais ou pessoais com a empresa ou os seus órgãos sociais, com um acionista que controla ou uma empresa afiliada com este último que possam constituir um conflito significativo e não apenas temporário de

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

interesse ou dar origem a preocupações em relação à parcialidade. A mera existência de uma relação de trabalho entre os representantes dos trabalhadores e a empresa ou as suas empresas afiliadas não impede a imparcialidade, tal como foi atrás descrito. Os membros do Conselho de Supervisão não deverão ter funções de gestão ou consultivas nos órgãos executivos dos principais concorrentes do Grupo Linde. Não mais do que dois anteriores membros do Conselho de Administração deverão sentar-se no Conselho de Supervisão.

— Limite de idade para os membros do Conselho de Supervisão Os membros do Conselho de Supervisão não deverão ter mais mais do que 72 anos.

— Limite padrão da qualidade de membro do Conselho de Supervisão O Conselho de Supervisão estabeleceu três mandatos como o período máximo da qualidade de membro do Conselho de Supervisão. Este limite máximo deverá ser respeitado como regra geral.

— Diversidade O Conselho de Supervisão compromete-se com a diversidade da sua composição e, em particular, com a representação equitativa de mulheres. Uma vez que a Linde Aktiengesellschaft é uma sociedade anónima cotada que está sujeita à Lei de Codeterminação Alemã (MitbestG), o Conselho de Supervisão compreende pelo menos 30 por cento de membros do sexo feminino e pelo menos 30 por cento do sexo masculino, em consonância com os princípios estabelecidos no § 96 (2) da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG).

A composição atual do Conselho de Supervisão coincide com os objetivos acima indicados e as áreas de especialização atualmente abrangidas pelo conjunto dos membros incluem a engenharia, o direito e a economia, bem como as finanças, a contabilidade e o controlo financeiro. Todos os membros do Conselho de Supervisão estão familiarizados com o sector em que a empresa opera.

Graças à experiência profissional adquirida durante as suas carreiras até à data, todos os atuais membros do Conselho de Supervisão têm um determinado nível de experiência internacional. No exercício de 2016, não houve conflitos de interesse por parte de nenhum membro do Conselho de Supervisão. Sempre que tais conflitos de interesse ocorrem, deverão ser divulgados imediatamente ao Conselho de Supervisão. Nenhum membro do Conselho de Supervisão tem atualmente funções de gestão ou consultivas nos órgãos executivos de qualquer um dos principais concorrentes da Linde. Quatro membros do Conselho de Supervisão, Anke Couturier, Gernot Hahl, Hans-Dieter Katte e Frank Sonntag, são colaboradores da empresa. Nenhuns outros contratos de consultadoria, de serviço ou de trabalho foram celebrados entre os membros do Conselho de Supervisão e a empresa. Um membro do Conselho de Supervisão, o Professor Dr. Wolfgang Reitzle, é um anterior membro do Conselho de Administração da empresa. Quando foi eleito pela Assembleia-Geral Anual de 2016, foi tido em conta o período de reflexão de dois anos exigido aos membros do Conselho de Administração de uma sociedade cotada, nos termos do § 100 (2),

frase 4, da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG). Nenhum membro do Conselho de Supervisão atingiu o limite de idade. O Conselho de Supervisão tem atualmente dois membros na categoria dos mais de 40 anos de idade, cinco membros na categoria dos mais de 50 anos e cinco membros na categoria dos mais de 60 anos. Dois dos membros do Conselho de Supervisão eleitos pelos colaboradores em 2013, Gernot Hahl e Hans-Dieter Katte, estão como membros do Conselho de Supervisão desde 1998. Em consequência da eleição para a substituição de um membro do Conselho de Supervisão em 2016, a proporção de mulheres no Conselho de Supervisão foi aumentada para 33 por cento do lado dos representantes do acionista. Foi rejeitada a conformidade total com os objetivos a respeito da distribuição por género no Conselho de Supervisão da Empresa. Os níveis mínimos de distribuição por género, estabelecidos no § 96 (2), frase 1, da AktG foram atingidos do lado do acionista. O Conselho de Supervisão inclui atualmente um total de três mulheres, a Professora Dr.ª Ann-Kristin Achleitner e a Dr.ª Victoria Ossadnik, representantes do lado do acionista, e Anke Couturier, representante do lado dos trabalhadores. Isto significa que o Conselho de Supervisão é atualmente 25 por cento feminino.

Os padrões processuais do Conselho de Supervisão incluem regras relativas à independência dos seus membros. Nenhum membro do Conselho de Supervisão tem um relacionamento pessoal ou comercial com a empresa ou os seus corpos que possa representar um conflito de interesses. Além disso, nenhum membro do Conselho de Supervisão faz atualmente parte do conselho de administração de uma empresa com a qual a Linde tenha uma relação comercial. A Linde AG não tem um acionista de controlo cuja relação com um membro do Conselho de Supervisão possa pôr em risco a independência desse membro. Consequentemente, o Conselho de Supervisão é composto exclusivamente por indivíduos com um nível suficiente de independência.

Nos seus padrões processuais, o Conselho de Supervisão estabeleceu igualmente regulamentos que regem as revisões periódicas para determinar a eficiência das suas atividades. De acordo com os padrões processuais, a última revisão foi realizada no final de 2015. Com base nos resultados desta revisão de eficiência, foram implementadas as sugestões respeitantes, nomeadamente, a futuras mudanças de pessoal e a tópicos adicionais a serem tratados pelo Conselho de Supervisão em 2016. A informação relativa aos membros do Conselho de Supervisão e dos seus cargos em outros conselhos de supervisão alemães legalmente prescritos e/ ou conselhos de entidades empresariais alemãs ou estrangeiras comparáveis é dada na ► NOTA [35] das Notas às demonstrações financeiras do Grupo. Os currículos dos membros do Conselho de Supervisão estão disponíveis no site da Linde. Comissões do Conselho de Supervisão O Conselho de Supervisão tem quatro comissões, que estabelecem as bases da sessão plenária do Conselho de Supervisão. Quando é permitido por lei e está previsto nos padrões processuais, os poderes de decisão do

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA DECLARAÇÃO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA E RELATÓRIO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA Conselho de Supervisão poderão, em casos individuais, ser delegados pelo Conselho de Supervisão nestas comissões. O Presidente do Conselho de Supervisão preside a todas as comissões, com a exceção da Comissão de Auditoria. Os presidentes das comissões apresentam um relatório ao Conselho de Supervisão acerca do trabalho das suas comissões, fazendo-o na primeira reunião plenária do Conselho de Supervisão a seguir à reunião da comissão.

A Comissão Permanente, que compreende três representantes dos acionistas e dois representantes dos trabalhadores, aconselha o Conselho de Supervisão, em particular, sobre a nomeação e a demissão dos membros do Conselho de Administração e sobre as decisões relativas ao sistema de remuneração do Conselho de Administração, incluindo os termos e condições dos contratos de trabalho, dos contratos de pensão e de quaisquer outros contratos pertinentes para a remuneração dos membros do Conselho de Administração, bem como da remuneração total dos membros individuais do Conselho de Administração. Além disso, a Comissão Permanente é responsável por aprovar transações com membros do Conselho de Administração e partes relacionadas, bem como por aprovar outras atividades dos membros do Conselho de Administração, especialmente a manutenção de posições em conselhos de supervisão e em conselhos de entidades empresariais comparáveis que não fazem parte do Grupo Linde. Oferece igualmente recomendações sobre o planeamento de sucessão a longo prazo ao Conselho de Administração e analisa a eficiência do trabalho do Conselho de Supervisão numa base regular.

A Comissão de Auditoria é similarmente composta por três representantes do acionista e dois representantes dos trabalhadores. Estabelece as bases para as decisões do Conselho de Supervisão a respeito da adoção das demonstrações financeiras anuais e da aprovação das demonstrações financeiras do Grupo, tendo em conta os relatórios de auditoria, e chega a acordos com os auditores. Apoia o Conselho de Supervisão na execução das suas funções de supervisão e monitoriza, em particular, o processo de contabilidade e a eficácia do sistema de controlo interno, do sistema de gestão de risco e do sistema de auditoria interna, bem como a revisão oficial de contas. Lida igualmente com questões de conformidade. O Conselho de Administração discute igualmente os relatórios financeiros intercalares e semestrais com o Conselho de Administração antes da sua publicação. A Comissão de Auditoria faz igualmente uma recomendação ao plenário do Conselho de Supervisão sobre a proposta para a eleição dos auditores da empresa. Em comum com o membro da Comissão de Auditoria, a Professora Dr.ª Ann-Kristin Achleitner, o Presidente da Comissão de Auditoria, Dr. Clemens Börsig, tem um conhecimento especializado e muitos anos de experiência de reportes financeiros e da aplicação de princípios contabilísticos e de sistemas de controlo interno.

A Comissão de Nomeações compreende o Presidente do Conselho de Supervisão, o Segundo

Vice-Presidente do Conselho de Supervisão e um outro representante do acionista. Faz recomendações ao Conselho de Supervisão sobre os candidatos dos representantes dos acionistas propostos à eleição na Assembleia-Geral Anual.

A Comissão de Mediação, formada sob as disposições da Lei de Codeterminação Alemã (MitbestG), compreende o Presidente do Conselho de Supervisão, o Vice-Presidente do Conselho de Supervisão (eleito pelos representantes dos trabalhadores no Conselho de Supervisão), um representante do acionista e um representante dos trabalhadores. Faz sugestões ao Conselho de Supervisão sobre a nomeação de membros do Conselho de Administração, se a maioria necessária de dois terços dos votos expressos pelos membros do Conselho de Supervisão não for obtida no primeiro escrutínio.

O Conselho de Supervisão e as suas comissões aprovam resoluções nas reuniões que são convocadas numa base regular.

Os nomes dos que se sentavam no Conselho de Supervisão e nas comissões do Conselho de Supervisão, quando as demonstrações financeiras anuais estavam a ser elaboradas, são apresentados nas ► PÁGINAS 6 A 7 ou podem ser consultados na Internet, em ► WWW.LINDE.COM/SUPERVISORYBOARD. A informação sobre as atividades do Conselho de Supervisão e das suas comissões, sobre o trabalho feito com o Conselho de Administração, bem como uma divulgação relativa à participação em reuniões dos membros individuais do Conselho de Supervisão no exercício de 2016 é disponibilizada no Relatório do Conselho de Supervisão. ► VER PÁGINAS 8 A 13.

Informação complementar sobre governação corporativa Assembleia-Geral Anual Os acionistas fazem valer os direitos que lhes são conferidos por lei e pelos estatutos antes ou durante a Assembleia-Geral Anual, ao exercerem o seu direito de voto. Cada ação confere ao acionista um voto.

A Assembleia-Geral Anual ocorre nos seis primeiros meses de cada exercício. O aviso prévio da Assembleia-Geral Anual, juntamente com os relatórios e documentos exigidos por lei para a reunião, incluindo o relatório financeiro, é publicado, juntamente com a agenda da reunião, as condições que regem a participação, uma visão geral dos direitos do acionista, os formulários para a votação através do correio, além de contrapropostas e nomeações do acionista, no site da Linde, quer em alemão quer em inglês, e é, pois, facilmente acessível aos acionistas. O aviso prévio da Assembleia-Geral Anual e os documentos associados poderão igualmente ser transmitidos eletronicamente aos acionistas se assim o desejarem.

Os acionistas que estejam impossibilitados de comparecer à Assembleia-Geral Anual ou que deixem a reunião antes que a votação

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

se tenha iniciado têm a opção de exercer o seu voto através de um procurador à sua escolha ou um procurador constituído pela empresa que votará em conformidade com as suas instruções. Os formulários de procuração poderão igualmente ser apresentados sob a forma eletrónica. Além disso, os acionistas têm a opção de votarem, sem a nomeação de um procurador, por escrito ou através de meios eletrónicos (votação postal).

O Conselho de Administração da Linde AG apresenta as demonstrações financeiras anuais e as demonstrações financeiras do Grupo, juntamente com o relatório de gestão combinada, para aprovação na Assembleia-Geral Anual. A Assembleia-Geral Anual aprova resoluções relacionadas com a aplicação dos resultados, a ratificação dos atos do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão, a nomeação dos auditores e, geralmente também, a eleição de representantes dos acionistas para o Conselho de Supervisão. São igualmente tomadas decisões, na Assembleia-Geral Anual, acerca do conteúdo dos estatutos da sociedade, medidas estruturais fundamentais, medidas de capital e autorização para recompra de ações. A reunião tem a oportunidade de aprovar o sistema de remuneração dos membros do Conselho de Administração. Uma vez encerrada a Assembleia-Geral Anual, são publicados, sem demora, os resultados das votações, em cada item da agenda, no site da empresa.

Perdas indiretas e seguro de responsabilidade civil A empresa retirou o seguro de responsabilidade civil de perdas indiretas de diretores e quadros superiores (D & O) aos membros do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão. Para os membros do Conselho de Administração, a retenção, em conformidade com as regras legais, é de 10 por cento do crédito, até um valor de uma vez e meia os emolumentos anuais fixos do administrador em causa. Foi acordada uma retenção adequada para os membros do Conselho de Supervisão, em conformidade com a recomendação estabelecida no Código de Governação Corporativa Alemão.

Negócios de diretores A Linde AG publica sem demora, tal como é estipulado na lei, as transações sujeitas a notificação, nos termos do artigo 19.º do Regulamento relativo ao abuso de mercado que foram executadas pelas pessoas aí nomeadas, em especial, as operações realizadas por membros de órgãos executivos da empresa e partes relacionadas que envolvam ações e instrumentos de dívida emitidos pela empresa ou instrumentos financeiros relacionados. As transações relatadas à Linde AG no passado exercício poderão ser acedidas no site da empresa.

Interesses no capital social As participações totais de todos os membros do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão em ações da Linde AG ou em instrumentos financeiros relacionados, no exercício, não ultrapassou 1 por cento das ações emitidas pela empresa. A 31 de dezembro de 2016, os membros do Conselho de Administração detinham um total de 120 000 ações

e opções sobre ações da Linde AG (0,065 por cento das ações emitidas), enquanto os membros do Conselho de Supervisão detinham um total de 41 000 ações e opções sobre ações da Linde AG (0,022 por cento das ações emitidas).

Remuneração do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão O relatório sobre remunerações, que inclui igualmente informação sobre os emolumentos baseados em ações, poderá ser encontrado nas ► PÁGINAS 22 A 37

relatório financeiro.

Comunicação e relações com as partes interessadas A Linde AG cumpre a obrigação legal de tratar todos os seus acionistas de forma igual. A transparência desempenha um papel importante e a empresa visa sempre disponibilizar informação completa, consistente e atualizada a acionistas e ao público. A Linde faz uma utilização ampla da Internet como uma ferramenta de reporte. Estão disponíveis online, factos e dados completos sobre a Linde. Os interessados poderão subscrever uma newsletter eletrónica no site da empresa ou manterem-se atualizados sobre os últimos desenvolvimentos da Linde, através das redes sociais.

Um calendário financeiro, que é igualmente publicado no site da Linde AG, mantém os acionistas e o público em geral informados sobre as datas das principais publicações periódicas da empresa, da Assembleia-Geral Anual, da Conferência de Imprensa sobre os resultados anuais e das conferências de analistas. A Linde AG publica igualmente anúncios ad-hoc, comunicados de imprensa e declarações obrigatórias de transações de valores mobiliários (transações dos administradores) nos meios de comunicação especificados na lei e no seu site. Estão igualmente disponíveis no seu site, os estatutos sociais da empresa. Quatro vezes no decorrer do exercício, a Linde informa os seus acionistas sobre o seu desempenho empresarial, os ativos líquidos, a situação financeira e os resultados das operações do Grupo, a previsão para o futuro e as oportunidades e riscos. A Linde disponibiliza informação ao mercado de capitais e ao público a cada trimestre, por intermédio de conferências de analistas e de conferências de imprensa ou sob a forma de teleconferências. Estas coincidem com a publicação das informações trimestrais, semestrais e anuais. Eventos regulares em que o CEO e o CFO se encontram com investidores institucionais e analistas financeiros asseguram igualmente um intercâmbio contínuo de informação com os mercados financeiros. As datas e os locais dos roadshows e das conferências de investidores são publicados no site da Linde. As apresentações realizadas durante esses eventos estão igualmente disponíveis para visualização no site, que contém adicionalmente gravações em vídeo e áudio dos principais acontecimentos.

A Linde considera não só os interesses dos seus acionistas, mas igualmente as preocupações das suas partes interessadas, que são um elemento-chave do sucesso do Grupo. Na medida do possível, todas as partes interessadas estão incluídas nas comunicações corporativas. As partes interessadas da Linde incluem todos os seus colaboradores, clientes e fornecedores, bem como associações comerciais e organismos governamentais.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA DECLARAÇÃO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA E RELATÓRIO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA Contabilidade, auditoria e gestão de risco A Linde AG elabora as suas demonstrações financeiras do Grupo, o relatório financeiro semestral do Grupo e os relatórios financeiros intercalares, em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), tal como são adotadas pela União Europeia. A elaboração das demonstrações financeiras estatutárias anuais da Linde AG, em que o pagamento de dividendos se baseia, está em conformidade com o Código Comercial Alemão (HGB). As demonstrações financeiras anuais e as demonstrações financeiras do Grupo são elaboradas pelo Conselho de Administração, examinadas pelo Conselho de Supervisão e auditadas pelos auditores. Conforme é exigido por lei, os membros do Conselho de Administração confirmam que, tanto quanto é do seu conhecimento, as demonstrações financeiras anuais, as demonstrações financeiras do Grupo e o relatório de gestão combinada oferecem uma imagem verdadeira e apropriada, descrevendo as principais oportunidades e os riscos associados à evolução previsível da empresa e do Grupo. Os procedimentos de auditoria estão em conformidade com as normas de auditoria alemãs e os padrões alemães geralmente aceites para a auditoria de demonstrações financeiras promulgados pelo Institut der Wirtschaftsprüfer (Instituto de Auditores Públicos da Alemanha) e, no caso das demonstrações financeiras do Grupo, em complementar conformidade com as Normas Internacionais de Auditoria. Os procedimentos de auditoria incluem igualmente uma revisão do sistema de identificação precoce de riscos. A Comissão de Auditoria encontra-se com o Conselho de Administração para discutir os relatórios financeiros intercalares e semestral em pormenor previamente à sua publicação.

Em maio de 2016, o Conselho de Supervisão emitiu o mandato para a auditoria das demonstrações financeiras anuais e demonstrações financeiras do Grupo à KPMG AG Wirtschaftsprüfungsgesellschaft, Berlim, que tinha sido nomeada pela Assembleia-Geral Anual como auditora das demonstrações financeiras anuais e demonstrações financeiras do Grupo para o exercício de 2016 e tinha igualmente sido nomeada para conduzir as avaliações de auditoria dos relatórios financeiros intercalares e semestrais do exercício de 2016. A KPMG, empresa predecessora, foi a auditora das demonstrações financeiras anuais da Linde AG desde 31 de dezembro de 1984. Desde o exercício de 2013, o Sr. Klaus Becker tem assinado as demonstrações financeiras anuais, com a assinatura do Sr. Harald von Heynitz como auditor responsável pela auditoria (Parceiro Líder Global), desde as demonstrações financeiras e anuais do Grupo para 2015. Os auditores emitiram uma declaração pormenorizada à Comissão de Auditoria do Conselho de Supervisão a confirmarem a sua independência. Não houve conflito de interesses. Foi acordado com os auditores que o Presidente do Conselho de Supervisão e o Presidente da Comissão de Auditoria seriam informados imediatamente, durante a auditoria, acerca de quaisquer razões potenciais para a desqualificação dos auditores ou para a sua falta de imparcialidade, a menos que estas pudessem ser eliminadas sem demora. Os auditores foram obrigados a comunicar imediatamente todas as constatações de auditoria e os eventos significativos decorrentes da auditoria que tivessem impacto sobre

os deveres do Conselho de Supervisão. Os auditores comprometeram-se igualmente a informar o Conselho de Supervisão se descobrissem factos no decurso da sua auditoria que revelassem quaisquer inexatidões na declaração de conformidade da empresa com o Código de Governação Corporativa Alemão.

A Linde tem sistemas de reporte, monitorização e gestão de risco que estão a ser continuamente atualizados e adaptados pelo Conselho de Administração para ter em conta qualquer alteração das circunstâncias. O departamento de Auditoria Interna efetua revisões, a intervalos regulares, da eficiência e eficácia do sistema de gestão de risco e do sistema de auditoria interna. Os auditores aferem igualmente o sistema em vigor para a identificação precoce de risco e apresentam relatórios periódicos sobre as suas descobertas, a um nível global, ao Conselho de Administração e ao Conselho de Supervisão. Além disso, a Comissão de Auditoria apoia o Conselho de Supervisão no acompanhamento das atividades de gestão executiva e lida igualmente com questões de gestão de risco neste contexto. Recebe relatórios periódicos do Conselho de Administração sobre a gestão de risco, a situação de risco, bem como sobre a identificação e monitorização de riscos. Adicionalmente, é informada com regularidade sobre os riscos existentes e a evolução desses riscos. Além disso, a Comissão de Auditoria concordou com os auditores que, se for necessário, reportarão à Comissão quaisquer deficiências significativas que identifiquem no sistema de controlo interno em relação ao processo de contabilidade e no sistema para a identificação precoce de riscos. Mais pormenores sobre a gestão de risco no Grupo Linde são disponibilizados no Relatório de oportunidade e risco, nas ► PÁGINAS 82 A

95. Incluindo o relatório sobre o sistema de controlo interno relacionado com a contabilidade.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA) O relatório sobre remunerações estabelece a estrutura, as características básicas e o montante da remuneração a ser paga aos membros do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão. Faz parte do relatório de gestão combinada da Linde AG e do Grupo Linde e tem em conta as recomendações do Código de Governação Corporativa Alemão. O relatório sobre remunerações contém igualmente a informação que é legalmente exigida, ao abrigo das disposições do Código Comercial Alemão (HGB). Esta informação não se repete, pois, na Notas às demonstrações financeiras do Grupo.

Remuneração do Conselho de Administração O plenário do Conselho de Supervisão é responsável por determinar os emolumentos totais de cada membro individual do Conselho de Administração. Em conformidade com os padrões processuais do Conselho de Supervisão, cabe à Comissão Permanente fazer o trabalho de base para que o Conselho de Supervisão possa aprovar as resoluções relativas à remuneração.

O sistema de remuneração do Conselho de Administração, descrito em seguida mais pormenorizadamente, é aplicável desde 1 de janeiro de 2012. Foi aprovado na Assembleia-Geral Anual da Linde Aktiengesellschaft de 2012, por uma maioria de 96,45 por cento. A partir de 1 de janeiro de 2014, o Conselho de Supervisão fez pequenas alterações, para ter em conta as mudanças correspondentes no Código de Governação Corporativa Alemão. Em 2015 ou 2016, não foram feitas quaisquer alterações.

O montante e a estrutura da remuneração a ser paga têm como base o tamanho e alcance internacional do Grupo, a sua situação económica e financeira, o seu desempenho e as suas perspetivas, e a unidade do Grupo pela qual o membro do Conselho de Administração é responsável, bem como a prática de remuneração habitual entre os pares e a estrutura de remuneração que se aplica noutras partes da empresa. Para medir a prática habitual entre os pares, a Linde compara o seu sistema de remuneração com o

de vários outros grupos empresariais (empresas do DAX 30 e empresas alemãs e internacionais semelhantes). No que respeita à estrutura da remuneração que se aplica em outras partes da empresa, o Conselho de Supervisão considera, ao determinar os emolumentos do Conselho de Administração, a relação entre a remuneração do Conselho de Administração e a dos quadros superiores e do pessoal em geral, igualmente em termos do seu desenvolvimento ao longo do tempo. Para isso, estabeleceu um modo de identificar os membros dos quadros superiores e os membros relevantes do pessoal. Os emolumentos dependem igualmente dos deveres de cada membro individual do Conselho de Administração, do seu desempenho pessoal e do desempenho do Conselho de Administração como um todo. A remuneração é calculada de modo a que seja competitiva a nível internacional e dê aos membros do Conselho um incentivo para criarem um desempenho sustentável e um crescimento sustentável num ambiente dinâmico. Na sua avaliação e ponderação dos diversos critérios, o Conselho de Supervisão foi aconselhado por um perito externo independente sobre a remuneração dos executivos. Os montantes dos emolumentos fixos em numerário e os componentes variáveis da remuneração foram sujeitos a uma revisão programada a 1 de janeiro de 2014, tendo sido feitos alguns ajustamentos. Em 2015 ou 2016, não foram feitos quaisquer ajustamentos.

O sistema de remuneração coloca uma ênfase especial no desenvolvimento de negócios sustentáveis. Há um foco significativo nos componentes de remuneração multianual. Como resultado da obrigação de investir parte dos emolumentos em numerário variáveis em ações da Linde e de manter essas ações durante vários anos, e como resultado da concessão de um Plano de Incentivo de Longo Prazo na forma de opções de compra de ações da Linde (ações de desempenho) e ações gratuitas (ações paritárias), decorrente de um investimento pessoal obrigatório por parte do membro do Conselho de Administração, a remuneração dos membros do Conselho de Administração está ligada ao preço das ações da Linde. Isso cria um incentivo a longo prazo para alcançar um desempenho positivo do Grupo.

Os membros do Conselho de Administração não recebem remuneração por quaisquer cargos exercidos no Grupo.

Emolumentos totais O sistema de remuneração compreende os seguintes componentes: ― emolumentos fixos mensais em numerário; ― prestações em espécie/ outros benefícios; ― emolumentos em numerário variáveis que são pagos

em numerário em abril do ano seguinte, associados a uma obrigação de utilizar 40 por cento do montante em numerário (após a dedução de impostos) para adquirir ações da Linde e mantê-las por um período de pelo menos quatro anos;

― um Plano de Incentivo de Longo Prazo, que proporciona uma remuneração multianual baseada em ações, sob a forma de opções de compra de ações (ações de desempenho) e de ações gratuitas ligadas ao investimento pessoal do membro do Conselho de Administração (ações paritárias);

― compromissos com pensões.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA)

Destes componentes, os emolumentos fixos em numerário, as prestações em espécie/ outros benefícios e os compromissos com pensões não estão relacionados com o desempenho, enquanto os emolumentos em numerário variáveis e o Plano de Incentivo de Longo Prazo estão relacionados com o desempenho.

A remuneração alvo regular de um ano (ou seja, o total de emolumentos fixos em numerário, emolumentos em numerário variáveis e direitos no âmbito do Plano de Incentivo de Longo Prazo) compreende os seguintes objetivos, quanto aos direitos relacionados com o desempenho: ― 25 por cento de emolumentos fixos em numerário; ― 30 por cento de emolumentos em numerário

variáveis de um ano; ― 45 por cento de emolumentos variáveis multianuais,

dos quais: ― cerca de 50 por cento de investimento obrigatório

em ações da Linde que têm de ser conservadas pelo menos durante quatro anos;

― cerca de 50 por cento de componentes de remuneração baseados em ações do Plano de Incentivo de Longo Prazo, dos quais: ― 80 por cento de ações de desempenho; ― 20 por cento de ações paritárias.

Nos componentes variáveis da remuneração, cerca de 40 por cento são determinados unicamente numa base anual e cerca de 60 por cento numa base multianual. Cerca de 65 por cento dos emolumentos variáveis estão diretamente ligados a indicadores de desempenho ou objetivos relativos à governação corporativa sustentável. Emolumentos fixos em numerário Cada membro do Conselho de Administração recebe emolumentos fixos mensais em numerário. Prestações em espécie/ Outros benefícios São igualmente oferecidas prestações em espécie, tributadas em conformidade com os regulamentos fiscais aplicáveis em cada caso. Compreendem, principalmente, o custo ou proveito monetário dos benefícios de seguro a taxas normais de mercado e a disponibilização de carros da empresa. Emolumentos em numerário variáveis Os emolumentos em numerário variáveis são baseados em dois índices-chave igualmente ponderados, o retorno sobre o capital investido (ROCE) e a margem de exploração, com base nas definições habituais utilizadas pelo Grupo que são apresentadas na ►

PÁGINA 43. Para cada um dos dois fatores de medição, um é definido como objetivo mínimo, sob a forma de um obstáculo ambicioso de desempenho. Se este obstáculo não for alcançado em relação a um dos fatores de medição, os emolumentos em numerário variáveis ligados a este fator não serão pagos. Se nenhum objetivo mínimo for alcançado, não haverá direito a quaisquer emolumentos em numerário variáveis. O montante dos emolumentos em numerário variáveis, com base no alcance dos objetivos do ROCE e da margem de exploração, poderá ser modificado por um componente de desempenho individual.

Se o direito à remuneração variável em numerário for conseguido, como resultado do cumprimento do objetivo, 60 por cento da remuneração variável em

caixa calculada nesta base serão pagos em numerário, sem outra obrigação que acompanhe o montante (componente em numerário). 40 por cento do montante total da remuneração variável de um ano serão pagos em numerário, ao mesmo tempo que o componente em numerário, mas haverá a obrigação de o membro do Conselho de Administração reinvestir esta parcela do montante total em ações da Linde AG (componente de diferimento). O membro do Conselho de Administração deverá investir o montante líquido do componente de diferimento (estimado em 50 por cento do montante bruto) em ações da Linde e deverá manter essas ações por um período de pelo menos quatro anos. Fatores de medição dos emolumentos em numerário variáveis Grupo ROCE A remuneração variável em numerário de todos os membros do Conselho de Administração baseia-se no ROCE do Grupo conseguido no exercício, numa medida em que cada membro recebe um valor fixo de um euro por cada cada 0,1 por cento do ROCE do Grupo alcançado. A remuneração variável em numerário só será paga se o ROCE do Grupo for maior ou igual a um retorno mínimo ambicioso sobre o capital que tenha sido definido (obstáculo de desempenho). Margem de exploração A remuneração variável em numerário é baseada na margem de exploração alcançada na área pela qual o membro do Conselho de Administração é responsável. A margem de exploração é calculada como a proporção entre o lucro operacional e a receita. Uma quantia fixa de euros é paga a cada membro do Conselho por cada 0,1 por cento de margem de exploração alcançada. No caso do Presidente do Conselho de Administração e do Diretor Financeiro, é baseada na margem de exploração do Grupo. No caso dos membros do Conselho de Administração responsáveis pelas operações, a margem é relevante, nos segmentos de gases ou na Divisão de Engenharia, pela qual sejam responsáveis. Em ambos os casos, o pagamento só será efetuado se as margens mínimas ambiciosas derivadas de condições específicas do mercado forem alcançadas. O Conselho de Supervisão poderá impor condições adicionais para o estabelecimento e o montante do direito à remuneração, ligadas à margem de exploração. Estas condições deverão ser definidas à luz da situação vigente no mercado. Componente de desempenho individual Para refletir o desempenho pessoal dos membros do Conselho de Administração, os montantes calculados com base nos dois fatores de medição (o ROCE do Grupo e a margem de exploração) são multiplicados, utilizando um multiplicador de desempenho de entre 0,8 e 1,2. O Conselho de Supervisão poderá exercer o seu poder discricionário para reduzir ou aumentar os valores calculados, como resultado da realização de um ou ambos os objetivos, em até 20 por cento, para ter em conta o desempenho individual do membro do Conselho de Administração.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Componente de diferimento Da remuneração variável em numerário, 40 por cento é paga, mas efetivamente adiada, uma vez que o membro do Conselho de Administração tem a obrigação de investir o montante líquido em ações da Linde e manter essas ações por um período de pelo menos quatro anos, a partir da data em que são transferidas para uma conta de valores mobiliários (ações de diferimento). O valor líquido do componente de diferimento é pago diretamente a um banco, com instruções para adquirir ações de diferimento para os membros do Conselho de Administração, com uma ordem de bloqueio, no terceiro dia de negociação da bolsa de valores após a Assembleia-Geral Anual da Linde AG, para transferir as ações para uma conta de valores mobiliários separada e para as gerir. As ações devem ter sido adquiridas recentemente no mercado. Não é possível utilizar ações para este efeito que já estejam na posse de membros do Conselho de Administração. As ações de diferimento conferem direito a dividendos durante o período de bloqueio. O dividendo será pago aos membros do Conselho de Administração. Limite O componente em numerário (ou seja, 60 por cento da remuneração variável em numerário, é calculado com base num ou em ambos os objetivos a serem cumpridos e pagos em numerário) é limitado a 250 por cento dos emolumentos fixos em numerário. O componente de diferimento (os restantes 40 por cento da remuneração variável em numerário) é limitado a 165 por cento dos emolumentos fixos em numerário à data em que é pago.

Em circunstâncias excecionais, que levem a um aumento imprevisto do valor das ações de diferimento, até ao final do período de bloqueio, se tal não se tiver devido ao desempenho do membro do Conselho de Administração, o Conselho de Supervisão terá o direito de o compensar através da redução da quantidade do montante em numerário e/ ou dos componentes de diferimento dos anos subsequentes. Revisões periódicas O Conselho de Supervisão conduz revisões periódicas das metas estabelecidas e da calibragem da remuneração variável, incluindo os obstáculos de desempenho, a fim de evitar potenciais distorções. Poderá igualmente ter em conta itens não recorrentes ou o impacto específico em ambos os fatores de medição (o ROCE do Grupo e a margem de exploração) de quaisquer projetos de investimento ou aquisição. Emolumentos baseados em ações Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 O regime acordado na Assembleia-Geral Anual de 4 de maio de 2012, prevê a concessão de opções de compra de ações da Linde (ações de desempenho) em parcelas anuais. É exigido aos membros do Conselho de Administração e executivos selecionados um investimento pessoal obrigatório em ações da empresa no início do regime. Pelas ações adquiridas por um participante neste regime, como um investimento pessoal, são concedidas ações gratuitas (ações paritárias) no final do período de carência de quatro anos, se forem respeitadas determinadas condições.

Aos membros do Conselho de Administração são concedidos opções e direitos a ações paritárias num montante especificado. O valor-alvo para cada parcela é de 1 000 000 EUR para o CEO e de entre 375 000 EUR e 625 000 EUR para os membros do Conselho de Administração. O número de opções ou direitos a ações paritárias a atribuir a cada membro do Conselho de Administração é determinado com base no valor justo por opção ou por direito a um ação paritária na data da concessão apurado num laudo atuarial. Da remuneração, 80 por cento do montante que poderá ser ganho, como resultado da sua participação no PILP de 2012, se o objetivo for alcançado, diz respeito a ações de desempenho e a 20 por cento de ações paritárias. A empresa poderá optar por fazer um pagamento em numerário aos participantes no regime em vez de emitir ações de desempenho e/ ou paritárias. Em circunstâncias excecionais, o Conselho de Supervisão poderá restringir em termos de conteúdo, em parte ou na íntegra, os direitos de opção e os direitos correspondentes concedidos aos membros do Conselho de Administração. A primeira parcela sob o PILP de 2012 foi emitida após a Assembleia-Geral Anual de 2012.

Opções de compra de ações de desempenho Cada opção confere o direito, se forem respeitados determinados objetivos, a comprar uma ação da Linde AG (ações de desempenho) ao preço de exercício, o que equivale, em cada caso, ao menor preço de emissão, atualmente de 2,56 EUR. As opções numa parcela têm um mandato de cinco anos. Se estiverem reunidas as condições necessárias para o exercício das opções, poderão ser exercidas pela primeira vez após ter expirado um período de carência de quatro anos, calculado a partir da data de emissão (o período de desempenho). As opções apenas poderão ser exercidas se certos objetivos de desempenho forem alcançados, baseados nos movimentos em lucros por ação e retorno relativo total do acionista. Igual ponderação será dada a estes dois objetivos de desempenho em termos do total de opções atribuídas. Se as opções numa parcela particular se tornarem exercíveis, deverá ser alcançado um objetivo mínimo para cada um destes objetivos de desempenho, e há igualmente um objetivo arrojado. Se o objetivo arrojado de um desses objetivos de desempenho for alcançado, todas as opções relativas a esse objetivo de desempenho dessa parcela particular se tornam exercíveis.

A informação complementar sobre o valor das opções, sobre a estrutura, as condições e, em especial, os objetivos do sistema de desempenho é dada na ► NOTA [26] DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO.

Investimento pessoal e ações paritárias O número de ações da Linde a ser contribuído, como um investimento pessoal, pelos membros do Conselho de Administração corresponde ao número de direitos a ações paritárias que lhes são concedidos por parcela. Por cada ação da Linde contribuída por um participante neste regime, como um investimento pessoal, e mantida pelo participante durante o período de carência para opções, será concedida gratuitamente uma ação paritária da Linde. As condições para

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA)

a concessão de ações paritárias são um investimento pessoal em ações da empresa, no momento apropriado, pelo participante neste regime, a manutenção irrestrita de tais ações durante o período de carência e a existência de um contrato de serviço no final do período de carência em relação ao qual não tenha sido dado nenhum aviso de despedimento.

No período em análise, foram os seguintes os movimentos das opções e os direitos a ações paritárias, emitidos aos membros do Conselho de Administração, no âmbito do Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012: 2. OPÇÕES, AÇÕES PARITÁRIAS – PLANO DE INCENTIVO DE LONGO PRAZO DE 2012

Membros do Conselho de Administração em funções a 31.12.2016

Opções Ações paritárias

A 1.01. Concedidas no exercício

Exercidas no exercício

Executadas no exercício A 31.12.

A 1.01.

Concedidas no exercício

Exercidas no exercício

Executadas no exercício A 31.12.

em unidades em unidades em unidades em unidades em unidades em unidades em unidades em unidades em unidades em unidades

Professor Dr. Aldo Belloni (Presidente) (a 8.12.2016)

2015 2016

– 21 2201

– –

– –

– 8419

– 12 801

– 23761

– –

– –

– 915

– 1461

Dr. Christian Bruch

2015 2016

25922 7062

4470 5373

– –

– 673

7062 11 762

2912 766

475 618

– –

– 73

766 1311

Bernd Eulitz 2015 2016

31812 7651

4470 5373

– –

– 1262

7651 11 762

3552 830

475 618

– –

– 137

830 1311

Sanjiv Lamba 2015 2016

21 220 27 180

5960 7165

– –

– 8419

27 180 25 926

2376 3009

633 824

– –

– 915

3009 2918

TOTAL 2015 26 993 14 900 – – 41 893 3022 1583 – – 4605

TOTAL 2016 63 113 17 911 – 18 773 62 251 6981 2060 – 2040 7001

Membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho de Administração em 20163

Thomas Blades (até 30.06.2016)

2015 2016

21 220 27 180

5960 –

– –

– 27 180

27 180 –

2376 3009

633 –

– 3009

– –

3009 –

Dr. Wolfgang Büchele (Presidente) (até 7.12.2016)

2015 2016

12 304 24 225

11 921 14 329

– –

– 38 554

24 225 –

1428 2695

1267 1647

– 4342

– –

2695 –

Georg Denoke (até 13.09.2016)

2015 2016

22 758 30 208

7450 8956

– –

– 22 706

30 208 16 458

2555 3347

792 1030

– 1608

– 915

3347 1854

1 Direitos em circulação no início do período de referência do tempo gasto como membro do Conselho de Administração da Linde AG antes de reingressar a 8 de dezembro de 2016. 2 Direitos em circulação no início do período de referência do tempo gasto como executivos no Grupo Linde. 3 A informação relativa à cessação das atividades do Conselho de Administração poderá ser encontrada na secção intitulada “Pagamentos feitos a membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho em 2016”.

O período de carência para opções mantidas a 31 de dezembro de 2016 ainda não expirou. O preço de exercício de todas as opções é atualmente de 2,56 EUR por opção. Durante o período de referência, não expirou nenhuma opção do Conselho de Administração.

Em 2016, as ações paritárias relativas à parcela de 2012 foram atribuídas sob a forma de pagamento do valor equivalente das ações paritárias em numerário.

A média ponderada do prazo remanescente das opções e direitos a ações paritárias é de 1,7 anos (2015: 1,8 anos).

No exercício de 2016, como exigência prévia para a participação na parcela de 2016 do Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012, os membros do

Conselho de Administração em funções fizeram o seguinte investimento pessoal em ações da empresa Linde: Dr. Wolfgang Büchele 1647 (2015: 1267), Dr. Christian Bruch 618 (2015: 475), Georg Denoke 1030 (2015: 792), Bernd Eulitz 618 (2015: 475) e Sanjiv Lamba 824 (2015: 633). Em 2016, não foram concedidas nem opções nem direitos a ações paritárias ao Professor Aldo Belloni e a Thomas Blades. Também não fizeram qualquer investimento pessoal em 2016.

A informação acerca das regras que se aplicam aos regimes de opção, no caso de uma mudança de controlo, é dada nas ► PÁGINAS 101 A 104 do relatório de gestão combinada da Linde AG e do Grupo Linde (Divulgações em conformidade com os § 289 (4), § 315 (4) do Código Comercial Alemão (HGB)).

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Custo total dos emolumentos com base em ações e remensuração das ações virtuais O custo total dos emolumentos com base em ações foi, em 2016, de 13 milhões de EUR (2015: 6 milhões de EUR). No exercício, foi reconhecido o seguinte custo em matéria de instrumentos de pagamento com base em ações mantidos pelos membros do Conselho de Administração atualmente em funções e o ganho obtido pela remensuração dos direitos atuais a ações virtuais da Linde: 3. CUSTO DOS PAGAMENTOS BASEADOS EM AÇÕES E VARIAÇÃO NO VALOR DOS DIREITOS EXISTENTES A AÇÕES

VIRTUAIS

Membros do Conselho de Administração em funções a 31.12.2016

em EUR Custo dos pagamentos baseados

em ações (sem ações virtuais) Variação no valor

das ações virtuais1

Professor Dr. Aldo Belloni (Presidente) (a 8.12.2016)

2015 2016

– –

– –

Dr. Christian Bruch 2015

2016 72 648

166 129 – –

Bernd Eulitz 2015

2016 70 391

168 929 – –

Sanjiv Lamba 2015

2016 177 881 334 848

18 912 25 390

Membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho de Administração em 20162

em EUR

Thomas Blades (até 30.06.2016) 2015

2016 177 881

–761 1363 21 856

–115 903

Dr. Wolfgang Büchele (Presidente) (até 7.12.2016) 2015

2016 395 929

–541 7313 – –

Georg Denoke (até 13.09.2016) 2015

2016 227 403 471 019

24 876 –42 740

TOTAL 2015 1 122 133 65 644

TOTAL 2016 –161 942 –133 253 1 Em 2012 e 2013, 40 por cento da remuneração variável em numerário foi convertida, na data de balanço, em ações virtuais com direito a dividendo a não ser pago por pelo menos mais três anos. (Os valores pagos em cada caso estão dependentes dos movimentos no preço da ação da Linde.)

2 A informação relativa à cessação das atividades do Conselho de Administração poderá ser encontrada na secção intitulada “Pagamentos feitos a membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho em 2016”.

3 Reversão, na demonstração de resultados, de parcelas anuais de remuneração baseada em ações anteriormente reconhecidas como despesa no momento em que o membro saiu.

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Nas demonstrações financeiras estatutárias da Linde AG, a empresa tem feito uso da opção de não reconhecer os sistemas de remuneração com base em ações como despesas com pessoal, em conformidade com as normas legais. Para as ações paritárias dos colaboradores da Linde AG, foi reconhecido como uma despesa um custo de 2,1 milhões de EUR (2015: 1,4 milhões de EUR), em conformidade com o Código Comercial Alemão (HGB). Deste montante, 0,3 milhões de EUR (2015: EUR 0,4 milhões de EUR) estão relacionados com os direitos a ações paritárias dos membros do Conselho de Administração. Compromissos com pensões Para os membros do Conselho de Administração da empresa que a ele se juntaram a 1 de janeiro de 2012 ou depois disso, foi introduzido um regime de pensões de contribuição definida, sob a forma de um compromisso direto, o que proporcionará benefícios que compreendem pensões de velhice, pensões de invalidez e pensões de sobrevivência de dependentes.

Para os novos membros, as contribuições anuais por parte da empresa, durante o período de trabalho, serão de 45 por cento dos emolumentos fixos em numerário (e, por isso, de cerca de 11 por cento dos emolumentos alvo). Após 15 anos de serviço no Conselho, será alcançado um nível de pensão alvo de cerca de 50 por cento dos emolumentos fixos finais em numerário como pensão de velhice. O capital é investido por um fornecedor externo. O compromisso com pensões está concebido para ser semelhante ao Plano de Pensões da Linde (Linde Vorsorgeplan) para colaboradores. É providenciado um seguro de insolvência como um resultado da integração dos compromissos com pensões no existente Acordo Contratual de Confiança (CTA). As contribuições participam no desempenho do CTA e participam igualmente em potenciais excedentes do CTA. O modelo prevê um juro mínimo garantido de 3 por cento, acrescido de qualquer desempenho superior ao previsto. A pensão de velhice regular é pagável a partir dos 65 anos e, no caso de reforma antecipada, a partir dos 62. As contribuições dos

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA)

empregadores são legalmente não passíveis de perda, em conformidade com os planos de pensões profissionais alemães (BetrAVG). Quando os benefícios vencem, o membro do Conselho de Administração tem direito ao saldo da conta incluindo os juros garantidos. No caso de morte ou invalidez, será pago um benefício mínimo por um período de serviço no Conselho de menos de dez anos. Neste caso, o montante a pagar é coberto pelas contribuições que faltam para o montante que teria sido pago se o membro do Conselho de Administração tivesse estado ao serviço do Conselho durante dez anos (até à idade máxima de 65 anos), desde que o período em que esteve ao serviço do Conselho tiver sido, pelo menos, de três anos. Os beneficiários da conta de pensão completa são, em primeiro lugar, a viúva, o viúvo ou o parceiro civil sobrevivente do membro do Conselho de Administração e, em segundo lugar, os órfãos do membro do Conselho de Administração se não houver viúva, viúvo ou parceiro civil sobrevivente.

A pensão a pagar será calculada com base nas tábuas de mortalidade e taxas de juros que forem válidos quando a pensão for calculada. Em todos os casos, o membro do Conselho de Administração poderá optar por ter a sua pensão paga de uma de três maneiras: ― como um montante fixo; ― em cinco a dez frações anuais, com acréscimo de

juros (dependendo do prazo), até que os pagamentos vençam;

― sob a forma de pagamentos vitalícios, incluindo um aumento anual de 1 por cento ao ano.

A pedido e com o acordo do Grupo, o membro do Conselho de Administração poderá optar por outras variantes de pagamento.

Os compromissos de pensão para com Georg Denoke e Sanjiv Lamba, que já estavam no Conselho de Administração da empresa a 1 de janeiro de 2012, estão estabelecidos em contratos individuais. A pensão baseia-se numa percentagem específica dos últimos emolumentos mensais fixos pagos que contam para a reforma. A taxa percentual de entrada é de 20 por cento. Esta percentagem aumenta 2 por cento por cada ano de serviço completado como membro do Conselho de Administração. A percentagem máxima que poderá ser obtida para a pensão é de 50 por cento dos últimos emolumentos mensais fixos pagos. Os pagamentos são feitos mensalmente assim que o membro sair do Grupo e for elegível para receber a sua pensão (pensão de velhice a partir dos 65 anos, pensão por incapacidade médica ou incapacidade para o trabalho e pensão de sobrevivência dos dependentes em caso de morte). Os cônjuges viúvos receberão 60 por cento da pensão do membro do Conselho de Administração falecido. Os compromissos incluem igualmente os benefícios para quaisquer órfãos ou crianças que tenham perdido um dos pais. Cada criança que tenha direito a uma pensão de alimentos receberá de 10 por cento (no caso das crianças que tenham perdido um dos pais) a um máximo de 25 por cento (no caso de órfãos) da pensão da parte contratante, geralmente até aos 18 anos, embora a pensão de alimentos possa continuar a ser paga até que ele ou ela atinja os 27 anos. Se o falecido tiver deixado vários filhos, os montantes serão reduzidos

proporcionalmente e limitados, no total, a metade da pensão a que a parte contratante tinha direito. Os pagamentos totais de pensão de alimentos a dependentes sobreviventes não deverá exceder o montante total da pensão da parte contratante. As pensões correntes são ajustadas anualmente para ter em conta a variação no índice de preços ao consumidor para casas particulares, com base em informação fornecida pelo Serviço de Estatística alemão. Se um membro do Conselho de Administração tiver atingido os 55 anos e completado dez anos ao serviço do Conselho de Administração, e o seu contrato de trabalho tiver sido rescindido precocemente pelo Conselho de Supervisão ou o seu mandato não tiver sido prorrogado por razões independentes da vontade do membro do Conselho de Administração, ele ou ela receberão imediatamente a pensão auferida, tendo em conta outros rendimentos. Se, no entanto, um membro do Conselho de Administração não tiver completado dez anos de serviço ou se o contrato de trabalho for rescindido antes de ele ou ela atingirem os 55 anos, ele ou ela adquirem por lei o direito a uma pensão como suplemento à pensão complementar de reforma no valor especificado por lei, desde que o membro do Conselho de Administração tenha sido contratado pela empresa por um período mínimo de três anos consecutivos.

No contrato de trabalho, celebrado a 7 de dezembro de 2016, com o membro do Conselho de Administração, Professor Dr. Aldo Belloni, não lhe foram concedidos quaisquer benefícios de pensão complementar de reforma.

Emolumentos do Conselho de Administração para 2016 No que respeita à composição do Conselho de Administração, foram efetuadas as seguintes mudanças no exercício de 2016: Thomas Blades deixou o Conselho de Administração e a empresa a 30 de junho de 2016. Georg Denoke deixou o Conselho de Administração a 13 de setembro de 2016; o seu contrato de trabalho terminará a 28 de fevereiro de 2017. O Dr. Wolfgang Büchele renunciou aos cargos de CEO e de membro do Conselho de Administração no final de 7 de dezembro de 2016; o seu contrato de trabalho terminará a 30 de abril de 2017. A informação relativa à cessação das atividades do Conselho de Administração poderá ser encontrada na secção intitulada “Pagamentos feitos a membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho em 2016”. O Professor Dr. Aldo Belloni foi nomeado membro do Conselho de Administração e CEO, com efeitos a partir de 8 de dezembro de 2016. Fora já membro do Conselho de Administração entre 1 de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2014.

A remuneração total em numerário dos membros do Conselho de Administração, no exercício das suas funções na Linde AG e nas suas subsidiárias e/ ou no exercício de 2016, foi de 10 070 838 EUR (2015: 11 578 045 EUR). Desse montante, 3 772 668 EUR (2015: 4 295 945 EUR) estão relacionados com componentes de remuneração fixa que não estão relacionados com o desempenho e 6 298 170 EUR (2015: 7 282 100 EUR) com componentes de remuneração variáveis a curto prazo ou a longo prazo relacionados com o desempenho. O cálculo de prestações em espécie e

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

outros benefícios foi baseada no seu valor para efeitos fiscais. Serão pagos 60 por cento dos emolumentos em numerário variáveis, isto é, 3 778 902 EUR (2015: 4 369 260 EUR). Terão de ser investidos (após a dedução de impostos) 40 por cento, isto é, 2 519 268 EUR (2015: 2 912 840 EUR), em ações da Linde que deverão ser mantidas por um período de carência de quatro anos. Este constitui, pois, um componente de remuneração a longo prazo. A remuneração total dos membros do Conselho de Administração foi, em 2016, de 12 945 883 EUR (2015: 14 953 014 EUR). Incluídas na remuneração total estão as opções e os direitos a ações paritárias que foram concedidos aos membros do Conselho de Administração, no âmbito do Plano de Incentivo de Longo Prazo. Em ambos os casos, as opções e ações paritárias são incluídas na atribuição pelo seu valor. No exercício de 2016,foram concedidas

aos membros do Conselho de Administração um total de 41 196 (2015: 40 231) opções com um valor de atribuição de 55,83 EUR (2015: 67,11 EUR) por opção e 4737 (2015: 4275) direitos a ações paritárias com um valor de atribuição de 121,40 EUR (2015: 157,91 EUR) por direito a uma ação paritária. Destas opções e direitos a ações paritárias, 23 285 opções e 2677 direitos a ações paritárias são atribuíveis aos membros do Conselho de Administração que agora saíram.

Sob reserva da aprovação das demonstrações financeiras anuais da Linde AG, relativas ao exercício encerrado a 31 de dezembro de 2016, os emolumentos para os membros individuais do Conselho de Administração relativos a 2016 (incluindo os emolumentos variáveis calculados com base no ROCE do Grupo após itens não recorrentes de 8,5 por cento) são os seguintes:

4. REMUNERAÇÃO TOTAL DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Membros do Conselho de Administração em funções a 31.12.2016

Emolumentos em numerário Plano de Incentivo

de Longo Prazo Total Pensões

Opções Ações

paritárias

Emolumentos

fixos

Prestações em

espécie/ Outros

benefícios Emolumentos em numerário

variáveis

Emolumentos totais em

numerário²

Valor na data da

concessão

Valor na data da

concessão Emolumentos

totais

Custo do serviço no

exercício3 IFRS

Custo do serviço no exercício3

HGB

em EUR correntes1

(60%)

não correntes2

(40%)

Professor Dr. Aldo Belloni (Presidente) (a 8.12.2016)

2015 2016

– 77 419

– 153

– 70 769

– 47 179

– 195 520

– –

– –

– 195 520

– –

– –

Dr. Christian Bruch 2015 2016

500 000 500 000

20 630 28 025

476 070 470 850

317 380 313 900

1 314 080 1 312 775

299 982 299 975

75 007 75 025

1 689 069 1 687 775

305 849 274 210

244 679 221 028

Bernd Eulitz 2015 2016

500 000 500 000

28 157 24 207

522 090 533 700

348 060 355 800

1 398 307 1 413 707

299 982 299 975

75 007 75 025

1 773 296 1 788 707

308 020 261 243

246 416 220 542

Sanjiv Lamba 2015 2016

600 000 600 000

16 709 18 404

732 840 739 320

488 560 492 880

1 838 109 1 850 604

399 976 400 022

99 957 100 034

2 338 042 2 350 660

274 349 252 223

150 294 177 952

Membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho de Administração em 20164

em EUR

Thomas Blades (até 30.06.2016)

2015 2016

600 000 300 000

21 955 11 704

722 760 364 080

481 840 242 720

1 826 555 918 504

399 976 –

99 957 –

2 326 488 918 504

309 022 0

270 394 0

Dr. Wolfgang Büchele (Presidente) (até 7.12.2016)

2015 2016

1 200 000 1 122 581

37 733 46 979

1 075 500 1 008 451

717 000 672 301

3 030 233 2 850 312

800 018 799 988

200 072 199 946

4 030 323 3 850 246

651 268 0

539 175 0

Georg Denoke (até 13.09.2016)

2015 2016

750 000 527 083

20 761 16 113

840 000 591 732

560 000 394 488

2 170 761 1 529 416

499 970 500 013

125 065 125 042

2 795 796 2 154 471

256 911 165 849

139 917 116 652

TOTAL 2015 4 150 000 145 945 4 369 260 2 912 840 11 578 045 2 699 904 675 065 14 953 014 2 105 419 1 590 875

(em %) 28 1 29 19 77 18 5 100

TOTAL 2016 3 627 083 145 585 3 778 902 2 519 268 10 070 838 2 299 973 575 072 12 945 883 953 525 736 174

(em %) 28 1 29 20 78 18 4 100 1 60 por cento da remuneração variável em numerário é paga diretamente no ano a seguir à data de balanço. 2 40 por cento da remuneração variável em numerário é paga no ano a seguir à data de balanço com a obrigação de adquirir ações da Linde e de as manter por pelo menos quatro anos. 3 Nenhum custo do serviço passado surgiu nos exercícios de 2015 ou 2016. 4 A informação relativa à cessação das atividades do Conselho de Administração poderá ser encontrada na secção intitulada “Pagamentos feitos a membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho em 2016”.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA)

Na data de balanço, o valor presente para efeitos de contabilidade de compromissos com pensões relativos aos membros individuais do Conselho foi o seguinte: Professor Dr. Aldo Belloni 4 745 363 EUR (2015: 0 EUR) (Grupo), 3 755 068 EUR (2015: 0 EUR) (Linde AG); Dr. Wolfgang Büchele 0 EUR (2015: 1 111 884 EUR) (Grupo), 0 EUR (2015: 1 006 674 EUR) (Linde AG); Thomas Blades 0 EUR (2015: 1 262 717 EUR) (Grupo), 0 EUR (2015: 1 181 352 EUR) (Linde AG); Dr. Christian Bruch 1 221 132 EUR (2015: 848 196 EUR) (Grupo), 848 899 EUR (2015: 654 033 EUR) (Linde AG); Georg Denoke 2 246 635 EUR (2015: 2 789 595 EUR) (Grupo), 1 322 106 EUR (2015: 1 965 365 EUR) (Linde AG); Bernd Eulitz 1 182 177 EUR (2015: 861 327 EUR) (Grupo), 877 330 EUR (2015: 692 771 EUR) (Linde AG); Sanjiv Lamba 1 576 405 EUR (2015: 1 158 813 EUR) (Grupo), 946 275 EUR (2015: 819 326 EUR) (Linde AG). Com base no seu contrato de trabalho, datado de 7 de dezembro de 2016, o Professor Dr. Aldo Belloni não adquiriu quaisquer direitos de pensão. A variação no valor presente dos compromissos com pensões é o resultado de mudanças de titularidade, do desaparecimento de juros de direitos adquiridos em anos anteriores e de perdas atuariais. Os valores presentes dos compromissos com pensões relativos ao Dr. Christian Bruch e a Bernd Eulitz, que foram nomeados para o Conselho de Administração a 1 de janeiro de 2015, incluem os direitos adquiridos pelo tempo passado como executivos no Grupo Linde.

Divulgações em conformidade com as exigências do Código Alemão de Governação Corporativa No quadro seguinte, é divulgada a remuneração atribuída ao Conselho de Administração no exercício de 2016, incluindo outros benefícios e incluindo os emolumentos máximo e mínimo atingíveis no caso dos componentes variáveis da remuneração, em conformidade com as exigências estabelecidas no Código de Governação Corporativa Alemão. Em contraste com o ► QUADRO INTITULADO “REMUNERAÇÃO

TOTAL DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO”, a remuneração variável de um ano é descrita no quadro seguinte para o valor-alvo, que é o valor que seria aplicável se todos os objetivos fossem plenamente cumpridos. Tal como no ► QUADRO INTITULADO “REMUNERAÇÃO TOTAL DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO”, as opções e os direitos a ações paritárias incluídos na remuneração baseada em ações (Plano de Incentivo de Longo Prazo) são reportados pelo seu valor justo na data da concessão. Os direitos de opção e os direitos a ações paritárias só se tornam exercíveis ou só são atribuídos após ter decorrido um período de carência de quatro anos. Em todos os casos, o número de direitos de opção ou direitos a ações paritárias é determinado pelos objetivos reais alcançados após ter expirado o período de carência. Assim, o valor dos direitos podem ser maiores ou menores do que os valores divulgados no quadro seguinte, dependendo do preço prevalecente da ação à data da transferência. Além disso, em contraste com o ► QUADRO INTITULADO “REMUNERAÇÃO TOTAL DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO”, no quadro seguinte, a remuneração total inclui a despesa com pensões.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

5. REMUNERAÇÃO ATRIBUÍDA DURANTE O ANO Membros do Conselho de Administração em funções a 31.12.2016

Professor Dr. Aldo Belloni Membro do Conselho de Administração desde 8.12.2016

Presidente do Conselho de Administração desde 8.12.2016

Remuneração atribuída durante o ano, em EUR 2015 2016 2016 (Mín) 2016 (Máx)

Emolumentos fixos – 77 419 77 419 77 419

Outros benefícios – 153 153 153

TOTAL – 77 572 77 572 77 572

Emolumentos variáveis de um ano

Emolumentos em numerário de curto prazo1, 2 – 71 315 0 193 548

Emolumentos variáveis multianuais – 47 544 0 127 741

incluindo emolumentos em numerário de longo prazo (diferimento)3, 4 – 47 544 0 127 741

incluindo Plano de Incentivo de Longo Prazo (período de carência: 4 anos)5

Opções – – – – Ações paritárias – – – –

TOTAL – 196 431 77 572 398 861

Custo do serviço – – – – EMOLUMENTOS TOTAIS – 196 431 77 572 398 861

Membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho de Administração em 20166

Remuneração atribuída durante o ano, em EUR

Emolumentos fixos

Outros benefícios

TOTAL

Emolumentos variáveis de um ano

Emolumentos em numerário de curto prazo1, 2

Emolumentos variáveis multianuais

incluindo emolumentos em numerário de longo prazo (diferimento)3, 4

incluindo Plano de Incentivo de Longo Prazo (período de carência: 4 anos)5

Opções

Ações paritárias

TOTAL

Custo do serviço

EMOLUMENTOS TOTAIS

1 60 por cento da remuneração variável em numerário é paga em numerário sem nenhuma outra obrigação incumbente ao membro do Conselho de Administração. 2 Limitado a 250 por cento dos emolumentos fixos. Os valores individuais máximos divulgados são os valores máximos potenciais em termos de montante, em conformidade com o limite superior acordado: isto é, 250 por cento dos emolumentos fixos.

3 40 por cento da remuneração variável em numerário é paga em numerário com a obrigação de adquirir ações da Linde e de as manter por pelo menos quatro anos. 4 Limitado a 165 por cento dos emolumentos fixos. Os valores individuais máximos divulgados são os valores máximos potenciais em termos de montante, em conformidade com o limite superior acordado: isto é, 165 por cento dos emolumentos fixos.

5 O valor das opções e dos direitos a ações paritárias não está limitado em termos de montante, uma vez decorrido o período de carência. Os valores divulgados são os montantes individuais máximos se simultaneamente os objetivos de desempenho forem cumpridos na íntegra e forem baseados na cotação de fecho das ações da Linde a 31 de dezembro de 30 de dezembro de 2016 (156,10 EUR).

6 A informação relativa à cessação das atividades do Conselho de Administração poderá ser encontrada na secção intitulada “Pagamentos feitos a membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho em 2016”.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA)

Dr. Christian Bruch

Membro do Conselho de Administração desde 1.01.2015 Bernd Eulitz

Membro do Conselho de Administração desde 1.01.2015 Sanjiv Lamba

Membro do Conselho de Administração desde 9.03.2011

2015 2016 2016 (Mín.) 2016 (Máx.) 2015 2016 2016 (Mín.) 2016 (Máx.) 2015 2016 2016 (Mín.) 2016 (Máx.)

500 000 500 000 500 000 500 000 500 000 500 000 500 000 500 000 600 000 600 000 600 000 600 000

20 630 28 025 28 025 28 025 28 157 24 207 24 207 24 207 16 709 18 404 18 404 18 404

520 630 528 025 528 025 528 025 528 157 524 207 524 207 524 207 616 709 618 404 618 404 618 404

487 950 447 900 0 1 250 000 534 060 525 960 0 1 250 000 775 800 738 240 0 1 500 000

700 289 673 600 0 1 745 440 731 029 725 640 0 1 745 440 1 017 133 992 216 0 2 217 740

325 300 298 600 0 825 000 356 040 350 640 0 825 000 517 200 492 160 0 990 000

299 982 299 975 0 823 970 299 982 299 975 0 823 970 399 976 400 022 0 1 099 114

75 007 75 025 0 96 470 75 007 75 025 0 96 470 99 957 100 034 0 128 626

1 708 869 1 649 525 528 025 3 523 465 1 793 246 1 775 807 524 207 3 519 647 2 409 642 2 348 860 618 404 4 336 144

305 849 274 210 274 210 274 210 308 020 261 243 261 243 261 243 274 349 252 223 252 223 252 223

2 014 718 1 923 735 802 235 3 797 675 2 101 266 2 037 050 785 450 3 780 890 2 683 991 2 601 083 870 627 4 588 367

Thomas Blades

Membro do Conselho de Administração de 8.03.2012 a 30.06.2016

Dr. Wolfgang Büchele Membro do Conselho de Administração desde 1.05.2014

Presidente do Conselho de Administração de 20.05.2014 a 7.12.2016

Georg Denoke Membro do Conselho de Administração

de 12.09.2006 a 13.09.2016

2015 2016 2016 (Mín.) 2016 (Máx.) 2015 2016 2016 (Mín.) 2016 (Máx.) 2015 2016 2016 (Mín.) 2016 (Máx.)

600 000 300 000 300 000 300 000 1 200 000 1 122 581 1 122 581 1 122 581 750 000 527 083 527 083 527 083

21 955 11 704 11 704 11 704 37 733 46 979 46 979 46 979 20 761 16 113 16 113 16 113

621 955 311 704 311 704 311 704 1 237 733 1 169 560 1 169 560 1 169 560 770 761 543 196 543 196 543 196

742 200 366 600 0 750 000 1 095 900 1 016 245 0 2 943 548 856 500 596 577 0 1 317 708

994 733 244 400 0 495 000 1 730 690 1 677 430 0 4 398 913 1 196 035 1 022 773 0 2 404 574

494 800 244 400 0 495 000 730 600 677 496 0 1 942 741 571 000 397 718 0 869 687

399 976 – – – 800 018 799 988 0 2 199 075 499 970 500 013 0 1 374 104

99 957 – – – 200 072 199 946 0 257 097 125 065 125 042 0 160 783

2 358 888 922 704 311 704 1 556 704 4 064 323 3 863 235 1 169 560 8 512 021 2 823 296 2 162 546 543 196 4 265 478

309 022 289 509 289 509 289 509 651 268 631 395 631 395 631 395 256 911 165 849 165 849 165 849

2 667 910 1 212 213 601 213 1 846 213 4 715 591 4 494 630 1 800 955 9 143 416 3 080 207 2 328 395 709 045 4 431 327

31

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

No quadro seguinte, em conformidade com as exigências definidas no Código de Governação Corporativa Alemão, é divulgada a remuneração recebida, compreendendo emolumentos fixos, outros benefícios, emolumentos variáveis de um ano e emolumentos variáveis multianuais, estabelecidos em conformidade com o ano de referência relevante e com despesas com pensões e/ ou para o exercício de 2016. O quadro de remuneração recebida não inclui qualquer remuneração de antigos membros do Conselho de Administração.

No caso do Prof. Doutor Aldo Belloni, apenas é apresentada a remuneração recebida como membro ativo do Conselho de Administração e não também os benefícios que recebeu com base nas suas atividades

anteriores para o Conselho de Administração, que terminou em 2014. Durante a vigência do seu contrato de trabalho, o Professor Dr. Aldo Belloni não tem qualquer direito a benefícios de reforma que de outra forma teria com base na sua atividade anterior como membro do Conselho de Administração da empresa. Em contraste com os emolumentos variáveis multianuais concedidos, atrás divulgados, este quadro mostra o valor real de emolumentos multianuais concedidos no ano anterior e recebidos em 2016. No exercício de 2016, a parcela de 2012 do Plano de Incentivo de Longo Prazo foi atribuída quando o período de carência chegou ao fim; nenhuma parcela dos Planos de Incentivo de Longo Prazo tinha sido exercível no ano anterior.

6. REMUNERAÇÃO RECEBIDA DURANTE O ANO Membros do Conselho de Administração em funções a 31.12.2016 Professor Dr. Aldo Belloni Membro

do Conselho de Administração desde 8.12.2016

Presidente do Conselho de Administração desde 8.12.2016

Dr. Christian Bruch Membro do Conselho de

Administração desde 1.01.2015

Bernd Eulitz Membro do Conselho de

Administração desde 1.01.2015

Sanjiv Lamba Membro do Conselho de

Administração desde 9.03.2011 Remuneração recebida durante o ano, em EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 Emolumentos fixos – 77 419 500 000 500 000 500 000 500 000 600 000 600 000 Outros benefícios – 153 20 630 28 025 28 157 24 207 16 709 18 404 TOTAL – 77 572 520 630 528 025 528 157 524 207 616 709 618 404 Emolumentos variáveis de um ano

Emolumentos em numerário de curto prazo1 – 70 769 476 070 470 850 522 090 533 700 732 840 739 320 Emolumentos variáveis multianuais – 47 179 317 380 323 331 348 060 373 499 488 560 1 100 414

incluindo emolumentos em numerário de longo prazo (diferimento de 2016)1 – 47 179 317 380 313 900 348 060 355 800 488 560 492 880

incluindo emolumentos em numerário de longo prazo (diferimento de 2012)2 – – – – – – – 489 325

incluindo Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 (período de carência: 2012-2016) – – – 9431 – 17 699 – 118 209

Outros – 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL – 195 520 1 314 080 1 322 206 1 398 307 1 431 406 1 838 109 2 458 138 Custo do serviço – – 305 849 274 210 308 020 261 243 274 349 252 223 EMOLUMENTOS TOTAIS – 195 520 1 619 929 1 596 416 1 706 327 1 692 649 2 112 458 2 710 361 Membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho de Administração em 20163

Thomas Blades Membro do Conselho de

Administração de 8.03.2012 a 30.06.2016

Dr. Wolfgang Büchele Membro do Conselho de

Administração desde 1.01.2015 Presidente do Conselho de

Administração de 20.05.2014 a 7.12.2016

Georg Denoke Membro do Conselho de

Administração de 12.09.2006 a 13.09.2016

Remuneração recebida durante o ano, em EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 Emolumentos fixos 600 000 300 000 1 200 000 1 122 581 750 000 527 083 Outros benefícios 21 955 11 704 37 733 46 979 20 761 16 113 TOTAL 621 955 311 704 1 237 733 1 169 560 770 761 543 196 Emolumentos variáveis de um ano

Emolumentos em numerário de curto prazo1 722 760 364 080 1 075 500 1 008 451 840 000 591 732 Emolumentos variáveis multianuais 481 840 242 720 717 000 672 301 560 000 512 697

incluindo emolumentos em numerário de longo prazo (diferimento de 2016)1 481 840 242 720 717 000 672 301 560 000 394 488

incluindo emolumentos em numerário de longo prazo (diferimento de 2012)2 – – – – – –

incluindo Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 (período de carência: 2012-2016) – – – – – –

Outros 0 0 0 0 0 0

TOTAL 1 826 555 918 504 3 030 233 2 850 312 2 170 761 1 647 625

Custo do serviço 309 022 289 509 651 268 631 395 256 911 165 849

EMOLUMENTOS TOTAIS 2 135 577 1 208 013 3 681 501 3 481 707 2 427 672 1 813 474

1 60 por cento da remuneração variável em numerário é paga em numerário sem nenhuma outra obrigação incumbente ao membro do Conselho de Administração. 40 por cento da remuneração variável em numerário é paga em numerário com a obrigação de adquirir ações da Linde e de as manter por pelo menos quatro anos.

2 Em 2012 e 2013, 40 por cento da remuneração variável em numerário foi convertida, na data de balanço, em ações virtuais com direito a dividendo a não ser pago por pelo menos mais três anos. 3 A informação relativa à cessação das atividades do Conselho de Administração poderá ser encontrada na secção intitulada “Pagamentos feitos a membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho em 2016”.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA)

Outras disposições relacionadas com a remuneração O Conselho de Supervisão tem o direito de, segundo o seu próprio critério, conceder um pagamento especial a um membro do Conselho de Administração por um desempenho excecional. Uma vez mais, no exercício de 2016, nenhum pagamento deste tipo foi concedido. Qualquer pagamento especial potencial é limitado a um montante que, quando considerado em conjunto com o componente em numerário e o componente de diferimento para esse exercício, não poderá exceder o limite, em termos de montante, dos emolumentos variáveis de um ano.

Benefícios em caso de rescisão de um contrato No caso de o membro do Conselho de Administração, Sanjiv Lamba, não ser reconduzido, entre os 55 e os 63 anos, por razões alheias à sua vontade, receberá, em conformidade com o contrato existente, uma indemnização de montante fixo de 50 por cento da sua remuneração anual em numerário (emolumentos fixos e a parte dos emolumentos em numerário variáveis que deverão ser pagos em numerário sem a obrigação de um investimento em ações (60 por cento)) relativo ao último exercício completo antes da conclusão do seu emprego.

Em conformidade com o Código de Governação Corporativa Alemão, todos os contratos com os membros do Conselho de Administração, com a exceção do contrato com o Professor Dr. Aldo Belloni, incluem a seguinte disposição. Em caso de rescisão antecipada do contrato de trabalho de um membro do Conselho de Administração sem justa causa para essa rescisão, a sua indemnização será limitada a duas vezes os emolumentos anuais em numerário (os emolumentos fixos e a parte dos emolumentos em numerário variáveis que deve ser paga em numerário sem a obrigação de um investimento em ações (60 por cento)) (“limite de indemnização”). O cálculo é baseado nos emolumentos anuais em numerário do último exercício completo previamente ao afastamento do membro do Conselho de Administração. Se os emolumentos anuais em numerário do membro do Conselho de Administração no exercício em que foi posto termo ao seu trabalho forem suscetíveis de serem significativamente maiores ou menores do que os emolumentos anuais em numerário do último exercício completo, o Conselho de Supervisão poderá, segundo o seu critério, fazer um ajustamento no cálculo dos emolumentos anuais em numerário. Se o prazo remanescente do contrato de trabalho for inferior a dois anos, a indemnização por rescisão será calculada proporcionalmente. Relativamente ao período na base do qual a indemnização é determinada, os membros do Conselho de Administração não recebem pagamentos de pensões. O contrato de trabalho com o Professor Dr. Aldo Belloni não prevê qualquer indemnização por demissão caso seja rescindido prematuramente.

Se a Linde AG for adquirida por outra empresa, houver uma mudança de controlo e um contrato de trabalho for rescindido no prazo de nove meses a contar da referida data, por consentimento mútuo ou como resultado de uma falta de renovação do contrato no momento apropriado ou como resultado da renúncia

do membro do Conselho de Administração devido à sua posição no Conselho ser indevidamente comprometida pela aquisição, os membros do Conselho de Administração, com a exceção do Professor Dr. Aldo Belloni, têm direito a benefícios com base nos seus emolumentos em numerário contratuais, mas limitados em extensão. No entanto, cabe ao membro do Conselho de Administração o ónus da prova para demonstrar que as circunstâncias reais da sua demissão foram um resultado de a sua posição ter sido indevidamente comprometida. A recomendação do Código de Governação Corporativa Alemão relativa a limites de indemnização em caso de mudança de controlo está igualmente a ser seguido. Em conformidade com o Código, os contratos do Conselho de Administração preveem um indemnização, no caso de um membro se retirar mais cedo do Conselho devido a uma mudança de controlo, equivalente ao montante a pagar em caso de reforma antecipada do Conselho sem justa causa sob quaisquer outras circunstâncias. Além disso, o membro do Conselho de Administração receberia uma compensação adicional equivalente aos seus emolumentos anuais em numerário (emolumentos fixos e a parte dos emolumentos em numerário variáveis que deve ser paga em numerário sem a obrigação de um investimento em ações (60 por cento)). A compensação adicional não seria paga se o membro do Conselho de Administração tivesse servido o Conselho por menos de três anos ou se ainda não tivesse atingido os 52 anos ou já tivesse atingido os 63 anos quando o contrato de trabalho foi rescindido. Se o membro do Conselho de Administração receber benefícios por ocasião da aquisição por um acionista maioritário ou em conexão com ela, uma participação de controlo ou outra entidade jurídica, estes serão tidos em conta quando forem calculados os benefícios de remuneração e indemnização a pagar. O direito à pensão é determinado em conformidade com as regras de rescisão antecipada do contrato de trabalho sem justa causa.

Se o contrato de trabalho de um membro do Conselho de Administração for rescindido com justa causa, não serão feitos quaisquer pagamentos ao membro do Conselho.

Os membros do Conselho de Administração estão vinculados a uma cláusula de restrição por um período de dois anos após a rescisão dos respetivos contratos. Em compensação, a empresa compromete-se a pagar aos ex-membros do Conselho um montante equivalente a 50 por cento dos seus emolumentos fixos durante o período de restrição. A compensação qualifica-se integralmente para os benefícios de pensão. O contrato de trabalho com o Professor Dr. Aldo Belloni não contém uma cláusula de restrição.

Se o membro do Conselho de Administração deixar o serviço da empresa como resultado de morte ou incapacidade para o trabalho, ele ou ela ou os seus herdeiros terão direito aos emolumentos fixos mensais relativos ao mês em que o contrato de trabalho expirou e aos dos seguintes seis meses. Além disso, o membro do Conselho de Administração ou os seus herdeiros terão direito à proporção dos emolumentos em numerário variáveis respeitantes à parte do ano em que o membro do Conselho de Administração esteve ativo. Neste caso, 100 por cento do montante será pago em numerário.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Pagamentos feitos a membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho em 2016 Os membros que deixaram o Conselho de Administração em 2016, Thomas Blades, Georg Denoke e Wolfgang Büchele, receberam e receberão apenas o montante da remuneração a que têm direito nos termos dos seus contratos de trabalho.

Para o período compreendido entre 1 de janeiro de 2016 e 30 de junho de 2016, Thomas Blades recebeu, além dos seus emolumentos fixos mensais em numerário, um montante de 606 800 EUR, proporcional à remuneração variável de um ano, que deverá ser pago em abril de 2017. 40 por cento deste montante será utilizado na compra de ações de diferimento; as disposições do contrato de trabalho relativas ao componente de diferimento dos emolumentos variáveis continuam a aplicar-se inalteradamente. Thomas Blades perdeu as opções de ações de desempenho e os direitos a ações paritárias com base no Plano de Incentivo de Longo Prazo 2012 (PILP 2012), sem receber qualquer compensação, devido à sua demissão do Conselho de Administração com efeitos a partir de 30 de junho de 2016. Não foi dada nenhuma compensação pela adesão a uma cláusula de restrição nem nenhuma indemnização. O direito de Thomas Blades aos benefícios de pensão complementar de reforma caducou quando deixou o Conselho porque as exigências de aquisição não estavam cumpridas naquele momento.

Até à rescisão do seu contrato de trabalho, no final do dia 30 de abril de 2017, o Dr. Wolfgang Büchele receberá os emolumentos fixos mensais em numerário de 100 000 EUR estabelecidos no seu contrato de trabalho e os seus emolumentos variáveis. Os emolumentos fixos de 77 419 EUR e os emolumentos proporcionalmente variáveis de 117 948 EUR são imputáveis ao período compreendido entre a sua saída do Conselho de Administração e 31 de dezembro de 2016. Para o período entre 1 de janeiro de 2017 e a rescisão do seu contrato de trabalho, no final de 30 de abril de 2017, serão pagos emolumentos fixos no total de 400 000 EUR; o montante dos emolumentos variáveis basear-se-á nas disposições estabelecidas no contrato de trabalho, que são apresentadas mais pormenorizadamente acima, na secção intitulada "Emolumentos em numerário variáveis". As disposições do contrato de trabalho relativas ao componente de diferimento dos emolumentos variáveis continuam a aplicar-se inalteradamente. Em 2017, foi constituída uma provisão de 586 000 EUR para os emolumentos variáveis. No final do dia 30 de abril de 2017, perder-se-ão todas as suas opções de ações de desempenho e direitos a ações paritárias. Durante um período de dois anos após a sua saída, o Dr. Wolfgang Büchele receberá uma compensação pela adesão a uma cláusula de restrição pós-contratual acordada contratualmente. O seu direito a benefícios de pensão complementar de reforma caducará após a rescisão do seu contrato de trabalho, uma vez que não foram cumpridas as exigências de aquisição.

Até à rescisão do seu contrato de trabalho, no final do dia 28 de fevereiro de 2017, Georg Denoke receberá os emolumentos fixos mensais em numerário de 62 500 EUR estabelecidos no seu contrato de trabalho

Os emolumentos fixos de 222 917 EUR e os emolumentos proporcionalmente variáveis de 418 280 EUR são imputáveis ao período compreendido entre a sua saída do Conselho de Administração e 31 de dezembro de 2016. Para o período entre 1 de janeiro de 2017 e a rescisão do seu contrato de trabalho, no final de 28 de fevereiro de 2017, serão pagos emolumentos fixos no total de 125 000 EUR; o montante dos emolumentos variáveis basear-se-á nas disposições estabelecidas no contrato de trabalho, que são apresentadas mais pormenorizadamente acima, na secção intitulada "Emolumentos em numerário variáveis". As disposições do contrato de trabalho relativas ao componente de diferimento dos emolumentos variáveis continuam a aplicar-se inalteradamente. Em 2017, foi constituída uma provisão de 225 000 EUR para os emolumentos variáveis. No final do dia 28 de fevereiro de 2017, serão ajustadas, de forma proporcional, as opções de ações de desempenho e direitos a ações paritárias que ainda não tenham sido exercidas. A 13 de setembro de 2016, a empresa decidiu não exigir que Georg Denoke aderisse a uma cláusula de restrição pós-contratual, o que significa que a sua obrigação de pagar uma compensação caduca seis meses após a declaração. Por conseguinte, Georg Denoke só terá direito à compensação contratual pela adesão a uma cláusula de restrição para o período entre 1 de março e 13 de março de 2017. Após a sua saída, terá direito a uma indemnização de 3 180 000 EUR, em linha com os acordos celebrados no seu contrato de trabalho. Os seus direitos contratuais a pensão (direitos adquiridos a benefícios de pensão complementar de reforma) permanecerão inalterados. A 31 de dezembro de 2016, foram constituídas provisões de 2 246 635 EUR (Grupo Linde) e 1 322 106 EUR (Linde AG) para este efeito.

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA)

Empréstimos e adiantamentos No exercício, não foram feitos empréstimos ou adiantamentos aos membros do Conselho de Administração. Emolumentos totais de antigos membros do Conselho de Administração Os antigos membros do Conselho de Administração e os seus dependentes sobreviventes receberam emolumentos totais de 10 202 212 EUR no exercício de 2016 (2015: 2 214 936 EUR). Os emolumentos totais incluem igualmente variações no valor das parcelas anuais da remuneração baseada em ações que foram reconhecidas como uma despesa e reivindicações anteriores em ações virtuais para antigos membros do Conselho de Administração, bem como os pagamentos atrás referidos aos membros do Conselho de Administração que deixaram o Conselho em 2016, com a exceção da remuneração variável de um ano proporcional paga a Thomas Blades.

Foi constituída uma provisão nas demonstrações financeiras do Grupo para as pensões atuais e os benefícios futuros de pensões, em relação aos antigos membros do Conselho de Administração e aos seus dependentes sobreviventes, de 59 710 818 EUR (2015: 58 771 380 EUR). Foi efetuada uma provisão de 46 747 736 EUR (2015: 50 381 450 EUR) nas demonstrações financeiras anuais da Linde AG. As diferenças nos valores divulgados são atribuíveis aos diferentes parâmetros de contabilidade que estão a ser utilizados para calcular os valores incluídos nas demonstrações financeiras do Grupo e nas demonstrações financeiras anuais.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Remuneração do Conselho de Supervisão A remuneração do Conselho de Supervisão é determinado na Assembleia-Geral Anual, com base numa proposta do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão. É regida pelo artigo 11 dos estatutos da sociedade.

Ao abrigo do novo sistema aprovado na Assembleia-Geral Anual de 2013, a remuneração do Conselho de Supervisão foi alterada de modo a que apenas compreenda emolumentos fixos. Emolumentos fixos anuais Cada membro do Conselho de Supervisão recebe emolumentos fixos anuais de 150 000 EUR. Emolumentos do Presidente e dos Vice-Presidentes do Conselho de Supervisão O Presidente do Conselho de Supervisão recebe emolumentos fixos anuais de 450 000 EUR e cada um dos Vice-Presidentes recebe emolumentos fixos anuais de 225 000 EUR. Estes montantes fixos incluem igualmente a recompensa por presidirem às comissões e estarem ao seu serviço. Emolumentos da Comissão Permanente e da Comissão de Auditoria Cada membro da Comissão Permanente e da Comissão de Auditoria (excluindo o Presidente e o Vice-Presidente do Conselho de Supervisão) recebe 30 000 EUR, para além dos seus emolumentos fixos anuais e o Presidente da Comissão de Auditoria recebe 60 000 EUR para além dos seus emolumentos fixos anuais. Senhas de presença A empresa paga uma senha de presença de 1000 EUR aos membros do Conselho de Supervisão, de cada vez que comparecem numa reunião do Conselho de Supervisão ou numa reunião de comissão. Este valor permanecerá inalterado se várias reuniões ocorrerem no mesmo dia. Data de pagamento, IVA e reembolso de despesas A remuneração do Conselho de Supervisão é paga após o fim do exercício relevante. A empresa reembolsa os membros do Conselho de Supervisão das suas despesas e também do IVA sobre os seus emolumentos e reembolsos de despesas. A empresa poderá fazer um seguro de responsabilidade civil em benefício dos membros do Conselho de Supervisão para cobrir a responsabilidade jurídica decorrente das suas atividades como membros do Conselho de Administração. Investimento pessoal voluntário Os membros do Conselho de Supervisão assumiram o compromisso pessoal com o Conselho de Supervisão de que, em troca de 25 por cento dos emolumentos brutos fixos a pagar em cada exercício, comprariam

ações da Linde não se aplicará se os membros do Conselho de Supervisão remeterem pelo menos 85 por cento dos seus emolumentos fixos para a Fundação Hans Böckler, em conformidade com as orientações da Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB), ou para o empregador, como resultado de uma obrigação ao abrigo de um contrato de prestação de serviços ou de trabalho. Se nestes casos a proporção de emolumentos fixos transferidos for menor do que 85 por cento, o compromisso pessoal aplica-se à proporção dos emolumentos fixos que não tenha sido transferida.

No exercício de 2015, os membros do Conselho de Supervisão cumpriram o seu compromisso pessoal. Não houve nenhum custo para a empresa como resultado. Os membros do Conselho de Supervisão compraram ações da Linde na bolsa de valores e reportaram as compras, de acordo com a Lei Alemã de Negociação de Valores Mobiliários (WpHG).

As negociações em curso entre a Linde AG e a Praxair, Inc., com vista à fusão das duas empresas, levaram a Linde AG a libertar os membros do Conselho de Supervisão, por enquanto, do compromisso pessoal acima referido. Todos os membros do Conselho de Supervisão afetados fizeram então uma declaração ao Presidente do Conselho de Supervisão e ao Presidente do Conselho de Administração afirmando que não cumpririam o seu compromisso pessoal de adquirir ações da Linde enquanto a empresa os libertasse do compromisso pessoal. O compromisso pessoal de manter as ações da Linde que já tinham sido adquiridas durante o período em que se for membro do Conselho de Supervisão não é afetado por estas declarações. Emolumentos do Conselho de Supervisão para 2016 Os emolumentos totais do Conselho de Supervisão (emolumentos fixos e senhas de presença) ascenderam a 2 537 574 EUR (2015: 2 512 000 EUR) acrescidos de 482 139 EUR (2015: 477 280 EUR) relativos a IVA. O custo total das senhas de presença foi de 112 000 EUR (2015: 82 000 EUR). O quadro seguinte especifica a remuneração individual dos membros do Conselho de Supervisão por componente nos exercícios de 2016 e 2015:

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA)

7. EMOLUMENTOS DO CONSELHO DE SUPERVISÃO

em EUR Emolumentos

fixos1

Emolumentos por ser membro de

comissões1 Senhas de presença1

Emolumentos totais1

Professor Dr. Wolfgang Reitzle (Presidente) (a partir de 21.05.2016)

2015 2016

– 276 639

– –

– 8000

– 284 639

Dr. Manfred Schneider (Presidente) (até 20.05.2016)

2015 2016

450,000 173 361

– –

10 000 5000

460 000 178 361

Hans-Dieter Katte2 (Vice-Presidente)

2015 2016

225 000 225 000

– –

10 000 13 000

235 000 238 000

Michael Diekmann (Segundo Vice-Presidente)

2015 2016

225 000 225 000

– –

6000 8000

231 000 233 000

Professora Dr.ª Ann-Kristin Achleitner 2015 2016

150 000 150 000

30 000 30 000

9000 11 000

189 000 191 000

Dr. Clemens Börsig 2015 2016

150 000 150 000

60 000 60 000

8000 10 000

218 000 220 000

Anke Couturier 2015 2016

150 000 150 000

– –

5000 7000

155 000 157 000

Franz Fehrenbach3 2015 2016

150 000 150 000

– 28 033

4000 9000

154 000 187 033

Gernot Hahl2 2015 2016

150 000 150 000

60 000 60 000

9000 13 000

219 000 223 000

Dr. Martin Kimmich2 2015 2016

150 000 150 000

– –

5000 7000

155 000 157 000

Dr.ª Victoria Ossadnik (a partir de 7.01.2016) 2015 2016

– 147 541

– –

– 7000

– 154 541

Xaver Schmidt2 2015 2016

150 000 150 000

– –

5000 7000

155 000 157 000

Frank Sonntag2 2015 2016

150 000 150 000

– –

5000 7000

155 000 157 000

TOTAL4 2015 2 250 000 180 000 82 000 2 512 000

(em %) 90 7 3 100

TOTAL 2016 2 247 541 178 033 112 000 2 537 574

(em %) 89 7 4 100 1 Montantes excluindo IVA. 2 Os representantes dos trabalhadores decidiram encaminhar a sua remuneração para a Fundação Hans Böckler, em conformidade com as orientações da Confederação dos Sindicatos Alemães.

3 Membro da Comissão Permanente a partir de 25 de janeiro de 2016. 4 Inclui os emolumentos do membro do Conselho de Supervisão Klaus-Peter Müller, que renunciou no final de 31 de dezembro de 2015 (emolumentos fixos: 150 000 EUR, emolumentos por atividades relacionadas com a comissão: 30 000 EUR, senhas de presença: 6000 EUR, emolumentos totais: 186 000 EUR).

Empréstimos, adiantamentos e outros emolumentos A 31 de dezembro de 2016, não havia adiantamentos ou empréstimos a membros do Conselho de Supervisão. Foi também este o caso ao longo de todo o ano de 2016 e em 2015. Além disso, os membros do Conselho de Supervisão não receberam quaisquer pagamentos ou vantagens, em 2015 ou 2014, por serviços que tivessem prestado individualmente, em particular, os serviços de consultadoria ou agenciamento.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

A LINDE NO MERCADO DE CAPITAIS O DAX alcança um resultado anual positivo apesar de um desenvolvimento volátil No ano de 2016, o mercado de ações foi caracterizado por preocupações relacionadas com a estabilidade política: o voto no Brexit, a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA e o referendo em Itália tiveram impacto no desenvolvimento dos mercados de ações, assim como as preocupações acerca da economia global e as medidas tomadas pelos bancos centrais internacionais.

No entanto, o DAX, o principal índice da Alemanha, foi capaz de se aguentar neste ambiente internacional difícil. Nos primeiros meses do ano, o abrandamento da economia chinesa e a queda dos preços do petróleo lançaram o índice numa trajetória descendente. Em fevereiro, o DAX tocou num mínimo de cerca de 8700 pontos e só recuperou depois de o governo chinês ter anunciado que iria tomar contramedidas.

No segundo trimestre, o principal índice da Alemanha mostrou inicialmente um desenvolvimento positivo em geral. Em junho, no entanto, o surpreendente resultado do referendo sobre a UE no Reino Unido desencadeou a maior queda de preços no período de um dia, fazendo com que o DAX mergulhasse de cerca de 10 350 pontos para menos de 9200 pontos.

No entanto, ao contrário das expectativas, o DAX, teve uma recuperação bastante rápida. Em agosto, o índice havia já regressado ao nível anterior ao Brexit. No terceiro trimestre, os investidores mantiveram um olhar atento sobre a política monetária prosseguida pela Reserva Federal dos EUA (Fed). No entanto, inicialmente, o Fed manteve a sua taxa diretora inalterada em setembro, tendo esperado até dezembro para a fazer subir ligeiramente, em 0,25 pontos percentuais.

O mês de novembro de 2016 tinha uma surpresa guardada, quando Donald Trump emergiu como o vencedor das eleições presidenciais dos EUA. Embora tal só tenha desencadeado uma queda momentânea no DAX, os mercados dos EUA beneficiaram consideravelmente das expectativas positivas em relação à política monetária e aos incentivos económicos garantidos por Trump. O principal índice da Alemanha foi impulsionado pela continuação da política monetária frouxa do Banco Central Europeu no final de 2016. A 30 de dezembro de 2016, o DAX encerrou o mercado de ações de 2016 nos 11 481 pontos, um aumento de 6,9 por cento. Com este resultado, o DAX superou a maior parte dos principais índices da bolsa europeia. O índice MSCI

Euro teve um ganho de apenas 4,0 por cento. O índice FTSEurofirst 300, de Londres, perdeu 0,6 por cento, com o DJ EURO STOXX a ter um ganho de 1,5 por cento. O Índice CAC 40, de Paris, subiu 4,9 por cento.

Os mercados de ações dos EUA superaram o DAX: o índice S & P 500 subiu 7,5 por cento em relação ao ano anterior. O índice de tecnologia NASDAQ (NASDAQ composto) alcançou um desempenho ainda melhor, com um aumento de 9,5 por cento. Os mercados emergentes mostraram um desenvolvimento igualmente positivo. Por exemplo, o Índice dos Mercados Emergentes, MSCI, subiu 8,6 por cento no ano em análise.

Uma tendência ascendente leva as ações da Linde a superarem o DAX, o principal índice No início do ano do mercado de ações, a ação da Linde superou em geral ligeiramente o DAX. Globalmente, porém, desenvolveu-se em paralelo com o o principal índice da Alemanha e foi inicialmente atingida por preocupações económicas. Tal como o DAX, as ações da Linde atingiram igualmente o seu mínimo em fevereiro, deslizando para os 115,85 EUR.

A previsão para o exercício de 2016, publicada em março de 2016, foi parcialmente interpretada pelos mercados de capitais como um sinal de uma desaceleração do crescimento, que temporariamente estreitou a liderança que a ação da Linde tinha sobre o DAX. Porém, nos meses que se seguiram, a ação da Linde voltou a ser capaz de obter uma ligeira vantagem sobre o principal índice. Em junho, as ações da Linde acompanharam a tendência descendente do DAX, resultante da decisão do Brexit.

A 16 de agosto, a Linde confirmou que estava envolvida em negociações sobre uma possível fusão com a Praxair, empurrando naquele dia o preço da sua ação para cima, por volta de 11 por cento. A partir de então, o desempenho do preço da ação foi principalmente guiado pelos acontecimentos. Quando as negociações de fusão terminaram inicialmente, em meados de setembro, o preço das ações da Linde caiu, embora tenha permanecido acima do nível do DAX.

Em outubro, as ações da empresa receberam um impulso positivo da divulgação dos resultados trimestrais e da publicação da orientação estratégica futura da Linde. O que incluiu igualmente o anúncio de novas medidas de eficiência (programa LIFT).

Pouco antes do final do ano, os mercados de capitais mostraram uma reação positiva ao anúncio feito no início de dezembro de que seriam retomadas as negociações de fusão. Este vento favorável permitiu que a ação da Linde obtivesse melhores resultados, alcançando um máximo anual de 163,55 EUR a 19 de dezembro de 2016.

Para além das notícias sobre uma possível fusão com a Praxair, as ações da Linde continuaram igualmente a beneficiar do modelo de negócio fundamentalmente sólido e estável do Grupo Linde. Este modelo de negócio caracteriza-se por estruturas contratuais de longo prazo, uma ampla carteira de clientes e um fluxo de caixa estável.

Outras medidas de eficiência adotadas no ano em análise, assim como o conhecido conceito de OAD

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GOVERNAÇÃO DO GRUPO

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA A LINDE NO MERCADO DE CAPITAIS (Organização de Alto Desempenho), concebido para alcançar um ganho de produtividade sustentável, contribuem para uma perceção positiva da Linde no mercado de capitais.

O mercado de capitais está a valorizar cada vez mais um comportamento responsável no sector corporativo, com investimentos que levem em conta os princípios de gestão sustentável (Investimento Socialmente Responsável, ISR). A Linde está representada numa série de fundos, índices e sistemas de classificação ISR. Entre outros, a Linde faz parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI World), da Série de Índices FTSE4Good, do Índice de Sustentabilidade Ethibel (ESI) e do Índice de Líderes Globais ESG STOXX. A informação complementar sobre as atividades da Linde no mercado de capitais poderá ser encontrada na ► PÁGINA 60.

8. VALORES BASEADOS NO MERCADO DE CAPITAIS

2015 2016

Número de ações com direito a dividendos no exercício Unidades 185 638 071 185 638 071

Cotação de fecho no final do ano EUR 133,90 156,10

Máximo do ano EUR 193,85 163,55

Mínimo do ano EUR 128,05 115,85

Dividendo total da Linde AG no exercício milhões de EUR 640 687

Capitalização de mercado1 milhões de EUR 24 857 28 978

Volume médio semanal Unidades 2 510 206 2 817 454

Volatilidade1 (200 dias) % 30,2 27,3

Informação por ação

Dividendo em numerário EUR 3,45 3,70

Rendimento de dividendo % 2,6 2,4

Fluxo de caixa operacional EUR 19,3 18,32

Ganhos (reportado a EPS) EUR 6,10 6,50 1 Cálculo a 31 de dezembro. 9. DESEMPENHO DA LINDE EM COMPARAÇÃO COM OS

ÍNDICES MAIS IMPORTANTES1

2016

em %

Ponderação das ações da

Linde em %

Linde (incluindo dividendo) 19,8 –

Linde (excluindo dividendo) 16,6 –

DAX 6,9 3,05

Prime Chemical 7,6 12,92

DJ EURO STOXX 1,5 0,77

DJ EURO STOXX Chemical 5,4 9,15

FTSEurofirst 300 –0,6 0,43

FTSE E300 Chemical 4,0 8,08

MSCI Europe 4,0 0,42 1 A 31 de dezembro de 2016.

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10. PARTICIPAÇÕES DE

INVESTIDORES INSTITUCIONAIS POR REGIÃO em %

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Pagamento de dividendos A Linde adotou uma política de dividendos baseada nos ganhos e orientada para a continuidade. Na Assembleia-Geral Anual de 10 de maio de 2017, o Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão irão propor o pagamento de um dividendo de 3,70 EUR por ação. O que representa um aumento de 7,2 por cento em comparação com o dividendo de 3,45 EUR do ano passado. Em relação ao resultado do exercício das operações continuadas (atribuível aos acionistas da Linde AG), resulta um rácio de pagamento de dividendo de 57,0 por cento (2015: 56,5 por cento). O rendimento de dividendo, baseado na cotação de fecho do final do ano, foi de cerca de 2,4 por cento (2015: 2,6 por cento). Estrutura acionista estável No levantamento anual da identificação dos acionistas, a Linde identificou os acionistas de cerca de 78 por cento (2015: cerca de 76 por cento) das ações em circulação na data de balanço de 31 de dezembro de 2016. Isto reflete unicamente os investidores institucionais. Atividades sustentadas de relações de alto nível com investidores (IR) No exercício de 2016, a Linde continuou a sua comunicação intensiva com os participantes no mercado de capitais. Em quase 40 conferências e roadshows em todo o mundo, em diversos eventos para investidores privados e no decurso de visitas a fábricas, a Linde ofereceu aos seus acionistas e potenciais investidores a oportunidade de falarem pessoalmente com representantes do Grupo, incluindo membros do Conselho de Administração.

Um objetivo central das comunicações da Linde com o mercado de capitais é o desenvolvimento estratégico do Grupo. Em particular, o foco está em alavancar os pontos fortes do Grupo, para aumentar ainda mais o desempenho do Grupo como um todo. O que inclui igualmente o aumento da eficiência no Grupo, que este ano incluiu, entre outras coisas, o lançamento do programa LIFT. A Linde explicou igualmente a evolução dos negócios correntes no interior de todo o Grupo, bem como o impacto das taxas de câmbio e do clima económico global, e foi capaz de convencer os investidores nacionais e internacionais, de modo idêntico, acerca do potencial oferecido pelos seus produtos, tecnologias e serviços.

As comunicações, no segundo semestre do ano, foram focadas sobre a possível fusão com a Praxair, Inc. A equipa de Relações com os Investidores manteve os acionistas e potenciais investidores informados acerca dos desenvolvimentos atuais relacionados com as negociações de fusão e permanecerá no futuro disponível para responder a quaisquer perguntas e dúvidas.

Transparência, continuidade e fiabilidade continuarão igualmente a ser as imagens de marca do trabalho de RI da Linde em 2017. A equipa de RI continuará a apresentar os argumentos que tornam um investimento na Linde atraente para os investidores: o seu modelo de negócio robusto e voltado para o futuro, caracterizado por períodos contratuais longos, o financiamento numa base de longo prazo e uma excelente posição nos sectores de actividade de crescimento rápido.

Toda a informação atual sobre as ações da Linde poderá ser encontrada no site do Grupo, em ►

WWW.LINDE.COM, na secção de Relações com Investidores. Se tiver alguma questão ou necessitar de informação, a equipa de RI estará disponível ao seu serviço, através do número +49.89.35757-1321. Poderá igualmente direcionar as suas questões para a Linde on-line, enviando um e-mail para ► [email protected]. 11. INFORMAÇÃO SOBRE A AÇÃO DA LINDE Tipo de ação Ações ao portador

Bolsas de valores Todas as bolsas de valores

alemãs

Números de referência de segurança ISIN DE0006483001

CUSIP 648300

Reuters (Xetra) LING.DE

Bloomberg LIN GR

30,8 EUA

22,2 Não identificado

12,0 Reino Unido

10,9 Alemanha

6,7 França

6,6 Escandinávia

4,6 Outros

3,3 Ásia

2,9 Suíça

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

Informação fundamental acerca do Grupo 42 Modelo de negócio do Grupo Linde 43 Gestão baseada em valor do Grupo Linde 44 Metas e estratégia do Grupo Linde

Relatório sobre a situação económica do Grupo 45 Ambiente macroeconómico 48 Fundo sectorial 50 Avaliação do negócio do Grupo Linde 52 Divisão de Gases 56 Divisão de Engenharia 58 Outras Atividades 59 Ativos líquidos e situação financeira do Grupo Linde

62 Demonstração de fluxos de caixa do Grupo 63 Despesas de capital do Grupo Linde 64 Resumo do exercício de 2016 do Grupo Linde pelo

Conselho de Administração 65 Ativos líquidos, situação financeira e resultados das

operações da Linde AG 68 Investigação e desenvolvimento 71 Colaboradores 74 Compromisso social 75 Segurança 78 Proteção ambiental 82 Relatório de oportunidade e risco 96 Perspetiva 100 Declaração sobre Governação Corporativa em

conformidade com o § 289a do Código Comercial Alemão (HGB)

101 Divulgações relacionadas com aquisições

Relatório de Gestão Combinada

SECÇÃO 2

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

INFORMAÇÃO FUNDAMENTAL ACERCA DO GRUPO MODELO DE NEGÓCIO DO GRUPO LINDE O Grupo Linde O Grupo Linde é uma empresa de gases e de engenharia com operações globais. O Grupo compreende três divisões: ― Divisão de Gases ― Divisão de Engenharia ― Outras Atividades Divisão de Gases O Grupo oferece uma ampla gama de gases comprimidos e liquefeitos, bem como de produtos químicos, e é o parceiro preferido de uma enorme variedade de indústrias. No âmbito da Divisão de Gases, a Linde atribui as suas atividades às seguintes áreas de produtos: ― No próprio local ― Saúde ― Gás em garrafa ― Gás liquefeito No caso do negócio no próprio local, os clientes são geralmente servidos por intermédio de uma unidade de produção no próprio local, enquanto em outras áreas de produto, os gases são entregues ao cliente em garrafas de gás ou em tanques. Gestão operacional Na frente organizacional, a Divisão de Gases compreende três segmentos: EMEA, Ásia/ Pacífico e Américas. As responsabilidades são atribuídas com base numa estrutura regional. Nos três segmentos, Unidades de Negócios Regionais (UNR) são responsáveis pelo negócio operacional.

Há igualmente cinco Centros de Governação Global (CGG) que são geridos centralmente e agem a nível do Grupo: CGG de Gases para Comércio & Engarrafados (gás liquefeito e gás em garrafa), CGG de Eletrónicos (gases eletrónicos), CGG de Saúde, CGG de Operações e CGG de Distribuição. Estas unidades são responsáveis, a título de exemplo, pelo

estabelecimento de melhores práticas e por garantir que a normalização de processos que foi definida será posta em prática e continuamente melhorada em todo o Grupo. A função a nível do Grupo, Desenvolvimento de Oportunidades & Projetos (OPD) é responsável, em particular, pelo desenvolvimento de novos projetos.

As Funções Corporativas & de Apoio prestam assistência às unidades de negócio do Grupo. ► VER

ORGANIZAÇÃO DE GESTÃO, PÁGINAS 204 A 205. Divisão de Engenharia A Divisão de Engenharia da Linde oferece aos seus clientes em todo o mundo uma ampla gama de serviços de produção e processamento de gás. Está focada em segmentos de mercado promissores, tais como fábricas de olefina, fábricas de gás natural, fábricas de separação de gases e fábricas de hidrogénio e de gases de síntese. Em contraste com praticamente todos os seus concorrentes, a empresa pode contar com o seu próprio extenso conhecimento do processo de engenharia no planeamento, desenvolvimento do projeto e construção de fábricas industriais chave na mão. A Divisão de Engenharia tanto fornece componentes de fábricas como serviços, diretamente ao cliente ou à Divisão de Gases, que opera as fábricas em nome do cliente, no âmbito de um contrato de fornecimento de gases.

A Divisão de Engenharia é gerida centralmente e coadjuvada pelas Funções Corporativas & de Apoio. A nível do Grupo, um dos membros do Conselho de Administração é responsável pela Divisão de Engenharia. ► VER ORGANIZAÇÃO DE GESTÃO, PÁGINAS 204 A

205. Outras Atividades As Outras Atividades compreendem as operações da empresa de serviços logísticos Gist. A Gist é especialista na distribuição de alimentos e bebidas refrigerados e opera principalmente no Reino Unido e na Irlanda.

Devido aos planos para vender a Gist, o negócio foi reportado neste Relatório Anual como uma operação descontinuada. A informação complementar sobre estes custos é dada na ► NOTA [19] das Notas às demonstrações financeiras do Grupo. Gestão corporativa O Conselho de Administração é internacional na sua composição e é responsável pela gestão da empresa. Cada membro operacional do Conselho de Administração é responsável por um segmento. ► VER

ORGANIZAÇÃO DE GESTÃO, PÁGINAS 204 A 205. Ao fazer refletir o modelo de funcionamento na atribuição de responsabilidades aos membros individuais do Conselho de Administração, o Grupo garante que os pontos fortes e as competências individuais dos membros do Conselho de Administração são utilizados de forma eficaz, tanto a nível regional como do produto.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

INFORMAÇÃO FUNDAMENTAL ACERCA DO GRUPO GESTÃO BASEADA EM VALOR DO GRUPO LINDE

GESTÃO BASEADA EM VALOR DO GRUPO LINDE Indicadores principais de desempenho financeiro Um dos elementos-chave da estratégia corporativa da Linde é a busca do crescimento sustentável baseado nos ganhos, com o objetivo de alcançar um aumento constante do valor corporativo. Para medir o sucesso financeiro, a médio prazo e a longo prazo, desta estratégia de gestão baseada em valor, o Grupo utiliza os seguintes indicadores principais de desempenho: ― receita do Grupo e receita da Divisão de Gases e da

Divisão de Engenharia, ― lucro operacional do Grupo (Ganhos antes de Juros,

Impostos, Depreciação e Amortização, EBITDA) e lucro operacional da Divisão de Gases e da Divisão de Engenharia,

― margem de exploração do Grupo e margem de exploração da Divisão de Engenharia e dos segmentos da EMEA, da Ásia/ Pacífico e das Américas e

― retorno sobre o capital investido (ROCE) do Grupo. Estes indicadores de desempenho são apresentados numa base regular a todo o Conselho de Administração e são utilizados para fins de gestão interna. A remuneração variável do Conselho de Administração baseia-se igualmente nestes indicadores de desempenho. ► VER RELATÓRIO SOBRE REMUNERAÇÕES, PÁGINAS 22 A 37.

Tal como os demais indicadores financeiros e não financeiros, os principais indicadores de desempenho financeiro incluem apenas os lucros e as perdas de operações continuadas. Os lucros e as perdas de operações descontinuadas não são incluídos no cálculo. Outros indicadores financeiros e não financeiros Para gerir o seu negócio operacional e representar o seu desempenho, a Linde utiliza igualmente outros indicadores, como o EBIT (Ganhos antes de Juros e Impostos), o fluxo de caixa livre antes das atividades de financiamento (fluxo de caixa livre operacional) e os indicadores de desempenho e de segmentos específicos, tais como a entrada de encomendas na Divisão de Engenharia. A entrada de encomendas é um indicador-chave do desempenho futuro dos negócios no ramo da construção de fábricas, que está voltado para o longo prazo. Outro indicador financeiro utilizado são os lucros por ação (EPS). Uma vez que

este valor é baseado nos ganhos depois de impostos, leva igualmente em conta os componentes de financiamento e fiscais.

Os cálculos do fluxo de caixa livre operacional e dos lucros por ação são apresentados nas ► PÁGINAS 62

E132 deste relatório financeiro. Outros indicadores não financeiros incluem o

número de incidentes graves de transporte, o número de acidentes de trabalho, as emissões de CO2 e o consumo de água e energia. A informação complementar sobre estes números é apresentada nas ► PÁGINAS 71 A 81 deste relatório financeiro. Cálculo dos principais indicadores de desempenho financeiros O indicador principal de desempenho ROCE é calculado como EBIT ajustado para os itens não recorrentes, dividido pelo capital investido. ► VER GRÁFICO 12.

O lucro operacional do Grupo (EBITDA) é calculado mediante o ajustamento do EBIT do Grupo para os itens especiais e pela amortização de ativos intangíveis e depreciação de ativos tangíveis. A amortização de ativos intangíveis e a depreciação de ativos tangíveis estão incluídos nos custos funcionais. São divulgados na informação por segmentos, nas ► PÁGINAS 114 A 115.

A margem de exploração deriva de dois dos indicadores de desempenho: “receita” e “lucro operacional”.

O EBIT é calculado como receita do Grupo, deduzidos o custo das vendas e outros custos funcionais (despesas de marketing e vendas, custos de investigação e desenvolvimento, despesas administrativas), deduzidas outras despesas operacionais. Além disso, o valor inclui outras receitas operacionais e a participação no lucro ou prejuízo de associadas e negócios conjuntos. ► VER QUADRO 15,

PÁGINA 50. O EBIT é igualmente ajustado para os itens especiais. Os itens especiais são itens que, devido à sua natureza, frequência e/ ou extensão, são suscetíveis de terem um impacto adverso sobre a precisão com que os dados financeiros fundamentais refletem a sustentabilidade da capacidade de ganho do Grupo Linde no mercado de capitais.

No exercício de 2016, os itens especiais relacionaram-se com custos de reestruturação e despesas em conexão com a prevista fusão com a Praxair.

Uma reconciliação entre os indicadores de desempenho reportados e os indicadores de desempenho após o ajustamento para itens especiais é apresentada nas Notas às demonstrações financeiras do Grupo. ► VER NOTA [38].

12. DEFINIÇÃO DE ROCE

Retorno

+/– EBIT

+/– Itens especiais

Capital investido 1

Capital próprio

+ Dívida financeira

+ Passivo por locações financeiras

+ Obrigações líquidas com pensões

– Caixa & equivalentes de caixa e valores mobiliários

– Contas a receber de locações financeiras

1 Calculado como a média dos valores a 31 de dezembro do ano corrente e 31 de dezembro do ano anterior.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

METAS E ESTRATÉGIA DO GRUPO LINDE Fusão A Linde está a apontar para um fusão entre iguais com a empresa Praxair, dos EUA. Esta fusão reuniria duas empresas líderes em gases industriais, permitindo que ambos os atores explorassem as suas respetivas forças. A posição estabelecida da Linde como líder tecnológico seria combinada com a excelência operacional da Praxair, permitindo que emergisse um novo líder do mercado global. A empresa resultante da fusão teria uma posição forte em todas as regiões-chave e todos os mercados finais, criando uma carteira global equilibrada e mais diversificada. Esta fusão estratégica combinaria os potenciais, excelentes colaboradores e processos de primeira classe de ambas as empresas. Aumentar a eficiência A evolução dos mercados em que a Linde opera acelerou. A competição tornou-se ainda mais intensa. É absolutamente crucial que a empresa se torne mais ágil para que possa reagir às necessidades dos clientes de uma forma altamente eficiente e possa explorar todas as oportunidades que se apresentem.

No âmbito do programa de reestruturação Focus, a Linde tem adotado importantes medidas de ajustamento organizacional nos anos mais recentes para implementar estruturas que assegurem procedimentos eficazes também no futuro. No período de três anos de 2015 a 2017, este programa visa reduzir os custos em cerca de 180 milhões de EUR.

A Linde lançou igualmente o programa LIFT no outono de 2016, de modo a assegurar o seu sucesso empresarial igualmente a longo prazo. A empresa planeia utilizar esta iniciativa para otimizar ainda mais a sua carteira, que inclui os planos para vender o fornecedor de serviços logísticos Gist. Além de analisar a gama de produtos e serviços oferecidos, as atividades regionais da empresa estão igualmente a ser colocadas sob o microscópio. A empresa retirar-se-á de mercados regionais pouco atraentes. Em geral, a responsabilidade regional será reforçada ainda mais, de modo a acelerar quaisquer medidas de reestruturação locais necessárias. A Linde tenciona simplificar as funções transversais e aproximar ainda mais os processos de tomada de decisões e as competências do negócio operacional.

Em geral, o LIFT tem como objetivo estabelecer hierarquias mais niveladas e uma amplitude de controlo mais ampla. Os processos serão racionalizados e mais orientados para a tomada de decisões. A Linde irá investir em canais de distribuição digitais para explorar plenamente as oportunidades que oferecem as relações digitais com os clientes. Prosseguirá com a padronização e a automatização de processos, por exemplo, aproveitando as oportunidades de faturação e pagamento eletrónico. O potencial de poupança não relacionado com o pessoal será igualmente explorado.

Outro aspeto envolve a garantia da competitividade da Linde Engineering. Tratar-se-á de rever a estrutura de custos, melhorar a base tecnológica, expandir o negócio de serviços e prosseguir a padronização das fábricas.

A empresa tenciona utilizar o programa LIFT para reduzir os custos em cerca de 370 milhões de EUR por ano a partir de 2019.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO AMBIENTE MACROECONÓMICO

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO AMBIENTE MACROECONÓMICO 13. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) EM TERMOS REAIS 1

% Crescimento

% de Ponderação2 2012 2013 2014 2015 2016

EMEA 29,3 0,6 1,1 1,9 1,8 1,6

Zona Euro 15,8 –0,9 –0,2 1,2 1,9 1,7

Alemanha 4,6 0,7 0,6 1,6 1,5 1,8

Ásia/ Pacífico 26,7 6,0 5,9 5,9 5,6 5,5

China 14,8 7,8 7,8 7,3 6,9 6,7

Américas 33,0 2,3 2,0 2,0 1,7 0,9

EUA 24,8 2,2 1,7 2,4 2,6 1,6

MUNDO 100,0 2,6 2,5 2,8 2,7 2,2 1 Fonte: Oxford Economics, em relação aos países em que a Linde opera. Os números do ano anterior foram ajustados com base nos últimos dados disponíveis (a 3 de fevereiro de 2017).

2 A ponderação é baseada no PIB de 2016.

14. PRODUÇÃO INDUSTRIAL (PI)1

% Crescimento

2012 2013 2014 2015 2016

EMEA –0,9 –0,3 1,3 1,3 1,2

Zona Euro –2,3 –0,7 0,9 2,0 1,3

Alemanha –0,4 0,1 1,5 0,5 1,1

Ásia/ Pacífico 5,4 5,1 5,1 4,2 4,0

China 8,4 8,0 7,4 6,2 6,1

Américas 1,9 1,7 2,0 –0,7 –1,5

EUA 2,8 1,9 2,9 0,3 –1,50

MUNDO 2,4 2,3 3,2 1,8 1,5 1 Fonte: Oxford Economics, em relação aos países em que a Linde opera. Os números do ano anterior foram ajustados com base nos últimos dados disponíveis (a 3 de fevereiro de 2017).

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Tendências económicas globais A Linde opera em mais de 100 países em todo o mundo e oferece aos seus clientes uma carteira diversificada de produtos e serviços. Tanto as tendências macroeconómicas como as condições económicas das diversas regiões têm, pois, uma influência significativa na situação dos negócios do Grupo. Para pôr em perspetiva o desempenho dos negócios da Linde, é apresentado a seguir um resumo das tendências económicas em 2016.

Com base em dados do Oxford Economics, o crescimento económico global surgiu mais fraco em 2016 do que em 2015. Numa economia global caracterizada pela incerteza macroeconómica e política, as estimativas iniciais sugerem que o produto interno bruto (PIB) real global cresceu 2,2 por cento (2015: 2,7 por cento). A produção industrial (PI) global, um indicador importante para os negócios da Linde, mostrou pouca dinâmica pelo segundo ano consecutivo, com as estimativas iniciais a apontarem para um aumento de 1,5 por cento (2015: 1,8 por cento). Isto significa que tanto o produto interno bruto como a produção industrial apresentaram um crescimento ligeiramente mais fraco do que se esperava no primeiro trimestre (PIB: 2,3 por cento; PI: 1,9 por cento). O principal fator a influenciar a economia global diz respeito à evolução económica nos mercados emergentes, particularmente na China, mas também no Brasil e na Rússia. O crescimento nos EUA foi impulsionado pelo consumo, enquanto a produção industrial continuou a apresentar um desenvolvimento fraco – apesar da estabilização dos mercados do petróleo e das matérias-primas a partir do início do ano. O resultado do referendo do Reino Unido sobre a permanência na União Europeia (UE) e o surpreendente resultado das eleições presidenciais nos EUA não teve praticamente nenhum impacto na economia global em 2016, uma vez que não houve uma queda súbita global da confiança das empresas ou dos consumidores que tivesse tido um impacto negativo no consumo e nas despesas de capital a curto prazo1. EMEA (Europa, Médio Oriente e África) A economia na região da EMEA como um todo teve um crescimento de 1,6 por cento em 2016 (2015: 1,8 por cento). A produção industrial aumentou 1,2 por cento, mas desacelerou em comparação com 2015 (1,3 por cento). À semelhança do ano anterior, houve variações substanciais nas tendências económicas das diversas sub-regiões da EMEA. Na Europa Ocidental, o crescimento foi de 1,7 por cento, mais ou menos ao mesmo nível do ano anterior. Entre as principais economias da Europa Ocidental, a Alemanha, a Espanha e o Reino Unido observaram tendências relativamente robustas. Na Alemanha, o PIB cresceu 1,8 por cento em 2016, superior ao nível de 1,5 por cento do ano anterior. O Reino Unido alcançou um crescimento de 2,0 por cento (2015: 2,2 por cento). A Espanha voltou a apresentar um crescimento particularmente forte, de 3,3 por cento. Em França e Itália, as taxas de crescimento foram moderadas e situaram-se a um nível semelhante ao do ano anterior: a França registou um crescimento de 1,1 por cento (2015: 1,2 por cento), enquanto a Itália cresceu 0,9 por cento (2015: 0,6 por cento). 1 Os valores de crescimento apresentados a seguir para cada região correspondem aos valores médios, ponderados com base na produção económica, para os países onde a Linde opera ("regiões Linde”).

Na Europa de Leste, a economia recuperou globalmente em 2016, apesar da recessão em curso na Rússia. Enquanto a região como um todo cresceu 1,1 por cento (2015: 0,7 por cento), o crescimento do PIB na Rússia ficou uma vez mais no vermelho, em –0,5 por cento (2015: –3,7 por cento). Os países da região que registaram os maiores níveis de crescimento do PIB foram a Roménia (4,8 por cento), a Eslováquia (3,4 por cento) e a Bulgária (3,4 por cento).

Em 2016, o crescimento no Médio Oriente atingiu 1,8 por cento, um decréscimo considerável em relação ao ano anterior (4,0 por cento).

Muitas das economias de África continuaram a tendência positiva observada no ano anterior. Foi apenas na África do Sul que o PIB mostrou apenas um ligeiro crescimento em 2016, aumentando 0,4 por cento, o que é ainda mais baixo do que o crescimento verificado em 2015, um ano fraco no seu conjunto (1,3 por cento). Isso resultou numa queda do crescimento da região como um todo para 0,3 por cento (2015: 2,5 por cento). Ásia/ Pacífico Em 2016, foi uma vez mais na região da Ásia/ Pacífico que voltaram a ser observadas as tendências económicas mais favoráveis. O crescimento do PIB nesta região foi de 5,5 por cento, mais ou menos em pé de igualdade com o ano anterior (5,6 por cento). A produção industrial apresentou um crescimento de 4,0 por cento, também similar ao nível do ano anterior (2015: 4,2 por cento).

A China voltou a registar um crescimento ligeiramente mais lento, de 6,7 por cento (2015: 6,9 por cento), embora o crescimento permaneça ainda no intervalo programado pelo governo chinês. A produção industrial chinesa aumentou 6,1 por cento (2015: 6,2 por cento). Ambos os valores estão acima das previsões do início do ano, em grande parte devido à continuação da política fiscal e monetária expansiva.

Tal como em 2015, o PIB do Sudeste Asiático cresceu 5,7 por cento em 2016. A produção industrial apresentou, no entanto, um crescimento mais fraco, de 2,2 por cento (2015: 3,6 por cento).

Na Austrália, praticamente não houve mudanças na situação económica em 2016. Enquanto o produto interno bruto apresentou um crescimento anual ligeiramente mais fraco, de 2,2 por cento (2015: 2,4 por cento), deu-se um crescimento da produção industrial para 1,7 por cento (2015: 1,2 por cento). A indústria mineira voltou a ser a principal força impulsionadora do aumento da produção industrial.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO AMBIENTE MACROECONÓMICO

Américas O crescimento do PIB na região das Américas atingiu 0,9 por cento, bem abaixo da taxa de 2015 (1,7 por cento). Isto deveu-se, uma vez mais, à recessão em curso no Brasil e a um desenvolvimento mais fraco nos Estados Unidos. Em 2016, o PIB dos EUA aumentou apenas 1,6 por cento (2015: 2,6 por cento). A produção industrial caiu 1,0 por cento, o que significa que foi ainda mais dececionante do que em 2015, que já tinha sido fraca (2015: 0,3 por cento). O crescimento do PIB no Brasil foi novamente negativo, de –3,4 por cento (2015: –3,8 por cento), e a produção industrial também se contraiu, em 6,7 por cento (2015: –8,2 por cento).

Os dados macroeconómicos aqui apresentados para o PIB e a produção industrial baseiam-se no conjunto de dados do Oxford Economics de 3 de fevereiro de 2017.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

FUNDO SECTORIAL Indústria de gases Em 2016, o mercado global de gases apresentou um crescimento semelhante ao do ano anterior. A procura variou de região para região e de sector industrial para sector industrial. A situação da concorrência foi caracterizada por aumentos da consolidação e da eficiência. A América do Norte, a Europa e a Ásia continuam a ser os maiores mercados de vendas de gases industriais. Em 2016, a taxa de crescimento mais rápida foi novamente na Ásia.

A indústria siderúrgica global está ainda a sofrer de um excesso de capacidade (particularmente na China) e da pressão do preço das exportações de aço chinês. As decisões de encerramento de siderurgias individuais não foram capazes de contrariar esta situação de forma considerável. De acordo com informação divulgada pela World Steel Association, a produção mundial de aço subiu em 2016 apenas 0,8 por cento em relação ao ano anterior, com uma taxa de utilização da capacidade de apenas cerca de 69 por cento.

Os desenvolvimentos no sector da química e da energia (petróleo e gás) foram igualmente caracterizados por desafios consideráveis. Os preços baixos do petróleo e do gás significaram que não houve um significativo reflorescimento na nova actividade de investimento. Porém, a longo prazo, espera-se que a actividade de investimento recupere, devido ao aumento constante da procura de recursos fósseis.

As condições gerais das refinarias deterioraram-se de novo ligeiramente em 2016 em comparação com o ano anterior. Com preços das matérias-primas em geral baixos, as margens estão num nível baixo. Os operadores no mercado continuam hesitantes em embarcar em novos investimentos devido ao excesso de capacidade existente e ao clima de incerteza.

No exercício de 2016, a indústria transformadora apresentou de novo um desenvolvimento moderado em toda a linha. Algumas áreas e regiões estão já a mostrar um impulso de procura positivo, gerado por novas tecnologias, tais como os processos de produção de aditivos (por exemplo, a soldagem a laser). No ano passado, a indústria da construção civil continuou a apresentar um crescimento estável em todo o mundo, embora o crescimento no maior mercado, a China, tenha sido ligeiramente mais lento do que em anos anteriores.

A procura de aplicações na indústria do vidro para reduzir o consumo de energia e evitar as emissões continuou a aumentar em 2016.

A indústria eletrónica mostrou, uma vez mais, um desenvolvimento dinâmico em 2016. A melhoria contínua dos processos de produção na fabricação de semicondutores continua a impulsionar a procura de gases de alta pureza. A procura de microchips, utilizados em dispositivos finais móveis, está, no entanto, a crescer a um ritmo mais lento. Os novos campos de aplicação relativos à digitalização, armazenamento de media SSD e eletrónica automóvel deverão, no entanto, proporcionar igualmente um impulso positivo no futuro.

O ambiente para os LED continua a melhorar. O mercado está a beneficiar da crescente sensibilização pública para aplicações de iluminação que sejam amigas do ambiente e tenham eficiência energética.

O desempenho da indústria de alimentos e bebidas foi, uma vez mais, relativamente estável em 2016. Esta evolução está a ser impulsionada pela tendência em curso para uma alimentação mais saudável, um maior consumo de proteína de carne e de mais alimentos processados. Ao mesmo tempo, continua a crescer a procura de produtos de conveniência.

O mercado global de saúde foi novamente muito estável em 2016, embora tenha sido caracterizado pela pressão continuamente crescente de custo e preço, devido aos movimentos para intensificar os mecanismos de poupança e a uma maior regulamentação, particularmente nos Estados Unidos, em resultado de licitações competitivas. Os motores de crescimento de longo prazo continuam a ser o crescimento contínuo da população e o envelhecimento da população, o aumento de condições crónicas, como a asma e a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica) e a tendência geral para uma maior prevenção e assistência mais intensiva ao paciente, também fora do ambiente hospitalar. Construção de fábricas Em 2016, o negócio internacional de engenharia em grande escala foi uma vez mais caracterizado pela procura fraca e pela concorrência mais intensa. Os investimentos e, como resultado, o volume do mercado diminuíram ainda mais, numa comparação homóloga. A instabilidade política no Médio Oriente e no Norte de África, juntamente com os preços do petróleo e do gás natural sustentadamente baixos, bem como as taxas de crescimento fracas em mercados emergentes, como a Índia e a China, intensificaram ainda mais esta tendência. Fábricas de separação de gases O excesso de capacidade da indústria global do aço e a contenção mostrada em relação à realização de grandes projetos na China resultaram numa menor procura de novas instalações de separação de gases. O que exacerbou claramente a pressão competitiva e de custos em 2016. Em contrapartida, a Linde conseguiu assegurar uma parte significativa dos projetos de separação de gases ainda disponíveis no mercado, por exemplo, nos Estados Unidos e na Índia.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO FUNDO SECTORIAL

Fábricas de olefina Em 2016, o mercado das fábricas de olefina foi igualmente marcado, por uma relutância geral em investir. Devido à combinação de preços baixos do petróleo, crescimento mais baixo em mercados de consumo e novas capacidades significativas para poliolefina já em construção, os investidores de todo o mundo adiaram, suspenderam ou reavaliaram os seus projetos. Isto não afetará os projetos em andamento na Linde em 2016. Fábricas de gás natural Devido aos preços baixos de petróleo, gás natural e GNL, a indústria de petróleo e gases reduziu drasticamente o seu nível de investimento em 2016 e adiou um grande número de decisões de investimento. No entanto, a Linde foi capaz de assegurar, em 2016, um projeto marcante em grande escala, com o contrato para uma fábrica de processamento de gás na Rússia oriental. Fábricas de hidrogénio e de gás de síntese Uma economia chinesa mais fraca, juntamente com uma capacidade excessiva global, fez com que a indústria petroquímica tivesse ficado, uma vez mais, relutante em investir em 2016. Devido ao facto de os preços do petróleo permanecerem baixos, a indústria petroquímica russa, por exemplo, apenas fez investimentos limitados nos processos de dessulfurização nas refinarias.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

AVALIAÇÃO DO NEGÓCIO DO GRUPO LINDE 15. RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DO GRUPO LINDE (OPERAÇÕES CONTINUADAS)

2015 2016 Variação em milhões

de EUR em milhões

de EUR em milhões

de EUR em %

Receita 17 345 16 948 –397 –2,3

Custo das vendas 11 166 10 847 –319 –2,9

LUCRO BRUTO 6179 6101 –78 –1,3

Custos de investigação e desenvolvimento, despesas de marketing, vendas e administrativas 4330 4228 –102 –2,4

Outras receitas e despesas operacionais 168 189 21 12,5

Participação no lucro ou prejuízo de associadas e negócios conjuntos (no capital próprio) 12 13 1 8,3

EBIT 2029 2075 46 2,3

Resultado financeiro –397 –324 73 18,4

Despesa com o imposto sobre o rendimento 396 424 28 7,1

RESULTADO DO EXERCÍCIO 1236 1327 91 7,4

atribuível a acionistas da Linde AG 1133 1206 73 6,4

atribuível a interesses que não controlam 103 121 18 17,5

Custos de reestruturação e fusão (itens especiais) 192 126 – 66 –34,4

Amortização de ativos intangíveis/ depreciação de ativos tangíveis 1866 1897 31 1,7

LUCRO OPERACIONAL 4,087 4098 11 0,3

MARGEM DE EXPLORAÇÃO em % 23,6 24,2 – +60 pb

LUCROS POR AÇÃO em EUR – NÃO DILUÍDOS 6,10 6,50 0,40 6,6

LUCROS POR AÇÃO em EUR – NÃO DILUÍDOS (ANTES DE ITENS ESPECIAIS) 6,82 7,00 0,18 2,6

RETORNO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO (ANTES DE ITENS ESPECIAIS) em % 9,5 9,4 – –10 pb

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO AVALIAÇÃO DO NEGÓCIO DO GRUPO LINDE Receita e lucro operacional No exercício financeiro de 2016, a receita das operações continuadas do Grupo Linde atingiu 16 948 milhões de EUR (2015: 17 345 milhões de EUR). O lucro operacional das operações continuadas do Grupo ascendeu a 4098 milhões de EUR, em pé de igualdade com o nível do ano anterior de 4087 milhões de euros. Para além da menor contribuição da Divisão de Engenharia para a receita em relação ao ano anterior, esta evolução foi impulsionada, principalmente, pela variação cambial. Esta resultou em efeitos cambiais negativos resultantes da conversão de várias moedas locais na moeda de referência (o euro). Após o ajustamento a estes efeitos cambiais, a receita do Grupo foi 0,2 por cento superior a 2015. O lucro operacional do Grupo aumentou 2,7 por cento após o ajustamento a efeitos cambiais.

A margem de exploração do Grupo situou-se em 24,2 por cento, superior em 60 pontos base ao valor do ano anterior (2015: 23,6 por cento). As medidas já tomadas em 2015 para aumentar a eficiência (programa Focus) contribuíram igualmente para esta melhoria. Num período de três anos, entre 2015 e 2017, este programa visa reduzir os custos até 180 milhões de EUR. Em 2016, a Linde lançou outro programa de eficiência a nível do Grupo (programa LIFT). Este programa, que deverá decorrer igualmente por um período de três anos, destina-se a gerar economias adicionais de cerca de 370 milhões de EUR por ano. É provável que as despesas totais incorridas aos programas venham a ser de cerca de 400 milhões de EUR no período que decorre até ao final de 2017. A partir de 2019, os dois programas combinados deverão resultar numa poupança de cerca de 550 milhões de EUR por ano. Foram classificadas como itens especiais as despesas de 116 milhões de EUR incorridas durante o período de referência. Foram igualmente classificadas como itens especiais as despesas de aproximadamente 10 milhões de EUR em conexão com o projeto de fusão com a Praxair. O total de itens especiais fica pois em 126 milhões de EUR. Em 2015, foram reconhecidos como um item especial os custos de reestruturação de 192 milhões de EUR. Nota: A reconciliação dos principais dados financeiros antes de itens especiais é apresentada na ► NOTA [38] das Notas às demonstrações financeiras do Grupo.

Resultados das operações O custo das vendas caiu a uma taxa mais rápida do que a receita. Isto deveu-se principalmente ao facto de a Divisão de Engenharia ter dado uma contribuição menor para a receita do que no ano anterior. Como resultado, no exercício de 2016, a margem bruta chegou a 36,0 por cento (2015: 35,6 por cento).

Os outros custos funcionais registaram uma redução de 102 milhões de EUR numa comparação homóloga. Em primeiro lugar, os custos de reestruturação incluídos neste item em 2015 foram muito superiores aos gastos reportados em 2016. Em segundo lugar, as medidas para aumentar a eficiência que tinham sido introduzidas em 2015 resultaram já em poupanças em 2016, permitindo à empresa reduzir os seus custos funcionais.

O saldo de outras receitas e despesas operacionais melhorou 21 milhões de EUR, principalmente devido a um aumento do lucro na alienação de ativos não correntes.

O resultado financeiro melhorou principalmente devido ao resgate de duas obrigações híbridas no montante de 700 milhões de EUR e 250 milhões de GBP, que tiveram juros à taxa de, respetivamente, 7,375 por cento e 8,125 por cento.

A informação disponibilizada anteriormente refere-se exclusivamente a operações continuadas. Uma vez que o negócio do fornecedor de serviços de logística Gist deverá ser vendido no próximo ano, foi reportado como uma operação descontinuada. O resultado do exercício das operações descontinuadas ascendeu a –52 milhões de EUR em 2016 (2015: 16 milhões de EUR). Isto inclui uma perda resultante da avaliação pelo valor justo, deduzidos os custos de venda, no montante de 75 milhões de EUR. A informação complementar é apresentada na ► NOTA [19] DAS NOTAS

ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

DIVISÃO DE GASES 16. DIVISÃO DE GASES

2015 2016 Variação

em milhões de EUR em milhões de EUR em milhões de EUR em %

Receita 15 168 14 892 –276 –1,8

Lucro operacional 4151 4210 59 1,4

Margem de exploração em % 27,4 28,3 – +90 pb

Despesas de capital (excluindo ativos financeiros) 1881 1660 –221 –11,7

Número de colaboradores (na data de balanço) 52 395 52 907 512 1,0

A receita na Divisão de Gases caiu 1,8 por cento, de 15 168 milhões de EUR para 14 892 milhões de EUR, devido principalmente a efeitos cambiais negativos. Após ajustamentos, para refletir os efeitos cambiais e do preço do gás natural, a receita cresceu 1,4 por cento. 17. RECEITA E LUCRO OPERACIONAL POR SEGMENTO

2015 2016

em milhões de EUR Receita Lucro

operacional Margem de

exploração em % Receita Lucro

operacional Margem de

exploração em %

EMEA 6010 1790 29,8 5736 1807 31,5

Ásia/ Pacífico 4157 1063 25,6 4109 1084 26,4

Américas 5183 1298 25,0 5232 1319 25,2

Consolidação –182 –185

DIVISÃO DE GASES 15 168 4151 27,4 14 892 4210 28,3

18. DESENVOLVIMENTO DA RECEITA POR SEGMENTO NUMA BASE COMPARATIVA

em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016 Efeito cambial

Desenvolvimento da receita

ajustado à taxa de câmbio em %

Efeito do preço do gás natural

Desenvolvimento da receita

comparável em %

EMEA 6010 5736 –223 –0,9 –47 –0,1

Ásia/ Pacífico 4157 4109 –105 1,4 –15 1,8

Américas 5183 5232 –86 2,6 –2 2,7

DIVISÃO DE GASES 15 168 14 892 –413 0,9 –64 1,4

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO DIVISÃO DE GASES

EMEA (Europa, Médio Oriente, África) No exercício de 2016, a receita na região da EMEA atingiu 5736 milhões de EUR, um decréscimo de 4,6 por cento em relação ao ano anterior (2015: 6010 milhões de EUR). Uma vez mais, deverão ser tidos em conta os efeitos cambiais negativos. Numa base comparável, após o ajustamento para efeitos cambiais e as alterações no preço do gás natural, a receita ficou em pé de igualdade com a do ano anterior. O resultado operacional mostrou uma evolução positiva, chegando a 1807 milhões de EUR (2015: 1790 milhões de EUR). O que foi igualmente apoiado pelos rendimentos decorrentes de alterações nos regimes de pensões e nos lucros da alienação de ativos não correntes. Além disso, as medidas para aumentar a eficiência resultaram já em economias iniciais. Como resultado, a margem de exploração subiu para 31,5 por cento (2015: 29,8 por cento).

Verificaram-se tendências de negócios diferentes nas áreas de produto das várias sub-regiões do segmento da EMEA. No negócio no próprio local, a Linde conseguiu beneficiar do lançamento de novas fábricas, em particular, no Médio Oriente & Europa de Leste, bem como na Europa Setentrional. No entanto, o crescimento das receitas foi igualmente influenciado pela insolvência de um cliente no Reino Unido. Isso havia já sido comunicado no quarto trimestre do ano passado. A receita nos negócios com gás liquefeito e em garrafa mostrou um desenvolvimento relativamente estável. No seu negócio de Saúde, a Linde obteve um crescimento da receita em praticamente todas as regiões.

No ano em análise, os projetos mais importantes, de uma perspetiva empresarial, incluíram duas grandes fábricas de separação de gases que a Linde pôs em funcionamento na Rússia. As fábricas fornecerão o cliente SIBUR, em Dzerzhinsk, ao abrigo de um contrato de fornecimento de gás a longo prazo. O volume de investimento atingiu o equivalente a cerca de 50 milhões de EUR. A SIBUR é a maior empresa petroquímica da Rússia e da Europa de Leste.

Em Porvoo (Finlândia), a Linde pôs em funcionamento uma nova fábrica de hidrogénio para a empresa de petróleo finlandesa Neste Oil. O investimento ascendeu a cerca de 70 milhões de EUR e está ligado a um acordo no próprio local a longo prazo. A refinaria da Neste Oil possui duas fábricas de produção de hidrogénio, a mais antiga das quais foi agora substituída por uma mais eficiente.

A Linde tem sido há anos uma pioneira na tecnologia de reabastecimento de hidrogénio e continua a impulsionar o estabelecimento de uma infra-estrutura para veículos a célula de combustível. Em 2016, entraram em funcionamento, na Alemanha, juntamente com parceiros, cinco postos de abastecimento públicos adicionais, com tecnologia da Linde. Outros postos de abastecimento de H2 foram abertos no Reino Unido, na Suécia, no Japão e nos Estados Unidos.

A recém-criada subsidiária, Linde Hydrogen Concepts, sob a marca BeeZero, divulgou em 2016 o primeiro serviço de partilha de automóveis do mundo,

exclusivamente composto por veículos movidos a célula de combustível de hidrogénio. A Linde espera que o funcionamento de uma frota a célula de combustível traga informação valiosa, útil para o desenvolvimento futuro das tecnologias a hidrogénio e a expansão da infra-estrutura de H2.

Em 2018, deverá entrar em funcionamento uma fábrica de hélio e gás natural, na província de Estado Livre, na África do Sul, graças a uma colaboração anunciada pela Linde e pela Renergen, uma fornecedora de energia alternativa. A Renergen fornecerá hélio à Linde, no âmbito de um contrato de fornecimento, sendo concedidos à Linde os direitos de distribuição. Juntamente com as fontes de hélio nos Estados Unidos, no Canadá, no Qatar, na Austrália e na Argélia, o novo acordo reforça a posição da Linde como fornecedor com acesso a fontes diversificadas de hélio.

Em Duisburg, que abriga um dos locais de produção mais tradicionais da Linde, a empresa começou a trabalhar na construção de uma nova liquidificadora. O sistema deverá entrar em funcionamento no início de 2018 e produzir cerca de 200 mil toneladas de azoto líquido por ano. O novo sistema é a forma de a Linde ajustar as suas capacidades de produção para satisfazer a alta procura de azoto líquido na região do Reno-Ruhr, particularmente entre os principais clientes das indústrias química e eletrónica.

Em 2016, o Grupo iniciou igualmente os trabalhos de modernização da sua fábrica de enchimento de gases industriais e médicos em Unterschleissheim, no norte de Munique, o que irá duplicar a capacidade da fábrica. A partir de meados de 2017, o local poderá, por ano, encher mais de 750 000 garrafas e lidar com cerca de 1,2 milhões de garrafas. Isso tornará a fábrica de enchimento na maior do Grupo Linde na Alemanha.

Ásia/ Pacífico As tendências de negócios no segmento da Ásia/ Pacífico foram principalmente entravadas por efeitos cambiais negativos. No exercício de 2016, a receita ascendeu a 4109 milhões de EUR, um decréscimo de 1,2 por cento numa comparação homóloga (2015: 4157 milhões de EUR). O crescimento comparável da receita foi de 1,8 por cento. O lucro operacional subiu 2,0 por cento, para 1084 milhões de EUR (2015: 1063 milhões de EUR). O que corresponde a uma margem de exploração de 26,4 por cento (2015: 25,6 por cento).

Na Ásia, todas as áreas de produtos mostraram um desenvolvimento positivo. Particularmente nos negócios no próprio local e de gases liquefeitos, a Linde beneficiou do lançamento de novas fábricas e de bons níveis de utilização das fábricas.

Na região do Pacífico Sul, o fraco ambiente económico em curso na indústria de transformação e o declínio do investimento na indústria mineira tiveram um impacto adverso no crescimento. Foram identificadas medidas de redução de custos correspondentes que, nalguns casos, foram já implementadas, tanto no âmbito da Iniciativa Focus como do programa de eficiência LIFT recentemente lançado.

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19. ANÁLISE DA RECEITA POR

SEGMENTO EM %

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

A rescisão de um acordo no próprio local, no segundo trimestre do último ano, e a queda dos preços de GLP tiveram igualmente um impacto adverso nas receitas.

A Linde construiu duas grandes fábricas de separação de gases para a Tata Steel Limited, uma das maiores empresas siderúrgicas do mundo, no local desta última no complexo industrial de Kalinganagar, em Odisha (Índia). As fábricas entraram em funcionamento no ano em análise. As fábricas foram construídas pela Divisão de Engenharia com um investimento total de cerca de 80 milhões de EUR. A Divisão de Gases da Linde opera as fábricas no âmbito de um contrato de fornecimento de gás no próprio local a longo prazo. As duas novas fábricas de separação de gases produzirão, cada uma, oxigénio, azoto e árgon gasosos para abastecer a siderurgia da Tata Steel. Produzem igualmente gases liquefeitos para o mercado regional.

Conforme previsto, a Linde pôs igualmente em funcionamento duas fábricas de separação de gases na China. Ambas as fábricas produzem gases para clientes da indústria eletrónica. Uma fábrica de separação de gases entrou igualmente em funcionamento em Taiwan, fornecendo gases para a produção de semicondutores ao cliente TSMC. O montante do investimento foi de cerca de 22 milhões de EUR.

Em 2016, a Linde conseguiu igualmente pôr em funcionamento uma unidade de produção de gás para a BASF Petronas Chemicals Sdn Bhd, um negócio conjunto entre a BASF e a PETRONAS, na Malásia. Foram investidos cerca de 9 milhões de EUR nesta unidade, que fornecerá hidrogénio ao cliente no local de Gebeng.

Em Marsden Point (Nova Zelândia), entrou em funcionamento uma fábrica de dióxido de carbono. A fábrica irá fornecer até 50 000 toneladas de CO2 reciclado e purificado por ano, para toda uma variedade de aplicações, incluindo a indústria de alimentos e bebidas, os fabricantes de fertilizantes artificiais e fábricas de papel. Um acordo correspondente, a longo prazo, está em vigor entre a BOC New Zealand e o cliente Refin NZ. Foram investidos nesta fábrica cerca de 28 milhões de EUR.

Em Rupganj, foi lançada a primeira pedra da maior fábrica de separação de gases do Bangladesh. A partir de 2017, esta fábrica de separação de gases duplicará a capacidade de produção da Linde neste país do Sudeste Asiático. Os principais compradores de gases atmosféricos no Bangladesh, incluem as indústrias de transporte marítimo e de reciclagem de navios, mas também os fabricantes de produtos alimentares e a indústria farmacêutica.

Na Malásia, a Linde deu um passo fundamental no afã de expandir a sua posição no mercado do Sudeste Asiático a longo prazo. A empresa criou o negócio conjunto Pengerang Gas Solution, Sdn Bhd, juntamente com a PETRONAS Gas Bhd. O negócio conjunto será a construção de duas fábricas de separação de gases para fornecer à PETRONAS, em particular, oxigénio e azoto gasoso, no complexo industrial de Pengerang no sul da Malásia. Está a ser investido um total de cerca de 150 milhões de EUR nas instalações de produção de gás. O negócio conjunto operará as instalações no âmbito de um contrato de fornecimento de gás a longo prazo.

Nas Filipinas, a Linde irá investir 25 milhões de EUR na expansão de uma fábrica de separação de

gases já existente e na construção de uma nova fábrica de liquefação de azoto, em Apalit Pampanga, no período que antecede 2018. Este investimento irá aumentar a capacidade local para 400 toneladas de gases liquefeitos, que estão a ser altamente procurados nas indústrias em rápido crescimento da saúde, eletrónica, de alimentos e bebidas, bem como no sector de manufatura do país.

A Linde EOX Sdn Bhd, uma subsidiária da Linde Malaysia Sdn Bhd, publicou um anúncio em 2016 acerca da construção de uma fábrica de separação de gases em Tanjung Kiduron. O investimento no projeto chega a cerca de 7 milhões de EUR. A fábrica, que está programado que entre em funcionamento em 2017, terá um volume de produção de 33 toneladas de gases liquefeitos por dia. Juntamente com a fábrica de separação de gases já existente em Kuching, tornará a Linde EOX no maior produtor de gases liquefeitos da Malásia oriental.

Américas No segmento das Américas, a receita aumentou, no período em análise, em 0,9 por cento, para 5232 milhões de EUR (2015: 5183 milhões de EUR). Numa base comparável, a receita aumentou 2,7 por cento. Quando comparado com o período do ano anterior, o lucro operacional aumentou 1,6 por cento, para 1319 milhões de EUR (2015: 1298 milhões de EUR). A margem de exploração aumentou para 25,2 por cento (2015: 25,0 por cento).

Têm de ser tidos em conta, diversos efeitos, por vezes, contrários, no que diz respeito ao desenvolvimento de receitas e de lucros. No negócio de Saúde na América do Norte, entraram em vigor reduções de preços, no início do exercício, devido a concursos públicos. Estes cortes foram intensificados ainda mais, com efeitos a partir de 1 de julho de 2016. Em dezembro, algumas dessas reduções de preços foram subsequentemente adiadas para o início de janeiro deste ano. Como resultado, em particular, o quarto trimestre de 2016, mostrou um desenvolvimento melhor do que o esperado. A aquisição da American HomePatient, Inc., especializada em terapia respiratória, resultou num aumento na receita. A contribuição para a receita da American HomePatient, Inc., em 2016, chegou aos 252 milhões de EUR. A aquisição ajuda a neutralizar os efeitos negativos resultantes das reduções de preços, graças ao aumento do número de pacientes que necessitam de cuidados e às economias de custos associadas, alcançadas graças às economias de escala. A Linde vendeu igualmente duas subsidiárias da Lincare que negoceiam em medicamentos e produtos farmacêuticos no terceiro trimestre do ano. Tal como seria de esperar, a desconsolidação destas empresas teve um impacto negativo nas receitas da área de Saúde. Para além dos efeitos negativos resultantes dos cortes nos preços estatais, o lucro operacional inclui igualmente efeitos positivos resultantes de alterações nos regimes de pensões e proventos da venda das empresas da Lincare. A Linde está igualmente a fazer ajustamentos contínuos na sua estrutura de custos e continua a seguir uma estratégia de crescimento orgânico.

27,3 Ásia/ Pacífico

38,0 EMEA

34,7 Américas

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO DIVISÃO DE GASES

Na América do Norte, o negócio no próprio local apresentou um desenvolvimento particularmente bom. O que foi igualmente auxiliado pelo lançamento de novas fábricas e a extensão do contrato de fornecimento de azoto ao cliente PEMEX, no México, acordado no final de 2015. Em setembro, a Linde North America anunciou igualmente que iria investir mais de 100 milhões de USD numa nova fábrica de separação de gases e na expansão das suas capacidades de produção em Claymont, Delaware. Ao produzir 1200 toneladas de oxigénio, azoto e árgon liquefeitos e 400 toneladas de produtos gasosos por dia, esta será a maior fábrica de liquefação da Linde na América do Norte a partir de 2019. A nova fábrica, particularmente eficiente em termos energéticos, melhorará a situação de abastecimento de numerosos clientes da Linde na região.

Nos países sul-americanos individuais – particularmente no Brasil e na Venezuela –, as condições gerais continuaram a deteriorar-se em 2016. A situação económica da região é caracterizada por inflação alta e crescimento baixo. Embora todas as áreas de produto da América do Sul tenham apresentado uma evolução positiva, as taxas de crescimento baseiam-se num nível relativamente baixo do ano anterior.

Áreas de produto Fortalecida pela aquisição da American HomePatient, a Linde conseguiu aumentar em 2016, numa base comparável, a receita do negócio de saúde em 3,8 por cento, elevando-a para 3740 milhões de EUR (2015: 3603 milhões de EUR).

Na área de produto no próprio local, a receita aumentou, numa base comparável, 2,1 por cento, para 3757 milhões de EUR (2015: 3680 milhões de EUR). Após o ajustamento para os efeitos do termo de contratos, a receita nesta área de produto ficou 3,4 por cento acima em termos homólogos.

As tendências no sector dos gases liquefeitos foram positivas. As receitas aumentaram aqui 1,7 por cento, para 3575 milhões de EUR (2015: 3514 milhões de EUR). A receita relativa ao gás em garrafa atingiu 3820 milhões de EUR, numa base comparável, 1,9 por cento inferior à do ano anterior (2015: 3894 milhões de EUR). Neste contexto, é importante lembrar que os valores do ano anterior beneficiaram dos efeitos positivos nos preços, na área dos gases eletrónicos e especiais, particularmente na América do Norte. 20. DIVISÃO DE GASES: RECEITA POR ÁREA DE PRODUTO

em milhões de EUR 20151 2016 Variação

em %

Gás liquefeito 3514 3575 1,7

Gás em garrafa 3894 3820 –1,9

No próprio local 3680 3757 2,1

Saúde 3603 3740 3,8

DIVISÃO DE GASES 14 691 14 892 1,4 1 Corrigidos de efeitos cambiais e variações no preço do gás natural.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

DIVISÃO DE ENGENHARIA As tendências de receita e ganhos no negócio internacional de projetos de construção de fábricas da Linde refletiram os progressos realizados em projetos individuais. No exercício de 2016, a receita da Divisão de Engenharia caiu 9,4 por cento, para 2351

milhões de EUR (2015: 2594 milhões de EUR). O lucro operacional caiu igualmente, para 196 milhões de EUR (2015: 216 milhões de EUR). A margem de exploração foi de 8,3 por cento, correspondente ao valor do ano anterior (2015: 8,3 por cento). O que significa que a margem de exploração esteve ainda acima da média da indústria e correspondeu à meta de cerca de 8 por cento que a Linde havia estabelecido para o exercício de 2016. Em 2016, a entrada de encomendas foi de 2257 milhões de EUR (2015: 2494 milhões de EUR). Os preços do petróleo e do gás persistentemente baixos resultaram numa procura tépida na construção de fábricas igualmente em 2016. No final de dezembro de 2016, as encomendas em carteira atingiram 4386 milhões de EUR (2015: 4541 milhões de EUR), o que significa que se mantêm a um nível sólido.

23. ENTRADA DE ENCOMENDAS POR

TIPO DE FÁBRICA EM %

21. DIVISÃO DE ENGENHARIA

2015 2016 Variação

em milhões de EUR em milhões de EUR em milhões de EUR em milhões de EUR em %

Receita 2594 2351 –243 –9,4

Entrada de encomendas 2494 2257 –237 –9,5

Encomendas em carteira 4541 4386 –155 –3,4

Lucro operacional 216 196 –20 –9,3

Margem de exploração 8,3% 8,3%

Despesas de capital (excluindo ativos financeiros) 32 30 –2 –6,3

Número de colaboradores (na data de balanço) 7038 6432 – 606 –8,6

22. DIVISÃO DE ENGENHARIA: RECEITA E ENTRADA DE ENCOMENDAS POR TIPO DE FÁBRICA

Receita Entrada de encomendas em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016

Fábricas de olefina 683 819 321 374

Fábricas de gás natural 572 448 1135 796

Fábricas de separação de gases 406 419 426 651

Fábricas de hidrogénio e de gás de síntese 690 485 355 284

Outras 243 180 257 152

DIVISÃO DE ENGENHARIA 2594 2351 2494 2257

56

Fábricas de olefina Apesar de um ambiente de mercado difícil no negócio internacional de construção de fábricas, a Linde foi capaz de estabelecer uma posição competitiva sólida.

A Divisão de Engenharia da Linde, por exemplo, obteve em 2016 um contrato com a Shell para a prestação de serviços de aquisição e fornecimento para a construção de uma fábrica de etileno e duas fábricas de polietileno na Pensilvânia (EUA). A Linde Engineering fornecerá igualmente acessórios, tais como fornos de processo, permutadores de calor de placas e uma unidade de adsorção com modulação de pressão (PSA). O volume total do contrato ascende a cerca de 360 milhões de EUR, com cerca de 220 milhões de EUR contidos na entrada de encomendas de 2016. O restante havia já sido reconhecido no ano anterior.

Fábricas de gás natural Devido aos preços baixos do petróleo, do gás natural e do GNL e como resultado do arranque de novas grandes fábricas de GNL e da capacidade excedentária associada, a indústria do petróleo e gás reduziu, de uma maneira geral, as despesas de capital, adiando a maioria das decisões de investimento.

Apesar desta tendência, a Linde fora já selecionada como o licenciante da tecnologia de processamento de gás natural, para o projeto de FPG de Amur (Fábrica de Processamento de Gás de Amur), na Rússia oriental, no ano anterior. A fábrica será erigida em cinco fases, no período que vai até 2024. Para a segunda fase do projeto, iniciada em 2016, foi reconhecido um montante de pouco menos de 500 milhões de EUR na entrada de encomendas. Uma vez que esteja concluída, a FPG de Amur será um dos maiores projetos de processamento

16,6 Fábricas de olefina 12,6

Fábricas de hidrogénio e de gás de síntese

35,3 Fábricas de gás natural 28,8

Fábricas de separação de gases

6,7 Outras

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO DIVISÃO DE ENGENHARIA

de gás do mundo, com uma capacidade de processamento de até 49 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano.

O ano de 2016 viu igualmente a Gazprom e o seu empreiteiro geral, a SRDI Peton Oil & Gas, selecionarem a Divisão de Engenharia como licenciante de uma fábrica de gás natural liquefeito (GNL) de dimensão média em Portovaya, na costa russa do mar Báltico. A fábrica destina-se a liquefazer gás natural da estação de compressão próxima, que pertence ao gasoduto Nord Stream. No âmbito do seu contrato com a Peton, a Linde será responsável pela engenharia básica da fábrica de GNL e fornecerá igualmente o equipamento e todos os componentes criogénicos.

Fábricas de separação de gases A Linde conseguiu igualmente atrair uma parte significativa das encomendas do segmento das fábricas de separação de gases, apesar de um ambiente difícil e de uma forte concorrência.

Por exemplo, no terceiro trimestre, a Divisão de Gases adjudicou à Divisão de Engenharia, um contrato para a construção de duas grandes fábricas de separação de gases para o negócio conjunto recém-criado entre a Linde e a PETRONAS Gas Berhad. As fábricas fornecerão oxigénio e azoto ao complexo integrado petroquímico e de refinaria da PETRONAS em Pengerang, na Malásia. O projeto inclui a engenharia, aquisição, construção e colocação em funcionamento (EPCC) das fábricas. A correspondente entrada de encomendas na Divisão de Engenharia atingiu mais de 100 milhões de EUR em 2016.

A Divisão de Engenharia recebeu um contrato do cliente JSC Grodno Azot, da Bielorrússia, para a construção de duas fábricas de separação de gases. A Linde é responsável pela engenharia e aquisição. Está previsto que as fábricas, que correspondem a um valor da ordem de cerca de 30 milhões de EUR, estejam concluídas em 2018. Fábricas de hidrogénio e de gás de síntese O desenvolvimento do segmento de mercado das fábricas de hidrogénio e de gás de síntese abrandou consideravelmente. Tal deveu-se, em primeiro lugar, a um mercado amplamente saturado de produtos petroquímicos e a um excesso de oferta de produtos químicos básicos. Por outro lado, muitos projetos que foram adjudicados há cerca de três a quatro anos iniciaram o seu processo pela primeira vez em 2016. O que resultou igualmente numa maior relutância das empresas em fazerem novos investimentos. Mesmo assim, a Linde conseguiu ganhar encomendas também nesta área de produto.

A Divisão de Engenharia da Linde recebeu, por exemplo, em 2016, uma encomenda do maior fabricante de combustíveis da Suécia, a Preem, para construir uma fábrica de hidrogénio no local da refinaria da Preem em Gotemburgo. A encomenda é de cerca de 40 milhões de USD no total. Esta é a primeira encomenda para uma fábrica modular padronizada da nova linha de produtos HYDROPRIME® MAX da Linde.

No último trimestre do exercício de 2016, a Linde colocou em funcionamento uma grande fábrica de hidrogénio (reformador a vapor de metano) no local da refinaria da Neste Oil em Porvoo (Finlândia). A Divisão de Engenharia da Linde foi responsável pela construção da fábrica chave na mão, que será operada pela AGA, subsidiária da Linde. O hidrogénio será utilizado num grande número de processos e produtos na refinaria, por exemplo, na dessulfurização de gasóleo e na produção de óleos de alta qualidade. Outros tipos de fábrica Em agosto de 2016, a Linde Engineering colocou em funcionamento uma fábrica de purificação de hélio de referência para o cliente Weil Group Resources, em Mankota, Saskatchewan (Canadá) – a primeira fábrica do género no mundo. A fábrica utiliza um processo híbrido de tecnologia de membrana e adsorção com modulação de pressão (PSA) e processa gás bruto, produzindo hélio de qualidade industrial (pureza de 99,999 por cento). Outra fábrica de purificação de hélio, que utiliza este processo híbrido inovador, será construída para a empresa Renergen, na província do Estado Livre, na África do Sul. A Linde Engineering havia já recebido o contrato para o planeamento inicial, ou "engenharia inicial", da fábrica em 2016. O contrato principal deverá ser adjudicado no primeiro semestre de 2017.

24. RECEITA POR TIPO DE FÁBRICA EM %

57

7,7 Outras 34,8

Fábricas de olefina

17,8 Fábricas de separação de gases

19,1 Fábricas de gás natural

20,6 Fábricas de hidrogénio e de gás de síntese

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

OUTRAS ATIVIDADES No exercício de 2016, o segmento Outras Atividades compreendeu a empresa Gist, de serviços logísticos da Linde. A empresa é especializada na distribuição de alimentos e bebidas refrigeradas.

Devido aos planos para vender a Gist, o negócio foi reportado como uma operação descontinuada neste Relatório Anual. A informação complementar sobre estes custos é dada na ► NOTA [19] DAS NOTAS ÀS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO. Em 2016, a Gist gerou uma receita de 602 milhões

de EUR (2015: 607 milhões de EUR) e um lucro operacional de 44 milhões de EUR (2015: 44 milhões de EUR).

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO ATIVOS LÍQUIDOS E SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO LINDE

ATIVOS LÍQUIDOS E SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO LINDE 25. DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO (RESUMO) em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016 Variação absoluta Variação em %

Goodwill 11 604 11 405 –199 –1,7

Outros ativos intangíveis 2760 2440 –320 –11,6

Ativos tangíveis 12 782 12 756 –26 –0,2

Outros ativos não correntes 1,280 1362 82 6,4

Outros ativos correntes 5,504 5763 259 4,7

Caixa e equivalentes de caixa 1417 1463 46 3,2

ATIVOS TOTAIS 35 347 35 189 –158 –0,4

Capital próprio 15 449 15 480 31 0,2

Provisões para pensões 1,068 1564 496 46,4

Dívida financeira 9483 8528 –955 –10,1

Outro passivo 7728 7951 223 2,9

Outras provisões 1619 1666 47 2,9

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 35 347 35 189 –158 –0,4

Ativos líquidos A diminuição do goodwill no valor de 199 milhões de EUR deveu-se, principalmente, a dois efeitos contrários: em conexão com o reconhecimento de ativos como ativos não correntes classificados como detidos para venda e grupos para alienação, parte do goodwill, no montante de 336 milhões de EUR, também foi reclassificado. As aquisições efetuadas durante o exercício aumentaram este item do balanço em 146 milhões de EUR.

A queda em outros ativos intangíveis, que incluem relações com clientes, marcas e outros ativos intangíveis, foi, em grande parte, atribuível a amortização no montante de 298 milhões de EUR. Este desenvolvimento foi contrabalançado por adições (incluindo adições de aquisições) no montante de 88 milhões de EUR.

No que diz respeito aos ativos tangíveis, as adições de despesas de capital, no montante de 1677 milhões de EUR, foram compensadas pela depreciação de 1593 milhões de EUR.

Nos ativos correntes, as dívidas comerciais a receber foram o maior item, com 2755 milhões de EUR (31 de dezembro de 2015: 2724 milhões de EUR). O aumento deveu-se quase exclusivamente a efeitos cambiais no montante de 27 milhões de EUR.

O item inclui igualmente ativos não correntes classificados como detidos para venda. Estes aumentaram 599 milhões de EUR em termos homólogos, devido principalmente à venda prevista do negócio do fornecedor de serviços logísticos Gist (31 de dezembro de 2015: 11 milhões de EUR). Os valores mobiliários tiveram o efeito oposto, tendo caído de 290 milhões de EUR para 131 milhões de EUR, em grande parte devido a alienações (31 de dezembro de 2015: 421 milhões de EUR).

O capital próprio de 15 480 milhões de EUR está em pé de igualdade com o nível do ano anterior. O resultado do exercício de 1275 milhões de EUR resultou num aumento do capital próprio. Os efeitos cambiais de 132 milhões de EUR e os efeitos da reavaliação dos regimes de pensões de 418 milhões de EUR tiveram um impacto negativo. O pagamento do dividendo de 2015 aos acionistas da Linde AG, no montante de 640 milhões de EUR, resultou igualmente numa redução do capital próprio. O rácio de fundos próprios a 31 de dezembro de 2016 foi de 44,0 por cento (31 de dezembro de 2015: 43,7 por cento).

As provisões para pensões e obrigações similares aumentaram para 1564 milhões de EUR a 31 de Dezembro de 2016. Este aumento deve-se principalmente à alteração dos pressupostos atuariais. 80,3 por cento das obrigações de pensão (obrigação de benefício definido (DBO)) do Grupo Linde (31 de

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

dezembro de 2015: 86,4 por cento) estão cobertos por ativos. A queda da taxa de cobertura deve-se principalmente ao aumento da obrigação de pensão, que é em grande parte o resultado de uma queda nas taxas de desconto.

Para os compromissos extrapatrimoniais, ver ►

NOTA [36] das Notas às demonstrações financeiras do Grupo.

Situação financeira A Tesouraria do Grupo controla centralmente a gestão financeira global de todas as empresas do Grupo. Isto compreende a gestão da estrutura de capital, o financiamento das empresas do Grupo, a gestão de caixa e liquidez, a gestão dos riscos financeiros (riscos de incumprimento da contraparte, de taxa de juro, cambial, de país e liquidez) e a gestão dos ativos de pensões . Princípios e objetivos de financiamento O objetivo do financiamento externo e da gestão da liquidez é garantir que o Grupo tem uma liquidez adequada em todos os momentos.

A margem financeira externa da Linde é mantida principalmente através dos mercados de capitais e de um grande grupo bancário internacional. No interior do Grupo, aplica-se o princípio do financiamento interno: isto é, as necessidades de financiamento das empresas subsidiárias são cobertas, sempre que possível e onde quer que faça sentido financeiro, por empréstimos intragrupo. As empresas do Grupo tanto são financiadas através dos excedentes de tesouraria de outras unidades de negócios, numa gestão centralizada da tesouraria, como através de empréstimos do próprio Grupo, por intermédio da Linde Finance B. V. e/ ou da Linde AG, levando em consideração qualquer risco inerente a um determinado país.

A Tesouraria do Grupo negoceia igualmente facilidades de crédito com bancos locais, para ter em conta as exigências legais, fiscais e outras. O financiamento local é utilizado, especialmente em países com restrições monetárias, para financiar montantes pequenos ou para projetos que apresentem circunstâncias locais específicas.

Uma vez mais, a Linde manteve uma posição adequada de liquidez em 2016. Para além de caixa e equivalentes de caixa de 1463 milhões de EUR, a Linde detém igualmente valores mobiliários que totalizam 131 milhões de EUR. Estes valores mobiliários são, principalmente, obrigações de dívida pública da Alemanha com prazos inferiores a um ano. Programa de Papel Comercial em Euros O Grupo Linde utiliza um Programa de Papel Comercial em Euros para o financiamento a curto prazo. No âmbito do programa, os emitentes são a Linde AG e a Linde Finance B. V., com a garantia da Linde AG. O volume do programa é de 2 mil milhões de EUR. A 31 de dezembro de 2016, não havia papel comercial em circulação ao abrigo deste programa.

Facilidade de crédito de um consórcio bancário A Linde tem igualmente à sua disposição uma linha de crédito renovável de um consórcio bancário no valor de 2,5 mil milhões de EUR, válida até 2020. No total, 33 grandes bancos alemães e internacionais, utilizados pela Linde, estão envolvidos na facilidade de crédito de um consórcio bancário. A linha de crédito estava ainda por utilizar no final do exercício de 2016 e serve igualmente como back-up para o Programa de Papel Comercial em Euros da Linde. Isto significa que o grupo tem um elevado nível de flexibilidade no seu financiamento. Atividades do mercado de capitais Em abril de 2016, a Linde Finance B. V. efetuou uma emissão, com um volume total de 750 milhões de EUR, no âmbito do Programa de Emissão de Dívida de 10 mil milhões de EUR, com um prazo de doze anos e um cupão fixo de 1,00 por cento. O produto da emissão foi utilizado para o resgate antecipado de duas obrigações híbridas, no montante de 700 milhões de EUR e 250 milhões de GBP, que a Linde emitiu em 2006 no âmbito do financiamento da aquisição do fornecedor britânico de gases BOC. As duas obrigações subordinadas tinham sido dotadas de um direito de rescisão, pela primeira vez, após dez anos, que a Linde exerceu em julho de 2016.

No âmbito do Programa de Emissão de Dívida de 10 mil milhões de EUR, totalizavam 7488 milhões de EUR, em diversas moedas, as emissões que se encontravam por liquidar a 31 de dezembro de 2016 (31 de dezembro de 2015: 6891 milhões de EUR). ► VER TAMBÉM A NOTA [23] DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS DO GRUPO.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO ATIVOS LÍQUIDOS E SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO LINDE Notação O objetivo declarado do Grupo continua a ser uma notação de forte "grau de investimento". Em agosto de 2016, a agência de notação europeia Scope publicou a sua primeira notação do Grupo Linde, atribuindo à empresa uma notação de A+ (de longo prazo) com uma perspetiva estável. Foi atribuída uma notação de crédito de curto prazo de S–1+, a categoria mais alta no sistema de classificação da Scope. As agências Moody's e S & P confirmaram as suas notações da Linde em 2016. 26. NOTAÇÃO DE 2016

Agências de notação Notação de longo prazo Perspetiva

Notação de curto prazo

Moody’s A2 Estável P–1

Standard & Poor’s A+ Estável A–1

Scope A+ Estável S–1+

Estrutura do capital A estrutura de capital do Grupo está determinada de uma forma a otimizar o custo e o risco. No período de referência, a dívida financeira bruta caiu 955 milhões de EUR, para 8528 milhões de EUR (31 de dezembro de 2015: 9483 milhões de EUR). Para além do resgate das duas obrigações híbridas, com um volume total de cerca de 1050 milhões de EUR, em 2016, foram resgatadas mais obrigações no montante aproximado de 370 milhões de EUR. A emissão de uma obrigação no montante de 750 milhões de EUR teve o efeito oposto.

O Grupo Linde continua a ser financiado numa base de longo prazo. Os passivos financeiros correntes ascenderam a 1854 milhões de EUR, a 31 de dezembro de 2016 (31 de dezembro de 2015: 1023 milhões de EUR). Este aumento é principalmente atribuível à reclassificação de novas obrigações que venham a ser resgatadas nos próximos doze meses. Os fundos necessários foram levantados em janeiro de 2017 mediante a colocação de uma obrigação a cinco anos no montante de mil milhões de EUR. Consequentemente, os passivos financeiros não correntes diminuíram 1786 milhões de EUR, para 6674 milhões de EUR, a 31 de dezembro de 2016 (31 de dezembro de 2015: 8460 milhões de EUR).

A dívida financeira líquida compreende a dívida financeira bruta deduzidos os valores mobiliários de curto prazo e a caixa e equivalentes de caixa. A 31 de dezembro de 2016, a dívida financeira líquida chegou a 6934 milhões de EUR (31 de dezembro de 2015: 7645 milhões de EUR). A diminuição de 711 milhões de EUR foi devida a uma variedade de efeitos, por vezes, contrários. O pagamento do dividendo, no montante de 640 milhões de EUR, aos acionistas da Linde AG resultou num aumento da dívida financeira líquida. Em contrapartida, a dívida financeira líquida foi reduzida pelo sólido fluxo de caixa das atividades operacionais e pelos efeitos cambiais e de avaliação.

O grau de alavancagem financeira dinâmica (dívida financeira líquida em relação ao lucro operacional, ao longo dos últimos 12 meses) foi de 1,7 a 31 de dezembro de 2016. É, uma vez mais, inferior ao valor do final do exercício anterior (31 de dezembro de 2015: 1,9) e permanece bem abaixo do limite superior de 2,5 que a própria Linde tinha definido.

A alavancagem do Grupo (a relação entre a dívida líquida e o capital próprio) foi de 44,8 por cento a 31 de dezembro de 2016 (31 de dezembro de 2015: 49,5 por cento).

A liquidez disponível resulta dos valores mobiliários a curto prazo de 131 milhões de EUR, da caixa e equivalentes de caixa de 1463 milhões de EUR e da facilidade de crédito do consórcio bancário de 2,5 mil milhões de EUR, deduzidos os passivos financeiros correntes. Isto significa que a liquidez disponível ascendeu a 2240 milhões de EUR a 31 de dezembro de 2016 (31 de dezembro de 2015: 3315 milhões de EUR).

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DO GRUPO No fluxo de caixa das atividades operacionais de operações continuadas, a variação no fundo de maneio apresentou uma evolução positiva, principalmente como resultado de maiores adiantamentos recebidos de clientes no negócio de construção de fábricas. Os impostos sobre o rendimento pagos também caíram, em resultado dos pagamentos de restituições. No que diz respeito ao

fluxo de caixa das atividades operacionais, é importante ter em conta que a Linde recebeu um pagamento único de 159 milhões de EUR, no âmbito da revisão de um contrato de fornecimento de um grande volume de gás com um cliente de Singapura no ano anterior. Isso foi incluído em "outras variações" no ano anterior. Os efeitos de valorização não monetários e a utilização de provisões para reestruturação contribuíram igualmente para a alteração deste item.

Os pagamentos efetuados para investimentos em empresas consolidadas aumentaram para 250 milhões de EUR (2015: 113 milhões de EUR) e correspondem principalmente à aquisição da empresa dos EUA, American HomePatient, Inc.

Os influxos de caixa provenientes da alienação de ativos incluem igualmente o produto da alienação de empresas consolidadas. Incluem, entre outras coisas, o produto da alienação de duas subsidiárias da Lincare no terceiro trimestre de 2016.

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27. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DO GRUPO (RESUMO, OPERAÇÕES CONTINUADAS)

em milhões de EUR 2015 2016 Variação absoluta

Variação em %

LUCRO OPERACIONAL 4087 4098 11 0,3

Variação do fundo de maneio 59 279 220 –

Impostos sobre o rendimento pagos –532 –446 86 16,2

Outras variações –31 –531 –500 –

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 3583 3400 –183 –5,1

Exfluxo de caixa para investimentos em ativos tangíveis, ativos intangíveis e ativos financeiros (excluindo valores mobiliários) –1952 –1836 116 5,9

Pagamentos de investimentos em empresas consolidadas –113 –250 –137 –

Influxos de caixa provenientes da alienação de ativos 186 323 137 73,7

FLUXO DE CAIXA LIVRE OPERACIONAL 1704 1637 – 67 –3,9

Pagamentos para/ produto dos investimentos em valores mobiliários 99 291 192 –

Influxos líquidos de caixa/ exfluxos a partir das receitas/ reembolso de empréstimos e de dívida do mercado de capitais –434 –763 –329 –75,8

Pagamentos de dividendos a acionistas da Linde AG e interesses que não controlam –701 –765 –64 –9,1

Pagamentos de juros líquidos de dívida financeira e derivados de taxa de juro –364 –347 17 4,7

Outras variações –24 –21 3 12,5

VARIAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 280 32 –248 –88,6

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO DESPESAS DE CAPITAL DO GRUPO LINDE

DESPESAS DE CAPITAL DO GRUPO LINDE 28. DESPESAS DE CAPITAL DO GRUPO LINDE (OPERAÇÕES CONTINUADAS)

2015 2016 Variação

em milhões de EUR em %

em milhões de EUR em %

em milhões de EUR em %

EMEA 895 44,0 753 37,6 –142 –15,9

Ásia/ Pacífico 386 19,0 375 18,7 –11 –2,8

Américas 600 29,5 532 26,5 – 68 –11,3

DIVISÃO DE GASES 1881 92,4 1660 82,8 –221 –11,7

DIVISÃO DE ENGENHARIA 32 1,6 30 1,5 –2 –6,3

Reconciliação 3 0,1 22 1,1 19 –

GRUPO (EXCLUINDO ATIVOS FINANCEIROS) 1916 94,1 1712 85,4 –204 –10,6

Ativos financeiros 120 5,9 292 14,6 172 –

GRUPO 2036 100,0 2004 100,0 –32 –1,6

As tomadas de decisão em relação a despesas de capital e atribuição de processos estão centralizadas no Grupo Linde. Cada item das despesas de capital que exceda um critério de dimensão específico deverá ser aprovado pelo membro do Conselho de Administração responsável por essa área, por uma comissão central de investimento ou pela totalidade do Conselho de Administração. As decisões em relação a despesas de capital são cuidadosamente avaliadas, uma vez que são um fator crítico de sucesso para uma empresa como a Linde.

Nesta base, em 2016, a Linde continuou a aplicar a sua estratégia de crescimento baseada em despesas de capital. O Grupo investiu, de novo, especificamente, naquelas áreas em que existem oportunidades de crescimento acima da média e que contribuem para o aumento da rentabilidade e competitividade do Grupo. Durante o período de referência, a atividade de investimento da Linde focou-se não apenas na área de produtos no próprio local, mas também, particularmente, nas áreas de produtos do gás liquefeito e do gás em garrafa.

Em 2016, a taxa de investimento na Divisão de Gases foi de 11,1 por cento da receita (2015: 12,4 por cento). O que se situou no intervalo estabelecido na previsão de 2015 de entre 11 por cento e 12 por cento.

No exercício de 2016, os investimentos em empresas consolidadas totalizaram 254 milhões de EUR (2015: 107 milhões de EUR).

O restante investimento em ativos financeiros, de 38 milhões de EUR (2015: EUR 13 milhões de EUR), está principalmente relacionado com aumentos de capital em negócios conjuntos ou empréstimos não correntes a associadas e negócios conjuntos.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

RESUMO DO EXERCÍCIO DE 2016 DO GRUPO LINDE PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Devido a um ambiente caracterizado pela incerteza macroeconómica e política, o crescimento económico global ficou em 2016 nos 2,2 por cento, abaixo do valor de 2,7 por cento do ano anterior. Além disso, os preços do petróleo persistentemente baixos tiveram um impacto negativo nas atividades de investimento de muitos clientes, particularmente no mercado internacional de construção de fábricas em grande escala. Isto teve uma vez mais um impacto negativo na Divisão de Engenharia da Linde.

Mesmo assim, a Linde mostrou um desenvolvimento relativamente estável. No exercício de 2016, a receita do Grupo chegou aos 16 948 milhões de EUR, 2,3 por cento abaixo do valor de 17 345 milhões de EUR do ano anterior. Após o ajustamento para efeitos cambiais, o crescimento da receita do Grupo chegou a 0,2 por cento, o que se situa no intervalo de previsão de –3 a +4 por cento.

O lucro operacional do Grupo atingiu 4098 milhões de EUR (2015: 4087 milhões de EUR). Após os ajustamentos para fazer refletir os efeitos cambiais, aumentou 2,7 por cento, o que também se situa no intervalo desejado de –3 a +4 por cento.

A margem de exploração do Grupo chegou a 24,2 por cento em 2016, acima do ano anterior (2015: 23,6 por cento).

O retorno sobre o capital investido (ROCE) após os ajustamentos para itens especiais foi de 9,4 por cento em 2016 (2015: 9,5 por cento), ultrapassando a meta de cerca de 9 por cento.

Em 2016, os resultados das operações voltaram a ser afetados pelos itens especiais. Estes incluem custos de reestruturação de 116 milhões de EUR (2015: 192 milhões de EUR) e despesas relacionadas com o projeto de fusão com a Praxair, no montante de 10 milhões de EUR. Porém, em geral, as medidas já tomadas tiveram um impacto positivo nos resultados das operações. O custo das vendas e os custos funcionais foram no total reduzidos em 421 milhões de EUR. Assim, o resultado do exercício aumentou 91 milhões de EUR ou 7,4 por cento em relação ao ano anterior, ficando em 1327 milhões de EUR (2015: 1236 milhões de EUR).

Neste contexto, o lucro por ação aumentou para 6,50 EUR (2015: 6,10 EUR), um crescimento de 6,6 por cento. O lucro por ação antes de itens especiais era de 7,00 EUR (2015: 6,82 EUR).

Na Divisão de Gases, a Linde gerou uma receita de 14 892 milhões de EUR no exercício de 2016 (2015: 15 168 milhões de EUR). Após os ajustamentos para refletir os efeitos cambiais, o crescimento da receita chegou a 0,9 por cento, o que se situa no intervalo de +/–0 por cento a +5 por cento que a Linde tinha apontado para o exercício de 2016.

No que diz respeito ao lucro operacional da Divisão de Gases, a Linde alcançou um valor de 4210 milhões de EUR (2015: 4151 milhões de EUR), 1,4 por cento acima, numa comparação homóloga. Excluindo os efeitos cambiais, o lucro operacional da Divisão de Gases aumentou 3,9 por cento em relação ao valor de 2015. Uma vez mais, a Linde conseguiu atingir um valor no intervalo de –1 por cento a +6 por cento, tal como tinha originalmente planeado.

O desenvolvimento das margens de exploração reportado pelos segmentos da Divisão de Gases foi positivo: EMEA 31,5 por cento (2015: 29,8 por cento), Ásia/ Pacífico 26,4 por cento (2015: 25,6 por cento), Américas 25,2 por cento (2015: 25,0 por cento). O aumento da margem de exploração na EMEA e na Ásia/ Pacífico resultou principalmente das medidas de aumento de eficiência tomadas em 2015, que tiveram um impacto positivo na margem deste ano.

Na Divisão de Engenharia, a Linde gerou uma receita de 2351 milhões de EUR, no exercício de 2016 (2015: 2594 milhões de EUR). Isto significa que a Linde atingiu o intervalo originalmente desejado, ou seja, entre 2,0 mil milhões de EUR e 2,4 mil milhões de EUR.

A margem de exploração da Divisão de Engenharia, de 8,3 por cento (2015: 8,3 por cento), também esteve em linha com as expectativas: a Linde tinha procurado alcançar um valor de cerca de 8 por cento no exercício de 2016.

A Linde irá manter a sua distribuição de dividendos, orientada para a continuidade: na Assembleia-Geral Anual de 10 de maio de 2017, o Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão irão propor o pagamento de um dividendo de 3,70 EUR por ação. Este é um aumento de 7,2 por cento em relação ao dividendo do ano passado. Isto equivaleria a um aumento desproporcionalmente substancial do dividendo em comparação com o lucro operacional do desenvolvimento do Grupo, que a Linde continua a tomar como base. O fluxo de caixa das atividades operacionais e o nível de despesas de capital também são levados em conta.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO ATIVOS LÍQUIDOS, SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DA LINDE AG

ATIVOS LÍQUIDOS, SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DA LINDE AG Informação geral A Linde AG, que compreende a Linde Gas e as Divisões de Engenharia e do Centro Corporativo da Linde, é a holding e empresa de gestão do Grupo Linde.

As demonstrações financeiras estatutárias da Linde AG são elaboradas em conformidade com as disposições do Código Comercial Alemão (HGB) e da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG). As principais diferenças entre estas demonstrações financeiras e as demonstrações financeiras do Grupo, que são elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), são em relação ao reconhecimento da receita e à medição dos instrumentos financeiros. O indicador principal de desempenho financeiro (e também o único indicador de desempenho financeiro) da Linde AG é o resultado do exercício. O dividendo a pagar aos acionistas da Linde AG é distribuído fora do resultado do exercício.

No exercício de 2016, foi aplicada a nova definição de receitas, de acordo com a Lei de Implementação da Diretiva Contabilística alemã (BilRUG), com implicações para outros itens na demonstração da situação financeira/ demonstração de lucros ou prejuízos. Foi tomada a decisão de não ajustar os valores do ano anterior. Se os valores do ano anterior tivessem sido ajustados, o impacto sobre os ativos líquidos e os resultados das operações teria sido o seguinte: ― Reclassificação de outros ativos para dívidas

comerciais a receber no montante de 102 milhões de EUR

― Reclassificação de passivos diversos para contas a pagar no montante de 24 milhões de EUR

― Reclassificação de outras receitas operacionais para receita no montante de 135 milhões de EUR

― Reclassificação de outras despesas operacionais/ custos funcionais para o custo das vendas no montante de 132 milhões de EUR

A alteração à Lei alemã de Implementação da Diretiva relativa ao Crédito Hipotecário e a alteração associada ao Código Comercial Alemão, que entraram em vigor em 2016, resultaram numa alteração na taxa de desconto para obrigações de pensão, de uma média de sete anos para uma média de dez anos. Isto produziu um impacto positivo nos ganhos de 113 milhões de EUR.

Ativos líquidos da Linde AG Os ativos totais da Linde AG diminuíram 218 milhões de EUR em 2016, passando de 20 826 milhões de EUR para 20 608 milhões de EUR.

Os ativos não correntes aumentaram 55 milhões de EUR para 18 093 milhões de EUR. A proporção de ativos não correntes em relação aos ativos totais chegou a 87,8 por cento (2015: 86,6 por cento). Os ativos financeiros representam uma parcela significativa dos ativos não correntes. Isto deve-se à função da Linde AG como empresa-mãe do Grupo Linde. No período em análise, os ativos financeiros aumentaram 54 milhões de EUR. As contas a receber e outros ativos aumentaram de 1985 milhões de EUR para 2110 milhões de EUR. O fator que mais contribuiu para isso, foi o aumento das contas financeiras a receber de subsidiárias. A Linde AG entra igualmente nos Anexos de Apoio ao Crédito (CSA) com os bancos. Ao abrigo destes acordos, os valores justos positivos e negativos de derivados detidos pela Linde AG são cobertos por garantias em numerário, numa base regular. Os montantes correspondentes devidos por bancos são divulgados nesta rubrica.

A Linde AG detém 100 por cento das ações num fundo especial. Este fundo é divulgado em valores mobiliários mantidos como ativos correntes. No decurso de 2016, a posse de valores mobiliários caiu 293 milhões de EUR.

Os ativos líquidos caíram 191 milhões de EUR, para 168 milhões de EUR.

O capital próprio (antes da aplicação dos resultados) aumentou 299 milhões de EUR, para 10 144 milhões de EUR. Têm de ser tomados em conta, a este respeito, dois efeitos contrários em particular: o resultado do exercício de 939 milhões de EUR resultou num aumento do capital próprio, enquanto o pagamento do dividendo de 2015, no montante de 640 milhões de EUR, reduziu o capital próprio.

Como resultado, o rácio de fundos próprios aumentou de 47,3 por cento para 49,2 por cento.

As provisões totais chegaram aos 1007 milhões de EUR, ligeiramente abaixo do ano anterior. O passivo da Linde AG diminuiu em 2016, em grande parte devido à redução do passivo financeiro em relação à Linde Finance B. V., resultante do resgate de uma obrigação, ou seja, em 461 milhões de EUR, para 9451 milhões de EUR.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

29. BALANÇO DA LINDE AG (RESUMO)

31.12.2015 31.12.2016 Variação

em milhões de EUR em milhões de EUR em milhões de EUR em %

Ativos

Ativos financeiros 17 499 17 553 54 0,3

Outros ativos não correntes 539 540 1 0,2

Contas a receber e outros ativos 1985 2110 125 6,3

Valores mobiliários 400 107 –293 –73,3

Caixa e equivalentes de caixa 359 168 –191 –53,2

Outros ativos 44 130 86 195,5

ATIVOS TOTAIS 20 826 20 608 –218 –1,0

Capital próprio e passivo

Capital próprio 9845 10 144 299 3,0

Provisões para pensões 274 188 –86 –31,4

Outras provisões 796 819 23 2,9

Passivo 9911 9451 –460 –4,6

Outro passivo – 6 6 –

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 20 826 20 608 –218 –1,0

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Situação financeira da Linde AG Em 2016, a dívida financeira líquida da Linde AG (valores mobiliários mantidos como ativos não correntes, valores mobiliários mantidos como ativos correntes, passivo financeiro, contas a receber financeiras, ativos líquidos) caiu 566 milhões de EUR, para 5785 milhões de EUR.

Tal foi principalmente devido à queda do passivo financeiro das subsidiárias em 826 milhões de EUR. Para além disso, as contas financeiras a receber de terceiros cresceu 51 milhões de EUR, como resultado dos Anexos de Apoio ao Crédito (CSA). Atualmente, o montante especificado é de 292 milhões de EUR (2015: EUR 240 milhões de EUR).

Resultados das operações da Linde AG No exercício de 2016, a receita da Linde AG foi de 2917 milhões de EUR, significativamente acima do valor de 2097 milhões de EUR, em 2015. O EBIT aumentou de –11 milhões de EUR para 118 milhões de EUR.

Na Divisão de Gases da Linde, a receita aumentou 9,7 por cento, para 1449 milhões de EUR (2015: 1321 milhões de EUR), principalmente devido às reclassificações relacionadas com a Lei de Implementação da Diretiva Contabilística alemã (BilRUG). Na Divisão de Engenharia da Linde, a Linde AG reportou um crescimento homólogo da receita para 1543 milhões de EUR no exercício de 2016 (2015: 809 milhões de EUR).

Em suma, no exercício de 2016, a Linde AG reconheceu receitas de contratos, principalmente nos seguintes países: Noruega, China, Arábia Saudita, EUA e Rússia.

A Linde AG gerou 35,1 por cento (2015: 47,2 por cento) da sua receita de vendas a clientes na Alemanha. As exportações representaram 64,9 por cento (2015: 52,8 por cento) da receita, com 45,8 por cento (2015: 42,3 por cento) relativos à Europa, 37,6 por cento (2015: 34,7 por cento) à região da Ásia/ Pacífico e 14,0 por cento (2015: 19,3 por cento) relativos às Américas. As vendas para África foram responsáveis por 2,6 por cento das exportações da Linde AG em 2016 (2015: 3,7 por cento). A maior parte do negócio de exportação refere-se à Divisão de Engenharia da Linde. Uma vez que o negócio internacional de construção de fábricas é um negócio de projetos e que a receita apenas é arrecadada quando o projeto estiver concluído, haverá sempre flutuações nos valores regionais, ano após ano.

A entrada de encomendas na Divisão de Engenharia da Linde caiu 5,0 por cento, numa comparação homóloga, para 1523 milhões de EUR (2015: 1603 milhões de EUR).

No final do ano em análise, as encomendas em carteira alcançaram 6828 milhões de EUR, 0,4 por cento abaixo do valor do ano anterior (6853 milhões de EUR). A duração média de um contrato é de cerca de três anos.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO ATIVOS LÍQUIDOS, SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DA LINDE AG

30. RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DA LINDE AG (RESUMO)

31.12.2015 31.12.2016 Variação

em milhões de

EUR em milhões de

EUR em milhões

de EUR em %

Receita 2097 2917 820 39,1

Custo das vendas 1382 2120 738 53

LUCRO BRUTO 715 797 82 11,5

Custos funcionais 868 767 –101 –11,6

Outras receitas 381 199 –182 –47,8

Outras despesas 239 111 –128 –53,6

EBIT –11 118 129 –

Rendimento do investimento 901 871 –30 –3,3

Outros resultados financeiros –246 –40 206 –84

LUCROS ANTES DE IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO 644 949 305 47,4

Despesa com o imposto sobre o rendimento –25 10 35 –140

RESULTADO DO EXERCÍCIO 669 939 270 40,4

Transferência para reservas de lucros –29 –252 –223 769

LUCROS NÃO APROPRIADOS 640 687 47 7

A margem bruta caiu de 34,1 por cento para 27,3 por cento. A principal razão para a queda da margem foi o crescimento acentuado da proporção da receita relativa à Divisão de Engenharia da Linde em comparação com o ano anterior. O negócio de engenharia tem, em geral, margens brutas mais baixas do que o negócio de gases.

A queda de custos funcionais para 767 milhões de EUR (2015: 868 milhões de EUR) é, em larga medida, devida a reclassificações relacionadas com a Lei de Implementação da Diretiva Contabilística alemã (BilRUG) e a custos de reestruturação no ano anterior.

A queda das receitas diversas e das despesas diversas decorreu, em grande parte, da quebra de rendimento da reversão das provisões num montante de 46,9 milhões de EUR (2015: 97,9 milhões de EUR) e dos efeitos da implementação da Lei de Implementação da Diretiva Contabilística Alemã (BilRUG).

O rendimento do investimento caiu em 2016 para 871 milhões de EUR (2015: 901 milhões de EUR). Neste valor estão incluídos dividendos de 689 milhões de EUR (2015: 819 milhões de EUR) e receitas de acordos de participação em lucros de 182 milhões de EUR (2015: 82 milhões de EUR). A Linde AG mantém acordos de participação em lucros, diretos ou indiretos, com a maioria das suas subsidiárias alemãs. Em relação aos pagamentos de dividendos que provêm de subsidiárias, principalmente de fora da Alemanha, as distribuições são votadas nas empresas individuais.

As alterações na rubrica "Outros resultados financeiros" referem-se, principalmente, à queda acentuada das despesas com juros de obrigações de pensão, de 29 milhões de EUR (2015: 157 milhões de EUR), devido quase exclusivamente à alteração da taxa de desconto das obrigações de pensão, de uma média de sete anos para uma média de dez anos, bem como a ganhos cambiais na medição dos ativos do plano, relativos a obrigações de pensões, de 67 milhões de EUR (2015: ganhos cambiais: 37 milhões de EUR).

O lucro antes de impostos ascendeu a 949 milhões de EUR, valor superior ao registado no ano anterior, de 644 milhões de EUR.

Depois de levar em conta os impostos, a Linde AG gerou um resultado do exercício de 939 milhões de EUR em 2016 (2015: 669 milhões de EUR). Superior em 40,4 por cento em relação ao ano anterior, em grande parte devido à melhoria significativa dos resultados da Divisão de Engenharia da Linde e à alteração da taxa de desconto para as obrigações de pensão. A previsão original era de um crescimento de 5 por cento.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO O Grupo Linde Durante o exercício de 2016, a Linde gastou um total de 121 milhões de EUR em investigação e desenvolvimento (2015: 131 milhões de EUR). A 31 de dezembro de 2016, havia um total de 345 colaboradores a trabalhar nesta área (2015: 348), dos quais, 228 trabalhavam na Divisão de Gases e 117 na Divisão de Engenharia. Para proteger as suas inovações da concorrência, a Linde registou, ao longo do passado exercício, 360 novas patentes em todo o Grupo. A 31 de dezembro de 2016, 3607 patentes protegiam diversas tecnologias da Linde. Muitas delas, apresentam aspetos relativos à sustentabilidade, com mais de 500 patentes relacionadas com produtos químicos e ambiente, energia limpa e tecnologia do hidrogénio. Mais de metade dos projetos de investigação e desenvolvimento do ano em análise visavam igualmente a obtenção de vantagens ambientais.

Em 2016, a Linde investiu 76 milhões de EUR em investigação e desenvolvimento, na Divisão de Gases (2015: 83 milhões de EUR), tendo concentrado as suas atividades em quatro segmentos de clientes de importância estratégica particular: produtos químicos & energia, metalurgia & vidro, alimentos & bebidas e indústria transformadora.

No exercício de 2016, a Divisão de Engenharia gastou um total de 45 milhões de EUR em atividades de investigação e desenvolvimento (2015: 48 milhões de EUR). Esse dinheiro foi principalmente atribuído ao desenvolvimento de tecnologias inovadoras ou já existentes, nas linhas de produto das fábricas de gás natural, fábricas de separação de gases, fábricas de olefina e fábricas de hidrogénio e de gás de síntese. A Linde está sempre à procura de formas para fazer novos melhoramentos na eficiência energética e nas credenciais ambientais das suas fábricas.

Valendo-se dos resultados da sua investigação, o Grupo está continuamente a explorar novas formas de utilização dos seus gases e a aperfeiçoar constantemente os seus processos já existentes, tecnologias de fábrica e aplicações. O desenvolvimento é quase sempre definido no contexto de comissões e envolve, assim, uma estreita ligação com os clientes, tendo em conta as suas necessidades. A fim de envolver as principais instituições e empresas externas, a Linde participa em iniciativas de cooperação específicas, que lhe permitem contar com uma rede de mais de 90 parceiros em mais de 20 países.

A Função Corporativa & de Apoio à Tecnologia & Inovação foi criada em 2015 para aumentar ainda mais a eficácia e a intensidade dos projetos de I & D. Em 2016, esta Função Corporativa & de Apoio desenvolveu uma estratégia integrada de inovação focada em cinco áreas-chave: materiais avançados, eficiência, ambiente & recursos, qualidade de vida e o tema abrangente da digitalização.

Digitalização A digitalização resultará em mudanças de longo prazo para o negócio e os métodos de trabalho da indústria do gás e da construção de fábricas. A rede já existente e as novas fontes de dados abrem uma série de oportunidades adicionais para a Linde e os seus clientes. No futuro, os produtos ligados à Internet que recolhem e trocam dados numa base automatizada – muitas vezes referido como a Internet das Coisas (IdC) – formarão a base para a informação comercial que será relevante para o sucesso empresarial. De modo a responder a esta evolução, a Linde criou um centro de competência em Pullach, onde os especialistas em digitalização, trabalhando numa base interdisciplinar, utilizam dados das interações entre cliente, engenharia, operações e logística para desenvolverem protótipos e serviços. Neste contexto, a Linde está, por exemplo, a analisar o tema da automatização de processos, utilizando a inteligência artificial.

Em todos estes empreendimentos, a Linde atribui grande importância ao pensamento e à agilidade empresarial, razão pela qual estabeleceu um processo interno que garante que internamente ideias específicas sejam desenvolvidas em protótipos num período máximo de três meses. Esses protótipos são testados em colaboração com os clientes. Este processo permite à Linde aferir e avaliar um largo número de abordagens diferentes, num espaço de tempo muito curto. A proximidade com o cliente é crucial a este respeito. É por isso que os projetos são executados exclusivamente em colaboração com os clientes. Isto não só garante uma solução que atende às necessidades do cliente, mas também tem um efeito de aprendizagem contínua para a Linde.

A válvula digital para garrafa, EVOS™ DCI, que entrou na fase de teste de campo em dezembro de 2015, foi reforçada pela Linde em 2016. A válvula para garrafa regista dados fundamentais, tais como, o nível de enchimento e a localização, de forma independente, e envia essas informação para uma unidade de armazenamento de dados na Internet. Antes do lançamento oficial do produto nos mercados-piloto, o Reino Unido e a Alemanha, os controlos foram renovados para tornar a válvula mais fácil de utilizar.

Um outro projeto de digitalização diz respeito ao desenvolvimento de um sistema de gestão de abastecimentos variável e específico para o cliente. O novo sistema utiliza inteligência artificial para garantir que os clientes são sempre abastecidos com as garrafas de que necessitam. O software desenvolvido aprende ativamente com o comportamento das encomendas anteriores dos clientes e utiliza essa informação para calcular automaticamente o número de garrafas de gás necessárias na próxima entrega/ próxima data de entrega ideal.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Materiais avançados Na área de "materiais avançados", a Linde está focada no impacto que os gases industriais têm sobre as características dos materiais e os processos de produção.

A Linde está a desempenhar um papel pioneiro na investigação do papel que os gases industriais poderão desempenhar na fabricação aditiva – também conhecida como impressão 3D. Para este fim, foi criado um Centro de Desenvolvimento Global em Unterschleissheim, perto de Munique. Foi neste local que a Linde desenvolveu a precisão ADDvance™ O2, a primeira tecnologia que permite a análise e o controlo exatos dos níveis de oxigénio e humidade dentro da câmara da impressora quando o pó de metal é utilizado na impressão 3D. A aplicação foi realizada em colaboração com a empresa aeroespacial Airbus Group Innovations. No futuro, o nome ADDvance™ será utilizado em toda uma família de produtos que cobrirá uma gama de diferentes gases e aplicações que desempenham um papel decisivo, por exemplo, na produção e no armazenamento de pó de metal de impressão, mas também no próprio processo de produção (impressão 3D).

No outono de 2016, a Linde abriu um centro de investigação e desenvolvimento para eletrónica em Taichung (Taiwan). A empresa investiu cerca de 5 milhões de EUR no laboratório de última geração para análise e desenvolvimento de produtos, concebido para apoiar os clientes locais e, em particular, os parceiros de desenvolvimento na Ásia-Pacífico. A Linde promove o progresso técnico contínuo dos seus clientes na indústria eletrónica, fornecendo produtos de alta pureza feitos à medida e ajudando-os a desenvolver novos materiais de alta tecnologia. A empresa está igualmente a reforçar a sua rede de investigação local, através da celebração de um acordo de cooperação com o Industry Technology Research Institute (ITRI) em Taiwan.

Eficiência Num ambiente de mercado que se caracteriza por uma concorrência cada vez mais forte, inclusive o aumento da eficiência de procedimentos estabelecidos será fundamental para gerar valor para o cliente a longo prazo. Os processos de soldagem e corte têm sido tradicionalmente uma das principais áreas de aplicação dos gases da Linde. Esta área oferece ainda, igualmente, um grande número de oportunidades para melhorias de eficiência. Em 2016, a Linde revelou o AVANTO™, um sistema de gestão de processos inovador que melhora significativamente a eficiência e qualidade das operações de soldagem. O AVANTO™ é uma solução de baixo custo, baseada na nuvem, para gravação, monitorização e análise de parâmetros de soldagem, relevantes numa perspetiva de qualidade. A informação, armazenada centralmente, poderá ser acedida através de um PC ou, diretamente, através de um dispositivo móvel.

No âmbito do projeto da Fábrica de Processamento de Gás de Amur (FPG de Amur, ► VER DIVISÃO DE

ENGENHARIA, PÁGINA 56), na Rússia, um novo procedimento desenvolvido pela Linde está a fazer poupar ao cliente várias centenas de milhões de euros.

O gás natural produzido na fronteira russo-chinesa está contaminado por níveis relativamente elevados de dióxido de carbono (CO2), ou seja, um nível de 3000 ppm (0,3 por cento). Esta composição de gás natural requer normalmente um passo complexo de lavagem com amina, para impedir que a fábrica seja bloqueada pela formação de gelo seco. Por outro lado, a solução da Linde mantém o dióxido de carbono diluído consistentemente numa faixa de temperatura suficientemente alta, impedindo o processo de congelamento e economizando ao cliente o custo de investir numa etapa completa do processo. Ambiente & recursos Nos processos de engenharia, a eficiência energética, a relação custo-eficácia e a compatibilidade ambiental estão frequentemente inter-relacionadas. É por isso que a parte de leão das atividades de I & D desenvolvidas pelo Grupo Linde visam otimizar ainda mais esta interação. A empresa está igualmente à procura de parceiros para a ajudar a alcançar os seus objetivos. A Linde é membro de uma parceria formada por 17 empresas e instituições da indústria e do meio académico, que se reuniram em 2016 sob a égide do projeto de investigação de proteção do clima "Carbon2Chem". O projeto, que deverá decorrer por um período de dez anos, é analisar maneiras de utilizar os gases de fundição de siderurgias para produzir matérias-primas químicas. O gás do forno de coque, produzido por siderurgias, contém em volume mais de 60 por cento de hidrogénio e é um recurso que dificilmente tem sido aproveitado na totalidade até à data. Estão a ser testadas novas abordagens e novos métodos para a purificação catalítica e física do hidrogénio, estando a tecnologia de adsorção com modulação de pressão (PSA) de próxima geração da Linde a ser utilizada no âmbito deste processo.

Juntamente com a empresa dos EUA, Siluria Technologies, a Linde tem vindo a trabalhar no desenvolvimento da tecnologia do etileno desde 2014. O objetivo desta cooperação é tornar o processo inovador da Siluria para a produção direta de etileno a partir do gás natural, utilizando o método conhecido como acoplamento oxidativo do metano (OMC), disponível para uma utilização em escala industrial. Em 2016, foi testada com sucesso a primeira via deste tipo de processo a gás natural para a produção de etileno que está agora pronta para comercialização.

Continuam a ser utilizadas centrais elétricas a carvão para gerar energia em todo o mundo. Emitem dióxido de carbono (CO2), que é prejudicial para o nosso clima. Em 2016, a Linde concluiu com êxito um projeto-piloto, em colaboração com a BASF, que resultou no desenvolvimento de um procedimento de captura de CO2 ainda mais eficiente em termos energéticos e de menor custo. O procedimento foi testado no National Carbon Capture Center de Wilsonville, no Alabama. A BASF e a Linde têm agora o objetivo de testar a tecnologia melhorada numa escala maior e avançar com o marketing da tecnologia.

A Linde está igualmente empenhada na integração das energias renováveis. A título de exemplo, a Linde está envolvida em dois projetos Copernicus, subsidiados pelo governo federal alemão: "Power-to-X", sobre a utilização de eletricidade renovável para

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

produzir combustíveis sintéticos e produtos químicos básicos, e "SynErgie", para tornar mais flexíveis as instalações industriais que necessitam de eletricidade, tais como fábricas de separação de gases.

A empresa tem vindo a apoiar já há anos o maior desenvolvimento da mobilidade através do hidrogénio. Para efeitos de demonstração e recolha de experiência prática, a Linde criou a empresa de partilha de automóveis BeeZero, com uma frota de 50 veículos a célula de combustível alimentados a hidrogénio, em Munique, em 2016. Qualidade de vida Em 2016, a Linde Healthcare desenvolveu uma plataforma de dados, em conjunto com o Hospital IQ, que se baseia nos benefícios oferecidos pela nova geração de garrafas de oxigénio medicinal (LIV® IQ).

As garrafas LIV® IQ podem ser monitorizadas centralmente por um funcionário do hospital através de um PC ou outro dispositivo com acesso à Internet. Isto reduz significativamente a necessidade de serem realizadas verificações demoradas a cada garrafa individual, permitindo que o pessoal ocupe mais tempo com os pacientes. A nova garrafa oferece ainda mais vantagens.

Em vez de um indicador de pressão simples, um mostrador digital apresenta o tempo remanescente de fornecimento de oxigénio. O LIV® IQ faz o cálculo automaticamente, com base na quantidade de oxigénio deixada na garrafa e na taxa de fluxo que foi ajustada. As funções de alarme visual e acústico, por exemplo quando as garrafas estão quase vazias, proporcionam uma ajuda adicional ao pessoal hospitalar e de enfermagem.

31. INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Despesa (em milhões de EUR) Número de colaboradores

2015 2016 2015 2016

Divisão de Gases 83 76 221 228

Divisão de Engenharia 48 45 127 117

GRUPO 131 121 348 345

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Linde AG No exercício de 2016, a Linde AG gastou um total de 117 milhões de EUR (2015: 129 milhões de EUR) em investigação e desenvolvimento (I & D). Sempre que as subsidiárias conduzem a investigação e desenvolvimento, cobram os seus custos à Linde AG, com base no custo majorado. Esta majoração é eliminada ao nível do Grupo. As taxas de licenciamento pagas a subsidiárias são igualmente eliminadas a nível do Grupo.

As despesas de I & D na Divisão de Gases da Linde chegaram a 94 milhões de EUR em 2016 (2015: 103 milhões de EUR). Na Divisão de Engenharia da Linde, a Linde AG investiu 23 milhões de EUR (2015: EUR 26 milhões de EUR) no desenvolvimento de tecnologias inovadoras e já existentes para todos os principais tipos de fábrica.

A 31 de dezembro de 2016, a Linde AG empregava um total de 209 funcionários em investigação e desenvolvimento (2015: 220 colaboradores). 115 destes colaboradores (2015: 118) estavam na Divisão de Gases da Linde e 94 colaboradores (2015: 102 colaboradores) na Divisão de Engenharia da Linde.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO COLABORADORES

COLABORADORES Colaboradores qualificados e empenhados são cruciais para o sucesso a longo prazo da Linde. Por conseguinte, a estratégia de pessoal do Grupo centra-se na conquista e promoção de talento e na criação de condições de trabalho atrativas.

A 31 de dezembro de 2016, o Grupo Linde empregava 59 715 funcionários (2015: 59 774). Durante o exercício, 12,1 por cento dos colaboradores abandonaram o Grupo a seu pedido (2015: 10,7 por cento). Esta taxa de rotatividade variou por região, de 2,0 por cento na Europa Meridional a 26,9 por cento na América do Norte. A taxa global de rotatividade de pessoal, que inclui colaboradores aposentados e que foram demitidos, bem como colaboradores que chegaram ao fim de contratos a prazo, foi de 20,8 por cento (2015: 18,4 por cento). 32. COLABORADORES POR SEGMENTO

2015 2016

Divisão de Gases 52 395 52 907

EMEA 21 067 20 309

Ásia/ Pacífico 11 533 11 343

Américas 19 795 21 255

Divisão de Engenharia 7038 6432

Outras Atividades 341 376

GRUPO 59 774 59 715

Conquistar talento A Linde trabalha com universidades e instituições de investigação em todo o mundo para atrair estudantes qualificados e diplomados e mantê-los a longo prazo. O Grupo proporciona igualmente oportunidades de formação em diversas áreas técnicas e comerciais, bem como programas para estagiários. Na Alemanha, a Linde oferece formação em 25 (2015: 21) profissões diferentes. Em 2016, do grupo de aprendizes e estagiários por um ano na Alemanha, 36 por cento (2015: 50 por cento) foram tornados colaboradores permanentes, no final da sua formação profissional, e a outros 51 por cento (2015: 47 por cento) foi oferecido um contrato a termo. A maioria dos aprendizes e estagiários que saíram do Grupo, após terem completado a sua formação na Linde, estão a prosseguir estudos em escolas, colégios ou universidades. O número de aprendizes e estagiários, em proporção do número total de colaboradores do Grupo, foi de 0,8 por cento em 2016 (2015: 0,9 por cento), dos quais 54,7 por cento (2015: 52,3 por cento) estavam em empresas não alemãs. Na Alemanha, foram recrutados 103 aprendizes e estagiários durante o ano de referência (2015: 82).

Em 2016, a Linde investiu cerca de 8,5 milhões de EUR (2015: 13,5 milhões de EUR) no desenvolvimento profissional do seu pessoal. Programas de desenvolvimento profissional a nível do Grupo são disponibilizados pela Linde University. Abrangem domínios como a gestão do pessoal, a comunicação e a diversidade intercultural. No âmbito do programa Lean Seis Sigma, a nível do Grupo, a Linde oferece aos seus colaboradores uma formação que lhes permite aceder ao aperfeiçoamento do potencial em todas as áreas do Grupo. Em 2016, os cursos de formação para Cinturões Negros de Lean Seis Sigma foram disponibilizados na Europa e na Ásia. Além disso, foram transmitidos pela primeira vez na Europa dois programas de formação em metodologia a gestores de projetos de inovação.

Durante o ano, o Grupo continuou igualmente a aplicar o seu processo de planeamento sucessório globalmente padronizado. No decorrer deste processo, ocorrem discussões sobre o desempenho e o potencial dos colaboradores. São igualmente acordados planos de desenvolvimento individual. É assim que a Linde procura garantir que as vagas para as posições mais importantes serão devidamente preenchidas. Diversidade Enquanto grupo com operações globais, a Linde conta com colaboradores que compreendam os mercados e os clientes locais e que tenham capacidade para utilizar as suas experiências e as suas diferentes perspetivas para enriquecer o trabalho da sua equipa. A 31 de dezembro de 2016, a força de trabalho do Grupo era composta por colaboradores de 135 países (2015: 134), enquanto apenas nas empresas alemãs estavam representadas 67 nações (2015: 64). No Grupo Linde, a proporção de quadros superiores provenientes de países fora da Alemanha foi de 67,5 por cento em 2016 (2015: 67,3 por cento). No ano de referência, cerca de 190 colaboradores da Linde foram enviados para subsidiárias no exterior (2015: 200).

A diversidade é um dos quatro valores estabelecidos no Espírito Linde, que se aplica a todos os colaboradores em todo o mundo. O Modelo de Competência da Linde, nele baseado, é utilizado na avaliação e formação de gestores na maioria dos países.

Uma prioridade importante para a Linde nas suas ações de promoção da diversidade é o aumento da proporção de mulheres em cargos de gestão. O seu objetivo é aumentar a proporção de mulheres no primeiro nível de gestão abaixo do Conselho de Administração para 14 por cento até 30 de junho de 2017 e 18 por cento até 30 de junho de 2022. A 31 de dezembro de 2016, a proporção de quadros superiores do sexo feminino neste nível era de cerca de 16 por cento (2015: 11 por cento). No segundo nível de gestão abaixo do Conselho de Administração, a Linde quer que a proporção de mulheres seja de pelo menos 17 por cento até 30 de junho de 2017 e de 22 por cento até 30 de junho de 2022. Esse valor era de cerca de 18 por cento a 31 de dezembro de 2016 (2015: 16 por cento). Para atingir estes objetivos, o Conselho de Administração da Linde está a apoiar diversas medidas de promoção da mulher, incluindo iniciativas dos colaboradores. Por exemplo, na Europa, na Ásia e na Austrália, em 2016, foram empreendidas inúmeras atividades por redes criadas por colaboradores. Entre outras

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

coisas, essas redes procuram encorajar potenciais executivas do sexo feminino. De acordo com os regulamentos legais, o Grupo estabeleceu igualmente metas para a proporção de mulheres no Conselho de Supervisão e no Conselho de Administração. ► VER DECLARAÇÃO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA E RELATÓRIO DE

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA NA PÁGINA 100. Equilíbrio entre trabalho e vida A Linde ajuda os seus colaboradores a alcançarem um melhor equilíbrio entre trabalho e vida, oferecendo em todo o mundo uma variedade de oportunidades. Em particular, estas incluem modelos de trabalho flexíveis, tais como horário flexível, trabalho a tempo parcial e teletrabalho. O trabalho flexível e o teletrabalho foram, por exemplo, introduzidos nos países do Médio Oriente e em Singapura, durante o ano de referência. Na Alemanha, durante o ano, obtiveram licença parental um total de 454 colaboradores (2015: 434), dos quais 42 por cento eram homens (2015: 42 por cento). No mesmo período, na Alemanha, 158 colaboradores regressaram à Linde após um período de licença parental (2015: 209).

O Grupo concentra-se igualmente em apoiar os colaboradores que têm necessidade de prestar assistência a crianças ou têm um familiar que exige cuidados e em prestar assistência aos colaboradores durante períodos de falta de saúde ou dificuldades sociais. As medidas tomadas pela Linde são concebidas para se adequarem à situação local específica e às solicitações ao Grupo.

A Linde promove a saúde física e mental dos seus colaboradores em muitos países: por exemplo, disponibilizando aconselhamento sobre como lidar com crises familiares e problemas de dependência e introduzindo iniciativas destinadas a prevenir a doença. Um desses casos ocorreu em países da região do Médio Oriente, onde, em 2016, foram introduzidos exames médicos regulares, um seguro de saúde adicional e atividades desportivas internas. Envolver os colaboradores A Linde encoraja os seus colaboradores a contribuírem com os seus conhecimentos e ideias para o Grupo, para apoiar melhorias e inovações. Realizou já uma série de pesquisas globais com funcionários. Em muitos países, em todo o mundo, a Linde confere prémios a colaboradores e equipas que demonstraram um compromisso particular com os objetivos e valores corporativos. Neste contexto, no exercício, foram atribuídos prémios, por exemplo, a colaboradores na Europa Meridional, na América do Norte, na América Central e na América do Sul. Além disso, em 2016, realizou-se o primeiro Desafio de Inovação Global da Linde. O Grupo convidou todos os seus colaboradores em todo o mundo a apresentarem as suas ideias de inovação – especialmente as que melhorem a qualidade de vida, o ambiente e os recursos e a eficiência dos processos. Os colaboradores que não tivessem pessoalmente apresentado ideias poderiam participar em sondagens e discussões on-line e contribuir com a sua experiência. No total, foram apresentadas 1350 sugestões. As equipas de finalistas apresentaram os seus projetos no Dia da Tecnologia da Linde a cerca de 200 especialistas da empresa

de todo o mundo, que então votaram para selecionar a equipa vencedora. O tema do Dia da Tecnologia da Linde de 2016 foi o espírito empreendedor.

O Grupo esforça-se por trabalhar em conjunto com os representantes dos trabalhadores e os sindicatos, numa base de parceria e confiança, procurando conciliar os interesses do Grupo com os da força de trabalho. Na Alemanha, o sistema de representação dos trabalhadores da Linde é de dois níveis, consistindo num conselho de empresa central, do Grupo como um todo, e em conselhos de empresa das unidades descentralizadas. As questões transfronteiriças são tratadas pelo Conselho de Empresa Europeu, que conta atualmente com 28 membros e protege os direitos dos colaboradores da Europa à informação, consulta e aconselhamento. Há, em muitos outros países, a nível regional, conselhos de empresa ou grupos de interesses dos trabalhadores, com os quais a Linde coopera de forma construtiva.

Remuneração e benefícios sociais O pacote de remuneração dos colaboradores da Linde compreende um salário em linha com o mercado, bem como componentes de remuneração variáveis, dependendo da posição do funcionário no Grupo. A Linde oferece igualmente aos seus funcionários diversos benefícios adicionais, tais como pensões complementares de reforma e contribuições para um seguro de saúde ou exames médicos. Estes benefícios refletem as condições regionais e a concorrência local. Em 2016, as despesas com pessoal totalizaram 3724 milhões de EUR (2015: 3829 milhões de EUR), com 3185 milhões de EUR (2015: 3177 milhões de EUR) a serem atribuídos a salários (incluindo as contribuições para a segurança social) e 248 milhões de EUR (2015: 278 milhões de euros) a pensões.

A Linde utiliza um sistema de avaliação de desempenho a nível do grupo para garantir que as avaliações dos funcionários são justas. Este sistema inclui, por exemplo, avaliações de desempenho, obrigatórias para os gestores. É disponibilizada formação aos gestores para lhes permitir fazer avaliações justas e transparentes. A remuneração dos gestores depende, em parte, da medida em que as metas do Grupo e os objetivos individuais dos colaboradores tenham sido alcançadas. Consoante a área de negócios, metas de sustentabilidade, tais como a segurança e a diversidade, poderão igualmente ser relevantes para o cálculo. Os quadros superiores participam igualmente diretamente no crescimento do valor da empresa, através de planos de opção sobre ações. No exercício de 2016, os gestores abaixo do nível de Conselho de Administração investiram, através dos planos, em 25 371 ações da Linde (2015: 21 134 ações). Por cada uma destas ações, os participantes têm direito a uma ação adicional da Linde após o termo de um período de carência de quatro anos.

Em 2016, colaboradores de mais de 50 países tiveram acesso a pensões complementares de reforma e a benefícios de saúde. Cerca de 80 por cento dos colaboradores da Linde eram membros de regimes de pensões complementares de reforma. Em 2016, 25 116 colaboradores tiveram direito a uma pensão complementar de reforma, através de planos de benefícios definidos (2015: 26 088). Outros 16 459

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO COLABORADORES

antigos colaboradores tiveram direito a uma pensão da empresa (2015: 16 416). No total, 28 722 pensionistas obtiveram uma pensão complementar de reforma do Grupo (2015: 29 116). Na Linde, são aplicadas regras vinculativas globais à modificação, introdução ou encerramento de planos de pensões. Qualquer medida deste tipo deverá ter o acordo da Comissão Global de Pensões, que é composta pelo Presidente do Conselho de Administração, o Diretor Financeiro e peritos em contabilidade, finanças e recursos humanos.

Padrões laborais e direitos humanos A Linde compromete-se a respeitar os princípios da Carta dos Direitos Humanos das Nações Unidas, os padrões laborais fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e outras obrigações internacionais e padrões da indústria. O Grupo conduz avaliações regulares dos processos implementados nas regiões que visam garantir o cumprimento dos padrões laborais. Os direitos

humanos são abrangidos pelas orientações centrais do Grupo, que incluem o Código de Ética, as orientações de compras e os acordos de compras, a política da Linha de Integridade e a gestão de risco do Grupo. Na posição do Grupo Linde sobre os Direitos Humanos, a empresa confirma o seu apoio aos direitos humanos e descreve os processos subjacentes a este compromisso.

Em 2016, foram conduzidas mais de 80 auditorias em locais de negócio do Grupo que cobriram tópicos sociais, tais como a oferta de condições de trabalho seguras e justas e a prevenção do trabalho infantil. Para detetar possíveis pontos fracos, a Linde avalia igualmente a informação recebida por intermédio da Linha de Integridade. Trata-se de um serviço que os colaboradores e as partes interessadas externas poderão utilizar para comunicar quaisquer violações ao compromisso do Grupo. Em 2016, cerca de 31 por cento dos reportes recebidos, através da linha de atendimento, estavam relacionados com questões de recursos humanos (2015: 26 por cento).

33. INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE OS COLABORADORES

2015 2016

Estrutura etária do pessoal

Pessoal até aos 30 anos em % 17,5 17,1

Pessoal entre os 31 e os 50 anos em % 58,3 57,9

Pessoal acima dos 50 anos em % 24,2 25,0

Pessoal temporário em % 8,8 8,4

Colaboradores a tempo parcial em % 1,7 2,5

Número de colaboradores na Alemanha 8014 7842

Colaboradores de licença parental na Alemanha (a 31 de dezembro) 434 454

Aprendizes e estagiários na força de trabalho total em % 0,9 0,8

Aprendizes e estagiários na Alemanha em % 3,0 3,4

Proporção de colaboradores do sexo feminino

na força de trabalho total em % 30,7 32,5

na Alemanha em % 25,4 23,8

em posições de quadros superiores em % 14,5 16,2

Nacionalidades dos colaboradores na Alemanha 64 67

Nacionalidades não-alemãs em posições de quadros superiores em % 67,3 67,5

Colaboradores com deficiência grave na Alemanha em % 3,6 3,4

Pessoal abrangido por acordos coletivos de trabalho em % 41,2 42,3

Número de novas contratações 10 290 9513

das quais mulheres em % 49,2 50,5

Taxa de rotatividade do pessoal1 em % 10,7 12,1

Tempo médio de serviço em anos 9,1 9,1

Colaboradores que aproveitaram oportunidades de formação em % 61,0 38,2

Média de dias de formação (por colaborador) 2,9 3,7

Despesa média com programas de formação (por colaborador) em EUR 368,6 372,4 1 A taxa de rotatividade de pessoal refere-se a funcionários que deixaram voluntariamente o Grupo durante o exercício.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

COMPROMISSO SOCIAL A Linde participa em diversos projetos junto dos seus locais de negócios. O foco está na educação e investigação. Além disso, o Grupo apoia uma série de iniciativas relacionadas com segurança, proteção ambiental, saúde e assuntos sociais e culturais. O envolvimento inter-regional em tais projetos é gerido pelo Centro Corporativo do Grupo, enquanto as iniciativas locais são coordenadas por colaboradores da região em causa. Em 2016, a Linde concedeu um financiamento de cerca de 7,8 milhões de EUR para projetos e iniciativas no mundo inteiro, dos quais cerca de 2,7 milhões de EUR foram doados pelo Grupo. Em resultado do seu compromisso social durante o ano em análise, a Linde conseguiu chegar a mais de um milhão de crianças, alunos e estudantes. O Grupo apoia o trabalho voluntário dos seus colaboradores de diversas maneiras, que incluem a concessão da dispensa de tempo de trabalho dos funcionários e, em algumas regiões, igualando as doações dos colaboradores. Em 2016, os mais de 750 colaboradores do Grupo que se voluntariaram em todo o mundo foram apoiados pela Linde dessas maneiras. Educação e investigação Em 2016, pela sexta vez consecutiva, a Linde patrocinou a Shell Eco-marathon, uma competição para jovens engenheiros que acontece todos os anos na Europa, nas Américas e na Ásia para promover a mobilidade energeticamente eficiente. Uma vez mais, o Grupo assumiu a responsabilidade pelo fornecimento de hidrogénio aos veículos a célula combustível utilizados na competição. Os engenheiros da Linde apoiaram os organizadores e participantes do evento através dos seus conhecimentos técnicos.

Em 2004, o Grupo concedeu um capital de base de mais de 8 milhões de EUR para fundar a Academia Carl von Linde, na Universidade Técnica de Munique. Esta instituição proporciona a estudantes de engenharia e ciências a oportunidade de adquirir competências-chave que complementam as suas disciplinas académicas. Até ao final de 2016, haviam participado em cursos oferecidos pela Academia cerca de 22 000 estudantes. Segurança e proteção ambiental Durante o exercício, a Linde esteve envolvida em iniciativas de segurança rodoviária em diversos países. Por exemplo, desde 2004, quando foi um dos membros fundadores de uma iniciativa de segurança rodoviária na Austrália e na Nova Zelândia, que o Grupo oferece formação em segurança a mais de 400 mil jovens que estão a aprender a conduzir nesses países. Em 2016,

cerca de 50 000 alunos participaram neste programa. Em diversos países, a Linde e os seus colaboradores estão ativos na proteção ambiental, participando, por exemplo, em projetos de reflorestamento na Ásia. Questões de saúde, sociais e culturais Enquanto produtor de gases medicinais, a Linde está particularmente empenhada na questão da saúde. Por conseguinte, o Grupo apoia uma seleção de instituições científicas e médicas e organizações de caridade em diversos países.

No Centro Corporativo da Linde, uma área prioritária em 2016 foi a promoção de projetos de apoio a refugiados que fogem das zonas de guerra e de crise. A Linde organizou igualmente 54 estágios para refugiados na Alemanha. Quatro desses participantes foram assumidos como estagiários. Estes estágios foram criados para além dos 99 estágios regulares.

Além disso, a Linde atua como parceiro de uma variedade de eventos culturais e instituições culturais. Em Munique, sede do Centro Corporativo do Grupo, a Linde é um membro fundador do Deutsches Museum Future Initiative, cujo objetivo é modernizar o maior museu tecnológico do mundo. Até 2018, o Grupo terá concedido um apoio financeiro de 5 milhões de EUR a esta causa.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO SEGURANÇA

SEGURANÇA A Linde opera um sistema de gestão de segurança baseado em padrões e orientações que se aplicam mundialmente. O foco está na eliminação de riscos para os colaboradores, parceiros de negócios e vizinhos, tanto quanto possível.

O Grupo conduz auditorias para verificar a conformidade com os padrões prescritos, nas suas localizações em todo o mundo. A Linde regista incidentes que tenham particular relevância para a segurança, de modo a identificar áreas de fraqueza. Além disso, estão documentados os quase acidentes a partir dos quais a Linde poderá aprender lições. O Grupo prepara-se para eventos que poderão ocorrer, tais como catástrofes naturais, crimes graves e pandemias, através da elaboração de planos de gestão de risco.

Em 2016, o Conselho de Administração do Grupo Linde reviu a sua estratégia de segurança, introduzindo medidas de aperfeiçoamento para os anos de 2017 a 2020. No exercício, a Linde continuou igualmente a envolver-se em numerosas atividades de apoio à sua cultura de segurança. Uma vez mais, em 2016, foram estabelecidas metas de segurança para todos os executivos das unidades operacionais. Esses objetivos foram associados aos salários, de modo a aumentar o sentido de responsabilidade pessoal desses executivos pela segurança no trabalho. Além disso, o Grupo realizou workshops, durante o ano, para cerca de 190 gestores em todas as regiões e divisões, de modo a ensiná-los a promover um comportamento consciente da segurança, através da aplicação de princípios de reconhecimento e preparação. Prevê-se que todos os gestores venham a receber esta formação até ao final de 2017. Além disso, foram implementados muitos outros programas de melhoria da segurança e atividades de sensibilização, com um foco regional, de modo a continuar a reduzir o número de acidentes no local de trabalho e os acidentes de trânsito ocorridos no decurso das operações do Grupo.

Segurança no trabalho e proteção da saúde A Linde estabeleceu orientações globais que regem a segurança no trabalho e a proteção da saúde para proteger os seus colaboradores, parceiros de negócios, vizinhos e outros terceiros. Realiza aferições de risco e auditorias para averiguar se estão em vigor as condições adequadas para garantir a segurança no trabalho. Em 2016, foram realizadas auditorias em 48,9 por cento dos seus locais de operação (2015: 51,7 por cento).

O objetivo do Grupo é continuar a reduzir o número de acidentes de trabalho que resultam em pelo menos um dia de trabalho perdido por milhão de horas trabalhadas pelos colaboradores até 2020. O ano de referência é 2012. Em 2016, a taxa de acidentes de

trabalho em locais de Linde em todo o mundo por milhão de horas trabalhadas foi de 2,2 (2015: 2,9). Em 2016, o valor equivalente para os empreiteiros foi de 2,2, o mesmo que em 2015. É com o mais profundo pesar que o Grupo deve informar que um colaborador da Linde e um colaborador do empreiteiro perderam a vida enquanto trabalhavam para o Grupo em 2016 na Alemanha e na Argélia.

De modo a evitar lesões graves e mortes, o Grupo melhorou, no ano de referência, o seu processo de comunicação global de incidentes. Desde então, a Linde registou e investigou minuciosamente não apenas incidentes reais, mas também potenciais incidentes de alto risco. Em 2016, o Grupo proporcionou igualmente formação a gestores e colaboradores para melhorar o modo como identificam, comunicam e investigam os incidentes. Os potenciais riscos, juntamente com as medidas preventivas implementadas e as referências aos padrões de segurança, são comunicados a nível mundial, numa base trimestral, para que as lições possam ser aprendidas.

No ano de referência, foram lançadas numerosas medidas no âmbito da iniciativa de segurança global. Uma delas foi o primeiro Dia de Segurança global da Linde, que aconteceu em praticamente todos os países com localizações da Linde e na maioria dos locais de construção de projetos da Linde Engineering. Isto envolveu centenas de eventos para colaboradores e empreiteiros sobre vários aspetos de segurança. Produção Os riscos que poderão surgir da produção são identificados e avaliados por especialistas da Linde em locais de todo o mundo. Além disso, o Grupo utiliza o seu Programa de Avaliação de Riscos Graves (MHRP) para conduzir uma aferição sistemática dos riscos de processo que poderão resultar em acidentes ou danos à propriedade ou ao ambiente. Este programa está constantemente a ser aperfeiçoado para garantir que a Linde está em condições de reagir a novos riscos potenciais. Até ao final de 2016, o Grupo tinha auditado mais de 95 por cento das fábricas relevantes, em conformidade com o processo MHRP. No decurso do ano de referência, a Linde continuou igualmente a introduzir um padrão global para análises de risco quantitativas em locais com um risco de segurança aumentado.

Em 2016, foram realizadas cerca de 1300 auditorias de proteção do ambiente, da segurança e da saúde nos locais do Grupo, pela própria Linde ou por terceiros. As auditorias internas do Grupo são conduzidas em conformidade com as disposições dos processos internacionais de certificação de qualidade e saúde e segurança no trabalho, ISO 9001 e OHSAS 18001. Todas as fábricas do Grupo que fornecem CO2 à indústria alimentar para a produção de bebidas gaseificadas são certificadas pelo sistema de certificação da segurança alimentar FSSC 22000. Transporte A gestão da segurança global do Grupo cobre igualmente o transporte de produtos. A Linde tem como objetivo minimizar o número de incidentes de transporte.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Em 2016, o Conselho de Administração da Linde estabeleceu um objetivo mais específico. Incidentes anteriormente classificados como não evitáveis estão incluídos no novo objetivo. Até ao final de 2020, a Linde deseja reduzir o número de incidentes de transporte graves, por milhão de quilómetros percorridos, em 20 por cento, em relação ao ano de 2015. Em 2016, o Grupo conseguiu reduzir a frequência de incidentes de transporte graves, com base nesta definição expandida, em cerca de 9 por cento.

No ano de referência, a Linde continuou a formar mais de 70 colaboradores em todo o mundo como investigadores internos de incidentes e 13 colaboradores como auditores de transportes. O objetivo é conduzir investigações de incidentes e auditorias de transportes de forma consistente em todo o Grupo, de modo a obter informações vitais para a melhoria da segurança dos transportes. Isto permitirá que a empresa compreenda a raiz dos problemas e evite riscos semelhantes no futuro. Além disso, a Linde continuou a oferecer ao motorista cursos de formação teórica e prática. Incluindo informação sobre técnicas de condução defensiva e sobre como reconhecer e evitar situações que poderiam resultar no capotamento do veículo comercial. Estes cursos são obrigatórios, pelo menos uma vez em cada três anos, para os motoristas da Linde e os seus empreiteiros. Além disso, a Linde investiu em tecnologia de segurança de transporte. Um exemplo disto é que o Grupo decidiu que, a partir de 2016, apenas adquirirá novos veículos nos Estados Unidos e na Europa que tenham integrada a assistência à travagem de emergência. Durante o exercício, a Linde trabalhou igualmente para garantir que fosse possível comparar o desempenho de segurança dos seus empreiteiros em todo o mundo.

Gestão de produto A Linde monitoriza a segurança dos produtos, ao longo de toda a cadeia de valor do produto, com base em padrões globais que se relacionam não apenas com a fabricação dos produtos e o seu transporte, mas também com a utilização desses produtos. O Grupo conduz uma avaliação sistemática dos riscos potenciais que possam advir de produtos já estabelecidos, produtos que são utilizados em novas aplicações ou produtos recentemente lançados no mercado. Os aspetos cruciais a considerar quando o Grupo conduz aferições de risco são as quantidades de produtos vendidos e as propriedades dos produtos, tais como a sua toxicidade. Em locais onde são produzidos ou utilizados produtos químicos particularmente sensíveis, são aplicadas aferições de risco de segurança do produto padronizadas. O Grupo detém cerca de 25 000 fichas de segurança relativas aos seus produtos em diversas línguas. A Linde reuniu igualmente todas as disposições existentes relacionadas com o manuseamento de produtos numa orientação global sobre a administração de produtos. Em 2016, foi utilizado um programa interno para dar formação sobre o manuseamento seguro de gases, a mais de 5800 participantes, apenas em sete países europeus. Os clientes da Linde participam igualmente no programa

de formação. No ano de referência, o Grupo continuou a implementar a sua iniciativa relativa ao manuseamento seguro de garrafas de gás de acetileno. Padrões internacionais A Linde verifica continuamente se está a cumprir os regulamentos legais. No exercício, o Grupo preparou-se para a terceira fase de registo do REACH (o Regulamento da UE sobre Produtos Químicos) em 2018. Apenas um pequeno número de substâncias produzidas pela Linde deverá ser registado no âmbito do REACH. Numa plataforma de Internet, o Grupo disponibiliza informação clara sobre o modo como está em conformidade com as disposições do REACH e quais as substâncias registadas. Para garantir o sucesso da implementação das disposições, a Linde envolve os clientes e os fornecedores e coopera com a Associação Europeia de Gases Industriais.

Enquanto fabricante de dispositivos médicos, a Linde implementa a Diretiva Europeia RoHS (Restrição de Substâncias Perigosas) no seu negócio de Saúde em todo o mundo. Ao operar fábricas de produção de gases medicinais, o Grupo está em conformidade, a nível mundial, com as Boas Práticas de Fabrico de produtos farmacêuticos.

Através do seu programa de gestão de produto, a Linde apoia igualmente a Estratégia Global de Produto (GPS), elaborada pelo Conselho Internacional de Associações Químicas para o manuseamento seguro de substâncias químicas e o Sistema Mundial Harmonizado (GHS) de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos das Nações Unidas.

Fornecedores A Linde trabalha em conjunto com os fornecedores em mais de 100 países. Na seleção dos fornecedores, o Grupo considera não apenas os critérios comerciais, tais como a qualidade, o preço e a disponibilidade, mas igualmente aspetos como a segurança e proteção ambiental. No ano de referência, em particular nos Estados Unidos e na África do Sul, o Grupo continuou igualmente a implementar medidas para promover a diversidade na cadeia de abastecimento da empresa. No seu Código de Conduta global para Fornecedores, a Linde estabeleceu exigências mínimas nas áreas de segurança, proteção ambiental, direitos laborais e direitos humanos e integridade corporativa. Desde 2013, que formam parte obrigatória dos acordos com novos fornecedores. Ao mesmo tempo, tem havido um processo contínuo para garantir que os fornecedores com quem foram assinados contratos antes de 2013 adiram igualmente ao Código. Até ao final de 2016, cerca de 80 por cento dos fornecedores estratégicos da Linde haviam aderido ao Código de Conduta.

Avaliação de fornecedores A Linde conduz verificações aleatórias para garantir que os seus fornecedores estão a cumprir as orientações estabelecidas no Código de Conduta, com o foco nos fornecedores de áreas de maior risco em termos de sustentabilidade, tais como a proteção do

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO SEGURANÇA

ambiente, a segurança e a responsabilidade social. Em 2016, o Grupo avaliou mais de 900 fornecedores, em relação a questões ambientais, de segurança ou outras questões de sustentabilidade. Investigou qualquer violação das suas exigências. Durante o ano, foram comunicados onze casos através da Linha de Integridade do Grupo, que se relacionavam com as relações com os fornecedores. Em dois casos, foi interrompida a relação com o fornecedor.

O Grupo envolve igualmente os fornecedores na sua segurança e gestão ambiental. No ano de referência, expandiu o programa que lançou em 2015

para incentivar a prática segura em locais de construção, incluindo todos os locais de construção geridos pela Linde Engineering. Este programa chegou a cerca de 6400 colaboradores de empreiteiros da Linde. Os motoristas dos empreiteiros participaram igualmente, numa base regular, nos programas de educação e formação dos motoristas do Grupo. Medidas como estas visam estabelecer boas relações com os fornecedores da Linde, garantir que os fornecedores cumprem as exigências do Grupo e que a Linde auxilia os seus fornecedores a melhorarem o desempenho.

34. SEGURANÇA 2015 2016

Acidentes de trabalho com pelo menos um dia de ausência por milhão de horas

trabalhadas 2,9 2,2

Acidentes de trabalho com pelo menos um dia de ausência 358 269

Acidentes industriais fatais de colaboradores 2 1

Acidentes industriais fatais de empreiteiros 1 1

Número de dias de licença por doença (por colaborador) 5,5 5,4

Locais em que foram realizadas auditorias de saúde e segurança no trabalho em % 51,7 48,9

Locais de produção certificados pela OHSAS 18001 em % 16,5 17,1

Incidentes graves de transporte que envolveram camiões de transporte por milhão de km 0,115 0,105

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

PROTEÇÃO AMBIENTAL Os produtos e serviços da Linde apoiam os esforços dos seus clientes para tornarem os seus processos empresariais mais eficientes e mais amigos do ambiente. O Grupo tem igualmente o cuidado de reduzir o impacto ambiental das suas próprias atividades e de utilizar a energia, os recursos e os materiais da forma mais eficiente possível. Para garantir que assim seja, a Linde criou um sistema de gestão global para a proteção ambiental, baseado em padrões e orientações aplicáveis a nível mundial. Em 2016, foram certificados quatro locais da Linde na Ásia e em África, em conformidade com o padrão de gestão ambiental ISO 14001 atualizado que tinha sido revisto em 2015. O Grupo conduz auditorias para verificar se está em conformidade com os padrões estabelecidos. É utilizado um processo global para registar e avaliar incidentes e quase acidentes que têm particular relevância para a proteção ambiental. A Linde estabelece igualmente a si própria objetivos nas áreas em que a proteção ambiental é mais relevante. 35. LOCAIS DE PRODUÇÃO COM SISTEMAS DE GESTÃO

AMBIENTAL E DA QUALIDADE

em % 2015 2016

Certificação ISO 14001 31,7 31,7

Certificação ISO 9001 67,1 63,0

Matérias-primas A utilização eficiente dos recursos permite à Linde reduzir o seu impacto ambiental e reduzir os custos. O ar é a matéria-prima mais importante utilizada pelo Grupo na produção dos seus gases. Mais de 80 por cento do peso dos gases vendidos pela Linde em 2016 derivou desta matéria-prima. Outro dos principais produtos do Grupo é o dióxido de carbono. Cerca de 80% da matéria-prima necessária é recuperada através de processos de reciclagem, dos quais cerca de 10% provêm de processos puramente orgânicos. O dióxido de carbono é, por exemplo, um subproduto da fermentação de matérias-primas renováveis. O gás natural é outra importante matéria-prima utilizada pela Linde. Ao fabricar produtos, o principal input do Grupo é a energia. O principal material de embalagem utilizado pela Linde são as garrafas de gás. Uma garrafa típica da Linde tem uma vida útil de muitos anos e volta a ser enchida, em média, quatro vezes por ano. No final de 2016, havia mais de 25 milhões de garrafas da Linde em circulação. Para além disso, os

principais materiais processados pelo Grupo incluem o aço e o alumínio, que são utilizados em particular no fabrico de componentes para a construção de fábricas.

A Linde analisa a sua cadeia de abastecimento de minerais de conflito, listados na Lei Dodd-Frank dos EUA. Neste contexto, todos os fornecedores da Linde Electronics deverão, por exemplo, confirmar se os seus produtos estão livres de conflitos. A Linde verifica se é este realmente o caso, no decurso das suas auditorias regulares ao fornecedor.

A utilização de energias renováveis e de matérias-primas renováveis é apoiada pelas tecnologias da Linde. Por exemplo, o Grupo está a participar num projeto-piloto em Mainz, na Alemanha. Na que é atualmente a maior fábrica de eletrólise de membrana eletrolítica polímera do mundo, desde 2015 que a energia renovável tem sido utilizada para produzir hidrogénio. A fábrica foi concebida para produzir 200 toneladas de hidrogénio por ano. Em 2016, o fornecedor de inspeção e certificação TÜV SÜD confirmou que as emissões de gases de efeito de estufa da produção sustentável de hidrogénio verde desta fábrica são 75 por cento mais baixas do que as do hidrogénio produzido a partir de combustíveis fósseis. Na Suécia, em 2016, a Linde gerou cerca de 450 toneladas de hidrogénio inteiramente a partir de energia hidráulica. Os veículos a células de combustível poderão encher os seus tanques com este hidrogénio verde nos postos de abastecimento de hidrogénio do aeroporto de Arlanda em Estocolmo e em Sandviken. Desde 2012, o hidrogénio verde foi igualmente produzido através da utilização da tecnologia de reforma a vapor a partir de biometano em vez de gás natural no local da Linde em Leuna na Alemanha. Energia e proteção climática A Linde está constantemente a trabalhar para garantir uma utilização eficiente da energia e reduzir as emissões de gases de efeito de estufa. Para isso, conta com a gestão da energia global das fábricas e dos processos em todo o mundo. O Grupo controla o seu consumo de energia e as emissões de gases de efeito de estufa em todo o mundo e reporta-os, em conformidade, por exemplo, com as normas estabelecidas no Protocolo dos Gases de Efeito de Estufa. A Linde oferece aos seus clientes, gases e tecnologias que reduzem o consumo de recursos naturais e promove a utilização de energias renováveis. Para tornar transparente aos seus clientes a estimativa de CO2 dos principais gases da atmosfera, o Grupo utiliza um método padronizado certificado externamente. Objetivos globais A maior parte da eletricidade necessária à Linde é utilizada para o funcionamento das fábricas de separação de gases do Grupo. Cerca de 60 por cento das emissões totais de CO2 do Grupo são o subproduto da geração de eletricidade pelos fornecedores de energia e são reportados pela Linde como emissões indiretas. As emissões diretas da Linde resultam principalmente da operação das fábricas de hidrogénio e de gás de síntese (fábricas HyCO) do Grupo.

Em 2020, a Linde tentará evitar um total de 6 milhões de toneladas de emissões de CO2 em

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO PROTEÇÃO AMBIENTAL

comparação com o ano de 2009. Para atingir este objetivo, a Linde está a concentrar-se em melhorias técnicas na conceção das fábricas e em processos de produção mais eficientes em fábricas HyCO e de separação de gases. Até ao final de 2016, o Grupo evitou um total de 3,3 milhões de toneladas de emissões de CO2, das quais, 0,8 milhões de toneladas foram emissões diretas e 2,5 milhões, emissões indiretas. Em 2016, a Linde identificou mais de 200 projetos em todo o mundo que ajudaram a reduzir o consumo de energia e as emissões de CO2 do Grupo – por exemplo, utilizando compressores mais eficientes e trocando válvulas. A implementação destes projetos gerou ao Grupo uma redução de custos superior a 30 milhões de EUR em 2016. Em consequência, foram evitadas cerca de 220 000 toneladas de emissões de CO2.

Outro foco das medidas de proteção do clima da Linde é o transporte de produtos. Em 2016, foram cobertos cerca de 900 milhões de quilómetros pela própria frota de transportes da Linde e pelos prestadores de serviços de transporte que carregam produtos da Linde. As rotas otimizadas, uma melhor utilização da capacidade de transporte e a formação em condução defensiva ajudaram o Grupo a diminuir o número de quilómetros percorridos, a reduzir a quantidade de combustível consumido e a fazer descer o nível de emissões dos transportes. Consumo de energia Enquanto empresa com uma utilização intensiva de energia, a Linde exige um fornecimento de energia fiável e a preços competitivos e está constantemente a otimizar a eficiência energética dos seus processos de produção. No ano de referência, o consumo de energia do Grupo aumentou cerca de 2 por cento em comparação com o ano anterior. Em 2016, a Linde participou no Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da União Europeia, em dez dos seus locais de produção de hidrogénio e de gás de síntese. Durante o ano, houve cerca de 1,2 milhões de toneladas de emissões de CO2 nestas fábricas. Em 2016, foram atribuídas à Linde licenças de emissão de cerca de 0,9 milhões de toneladas de CO2. Os restantes certificados foram adquiridos pelo Grupo. Produtos A Linde oferece aos seus clientes diversas soluções para tornar os processos de produção e de geração de energia mais eficientes e mais amigos do ambiente. Os gases e as tecnologias do Grupo ajudam os seus clientes a reduzirem, em grande medida, as emissões. Uma proporção particularmente elevada desta redução das emissões é gerada pela utilização de oxigénio num processo de combustão especial e pela utilização do hidrogénio na dessulfurização do combustível. Nas fábricas de oxicombustível, que são utilizadas, por exemplo, pelas indústrias do vidro e do aço, o ar de combustão é enriquecido com oxigénio, o que resulta numa combustão muito mais eficiente do que se fosse utilizado o ar ambiente normal. O hidrogénio produzido pela Linde é utilizado pela indústria do petróleo na dessulfurização de combustível. A combinação do combustível dessulfurizado com um filtro reduz significativamente as emissões de partículas de fuligem, que tal como o CO2 contribuem para o efeito de estufa.

Os produtos da Linde estão igualmente implantados noutras partes do sector da mobilidade, para reduzir a poluição ambiental. A utilização de gás natural liquefeito (GNL) ou hidrogénio reduz significativamente as emissões de carros, autocarros, camiões e navios. A Linde não está apenas a investir no desenvolvimento da tecnologia de reabastecimento de hidrogénio eficiente, mas também a cooperar com parceiros para criar uma infra-estrutura de abastecimento.

Além disso, a Linde está a investigar maneiras de reciclar e armazenar CO2. Desde 2015, o Grupo tem vindo a testar novos processos de produção de gás de síntese, através da utilização de CO2, na sua própria instalação-piloto no local de Pullach na Alemanha. Tanto na Alemanha como nos Estados Unidos, o Grupo está a trabalhar em conjunto com os fornecedores de energia para conceber formas de reduzir o CO2 nos gases de combustão resultantes da produção de energia nas centrais elétricas a carvão. ► VER

INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO, PÁGINA 69. Ar A Linde monitoriza as emissões, a nível mundial, não só de gases de efeito de estufa, mas também de poluentes atmosféricos, em conformidade com a legislação local relevante. A operação das fábricas de separação de gases do Grupo resulta em praticamente nenhuma emissão direta para o ar. Outros processos de produção, por exemplo, em fábricas de hidrogénio e caldeiras a vapor, poderão resultar em emissões de gases inorgânicos, tais como monóxido de carbono (CO), óxidos de enxofre (SOX) e óxidos de azoto (NOX). Os compostos orgânicos voláteis (COVs) são libertados, principalmente, durante o revestimento e a limpeza de metais, tais como os utilizados em garrafas de gás, reservatórios de armazenamento e componentes de fábrica.

O Grupo trabalha em conjunto com os seus clientes e com parceiros científicos e de investigação para conceber soluções que irão minimizar as emissões para o ar. A tecnologia LoTOx™ da Linde está a ser utilizada para capturar e armazenar óxidos de azoto, a partir de gases residuais resultantes de processos de combustão. Até ao final de 2016, a Linde tinha instalado mais de 30 desses sistemas em fábricas de clientes em todo o mundo, especialmente no Estados Unidos e na China. Com estes sistemas, a empresa permite que os seus clientes evitem mais de 17 000 toneladas de emissões de NOX por ano.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Água A Linde utiliza a água da forma mais eficiente possível e trabalha para garantir que as suas emissões para a água estão constantemente a ser reduzidas. Mais de 90 por cento das necessidades hídricas anuais do Grupo são utilizadas em processos de refrigeração. A maior parte desta água para refrigeração é apenas aquecida e poderá, posteriormente, realimentar o sistema hídrico sem a necessidade de tratamento. A Linde tem o cuidado de garantir que a temperatura atingida não representa qualquer risco para o ecossistema circundante. As restantes necessidades hídricas da empresa são aplicadas na produção ou utilizadas como fonte de vapor ou em edifícios de escritórios. A Linde utiliza sistemas de circuito fechado como um meio de reduzir o consumo de água, uma vez que estes permitem que a água seja utilizada diversas vezes.

Em 2016, o consumo total de água foi de 716 milhões de metros cúbicos (2015: 681 milhões de metros cúbicos). Desse montante, o consumo de água, excluindo a água em circuito aberto, foi de 54,8 milhões de metros cúbicos (2015: 52,6 milhões de metros cúbicos). Em 2016, o montante de águas residuais de todos os locais do Grupo, em todo o mundo, foi de 13,1 milhões de metros cúbicos (2015: 13,8 milhões de metros cúbicos). Em conformidade com as exigências regulamentares locais, a Linde mede as emissões de fosfatos, nitratos e compostos orgânicos para a água. Iniciativas para a utilização eficiente da água Em 2016, o Grupo passou em revista, pela primeira vez, o abastecimento de água nos seus principais locais de produção em todo o mundo, com base nos critérios estabelecidos pelo World Resources Institute. Com base nesses critérios, 9 por cento dos locais estão em regiões que experimentam escassez hídrica. As medidas tomadas para otimizar os sistemas de utilização de água e de arrefecimento de água centram-se, em especial, nessas regiões. Em 2016, foram identificadas, em quatro locais da Europa de Leste, da Ásia e da América do Sul, poupanças potenciais de cerca de 440 000 metros cúbicos de água, o que implicaria uma redução de custos de cerca de 70 000 EUR por ano. Além disso, no ano de referência, a Linde conduziu campanhas de informação, em África e no Médio Oriente, sobre a utilização económica da água, que chegaram a mais de 3000 colaboradores. Produtos para a proteção da água Os gases e as tecnologias da Linde são utilizados para eliminar substâncias nocivas da água potável e de massas de água e para tratar as águas residuais. Permitem igualmente que o Grupo apoie os seus clientes industriais no cumprimento dos exigentes regulamentos ambientais. Em 2016, com a ajuda do processo Solvocarb®, os clientes da Linde conseguiram fazer elevar cerca de 850 milhões de metros cúbicos de água, em apenas seis países, à qualidade de água potável. No ano de referência, o processo Solvox® da Linde foi utilizado na Austrália para enriquecer a água do rio Canning, em Perth, com 260 000 metros cúbicos de oxigénio, contribuindo assim significativamente para a conservação dos ecossistemas circundantes. O processo está igualmente a ser utilizado com sucesso na dessalinização de rios.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO PROTEÇÃO AMBIENTAL

Resíduos A Linde mantém o seu consumo de recursos tão baixo quanto possível e está constantemente a avaliar de que modo poderão ser evitados os resíduos. Os resíduos mais comuns do Grupo são materiais petrolíferos e oleaginosos, resíduos que contêm metal e garrafas de gás que tenham atingido o fim da sua vida útil. Ao utilizar sistemas de circuito fechado para os produtos, a Linde aumenta a eficiência dos materiais e a eficiência dos recursos e reduz o volume de resíduos produzidos. Um exemplo é a lama de cal, um subproduto da produção de acetileno, que poderá ser utilizada noutras indústrias sem que seja necessário qualquer tratamento. Qualquer resíduo que não possa ser reciclado é eliminado de uma forma compatível com o ambiente. O Grupo cumpre os regulamentos locais e classifica os seus

resíduos perigosos ou não perigosos, em conformidade com a legislação relevante do país em que está a operar. A Linde está particularmente focada sobre os resíduos perigosos aquando da elaboração de medidas destinadas a reduzir ainda mais os resíduos. Os objetivos da gestão de resíduos do Grupo são baseados em exigências regionais, uma vez que o montante de resíduos em diferentes locais depende do tipo de atividades empresariais que aí estão a ser realizados. O montante global de resíduos caiu em 2016, em comparação com 2015, uma vez que foram produzidos menos resíduos não perigosos. No ano de referência, o Grupo alcançou uma taxa de reciclagem de cerca de 33 por cento (2015: 39 por cento) dos resíduos produzidos em todo o mundo. A Linde oferece igualmente aos seus clientes soluções para os ajudar a evitar ou a reciclar resíduos.

36. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS

2015 2016

Consumo de eletricidade em milhões de MWh 26,8 27,5

do qual por fábricas de separação de gases em milhões de MWh 23,9 24,8

Consumo de gás natural em milhões de MWh 39,5 39,4

do qual por fábricas HyCO em milhões de MWh 25,4 29,3

Consumo de outras fontes de energia1 em milhões de MWh 12,1 12,8

Consumo de água2 em milhões de m3 52,6 54,8 1 Outras fontes de energia incluem, por exemplo, óleo de aquecimento, energia de biocombustível, propano, butano, energia térmica e gasóleo. 2 Consumo de água refere-se a água potável e água industrial utilizadas. Um sistema aberto de água é extraído de fontes naturais. É apenas aquecida e logo canalizada de volta para a fonte original, a uma temperatura que não representa qualquer risco para o ecossistema circundante.

37. EMISSÕES

2015 2016

Emissões diretas de CO2 em milhões de t 7,1 7,0

das quais por fábricas HyCO em milhões de t 4,0 4,7

Frota de transporte

em milhões de t CO2 equivalentes 0,78 0,80

Emissões indiretas de CO2 em milhões de t 15,4 16,2

das quais por fábricas de separação de gases em milhões de t 13,7 14,7

Emissões de outros gases de efeito de estufa1

em milhões de t CO2 equivalentes 1,7 1,8

Total de emissões de gases de efeito de estufa em milhões de t CO2

equivalentes 25,0 25,8

Resíduos em milhares de t 66,1 63,6

Resíduos não perigosos em % 66 63

Resíduos perigosos em % 34 37

Águas residuais em milhões de m3 13,8 13.1 1 Inclui os gases de efeito de estufa especificados no Protocolo de Quioto: metano (CH4), óxido nitroso (gás hilariante, N2O), perfluorcarbonos (PFC), hidrofluorocarbonetos (HFC), hexafluoreto de enxofre (SF6) e trifluoreto de azoto (NF3).

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

RELATÓRIO DE OPORTUNIDADE E RISCO Gestão de oportunidades Enquanto grupo com uma pegada global, a Linde opera num ambiente dinâmico em que novas oportunidades de mercado estão constantemente a emergir. Para alcançar um crescimento sustentável e rentável, o Grupo deverá ser capaz de reconhecer essas oportunidades quando elas surgem e explorá-las de forma eficaz, ao mesmo tempo que avalia adequadamente os riscos. No decurso das discussões estratégicas entre o Conselho de Administração e o pessoal responsável pelas unidades operacionais, que acontecem numa base regular, são identificados, avaliados, geridos e controlados oportunidades e potenciais investimentos. O desenvolvimento da estratégia do Grupo Linde baseia-se, em grande medida, nos resultados destas reuniões. Por sua vez, esta estratégia e os objetivos corporativos delas derivados são igualmente o ponto de partida do processo de gestão de risco da Linde. ► VER RELATÓRIO

DE RISCO, PÁGINAS 84 A 95. Fundamentalmente, a Linde está à procura de

alcançar um bom equilíbrio entre oportunidades e riscos. O seu objetivo primordial é aumentar o valor do Grupo para todas as partes interessadas, aproveitando novas oportunidades de mercado.

Na medida em que é provável que essas oportunidades venham a surgir, o seu impacto esperado já foi reconhecido na estratégia e nos objetivos do Grupo e na sua perspetiva para 2017, tal como é explicado no relatório. Por conseguinte, a secção seguinte centra-se em potenciais desenvolvimentos futuros que possam levar a uma variação positiva da perspetiva de curto prazo do Grupo.

Áreas de oportunidade Oportunidades que poderão surgir se o desempenho da economia global for melhor do que o esperado A Linde opera em mais de 100 países em todo o mundo e abastece quase todos os sectores da indústria. Particularmente nas economias de crescimento mais rápido, a Linde detém quotas de mercado significativas nas áreas de mercado relevantes. O crescimento económico global e a produção industrial em todo o mundo têm uma influência decisiva sobre o crescimento da receita e dos ganhos do Grupo. Em 2017, os economistas estão a prever que o produto interno bruto global em termos reais aumentará 2,6 por cento. Espera-se igualmente

que a produção industrial global aumente, especificamente, 2,5 por cento. ► VER PERSPETIVA,

PÁGINAS 96 A 99. Se a economia como um todo crescer a um ritmo mais rápido do que o previsto inicialmente, isso poderá ter um impacto positivo sobre as tendências de receitas e ganhos do Grupo Linde e as tendências de ganhos da Linde AG. Oportunidades decorrentes da crescente importância do gás natural como combustível A sociedade moderna depende ainda de fontes de energia que sejam acessíveis, fiáveis e amigas do ambiente. Conseguir uma economia energeticamente equilibrada exige igualmente a utilização de novas tecnologias para garantir que os recursos finitos são utilizados do modo mais amigo do ambiente possível. A Linde possui as competências técnicas necessárias para beneficiar das oportunidades de mercado nesta área.

Está bem apetrechada para a procura crescente de gás natural. A Linde domina as tecnologias, ao longo de toda a cadeia de valor acrescentado, da liquefação e transporte de gás natural à sua entrega em segurança ao utilizador final. A Linde possui igualmente uma vasta experiência na exploração eficiente de reservas de petróleo e gás natural (Recuperação Melhorada de Petróleo e Gás: EOR e EGR), através da utilização de gases industriais como o azoto. Oportunidades decorrentes do aumento dos esforços de proteção do clima A procura global de energia continua a aumentar, o que é igualmente uma ameaça ao clima e ao meio ambiente. As medidas em curso para expandir as energias renováveis e desenvolver aplicações e soluções, por exemplo, para reciclar gases residuais ou para reduzir as emissões nocivas de gases de efeito de estufa são um passo fundamental para alcançar resultados ambientais equilibrados.

A Linde desenvolve continuamente novos procedimentos e técnicas que contribuem consideravelmente para a proteção do clima. No contexto das alterações climáticas, o gás de efeito de estufa dióxido de carbono (CO2) tem um papel especial a desempenhar. A Linde oferece diversas soluções de redução e reciclagem de CO2. A título de exemplo, está a desenvolver fábricas para a purificação de gases residuais e a captura de dióxido de carbono em centrais eléctricas. A Linde está igualmente envolvida numa iniciativa de investigação que desenvolveu um sistema competitivo para a conversão de gases residuais de fornos em hidrogénio e gás de síntese.

O hidrogénio poderá assumir uma função fundamental no fornecimento de energia no futuro, não apenas como combustível, mas também no armazenamento de eletricidade gerada a partir de fontes de energia renováveis. A Linde é pioneira no desenvolvimento contínuo da tecnologia de hidrogénio e está a apoiar o avanço deste combustível amigo do ambiente numa grande variedade de campos.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO RELATÓRIO DE OPORTUNIDADE E RISCO

Oportunidades que poderão surgir como resultado de alterações regulamentares no sector da saúde A área global de crescimento da saúde é impulsionada por tendências demográficas e melhorias em diagnósticos e terapias, especialmente no caso das doenças respiratórias crónicas. Além disso, um número crescente de pessoas está a ganhar acesso à saúde, especialmente nas economias emergentes. Ainda por cima, o aumento da pressão sobre os orçamentos de saúde está a dar uma oportunidade às empresas privadas de criarem novas ofertas que sejam eficazes em termos de custo e benefício. Como resultado das aquisições e dos investimentos direcionados que fez nos últimos anos, a Linde é agora uma empresa de gases medicinais, líder a nível global, especializada no longo caminho de cuidados respiratórios integrados.

O mercado de saúde é largamente regulado pelo estado e é regido por regras de autorização e licenciamento específicas. Se a política de reembolso aplicável permitir que seja oferecido a mais pessoas o acesso a uma ampla gama de serviços médicos, especialmente nas economias emergentes, isso poderá ter um impacto mais positivo sobre as tendências de receitas e ganhos do Grupo Linde e a tendência de ganhos da Linde AG. O investimento em infraestruturas, o progresso nos procedimentos de diagnóstico médico e o aumento da riqueza nas economias emergentes poderá igualmente ter um impacto positivo sobre as tendências de receitas e ganhos. Oportunidades de F & A A consolidação da indústria global do gás surge de mãos dadas com oportunidades para fusões e aquisições. A planeada fusão de iguais com a empresa Praxair, dos EUA, seria altamente vantajosa para ambas as empresas. Uma fusão reforçaria consideravelmente a posição em todos os mercados-chave. As duas empresas complementar-se-iam bem em termos do seu foco regional, permitindo-lhes adotar as tendências macroeconómicas. A carteira de produtos e soluções resultante da potencial fusão seria mais ampla e equilibrada e permitiria explorar significativos efeitos de sinergia. Oportunidades decorrentes de melhorias organizacionais e relacionadas com processos As melhorias constantes dos processos empresariais da Linde e a gestão rigorosa dos custos ajudam a garantir que a rentabilidade e a competitividade do Grupo continuarão a ser reforçadas. A Linde estabeleceu um sistema contínuo, concebido para alcançar ganhos de eficiência sustentáveis e consagrou o conceito no ethos da empresa. Além disso, lançou dois programas, Focus e LIFT, para implementar ajustamentos organizacionais adicionais, os quais estão ligados a objetivos quantificáveis. A Linde acredita que o maior potencial de otimização reside no fortalecimento da responsabilidade regional para que a empresa possa reagir às necessidades do mercado e dos clientes de maneira muito mais ágil no futuro.

Oportunidades decorrentes de inovação, investigação e desenvolvimento Um elemento fundamental para o sucesso dos negócios da Linde é a sua capacidade para fazer chegar ao mercado as inovações que ofereçam um valor acrescentado sustentável. Por isso, o Grupo está constantemente a trabalhar na melhoria da qualidade das suas atividades de investigação e desenvolvimento e a aumentar o grau da sua cooperação com os clientes e parceiros. Se for feito um progresso ainda maior nesta área do que está atualmente previsto, isso poderá significar que serão introduzidos mais produtos novos no mercado ou que ficarão disponíveis mais cedo do que o esperado. Isso poderá levar a um aumento de receita e ganhos do Grupo Linde e a uma tendência de ganhos mais positiva na Linde AG.

A informação adicional sobre as futuras oportunidades de I & D poderá ser encontrada em ► INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO, PÁGINAS 68 A 70.

Oportunidades financeiras Os movimentos nas taxas de juro têm um impacto sobre o resultado financeiro da Linde e as obrigações de pensão. O Grupo acompanha de perto os acontecimentos nos mercados financeiros internacionais, de modo a identificar e responder rapidamente a quaisquer oportunidades que surjam.

As taxas de câmbio têm igualmente um impacto sobre a receita do Grupo e o lucro operacional do Grupo. As diferenças cambiais surgem como um resultado da conversão de várias moedas locais para o euro (a moeda de referência). O que está sujeito ao seguinte: quanto maior for a volatilidade do euro em relação a outras moedas, mais significativo será o impacto da conversão de moeda na receita e ganhos da Linde.

Se os movimentos nas taxas de juro e taxas de câmbio se revelarem mais favoráveis ao Grupo do que atualmente está a ser previsto, isso poderá ter um impacto mais positivo sobre o resultado financeiro e/ ou a receita e o lucro operacional do Grupo Linde e os ganhos da Linde AG do que está a ser previsto atualmente. Oportunidades de compras Os preços de compra têm igualmente um impacto sobre a rentabilidade do Grupo. Isso é principalmente válido para grupos de materiais que são dependentes de matérias-primas, como o aço, o alumínio e o latão, bem como para os custos de energia. A Linde prossegue uma estratégia de compra em carteira em todo o Grupo. No âmbito do seu conceito de Organização de Alto Desempenho, destinado a obter ganhos de eficiência sustentáveis, o Grupo tomou medidas organizativas e introduziu processos aperfeiçoados, de modo a continuar a melhorar o seu desempenho de compra e a tornar os controlos nesta área ainda mais transparentes.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Sistema de gestão de risco e controlo interno Política de risco A Linde, uma empresa de tecnologia com operações globais, está exposta a uma grande variedade de riscos, no decurso da sua atividade internacional. A vontade de assumir riscos empresariais permite ao Grupo explorar as oportunidades que possam surgir. Por isso, a Linde aceita deliberadamente os riscos, desde que sejam razoáveis e possam ser geridos e controlados, se houver a expectativa de virem a proporcionar oportunidades para criar um aumento sustentável no valor do acionista.

Neste contexto, o propósito da gestão de risco é tornar mais seguro que os objetivos de crescimento e ganhos, bem como os objetivos estratégicos são cumpridos. A Linde utiliza um SGR (Sistema de Gestão de Risco), cujos princípios básicos estão estabelecidos nas orientações do Grupo, revistas, interna e externamente, a intervalos regulares, em termos de eficácia e eficiência. Sistema Empresarial de Gestão de Risco (SGR) O Sistema Empresarial de Gestão de Risco (SGR) é baseado no Modelo de Três Linhas de Defesa (TLdD), proposto na recomendação emitida pela FERMA (Federação Europeia de Associações de Gestão de Risco) e a ECIIA (Confederação Europeia dos Institutos de Auditoria Interna) sobre a implementação do artigo 41.º da 8.ª Diretiva da UE, que visa proporcionar uma descrição estruturada da interação entre os diversos atores em gestão de conformidade, gestão de risco, controlo interno e auditoria interna. Gestão de risco O sistema de gestão de risco está focado na identificação e no tratamento dos riscos. Procura abordar, não apenas os riscos que possam afetar a viabilidade do Grupo, como uma preocupação constante, tal como é exigido pela lei alemã sobre a Supervisão e Transparência dos Negócios (KonTraG), mas também todos os riscos significativos para o Grupo. O padrão internacional ISO 31000/2009, que define as melhores práticas para a gestão de risco, constitui o enquadramento em torno do qual é construído o sistema de gestão de risco da Linde.

Sistema de controlo interno (SCI) O objetivo do sistema de controlo interno é prevenir os riscos decorrentes do curso das operações, através da adoção de controlos adequados, especialmente no que diz respeito à conformidade com a lei, a conformidade com a estratégia, a qualidade da contabilidade e do reporte, a qualidade dos processos e a proteção dos ativos. A Linde não se limita aos riscos que possam ter um impacto directo sobre os ativos líquidos, a situação financeira ou os resultados das operações do Grupo, mas inclui igualmente, os riscos que possam ter um impacto indireto sobre os principais dados financeiros, tais como os riscos para a reputação do Grupo. O sistema de controlo interno compreende todos os controlos que são incorporados nas operações comerciais do Grupo. A estrutura do sistema de controlo interno é baseada em torno do enquadramento globalmente reconhecido, publicado em 2013 pelo COSO (Committee of Sponsoring Organisations of the Treadway Commission) e intitulado “Controlo Interno – Estrutura Integrada”. Gestão de conformidade O Sistema de Gestão de Conformidade (SGC) do Grupo Linde engloba os seis elementos de um SGC moderno, incluindo um processo de análise de risco vinculativo (aferição do risco de conformidade [ARC]), abrangendo as questões de conformidade geral, lei antimonopólio e corrupção. A ARC está estreitamente ligada ao processo de monitorização de conformidade, que envolve a monitorização da adesão aos processos e controlos nas áreas de risco e, quando determinados valores de risco são alcançados, está coordenada com o sistema de gestão de risco do Grupo Linde. Um componente-chave do SGC refere-se às sessões de formação presencial e e-learning acerca das orientações de conformidade (orientações sobre conformidade com a lei antimonopólio, conformidade anticorrupção e conformidade de parceiros de negócios).

A "Linha de Integridade" permite igualmente que as partes interessadas internas e externas apresentem quaisquer dúvidas ou suspeitas que possam ter, que são depois investigadas internamente. São impostas sanções adequadas nos casos em que as informações se revelem justificadas. Auditoria Interna e auditores externos A KPMG AG Wirtschaftsprüfungsgesellschaft, uma empresa independente de auditoria externa, avalia a eficácia do sistema de reconhecimento precoce dos riscos e apresenta relatórios regulares sobre os resultados das suas avaliações ao Conselho de Administração e ao Conselho de Supervisão do Grupo. Paralelamente aos auditores externos, o departamento de Auditoria Interna é igualmente envolvido no teste dos subsistemas das unidades operacionais relevantes para a contabilidade e o reporte, bem como da eficácia e eficiência do Sistema de Gestão de Risco (SGR).

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO RELATÓRIO DE OPORTUNIDADE E RISCO

Sistema de gestão de risco Estrutura e reporte A Linde distingue entre riscos relativos a todo o Grupo (riscos do Grupo e riscos corporativos) e os riscos decorrentes das atividades dos segmentos operacionais cujo impacto e gestão de risco se limita a determinados segmentos operacionais (riscos empresariais).

O departamento central de gestão de risco é responsável pela elaboração de um processo de gestão de risco padronizado a nível do Grupo e pelo reporte de risco. Aqueles que têm responsabilidades, a nível local, pelo risco nas unidades operacionais são responsáveis pela implementação do processo de gestão de risco elaborado centralmente. Os riscos empresariais são geridos nas divisões pelos responsáveis dos segmentos operacionais. Os riscos do Grupo e os riscos corporativos são identificados pelos membros do Conselho de Administração e/ ou dirigentes das Funções Corporativas & de Apoio e Centros de Governação Global e são geridos pelo pessoal a quem a responsabilidade por esses riscos foi atribuída.

No âmbito do processo de elaboração de relatórios, é apresentado, a cada trimestre, ao Conselho de Administração um relatório de risco, elaborado pelo departamento central de gestão de risco, que é então analisado numa reunião do Conselho de Administração. O Conselho de Administração apresenta um relatório sobre a situação de risco do Grupo nas reuniões trimestrais da Comissão de Auditoria.

O relatório de risco submetido ao Conselho de Administração compreende uma descrição dos riscos corporativos e empresariais significativos do Grupo, bem como as aferições de risco correspondentes e a definição de prioridades. Além disso, quaisquer riscos que surjam inesperadamente ou que tenham repercussões em todo o Grupo são comunicados diretamente ao pessoal do Grupo apropriado, independentemente dos canais normais de informação.

As unidades incluídas no processo de reporte de risco são diferentes das incluídas na consolidação para efeitos de contabilidade, em conformidade com as IFRS, na medida em que o reporte de risco se aplica a todas as unidades operacionais que estejam totalmente consolidadas ou incluídas nas demonstrações financeiras do Grupo, numa base de linha a linha, e nas quais a receita anual exceda um certo valor determinado internamente. Além disso, outras unidades operacionais que não preencham os critérios acima referidos poderão ser incluídas no processo de reporte de risco, com base em aferições específicas de risco. São aplicados padrões uniformes a todo o Grupo, no reporte do estado de quaisquer riscos significativos e de eventuais alterações desses riscos. As unidades locais fazem os seus reportes de risco, utilizando ferramentas a nível do grupo, com base na web. Processo de gestão de risco No coração de toda a gestão de risco está um processo cíclico de gestão de risco, que envolve uma série de etapas, desde a identificação de um risco, à análise, avaliação e gestão do risco.

Os workshops de risco que envolvem as equipas de gestão das unidades operacionais são uma

ferramenta importante para a Linde identificar e avaliar os riscos e determinar as medidas a tomar para reduzir esses riscos. Quando se trata de identificar os riscos, são levadas em consideração uma grande variedade de áreas que possam implicar riscos, tanto dentro como fora do Grupo. As áreas abrangidas pelas aferições de risco incluem não só os processos internos e os recursos, mas também o ambiente económico, financeiro, jurídico e regulamentar, assim como aspetos sociais e ecológicos. Os executivos das diversas unidades classificam cada um dos riscos que identificaram e avaliam-no em termos de critérios determinados centralmente, incluindo o impacto potencial do risco no Grupo e a probabilidade prevista da sua ocorrência.

Ao analisar o impacto do risco, a Linde considera não apenas o impacto sobre os resultados das operações, mas também o impacto sobre os aspetos não monetários, tais como a segurança, o serviço, a reputação e a estratégia.

Ao avaliar o impacto potencial dos riscos e a probabilidade prevista da sua ocorrência, as unidades operacionais utilizam uma escala padrão elaborada pelo departamento central de gestão de risco. Esta escala tem quatro notações diferentes de risco que variam de baixo risco a risco muito elevado. A cada risco é atribuído uma notação de risco, nesta escala padrão, com base no seu impacto potencial e uma notação de risco com base na probabilidade prevista da sua ocorrência.

Em relação a cada risco, o passo seguinte dos responsáveis será planear as medidas que poderão ser tomadas para gerir o risco, de modo a que o risco possa ser reduzido para um nível aceitável. A gestão do risco compreende uma seleção ou uma combinação de medidas para evitar o risco, transferir o risco, reduzir o risco e controlar o risco. Para cada risco, a responsabilidade pelo risco é assumida por um indivíduo designado pela administração. Esta pessoa avalia, em seguida, o risco numa base regular e monitoriza todas as medidas tomadas para gerir o risco.

As unidades operacionais registam as informações reunidas através do processo de gestão de risco nos registos de risco. Estes registos são atualizados pelo menos uma vez por trimestre.

O seguro é uma ferramenta especial, concebida para transferir o risco. A Linde faz um seguro adequado contra perdas potenciais e cobertura da responsabilidade civil para garantir que as potenciais consequências financeiras de quaisquer riscos que possam surgir serão eliminadas ou limitadas. O Grupo garante constantemente que o seu seguro está a um nível ótimo, com base nas exigências específicas das unidades empresariais. Sistema de controlo interno relacionado com a contabilidade No âmbito da harmonização dos processos de negócio, foram, nos últimos anos, definidos "controlos globais" que têm de ser implementados, como exigência obrigatória, por todas as unidades operacionais. Estes controlos globais são avaliados para verificar se foram implementados e são eficazes, sendo reportados centralmente, uma vez por ano, no âmbito de uma autoaferição concluída

38. PROCESSO DE GESTÃO DE

RISCO

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Identificação de risco

Análise de risco

Aferição de risco

Tratamento de risco

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

pelas unidades individuais. Este processo é sustentado por um sistema baseado no fluxo de trabalho. Se forem identificados desvios, os indivíduos responsáveis pelos controlos locais terão de tomar medidas para restabelecer a sua eficácia. Este processo é monitorizado pelo departamento central do SCI.

Os controlos relacionados com a contabilidade do Grupo, ajudam, em particular, a garantir a preparação adequada e a fiabilidade dos registos contabilísticos. Neste contexto, fazemos uma distinção entre controlos automatizados, tais como as rotinas de reconciliação relacionadas com os valores e os controlos de acesso a sistemas baseados no conceito de autorização e controlos manuais, tais como análises de variância e tendência, com base em valores-chave definidos e comparações com valores do orçamento, bem como verificações de plausibilidade. A fiabilidade dos procedimentos contabilísticos é igualmente sustentada por discussões mensais com as unidades operacionais acerca dos principais valores-chave.

Este processo é apoiado por orientações contabilísticas e de reporte que se aplicam a todo o Grupo, estabelecem as exigências mínimas para as unidades locais e garantem a conformidade com as normas legais e os estatutos da sociedade.

As operações contabilísticas são registadas pelas subsidiárias locais do Grupo Linde. Em relação à subcontratação de partes da contabilidade para o que são conhecidos como centros de serviços partilhados, os controlos pré-existentes foram igualmente transferidos e foram postos em prática controlos adicionais para garantir uma contabilidade adequada.

Esta informação, registada localmente ou nos centros de serviços compartilhados, é combinada com informação suplementar, num pacote de reportes do Grupo, e submetida pelas unidades locais, através de um sistema padronizado de reporte à escala do Grupo.

O sistema de reporte e de consolidação é um sistema totalmente integrado, que não só recolhe dados para a elaboração das demonstrações financeiras trimestrais e das demonstrações financeiras do Grupo, de forma sistemática, mas providencia igualmente dados para as contas de gestão mensal, dados de orçamento e dados relevantes para o Controlo Financeiro e outros departamentos centrais. Todos os procedimentos de consolidação são realizados de forma centralizada. Em casos particulares, tais como o cálculo das obrigações de pensão, são utilizados especialistas externos.

Os procedimentos do sistema de controlo interno, que estão voltados para uma correta elaboração e fiabilidade dos registos contabilísticos do Grupo, garantem que as transações comerciais são registadas em tempo útil, em conformidade com as normas legais e os estatutos da sociedade e que os registos destas operações estão completos. Garantem igualmente que as existências estão devidamente elaboradas e que o ativo e o passivo são devidamente reconhecidos, calculados e divulgados. A separação das funções de administração, implementação, execução e autorização reduz a oportunidade de fraude.

O sistema de controlo interno relacionado com a contabilidade garante que o processo contabilístico e de reporte está em conformidade com as Normas

Internacionais de Contabilidade (IFRS), tal como são adotadas na União Europeia, o Código Comercial Alemão (HGB) e outros regulamentos e leis relevantes. Melhoria contínua O sistema de gestão de risco da Linde está orientado para o futuro. Está continuamente a ser melhorado, de modo a aumentar a sua eficácia.

Os controlos internos relacionados com a contabilidade, em particular, são revistos e otimizados numa base regular para garantir um processo contabilístico eficiente e funcional.

Áreas de risco Tendo em conta os desenvolvimentos correntes, no âmbito da prevista fusão entre iguais com a empresa Praxair, os principais riscos associados a esta transação são apresentados separadamente no início deste capítulo "Áreas de risco", por razões de clareza. A aferição destes riscos principais resultantes do planeamento da fusão está incluída na área de risco "Riscos estratégicos", mais abaixo apresentada.

Em termos gerais, a operação expõe a Linde a riscos relativos, entre outras coisas, ao calendário previsto e à probabilidade de conclusão/ execução da fusão prevista. Estes riscos referem-se à concessão de qualquer aprovação oficial ou regulamentar para a fusão prevista, bem como às exigências associadas a tal aprovação, pois estas poderiam reduzir as vantagens que se espera que a fusão traga ou levar as partes a não concluírem a operação. Outros riscos incluem o risco de a Linde ser confrontada com exigências desfavoráveis de legislação antimonopólio, em resultado da fusão, ou com um impacto negativo num sentido legal, regulamentar ou contratual e o risco de que colaboradores qualificados em posições-chave não possam ser contratados ou retidos.

Os riscos que a Linde considera significativos e que poderão ter um impacto adverso relevante sobre o Grupo Linde e os seus ativos líquidos, a situação financeira e os resultados das operações, caso ocorram, serão descritos mais abaixo.

Compreendem, em primeiro lugar, os riscos corporativos & do Grupo individuais ou os riscos do negócio a que, independentemente da probabilidade da sua ocorrência, foram atribuídos a mais alta das quatro notações na escala de notação, em termos do seu impacto potencial. Em segundo lugar, compreendem os aglomerados de riscos empresariais individuais com a mesma causa, que não são significativos para o Grupo Linde, em termos da sua notação individual, para o potencial impacto do risco, mas poderão ter um impacto adverso significativo, se vistos como um aglomerado de riscos agregados.

Para proporcionar uma melhor visão geral, os riscos são resumidos a seguir por área de risco. Cada área de risco destaca a principal causa direta do risco. É apresentada não apenas a descrição do impacto potencial do risco, mas também das principais estratégias a serem atualmente empregadas para gerir o risco (numa perspetiva de rede). Salvo indicação em

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO RELATÓRIO DE OPORTUNIDADE E RISCO

contrário, os riscos estão relacionados com todos os segmentos, embora a extensão em que o estão possa variar.

A ordem pela qual as áreas de risco seguintes são apresentadas baseia-se na atual estimativa do Grupo em relação à importância relativa global da área de risco, em comparação com as outras áreas de risco, começando pela área de risco com maior importância relativa. Isto não se aplica à descrição dos riscos no interior de uma área de risco. A estimativa da importância relativa de uma área de risco é baseada numa aferição exaustiva do número total de todos os riscos individuais incluídos na área de risco e nas notações do potencial impacto desses riscos. Riscos económicos Sob os riscos económicos, a Linde inclui os riscos decorrentes da incerteza da economia global, bem como os riscos dos clientes e das vendas que se relacionam com clientes específicos, segmentos de produtos ou mercados de vendas. Riscos associados à economia global A Linde, enquanto empresa com operações globais, está dependente das tendências cíclicas da economia global. Um certo número de fatores de risco é atualmente responsável pela incerteza sobre o desenvolvimento futuro da economia global. Embora o elevado nível atual da dívida soberana nas economias europeias mais importantes, bem como nos EUA e nos principais mercados emergentes, se tenha desvanecido um pouco para segundo plano, graças à intervenção extensiva por parte dos bancos centrais, a incerteza política aumentou. 2017 é um ano eleitoral especial, com eleições a serem realizadas em países como a Holanda, França e Alemanha. A incerteza quanto ao possível percurso a ser traçado pelos novos governos, tanto deste como do outro lado do Atlântico, poderia, entre outras coisas, fazer esmorecer o clima de investimento e representar um risco para a perspetiva de crescimento prevista a médio prazo. Isto poderia materializar-se, em particular, quando os efeitos especiais atuais sobre o crescimento económico global e os efeitos especiais futuros esperados relaxarem. Estes incluem um nível de taxa de juro geralmente baixo, uma política fiscal expansiva e, para muitos sectores, um preço baixo do petróleo. A incerteza das futuras relações contratuais entre o Reino Unido e a União Europeia, bem como as consequências económicas conexas, poderão igualmente ter um impacto negativo sobre o clima de investimento e as perspetivas de crescimento na Europa.

A incerteza quanto à estabilidade da perspetiva de crescimento positivo dos EUA e à política monetária futura prosseguida pela Reserva Federal dos EUA, bem como o seu impacto sobre as moedas e as economias dos mercados emergentes, constituem fatores de risco para a economia global. Na sequência do aumento renovado da taxa diretora, posta em prática pela Reserva Federal em dezembro do último ano, não é ainda claro se os bancos centrais de outros países irão igualmente elevar as suas taxas de juro

este ano, e em que medida, a fim de evitar as saídas de capital em larga escala. As medidas de política de taxas de juro poderão colocar as economias destes países sob pressão e resultar num aumento da volatilidade dos mercados financeiros, com um potencial impacto negativo sobre a economia global.

O risco de uma desaceleração do crescimento, mais acentuada do que o previsto, nos mercados da Ásia e em outros de crescimento elevado, bem como a possibilidade da continuação de um ambiente económico fraco na região do Pacífico Sul, poderá ter um impacto negativo sobre a economia global.

Outros riscos económicos poderão surgir da evolução política incerta de pontos de crise geopolíticos mundiais.

Caso a economia global enfraquecesse significativamente, surgiria a ameaça da perda de vendas, uma potencial falta de novos negócios e um aumento do risco de dívidas incobráveis no negócio operacional, devido à crescente incapacidade dos clientes em efetuarem pagamentos.

Na sua função de empresa-mãe do Grupo Linde, a Linde AG mantém investimentos em empresas do Grupo. A quantia escriturada desses investimentos corre o risco de uma diminuição de valor se a situação económica ou as taxas de câmbio dessas empresas do Grupo variarem para pior. Este cenário poderá ter um impacto adverso sobre o resultado líquido do exercício da Linde AG.

A Linde opera em muitos países e regiões, abastecendo quase todos os sectores da indústria. Devido ao elevado nível de diversificação dos seus clientes finais, tanto em termos de sector como de situação geográfica, a Linde não está exposta à volatilidade do mercado de um único cliente final. O impacto dos riscos individuais sobre o Grupo é reduzido, em resultado do duplo foco da Linde, no seu negócio de gases (que compreende uma grande variedade de áreas de aplicação) e na construção de fábricas (com as suas linhas de produtos diversificados). Estes dois sectores poderão ser afetados de forma diferente, em termos de receita e ganhos, quando há mudanças em determinadas condições económicas.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Riscos associados à concorrência A pressão competitiva que a Linde enfrenta está a aumentar, tanto em mercados que oferecem um potencial de crescimento significativo como em mercados mais maduros. Esta situação está a ser alimentada, nomeadamente, pelas fracas perspetivas de crescimento, pelo excesso de capacidade e pela migração das indústrias existentes. A competição global significa que o Grupo está exposto ao risco de perder quota de mercado o que, por sua vez, poderá resultar numa queda da receita e do lucro.

A Linde está a responder a estes riscos associados à concorrência através da adoção de medidas que ajudem a melhorar a posição competitiva da empresa, permitindo-lhe oferecer produtos e serviços adaptados às necessidades do mercado e pondo em prática processos otimizados.

Por exemplo, no caso dos gases industriais, a Linde é capaz de se destacar da concorrência, em resultado da sua experiência técnica em aplicações de gases e do seu perfil como fornecedor integrado de gases e serviços de engenharia, que pode oferecer diversos modelos de construção e operação.

Na construção de fábricas, uma padronização e modularização rigorosas estão a ajudar a melhorar a competitividade da carteira de produtos.

No negócio da garrafa de gás, foi desenvolvido um programa modular e expansível para fábricas de enchimento, o que permite à empresa oferecer fábricas de enchimento adaptadas a uma variedade de condições de mercado, não exigindo muito espaço, alcançando uma maior produtividade e proporcionando uma segurança no trabalho otimizada.

Além disso, a Linde continua a aplicar rigorosamente os seus regimes de redução de custos e a melhorar a eficiência dos seus processos, com o objetivo de reforçar a sua competitividade. Riscos de vendas na área de produto da Saúde Na área de produto da Saúde, a pressão de custos no sector da saúde, a tendência atual para a subcontratação, por parte de agências governamentais e de fundos de seguros de saúde, e possíveis incumprimentos significa que há um risco maior de os objetivos de crescimento e de rentabilidade previstos não poderem ser alcançados. Estes fatores são especialmente evidentes nos mercados de vendas dos Estados Unidos e da Europa.

De modo a contrariar estes riscos, a Linde está a concentrar-se no desenvolvimento de produtos e serviços que tenham em conta a crescente pressão descendente sobre os custos. Entre eles, destacam-se, por exemplo, as novas formas de tratamento que reduzem a duração do tempo gasto pelos pacientes em hospitais e a utilização de novas tecnologias que tornam possível tratar os pacientes através de assistência domiciliária, de forma mais eficiente. A Linde utilizou igualmente aquisições direcionadas para melhorar a sua estrutura de custos.

Riscos de clientes e vendas associados à comercialização de novos projetos de clientes e de projetos já existentes Os riscos de clientes e vendas, associados quer à comercialização de novos projetos de clientes quer a projetos complementares ou projetos já existentes, não poderão ser eliminados, especialmente nos mercados em crescimento. Poderá haver razões técnicas ou económicas, do lado do cliente ou dos mercados de vendas, que possam exigir que sejam feitas modificações no projeto ou no contrato, em resultado das quais não possa ser possível produzir na íntegra as quantidades inicialmente assumidas no plano de negócios ou de só poder ser possível produzir tais quantidades com atraso. Isto poderá dar origem não só a processos de produção não rentáveis, mas igualmente a desvios adversos significativos no fluxo de caixa orçamentado, comprometendo assim os objetivos de receita e ganhos associados ao investimento. Para garantir que as deficiências críticas são identificadas e corrigidas numa fase precoce, a Linde introduziu a atribuição de prioridades a projetos e medidas adicionais de gestão de projetos. Além disso, o Grupo tomou medidas para assegurar que todas as partes relevantes estão envolvidas na aferição de risco antes que o projeto se inicie. As relações estreitas com os clientes e a observação do mercado, mesmo durante a vigência do projeto, ajudam a garantir que todos os problemas poderão ser resolvidos desde o início, em parceria com o cliente. Riscos associados à fixação de preços Os riscos associados à fixação de preços surgem geralmente em áreas onde certos aumentos de custos não podem ser transferidos para o cliente, através da indexação de preços incluída no contrato. Neste caso, o elevado nível de volatilidade dos preços da energia e do preço das matérias-primas significa que existe o risco de não serem cumpridas as metas para receita e ganhos se o aumento dos custos resultante não for tomado em consideração ao assinar contratos e fixar preços, não for tomado em consideração em tempo útil ou for tomado em consideração e sofrer-se uma perda de quota de mercado. Para fazer face a este risco, estão a ser desenvolvidos processos nas regiões para garantir que a evolução do mercado da energia seja refletida nas políticas de preços de uma forma estruturada e precocemente. Riscos associados à prestação de serviços Os riscos associados à prestação de serviços compreendem todos os riscos decorrentes de processos que ocorrem nos locais operacionais das divisões da Linde, incluindo a distribuição de produtos e os serviços de logística relacionados. Entre eles, destacam-se os riscos de segurança durante o processo de produção, os riscos de produção, tais como falhas nas máquinas, avarias na fábrica e estrangulamentos de capacidade, os riscos do projeto de construção da fábrica e os riscos associados aos produtos e serviços.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO RELATÓRIO DE OPORTUNIDADE E RISCO

Riscos de segurança A fabricação de produtos e a construção de fábricas pelo Grupo poderá acarretar riscos associados à produção, ao enchimento, armazenamento e transporte de matérias-primas, bens ou resíduos. Estes riscos, se não forem tratados adequadamente, poderão levar a danos pessoais, danos materiais ou danos ambientais que, por sua vez, poderão resultar em interrupções nos negócios, penalidades monetárias, pagamentos de compensações ou custos de descontaminação ambiental. Também a reputação do Grupo Linde poderia ser afetada se algum destes eventos ocorresse.

Uma das principais estratégias de prevenção do Grupo é a garantia de padrões elevados de segurança. Através da aplicação de padrões de gestão claramente estruturados, o Grupo garante, com base na avaliação sistemática de riscos que podem conduzir a acidentes ou danos materiais ou ambientais, que as exigências rigorosas de segurança são planeadas, implementadas e monitorizadas em processos com um nível particularmente elevado de exposição a riscos. Os desastres naturais, as pandemias e o terrorismo ou outros ataques criminosos representam igualmente um risco para os colaboradores e os ativos líquidos, a situação financeira e os resultados das operações do Grupo. Estes riscos poderão ter igualmente um impacto indireto sobre a Linde se os clientes do Grupo forem significativamente afetados por qualquer um deles.

A Linde aborda estes riscos, que em alguns casos são cobertos por seguro, tomando medidas locais de redução de riscos e pondo em vigor planos de contingência. O objetivo é minimizar, tanto quanto possível, as consequências potenciais de eventos graves e garantir o mais rápido retorno possível às operações normais, mesmo no caso de eventos altamente improváveis ou perdas de natureza grave. Riscos de produção Uma interrupção das atividades de uma das principais fábricas da Linde ou de uma fábrica no próprio local do cliente poderia afetar adversamente os resultados das operações e a reputação do Grupo. Isso seria particularmente verdadeiro se a interrupção do negócio tivesse sido causada por um acidente de que também tivessem resultado acidentes pessoais ou danos ao meio ambiente.

Por isso, a Linde dá elevada prioridade a medidas destinadas a prevenir interrupções dos negócios. Entre elas, destacam-se, nomeadamente, a monitorização e manutenção das fábricas, de modo a que tais incidentes possam ser evitados, e o fornecimento de peças de reposição de importância estratégica, a construção modular das fábricas de enchimento e o seu acondicionamento com abundantes e versáteis sistemas de enchimento e um rigoroso cumprimento dos padrões de qualidade e segurança e dos padrões de proteção ambiental durante o fabrico, armazenamento, transporte e utilização dos produtos. Se, apesar destas medidas preventivas, vier a ocorrer uma interrupção dos negócios, o Grupo tem redes de abastecimento que operam entre as fábricas de produção, de modo a que qualquer interrupção dos negócios tenha apenas um efeito limitado ou mesmo nenhum efeito sobre os seus clientes.

Riscos de projeto na construção de fábricas Os complexos projetos de construção de grandes fábricas colocam problemas particulares à gestão de risco. A Divisão de Engenharia do Grupo lida com contratos significativos, que podem atingir valores de várias centenas de milhões de euros e em que a construção poderá levar uma série de anos.

Normalmente, a divisão está envolvida no projeto e na construção de fábricas chave na mão. Os riscos potenciais poderão surgir como resultado de os cálculos de custos e execução de tais projetos complexos estarem sujeitos a incertezas. Os riscos poderão incluir problemas técnicos inesperados, estrangulamentos no abastecimento e problemas de qualidade com fornecedores de componentes principais, desenvolvimentos imprevistos durante a montagem no local e problemas com parceiros ou subempreiteiros. Tais riscos poderão causar atrasos no projeto e derrapagens nos custos. Para gerir os riscos na construção de fábricas, a Linde emprega métodos testados e comprovados, mesmo na fase de concurso, para aferir o impacto sobre a rentabilidade de um projeto em larga escala. O Grupo conduz simulações das oportunidades e dos riscos associados a cada projeto, utilizando métodos numéricos de análise. Ao monitorizar continuamente as mudanças nos parâmetros, ao longo do andamento do projeto, a Linde é capaz de identificar potenciais riscos no projeto, numa fase inicial, e de tomar as medidas adequadas para os combater. Estas ferramentas de gestão de risco estão constantemente a ser atualizadas e modificadas para atender às crescentes procuras do mercado.

Riscos associados a produtos e serviços Os riscos associados a produtos e serviços podem, em casos extremos, resultar em consequências, tais como potenciais pedidos de indemnização, a perda de clientes ou danos à reputação do Grupo. As principais causas possíveis dos riscos associados aos produtos e serviços são os defeitos do produto ou a insuficiência do nível de atendimento ao cliente quando a Linde está a fornecer serviços, especialmente na divisão Gist ou na área de produto da Saúde.

A Linde contraria tais riscos através da manutenção da segurança e da qualidade dos seus produtos, da informação sobre o produto e dos serviços. Para garantir que os produtos são seguros, a gestão de risco é baseada no conceito de gestão de produto. São analisados os potenciais perigos e riscos que um produto poderá trazer aos seres humanos e ao meio ambiente, durante o seu ciclo de vida, e determinado o seu risco potencial relevante. A Linde toma as medidas necessárias para evitar os riscos que foram identificados ou, se tal não for possível, para reduzir os riscos a um nível aceitável.

Para garantir os mais altos níveis de segurança para os doentes, ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos farmacêuticos da Linde, tais produtos são monitorizados de forma contínua, utilizando o Sistema de Deteção do Sinal de Vigilância. É realizada uma análise regular da segurança dos produtos farmacêuticos em Relatórios Periódicos de Segurança (RPS).

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Riscos dos mercados financeiros e risco do país Riscos dos mercados financeiros Devido às suas operações globais, a Linde está exposta a uma série de riscos dos mercados financeiros. Estes incluem, em particular, o risco de contraparte, o risco de liquidez e os riscos decorrentes de movimentos nas taxas de juros, nos preços das ações e nas taxas de câmbio. Estes riscos são monitorizados e geridos de modo contínuo.

As estratégias básicas para a gestão do risco de taxa de juro, risco cambial e risco de liquidez e os objetivos e princípios que regem o financiamento da Linde são determinados pela Comissão de Tesouraria, liderada pelo Diretor Financeiro. Esta comissão reúne-se geralmente uma vez por mês e conta com representantes das Funções Corporativas & de Apoio, Tesouraria e Contabilidade & Reporte.

As decisões de financiamento e de cobertura de risco são baseadas na informação financeira obtida a partir do sistema de gestão de tesouraria do Grupo e nas suas previsões financeiras e de liquidez. Estas são incorporadas no sistema de reporte financeiro geral, que é igualmente utilizado nas áreas de Controlo Financeiro e de Contabilidade & Reporte.

No que diz respeito à organização do departamento de Tesouraria, o princípio da segregação de funções entre os escritórios de atendimento, intermediário e de retaguarda é rigorosamente observado e monitorizado durante todo o processo de gestão de risco. Isto significa que existe uma estrita separação pessoal e organizacional entre a negociação, o processamento e a verificação de uma operação financeira. A Linde utiliza um sistema de gestão de tesouraria para pôr em prática, registar e avaliar as transações. O sistema de gestão de tesouraria está sujeito a auditorias internas e externas regulares, geralmente uma vez por ano.

Um dos principais critérios para a gestão de risco de contraparte é a notação de crédito da contraparte. O Grupo monitoriza igualmente as mudanças em outros parâmetros relevantes do mercado de capitais, tais como os movimentos em swaps de risco de incumprimento ou a capitalização do mercado de contrapartes. Os limites de negociação e posicionamento são definidos nesta base. As avaliações regulares desses limites são realizadas por uma unidade de supervisão, que é independente da entidade comercial. Tanto a Linde AG como a Linde Finance B. V. celebram igualmente Anexos de Apoio ao Crédito (ou CSA) com os seus principais bancos. Nos termos destes acordos, os valores justos positivos e negativos de derivados são cobertos por garantias em numerário, numa base regular, pelas partes contratantes. Isto reduz significativamente o risco de contraparte.

No que diz respeito à gestão do risco de liquidez, a Linde tem seguido há anos uma política prudente e conservadora de salvaguarda da liquidez. Tal como no passado, no exercício de 2016 continuou a ter acesso aos mercados de capitais. Além disso, a Linde tem acesso a uma facilidade de crédito do consórcio bancário de 2,5 mil milhões de EUR, prestada por um grupo bancário internacional, que está disponível até 2020 e não foi utilizada até à data.

O risco da taxa de juro surge como resultado de flutuações nas taxas de juros provocadas pelos mercados. Estas flutuações tanto afetam a despesa com juros como o valor justo dos instrumentos financeiros. O risco da taxa de juro é gerido centralmente. Com base em análises de sensibilidade e cenários, a Comissão de Tesouraria determina intervalos para a relação fixa ou flutuante entre o passivo financeiro e as principais moedas: o euro (EUR) e o dólar norte-americano (USD). A Tesouraria do Grupo gere as taxas dentro dos intervalos acordados e apresenta relatórios à Comissão de Tesouraria sobre as medidas postas em prática. Os métodos para restringir a exposição ao risco incluem a celebração de operações de cobertura de taxa de juro com os bancos e a utilização de obrigações de juro fixo de longo prazo e empréstimos. Em 2016, uma média de 68 por cento da exposição do Grupo foi financiada a taxas fixas, enquanto no fim do ano o valor era de 64 por cento.

No caso do risco da taxa de câmbio, é importante diferenciar entre os riscos de transações operacionais (riscos cambiais resultantes de atividades empresariais e de financiamento entre diferentes zonas cambiais) e riscos de conversão (riscos cambiais resultantes da conversão cambial das demonstrações financeiras de subsidiárias em que essas subsidiárias têm uma moeda funcional diferente da moeda de referência do Grupo). A orientação do Grupo estabelece que deverão ser as unidades empresariais individuais a monitorizar os próprios riscos resultantes da transação e concorda com transações de cobertura adequadas com a Tesouraria do Grupo, com base em taxas mínimas de cobertura predeterminadas, desde que não haja outras razões para não cobrir a exposição dessa maneira.

No que diz respeito aos riscos de conversão, apenas as flutuações cambiais relacionadas com os valores dos ativos líquidos a nível do Grupo são objeto de cobertura seletiva no quadro dos intervalos autorizados. As decisões de cobertura são tomadas em conformidade com as estratégias de risco da Comissão de Tesouraria. Operações cambiais a prazo, swaps de taxas de juro de divisas cruzadas, opções cambiais e empréstimos em moeda estrangeira são aqui todos utilizados. As principais moedas são dólares norte-americanos (USD), libras esterlinas (GBP), dólares australianos (AUD) e algumas moedas da Europa de Leste, da América do Sul e asiáticas. Na Divisão de Gases, o Grupo utiliza igualmente instrumentos financeiros, especialmente para se proteger da exposição a variações no preço da eletricidade, do gás natural e do gás propano.

No negócio de projeto da Divisão de Engenharia, os riscos cambiais estrangeiros são reduzidos, tanto quanto é possível, por coberturas naturais: por exemplo, através da compra de fornecimentos e serviços na moeda do contrato. Quaisquer montantes em moeda estrangeira para além disso estarão totalmente cobertos, logo que surjam, geralmente através da celebração de operações cambiais a prazo.

Em certos países, as empresas do Grupo Linde definiram compromissos de benefício aos seus colaboradores, no âmbito de regimes de pensão complementar de reforma. Dependendo da estrutura

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

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dos regimes, poderão ser pagamentos pontuais ou os colaboradores poderão ter direito a uma pensão vitalícia, com um aumento anual que poderá ser variável ou indexado à inflação. O montante da obrigação é o valor presente atuarial de todos os compromissos com pensões e é expresso como a Obrigação de Benefícios Definidos (DBO) nas IFRS.

Na maioria dos regimes de pensões, a obrigação é coberta por ativos que são mantidos separadamente.

Os riscos relacionados com as obrigações de pensão (taxa de juro, inflação, riscos de longevidade), por um lado, e os relacionados com os ativos de pensões (taxa de juro, spread, taxa de câmbio, capital próprio e outros riscos do mercado financeiro), por outro, são quantificados e avaliados pela Linde numa base regular. Há um conflito natural entre uma redução significativa do risco e a realização, a longo prazo, do retorno sobre os ativos necessário para manter o ritmo de aumento da obrigação.

Como orientação, o Conselho de Administração define a tolerância ao risco a nível do Grupo. As medidas destinadas a modificar a estrutura do regime são coordenadas pela Comissão Global de Pensões e postas em prática nos regimes locais de pensões. O Painel de Investimento do Grupo em Ativos de Pensões avalia as oportunidades e os riscos associados a diversas classes de ativos a longo prazo e toma decisões ou faz recomendações acerca da estratégia de investimento dos principais regimes de pensões. O painel de investimento é presidido pelo Diretor Financeiro e recebe pareceres de peritos externos. Riscos do país Os riscos potenciais que a Linde poderá encontrar em diferentes países incluem a nacionalização ou expropriação de ativos, riscos jurídicos, a proibição de transferências de capital, dívidas incobráveis a instituições governamentais, guerra, ataques terroristas e outros distúrbios. A instabilidade política e as guerras poderão igualmente ser a causa de riscos indiretos (riscos económicos, riscos de projeto e riscos associados à comercialização), por exemplo, como resultado de sanções políticas e económicas que poderão estender-se para além das fronteiras da região atualmente em crise. Por exemplo, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia poderá ter um impacto na construção da fábrica da Linde na Rússia, levando a atrasos ou cancelamentos relacionados com a implementação de projetos já existentes. Poderá igualmente haver um impacto negativo indireto sobre empresas da Linde, em outros países na Divisão de Gases e em outros mercados na Divisão de Engenharia, se os clientes da Linde vierem a mudar os seus planos, como resultado da agitação ou devido à potencial escalada das sanções.

Há o risco fundamental de que sejam acordados embargos a determinados países em que a Linde opera, que poderão ter um impacto adverso sobre as relações comerciais existentes ou os planos de investimento que estão em vigor, antes mesmo de o embargo ser posto em prática. Para gerir estes riscos, a Linde estabeleceu um sistema que avalia a situação de risco do Grupo, em termos do impacto do risco

sobre os seus ativos líquidos, a situação financeira e os resultados das operações, estabelece limites de risco e garante a adequação dos fundos próprios e o financiamento transfronteiriço a níveis ótimos de risco. Ao mesmo tempo, os projetos de investimento individuais são avaliados segundo o risco político e, em conformidade, são definidos objetivos de retorno sobre o investimento. Com base nesta avaliação, os riscos são cobertos, se necessário, com garantias do governo alemão para o investimento estrangeiro direto, soluções de seguros personalizadas ou instrumentos financeiros similares disponíveis no mercado. É igualmente avaliado o risco de contraparte dos negócios de exportação, que é limitado, se necessário, por intermédio de instrumentos de proteção, tais como as garantias Hermes. Riscos estratégicos Os objetivos de crescimento a longo prazo da Linde baseiam-se, designadamente, nas áreas de crescimento da energia, do ambiente e da saúde, bem com nas tendências dinâmicas das economias em rápido crescimento.

Alcançar os objetivos de crescimento implica riscos, tanto dentro como fora do Grupo. Os riscos surgem, por um lado, da incerteza sobre a futura evolução destas áreas de crescimento, que são influenciadas por fatores sociais, jurídicos e económicos.

Por outro lado, existem também riscos associados às medidas internas adotadas pelo Grupo para atingir os seus objetivos. Estes incluem não apenas projetos de aquisição e de investimento, mas também iniciativas estratégicas em áreas como a transformação digital, a melhoria da satisfação do cliente ou o desempenho de sustentabilidade. Os riscos associados a tais projetos são, principalmente, o resultado da incerteza ligada a pressupostos sobre o futuro desenvolvimento do modelo de negócio subjacente e ao montante do investimento líquido num projeto de aquisição ou ao fluxo de caixa líquido de um projeto de investimento.

Os investimentos em ativos tangíveis, aquisições e vendas são discutidos e aprovados pela comissão de investimento ou em reuniões do Conselho de Administração. No início do projeto, é feita uma consideração cuidadosa dos pressupostos em relação ao projeto, da viabilidade do projeto e dos riscos específicos associados a esse projeto. O Grupo avalia, por exemplo, o risco do país e o risco cambial, as notações de crédito de clientes individuais e as tendências nos mercados locais (gases), bem como os termos e as condições subjacentes do contrato e os custos do investimento.

Além disso, o Conselho de Administração, o Conselho de Supervisão e o pessoal de gestão do Grupo realizam reuniões regulares para avaliarem em que medida foram alcançados os objetivos associados a iniciativas estratégicas e, em seguida, porem em prática quaisquer medidas corretivas que sejam necessárias.

A exposição excessiva a uma única região ou a um único cliente poderia, por exemplo, ter um impacto adverso sobre os ativos líquidos, a situação financeira

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e os resultados das operações da Linde e sobre as suas perspetivas de crescimento futuro, caso as circunstâncias globais assumidas se alterassem, isto é, numa situação em que as condições económicas piorassem ou os clientes não prolongassem os seus contratos. Para evitar este risco, o Grupo põe em prática uma gestão de carteira para definir e monitorizar as linhas de objetivos dos seus investimentos. Além disso, o modelo de negócio integrado da Linde significa que está em posição para oferecer aos seus clientes diferentes modelos de construção e de operação e, por isso, para gerir o seu risco de concentração.

A boa reputação da Linde é um exigência prévia fundamental para atingir os objetivos de crescimento a longo prazo. Ao expandir os seus padrões de gestão de crises e comunicação de crises, a Linde combate o risco de perdas de reputação resultantes da má gestão de crises ou de comunicação insuficiente em eventos relevantes. Riscos de aquisição e da cadeia de abastecimento Um elemento fundamental para o sucesso das unidades empresariais é a pronta disponibilidade de produtos e serviços adquiridos pela Linde que devem ter uma qualidade adequada, obteníveis em quantidades adequadas e a preços em linha com as condições de mercado. Isto não se aplica apenas a certos gases que a Linde não produz ela própria, mas também, em particular, a grupos de materiais que estão dependentes de matérias-primas como o aço, o alumínio e o latão, bem como à energia.

Para reduzir o risco, a Linde desenvolve uma estratégia de carteira em todo o Grupo. Esta estratégia é organizada com base em grupos definidos de materiais, que são utilizados para classificar todos os produtos e serviços.

Além de adotar estratégias de compra, com base em grupos de materiais, a Linde continua a otimizar a sua carteira de fornecedores e as condições contratuais com os seus fornecedores de modo a minimizar os riscos de compra. Para produtos e serviços cujo preço depende, em grande medida, de mercados primários voláteis, os riscos de custos são minimizados através da utilização de acordos otimizados no tempo. Por exemplo, do lado da compra, o impacto dos riscos de volatilidade dos preços referentes à aquisição de eletricidade e gás natural é amortecido por estratégias de compra a longo prazo nos mercados de energia liberalizados. As atividades de compras da Linde nos mercados grossistas relevantes de energia são regidas por um orientação de risco global que determina as amplitudes de cobertura do preço nos anos seguintes. A conformidade com a orientação é monitorizada por uma comissão global. A transparência dos dados é estabelecida através de uma ferramenta profissional de TI para o comércio de energia. Além disso, do lado das vendas, devido à quantidade de energia consumida na produção de gases industriais, as flutuações do preço da eletricidade e do gás natural são suportadas pelos clientes, através da utilização de fórmulas adequadas de preços.

Quando a Linde adquire gases, contraria os riscos de aquisição e os riscos de preço através de uma rigorosa repartição técnica (compra, produção própria ou purificação de gases) e distribuição geográfica. As flutuações imprevistas dos volumes de vendas poderão ser assim compensadas.

Poderão surgir riscos para o Grupo Linde se os contratos de aquisição a longo prazo não forem acompanhados por contratos de vendas que abranjam um período similarmente longo. Os riscos de flutuações da procura e os preços do lado das vendas são, por isso, considerados pela Linde antes de enveredar por contratos de compra a longo prazo. Riscos regulamentares e jurídicos Riscos regulamentares As mudanças no ambiente regulatório poderão ter um impacto negativo sobre os custos da Linde e a competitividade internacional. Exemplos disso são a conceção do Comércio Europeu de Licenças de Emissão e o fardo suplementar que está a ser colocado na produção de gases industriais com utilização intensiva de energia, pelo aumento dos preços da eletricidade, em resultado de imposições legais adicionais.

Na área de produto da Saúde, que é em grande parte regulada pelo estado, as mudanças regulatórias poderão igualmente colocar os riscos à Linde que já foram anteriormente descritos na secção sobre riscos económicos.

O Grupo está igualmente a ser afetado por medidas que estão a ser tomadas para regular os mercados financeiros internacionais. Numa variedade de jurisdições, a Linde deverá cumprir as novas regras abrangentes e as exigências de reporte ao processar transações financeiras. As infrações a estas regras e exigências poderão incorrer em penalidades significativas das autoridades relevantes de supervisão. Os exemplos que poderiam aqui ser citados são a Lei Dodd-Frank nos Estados Unidos e o Regulamento relativo à Infraestrutura do Mercado Europeu (EMIR).

A Linde contraria estes riscos através da realização de uma análise prospetiva contínua do ambiente legal nas diversas unidades de negócio e do desenvolvimento dos sistemas necessários. Além disso, as medidas descritas na secção sobre os riscos associados à concorrência (que são concebidos para garantir um contacto constante com o cliente e o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores) contribuem para a redução do potencial impacto adverso das mudanças no ambiente regulatório.

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Riscos jurídicos Com as suas operações internacionais, o Grupo Linde está exposto a inúmeros riscos jurídicos. Estes poderão incluir, em particular, os riscos relativos à responsabilidade pelos produtos, à lei da concorrência e antimonopólio, ao controlo da exportação, à proteção de dados, ao direito de patentes, ao direito de contratos públicos, à legislação fiscal e à proteção do ambiente. O resultado de qualquer processo, atualmente pendente ou futuro, não pode frequentemente ser previsto com nenhuma certeza. As decisões judiciais ou regulatórias e as resoluções acordadas poderão dar origem a despesas que não são abrangidas ou não estão totalmente cobertas pelo seguro. Estas despesas poderão ter um impacto sobre os negócios do Grupo e os seus ganhos.

Certas empresas do Grupo Linde são parte de diversos processos judiciais decorrentes do curso normal dos negócios. O resultado dos litígios em que as empresas do Grupo Linde são parte poderá não ser facilmente previsto, mas a Linde acredita que tais litígios deverão terminar sem qualquer efeito material adverso sobre a sua situação financeira ou os resultados das operações.

Anteriormente ao período contabilístico atual, a autoridade da concorrência brasileira CADE aplicou coimas a uma série de empresas de gases, incluindo a subsidiária brasileira da Linde, em razão de alegada conduta comercial anticoncorrencial, nos anos de 1998 a 2004. Visto da perspetiva dos dias de hoje, a Linde assume que esta decisão não irá resistir a um recurso judicial.

Certas subsidiárias do Grupo Linde são parte interessada em ações judiciais nos Estados Unidos, incluindo algumas em que têm sido feitos pedidos de indemnização, em montantes elevados. Os processos dizem respeito a uma série de questões, incluindo reembolsos de custos pelo sistema nacional de saúde ou alegadas lesões decorrentes da exposição a manganésio, amianto e/ ou vapores tóxicos, em conexão com o processo de soldadura. Nestes casos, as subsidiárias são tipicamente um de diversos ou muitos outros réus. Com base na experiência de litígio até à data, juntamente com as aferições atuais das reivindicações que estão a ser feitas e o seguro aplicável, a Linde acredita que o prosseguimento da defesa e a deliberação do litígio sobre os vapores de soldadura não terá um efeito material adverso sobre a situação financeira ou os resultados das operações do Grupo. No entanto, o resultado destes casos é inerentemente incerto e difícil de prever. As subsidiárias possuem um seguro que cobre a maioria ou parte dos custos e quaisquer julgamentos associados a estas reivindicações. As ações judiciais atrás descritas são aquelas que atualmente se considera envolverem grandes riscos jurídicos. Não representam necessariamente uma lista exaustiva.

Riscos de TI Muitos processos na organização da Linde estão dependentes da fiabilidade da infraestrutura de TI, das aplicações informáticas e dos dados. Por isso, as avarias ou interrupções nos sistemas relevantes ou a perda de dados têm, geralmente, um impacto negativo sobre os processos empresariais ou de produção. As paralisações de longo prazo ou a perda de dados críticos poderão afetar adversamente os ativos líquidos, a situação financeira e os resultados das operações do Grupo. As violações das regras de proteção de dados, a extração de dados não autorizados ou a perda de dados corporativos confidenciais poderão resultar em pedidos de indemnização, sanções pecuniárias, danos a longo prazo para a reputação e uma perda de confiança na empresa.

O estado atual das medidas de segurança existentes é monitorizado através de um processo de Relatórios de Segurança revistos pelo departamento de auditoria interna de TI e por auditores externos de TI. Estas aferições e auditorias regulares identificam quaisquer alterações e melhorias que poderão ser exigidas, contribuindo assim para uma melhoria sustentável e contínua da eficácia das medidas de segurança. As medidas de proteção foram combinadas, de modo a formarem uma defesa dos sistemas e dados em várias fases, contra ataques externos (infeção por malware, ataques cibernéticos, tentativas de invasão). Para contrariar o risco de que os recursos e conhecimentos especializados disponíveis sejam insuficientes para manter internamente o desenvolvimento de aplicações informáticas específicas da empresa (o que poderia significar, no pior cenário possível, que os processos críticos empresariais estariam inadequadamente acompanhados), a Linde desenvolveu um processo padronizado para o desenvolvimento, o teste e a utilização de aplicações informáticas. Riscos pessoais O sucesso do Grupo depende do compromisso, da motivação e das competências dos seus colaboradores e executivos. Os principais fatores de risco associados à atração de pessoal bem qualificado e à garantia da sua lealdade a longo prazo para com o Grupo, são a cada vez maior escassez de pessoal qualificado e uma concorrência feroz no mercado de trabalho. A competição por trabalhadores do calibre certo está agora a tornar-se ainda mais intensa, especialmente nos mercados asiáticos.

Para lidar com estes fatores de risco, o Grupo está a adotar uma abordagem holística para atrair e apoiar os seus colaboradores. O desenvolvimento pessoal, a pedra angular da lealdade do colaborador a longo prazo, aumenta as competências de gestão do pessoal e promove o seu compromisso com o Grupo. Os aspetos-chave do programa de desenvolvimento da gestão da Linde são a variedade de oportunidades oferecidas para o desenvolvimento profissional, a prestação de apoio e aconselhamento a grupos-alvo, programas de orientação e de preparação, a identificação precoce e o fomento dos grandes empreendedores e dos que têm potencial e pacotes de remuneração atraentes, em linha com os valores de mercado.

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Os regimes de desenvolvimento do pessoal da Linde são complementados por amplas oportunidades para a obtenção de qualificações e de desenvolvimento profissional. Este programa abrangente fortalece a sua posição como um empregador atrativo no mercado competitivo dos trabalhadores qualificados. O Grupo está a elaborar novos regimes de desenvolvimento profissional, em particular, para a engenharia, aumentando ainda mais a sua atratividade como empregador.

A Linde forma igualmente engenheiros graduados por cursos universitários com um elemento de experiência de trabalho e está a lidar com a escassez de engenheiros, continuando a desenvolver os seus próprios regimes de formação internos. Ao aplicar estas medidas e colaborar mais estreitamente com instituições de ensino superior selecionadas, o Grupo é capaz de oferecer aos colaboradores qualificados excelentes perspetivas profissionais.

O ambiente de mercado volátil e exigente significa que a Linde tem de ter a capacidade de fazer melhorias constantes nos seus processos e agir rapidamente para adaptar a sua estrutura organizacional, de modo a acompanhar as exigências de uma indústria em rápida mudança. Cada colaborador individual tem de estar pronto e disposto a abraçar a mudança. Esta atitude é uma condição essencial para o êxito da implementação dos processos de mudança. Para a Linde, desempenha aqui um papel particularmente importante a manutenção de um relacionamento com os representantes dos trabalhadores e os sindicatos que seja baseado na confiança mútua e na cooperação construtiva. Riscos fiscais Enquanto grupo com operações globais, a Linde é regida pelas regras fiscais e os regulamentos aplicáveis em cada país em que opera. Quando as regras fiscais mudam, isso poderá resultar numa maior despesa fiscal e na necessidade de pagar impostos mais elevados. Além disso, as mudanças na legislação fiscal poderão ter um impacto significativo sobre os impostos a receber pelo Grupo e o passivo fiscal, bem como sobre os seus ativos fiscais diferidos e passivos fiscais diferidos. Além disso, a incerteza sobre o ambiente fiscal em algumas regiões poderá restringir as oportunidades do Grupo para fazer valer os seus direitos perante a lei. A Linde opera igualmente em países com regulamentos fiscais complexos que poderão ser interpretados de diferentes maneiras. As interpretações futuras desses regulamentos e/ ou as mudanças no sistema fiscal poderão ter um impacto sobre o passivo fiscal, as operações de rentabilidade e de negócios do Grupo. A Linde é auditada regularmente pelas autoridades fiscais em diversas jurisdições. Os riscos fiscais que poderão surgir das questões acima discutidas são identificados e avaliados numa base contínua pelo Grupo.

Riscos ambientais Os processos operacionais da Linde, em particular, estão associados a riscos que poderão conduzir a danos ambientais. A Linde compreende e reconhece o impacto ambiental dos seus processos e, por isso, está em condições para desenvolver e pôr em prática planos para limitar e controlar esses efeitos. A Linde está, por exemplo, envolvida na melhoria da eficiência energética das suas fábricas de produção e no aumento do desempenho da sua frota de transporte. No entanto, a possibilidade de as atividades do Grupo poderem levar a danos ambientais ou de as obras de remediação poderem custar mais do que o inicialmente orçamentado não poderá ser completamente descartado. Riscos de investigação e desenvolvimento A capacidade de inovar é a chave para o sucesso da Linde. As atividades de investigação e desenvolvimento do Grupo incidem, por um lado, sobre as novas tecnologias e as aplicações de gases que poderão formar a base para o futuro sucesso do negócio. Outra área-chave para a inovação é o desenvolvimento de novos modelos de negócios, ou seja, a forma como a Linde irá fazer negócios com os seus clientes, utilizando, no futuro, produtos e serviços inovadores, e o modo como as novas tecnologias, tal como a digitalização, poderão ser utilizadas para impulsionar ainda mais a eficiência e o foco no cliente, permitindo que a Linde se distinga da concorrência.

Apesar das grandes oportunidades de crescimento que poderão ser apresentadas pelas atividades dos departamentos de investigação da Linde, há um risco de que, devido ao alto nível de complexidade das tecnologias e dos mercados e do rápido ritmo de mudança a si associados, os projetos possam ser adiados ou não estejam em condições de irem por diante, devido a razões tecnológicas, económicas, jurídicas, de direito de patentes ou de segurança. A colaboração com parceiros de investigação e desenvolvimento poderá dar origem a riscos adicionais para o sucesso do projeto, tais como, por exemplo, o risco de que um parceiro se possa tornar insolvente. Por outro lado, há também o risco de os concorrentes poderem desenvolver novas tecnologias mais rapidamente ou de maneira mais sustentável e de, em seguida, as lançarem no mercado e, assim, representarem uma ameaça para as principais tecnologias da Linde. Para que seja capaz de combater estes riscos, ao longo de todo o processo de inovação, a Função Corporativa & de Apoio à Tecnologia & Inovação (T & I) monitoriza as tendências tecnológicas relevantes, verificando continuamente se as ideias de inovação do Grupo estão bem ajustadas à estratégia global da Linde e têm potencial para gerarem um crescimento rentável. Este trabalho é apoiado pela cooperação com as principais empresas e universidades e por estratégias para proteger a propriedade intelectual do Grupo. O Grupo está igualmente ativamente envolvido no desenvolvimento de padrões futuros, por exemplo, no domínio das tecnologias do hidrogénio, já que a comercialização de inovações poderá depender da conformidade com esses padrões.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

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Resumo do Conselho de Administração sobre a situação de risco As três principais áreas de risco do Grupo continuam a ser os riscos económicos, os riscos associados à prestação de serviços, os riscos do mercado financeiro e do país. No que diz respeito às categorias de risco de importância relativa moderada, os riscos estratégicos e os riscos de aquisição e da cadeia de fornecimento subiram uma posição na classificação, em ambos os casos numa comparação homóloga. Em contrapartida, os riscos regulatórios e legais desceram duas posições na classificação, ultrapassando os riscos de TI.

Quando se trata das categorias de risco no limite inferior da classificação, os riscos relacionados com impostos subiram duas posições desde o ano anterior, enquanto os riscos relacionados com investigação e desenvolvimento caíram para o fundo da classificação. Uma vez que as categorias de risco do meio e da parte inferior das classificações estão muito próximas umas das outras em termos da sua classificação, a situação de risco para a Linde, no seu conjunto, não se alterou em qualquer grau considerável em comparação com o ano anterior.

Tendo em conta os procedimentos em vigor de gestão de risco, o Conselho de Administração não identificou quaisquer riscos no exercício de 2016 que possam, individualmente ou no todo, ter um impacto adverso nos ativos líquidos, na situação financeira e nos resultados das operações da Linde e, assim, na viabilidade da Linde como preocupação constante.

Se tivesse de haver uma mudança nas circunstâncias, os riscos que são atualmente desconhecidos ou considerados imateriais poderiam ganhar importância. A Linde tem tomado as disposições organizativas necessárias para assegurar que toma conhecimento de quaisquer mudanças aparentes nas situações de risco numa fase precoce e que dá uma resposta adequada a essas mudanças.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

PERSPETIVA Tendências macroeconómicas Em fevereiro de 2017, os economistas esperam um crescimento mais forte na economia global em 2017, tal como foi alcançado em 2016. Ao mesmo tempo, a incerteza será um tema central no ano corrente. Antes de tudo, está o início do novo governo dos EUA. Em seguida, há uma incerteza adicional, tanto em relação às futuras negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), como às iminentes eleições noutros países europeus ou a outros desenvolvimentos económicos na China, tudo isto podendo ter igualmente um impacto significativo na economia global. Espera-se que os desenvolvimentos positivos no Brasil e na Rússia deem um impulso ligeiramente positivo. O êxito do novo governo dos EUA depende essencialmente de saber se os planos anunciados durante a campanha eleitoral, principalmente em áreas como a política fiscal e comercial externa, bem como os investimentos em infra-estruturas, poderão ser postos em prática ou não e em que medida. No que diz respeito ao Brexit, espera-se ainda que Theresa May declare oficialmente a saída do seu país na primavera de 2017, sinalizando o início de um período de dois anos de negociações. Se este processo for afetado por novos atrasos e por um aumento de manobras táticas pelas partes envolvidas, tal poderá ter um impacto negativo na confiança dos investidores e dos consumidores, tanto no Reino Unido como na UE. Resultados surpreendentes adicionais nas próximas eleições em outros países europeus poderiam ter um efeito semelhante. Embora a continuação da política monetária e fiscal expansiva da China vá dar um impulso ao desenvolvimento económico no curto prazo, esta política será praticamente impossível de sustentar a longo prazo, o que significa que representa riscos consideráveis para a economia global. Porém, recentemente, o governo central insinuou a perspetiva de uma mudança para uma política económica mais orientada para a estabilidade. Após anos de recessão, em 2017, está de novo à vista um retorno ao crescimento, pela primeira vez, quer no Brasil quer na Rússia. Para além dos fatores acima referidos e tal como nos anos anteriores, as tensões geopolíticas existentes, bem como potenciais novos pontos de conflito, poderiam exercer uma pressão ainda maior sobre a evolução macroeconómica.

Neste contexto, o Oxford Economics (OE) está a prever um crescimento do produto interno bruto (PIB) real global de 2,6 por cento em 2017, após um

aumento de 2,2 por cento em 2016. A produção industrial (PI) global deverá crescer como um todo 2,5 por cento em 2017, um ritmo muito mais rápido do que o observado em 2016 (1,5 por cento).

Na região da EMEA1 (Europa, Médio Oriente, África), os economistas estão a prever um crescimento na produção económica de 1,7 por cento em 2017, semelhante ao nível observado em 2016. A produção industrial deverá aumentar 1,4 por cento (2016: 1,2 por cento).

Na Europa Ocidental, a economia deverá continuar a sua trajetória de recuperação frágil. O Oxford Economics está a prever um crescimento de 1,5 por cento no PIB da Europa Ocidental em 2017, o que é ligeiramente inferior ao crescimento verificado em 2016 (1,7 por cento). Por outro lado, a produção industrial deverá acelerar ligeiramente em termos homólogos, com um crescimento esperado de 1,3 por cento (2016: 1,1 por cento). Na Alemanha, em 2017, espera-se que continue a tendência económica moderadamente positiva: espera-se aqui um crescimento do PIB de 1,5 por cento (2016: 1,8 por cento), com um crescimento esperado da produção industrial de 1,0 por cento em comparação com o valor mais recente de 1,1 por cento.

Na região do Médio Oriente & da Europa de Leste, espera-se que os desenvolvimentos apresentem uma imagem díspar em 2017. No Médio Oriente, os economistas esperam um crescimento do PIB de 1,3 por cento, um valor que é uma vez mais inferior em relação ao ano anterior (1,8 por cento). Por outro lado, na Europa de Leste, o PIB deverá apresentar mais um aumento, prevendo-se que a taxa de crescimento chegue a 1,9 por cento (2016: 1,1 por cento). Na Rússia, a produção económica deverá crescer 1,2 por cento em 2017, após dois anos de recessão (produção industrial: 1,1 por cento). Ao olhar para a África do Sul, o Oxford Economics espera uma melhoria do clima económico, com uma taxa de crescimento do PIB de 1,2 por cento (2016: 0,4 por cento).

Tal como em anos anteriores, as taxas de crescimento mais fortes de 2017 são uma vez mais esperadas na região da Ásia/ Pacífico. O OE prevê que a produção económica nessa região aumentará 5,3 por cento (2016: 5,5 por cento). A produção industrial deverá aumentar 4,3 por cento (2016: 4,0 por cento). O PIB da China deverá crescer 6,3 por cento em 2017, marcando mais um ano de lenta desaceleração (2016: 6,7 por cento). A produção industrial deverá crescer 5,7 por cento (2016: 6,1 por cento). No que diz respeito à Índia, o Oxford Economics espera uma taxa de crescimento do PIB de 6,7 por cento (2016: 7,1 por cento), com um crescimento esperado da produção industrial de 1,7 por cento em comparação com o mais recente valor de 0,0 por cento em 2016.

O PIB australiano deverá aumentar 1,8 por cento em 2017 (2016: 2,2 por cento). Espera-se que a produção industrial aumente 3,0 por cento, um valor que é consideravelmente superior a 2016 (1,7 por cento). Tal como nos anos anteriores, o principal motor de crescimento será provavelmente a indústria mineira.

O crescimento na região das Américas deverá chegar a 2,0 por cento (2016: 0,9 por cento), impulsionado principalmente por um desenvolvimento 1 Os valores de crescimento apresentados a seguir para cada região correspondem aos valores médios, ponderados com base na produção económica, para os países onde a Linde opera ("regiões da Linde").

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO PERSPETIVA

mais positivo nos Estados Unidos e no Brasil. O Oxford Economics está a prever uma taxa de crescimento do PIB de 2,3 por cento nos Estados Unidos em 2017 (2016: 1,6 por cento), com o Brasil a dever registar um crescimento de 0,4 por cento (2016: –3,4 por cento). A produção industrial deverá crescer substancialmente em ambos os países, atingindo 1,3 por cento nos Estados Unidos e 1,7 por cento no Brasil (2016: –6,7 por cento).

As previsões económicas aqui apresentadas são baseadas no conjunto de dados do Oxford Economics de 3 de fevereiro de 2017.

Perspetiva do sector industrial Indústria de gases As previsões para o desenvolvimento económico mundial sugerem que as taxas de crescimento do mercado de gases globais estarão, em 2017, num pé de igualdade aproximado com 2016. Caracterizam-se pela incerteza e pelos riscos relacionados com crises globais e regionais. O sector da saúde continua a ser caracterizado por um potencial de crescimento considerável, embora a pressão dos preços continue a aumentar. Construção de fábricas De acordo com especialistas da indústria, o aumento dos preços do petróleo e do gás poderia impulsionar a vontade de investir no negócio de construção de fábricas em grande escala internacional em 2017. Após a OPEP e outros países produtores de petróleo terem anunciado que iriam reduzir os seus níveis de produção, os preços do petróleo têm estado a subir, desde dezembro de 2016. Isso melhora a perspetiva dos países produtores de petróleo no Médio Oriente, na Rússia e nos EUA. Porém, a sustentabilidade desta tendência, é questionável. Em primeiro lugar, os fornecedores de métodos de extração não convencionais, como o óleo de xisto, poderão reagir muito rapidamente ao aumento dos preços do petróleo. Em segundo lugar, o aumento dos preços do petróleo está a ser alcançado quase exclusivamente através da redução dos volumes de produção. Em geral, a pressão competitiva e de custos continuará a aumentar devido ao que é, no seu conjunto, um volume de mercado menor – poderemos esperar ver uma consolidação maior no cenário competitivo.

As tendências observadas em anos recentes continuarão em 2017. Elas incluem o aumento global das necessidades de energia, o aumento constante da procura de tecnologias amigas do ambiente e o maior foco em fontes não convencionais de energia. Além disso, estão a abrir-se novas oportunidades, graças à crescente necessidade de automatização e digitalização no negócio de construção de fábricas. A diferenciação baseada na inovação e na liderança tecnológica continua a dar ao sector alemão da engenharia uma forte vantagem de venda singular em comparação com o resto do mercado.

Perspetiva – Grupo Tendo em vista o exercício de 2017, a Linde tinha fixado o objetivo, no âmbito dos seus objetivos de médio prazo, de gerar um lucro operacional do Grupo de entre 4,2 mil milhões de EUR e 4,5 mil milhões de EUR e um retorno sobre o capital investido (ROCE) de entre 9 e 10 por cento, dependendo das tendências económicas e com base nas taxas de câmbio aplicadas em novembro de 2015. Com base nas taxas de câmbio aplicadas na data do balanço de 31 de dezembro de 2016, isso corresponde igualmente a um lucro operacional do Grupo de entre 4,2 mil milhões de EUR e 4,5 mil milhões de EUR.

Estes objetivos de médio prazo tornaram-se agora os objetivos de curto prazo da empresa, o que significa que constituem a base para a previsão de 2017. Devido ao alto grau de incerteza em torno das taxas de câmbio e uma vez que estão fora da esfera de controlo da empresa, a Linde tomou a decisão no Relatório Anual do ano passado de expressar as suas previsões sob a forma de intervalos percentuais, permitindo ajustamentos da taxa de câmbio.

Isto significa que, para o corrente exercício de 2017, a Linde espera ver um desenvolvimento da receita do Grupo algures no intervalo de –3 por cento a +3 por cento, após ajustamentos para efeitos cambiais. O lucro operacional do Grupo, após ajustamentos para refletir os efeitos cambiais, deverá estar em 2017 em pé de igualdade com o do ano anterior e poderá aumentar até 7 por cento.

A Linde está ainda a procurar alcançar um retorno sobre o capital investido (ROCE) de entre 9 por cento e 10 por cento no exercício de 2017.

Tal como o retorno sobre o capital investido, o lucro operacional do Grupo baseia-se no EBITDA/ EBIT após ajustamentos para itens especiais (para informação sobre como são definidos e calculados os principais indicadores financeiros, ► VER PÁGINA 43). Em 2017, a Linde espera incorrer em novos custos de reestruturação e despesas relacionadas com a desejada fusão com a Praxair, num montante total de cerca de 300 milhões de EUR. Tal como nos períodos de referência anteriores, estes custos serão reportados como itens especiais.

As previsões dizem exclusivamente respeito às operações continuadas.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Perspetiva – Divisão de Gases O desenvolvimento das áreas de produtos da Divisão de Gases depende de vários fatores. No exercício de 2016, o projeto sólido da Linde de gasoduto no próprio local irá dar uma contribuição positiva para o desenvolvimento da receita e dos ganhos. Nas áreas de produtos de gás liquefeito e de gás em garrafa, a evolução global depende essencialmente das tendências macroeconómicas. No negócio de Saúde, a contribuição da receita e do ganhos será, em 2017, menor do que em 2016, devido a cortes nos preços dos serviços estatais. As reduções de preços entraram em vigor aqui no início do exercício devido a propostas governamentais. Embora estes cortes devessem ter sido intensificados com efeitos a partir de 1 de julho de 2016, foram parcialmente adiados para o início de janeiro deste ano, o que significa que terão um impacto sobre a receita e os ganhos desta área de produto em 2017.

No exercício de 2017, dependendo do quadro global, tal como já foi descrito, e a evolução económica, a Linde está a procurar atingir as seguintes metas na Divisão de Gases: espera-se que a receita fique entre –2 por cento e +3 por cento após ajustamentos cambiais. A variação no lucro operacional do Grupo, após ajustamentos para refletir os efeitos cambiais, deverá ficar em pé de igualdade com o ano anterior, podendo aumentar até 6 por cento.

Espera-se que as margens nos segmentos da EMEA e da Ásia/ Pacífico sejam aproximadamente iguais às alcançadas no exercício de 2016. Nas Américas, espera-se que a margem diminua ligeiramente devido às condições gerais acima descritas. Perspetiva – Divisão de Engenharia O ambiente de mercado no mercado internacional da construção de fábricas em grande escala deverá permanecer extremamente volátil em 2017. Embora a Linde possa voltar a ter uma carteira sólida de encomendas, as contribuições positivas destas encomendas para a receita não terão ainda um impacto total em 2017, devido à estrutura dos projetos.

Por conseguinte, a Linde espera que, no exercício de 2017, a Divisão de Engenharia alcance uma receita de entre 2,0 mil milhões de EUR e 2,4 mil milhões de EUR. O Grupo continua a esperar alcançar uma margem de exploração de cerca de 8 por cento.

Despesas de capital A estratégia de investimento da Linde tem como objetivo as oportunidades que ofereçam taxas de crescimento acima da média. No exercício de 2017, o Grupo continuará a perseguir a mesma abordagem.

Com base nas decisões de investimento já tomadas e no grande número de oportunidades de investimento ainda disponíveis, a Linde espera que, em 2017, a sua taxa de investimento na Divisão de Gases corresponda a entre 11 por cento e 12 por cento da receita gerada nesta área, isto é, em pé de igualdade com o nível observado em 2016 (taxa de investimento de 2016: 11,1 por cento).

Financiamento No exercício de 2017, a Linde continuará a aplicar a sua estratégia de preservação da liquidez e a manter o financiamento a longo prazo. Em função da evolução dos mercados financeiros e das oportunidades de crescimento disponíveis, a Linde continuará a considerar 2,5 como o limite superior do seu fator de endividamento dinâmico (dívida financeira líquida para lucro de exploração).

O crescimento rentável definido pelos objetivos de médio prazo do Grupo deverá continuar a ser financiado, principalmente, pelo fluxo de caixa das atividades operacionais. A Linde tenciona utilizar o fluxo de caixa remanescente após a dedução de despesas de capital para cobrir os seus custos de financiamento, os aumentos futuros de pagamentos de dividendos esperados no momento atual e o reembolso sistemático da sua dívida financeira.

Dividendos A continuidade e a prudência continuarão a ser os critérios mais importantes da política de dividendos da Linde no futuro. A empresa baseará o montante do dividendo para o exercício de 2017 na tendência de lucro operacional e na evolução futura dos negócios prevista a longo prazo como regra geral. O fluxo de caixa das atividades operacionais e as despesas de capital serão igualmente tidos em conta.

Perspetiva – Linde AG Para a Linde AG, a empresa-mãe do Grupo Linde, o indicador de desempenho principal é o resultado líquido do ano. ► VER ATIVOS LÍQUIDOS, SITUAÇÃO FINANCEIRA E

RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DA LINDE AG, PÁGINAS 65 A 67. O rendimento do investimento do ano é o valor que tem a maior influência sobre este indicador de desempenho.

Com base no resultado do exercício reportado pela Linde AG em 2016, muito superior ao previsto inicialmente, a Linde não espera observar um novo aumento desta dimensão em 2017. A empresa espera alcançar um resultado do exercício e um lucro não atribuído que varia entre 700 milhões de EUR e 800 milhões de EUR.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO PERSPETIVA

Declarações relativas ao futuro O relatório de gestão combinada contém declarações relativas ao futuro, que são baseadas nas atuais estimativas da gestão sobre os acontecimentos futuros. Estas declarações não deverão ser entendidas como garantias de que essas expectativas se irão provar verdadeiras. O desenvolvimento futuro e os resultados realmente alcançados pelo Grupo Linde e pelas suas subsidiárias dependem de uma série de riscos e incertezas e poderão, por isso, afastarem-se significativamente das declarações relativas ao futuro. A Linde não tem planos para atualizar as suas declarações relativas ao futuro, nem aceita qualquer obrigação para o fazer.

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DECLARAÇÃO SOBRE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA EM CONFORMIDADE COM O § 289a DO CÓDIGO COMERCIAL ALEMÃO (HGB) O Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão da Linde AG aprovaram a declaração prescrita, em conformidade com o § 161 da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG), segundo as recomendações do Código de Governação Corporativa Alemão, e tornaram-na acessível aos acionistas numa base permanente. A Declaração de Conformidade foi publicada na Internet em ► WWW.LINDE.COM/DECLARATIONOFCOMPLIANCE.

A Declaração sobre Governação Corporativa pode ser encontrada na Internet em ► WWW.LINDE.COM/CORPORATEGOVERNANCE

É dada mais informação sobre governação corporativa na Linde, na secção intitulada Governação Corporativa, nas ► PÁGINAS 14 A 21 do Relatório Anual.

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO DIVULGAÇÕES RELACIONADAS COM AQUISIÇÕES

DIVULGAÇÕES RELACIONADAS COM AQUISIÇÕES Composição do capital subscrito A informação sobre a composição do capital social é dada na ► NOTA [20] das Notas às demonstrações financeiras do Grupo.

Participações superiores a 10 por cento dos direitos de voto A Linde AG não tem conhecimento de quaisquer participações, diretas ou indiretas, que atinjam ou ultrapassem 10 por cento dos direitos de voto.

Ações com direitos especiais Não há ações com direitos especiais que confiram poderes de controlo ao seu titular.

Método de controlo dos direitos de voto se os colaboradores mantiverem ações e não exercerem diretamente os seus direitos de controlo Os colaboradores que detêm ações da Linde AG exercem os seus direitos de controlo diretamente, tal como os outros acionistas, em conformidade com as normas legais e as regras previstas nos estatutos da sociedade.

Regulamentos legais e regras estabelecidas nos estatutos da sociedade que regem a nomeação e a destituição dos membros do Conselho de Administração e as mudanças nos estatutos da sociedade Os membros do Conselho de Administração são nomeados e destituídos pelo Conselho de Supervisão, em conformidade com os §§ 84 e 85 da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG) e o § 31 da Lei de Codeterminação Alemã (MitbestG). As nomeações têm um prazo máximo de cinco anos. É admissível que os membros do Conselho de Administração sejam reconduzidos ou que os seus mandatos sejam prorrogados, embora, em cada caso, por um período máximo de cinco anos. Nos termos do § 31 da Lei de Codeterminação Alemã (MitbestG), a nomeação de um membro do Conselho de Administração exige, pelo menos, uma maioria de dois terços dos membros do Conselho de Supervisão.

Em conformidade com o artigo 5.1 dos estatutos da sociedade, o Conselho de Administração é composto por diversos membros. O Conselho de Supervisão determina o número de membros do Conselho de Administração. Em conformidade com o artigo 5.2 dos estatutos da sociedade, o Conselho de Supervisão poderá nomear um dos membros do Conselho de

Administração para Presidente do Conselho de Administração e outro como Vice-Presidente. O Conselho de Supervisão poderá revogar a nomeação de um membro do Conselho de Administração ou a nomeação de um dos membros do Conselho de Administração para Presidente do Conselho de Administração, se houver um bom motivo para o fazer, nos termos do § 84 (3) da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG).

As mudanças nos estatutos da sociedade exigem que uma deliberação seja aprovada na Assembleia-Geral Anual, em conformidade com o § 119 (1), n.º 5 e o § 179 da AktG. As resoluções adotadas na Assembleia-Geral Anual exigem uma maioria simples dos votos expressos, tal como está estabelecido no artigo 13.2 dos estatutos da sociedade e, se for exigida uma maioria de ações, uma maioria simples do capital social representado na votação, desde que normas jurídicas imperativas não exijam uma maioria diferente. Em conformidade com o artigo 9.5 dos estatutos da sociedade, o Conselho de Supervisão está autorizado a fazer alterações aos estatutos da sociedade que apenas digam respeito à formulação adotada. Poderes do Conselho de Administração para emitir e recomprar ações Capital autorizado Com base numa deliberação aprovada na Assembleia-Geral Anual, realizada a 29 de maio de 2013, o Conselho de Administração foi autorizado, com a aprovação do Conselho de Supervisão, a aumentar o capital social, até 28 de maio de 2018, num valor limite de 47 000 000,00 EUR, coberto por contribuições monetárias ou não monetárias, através da emissão, numa ou mais ocasiões, de um total de até 18 359 375 novas ações ao portador, com valor nominal nocional de 2,56 EUR (Capital Autorizado I).

O Conselho de Administração é ainda autorizado, com a aprovação do Conselho de Supervisão, a excluir os direitos de subscrição de um montante de até 3 500 000,00 EUR, na medida necessária, para emitir ações para os colaboradores da Linde AG e/ ou empresas suas subsidiárias excluindo os direitos de subscrição de acionistas.

Com base numa deliberação aprovada na Assembleia-Geral Anual, realizada a 3 de maio de 2016, o Conselho de Administração foi autorizado, com a aprovação do Conselho de Supervisão, a aumentar o capital subscrito, até 2 de maio de 2021, num valor limite de 47 000 000 EUR, coberto por contribuições monetárias ou não monetárias, através da emissão, numa ou mais ocasiões, de um total de até 18 359 375 novas ações ao portador, com valor nominal nocional de 2,56 EUR (Capital Autorizado II).

O que se segue aplica-se ao Capital Autorizado I e Capital Autorizado II:

As novas ações deverão ser oferecidas para subscrição aos acionistas. No entanto, o Conselho de Administração terá o direito, com a aprovação do Conselho de Supervisão, de excluir os direitos de subscrição de acionistas para as quantidades residuais e de excluir os direitos de subscrição, na medida em que aos titulares de direitos de opção e/ ou direitos de conversão ou obrigações de conversão emitidos pela Linde AG ou por qualquer uma das suas subsidiárias diretas ou indiretas possam ser concedidos os direitos de subscrição de novas

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

ações a que têm direito quando exercem os seus direitos de opção e/ ou direitos de conversão ou liquidam a obrigação de conversão.

Além disso, o Conselho de Administração está autorizado, com a aprovação do Conselho de Supervisão, a excluir os direitos de subscrição de acionistas, desde que o preço de emissão das novas ações, decorrente de um aumento de capital para cobertura de contribuições em numerário não seja significativamente mais baixo do que o preço de ações do mesmo tipo negociadas na bolsa de valores no momento em que o preço de emissão seja finalmente determinado, que deve ser o mais rapidamente possível após a colocação das ações, e a proporção do capital social subscrito constituído pelas ações emitidas não exceda 10 por cento do capital subscrito, quer quando essa autorização se tornar efetiva, quer quando ela for exercida. Na determinação do limite de capital, deve ser tido em consideração o capital subscrito correspondente a tais ações que são utilizadas para o serviço de opções e/ ou as obrigações convertíveis. Será apenas este o caso, se as opções e/ ou as obrigações convertíveis forem emitidas em conformidade com o § 186 (3), frase 4, da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG), excluindo os direitos de subscrição de acionistas durante a vigência da presente autorização. Importará igualmente ter em conta a parte do capital social correspondente a tais ações que são emitidas com base no capital autorizado ou vendidas depois de recompra como ações próprias, durante a vigência do presente acordo, de acordo ou em conformidade com o § 186 (3), frase 4, da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG).

O Conselho de Administração está igualmente autorizado, com a aprovação do Conselho de Supervisão, de excluir os direitos de subscrição, no caso de aumentos de capital cobertos por contribuições não monetárias, especialmente no âmbito da aquisição de empresas, negócios ou investimentos em empresas ou da formação de concentrações de empresas.

O Conselho de Administração está autorizado a determinar os restantes pormenores do aumento de capital e da sua implementação, com a aprovação do Conselho de Supervisão. As novas ações poderão igualmente ser transferidas para certos bancos, especificados pelo Conselho de Administração, que assumam a responsabilidade de as oferecerem aos acionistas (direitos de subscrição indiretos). Capital autorizado condicionalmente O capital social poderá ser aumentado até aos 10 240 000 EUR, através da emissão de até 4 000 000 de novas ações ao portador, com o valor nominal nocional de 2,56 EUR, se forem respeitadas determinadas condições (capital autorizado condicionalmente em 2012). O aumento de capital autorizado condicionalmente é aprovado unicamente para fins de concessão de direitos de subscrição (opções sobre ações) a membros do Conselho de Administração da empresa, membros dos órgãos executivos de empresas subsidiárias, na Alemanha e fora da Alemanha, e a executivos selecionados da empresa e de empresas subsidiárias, na Alemanha e fora da Alemanha, em conformidade com as provisões estabelecidas na autorização acordada na Assembleia-

Geral Anual de 4 de maio de 2012 (Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012). O capital social autorizado condicionalmente só será emitido se os direitos de subscrição forem exercidos em conformidade com a autorização concedida e a empresa não cumprir a sua obrigação em numerário ou com ações próprias. As novas ações emitidas como resultado do exercício de opções têm direito a dividendos, pela primeira vez, no exercício em que, à data da sua emissão, uma deliberação ainda não tenha sido aprovada na Assembleia-Geral Anual sobre a aplicação dos resultados.

O capital social poderá ser aumentado até aos 47 000 000,00 EUR, através da emissão de até 18 359 375 novas ações ao portador, com o valor nominal nocional de 2,56 EUR, se forem respeitadas determinadas condições (capital autorizado condicionalmente em 2013). O aumento do capital social só terá lugar se (i) os titulares e/ ou credores das obrigações convertíveis ou obrigações com garantias, ambas as obrigações existentes e, além disso, obrigações convertíveis e/ ou com garantias a serem emitidas pela empresa ou por empresas do Grupo controladas pela empresa a 28 de maio de 2018, como resultado das autorizações concedidas ao Conselho de Administração pela deliberação aprovada na Assembleia-Geral Anual de 29 de maio de 2013, exercerem os seus direitos de conversão ou de opção ou se (ii) os titulares e/ ou credores de obrigações convertíveis a serem emitidas pela empresa ou por empresas do Grupo controladas pela empresa a 28 de maio de 2018, como resultado das autorizações concedidas ao Conselho de Administração pela deliberação aprovada na Assembleia-Geral Anual de 29 de maio de 2013, liquidarem a sua obrigação de conversão, embora, em alguns casos (i) e (ii), na medida em que as ações próprias não sejam utilizadas com esta finalidade. As novas ações são emitidas a um preço de opção ou conversão a ser determinado em cada caso, em conformidade com a deliberação sobre a autorização acima referida. As novas ações participam no lucro desde o início do exercício em que são emitidas, como resultado do exercício de direitos de conversão ou opção ou da liquidação da obrigação de conversão. O Conselho de Administração está autorizado a determinar os restantes pormenores do aumento de capital autorizado condicionalmente e da sua implementação, com a aprovação do Conselho de Supervisão.

Autorização para comprar ações próprias O Conselho de Administração está autorizado, até 2 de maio de 2021, por uma deliberação aprovada na Assembleia-Geral Anual, de 3 de maio de 2016, a adquirir ações próprias, até 10 por cento do capital social subscrito na data da deliberação ou, se for inferior, do capital social subscrito na data em que é exercida a autorização relevante. Estas ações poderão ser compradas na bolsa de valores, por intermédio de uma oferta pública de aquisição dirigida a todos os acionistas ou por intermédio de um convite público a todos os acionistas para apresentarem ofertas de venda. As ações próprias adquiridas ao abrigo desta autorização poderão:

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RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO GRUPO DIVULGAÇÕES RELACIONADAS COM AQUISIÇÕES

― ser vendidas através da bolsa de valores ou de uma

oferta a todos os acionistas, ― igualmente ser vendidas de outra forma, com a

aprovação do Conselho de Supervisão, ― ser oferecidas e transferidas, no contexto da

aquisição direta ou indireta de empresas, negócios ou investimentos em empresas e no contexto da formação de concentrações de empresas, com a aprovação do Conselho de Supervisão,

― ser apropriadas para liquidar opções e/ ou obrigações convertíveis que a empresa ou uma subsidiária direta ou indireta da empresa tenha emitido ou venha a emitir,

― ser concedidas, no caso de uma venda de ações próprias adquiridas numa oferta a todos os acionistas ou num aumento de capital social com direito a subscrição, a detentores de opções e/ ou direitos de conversão, emitidos pela empresa ou por uma subsidiária direta ou indireta da empresa, no mesmo montante a que teriam direito após o exercício de opções e/ ou direitos de conversão ou após a liquidação de uma obrigação de conversão,

― ser concedidas, em cumprimento das obrigações da empresa, ao abrigo do Programa de Desempenho por Ações da Linde, na sequência da deliberação aprovada na Assembleia-Geral Anual de 14 de maio de 2002 (item 8 da agenda),

― ser emitidas a membros do Conselho de Administração e a pessoas que são atualmente ou foram anteriormente colaboradores da empresa e a membros dos órgãos executivos das empresas subsidiárias da Linde ou ser utilizadas para servir os direitos ou obrigações de compra de ações próprias atribuíveis às pessoas citadas até agora ou

― ser resgatadas, com a aprovação do Conselho de Supervisão.

A Empresa detém um total de 95 109 ações próprias. Isto corresponde a uma parte de 243 479,04 EUR, ou 0,05 por cento, do capital subscrito. As ações estão a ser utilizadas para fazer cumprir os direitos de transferência de ações da empresa, no âmbito do Plano de Ações Paritárias, para todos os participantes no plano, incluindo os membros do Conselho de Administração.

Autorização para utilizar derivados em conexão com a recompra de ações próprias Em complemento à deliberação da Assembleia-Geral Anual de 3 de maio de 2016, relativa à autorização de recompra de ações próprias, o Conselho de Administração é autorizado, com base numa nova deliberação, aprovada na Assembleia-Geral Anual de 3 de Maio de 2016, igualmente a utilizar derivados de capital próprio para a recompra de ações próprias no período anterior a 2 de maio de 2021.

O Conselho de Administração está autorizado:

― a comprar opções que autorizam a empresa a adquirir ações da empresa no exercício (“opções de compra”),

― a vender opções mediante as quais a empresa assume a obrigação de adquirir ações próprias da empresa quando exercidas pelos seus titulares ("opções de venda”),

― a celebrar compras a prazo que deem à empresa a possibilidade de adquirir ações da empresa numa data determinada no futuro, e

― a combinar a compra que utiliza opções de compra e de venda com compras a prazo (todas as estruturas supracitadas serão doravante designadas “derivados”).

As compras de ações que utilizam derivados deverão referir-se a um número de ações correspondente, no máximo, a 5 por cento do capital social subscrito ou, no caso de este valor ser inferior, do capital subscrito no momento em que a autorização for exercida. As ações adquiridas, em resultado do exercício desta autorização, serão contabilizadas para o limite de aquisição da referida autorização de recompra de ações próprias. Acordos significativos relativos a uma mudança de controlo posterior a uma oferta pública de aquisição Nos exercícios de 2007 a 2016, a Linde AG emitiu obrigações de referência, no âmbito do seu Programa de Emissão de Dívida de 10 mil milhões de EUR, em nome próprio ou através da Linde Finance B. V. Sob os termos e as condições das emissões de obrigações, em caso de uma mudança de controlo, o credor da obrigação poderá procurar o reembolso imediato se a mudança de controlo levar à retirada da notação ou a uma redução da notação de passivos a descoberto não subordinados até ou abaixo de certos níveis de notação.

Há igualmente em curso outros contratos de financiamento significativos, cada um dos quais inclui normas específicas aplicáveis em caso de uma mudança no controlo. Estas regras estabelecem, nomeadamente, o dever de prestar informações à parte contratante, bem como os direitos de cancelamento da parte contratante.

Há contratos de clientes com cláusulas que concedem ao cliente direitos de cancelamento especiais em caso de mudança de controlo. Se esses direitos de cancelamento especiais forem exercidos, os contratos preveem uma compensação adequada.

103

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104

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Sob os termos e as condições do Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 (PILP de 2012) da Linde, para os conselhos de administração e executivos de escalão inferior, em caso de uma mudança de controlo, poderão ser adotadas regras especiais. As regras especiais aplicáveis às opções sobre ações emitidas entre 2012 e 2015 são de que, em caso de uma mudança de controlo, se aplicam os direitos de cancelamento, o que significa que os direitos de opção/ direitos a ações paritárias poderão ser liquidados em numerário, num montante a ser determinado. Acordos de compensação estabelecidos pela empresa com membros do Conselho de Administração ou com colaboradores que se aplicarão no caso de uma oferta pública de aquisição Se houver uma tomada de controlo da Linde AG e os contratos de trabalho dos membros do Conselho de Administração forem rescindidos, os membros do Conselho de Administração poderão ter direito a certos pagamentos compensatórios, com base nos seus emolumentos contratuais. Estes pagamentos compensatórios têm um limite máximo. Uma descrição mais pormenorizada do efeito das regras da mudança de controlo sobre os membros do Conselho de Administração é dada no Relatório sobre remunerações.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

106 Demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo 107 Demonstração de rendimento integral do Grupo 108 Demonstração da situação financeira do Grupo 110 Demonstração de fluxos de caixa do Grupo 112 Demonstração de alterações no capital próprio do

Grupo 114 Informação por segmentos (parte das Notas às

demonstrações financeiras do Grupo)

Notas às Demonstrações Financeiras do Grupo 116 Princípios gerais 129 Notas à Demonstração de lucros ou prejuízos do

Grupo 133 Notas à Demonstração da situação financeira do

Grupo 154 Outra informação 195 Relatório do auditor independente

Demonstrações Financeiras do Grupo

SECÇÃO 3

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106

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS DO GRUPO 39. DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS DO GRUPO em milhões de EUR Nota 2015 2016

Receita [6] 17 345 16 948

Custo das vendas 11 166 10 847

LUCRO BRUTO 6179 6101

Despesas de marketing e vendas 2546 2387

Custos de investigação e desenvolvimento 131 121

Despesas administrativas 1653 1720

Outras receitas operacionais [7] 419 467

Outras despesas operacionais [7] 251 278

Participação no lucro ou prejuízo de associadas e negócios conjuntos (no capital próprio) 12 13

EBIT de operações continuadas 2029 2075

Receitas financeiras [9] 42 29

Despesas financeiras [9] 439 353

LUCRO ANTES DE IMPOSTOS DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 1632 1751

Despesa com o imposto sobre o rendimento [10] 396 424

RESULTADO DO EXERCÍCIO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 1236 1327

RESULTADO DO EXERCÍCIO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 16 –52

RESULTADO DO EXERCÍCIO 1252 1275

atribuível a acionistas da Linde AG 1149 1154

atribuível a interesses que não controlam 103 121

LUCROS POR AÇÃO – OPERAÇÕES CONTINUADAS [11]

Lucros por ação em EUR – não diluídos 6,10 6,50

Lucros por ação em EUR – diluídos 6,09 6,48

LUCROS POR AÇÃO – OPERAÇÕES DESCONTINUADAS [11]

Lucros por ação em EUR – não diluídos 0,09 –0,28

Lucros por ação em EUR – diluídos 0,09 –0,28

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

DEMONSTRAÇÃO DE RENDIMENTO INTEGRAL DO GRUPO

DEMONSTRAÇÃO DE RENDIMENTO INTEGRAL DO GRUPO 40. DEMONSTRAÇÃO DE RENDIMENTO INTEGRAL DO GRUPO em milhões de EUR, ► VER NOTA [20 2015 2016

RESULTADO DO EXERCÍCIO 1252 1275

OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL (LÍQUIDO DE IMPOSTOS) 622 –509

ITENS QUE SERÃO RECLASSIFICADOS POSTERIORMENTE EM LUCROS OU PREJUÍZOS 609 –91

Lucros ou perdas não realizados em ativos financeiros disponíveis para venda –7 1

Lucros ou perdas não realizados em instrumentos de cobertura –477 40

Variações cambiais 1093 –132

ITENS QUE NÃO SERÃO RECLASSIFICADOS POSTERIORMENTE EM LUCROS OU PREJUÍZOS 13 –418

Remensuração dos planos de benefícios definidos 13 –418

RENDIMENTO INTEGRAL TOTAL 1874 766

atribuível a acionistas da Linde AG 1747 629

atribuível a interesses que não controlam 127 137

107

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108

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO 41. DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO em milhões de EUR Nota 31.12.2015 31.12.2016

Ativos

Goodwill [12] 11 604 11 405

Outros ativos intangíveis [12] 2760 2440

Ativos tangíveis [13] 12 782 12 756

Investimentos em associadas e negócios conjuntos (no capital próprio) [14] 242 239

Outros ativos financeiros [14] 57 71

Contas a receber de locações financeiras [16] 217 165

Dívidas comerciais a receber [16] 2 2

Outras contas a receber e outros ativos [16] 426 378

Contas a receber do imposto sobre o rendimento [16] 9 7

Ativos fiscais diferidos [10] 327 500

ATIVOS NÃO CORRENTES 28 426 27 963

Existências [15] 1241 1231

Contas a receber de locações financeiras [16] 52 49

Dívidas comerciais a receber [16] 2724 2755

Outras contas a receber e outros ativos [16] 778 788

Contas a receber do imposto sobre o rendimento [16] 277 199

Valores mobiliários [17] 421 131

Caixa e equivalentes de caixa [18] 1417 1463

Ativos não correntes classificados como detidos para venda e grupos para alienação [19] 11 610

ATIVOS CORRENTES 6921 7226

ATIVOS TOTAIS 35 347 35 189

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO

42. DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO em milhões de EUR Nota 31.12.2015 31.12.2016

Capital próprio e passivo

Capital subscrito 475 475

Capital autorizado condicionalmente de 57 milhões de EUR (2015: 57 milhões de EUR)

Reserva de capital 6736 6745

Reservas de lucros 7146 7244

Variações acumuladas no capital próprio não reconhecidas através da demonstração de lucros ou prejuízos 221 113

CAPITAL PRÓPRIO TOTAL ATRIBUÍVEL A ACIONISTAS DA LINDE AG [20] 14 578 14 577

Interesses que não controlam [20] 871 903

CAPITAL PRÓPRIO TOTAL 15 449 15 480

Provisões para pensões e obrigações similares [21] 1068 1564

Outras provisões não correntes [22] 530 526

Passivos fiscais diferidos [10] 1750 1683

Dívida financeira [23] 8460 6674

Passivo de locações financeiras [24] 55 53

Contas a pagar [25] 3 1

Outro passivo não corrente [25] 847 725

PASSIVO NÃO CORRENTE 12 713 11 226

Provisões correntes [22] 1089 1140

Dívida financeira [23] 1023 1854

Passivo de locações financeiras [24] 23 21

Contas a pagar [25] 3223 3570

Outro passivo corrente [25] 1255 1208

Passivo do imposto sobre o rendimento [25] 568 549

Passivo relacionado com ativos não correntes classificados como mantidos para venda e grupos para alienação [19] 4 141

PASSIVO CORRENTE 7185 8483

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 35 347 35 189

109

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110

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DO GRUPO 43. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DO GRUPO em milhões de EUR, ► VER NOTA [28] Nota 2015 2016

Lucro antes de impostos de operações continuadas 1632 1751

Ajustamentos ao lucro antes de impostos para calcular o fluxo de caixa das atividades operacionais – operações continuadas

Amortização de ativos intangíveis/ depreciação de ativos tangíveis [12], [13] 1866 1897

Imparidades de ativos financeiros [14] 16 8

Lucros/ perdas na alienação de ativos não correntes –18 –36

Juros líquidos [9] 366 307

Receitas financeiras decorrentes de locações financeiras, em conformidade com o IFRIC 4/ IAS 17 [9] 18 14

Participação no lucro ou prejuízo de associadas e negócios conjuntos (no capital próprio) [14] –12 –13

Distribuições/ dividendos recebidos de associadas e negócios conjuntos [14] 22 22

Impostos sobre o rendimento pagos [10] –532 –446

Variações em ativos e passivos

Variação em existências [15] –45 21

Variação em dívidas comerciais a receber [16] 293 –91

Variação em provisões [21], [22] –26 –64

Variação em contas a pagar [25] –189 349

Variação em outros ativos e passivo 192 –319

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS – OPERAÇÕES CONTINUADAS 3583 3400

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS – OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 10 40

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS – OPERAÇÕES CONTINUADAS E DESCONTINUADAS 3593 3440

Pagamentos de ativos tangíveis e intangíveis e fábricas sob locação financeira, em conformidade com o IFRIC 4/ IAS 17 –1876 –1761

Pagamentos de investimentos em empresas consolidadas [2] –113 –250

Pagamentos de investimentos em ativos financeiros –76 –75

Pagamentos de investimentos em valores mobiliários [17] –953 –1240

Proventos da alienação de valores mobiliários [17] 1052 1531

Proventos da alienação de ativos tangíveis e intangíveis e da amortização de contas a receber de locações financeiras, em conformidade com o IFRIC 4/ IAS 17 85 173

Proventos da alienação de empresas consolidadas e de pedidos de reembolso do preço de compra 1 116

Proventos da alienação de ativos não correntes mantidos para venda e de grupos para alienação [19] 12 –

Proventos da alienação de ativos financeiros 88 34

FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADES DE INVESTIMENTO – OPERAÇÕES CONTINUADAS –1780 –1472

FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADES DE INVESTIMENTO – OPERAÇÕES DESCONTINUADAS –15 –19

FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADES DE INVESTIMENTO – OPERAÇÕES CONTINUADAS E DESCONTINUADAS –1795 –1491

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DO GRUPO

44. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DO GRUPO

em milhões de EUR, ► VER NOTA [28] Nota 2015 2016

Pagamentos de dividendos a acionistas da Linde AG e interesses que não controlam [31] –701 –765

Influxos de caixa de derivados de taxa de juro [10] 182 149

Juros pagos pela dívida e exfluxos de caixa para derivados de taxa de juro [10] –546 –496

Proventos de empréstimos e de dívida do mercado de capitais [23] 3150 5322

Exfluxos de caixa para a amortização de empréstimos e de dívida do mercado de capitais [9] –3584 – 6085

Exfluxos de caixa para o reembolso do passivo de locações financeiras [23] –24 –21

FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO – OPERAÇÕES CONTINUADAS –1523 –1896

FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO – OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 4 –21

FLUXO DE CAIXA DE ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO – OPERAÇÕES CONTINUADAS E DESCONTINUADAS –1519 –1917

VARIAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 279 32

BALANÇO DE ABERTURA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA [18] 1137 1417

Efeitos da conversão cambial 3 18

Caixa e equivalentes de caixa reportados como ativos não correntes classificados como mantidos para venda e grupos para alienação [19] –2 –4

BALANÇO DE ENCERRAMENTO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA [18] 1417 1463

111

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112

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DO GRUPO 45. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DO GRUPO

em milhões de EUR, ► VER NOTA [20] Capital subscrito

Reserva de capital

A 1.01.2015 475 6730

Resultado do exercício – –

Outro rendimento integral (líquido de impostos) – –

RENDIMENTO INTEGRAL TOTAL – –

Pagamentos de dividendos – –

Variações como resultado de planos de opção sobre ações – 6

TOTAL DAS CONTRIBUIÇÕES DOS PROPRIETÁRIOS DA EMPRESA E DAS DISTRIBUIÇÕES AOS MESMOS – 6

OUTRAS VARIAÇÕES – –

A 31.12.2015/ 1.01.2016 475 6736

Resultado do exercício – –

Outro rendimento integral (líquido de impostos) – –

RENDIMENTO INTEGRAL TOTAL – –

Pagamentos de dividendos – –

Variações como resultado de planos de opção sobre ações – 9

TOTAL DAS CONTRIBUIÇÕES DOS PROPRIETÁRIOS DA EMPRESA E DAS DISTRIBUIÇÕES AOS MESMOS – 9

Aquisição/ alienação de uma subsidiária com interesses que não controlam – –

VARIAÇÕES NAS PARTICIPAÇÕES EM SUBSIDIÁRIAS – –

OUTRAS VARIAÇÕES – –

A 31.12.2016 475 6745

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DO GRUPO

Reservas de lucros

Variações acumuladas no capital próprio não reconhecidas através

da demonstração de lucros ou prejuízos

Remensuração dos

planos de benefícios definidos Resultados retidos

Variações cambiais

Ativos financeiros disponíveis para

venda

Instrumentos de

cobertura

Capital próprio total atribuível a

acionistas da Linde AG

Interesses que não

controlam Capital próprio total

–980 7544 61 5 –429 13 406 861 14 267

– 1149 – – – 1149 103 1252

14 – 1066 –6 –476 598 24 622

14 1149 1066 –6 –476 1747 127 1874

– –585 – – – –585 –116 –701

– – – – – 6 – 6

– –585 – – – –579 –116 –695

– 4 – – – 4 –1 3

–966 8112 1127 –1 –905 14 578 871 15 449

– 1154 – 1154 121 1275

–417 –148 – 40 –525 16 –509

–417 1154 –148 – 40 629 137 766

– –640 – – – –640 –125 –765

– – – – – 9 – 9

– –640 – – – –631 –125 –756

– – – – – – 23 23

– – – – – – 23 23

– 1 – – – 1 –3 –2

–1383 8627 979 –1 –865 14 577 903 15 480

113

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS (PARTE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO)

46. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

Segmentos

Divisão de Gases Divisão de Engenharia

Outras Atividades (operações

descontinuadas) Reconciliação Grupo

em milhões de EUR, ► VER NOTA [29] 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 Receita de terceiros 15 157 14 882 2188 2066 599 587 – – 17 944 17 535

Receita de outros segmentos 11 10 406 285 8 15 –425 –310 – –

TOTAL DA RECEITA DOS SEGMENTOS REPORTÁVEIS 15 168 14 892 2594 2351 607 602 –425 –310 17 944 17 535

LUCRO OPERACIONAL 4151 4210 216 196 44 44 –280 –308 4131 4142

Custos de reestruturação (itens especiais) 160 101 30 12 – – 2 13 192 126

Amortização de ativos intangíveis/ depreciação de ativos tangíveis 1863 1893 41 44 30 99 –38 –40 1896 1996

suas depreciações e imparidades 7 17 4 7 – – – – 11 24

suas depreciações e imparidades em conexão com ativos não correntes classificados como detidos para venda e grupos para alienação – 6 – – 75 – – – 81

EBIT 2128 2216 145 140 14 –55 –244 –281 2043 2020

Despesas de capital (excluindo ativos financeiros) 1881 1660 32 30 20 17 3 22 1936 1729

Segmentos

Divisão de Gases

EMEA Ásia/ Pacífico Américas Total da Divisão de Gases

em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Receita de terceiros 5984 5721 4130 4084 5043 5077 15 157 14 882

Receita de outros segmentos 26 15 27 25 140 155 11 10

TOTAL DA RECEITA DOS SEGMENTOS REPORTÁVEIS 6010 5736 4157 4109 5183 5232 15 168 14 892

LUCRO OPERACIONAL 1790 1807 1063 1084 1298 1319 4151 4210

Custos de reestruturação (itens especiais) 87 49 40 42 33 10 160 101

Amortização de ativos intangíveis/ depreciação de ativos tangíveis 688 703 584 569 591 621 1863 1893

suas depreciações e imparidades 2 4 4 10 1 3 7 17

suas depreciações e imparidades em conexão com ativos não correntes classificados como detidos para venda e grupos para alienação – 6 – – – – – 6

EBIT 1015 439 674 2128

Despesas de capital (excluindo ativos financeiros) 895 386 600 1881

114

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

47. RECEITA POR LOCALIZAÇÃO DO CLIENTE em milhões de EUR 2015 2016

Europa 6574 6564

Alemanha 1305 1229

Reino Unido 1698 1447

Ásia/ Pacífico 4950 4875

China 1199 1241

Austrália 1121 1040

América do Norte 5218 5063

EUA 4691 4519

América do Sul 663 573

África 539 460

Gist (operações descontinuadas) –599 –587

RECEITA DO GRUPO 17 345 16 948

48. ATIVOS NÃO CORRENTES POR LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA

em milhões de EUR 2015 2016

Europa 10 840 10 035

Alemanha 1262 1276

Reino Unido 1585 1177

Ásia/ Pacífico 8135 7958

China 1641 1421

Austrália 1246 1192

América do Norte 7161 7532

EUA 2749 2858

América do Sul 417 434

África 593 642

ATIVOS DO SEGMENTO NÃO CORRENTES 27 146 26 601 A informação divulgada por país exclui o goodwill.

115

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO PRINCÍPIOS GERAIS [1] Base da elaboração O Grupo Linde é um grupo de tecnologia internacional que opera em todo o globo. A empresa-mãe do Grupo Linde é a Linde Aktiengesellschaft. A sede social da Linde AG é em Munique, na Alemanha (Registo Comercial de Munique, ref. HRB 169850).

As demonstrações financeiras consolidadas da Linde Aktiengesellschaft, relativas ao exercício encerrado a 31 de dezembro de 2016, foram elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB), tal como são adotadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento da UE n.º 1606/ 2002 do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a aplicação das Normas internacionais de Contabilidade na União Europeia. As demonstrações financeiras consolidadas cumprem igualmente as exigências adicionais estabelecidas no § 315a (1) do Código Comercial Alemão (HGB).

A moeda de referência é o euro. Todos os valores são apresentados em milhões de euros (milhões de EUR), salvo indicação em contrário.

A demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo foi elaborada através da utilização do método de custo de vendas.

As demonstrações financeiras das principais entidades operacionais que estão incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas foram auditadas pela KPMG AG Wirtschaftsprüfungsgesellschaft. As demonstrações financeiras anuais de empresas incluídas na consolidação são redigidas na mesma data de balanço das demonstrações financeiras anuais da Linde Aktiengesellschaft.

[2] Aquisições As grandes aquisições em 2016 referem-se a: 49. GRANDES AQUISIÇÕES

Interesse do Grupo em % (a 31.12.2016)

Custos de aquisição em milhões de EUR Data de aquisição

AHOM 100 174 1.02.2016

Air Liquide Korea 100 54 15.12.2016

116

American HomePatient, Inc. O Grupo Linde adquiriu 100 por cento das ações da empresa dos EUA, American HomePatient, Inc., com efeitos a partir de 1 de fevereiro de 2016. A partir dessa data, o negócio foi incluído integralmente nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Linde. A empresa é especializada em terapia respiratória para pacientes que sofrem de doença pulmonar obstrutiva crónica e apneia do sono. A Linde tenciona utilizar a aquisição para expandir a sua posição de mercado no sector de serviços de saúde e gerar um potencial de sinergia com os negócios já existentes.

Em relação à transação, foi efetuado um pagamento em numerário de cerca de 210 milhões de EUR. Após a dedução do reembolso de dívida financeira, no montante de 24 milhões de EUR, e das provisões para remuneração dos funcionários, no montante de 1 EUR, e tendo em conta um pedido de reembolso do preço de compra

condicional com um valor esperado de 11 milhões de EUR, os custos de aquisição, na aceção da IFRS 3, elevam-se a 174 milhões de EUR. O pedido de reembolso do preço de compra condicional vencerá dentro de dois anos. O âmbito do pedido de reembolso é incerto e varia entre 1 milhão de EUR e 36 milhões de EUR.

No decorrer da aquisição, a Linde adquirirá ativos não correntes, bem como existências e outros ativos correntes. Estes incluem igualmente ativos fiscais diferidos de prejuízos fiscais. Os principais componentes do goodwill provisório, no montante de 114 milhões de EUR, referem-se essencialmente a sinergias esperadas com as sinergias do negócio de Saúde já existente e em curso. A atribuição do preço de compra resultou em ajustamentos do valor justo no montante de 31 milhões de EUR. Estes relacionam-se com a marca corporativa, os relacionamentos com os clientes e ativos tangíveis. O goodwill dedutível é de 0 milhões de EUR.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO PRINCÍPIOS GERAIS

A transação envolveu a aquisição de 100 por cento das ações da American HomePatient, Inc. Os interesses que não controlam reconhecidos no balanço inicial resultam de unidades pré-consolidadas com ações de outros acionistas que não controlam. As contas a receber adquiridas têm um valor justo de 30 milhões de EUR e referem-se exclusivamente às dívidas comerciais a receber.

O resultado do exercício é atingido, em particular, pela amortização resultante da atribuição do preço de compra. Air Liquide Korea Co., Ltd. A 15 de dezembro de 2016, o Grupo Linde adquiriu os ativos e o passivo da Air Liquide Korea Co., Ltd., no âmbito de um negócio de ativos. O objetivo da transação foi expandir a rede de clientes no mercado sul-coreano e gerar uma economia de custos no processo. O negócio adquirido compreende a produção e venda de gases industriais nos segmentos dos gases liquefeitos e no próprio local. O preço de compra ascendeu a 54 milhões de EUR e foi pago em numerário.

A aquisição permitiu ao Grupo Linde adquirir ativos tangíveis e ativos correntes no montante de 41 milhões de EUR. O passivo assumido ascendia a 1 milhão de EUR no momento da aquisição. A atribuição do preço de compra resultou em ajustamentos no valor justo de 8 milhões de EUR. As contas a receber adquiridas têm um valor justo de 4 milhões de EUR. O que corresponde ao valor bruto das contas a receber. A operação origina um goodwill no montante de 14 milhões de EUR. O que pode ser atribuído principalmente a sinergias de custo relativas à produção e à administração. Prevê-se que o goodwill de 14 milhões de EUR seja dedutível do imposto.

Uma vez que a data de aquisição está tão próxima da data do balanço, a atribuição do preço de compra continua a ser considerada provisória.

Outras aquisições De modo a expandir o seu negócio nas áreas de Gases Industriais e de produtos de Saúde, no ano em análise, a Linde realizou novas aquisições nos segmentos da EMEA, das Américas e da Ásia/ Pacífico. O preço total destas aquisições foi de 25 milhões de EUR, dos quais 21 milhões de EUR foram pagos em numerário. O preço total de compra inclui pagamentos do preço de compra diferidos e retribuição contingente. Além disso, 2 milhões de EUR foram compensados por contas a receber de um vendedor. Por vezes, foram acordadas transações separadas com antigos proprietários e transferidos colaboradores no âmbito da operação. No decurso de aquisições realizadas por fases, foi reconhecida no lucro operacional uma perda de 1 milhão de EUR da revalorização ao valor justo de ações anteriormente detidas (2 milhões de EUR).

No decurso destas aquisições empresariais, a Linde adquiriu ativos não correntes, existências, fundos líquidos e outros ativos correntes. O goodwill ascendeu a 18 milhões de EUR no total. As atribuições do preço de compra resultaram em ajustamentos ao valor justo no montante de 1 milhão de EUR. O goodwill é dedutível do imposto num montante de 18 milhões de EUR. Os principais componentes do goodwill referem-se ao potencial de sinergia e ao acesso a novos mercados de vendas, bem como à expansão da rede de vendas. As aquisições resultaram na transferência de contas a receber num total de 0 milhões de EUR. O valor justo das contas a receber corresponde ao valor bruto das contas a receber.

50. IMPACTO DAS AQUISIÇÕES NOS ATIVOS LÍQUIDOS DO GRUPO LINDE Balanço de abertura na consolidação inicial Valor justo

em milhões de EUR AHOM Air Liquide Korea Outras

Ativos não correntes 148 37 5

Existências 4 – 1

Outros ativos correntes 34 4 –

Caixa e equivalentes de caixa 7 – 5

Capital próprio (atribuível à Linde AG) 60 40 8

Interesses que não controlam 10 – –

Passivo 123 1 3

51. IMPACTO DAS AQUISIÇÕES NO RESULTADO DO

EXERCÍCIO DO GRUPO LINDE

em milhões de EUR

Resultado do exercício

desde a data de aquisição

Resultado do exercício

desde o início do exercício 1.01.20161

AHOM 6 4

Air Liquide Korea – 6

Outras 1 2 1 Quando estes montantes foram calculados, foi assumido que os ajustamentos do valor justo eram os mesmos da data de aquisição.

52. IMPACTO DAS AQUISIÇÕES NA RECEITA DO GRUPO LINDE

em milhões de EUR

Receita desde

a data de aquisição

Receita desde o início

do exercício a 1.01. 2016

AHOM 252 275

Air Liquide Korea 1 19

Outras 7 20

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[3] Perímetro de consolidação 53. ESTRUTURA DAS EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

A

31.12.2015 Adições Alienações A

31.12.2016

SUBSIDIÁRIAS CONSOLIDADAS 528 47 19 556

das quais na Alemanha 18 2 – 20

das quais fora da Alemanha 510 45 19 536

EMPRESAS CONSOLIDADAS SEGUNDO O MÉTODO INTEGRAL 5 – – 5

das quais na Alemanha – – – –

das quais fora da Alemanha 5 – – 5

EMPRESAS CONSOLIDADAS SEGUNDO O MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA 37 4 5 36

das quais na Alemanha 5 1 4 2

das quais fora da Alemanha 32 3 1 34

SUBSIDIÁRIAS NÃO CONSOLIDADAS 50 9 6 53

das quais na Alemanha – 4 – 4

das quais fora da Alemanha 50 5 6 49

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Poderão surgir mudanças no perímetro de consolidação em resultado de aquisições, vendas, fusões ou encerramentos, ou em resultado de mudanças na aferição quanto ao facto de a Linde AG exercer o controlo ou o controlo conjunto sobre uma empresa.

Em 2016, 40,1 por cento das ações da Linde-Huayi (Chongqing) Gases Co., Ltd., que eram mantidas no segmento da Ásia/ Pacífico, foram vendidas à minoria acionista anterior. Na sequência da alienação, a Linde detém uma participação de 19,9 e poderá ainda exercer uma influência significativa, tal como está definido na IAS 28. A venda dos direitos de propriedade resultou, ao nível do Grupo como um todo e na sequência da reversão de itens de consolidação nos lucros ou prejuízos, num lucro total de desconsolidação de 25 milhões de EUR, incluído em outras receitas operacionais. A proporção do lucro resultante da valorização das ações remanescentes ao valor justo, no momento da perda de controlo, é de 0 milhões de EUR.

As outras alienações principais no exercício são mostradas na ► NOTA [19]. A maioria das outras alienações foram fusões e liquidações.

No exercício de 2016, não houve efeitos sobre o capital próprio do Grupo Linde decorrentes das alterações nas participações em subsidiárias que não tenham resultado numa perda de controlo ou na aquisição de controlo.

54. EMPRESAS ISENTAS DAS OBRIGAÇÕES DE DIVULGAÇÃO

Nome Sede social

Bomin Linde LNG GmbH & Co. KG Hamburgo

Commercium Immobilien- und Beteiligungs-GmbH Munique

Gas & More GmbH Pullach

Hydromotive GmbH & Co. KG Leuna

Linde Electronics GmbH & Co. KG Pullach

Linde Gas Produktionsgesellschaft mbH & Co. KG Pullach

Linde Gas Therapeutics GmbH Oberschleissheim

Linde Hydrogen Concepts GmbH Pullach

Linde Remeo Deutschland GmbH Blankenfelde-Mahlow

Linde Schweißtechnik GmbH Pullach

Linde Welding GmbH Pullach

MTA GmbH Medizin-Technischer -Anlagenbau Mainhausen

Selas-Linde GmbH Pullach

Tega-Technische Gase und Gasetechnik Gesellschaft mit beschränkter Haftung Würzburg

Unterbichler Gase GmbH Munique Uma lista das participações do Grupo Linde é dada na ► NOTA [39].

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO PRINCÍPIOS GERAIS

[4] Conversão de moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são convertidas na moeda funcional relevante da entidade individual na data da transação. Após o reconhecimento inicial, as flutuações da moeda estrangeira, relativas aos itens monetários, são reconhecidas nos lucros ou prejuízos. Para os itens não monetários, as taxas de conversão históricas continuam a constituir a base de medição.

As diferenças de conversão resultantes da conversão dos itens numa moeda de referência continuam a ser reconhecidas no outro rendimento integral. As demonstrações financeiras das subsidiárias estrangeiras, incluindo quaisquer ajustamentos no valor justo identificados no decurso de uma atribuição do preço de compra, são convertidas em conformidade com o conceito da moeda funcional, previsto na IAS 21 Os Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio Estrangeiras.

Os ativos e passivos, passivo contingente e outros compromissos financeiros são convertidos à taxa média da data de balanço (método da taxa de fecho).

Os itens da demonstração de lucros ou prejuízos e o resultado líquido do exercício são convertidos a uma taxa que se aproxima da taxa de conversão da data de transação (taxa média).

As diferenças decorrentes da conversão do capital próprio são reconhecidas em outro rendimento integral.

As demonstrações financeiras das empresas estrangeiras, contabilizadas segundo o método da equivalência patrimonial, são convertidas segundo os mesmos princípios utilizados no ajustamento do capital próprio, tal como é aplicado às subsidiárias consolidadas.

As demonstrações financeiras das subsidiárias fora da Alemanha que são reportadas numa moeda funcional que é uma moeda de uma economia hiperinflacionária são ajustadas para a variação do poder de compra decorrente da inflação.

Desde 1 de janeiro de 2010, as atividades da Linde na Venezuela, que é classificada como uma economia hiperinflacionária, em conformidade com a IAS 29 Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias, foram reportadas após o ajustamento para os efeitos da inflação. A taxa de inflação é calculada através de um índice de inflação derivado de movimentos cambiais.

55. TAXAS DE CÂMBIO PRINCIPAIS

Taxas de câmbio na data de balanço Taxas médias do ano

Taxa de câmbio 1 EUR = Código ISO 31.12.2015 31.12.2016 2015 2016

Austrália AUD 1,49183 1,45732 1,47802 1,48859

China CNY 7,05243 7,30336 6,97578 7,35307

África do Sul ZAR 16,80825 14,44751 14,16740 16,26524

Reino Unido GBP 0,73685 0,85229 0,72610 0,81950

EUA USD 1,08605 1,05160 1,11003 1,10700

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[5] Políticas contabilísticas As demonstrações financeiras das empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Linde foram elaboradas através da utilização de políticas contabilísticas uniformes, em conformidade com a IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas.

A elaboração das demonstrações financeiras do Grupo, em conformidade com as IFRS, exige decisões discricionárias e estimativas para alguns itens, o que poderá ter um efeito sobre o seu reconhecimento e medição na demonstração da situação financeira e na demonstração de lucros ou prejuízos. Os montantes efetivamente realizados poderão diferir dessas estimativas.

As principais políticas contabilísticas e de avaliação, bem como as estimativas e decisões discricionárias associadas, são explicadas em seguida: Princípios de consolidação Consolidação

As empresas são consolidadas através da utilização do método de aquisição. Quando são adquiridos interesses que não controlam, qualquer saldo remanescente entre o custo de aquisição e a parcela de ativos líquidos adquiridos é compensado diretamente no capital próprio. As vendas intragrupo, as receitas e despesas e as contas a receber e a pagar são eliminadas. Os lucros e perdas intragrupo, decorrentes de entregas intragrupo de ativos não correntes e existências, são igualmente eliminados.

O custo de uma aquisição é medido pelo valor justo dos ativos adquiridos e do passivo assumido, de modo a obter o controlo, na data da aquisição. Os ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis, adquiridos como resultado de uma concentração de atividades empresariais, são reconhecidos pelos seus valores justos na data de aquisição, independentemente do âmbito de quaisquer interesses que não controlam. Os interesses que não controlam são medidos pelo valor justo proporcional dos ativos adquiridos e do passivo assumido (método de goodwill parcial). Controlo As demonstrações financeiras do Grupo compreendem a Linde AG e todas as empresas sobre as quais a Linde AG é capaz de exercer controlo, tal como é definido pela IFRS 10. Se a Linde AG detém a maioria dos direitos de voto de uma empresa, isso geralmente indica que exerce controlo sobre a empresa, na ausência de quaisquer outros acordos contratuais restritivos.

As empresas cujo objeto principal for a construção e operação de fábricas de produção de gás e, ainda, em que a Linde detiver menos de 100 por cento dos direitos de voto, são integralmente consolidadas se a Linde detiver a vantagem em termos de conhecimento. Nestes casos, o Grupo Linde assumiu a responsabilidade pela operação de fábricas das empresas e as empresas estão, por isso, dependentes da tecnologia da Linde. Isto reflete-se igualmente nos

acordos de licenciamento em vigor e na integração da produção nos processos do Grupo Linde e/ ou nas inter-relações entre os diversos responsáveis pela tomada de decisões. A operação das fábricas é o principal motor dos retornos variáveis das empresas.

Além disso, as empresas são integralmente consolidadas se a Linde exercer uma maior autoridade na gestão das empresas e for capaz de exercer, com base em contratos individuais, os mais amplos poderes de decisão sobre as principais parcelas das atividades operacionais das entidades. Controlo conjunto As empresas nas quais a Linde AG pode exercer o controlo conjunto, tal como é definido pela IFRS 11, são incluídas nas demonstrações financeiras do Grupo com base no interesse (método integral) ou utilizando o método da equivalência patrimonial, dependendo das características da empresa. Se a Linde AG detém o mesmo número de direitos de voto que outra empresa, isso geralmente indica o controlo conjunto, a menos que outros direitos (contratuais) resultem num controlo exercido por um dos acionistas.

Se o controlo conjunto existir, a Linde precisa de distinguir se o investimento é uma operação conjunta ou um negócio conjunto. Esta distinção está dependente do facto de a Linde possuir direitos sobre os ativos e obrigações em relação ao passivo do acordo ou de ter direitos sobre os ativos líquidos do acordo. Para fazer a distinção, a Linde deverá considerar a estrutura e forma jurídica da empresa, quaisquer acordos contratuais que se possam aplicar e quaisquer outras circunstâncias relevantes.

Os negócios conjuntos são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial, ao custo da data de aquisição. Em períodos subsequentes, a quantia escriturada é ajustada, para cima ou para baixo, para refletir a quota da Linde no rendimento integral da investida. Quisquer distribuições recebidas da investida e outras variações no capital próprio da investida reduzem ou aumentam a quantia escriturada do investimento. Se as perdas de um associada ou negócio conjunto, atribuíveis ao Grupo Linde, igualarem ou forem superiores ao valor da participação detida por esta associada ou negócio conjunto, não serão reconhecidas mais perdas, a menos que o Grupo incorra numa obrigação ou efetue pagamentos em nome da associada ou negócio conjunto. Aplicam-se os mesmos princípios à consolidação de empresas contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial quanto à consolidação de subsidiárias.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO PRINCÍPIOS GERAIS

Influência significativa As associadas sobre as quais a Linde AG pode exercer uma influência significativa, tal como é definido na IAS 28, também são contabilizadas através da utilização do método da equivalência patrimonial. Presume-se uma influência significativa, se a Linde AG detém (direta ou indiretamente) 20 por cento ou mais dos direitos de voto numa investida, a menos que possa ser claramente demonstrado que não é esse o caso. Subsidiárias não consolidadas As subsidiárias não consolidadas, quando consideradas individualmente, são imateriais, do ponto de vista do Grupo, em termos de ativos totais, receita e lucros ou prejuízos do exercício e não têm um impacto significativo nos ativos líquidos, na situação financeira e nos resultados das operações do Grupo. Por essa razão, não são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas. Decisões discricionárias Ao avaliar se a Linde exerce controlo, controlo conjunto ou influência significativa sobre as empresas em que detém menos de 100 por cento dos direitos de voto, podem ter de ser tomadas decisões discricionárias. Acima de tudo, nos casos em que a Linde detém 50 por cento dos direitos de voto, tem de ser tomada uma decisão quanto a saber se existem direitos ou circunstâncias que possam significar que a Linde tem um poder sobre a potencial subsidiária ou que o controlo conjunto existe.

As mudanças em acordos contratuais ou factos ou circunstâncias são monitorizadas e avaliadas numa base contínua para se determinar se têm um potencial impacto na aferição do facto de a Linde exercer o controlo ou o controlo conjunto sobre o seu investimento.

As concentrações de empresas exigem que sejam feitas estimativas quando se determinam os valores justos. Quando são utilizados os métodos dos fluxos de caixa descontados, estes incluem aspetos discricionários, nomeadamente, o período de tempo e o montante do fluxo de caixa e a determinação de uma taxa de desconto apropriada. Ao tomar decisões discricionárias sobre a atribuição do preço de compra, no caso de concentrações de empresas em que os ativos totais adquiridos, incluindo o goodwill, excedam 100 milhões de EUR, a Linde leva em conta os conselhos de especialistas na área, que ajudam a chegar às decisões e disponibilizam relatórios que sustentam as suas opiniões.

Ativos intangíveis Os ativos intangíveis comprados e gerados internamente são avaliados pelo custo de aquisição ou custo de produção, deduzida a amortização acumulada e quaisquer perdas por imparidade. Um ativo intangível gerado internamente é reconhecido se puder ser identificado como um ativo, se for provável que os benefícios económicos futuros que sejam atribuíveis ao ativo fluam para a Linde e se o custo do ativo puder ser medido com fiabilidade. Será importante determinar se os ativos intangíveis têm vidas úteis finitas ou indefinidas. A vida útil estimada das relações com o cliente da compra é calculada com base no termo da relação contratual subjacente à relação com o cliente ou com base no comportamento esperado do cliente. O goodwill, os ativos intangíveis com vida útil indefinida e os ativos intangíveis ainda não prontos a serem utilizados não são amortizados, mas estão, em vez disso, sujeitos a um teste de imparidade uma vez por ano ou mais frequentemente, se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar com uma imparidade.

A Unidade Geradora de Caixa (UGC) aplicada nas avaliações de imparidade de goodwill corresponde aos segmentos reportáveis operacionais da EMEA, das Américas e da Ásia/ Pacífico, bem como da Divisão de Engenharia e Outras Atividades. O teste de imparidade envolve inicialmente uma comparação do valor de uso da unidade geradora de caixa com a sua quantia escriturada. Se a quantia escriturada da unidade geradora de caixa exceder o valor de uso, será realizado um teste para determinar se o valor justo do ativo, deduzidos os custos de venda, é superior à quantia escriturada. Para calcular o valor de uso das unidades geradoras de caixa, os influxos de caixa e os fluxos de saída futuros depois de impostos são derivados dos orçamentos financeiros corporativos aprovados pela gestão, que abrangem um período de planeamento pormenorizado de cinco anos. O cálculo do valor terminal é baseado nos fluxos de caixa líquidos futuros do último período de planeamento pormenorizado disponível. As taxas de juros depois de impostos utilizadas para descontar os fluxos de caixa têm em conta os riscos específicos da indústria e os riscos específicos do país relacionados com a unidade geradora de caixa particular. Quando o valor terminal é descontado, são utilizadas as taxas de crescimento em declínio, que são menores do que as taxas de crescimento calculadas no período de planeamento pormenorizado e que servem, principalmente, para compensar uma taxa geral de inflação.

Se a razão para uma perda por imparidade reconhecida em anos anteriores não existir mais, a quantia escriturada do ativo intangível é aumentada até ao valor máximo da quantia escriturada que teria sido determinada se não tivesse sido reconhecida nenhuma perda por imparidade. Isto não se aplica ao goodwill.

As despesas efetuadas em ligação com a aquisição a título oneroso e o desenvolvimento interno de aplicações informáticas utilizadas internamente, incluindo os custos de tornar estas aplicações informáticas operacionais, são capitalizadas e amortizadas, numa base linear, ao longo de uma vida útil estimada de três a oito anos.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Ativos tangíveis Os ativos tangíveis são reportados a custo de aquisição ou a custo de produção, deduzidas a depreciação acumulada, com base na vida útil estimada do ativo e quaisquer perdas por imparidade. Os ativos tangíveis são depreciados através do método linear e a despesa de depreciação é divulgada na demonstração de lucros ou prejuízos, na rubrica que corresponde às características funcionais do ativo subjacente. O método de depreciação e a vida útil estimada dos ativos são revistos anualmente e adaptados às condições prevalecentes.

São aplicáveis as seguintes vidas úteis aos diferentes tipos de ativos tangíveis: 56. VIDAS ÚTEIS DOS ATIVOS TANGÍVEIS

Edifícios 10-40 anos

Equipamento técnico 6-15 anos

Outro equipamento, mobiliário e acessórios 3-20 anos

Será igualmente preciso fazer suposições quando a Linde avaliar se um ativo poderá ser capitalizado e quais os componentes do custo do ativo que poderão ser capitalizados. Precisarão de ser feitas estimativas, por exemplo, dos benefícios económicos futuros esperados de um ativo ou dos custos futuros esperados do desmantelamento de fábricas. Além disso, a capitalização de custos efetuada na fase operacional de um ativo, tais como os custos de atualizações de fábricas ou a sua reformulação completa, depende de saber se esses custos levarão a resultados melhores ou superiores ou se prolongarão a vida útil estimada do ativo.

Se eventos significativos ou desenvolvimentos do mercado indicarem uma imparidade no valor do ativo tangível, a Linde avaliará a capacidade de recuperação da quantia escriturada do ativo, através de um teste de imparidade. O âmbito da unidade geradora de caixa é determinado por fluxos de caixa externos, independentes. As circunstâncias especiais relacionadas com o mercado local determinam a combinação de fluxos de caixa de diferentes segmentos de produto. Para determinar a quantia recuperável, com base no valor de uso, são descontados os fluxos de caixa futuros estimados, a uma taxa que reflita o risco específico do ativo. Ao estimar os fluxos de caixa futuros, são levados em conta os fluxos futuros correntes e esperados, bem como os desenvolvimentos específicos do segmento, tecnológicos, económicos e gerais. Se a razão para uma perda por imparidade reconhecida em anos anteriores não existir mais, a quantia escriturada do ativo intangível é aumentada até ao valor máximo da quantia escriturada que teria sido determinada se não tivesse sido reconhecida nenhuma perda por imparidade.

Existências As existências são reportadas ao valor mais baixo do custo de aquisição ou produção e do valor realizável líquido. As existências são geralmente medidas com base numa média móvel ou através da utilização do método FIFO [PEPS] (primeiro a entrar, primeiro a sair. Ativos não correntes detidos para venda e grupos para alienação e operações descontinuadas Os ativos não correntes e os grupos para alienação, bem como o passivo diretamente relacionado com eles, são classificados separadamente no balanço como detidos para venda se estiverem disponíveis para venda na sua condição atual e a venda for muito provável nos próximos doze meses.

Os ativos não correntes classificados como detidos para venda e os grupos para alienação são medidos pelo menor valor da quantia escriturada e o valor justo deduzidos os custos de venda. A amortização e a depreciação foi descontinuada. O processo envolvido na determinação do valor justo deduzidos os custos de venda envolve estimativas e pressupostos que estão sujeitos a incerteza.

As operações descontinuadas são reportadas logo que uma parte da empresa é classificada como detida para venda ou foi já alienada e a área de negócio em questão representa quer uma importante linha de negócios separada ou uma área geográfica de operações separada e faz parte de um único plano coordenado para dispor de uma importante linha de negócios ou área geográfica de operações separada. O lucro/ a perda de operações descontinuadas é reportado separadamente das despesas e receitas de operações continuadas na demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo; os valores do ano anterior são apresentados numa base comparável. Na demonstração de fluxos de caixa do Grupo, os fluxos de caixa das operações descontinuadas são apresentados separadamente dos fluxos de caixa das operações continuadas; os valores do ano anterior são apresentados numa base comparável. A informação disponibilizada nas Notas às demonstrações financeiras do Grupo (com a exceção de ► NOTA [19] ATIVOS NÃO CORRENTES CLASSIFICADOS COMO DETIDOS PARA VENDA E GRUPOS PARA ALIENAÇÃO) – na medida em que diga respeito à demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo e à demonstração de fluxos de caixa do Grupo – diz respeito a operações continuadas. Se a informação disser respeito exclusivamente a operações descontinuadas, isso será destacado em conformidade. Os valores do ano anterior foram ajustados em conformidade.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO PRINCÍPIOS GERAIS

Provisões para pensões e obrigações similares A avaliação das provisões de pensões baseia-se no método da unidade de crédito prevista, estabelecida na IAS 19 Benefícios dos Empregados para a obrigação de benefícios definidos. Este método não só leva em conta os benefícios futuros adquiridos e as pensões conhecidas até à data de balanço, mas também os aumentos futuros esperados de salários e pensões. O cálculo das provisões é determinado por intermédio de relatórios atuariais com base em pressupostos biométricos.

O valor justo dos ativos do plano (ajustado, se necessário, para cumprir as regras relativas ao limite máximo de ativos, estabelecido na IAS 19.64) é deduzido do valor presente das obrigações de pensão (obrigação de pensão bruta) para dar a obrigação de pensão líquida ou ativo líquido de pensão, em relação a benefícios definidos de planos de pensões. Em conformidade com a IAS 19.64, um ativo líquido de pensão só poderá ser divulgado se o Grupo Linde, sob a sua obrigação como empregador, tiver o direito de receber um reembolso do excedente ou de reduzir contribuições futuras.

A despesa de juros líquidos do exercício é calculada pela multiplicação da obrigação de pensão líquida ou ativo líquido de pensão, no início do período, pela taxa de juro subjacente ao desconto da obrigação bruta de benefícios definidos, no início do período.

A taxa de desconto é calculada com base nos rendimentos obtidos desde a data de compra relevante de obrigações de empresas de juro fixo de alta qualidade no mercado. A moeda e o período de maturidade das obrigações subjacentes correspondem à moeda e ao período de maturidade provável das obrigações de benefícios pós-emprego.

As remensurações compreendem, por um lado, os ganhos e perdas atuariais da remensuração da obrigação bruta de benefícios definidos e, por outro, a diferença entre o retorno sobre os ativos do plano efetivamente realizados e o retorno assumido no início do período, que é baseado na taxa de desconto da obrigação bruta de benefícios definidos correspondentes. Se um plano de pensões estiver sobrefinanciado e o teto do ativo for aplicável, as remensurações compreendem igualmente a variação na aplicação das regras de teto do ativo, nos ativos líquidos, na medida em que não tenha sido contabilizada nos juros líquidos.

Os ganhos e perdas atuariais resultam de alterações nos pressupostos atuariais ou de variações entre os anteriores pressupostos atuariais e os eventos reais.

Todas as remensurações (ou seja, os ganhos e perdas atuariais, o efeito cumulativo de um limite máximo de ativos e os efeitos de um aumento da obrigação de pensão, em conformidade com o IFRIC 14 O Limite sobre um Ativo de Benefícios Definidos, Requisitos de Financiamento Mínimo e Respetiva Interação) são imediatamente compensadas noutro rendimento integral.

A despesa decorrente de adições às provisões de pensões é atribuída a custos funcionais. As despesas

com juros líquidos ou os rendimentos de juros líquidos de planos de benefícios definidos são divulgados no resultado financeiro. Para cada plano de pensões, é estabelecido se o valor líquido é uma despesa com juros líquidos ou um rendimento de juros líquidos e os montantes são divulgados em conformidade no resultado financeiro. Outras provisões Em conformidade com a IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, são reconhecidas outras provisões quando uma obrigação presente para com uma terceira parte existe como resultado de um evento passado, for provável que seja exigida uma saída de recursos para liquidar a obrigação e possa ser feita uma estimativa fiável do montante da obrigação.

As outras provisões são reconhecidas por terem todos os riscos identificáveis e um passivo de prazo ou montante incerto. Os montantes provisionados são a melhor estimativa da despesa provável exigida para liquidar a obrigação e não são compensados com solicitações de recursos. O montante de liquidação é calculado com base na aferição da probabilidade de uma saída de recursos, na experiência passada e em circunstâncias conhecidas na data de balanço. O que inclui todos os aumentos de custos que precisam de ser levados em conta até à data de balanço. O fluxo real de recursos numa data futura poderá, por conseguinte, variar do valor incluído nas outras provisões. São descontadas as provisões que dizem respeito a períodos de mais de doze meses.

As provisões para garantias e contratos onerosos incluem provisões para garantias e provisões para litígios. São aqui feitas suposições sobre a probabilidade de ocorrência do risco e o fluxo futuro esperado de recursos. A incerteza associada à medição de provisões de garantia é relativamente moderada, uma vez que a Linde recorre a rácios históricos de custos de garantia ao determinar os montantes a serem postos de lado.

O litígio está associado a uma grande incerteza. Será necessário um certo grau de arbítrio para aferir se na data de balanço existe uma obrigação presente para com um terceiro como resultado de um evento passado, se é provável que seja exigida no futuro uma saída de recursos para liquidar a obrigação e se poderá ser feita uma estimativa fiável do montante da obrigação. O estado atual do litígio pendente é regularmente revisto e atualizado pelo departamento jurídico do Grupo e pelos advogados nomeados pelo Grupo. As alterações a esta stuação, como resultado de novas informações, poderão resultar em ajustamentos na provisão.

As provisões para outras obrigações incluem as provisões para os custos que se espera que surjam na realização de grandes projetos. Há um aumento do nível de incerteza associado à medição destas provisões.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

As provisões para pedidos de garantia são reconhecidas levando em conta a experiência de pedidos atuais ou os estimados no futuro.

As obrigações de reabilitação do local são capitalizadas quando surgem ao valor descontado da obrigação e é simultaneamente estabelecida uma provisão no mesmo montante. É feita uma estimativa com base na experiência do passado e dos custos futuros em que se espera incorrer para desmantelar fábricas e devolver o terreno em que a fábrica foi construída à sua condição original. Os custos esperados são reavaliados numa base anual e, se for necessário, o montante da provisão será ajustado. A depreciação do ativo e o desenrolar do juro aplicado à provisão são ambos atribuídos como uma despesa aos períodos de utilização do ativo.

As provisões para reestruturação são reconhecidas se um plano formal, pormenorizado, de reestruturação foi elaborado e comunicado às partes relevantes.

As provisões para os impostos sobre o rendimento são divulgadas no passivo do imposto sobre o rendimento. Reconhecimento da receita A receita compreende as vendas de produtos e serviços, bem como o rendimento de locações e rendas, deduzidos os descontos e os abatimentos.

A receita da venda de produtos é reconhecida, em conformidade com a IAS 18 Receita, quando os riscos de propriedade forem transferidos para o cliente, a compensação puder ser determinada de forma fiável e for provável que as contas a receber associadas serão cobradas. Se o cliente receber as mercadorias entregues, a venda relevante não será reconhecida até que o cliente aceite a entrega. No caso de contratos de serviço a longo prazo, a receita é registada numa base linear ao longo do período do contrato. Contratos de construção a longo prazo A receita de contratos de construção específicos do cliente a longo prazo é reconhecida em conformidade com a IAS 11 Contratos de Construção, com base na fase de acabamento do contrato (método da percentagem de conclusão ou método PoC). A fase de acabamento de cada contrato é determinada pelo quociente entre os custos incorridos e o custo total esperado (método cost-to-cost). Nos grandes projetos, o cálculo e a análise da fase de acabamento do projeto leva em conta, em particular, os custos do contrato incorridos por subempreiteiros. Às vezes, são utilizados peritos externos para ajudar ao cálculo destes custos. Quando o desfecho de um contrato de construção não pode ser estimado de forma fiável, a receita é reconhecida apenas na medida dos custos do contrato já incorridos que provavelmente poderão ser cobertos, e os custos do contrato, do período em que foram incorridos, são reconhecidos como um gasto (método do lucro zero). Se o resultado cumulativo do contrato (custos já incorridos acrescidos de lucros divulgados) exceder os pagamentos por conta de um contrato individual, o contrato de construção será divulgado

no âmbito das dívidas comerciais a receber. Se houver um saldo negativo após a dedução de pagamentos por conta, o montante será divulgado no âmbito das contas a pagar. As perdas previstas sobre os contratos são reconhecidas na íntegra, com base numa aferição dos riscos identificáveis.

As receitas financeiras de contratos de construção a longo prazo são divulgadas em outras receitas operacionais, como resultado da sua relação clara com o negócio operacional do Grupo. Custo das vendas O custo das vendas compreende o custo de bens e serviços vendidos e o custo das mercadorias vendidas. Inclui não só o custo dos materiais diretos e das despesas de fabricação diretas, mas também as despesas gerais, incluindo a depreciação das fábricas de produção, a amortização de certos ativos intangíveis e as reduções das existências. Custos de investigação e desenvolvimento Os custos de investigação e os custos de desenvolvimento que não possam ser capitalizados são reconhecidos imediatamente em lucros ou prejuízos. Resultado financeiro O resultado financeiro inclui: ― despesas com juros sobre o passivo, ― dividendos recebidos, ― receita de juros sobre contas a receber, ― ganhos e perdas de instrumentos financeiros

reconhecidos em lucros ou prejuízos, ― a despesa com juros líquidos e o rendimento de

juros líquidos de planos de benefícios definidos, ― a despesa com juros e a receita de locações

financeiras e ― a despesa e a receita referentes à medição de

certos derivados incorporados A receita de juros e as despesas com juros são reconhecidas em lucros ou prejuízos, com base no método da taxa de juro efetiva.

Os dividendos são reconhecidos em lucros ou prejuízos quando forem declarados. Os pagamentos de dividendos realizados por empresas operacionais que sejam reportados pelo custo ou o valor justo, em que a Linde detenha mais de 10 por cento dos direitos de voto e que tenham uma ligação clara ao negócio operacional principal da Linde são reconhecidos em outras receitas operacionais. Os negócios principais são definidos como as áreas de negócios que dão uma contribuição material para a receita de uma divisão. É considerada uma contribuição material a que ande por volta dos 20 por cento.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO PRINCÍPIOS GERAIS

Instrumentos financeiros Os ativos financeiros e o passivo só são reconhecidos na demonstração da situação financeira do Grupo quando a Linde fica vinculada às provisões contratuais do instrumento financeiro. No curso normal dos eventos, as compras e vendas de ativos financeiros são contabilizadas na data de liquidação. O mesmo não se aplica aos derivados, que são contabilizados no dia de negociação.

Em conformidade com a IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, os instrumentos financeiros deverão ser classificados como instrumentos financeiros detidos para negociação ou ao valor justo, através de lucros ou prejuízos, ativos financeiros disponíveis para venda, aplicações financeiras detidas até à maturidade ou empréstimos e contas a receber. O Grupo Linde não recorre à opção de valor justo, através da qual os ativos financeiros ou o passivo financeiro são classificados pelo valor justo, através de lucros ou prejuízos, na primeira vez que são reconhecidos.

Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem os instrumentos de capital próprio e os instrumentos de dívida. Se os instrumentos de capital próprio não forem mantidos para negociação ou medidos pelo valor justo, através de lucros ou prejuízos, serão classificados como ativos financeiros disponíveis para venda. Os instrumentos de dívida estão incluídos nesta categoria se forem detidos por um período indeterminado e poderão ser vendidos, consoante a situação do mercado.

Os instrumentos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo. As despesas de transação que sejam diretamente imputáveis à aquisição ou emissão de instrumentos financeiros só são incluídas na determinação da quantia escriturada se os instrumentos financeiros não forem reconhecidos pelo valor justo através de lucros ou prejuízos.

A medição subsequente de ativos financeiros disponíveis para venda é baseada no reconhecimento separado do capital próprio como outro rendimento integral de ganhos e perdas não realizados, inclusive de impostos diferidos, até que sejam realizados. Os instrumentos do capital próprio que não são cotados por nenhum preço num mercado ativo e cujo valor justo não pode ser determinado com fiabilidade, são reportados pelo custo. Se o valor justo dos ativos financeiros disponíveis para venda cair abaixo do custo e se houver evidência objetiva de que o ativo é prejudicado, a perda acumulada, reconhecida diretamente no capital próprio, é transferida para lucros ou prejuízos. No caso dos instrumentos de capital próprio, as reversões de imparidade são reconhecidas no capital próprio e no caso dos instrumentos de dívida, em lucros ou prejuízos.

Os empréstimos e as contas a receber e os investimentos financeiros até à maturidade são medidos pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva. Onde houver evidência objetiva de que o ativo é prejudicado, será reconhecido pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados, se este for inferior ao custo amortizado. O valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados é calculado através da taxa de juro efetiva original do ativo financeiro.

O Grupo Linde conduz análises regulares de imparidade das seguintes categorias de ativos financeiros: empréstimos e contas a receber, ativos financeiros disponíveis para venda e investimentos

financeiros detidos até à maturidade. São aplicados os seguintes critérios: [a] dificuldade financeira relevante do emitente ou

devedor, [b] quebra de contrato, tal como um incumprimento ou

atraso nos pagamentos de juro ou capital, [c] o credor, por razões económicas ou jurídicas

relativas à dificuldade financeira do mutuário, outorga ao mutuário uma concessão que não seria, de outro modo, considerada,

[d] tornar-se provável que o mutuário declare falência ou outra reorganização financeira,

[e] o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo devido a dificuldades financeiras,

[f] uma recomendação com base em dados percetíveis do mercado de capitais,

[g] informações sobre mudanças significativas, com um efeito adverso, que tiveram lugar no ambiente tecnológico, económico ou jurídico de uma parte contratante,

[h] uma queda significativa ou prolongada do valor justo do instrumento financeiro.

Um ativo financeiro é eliminado se a Linde perder o direito contratual aos fluxos de caixa de um tal ativo ou se transferir praticamente todos os riscos e oportunidades associados a esse ativo financeiro. No exercício de 2016, não foi transferido pela Linde nenhum ativo financeiro que fosse qualificável para a eliminação.

Todos os instrumentos financeiros derivados são reportados pelo valor justo, independentemente do seu propósito ou da razão pela qual foram adquiridos.

Os derivados incorporados (ou seja, derivados incluídos em contratos de base) são separados do contrato de base e contabilizados como instrumentos financeiros derivados, se forem atendidas certas exigências.

Para mais informação sobre a gestão de risco e o impacto no balanço dos instrumentos financeiros derivados, ver ► NOTA [27].

As contas a receber e o passivo de locações financeiras, as dívidas comerciais a receber e as contas a pagar, a dívida financeira, bem como as outras contas a receber, os outros ativos e o outro passivo são reportados no custo amortizado, desde que não sejam instrumentos financeiros derivados. As diferenças entre o custo histórico e o montante do reembolso são contabilizadas através da utilização do método da taxa de juro efetiva. As perdas por imparidade apropriadas são reconhecidas se os riscos específicos forem identificados. O estabelecimento de provisões para devedores duvidosos é baseado, em grande medida, em estimativas e aferições sobre montantes individuais a receber. Essas estimativas e aferições baseiam-se no merecimento de crédito desse cliente particular, prevalecendo as tendências económicas e uma análise do histórico de dívidas incobráveis, numa base de carteira. As provisões individuais para dívidas incobráveis tanto têm em conta os riscos específicos do cliente como os específicos de cada país. A quantia escriturada da dívida financeira que compreende o item coberto numa cobertura do valor justo é ajustada para o ganho ou perda correspondente no que diz respeito ao risco coberto.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Os instrumentos financeiros que tanto contêm uma porção de capital próprio como uma porção de responsabilidade são classificados em conformidade com a IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação. Os instrumentos financeiros emitidos pelo Grupo Linde são classificados inteiramente como passivo financeiro e reportados em custo amortizado. Nenhuma parte é classificada separadamente como um instrumento de capital próprio. Impostos diferidos Os ativos e passivos fiscais diferidos são contabilizados em conformidade com a IAS 12 Impostos sobre o Rendimento, através do método do passivo, em relação a todas as diferenças temporárias entre as quantias escrituradas dos ativos e passivo nas IFRS e a base de imposto correspondente utilizada no cálculo do lucro tributável e em relação a todos os ajustamentos de consolidação que afetam o resultado líquido e a compensação de prejuízos fiscais não utilizada.

Os ativos fiscais diferidos só são reconhecidos em perdas fiscais não utilizadas, na medida em que seja provável que os lucros tributáveis estejam disponíveis em anos futuros e possam ser utilizados para contrapor perdas fiscais. Os impostos diferidos são calculados a taxas de imposto que se aplicam ao período em que o ativo será realizado ou o passivo for liquidado, utilizando taxas de imposto estabelecidas em leis que tinham sido promulgadas ou substantivamente promulgadas nos países individuais até à data de balanço.

Contabilização de locações Em conformidade com o IFRIC 4 Determinar se um Acordo contém uma Locação, se forem cumpridos os critérios específicos, determinados acordos deverão ser contabilizados como locações, embora não tomem a forma legal de um contrato de locação. Em particular, na Divisão de Gases, certos contratos de fornecimento de gás são classificados como locações embutidas se o cumprimento do acordo depender de um ativo específico e se a parcela de receita do cliente representar uma proporção esmagadora da capacidade de produção do ativo. Se existir uma locação embutida, os critérios estabelecidos na IAS 17 Locações são utilizados para examinar, em cada caso concreto, se, nos termos do contrato de fornecimento de gás, substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade da fábrica foram transferidos para o cliente, o que significará que constitui uma locação financeira incorporada. Isto envolve a separação da parte do contrato de fornecimento de gás que se relaciona com a locação embutida do resto do contrato. Em seguida, verificar-se-á se os pagamentos mínimos da locação assim identificados ascendem substancialmente a todo o valor justo da fábrica e se o prazo mínimo da locação abrange a maior parte da vida económica das fábricas.

Quando se classificar a aquisição de contratos de locação, a Linde deverá igualmente fazer suposições: por exemplo, para determinar a taxa de juro adequada ou o valor residual ou a vida útil estimada dos ativos subjacentes. Se a Linde for a locatária, no âmbito de um contrato de locação financeira, os ativos são divulgados no início da locação, em ativos tangíveis, pelo valor justo do bem locado ou, se for inferior, pelo valor presente dos pagamentos futuros da locação. Está estabelecido o passivo correspondente das locações financeiras

Os pagamentos de arrendamento e de locação feitos no âmbito de locações operacionais, são reconhecidos nos custos funcionais da demonstração de lucros ou prejuízos, numa base linear, durante o prazo de locação. Normas contabilísticas recentemente emitidas O IASB e o IFRIC reviram inúmeros padrões e emitiram muitos outros novos no decurso dos seus projetos para desenvolverem as IFRS e alcançarem a convergência com os US GAAP. Destes, são obrigatórios os seguintes padrões nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Linde relativas ao exercício encerrado a 31 de dezembro de 2016: ― Alterações à IFRS 11 Acordos Conjuntos:

Contabilização da Aquisição de Interesses em Operações Conjuntas

― Alterações à IAS 16 Ativos Fixos Tangíveis e IAS 38 Ativos Intangíveis: Clarificação de Métodos de Depreciação e Amortização Permitidos

― Melhorias anuais das IFRS (2012-2014) ― Alteração à IAS 1: Iniciativa de Divulgação ― Alterações à IAS 19: Planos de Benefícios Definidos:

Contribuições dos empregados ― Melhorias anuais das IFRS (2010-2012)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO PRINCÍPIOS GERAIS

Padrões contabilísticos recentemente emitidos que ainda não foram aplicados Os seguintes padrões foram emitidos pelo IASB, mas não foram aplicados nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Linde, relativas ao exercício encerrado a 31 de dezembro de 2016, uma vez que ainda não entraram em vigor e/ ou ainda não foram adotados pela União Europeia: ― IFRS 15 Receitas de Contratos com Clientes

incluindo Alterações à IFRS 15 (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018)

― Esclarecimentos relativos à IFRS 15 Receitas de Contratos com Clientes incluindo Alterações à IFRS 15 (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018)

― IFRS 9 Instrumentos Financeiros (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018)

― Alterações à IFRS 10 e IAS 28: Venda ou Contribuição de Ativos entre um Investidor e uma Associada ou um Empreendimento Conjunto (primeira aplicação adiada indefinidamente pelo IASB)

― IFRS 16 Locações (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2019)

― Alterações à IAS 12: Reconhecimento de Impostos Diferidos para Perdas Não Realizadas (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2017)

― Alterações à IAS 7: Iniciativa de Divulgação (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2017)

― Alterações à IFRS 2 Pagamento Baseado em Ações (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018)

― Melhorias anuais das IFRS (2014-2016), (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2017/ 1 de janeiro de 2018)

― IFRIC 22 Operações em Moeda Estrangeira e Contraprestação Antecipada (primeira aplicação, em conformidade com o IASB, para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018)

IFRS 15 O novo padrão de reconhecimento da receita visa criar um quadro que reúna a multiplicidade de regras que foram até agora estabelecidas numa série de padrões e interpretações diferentes. Em conformidade com a IFRS 15, a receita deverá ser reconhecida quando o controlo sobre os bens ou serviços em questão tiver passado para o cliente. Isto significa que o princípio da transferência de controlo substitui o princípio da transferência de riscos e benefícios.

No futuro, as empresas, ao elaborarem as suas demonstrações financeiras, em conformidade com as IFRS, determinarão quando se deverá reconhecer uma receita (em que momento ou em que período) e a quantidade de receita que deverá ser reconhecida, através da aplicação de cinco etapas. As novas provisões (com a exceção das alterações à IFRS 15) foram aprovadas pela União Europeia em 2016 e são obrigatórias para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018. É permitida a aplicação antecipada. A IFRS 15 substitui a IAS 11 Contratos de Construção e a IAS 18 Receita, bem como as interpretações correspondentes.

A Linde lançou um projeto a nível do Grupo acerca da introdução da IFRS 15, que compreende duas fases (fase de análise e implementação). A fase de análise envolve a análise dos principais tipos de contratos relativos às disposições da IFRS 15. Esta análise foi amplamente concluída na data do balanço. O próximo passo, a fase de implementação, envolverá a implementação dos ajustamentos necessários que foram identificados nos processos/ sistemas de TI e formação das empresas do Grupo sobre as disposições da IFRS 15 e – quando for necessário – sobre os novos processos. A Linde identificou as obrigações de desempenho da Divisão de Gases, da Divisão de Engenharia e da empresa de serviços logísticos Gist do segmento de Outras Atividades, com base no modelo de cinco etapas, de acordo com a IFRS 15, e avaliou o impacto destas obrigações de desempenho em potenciais alterações no reconhecimento da receita, em conformidade com a IFRS 15.

Até à data, a análise da IFRS 15 não revelou quaisquer alterações significativas relacionadas com a transição para a IFRS 15 e a sua aplicação futura. Os contratos de construção da Divisão de Engenharia que são medidos através do método PoC satisfazem ainda as exigências de reconhecimento da receita relativas ao período sob a IFRS 15.

As exigências do IFRS 15 alterarão a apresentação das demonstrações financeiras anuais em relação à informação dsponibilizada nas Notas. De futuro, será disponibilizada informação quantitativa e qualitativa sobre os ativos e passivos contratuais, em particular, dos contratos com os clientes. Se uma das partes tiver cumprido as suas obrigações contratuais, então, a empresa terá de reportar o contrato como um ativo contratual ou passivo contratual, consoante a empresa tiver prestado o seu serviço ou o cliente tiver feito o pagamento. Todos os direitos incondicionais ao recebimento de uma contraprestação deverão ser reportados separadamente por uma empresa como um conta a receber.

A Linde aplicará o padrão pela primeira vez no exercício de 2018, aplicando o método retrospetivo modificado.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

IFRS 9 A IFRS 9 “Instrumentos Financeiros”, que foi publicada em julho de 2014, substitui as orientações existentes na IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”. As novas disposições foram aprovadas pela União Europeia em 2016 e são obrigatórias para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018. No futuro, os ativos financeiros serão classificados e avaliados com base no modelo de negócio em que se baseia a carteira e na natureza dos fluxos de caixa gerados pelo instrumento financeiro. As disposições para o passivo financeiro foram em grande parte retomadas da IAS 39. A IFRS 9 contém igualmente novas disposições sobre a imparidade dos instrumentos financeiros, que agora se baseia nas perdas de crédito esperadas e disposições sobre a contabilidade de cobertura que visam trazer a contabilidade mais para perto, em linha com a gestão de riscos. No exercício de 2016, o Grupo Linde efetuou um inventário completo dos seus instrumentos financeiros, alocou-os aos modelos de negócio e, consequentemente, definiu as categorias de medição de acordo com a IFRS 9. Em comparação com a IAS 39, a categorização dos instrumentos financeiros não resulta em grandes mudanças na medição. Estão a ser desenvolvidos modelos adequados para implementar as novas disposições sobre imparidades, em particular, para determinar as taxas de incumprimento das dívidas comerciais a receber. De momento, os efeitos não podem ainda ser quantificados de forma fiável. Uma análise das atualmente designadas relações de cobertura revelou que, com toda a probabilidade, obedecerão às disposições estabelecidas na IFRS 9, embora as exigências de documentação e eficácia venham a ter de ser ajustadas quando a IFRS 9 entrar em vigor.

A Linde aplicará o padrão pela primeira vez no exercício de 2018. As alterações aos métodos contabilísticos são geralmente aplicadas através da utilização do método retrospetivo, com exceção dos cenários abaixo apresentados: ― Não ajustamento da informação comparativa de

períodos anteriores, no que respeita a alterações na classificação e medição (incluindo imparidades). As diferenças entre as quantias escrituradas de ativos financeiros e passivo financeiro, devido à aplicação do IFRS 9 pela primeira vez, serão, como regra geral, reconhecidas a 1 de janeiro de 2018, em reservas de receita e alterações cumulativas de capital próprio.

― As novas disposições sobre contabilidade de cobertura serão aplicadas prospetivamente.

IFRS 16 A IFRS 16 especifica de que modo um relator de IFRS reconhecerá, medirá, apresentará e divulgará as locações. O novo padrão disponibiliza agora um modelo de contabilidade de locatário único, exigindo que os locatários reconheçam os ativos e o passivo para todas as locações, a menos que o prazo de locação seja de doze meses ou inferior ou o ativo subjacente tenha um valor baixo (opção em cada caso). Os locadores continuam a classificar as locações como operacionais ou financeiras, com a abordagem da IFRS 16 à contabilidade do locador a ficar praticamente inalterada em relação à sua antecessora, a IAS 17.

A Linde celebra contratos de locação principalmente como locatário. O número de locações operacionais é muito superior ao número de locações financeiras. Assim, a aplicação da IFRS 16 resultará num aumento quer dos ativos quer do passivo financeiro da Linde. Não se prevê qualquer impacto significativo nas locações financeiras. A Linde deverá utilizar as opções relativas a contratos de locação de curto prazo e de baixo valor. No que se refere às disposições transitórias, é provável que a Linde aplique o método retrospetivo modificado. Atualmente, o Grupo planeia aplicar a IFRS 16 pela primeira vez a 1 de janeiro de 2019. O impacto quantitativo da IFRS 16 está ainda a ser analisado.

Os restantes padrões não têm um impacto significativo nos ativos líquidos, na situação financeira e nos resultados das operações do Grupo Linde.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS DO GRUPO

NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS DO GRUPO [6] Receita A receita é analisada por atividade na informação por segmentos das demonstrações financeiras do Grupo. Em 2016, não havia clientes de que o Grupo fizesse derivar mais de 10 por cento da sua receita. Para uma análise pormenorizada da receita por produto, da Divisão de Gases, e por tipo de fábrica, da Divisão de Engenharia, ver ► PÁGINAS 52 A 58 do relatório de gestão combinada. 57. RECEITA

em milhões de EUR 2015 2016

Receita da venda de produtos e serviços 15 519 15 260

Receita de contratos de construção a longo prazo 1826 1688

TOTAL 17 345 16 948

[7] Outras receitas e despesas operacionais 58. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

em milhões de EUR 2015 2016

Ganhos cambiais 117 60

Lucro na alienação de ativos não correntes 36 150

Pagamentos compensatórios recebidos 18 28

Rendimentos decorrentes de alterações nos regimes de pensões 42 45

Receitas acessórias 13 15

Rendimentos por desmobilização de provisões 24 27

Receitas financeiras de contratos de construção a longo prazo 18 14

Rendimentos de coberturas cambiais independentes 15 20

Receitas operacionais diversas 136 108

TOTAL 419 467

O aumento de 48 milhões de EUR nas outras receitas operacionais foi, em grande parte, o resultado do aumento do lucro na alienação de ativos não correntes. Isso inclui igualmente o lucro pela alienação programada de ativos não correntes classificados como detidos para venda e grupos para alienação. 59. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS em milhões de EUR 2015 2016

Perdas cambiais 101 72

Despesas de coberturas cambiais independentes 9 9

Perdas na alienação de ativos não correntes 21 25

Despesas relacionadas com regimes de trabalho a tempo parcial de pré-reforma 3 2

Impostos 23 27

Despesas operacionais diversas 94 143

TOTAL 251 278

O aumento de 27 milhões de EUR das despesas operacionais deveu-se principalmente ao aumento das despesas operacionais diversas.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[8] Outra informação sobre a demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo No exercício de 2016, foram reconhecidos 3724 milhões de EUR (2015: 3829 milhões de EUR) de despesas com pessoal de operações continuadas nos custos funcionais. A queda das despesas deveu-se principalmente ao facto de os custos de reestruturação terem sido menores do que no ano anterior e a efeitos cambiais positivos. Os valores para a amortização e depreciação são dados na informação por segmentos.

[9] Receitas e despesas financeiras 60. RECEITAS FINANCEIRAS em milhões de EUR 2015 2016

Receita líquida de juros de planos de benefícios definidos, ► NOTA [21] 7 7

Receitas financeiras de locações financeiras, em conformidade com o IFRIC 4/ IAS 17 19 15

Rendimentos de investimentos – 1

Outros juros e rendimentos similares 16 6

TOTAL 42 29

A queda na receita financeira deve-se em grande parte à redução de outros juros e rendimentos similares, pois as taxas de juro a serem aplicadas no exercício de 2016 foram menores do que no ano anterior. 61. DESPESAS FINANCEIRAS em milhões de EUR 2015 2016

Despesa líquida com juros de planos de benefícios definidos, ► NOTA [21] 31 30

Imparidade de ativos financeiros 1 4

Outros juros e encargos similares 407 319

TOTAL 439 353

A descida de outros juros e encargos similares pode ser atribuída principalmente ao resgate antecipado de duas obrigações híbridas no montante de 700 milhões de EUR e 250 milhões de GBP, que geraram juros a uma taxa de, respetivamente, 7,375 por cento e 8,125 por cento.

Nas receitas de juros e despesas com juros, os ganhos e as perdas da contabilidade de cobertura do valor justo são compensados entre si, de modo a refletirem, de forma correta, o efeito económico da relação de cobertura subjacente. As receitas de juros e as despesas com juros referentes a derivados são igualmente apresentadas líquidas.

[10] Impostos sobre o rendimento 62. DESPESA COM O IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO em milhões de EUR 2015 2016

Despesa (+) e receita (–) fiscal correntes 464 499

Despesa (+) e receita (–) fiscal relativa a períodos anteriores 13 23

Despesa fiscal diferida (+) e receita fiscal diferida (–) –81 –98

TOTAL 396 424 No período de referência, a despesa e receita fiscal relativa a períodos anteriores inclui a despesa fiscal corrente de 15 milhões de EUR (2015: receita fiscal corrente de 43 milhões de EUR) e a receita fiscal diferida de 8 milhões de EUR (2015: despesa fiscal diferida de 30 milhões de EUR). Incluída na receita e despesa fiscal relativa a períodos anteriores estão os efeitos positivos e negativos dos factos apurados por auditorias fiscais externas em vários países. Do montante total da receita fiscal diferida, 75 milhões de EUR (2015: 76 milhões de EUR) dizem respeito à variação em diferenças temporárias.

A despesa com impostos sobre o rendimento, de 424 milhões de EUR, divulgada para o exercício de 2016, é 56 milhões de EUR menor do que a despesa com impostos sobre o rendimento prevista de 480 milhões de EUR, um valor teórico que resulta da aplicação da taxa de imposto alemão de 27,4 por cento (2015: 27,4 por cento) ao lucro do Grupo antes de impostos. Os efeitos fiscais reconhecidos diretamente no capital próprio são apresentados em pormenor na ►

NOTA [20]. A diferença entre a despesa com imposto sobre o

rendimento prevista e o valor divulgado é explicada a seguir:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS DO GRUPO 63. DESPESA COM IMPOSTOS ESPERADA E DIVULGADA em milhões de EUR 2015 2016

Lucro antes de impostos 1632 1751

Taxa de imposto sobre o rendimento da Linde AG (incluindo imposto sobre as vendas, (em %) 27,4 27,4

DESPESA PREVISTA COM O IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 447 480

Diferencial da taxa de tributação estrangeira –3 –54

Efeito das associadas –3 –4

Redução do imposto devido a rendimentos isentos de imposto –147 –96

Aumento do imposto devido a despesas não dedutíveis 63 43

Despesa com impostos e rendimento relativo a períodos anteriores 13 23

Efeito das variações na taxa de imposto –7 –9

Variação em outras diferenças permanentes –14 30

Outras 47 11

DESPESA COM O IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DIVULGADA 396 424

Taxa fiscal efetiva (em %) 24,3 24,2

No exercício de 2016, a taxa de imposto sobre o rendimento das sociedades foi, na Alemanha, de 15,0 por cento (2015: 15,0 por cento). Levando em conta uma taxa média de imposto sobre ganhos comerciais de 11,6 por cento (2015: 11,6 por cento) e a sobretaxa de solidariedade (0,8 por cento, quer em 2016 como em 2015), resulta numa taxa de imposto das empresas alemãs de 27,4 por cento (2015: 27,4 por cento). Esta taxa de imposto é igualmente utilizada para calcular os impostos diferidos nas empresas alemãs.

As taxas de imposto sobre o rendimento das empresas fora da Alemanha variam entre 12,5 por cento e 40,0 por cento.

As diferenças temporárias, relacionadas com investimentos em subsidiárias, de 128 milhões de EUR (2015: 120 milhões de EUR), não conduziram ao reconhecimento de impostos diferidos, quer porque não se espera que as diferenças se revertam num futuro próximo, como resultado da sua realização (devido a distribuições ou a alienação da empresa), quer porque os lucros não estão sujeitos a tributação.

No período de referência, as outras variações consistiram numa despesa decorrente de uma alteração na provisão para desvalorização de 3 milhões de EUR (2015: despesa de 47 milhões de EUR). Tal como no ano anterior, o reconhecimento de um ativo fiscal diferido, em relação a perdas transitadas não reconhecidas anteriormente, e as diferenças temporárias não tiveram nenhum impacto positivo. O impacto positivo da utilização da compensação de prejuízos fiscais, em relação à qual o ativo fiscal diferido não tinha ainda sido reconhecido, chegou a 4 milhões de EUR em 2015.

64. ATIVOS E PASSIVOS FISCAIS DIFERIDOS

2015 2016

em milhões de EUR Ativos fiscais diferidos

Passivos fiscais diferidos

Ativos fiscais diferidos

Passivos fiscais diferidos

Ativos intangíveis 5 763 5 702

Ativos tangíveis 266 1213 153 1156

Ativos financeiros 109 144 121 152

Ativos correntes 465 855 381 589

Provisões 334 199 447 205

Passivo 950 476 1076 674

Compensação de prejuízos fiscais e créditos fiscais 98 – – 112

Montantes compensados –1900 –1900 –1795 –1795

TOTAL 327 1750 500 1683

131

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132

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Os créditos fiscais do exercício de 2016 referem-se principalmente a incentivos de investimento, tal como no ano anterior.

Os movimentos no ativo fiscal diferido e passivo fiscal diferido não são apenas devidos a movimentos que tenham sido reconhecidos em lucros ou prejuízos, mas igualmente a movimentos que foram reconhecidos no outro rendimento integral, não afetando lucros ou prejuízos, movimentos da taxa de câmbio em relação a impostos diferidos reconhecidos em moeda estrangeira e movimentos em impostos diferidos como resultado da compra e venda de subsidiárias.

Os impostos diferidos divulgados no outro rendimento integral, não afetando lucros ou prejuízos, totalizaram 486 milhões de EUR (2015: 362 milhões de EUR). Desse montante, ativos fiscais diferidos de 419 milhões de EUR (2015: 294 milhões de EUR) disseram respeito a provisões, enquanto ativos fiscais diferidos de 67 milhões de EUR (2015: 68 milhões de EUR) disseram respeito a ativos correntes.

A quantia escriturada dos ativos fiscais diferidos é reduzida, na medida em que já não é provável que o ativo fiscal diferido seja realizado. A quantia escriturada dos ativos fiscais diferidos, relativa a potenciais reduções na base tributária de 993 milhões de EUR (2015: 1020 milhões de EUR), foi, por isso, reduzida em 220 milhões de EUR (2015: 225 milhões de EUR), uma vez que não é provável que sejam utilizados a compensação de prejuízos fiscais e os créditos fiscais subjacentes de 929 milhões de EUR (2015: 864 milhões de EUR) e as diferenças temporárias dedutíveis de 64 milhões de EUR (2015: 156 milhões de EUR). Do valor revisto total de potenciais reduções na base tributária de 929 milhões de EUR (2015: 864 milhões de EUR) que se relacionam com a compensação de prejuízos fiscais e créditos fiscais, 191 milhões de EUR (2015: 276 milhões de EUR) poderão transitar para um período de até dez anos e 738 milhões de EUR (2015: 588 milhões de EUR) poderão transitar para um período superior a dez anos.

Os ativos fiscais diferidos, relativos à compensação de prejuízos fiscais e créditos fiscais de 112 milhões de EUR (2015: 98 milhões de EUR), foram reconhecidos, principalmente, porque se prevê que haja um lucro tributável para contrapor aos prejuízos fiscais não utilizados e os créditos fiscais possam ser compensados. 65. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS AINDA NÃO

UTILIZADOS em milhões de EUR 2015 2016

Podem ser compensados até 10 anos 323 282

Podem ser compensados em mais de 10 anos 39 75

Podem ser compensados indefinidamente 650 735

TOTAL 1012 1092 O movimento de compensação de prejuízos fiscais é principalmente devido a adições no Brasil, no Canadá, na Finlândia, em Hong Kong e na Índia, assim como a reduções na Alemanha e na Rússia. Houve igualmente uma compensação de prejuízos fiscais, de 782 milhões de EUR (2015: 416 milhões de EUR), relativa ao imposto estadual dos EUA

As distribuições aos acionistas da Linde AG não têm qualquer impacto nos impostos sobre o rendimento, ao nível da Linde AG.

[11] Lucros por ação 66. LUCROS POR AÇÃO em milhões de EUR 2015 2016

Resultado do exercício de operações continuadas – atribuível aos acionistas da Linde AG 1133 1206

Ações em milhares de unidades

Número médio ponderado de ações em circulação 185 638 185 636

Diluição como resultado dos planos de opção sobre ações 417 360

Número médio ponderado de ações em circulação – diluídos 186 055 185 996

LUCROS POR AÇÃO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS em EUR – NÃO DILUÍDOS 6,10 6,50

LUCROS POR AÇÃO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS em EUR – DILUÍDOS 6,09 6,48 Incluída no valor dos lucros por ação diluídos está a questão das ações relativas aos planos de opção sobre ações dos colaboradores, na medida em que estas ainda não tenham sido exercidas. As opções emitidas estão igualmente incluídas no cálculo do número médio ponderado de ações em circulação (totalmente diluídas), numa base ponderada, até à data em que serão exercidas.

A informação complementar sobre os planos de opção é dada na ► NOTA [26].

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO

NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO [12] Goodwill/ outros ativos intangíveis 67. CRONOGRAMA DO MOVIMENTO DE ATIVOS INTANGÍVEIS – CUSTO DE AQUISIÇÃO

em milhões de EUR Goodwill Relações com

os clientes Marcas Outros ativos

intangíveis Total

A 1.01.2015 11 062 3607 516 1354 16 539

Ajustamentos cambiais 506 119 17 34 676

Adições devido a aquisições 45 7 2 – 54

Adições – 1 – 46 47

Alienações – 61 – 18 79

Reclassificações – 2 – 14 16

Reclassificação como ativos mantidos para venda –2 – – – –2

A 31.12.2015/ 1.01.2016 11 611 3675 535 1430 17 251

Ajustamentos cambiais –7 –63 –2 1 –71

Adições devido a aquisições 146 29 7 – 182

Adições – – – 52 52

Alienações 2 – 28 94 124

Reclassificações – – – 29 29

Reclassificação como ativos mantidos para venda –336 –146 –2 –21 –505

A 31.12.2016 11 412 3495 510 1397 16 814

133

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

68. CALENDÁRIO DE ATIVOS INTANGÍVEIS – AMORTIZAÇÃO ACUMULADA

em milhões de EUR Goodwill Relações com

os clientes Marcas Outros ativos

intangíveis Total

A 1.01.2015 7 1444 202 909 2562

Ajustamentos cambiais – 51 6 21 78

Amortização – 182 26 109 317

Imparidades – – – 2 2

Alienações – 54 – 18 72

Reclassificações – 2 – –2 –

A 31.12.2015/ 1.01.2016 7 1625 234 1021 2887

Ajustamentos cambiais 1 –13 –1 – –13

Depreciação – 162 20 116 298

Imparidades – – – 7 7

Alienações 1 – 28 80 109

Reclassificações – – – 11 11

Reclassificação como ativos mantidos para venda – –94 – –18 –112

A 31.12.2016 7 1680 225 1057 2969

QUANTIA ESCRITURADA LÍQUIDA A 31.12.2015 11 604 2050 301 409 14 364

QUANTIA ESCRITURADA LÍQUIDA A 31.12.2016 11 405 1815 285 340 13 845

134

A 31 de dezembro de 2016, na demonstração de situação financeira, o valor total de goodwill foi de 11 405 milhões de EUR (2015: 11 604 milhões de EUR). O goodwill oriundo de aquisições feitas no exercício de 2016 foi de 146 milhões de EUR (2015: 45 milhões de EUR).

Na data de balanço, a quantia escriturada líquida total das marcas comerciais adquiridas no decurso das aquisições era de 285 milhões de EUR (2015: 301 milhões de EUR). As marcas comerciais adquiridas no decurso da aquisição do BOC e de outras aquisições foram classificadas como ativos intangíveis com vidas úteis definidas, desde o exercício de 2011, quando se iniciou um programa, de longo prazo, de renovação das marcas relevantes. Estas marcas comerciais são amortizadas, numa base linear, durante um período de dez a doze anos. A 31 de dezembro de 2016, a sua quantia escriturada líquida era de 169 milhões de EUR (2015: 187 milhões de EUR).

As marcas comerciais adquiridas no decurso da aquisição da Lincare têm uma vida útil indefinida e estão incluídas na região da América do Norte. Foram objeto de um teste de imparidade em 2016, com base em pressupostos de uma taxa de juro antes de impostos de 12,4 por cento e um crescimento do valor terminal de 1,0 por cento. A 31 de dezembro de 2016, a quantia escriturada destas marcas comerciais era de 116 milhões de EUR (2015: 114 milhões de EUR).

A despesa de amortização de ativos intangíveis, com vidas úteis definidas de 298 milhões de EUR (2015: 317 milhões de EUR), é divulgada nos custos funcionais, principalmente em despesas de marketing e vendas.

As soluções de aplicações informáticas são o principal componente dos outros ativos intangíveis.

A 30 de setembro, foi realizado um teste de imparidade do goodwill. Como resultado, não foram reconhecidas perdas por imparidade. Tal como ano anterior, a quantia recuperável de goodwill foi determinada como o seu valor de uso. Para calcular o seu valor de uso, foi utilizado um método de fluxo de caixa descontado. Foi utilizado um plano pormenorizado a cinco meses como base para o cálculo dos fluxos de caixa. As taxas de crescimento económico e as condições gerais esperadas para o período de planeamento minucioso, basearam-se nas últimas estimativas do instituto de investigação económica internacional Oxford Economics. Esperava-se que a margem de exploração dos segmentos individuais permanecesse em grande parte estável, em todo o período de planeamento pormenorizado, ao nível visto em 2016. A inflação esperada para o período que se estende para além do período de planeamento é de 0,5% para todas as unidades geradoras de caixa.

O custo do capital aumentou a 31 de dezembro de 2016, devido a um nível mais alto da taxa de juro em geral. Os cálculos de sensibilidade realizados nessa base não resultaram em prejuízos. Ao nível da unidade geradora de caixa das Américas, teria sido necessário um aumento isolado de 1,9 pontos percentuais no custo de capital para resultar num valor de uso igual ao da quantia escriturada,. Nas restantes UGC, se este aumento no custo de capital tivesse sido aplicado, o valor de uso ainda teria excedido a quantia escriturada.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO 69. PRESSUPOSTOS PARA O TESTE DE IMPARIDADE DE GOODWILL

Quantia escriturada do goodwill imputado

CMPC antes de impostos com base nos prémios e descontos específicos da região na data do teste

de imparidade

CMPC depois de impostos com base nos

prémios e descontos específicos da região na

data do teste de imparidade

Taxa média de crescimento anual do

produto interno bruto no período de planeamento

Taxa média de crescimento anual da produção industrial no

período de planeamento Taxa de crescimento a

longo prazo

em milhões de EUR em % em % em % em % em %

31.12.

2015 31.12.

2016 31.12.

2015 30.09.

2016 31.12.

2015 30.09.

2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

EMEA 5098 4986 8,1 6,9 6,4 5,6 2,0 1,9 1,9 1,6 0,5 0,5

Ásia/ Pacífico 1967 1992 8,2 7,0 6,4 5,5 4,1 4,2 3,9 3,7 0,8 0,8

Américas 3916 4150 9,4 8,0 6,2 5,4 2,5 2,0 2,7 1,8 0,8 0,8

Divisão de Engenharia 277 277 8,6 7,6 6,6 5,7 3,2 3,2 3,0 2,7 0,8 0,8

Outras atividades 346 – 5,1 – 4,2 – 2,5 – 1,2 – 0,8 –

GRUPO 11 604 11 405

[13] Ativos tangíveis 70. CALENDÁRIO DE ATIVOS TANGÍVEIS – CUSTO DE AQUISIÇÃO

em milhões de EUR

Terrenos, direitos

fundiários e edifícios

Equipamento técnico e

maquinaria

Outro equipamento,

mobiliário e acessórios

Fábricas em construção Total

A 1.01.2015 3017 23 125 1567 2087 29 796

Ajustamentos cambiais 47 674 –7 –4 710

Adições devido a aquisições 6 29 – 5 40

Adições 38 538 95 1218 1889

Alienações 24 288 71 2 385

Reclassificações 42 1333 30 –1380 25

Reclassificação como ativos mantidos para venda –2 –4 – – –6

A 31.12.2015/ 1.01.2016 3124 25 407 1614 1924 32 069

Ajustamentos cambiais –37 110 12 22 107

Adições devido a aquisições 5 80 6 1 92

Adições 29 902 96 650 1677

Alienações 62 451 64 115 692

Reclassificações 61 1096 38 –1194 1

Reclassificação como ativos mantidos para venda –160 –207 –26 –1 –394

A 31.12.2016 2960 26 937 1676 1287 32 860

135

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

71. CALENDÁRIO DE ATIVOS TANGÍVEIS – DEPRECIAÇÃO ACUMULADA

em milhões de EUR

Terrenos, direitos

fundiários e edifícios

Equipamento técnico e

maquinaria

Outro equipamento,

mobiliário e acessórios

Fábricas em construção Total

A 1.01.2015 1406 14 980 1125 134 17 645

Ajustamentos cambiais 27 378 –6 8 407

Depreciação 92 1365 111 – 1568

Imparidades 1 6 1 1 9

Alienações 20 276 70 1 367

Reclassificações – 64 –14 –21 29

Reclassificação como ativos mantidos para venda –1 –3 – – –4

A 31.12.2015/ 1.01.2016 1505 16 514 1147 121 19 287

Ajustamentos cambiais –26 26 8 –2 6

Depreciação 89 1383 121 – 1593

Imparidades – 17 – – 17

Alienações 33 372 58 114 577

Reclassificações 1 26 –14 – 13

Reclassificação como ativos mantidos para venda –91 –125 –19 – –235

A 31.12.2016 1445 17 469 1185 5 20 104

QUANTIA ESCRITURADA LÍQUIDA A 31.12.2015 1619 8893 467 1803 12 782

QUANTIA ESCRITURADA LÍQUIDA A 31.12.2016 1515 9468 491 1282 12 756

136

Os ativos tangíveis incluem edifícios locados, equipamento técnico, maquinaria e acessórios, numa quantia escriturada a totalizar 77 milhões de EUR (2015: 78 milhões de EUR). Dada a forma das locações financeiras subjacentes, estes ativos tangíveis são atribuíveis ao Grupo Linde, na sua qualidade de proprietário económico dos ativos. Do total de 77 milhões de EUR, 22 milhões de EUR (2015: 23 milhões de EUR) dizem respeito a terrenos e edifícios, 12 milhões de EUR (2015: 17 milhões de EUR) a equipamento técnico e maquinaria e 42 milhões de EUR (2015: 38 milhões de EUR) a veículos.

Igualmente incluído nos ativos tangíveis está o equipamento técnico, mantido no âmbito das locações operacionais embutidas do lado das vendas. Do total de pagamentos mínimos de locação devidos no futuro pelo cliente de tais locações operacionais embutidas, 75 milhões de EUR são devidos no prazo de um ano (2015: 64 milhões de EUR). 309 milhões de EUR são devidos no prazo de um a cinco anos (2015: 309 milhões de EUR) e 741 milhões de EUR são devidos num prazo superior a cinco anos (2015: 810 milhões de EUR).

Os testes de imparidade foram baseados na quantia recuperável dos ativos examinados, pelo que, em geral, foi aplicado o valor de uso. As taxas de desconto utilizadas (CMPC) foram idênticas às utilizadas no teste de imparidade de goodwill. Em 2016, foram reconhecidas perdas por imparidade em relação a ativos tangíveis de 17 milhões de EUR (2015: 9 milhões de EUR). As perdas por imparidade disseram principalmente respeito a fábricas de produção e foram atribuídas aos seguintes segmentos: 4 milhões de EUR

(2015: 2 milhões de EUR) à EMEA, 9 milhões de EUR (2015: 4 milhões de EUR) à Ásia/ Pacífico e 3 milhões de EUR (2015: 1 milhão de EUR) ao segmento das Américas. Na Divisão de Engenharia, foram reconhecidos 1 milhão de EUR (2015: 2 milhões de EUR). As perdas por imparidade relativas a ativos tangíveis são, em grande parte, incluídas no custo das vendas e nos custos de investigação e desenvolvimento.

Não houve reversões de perdas por imparidade em 2016 ou em 2015.

Durante a fase de construção, foram capitalizados 24 milhões de EUR (2015: 52 milhões de EUR) de custos de empréstimos, com base numa taxa de juro antes de impostos de 3,1 a 3,8 por cento (2015: 3,6 a 3,8 por cento).

No exercício de 2016, o custo dos ativos tangíveis foi reduzido por subsídios governamentais de 3 milhões de EUR (2015: 7 milhões de EUR).

Foram dados como garantia, ativos tangíveis de 48 milhões de EUR (2015: 56 milhões de EUR).

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO

[14] Investimentos em associadas e negócios conjuntos/ outros ativos financeiros 72. CALENDÁRIO DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS – CUSTO DE AQUISIÇÃO

em milhões de EUR

Investimentos em associadas e

negócios conjuntos (no capital próprio)

Outros investimentos

Empréstimos não correntes1 Total

A 1.01.2015 251 73 30 354

Ajustamentos cambiais 8 4 1 13

Adições 16 7 2 25

Alienações 22 29 2 53

Reclassificações – 6 –1 5

A 31.12.2015/ 1.01.2016 253 61 30 344

Ajustamentos cambiais –1 – –2 –3

Adições 19 21 11 51

Alienações 21 1 – 22

Reclassificações – –10 –2 –12

A 31.12.2016 250 71 37 358 1 18 milhões de EUR (2015: 12 milhões de EUR) dos empréstimos não correntes estão relacionados com empréstimos a associadas e negócios conjuntos. 73. CALENDÁRIO DE ATIVOS FINANCEIROS – AMORTIZAÇÃO ACUMULADA

em milhões de EUR

Investimentos em associadas e

negócios conjuntos (no capital próprio)

Outros investimentos

Empréstimos não correntes Total

A 1.01.2015 11 12 6 29

Imparidades – 12 4 16

A 31.12.2015/ 1.01.2016 11 24 10 45

Ajustamentos cambiais – 1 –1 –

Imparidades – 6 2 8

Alienações – 1 – 1

Reclassificações – –4 – –4

A 31.12.2016 11 26 11 48

QUANTIA ESCRITURADA LÍQUIDA A 31.12.2015 242 37 20 299

QUANTIA ESCRITURADA LÍQUIDA A 31.12.2016 239 45 26 310

Na Divisão de Gases, no exercício de 2016, a participação no lucro ou prejuízo de associadas e negócios conjuntos foi de 13 milhões de EUR (2015: 12 milhões de EUR). Na Divisão de Gases, 4 milhões de EUR do valor total disseram respeito ao segmento da EMEA (2015: 3 milhões de EUR) e 9 milhões de EUR ao segmento da Ásia/ Pacífico (2015: 11 milhões de EUR).

Na data de balanço, houve perdas não reconhecidas no lucro ou prejuízo de associadas e negócios conjuntos de 1 milhão de EUR (2015: 0 milhões de EUR).

Na data de balanço, não houve passivo contingente relativo a ações de associadas ou negócios conjuntos (2015: 0 milhões de EUR).

137

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138

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

A 31 de dezembro de 2016, havia encomendas em aberto, de negócios conjuntos e associadas, de 1 milhão de EUR (2015: 0 milhões de EUR). Tal como no ano anterior, não houve restrições significativas sobre a capacidade das associadas e negócios conjuntos transferirem dividendos ou fundos para a Linde nem para pagarem os empréstimos à Linde.

Mais informação sobre as associadas e negócios conjuntos é dada na ► NOTA [39]. 74. INFORMAÇÃO FINANCEIRA AGREGADA SOBRE

NEGÓCIOS CONJUNTOS (EM CAPITAL PRÓPRIO) em milhões de EUR 2015 2016

Resultado do exercício 14 14

Outro rendimento integral (líquido de impostos) 5 –2

RENDIMENTO INTEGRAL TOTAL 19 12

A informação financeira agregada sobre as associadas, com base no investimento efetuado nessas associadas detidas pela Linde, é imaterial e, por isso, não é divulgada separadamente.

[15] Existências 75. EXISTÊNCIAS em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

Matérias-primas, consumíveis e provisões 116 106

Produtos inacabados, serviços em curso 202 192

Produtos acabados 585 601

Mercadoria 227 223

Pré-pagamentos 111 109

TOTAL 1241 1231

A 31 de dezembro de 2016, a provisão total das existências era de 138 milhões de EUR (2015: 122 milhões de EUR).

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO

[16] Contas a receber de locações financeiras, dívidas comerciais a receber, outras contas a receber e outros ativos e contas a receber do imposto sobre o rendimento 76. CONTAS A RECEBER E OUTROS ATIVOS

Correntes Não correntes Total em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016

CONTAS A RECEBER DE LOCAÇÕES FINANCEIRAS 52 49 217 165 269 214

Contas a receber em percentagem de conclusão de contratos 174 160 – – 174 160

Outras dívidas comerciais a receber 2550 2595 2 2 2552 2597

DÍVIDAS COMERCIAIS A RECEBER 2724 2755 2 2 2726 2757

Outras contas a receber de impostos 226 198 19 21 245 219

Derivados com valores justos positivos 160 119 156 95 316 214

Custos com pensões pagas antecipadamente – – 118 115 118 115

Diversas contas a receber e ativos 392 471 133 147 525 618

OUTRAS CONTAS A RECEBER E OUTROS ATIVOS 778 788 426 378 1204 1166

CONTAS A RECEBER DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 277 199 9 7 286 206

Contas a receber de locações financeiras As contas a receber de locações financeiras referem-se, quase todas, a acordos classificados como locações financeiras incorporadas, em conformidade com o IFRIC 4/ IAS 17. O risco de contraparte, decorrente das contas a receber de locações financeiras, está coberto pelas fábricas de separação de gases e por outras fábricas subjacentes aos contratos.

77. CONTAS A RECEBER DE LOCAÇÕES FINANCEIRAS em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

TOTAL DOS PAGAMENTOS MÍNIMOS DE LOCAÇÕES (INVESTIMENTO BRUTO) 336 252

devidos no prazo de um ano 71 61

devidos em um a cinco anos 198 161

devidos em mais de cinco anos 67 30

VALOR PRESENTE DOS PAGAMENTOS MÍNIMOS DE LOCAÇÕES 269 214

devidos no prazo de um ano 52 49

devidos em um a cinco anos 157 138

devidos em mais de cinco anos 60 27

RENDIMENTO FINANCEIRO NÃO OBTIDO INCLUÍDO NOS PAGAMENTOS MÍNIMOS DE LOCAÇÕES 67 38

139

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Contas a receber da percentagem de conclusão de contratos As contas a receber da percentagem de conclusão (PoC) de contratos incluem a quantia agregada de custos incorridos e lucros reconhecidos, deduzidos os pagamentos adiantados recebidos.

Na data de balanço, os custos incorridos e os lucros reconhecidos, em contratos de construção a longo prazo, elevavam-se a 5035 milhões de EUR (2015: 4987 milhões de EUR), compensados por adiantamentos de 5846 milhões de EUR (2015: 5474 milhões de EUR). Isto deu origem a contas a receber de 160 milhões de EUR (2015: 174 milhões de EUR) e passivo de 971 milhões de EUR (2015: 661 milhões de EUR). Outras dívidas comerciais a receber As outras dívidas comerciais a receber são devidas de um grande número de clientes, de uma ampla variedade de sectores da indústria e de muitas regiões diferentes. Para aferir a capacidade de recuperação das contas a receber, o merecimento de crédito dos clientes está sujeito a revisão constante. Se for necessário, será subscrito um seguro de perda de crédito. 78. ATIVOS FINANCEIROS VENCIDOS MAS NÃO EM IMPARIDADE 2015, em milhões de EUR <30 dias 30-60 dias 60-90 dias 90-180 dias >180 dias

Dívidas comerciais a receber 319 50 32 1 1

Outras contas a receber e ativos – – – – –

2016, em milhões de EUR

Dívidas comerciais a receber 353 48 29 18 –

Outras contas a receber e ativos 1 – – 1 1

140

No caso dos ativos financeiros que não estão nem vencidos nem em imparidade, não havia indicações na data de balanço de qualquer potencial imparidade.

[17] Valores mobiliários No exercício de 2016, os valores mobiliários de curto prazo decresceram especificamente 290 milhões de EUR, para 131 milhões de EUR (2015: 421 milhões de EUR), principalmente como resultado de alienações.

A 31 de dezembro de 2016, havia valores mobiliários até à maturidade de 13 milhões de EUR (2015: 13 milhões de EUR).

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO

[18] Caixa e equivalentes de caixa A caixa e equivalentes de caixa de 1463 milhões de EUR (2015: 1417 milhões de EUR) consistiram, principalmente, em numerário em bancos e fundos do mercado monetário, que têm maturidades de três meses ou menos. 79. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

Saldos bancários 739 884

Fundos do mercado monetário 200 99

Cheques 5 4

Caixa 1 3

Equivalentes de caixa 472 473

TOTAL 1417 1463

Os equivalentes de caixa incluem um montante de 464 milhões de EUR (2015: 371 milhões de EUR) para os Anexos de Apoio ao Crédito (CSA) bilaterais. A informação explicativa sobre os CSA poderão ser encontradas na ► NOTA [27] INSTRUMENTOS FINANCEIROS.

[19] Ativos não correntes classificados como detidos para venda e grupos para alienação A 31 de dezembro de 2016, ativos no montante de 610 milhões de EUR e passivo no valor de 141 milhões de EUR foram reportados como ativos não correntes classificados como detidos para venda e grupos para alienação.

Estes relacionam-se principalmente com a empresa de serviços de logística Gist. Desde dezembro de 2016,

que o negócio da Gist, incluído no segmento Outras Atividades, foi mantido para venda e reportado como uma operação descontinuada. Isto significa que ativos com uma quantia escriturada de 585 milhões de EUR e passivo com uma quantia escriturada de 139 milhões de EUR foram reclassificados na demonstração da situação financeira do Grupo. Estes referem-se principalmente a goodwill (quantia escriturada líquida após amortização: 225 milhões de EUR), ativos tangíveis (109 milhões de EUR) e dívidas comerciais a receber (110 milhões de EUR). O negócio será provavelmente vendido no próximo ano, com base numa oferta de compra que já foi feita. A avaliação do grupo para alienação em valor justo, deduzidos os custos de venda, resultou numa perda por imparidade de 75 milhões de EUR.

Para além disso, ativos no valor de 18 milhões de EUR e passivo no valor de 2 milhões de EUR foram reportados como grupos para alienação não correntes mantidos para venda. Estes dizem respeito ao negócio de gases na Eslovénia, na Bósnia e na Croácia. O contrato de venda já foi assinado e o negócio deverá ser vendido no início deste ano. Os ativos foram sujeitos a uma imparidade de 6 milhões de EUR que foi reconhecida nas despesas de administração.

Outros 7 milhões de EUR dizem respeito à venda planeada de veículos no segmento da Ásia/ Pacífico. Os veículos foram adquiridos no período de referência e deverão ser vendidos de novo no decorrer dos próximos doze meses, no âmbito de um acordo operacional de venda seguida de locação.

Em 2016 como um todo, foram vendidos, conforme planeado, ativos não correntes detidos para venda no total de 95 milhões de EUR e passivo no total de 35 milhões de EUR. O lucro na alienação atingiu 46 milhões de EUR e é reportado em outras receitas operacionais.

As variações acumuladas no capital próprio não reconhecidas em lucros ou prejuízos contêm despesas relativas à avaliação em moeda estrangeira de ativos e passivo reportadas como mantidas para venda no montante de 97 milhões de EUR na data do balanço.

80. LUCRO DE OPÇÕES DESCONTINUADAS em milhões de EUR 2015 2016

Receita 607 602

Despesas 593 582

Perda resultante da avaliação pelo valor justo, deduzidos os custos de venda – 75

LUCRO ANTES DE IMPOSTOS DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 14 –55

Receitas fiscais provenientes de atividades ordinárias –2 –3

RESULTADO DO EXERCÍCIO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 16 –52

atribuível aos acionistas da Linde AG 16 –52

141

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[20] Capital próprio 81. CAPITAL PRÓPRIO em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

CAPITAL SOCIAL 475 476 940,80 475 476 940,80

Valor nominal das ações próprias 243 479,04 243 479,04

CAPITAL SOCIAL EMITIDO 475 233 461,76 475 233 461,76

CAPITAL AUTORIZADO (TOTAL) 84 119 265,28 94 000 000,00

Capital Autorizado I 47 000 000,00 47 000 000,00

Capital Autorizado II 37 119 265,28 47 000 000,00

CAPITAL AUTORIZADO CONDICIONALMENTE (TOTAL) 57 240 000,00 57 240 000,00

Capital autorizado condicionalmente em 2012 10 240 000,00 10 240 000,00

Capital autorizado condicionalmente em 2013 47 000 000,00 47 000 000,00

Capital social O capital social da empresa na data de balanço tem um montante de 475 476 940,80 EUR e está integralmente realizado. Está dividido em 185 733 180 ações, com um valor nominal nocional de 2,56 EUR por ação. As ações são ações sem valor nominal. Cada ação confere um direito de voto e beneficia de dividendo. Em conformidade com o § 71b da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG), a empresa não tem direito a dividendos ou a direitos de voto em relação às 95 109 ações próprias que detém a 31 de dezembro de 2016.

No exercício de 2016, não foram emitidas novas ações sem valor nominal. Isso significa que o capital subscrito pela empresa não variou em termos homólogos. 82. NÚMERO DE AÇÕES 2015 2016

NÚMERO DE AÇÕES A 1.01. 185 733 180 185 733 180

Número de ações a 31.12. 185 733 180 185 733 180

Ações próprias 95 109 95 109

NÚMERO DE AÇÕES EM CIRCULAÇÃO A 31.12. 185 638 071 185 638 071

Número de ações de Capital Autorizado I 18 359 375 18 359 375

Número de ações de Capital Autorizado II 14 499 713 18 359 375

142

Reserva de capital A reserva de capital compreende os prémios resultantes da emissão de ações e as despesas relacionadas com a emissão de direitos de opção para colaboradores, em conformidade com a IFRS 2 Pagamento com Base em Ações. Reservas de lucros Esta rubrica inclui os ganhos passados das empresas, incluídos nas demonstrações financeiras do Grupo, na medida em que não tenham sido distribuídos.

Além disso, foram reconhecidos em reservas de lucros os efeitos da remensuração de planos de benefícios definidos e os efeitos do limite num ativo de benefícios definidos (o limite do ativo é tal como está estabelecido na IAS 19.64). Isto torna bastante claro que estes montantes não serão transferidos para lucros ou prejuízos em períodos futuros. Foi reconhecido no

movimento um ativo fiscal diferido de 125 milhões de EUR, em reservas de lucros, como resultado de ganhos e perdas atuariais (2015: –56 milhões de EUR).

Variações acumuladas no capital próprio não reconhecidas na demonstração de lucros ou prejuízos Nesta rubrica são divulgadas as diferenças decorrentes da conversão das demonstrações financeiras das subsidiárias estrangeiras e os ganhos ou perdas da remensuração dos valores mobiliários e instrumentos de cobertura, contabilizados no capital próprio em vez de serem reconhecidos na demonstração de lucros ou prejuízos.

Os movimentos nas variações acumuladas no capital próprio não reconhecidas em lucros ou prejuízos foram os seguintes:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO 83. MOVIMENTO NAS VARIAÇÕES ACUMULADAS NO CAPITAL PRÓPRIO NÃO RECONHECIDAS NA DEMONSTRAÇÃO DE

LUCROS OU PREJUÍZOS

2015 2016

em milhões de EUR Antes de impostos Efeito fiscal Líquido

Antes de impostos Efeito fiscal Líquido

MOVIMENTO NAS VARIAÇÕES CAMBIAIS 1093 – 1093 –132 – –132

MOVIMENTO DOS GANHOS NÃO REALIZADOS/ PERDAS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA –9 2 –7 1 – 1

Movimento dos ganhos/ perdas não realizados acumulados –8 2 –6 1 – 1

Ganhos/ perdas realizados –1 – –1 – – – MOVIMENTO DOS GANHOS NÃO REALIZADOS/ PERDAS EM INSTRUMENTOS DE COBERTURA –484 7 –477 40 – 40

Movimento dos ganhos/ perdas não realizados acumulados –466 2 –464 64 –7 57

Ganhos/ perdas realizados –18 5 –13 –24 7 –17

Interesses que não controlam 84. INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

LINDE LIENHWA INDUSTRIAL GASES CO. LTD., Taiwan 268 272

African Oxygen Limited, África do Sul 73 94

BOC-TISCO GASES CO., Ltd., China 73 61

Shanghai HuaLin Industrial Gases Co. Ltd., China 50 47

Ma'anshan BOC-Ma Steel Gases Company Limited, China 49 47

LINDE INDIA LIMITED, Índia 47 46

MIG Production Company Limited, Tailândia 35 35

Linde Gas Algerie S. p. A., Argélia 31 34

Saudi Industrial Gas Company, Arábia Saudita 33 32

Linde Engineering (Dalian) Co. Ltd., China 24 23

Diversas outras empresas 188 212

TOTAL 871 903

Os direitos de voto dos acionistas que não controlam correspondem à sua quota no capital próprio das empresas em causa. Não é divulgada informação pormenorizada sobre as subsidiárias individuais que têm acionistas que não controlam, dado os valores individuais não serem materiais. A informação complementar sobre as empresas individuais é dada na lista de participações, nas ► PÁGINAS 178 A 193.

Gestão da estrutura de capital A gestão da estrutura de capital da Linde é baseada em vários indicadores de desempenho financeiro, tais como o rácio de fundos próprios e o fator de endividamento dinâmico. O objetivo da gestão da estrutura de capital é a obtenção de um acesso sem restrições ao mercado de capitais e conseguir uma notação forte de grau de investimento. A informação complementar sobre o assunto poderá ser encontrada no ► RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA NAS PÁGINAS 59 A 61.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[21] Provisões para pensões e obrigações similares 85. PROVISÕES PARA PENSÕES E OBRIGAÇÕES

SIMILARES em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

Provisões para pensões 1056 1552

Provisões para obrigações similares 12 12

PROVISÕES TOTAIS 1068 1564

Ativos líquidos de pensões 118 115

Os diferentes países têm diferentes sistemas de pensões, devido à variedade de condições jurídicas, económicas e fiscais aplicáveis em cada país. Estes são geralmente baseados na remuneração e no tempo de serviço dos colaboradores.

As provisões para obrigações similares incluem, na Alemanha, pagamentos intercalares, bem como outras obrigações.

Os regimes de pensão complementar de reforma tanto podem ser de contribuições definidas como de planos de benefícios definidos.

No caso dos planos de benefícios definidos, a obrigação da empresa é satisfazer os compromissos de benefícios definidos para colaboradores atuais e antigos. Poderão ser distinguidos dois métodos diferentes: o reconhecimento de provisões para pensões e a utilização de regimes de pensões financiados externamente. Os principais planos de benefícios definidos do Grupo Linde são descritos a seguir.

Na Alemanha, os compromissos de benefícios definidos dizem respeito a pensões de velhice, pensões de invalidez e pensões de dependentes sobreviventes. Estes compromissos baseiam-se, principalmente, em regras de pensões de contribuição definida, em que devem ser levados em consideração os direitos adquiridos para os períodos de serviço anteriores a 1 de janeiro de 2002, com base nas regras anteriores do regime de pensões do último salário. Além disso, existem compromissos diretos em relação ao regime de conversão salarial, sob a forma de planos de saldo de caixa. Os pagamentos de pensões resultantes são

calculados com base numa garantia de juros e no desempenho do investimento correspondente. Não há exigências de financiamento mínimo. As obrigações de pensão estão na Alemanha parcialmente financiadas por um Acordo Contratual de Confiança (CTA).

No Reino Unido, os compromissos de benefícios definidos acordados antes de 1 de julho de 2003 estão ligados às remunerações e dependentes do tempo de serviço, dizendo respeito a pensões de velhice, pensões de invalidez e pensões de dependentes sobreviventes.

A partir de 1 de abril de 2011, o montante de futuros aumentos de pensões indexados à inflação e de aumentos de emolumentos pensionáveis passou a ser restrito.

Estão em vigor exigências mínimas de financiamento, legais, regulamentares e contratuais. No Reino Unido, as obrigações de pensão estão, em grande medida, financiadas. Os planos de pensões de benefício definido foram fechados a novos participantes a partir de 1 de Julho de 2003.

Nos Estados Unidos, os compromissos de benefício definido dizem respeito a pensões de velhice, pensões de invalidez e pensões de dependentes sobreviventes. Os compromissos são baseados em regulamentos de pensões que estão dependentes do tempo de serviço e do salário do colaborador. A maioria dos planos de pensões assumem a forma de planos de saldo de caixa. Os participantes no plano têm a opção de escolher o pagamento de um montante fixo ou pagamentos anuais de pensão. O plano de saldo de caixa foi fechado para novos participantes, com efeitos a partir de 1 de julho de 2016. Para os participantes no plano existente, o plano de saldo de caixa chegará ao fim em 2021. Estão em vigor exigências mínimas de financiamento, legais e regulamentares.

Nos Estados Unidos, as obrigações de pensão estão atualmente totalmente financiadas.

O montante da obrigação de pensão (valor presente atuarial da obrigação de benefícios definidos ou DBO) foi calculada através de métodos de avaliação atuarial, que exigem a utilização de estimativas. Além de pressupostos sobre a mortalidade e a incapacidade, são igualmente relevantes os seguintes pressupostos que dependem da situação económica do país em questão, de modo que para os países classificados como "Outra Europa" e "Outros países" são dados os valores médios ponderados com base na obrigação:

144

86. PRESSUPOSTOS UTILIZADOS PARA O CÁLCULO DAS PROVISÕES PARA PENSÕES

Alemanha Reino Unido Outra Europa EUA Outros países em % 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Taxa de desconto 2,50 1,90 3,90 2,70 1,64 1,55 3,60 3,40 4,05 4,40

Crescimento dos benefícios futuros 2,50 2,53 2,50 2,50 1,84 1,64 – – 3,98 3,71

Crescimento das pensões 1,63 1,65 3,28 3,40 1,05 1,09 1,96 1,88 1,41 1,51

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO O crescimento dos benefícios futuros compreende os aumentos futuros esperados de salários, que são estimados anualmente, levando em conta a inflação e a situação económica.

A análise de sensibilidade seguinte demonstra em que medida o valor presente da obrigação de benefícios definidos varia quando, em cada caso, apenas um dos pressupostos atuariais varia, enquanto os outros pressupostos atuariais permanecem os mesmos.

No caso dos planos de pensões da Alemanha, um aumento de um ano na esperança de vida resultaria num aumento da obrigação de benefícios definidos de 5,4 por cento. A análise de sensibilidade da esperança de vida na Alemanha baseia-se em fundos de pensão mantidos a 31 de dezembro de 2016.

No caso dos planos de pensões do Reino Unido, um aumento de um ano da esperança de vida resultaria num aumento de 4,0 por cento da DBO (2015 3,0 por cento). No caso dos planos de pensões dos Estados Unidos, não foi elaborada uma análise de sensibilidade da esperança de vida, uma vez que, geralmente, os participantes no plano aproveitam a opção de ser pago um montante fixo.

Na Alemanha, a esperança de vida é calculada com base nas “tabelas de mortalidade 2005 G”, produzidas pelo Professor Dr. Klaus Heubeck. Os planos de pensões do Reino Unido utilizam as suas próprias tabelas de mortalidade e os seus pressupostos biométricos. Estes são determinados com base na experiência real de um conjunto de planos de pensões comparáveis. Na data de balanço, a esperança média de vida aplicável aos planos de pensões do Reino Unido era de 22,0 anos para um pensionista do sexo masculino com 65 anos (2015 22,0 anos) e de 23,6 anos para uma pensionista do sexo feminino com 65 anos (2015: 23,5 anos), enquanto a esperança média de vida futura, dos membros ativos dos planos de pensões, na idade de reforma, aos 65 anos, está neste momento nos 23,9 anos para os homens com 45 anos (2015: 23,8 anos) e nos 26,2 anos para as mulheres com 45 anos (2015: 26,1 anos).

A 31 de dezembro de 2016, a duração média ponderada da obrigação de benefícios definidos, no Grupo Linde, é de 17,8 anos (2015: 16,8 anos)

87. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Variação Taxa de desconto Crescimento dos benefícios futuros Crescimento das pensões

em milhões de EUR +50 pb –50 pb +50 pb –50 pb +50 pb –50 pb

31.12.2015 –111 125 10 –11 68 –62

Alemanha 31.12.2016 –133 151 72 –66 12 –13

31.12.2015 –349 383 – – 307 –284

Reino Unido 31.12.2016 –396 437 15 –15 353 –326

31.12.2015 –35 39 9 –8 17 –27

Outra Europa 31.12.2016 –48 54 6 –5 32 –28

31.12.2015 –29 30 2 –2 – –

EUA 31.12.2016 –27 28 – – – –

31.12.2015 –11 16 4 –7 3 –3 Outros países 31.12.2016 –12 13 3 –7 3 –3

31.12.2015 –535 593 25 –28 395 –376

TOTAL 31.12.2016 – 616 683 96 –93 400 –370

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016 88. RECONCILIAÇÃO DA DBO E DOS ATIVOS DO PLANO

Alemanha Reino Unido

em milhões de EUR Obrigação de

benefícios definidos Ativos do plano

Obrigação de benefícios

definidos Ativos do plano

A 1.01.2015 1432 –788 3984 –3838

Custo do serviço 42 – 52 –

Custo do serviço corrente 42 – 52 –

Custo do serviço passado – – – – Efeitos de cortes no plano – – – – Efeitos de liquidações do plano – – – –

Despesas com juros (+)/ receitas de juros (–) 31 –17 152 –147

Remensurações –75 11 –234 167

Retorno sobre os ativos do plano (excluindo os montantes incluídos nas despesas com juros e rendimentos) – 11 – 167

Ganhos atuariais (-)/ perdas (+) –75 – –234 –

Efeitos das variações dos pressupostos demográficos – – – – Efeitos das variações dos pressupostos financeiros –70 – –165 –

Efeitos das variações dos ajustamentos de experiência –5 – –69 –

Contribuições do empregador – –2 – –76

Contribuições do colaborador 13 –13 1 –1

Pagamentos de pensões efetuados –52 2 –143 143

Pagamentos de liquidação – – – – Efeitos das variações nas taxas de câmbio – – 218 –208

Variações na estrutura do Grupo/ outras variações – – – 3

A 31.12.2015/ 1.01.2016 1391 –807 4030 –3957

Custo do serviço 34 – 13 –

Custo do serviço corrente 34 – 24 –

Custo do serviço passado – – –11 –

Efeitos de cortes no plano – – – – Efeitos de liquidações do plano – – – –

Despesas com juros (+)/ receitas de juros (–) 34 –21 138 –133

Remensurações 139 –50 905 –401

Retorno sobre os ativos do plano (excluindo os montantes incluídos nas despesas com juros e rendimentos) – –50 – –401

Ganhos atuariais (-)/ perdas (+) 139 – 905 –

Efeitos das variações dos pressupostos demográficos – – – – Efeitos das variações dos pressupostos financeiros 151 – 936 –

Efeitos das variações dos pressupostos da experiência –12 – –31 –

Contribuições do empregador – – – –54

Contribuições do colaborador 13 –13 1 –1

Pagamentos de pensões efetuados –51 1 –160 160

Pagamentos de liquidação – – – – Efeitos das variações nas taxas de câmbio – – –569 541

Variações na estrutura do Grupo/ outras variações – – –82 85

A 31.12.2016 1560 –890 4276 –3760

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO

Outra Europa EUA Outros países Total

Obrigação de benefícios

definidos Ativos do plano

Obrigação de benefícios

definidos Ativos do plano

Obrigação de benefícios

definidos Ativos do plano

Obrigação de benefícios

definidos Ativos do plano

894 –598 536 –553 298 –291 7144 –6068

–37 – 19 – 10 – 86 –

21 – 19 – 11 – 145 –

–4 – – – – – –4 –

–24 – – – –1 – –25 –

–30 – – – – – –30 –

14 –7 20 –21 13 –14 230 –206

5 –25 –2 41 –2 2 –308 196

– –25 – 41 – 2 – 196

5 – –2 – –2 – –308 –

–14 – –4 – – – –18 –

24 – –1 – 1 – –211 –

–5 – 3 – –3 – –79 –

– –13 – – – –9 – –100

3 –3 – – 1 –1 18 –18

–22 15 –36 33 –41 36 –294 229

–290 290 – – – – –290 290

20 –14 60 –62 –11 15 287 –269

3 2 – – 2 1 5 6

590 –353 597 –562 270 –261 6878 –5940

–11 – 1 – 11 – 48 –

17 – 19 – 11 – 105 –

–20 – – – – – –31 –

–1 – –18 – – – –19 –

–7 – – – – – –7 –

11 –6 21 –20 12 –13 216 –193

25 –8 – –15 –6 1 1063 –473

– –8 – –15 – 1 – –473

25 – – – –6 – 1063 –

2 –7 – 1 – –4 –

24 – 7 – –2 – 1116 –

–1 – – – –5 – –49 –

– –12 – – – –9 – –75

3 –3 – – 1 –1 18 –18

–21 14 –33 29 –29 26 –294 230

–18 18 – – –2 2 –20 20

1 –6 19 –18 14 –16 –535 501

3 –3 – – –5 13 –84 95

583 –359 605 –586 266 –258 7290 –5853

147

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Em 2016, as alterações aos planos de pensão na Irlanda e na Suíça tiveram um impacto positivo no lucro operacional num montante total de 19 milhões de EUR. Nos EUA, o encerramento do plano de saldo de caixa teve um impacto positivo no lucro operacional de 18 milhões de EUR. A reestruturação de um plano de benefício definido na Noruega resultou em grande parte de o plano de pensão ter sido transferido para uma seguradora. Isso teve um efeito positivo no lucro operacional num montante total de 7 milhões de EUR.

No ano anterior, a transferência de uma grande parte dos planos de pensão na Holanda para um fundo de pensão teve um impacto positivo no lucro operacional no total de 42 milhões de EUR.

Em 2016, o rendimento real dos ativos do plano em fundos de pensão externos foi de 666 milhões de EUR (2015: 10 milhões de EUR). O que foi superior à receita de juros dos ativos do plano de 193 milhões de EUR (2015: 206 milhões de EUR), calculada com base na taxa de juro da DBO correspondente.

No exercício de 2016, as contribuições do empregador, totalizaram 75 milhões de EUR (2015: 100 milhões de EUR).

No exercício de 2016, o pagamento de contribuições do empregador, para aumentar os ativos do plano em fundos de pensão externos, deverá ascender a 123 milhões de EUR. O aumento homólogo das contribuições esperadas (99 milhões de EUR) deve-se principalmente a pagamentos especiais esperados mais elevados no Reino Unido, para pôr fim ao défice em curso nos planos de pensões do Reino Unido, em conformidade com as regras de avaliação locais.

A despesa com direitos de pensão, adquiridos recentemente no exercício, e o custo dos juros líquidos para cada um dos exercícios são determinados anualmente, na data de balanço, com base na obrigação líquida do ano anterior.

89. DESPESAS DE PENSÕES RELACIONADAS COM PLANOS DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS RECONHECIDAS NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Alemanha Reino Unido Outra Europa EUA Outros países Total em milhões de EUR

2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Custo do serviço 42 34 52 13 –37 –11 19 1 10 11 86 48

Custo do serviço corrente 42 34 52 24 21 17 19 19 11 11 145 105

Custo do serviço passado – – – –11 –4 –20 – – – – –4 –31

Ganhos (–)/ perdas (+) de cortes no plano – – – – –24 –1 – –18 –1 – –25 –19

Ganhos (–)/ perdas (+) de liquidações do plano – – – – –30 –7 – – – – –30 –7

Despesa líquida com juros (+)/ resultado (–) 14 13 5 5 7 5 –1 1 –1 –1 24 23

Despesas com juros da DBO 31 34 152 138 14 11 20 21 13 12 230 216

Receita de juros de ativos do plano –17 –21 –147 –133 –7 –6 –21 –20 –14 –13 –206 –193

Outros efeitos reconhecidos na demonstração de lucros ou prejuízos – – 3 3 – 1 – – 1 1 4 5

Custo com pensões líquido total 56 47 60 21 –30 –5 18 2 10 11 114 76

148

Para o financiamento externo da obrigação de benefícios definidos, o Grupo Linde utiliza modelos internacionais padronizados para a transferência de ativos de pensões (por exemplo, fundos de pensões e Acordos de Confiança Contratual). Os planos de pensões financiados através de fundos de pensões externos existem principalmente na Austrália, no Canadá, na Alemanha, na Irlanda, na Noruega, na África do Sul, na Suíça, no Reino Unido e nos EUA.

Em alguns países, a Linde é obrigada a fazer contribuições para os ativos do plano, como resultado de exigências legais ou de acordos contratuais. No entanto, em certos países, estes aumentos de ativos do plano não irão levar ao reconhecimento de um ativo, por causa do limite máximo de ativos descrito na IAS 19.64 (IFRIC 14). Em 2016 e 2015, não houve um limite máximo de ativos.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO 90. ESTADO DO FINANCIAMENTO DA OBRIGAÇÃO DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS

Alemanha Reino Unido Outra Europa EUA Outros países Total em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Valor presente atuarial das obrigações de pensão (obrigação de benefícios definidos) 1391 1560 4030 4276 590 583 597 605 270 266 6878 7290

das quais obrigações de pensão não consolidadas 60 74 – – 156 141 80 81 39 42 335 338

das quais obrigações de pensão consolidadas 1331 1486 4030 4276 434 442 517 524 231 224 6543 6952

Valor justo dos ativos do plano –807 –890 –3957 –3760 –353 –359 –562 –586 –261 –258 –5940 –5853

OBRIGAÇÃO LÍQUIDA 584 670 73 516 237 224 35 19 9 8 938 1437

MONTANTE A 31.12. 584 670 73 516 237 224 35 19 9 8 938 1437

do qual provisão de pensão (+) 584 670 97 522 237 224 83 83 55 53 1056 1552

do qual ativo de pensão (–) – – –24 –6 – – –48 – 64 –46 –45 –118 –115

O Grupo Linde está exposto a diversos riscos em relação aos benefícios definidos de regimes de pensões. Além dos riscos atuariais gerais, o Grupo está exposto ao risco cambial e ao risco de investimento em relação aos ativos do plano. ► VER RELATÓRIO DE

OPORTUNIDADE E RISCO, PÁGINAS 82 A 95. Os ativos do plano e a obrigação de benefícios

definidos podem variar ao longo do tempo. Para compensar estas flutuações, são tidas em conta potenciais flutuações da obrigação de benefícios

definidos, no âmbito da gestão de investimento dos ativos do plano. Em circunstâncias ideais, os ativos do plano e as obrigações de pensão são influenciados da mesma forma por fatores externos, o que dará uma proteção natural contra tais fatores (investimento orientado pelo passivo). Além disso, a estrutura de carteira, de base ampla, dos ativos do plano do Grupo Linde resultam numa diversificação do risco no mercado de capitais.

91. ESTRUTURA DA CARTEIRA DE ATIVOS DE PENSÕES

Alemanha Reino Unido Outra Europa EUA Outros países Total

em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 em % 2016 em %

Ações 212 221 732 630 95 91 121 98 79 81 1239 20,9 1121 19,2

Valores mobiliários de juro fixo 363 449 2404 2438 109 125 364 388 111 105 3351 56,4 3505 59,9

Propriedades 46 49 126 88 42 45 – – 11 10 225 3,8 192 3,3

Seguros – – – – 51 72 – – 17 17 68 1,1 89 1,5

Outros 186 171 695 604 56 26 77 100 43 45 1057 17,8 946 16,1

TOTAL 807 890 3957 3760 353 359 562 586 261 258 5940 100,0 5853 100,0

Os ativos do plano compreendem, principalmente, ações e valores mobiliários de juro fixo. No caso de propriedades e seguros, não estão disponíveis os preços cotados num mercado ativo.

Os instrumentos financeiros emitidos por empresas do Grupo Linde não estão incluídos nos ativos do plano de forma significativa. As propriedades utilizadas pelas empresas do Grupo não estão incluídas nos ativos do plano. Planos de contribuição definidos O total de todos os custos com pensões relativos a planos de contribuição definidos foi, em 2016, de 200 milhões de EUR (2015: 210 milhões de EUR). Desse montante, as contribuições para os regimes de pensões públicos totalizaram, em 2016, 124 milhões de EUR (2015: 122 milhões de EUR).

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[22] Outras provisões 92. OUTRAS PROVISÕES

Correntes Não correntes Total em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016

PROVISÕES PARA IMPOSTOS 23 27 – – 23 27

Obrigações com transações entregues 151 123 69 61 220 184

Obrigações de garantia e riscos de transações em fase de finalização 117 124 45 83 162 207

Obrigações relativas ao pessoal 511 546 83 63 594 609

Obrigações de desmantelamento 6 6 234 259 240 265

Outras obrigações 281 314 99 60 380 374

OUTRAS PROVISÕES 1066 1113 530 526 1596 1639

TOTAL 1089 1140 530 526 1619 1666

As provisões para impostos incluem apenas outros impostos.

As provisões para obrigações de garantia e riscos de transações em fase de finalização consistem principalmente em provisões para perdas antecipadas em transações, para litígios e para garantias e obrigações de garantia. As provisões para obrigações de garantia referem-se principalmente à Divisão de Engenharia e são geralmente utilizadas no prazo de três anos.

As provisões para obrigações relativas ao pessoal compreendem principalmente provisões para trabalho a tempo parcial de reforma antecipada, férias pendentes, aniversários e salários e vencimentos ainda não pagos. A provisão para obrigações relativas a trabalho a tempo parcial de reforma antecipada é baseada em acordos contratuais individuais.

As provisões para obrigações de desmantelamento são demonstradas pelo montante de liquidação descontado na data em que a fábrica entra em funcionamento. Um item correspondente, sujeito a depreciação, é reconhecido em ativos tangíveis.

A provisão é agravada ao longo da duração dos contratos subjacentes. Devido à grande variedade de prazos residuais dos contratos, o prazo residual da provisão cai principalmente num intervalo de entre um e 20 anos. As mudanças nas estimativas, sempre que estas impliquem uma mudança dos pressupostos sobre as tendências de custos futuros ou mudanças das taxas de juros, são ajustadas para a quantia escriturada da fábrica relevante sem afetar os lucros ou prejuízos.

As outras obrigações consistem principalmente em provisões para despesas diversas no montante de 130 milhões de EUR (2015: 157 milhões de EUR), provisões para reestruturação de 97 milhões de EUR (2015: 111 milhões de EUR), provisões para custos de acompanhamento relacionados com construções de fábricas de 88 milhões de EUR (2015: 55 milhões de EUR) e provisões para obrigações ambientais de 48 milhões de EUR (2015: 46 milhões de EUR).

O desenrolar do juro aplicado a diversas provisões a longo prazo elevou-se a 4 milhões de EUR (2015: 7 milhões de EUR).

150

93. MOVIMENTOS NAS OUTRAS PROVISÕES

em milhões de EUR Saldo inicial a

1.01.2016

Variações no âmbito da

consolidação1 Utilização Desmobilização Adição Transferência Saldo final a 31.12.2016

PROVISÕES PARA IMPOSTOS 23 –4 21 14 43 – 27

Obrigações com transações entregues 220 –22 36 28 49 1 184

Obrigações de garantia e riscos de transações em fase de finalização 162 24 47 41 102 7 207

Obrigações relativas ao pessoal 594 –3 270 39 322 5 609

Obrigações de desmantelamento 240 3 3 1 26 – 265

Outras obrigações 380 6 143 56 200 –13 374

OUTRAS PROVISÕES 1596 8 499 165 699 – 1639

TOTAL 1619 4 520 179 742 – 1666 1 Incluindo diferenças cambiais.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO

[23] Dívida financeira A dívida financeira compreende obrigações com juros do Grupo Linde, analisadas da seguinte maneira. 94. DÍVIDA FINANCEIRA

Correntes Não correntes Total

Devida num ano Devida em um a cinco anos Devida em mais do que

cinco anos

em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Obrigações subordinadas – – – – 1050 – 1050 –

Outras obrigações 383 1242 4460 3852 2321 2397 7164 7491

Papel comercial (PC) 79 111 – – – – 79 111

Empréstimos e descobertos bancários 491 455 432 246 18 10 941 711

Outro passivo financeiro 70 46 142 131 37 38 249 215

DÍVIDA FINANCEIRA BRUTA 1023 1854 5034 4229 3426 2445 9483 8528

Das outras obrigações, 2825 milhões de EUR (2015: 2397 milhões de EUR) estavam numa relação de cobertura do valor justo a 31 de dezembro de 2016. Se não tivesse havido qualquer ajustamento à quantia escriturada, em resultado das relações de cobertura do valor justo acordadas e pendentes no final do ano, as outras obrigações seriam 37 milhões de EUR (31 de dezembro de 2015: 65 milhões de EUR) inferiores.

Das outras obrigações, 641 milhões de EUR estavam numa relação de cobertura do fluxo de caixa, a 31 de dezembro de 2016 (2015: 681 milhões de EUR).

Os empréstimos e descobertos bancários incluem um montante de 41 milhões de EUR (2015: 65 milhões de EUR) para os Anexos de Apoio ao Crédito (CSA) bilaterais. A informação explicativa sobre os CSA poderá ser encontrada na ► NOTA [27] INSTRUMENTOS

FINANCEIROS. Nos exercícios de 2015 e 2016, não houve

incumprimentos ou violações dos empréstimos a pagar.

95. OBRIGAÇÕES DE JURO FIXO

Emitente Volume nominal na moeda

relevante (código ISO) milhões de

EUR1

Prazo residual médio ponderado

(em anos)2

Média ponderada da taxa de juro efetiva (em %)2

Linde Finance B. V., Amesterdão/ Linde AG, Munique 5780 milhões de EUR 5780 4,6 2,6

Linde Finance B. V., Amesterdão/ Linde AG, Munique 700 milhões de USD 663 3,7 2,1

Linde Finance B. V., Amesterdão 300 milhões de GBP 358 6,3 5,9

Linde AG, Munique 2000 milhões de NOK 220 0,7 2,8

Linde Finance B. V., Amesterdão 100 milhões de AUD 68 2,5 4,3

TOTAL 7089 1 Inclui ajustamentos relativos a operações de cobertura. 2 Taxa de juro efetiva na moeda relevante.

96. OBRIGAÇÕES DE JURO VARIÁVEL

Emitente Volume nominal na moeda

relevante (código ISO) milhões de

EUR

Prazo residual médio ponderado

(em anos) Média ponderada do cupão (em %)1

Linde Finance B. V., Amesterdão 370 milhões de USD 352 2,4 1,5

Linde Finance B. V., Amesterdão 50 milhões de EUR 50 1,4 0,3

TOTAL 402 1 Cupão atual na moeda relevante.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Para informação complementar sobre as atividades do Grupo Linde no mercado de capitais, consulte, por favor, as divulgações no relatório de gestão do Grupo. ► VER ATIVOS LÍQUIDOS E SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO LINDE NAS PÁGINAS 59 A 61. Compromissos financeiros Não há compromissos financeiros incluídos no acordo relativo aos 2,5 mil milhões de EUR da facilidade de crédito do consórcio bancário. ► VER ATIVOS LÍQUIDOS E

SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO LINDE PÁGINA 60. Os empréstimos e descobertos bancários da

African Oxygen Limited incluem diversos compromissos financeiros relativos aos principais dados financeiros da African Oxygen Limited. Nos exercícios de 2015 e 2016, foram cumpridos todos os compromissos financeiros relativos à African Oxygen Limited.

[24] Passivo de locações financeiras O passivo de locações financeiras é reembolsado ao longo do período de locação. Há os seguintes períodos de locação residuais na data de balanço: 97. PASSIVO DE LOCAÇÕES FINANCEIRAS em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

TOTAL DOS PAGAMENTOS MÍNIMOS DE LOCAÇÕES (INVESTIMENTO BRUTO) 115 114

devidos no prazo de um ano 22 22

devidos em um a cinco anos 43 40

devidos em mais de cinco anos 50 52

VALOR PRESENTE DOS PAGAMENTOS MÍNIMOS DE LOCAÇÕES 78 74

devidos no prazo de um ano 23 21

devidos em um a cinco anos 35 33

devidos em mais de cinco anos 20 20

ENCARGO FINANCEIRO INCORPORADO NOS PAGAMENTOS MÍNIMOS DE LOCAÇÕES 37 40

As quantias escrituradas dos ativos mantidos nas locações financeiras são divulgados principalmente nos ativos tangíveis. ► VER NOTA [13]. Estes ativos compreendem equipamento de distribuição, veículos e outros acessórios. Os prédios também estão aqui incluídos. Alguns dos contratos de locação contêm cláusulas de extensão, opções de compra ou cláusulas de ajustamento de preço usuais no mercado.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO GRUPO

[25] Contas a pagar, outro passivo, passivo dos impostos sobre o rendimento 98. CONTAS A PAGAR E OUTRO PASSIVO

Correntes Não correntes Total em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Percentagem de conclusão (PoC) 661 971 – – 661 971

Outras 2562 2599 3 1 2565 2600

CONTAS A PAGAR 3223 3570 3 1 3226 3571

Adiantamentos recebidos sobre encomendas 223 150 9 4 232 154

Outros impostos 207 176 4 6 211 182

Segurança social 62 60 1 2 63 62

Derivados com valores justos negativos 189 239 486 403 675 642

Passivo diverso 574 583 347 310 921 893

OUTRO PASSIVO 1255 1208 847 725 2102 1933

PASSIVO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 568 549 – – 568 549

TOTAL 5046 5327 850 726 5896 6053

A percentagem de conclusão das contas a pagar, de 971 milhões de EUR (2015: 661 milhões de EUR), refere-se a adiantamentos recebidos de contratos de construção, em que estes excederam o estado de acabamento do contrato.

As contas a pagar do imposto sobre o rendimento são divulgadas como correntes, em conformidade com a IAS 1.69 (d), uma vez que são devidas, com efeito imediato, e geralmente a Linde não tem a opção de as adiar. Incluídos nas contas a pagar do imposto sobre o rendimento divulgadas estão os montantes que poderão não vencer até mais de doze meses após a data de balanço.

Também incluído no passivo do imposto sobre o rendimento, está o passivo relativo a períodos anteriores, decorrente de auditorias fiscais externas em diversos países.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

OUTRA INFORMAÇÃO [26] Planos de opção sobre ações Programa de Desempenho por Ações da Linde de 2012 Na Assembleia-Geral Anual da Linde AG, realizada a 4 de maio de 2012, foi resolvido introduzir um programa de desempenho por ações para gestores (Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 – PILP de 2012), segundo o qual, poderão ser emitidas até 4 milhões de opções durante um período total de cinco anos. Para este efeito, o capital social emitido poderá ser aumentado até aos 10 240 000 EUR, através da emissão de até 4 000 000 de ações ao portador, com um valor nominal nocional de 2,56 EUR, se forem respeitadas determinadas condições (capital autorizado condicionalmente em 2012).

As opções poderão ser emitidas em parcelas anuais, durante o período autorizado. Cada opção confere o direito a adquirir uma ação da Linde AG ao preço de exercício, o que equivale, em cada caso, ao menor preço de emissão, atualmente de 2,56 EUR por ação. A Linde AG poderá decidir, segundo o seu critério, a qualquer momento, até ao início do período de exercício, que os direitos de opção dos detentores de opções poderão ser cumpridos através de ações próprias ou de um pagamento em numerário, em vez de emitir novas ações para lá do capital social condicionalmente autorizado para esse fim. O Programa de Desempenho por Ações da Linde de 2012 foi concebido como um pagamento baseado em ações, com a compensação disponibilizada sob a forma de instrumentos de capital próprio. Cada parcela individual poderá ser emitida num prazo de 16 semanas após a Assembleia-Geral Anual da Linde AG. As opções não poderão ser exercidas até ter expirado um período de carência. O período de carência inicia-se na data de emissão que tenha sido determinada e termina no quarto aniversário da data de emissão. Se as opções tiverem de ser exercidas, isso deverá ter lugar no decorrer de um período de doze meses a partir do final do período de carência relevante (o período do exercício). Objetivos de desempenho As opções apenas poderão ser exercidas se e na medida em que os objetivos de desempenho forem atingidos. O objetivos de desempenho para cada parcela individual de opções são baseados em movimentos de (i) lucros por ação e (ii) retorno total relativo para o acionista. No âmbito de cada parcela individual de opções, é dada uma ponderação igual ao objetivo de desempenho de “lucros por ação” e ao objetivo de desempenho de “retorno total relativo para

o acionista”. No âmbito de cada um destes objetivos de desempenho, deverá ser alcançado um objetivo mínimo, se as opções estiverem a tornar-se exercíveis, e existe igualmente um objetivo arrojado. Se o objetivo arrojado de um destes objetivos de desempenho for alcançado, tornam-se exercíveis todas as opções relativas a esse objetivo de desempenho. Objetivo de desempenho de “lucros por ação” O objetivo mínimo do objetivo de desempenho de “lucros por ação” é alcançado se os lucros por ação diluídos da empresa, ajustados para itens especiais, referentes ao exercício que termina antes do termo do período de carência, atingirem uma taxa de crescimento média composta (CAGR) de 6 por cento, quando comparada com os lucros por ação diluídos da empresa, ajustados para itens especiais, referentes ao exercício que termina antes da emissão das opções. O objetivo arrojado do objetivo de desempenho de “lucros por ação” é alcançado se os lucros por ação diluídos da empresa, ajustados para itens especiais, referentes ao exercício que termina antes do termo do período de carência, atingirem uma CAGR de pelo menos 11 por cento, quando em comparação com os lucros por ação diluídos da empresa, ajustados para itens especiais, referentes ao exercício que termina antes da emissão das opções. O cálculo do objetivo de desempenho de “lucros por ação” é derivado dos lucros por ação diluídos da empresa, ajustados para itens especiais, divulgados nas demonstrações financeiras do Grupo auditadas, do Grupo Linde, para o exercício apropriado. Se nesse exercício não tiver sido feito nenhum ajustamento para itens especiais, o valor relevante são os lucros por ação diluídos, divulgados nas demonstrações financeiras do Grupo. Os itens especiais são itens que, devido à sua natureza, frequência e/ ou âmbito, poderão ter um impacto adverso, na medida em que o valor dos lucros por ação diluídos disponibilizam um quadro informativo da capacidade de o Grupo Linde sustentar a sua rentabilidade no mercado de capitais. O ajustamento dos lucros por ação diluídos para itens especiais é concebido para aumentar a transparência, no que diz respeito à capacidade de o Grupo sustentar a rentabilidade. Se o objetivo mínimo for atingido, poderão ser exercidas 12,5 por cento de todas as opções da parcela em causa. Se o objetivo arrojado for alcançado, poderão ser exercidas 50 por cento de todas as opções da parcela em causa: ou seja, todas as opções que dependem deste objetivo de desempenho. Se o objetivo mínimo for excedido, mas o objetivo arrojado não for atingido, o número de opções que poderão ser exercidas é determinado numa base de linha reta e irá situar-se entre 12,5 por cento e 50 por cento de todas as opções emitidas na mesma data de emissão, dependendo da extensão em que o objetivo mínimo for excedido e da proximidade do valor em relação ao objetivo arrojado. Se este cálculo não resultar num número redondo, a percentagem deverá ser arredondada a uma casa decimal.

Os pormenores sobre o cálculo dos lucros por ação são dados na ► NOTA [11]. O objetivo de desempenho de “lucros por ação” é considerado uma condição de desempenho não baseada no mercado, conforme é definido pela IFRS 2.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

Objetivo de desempenho de “retorno total relativo para o acionista” O objetivo mínimo do objetivo de desempenho de “retorno total relativo para o acionista” é alcançado se o retorno total da quota da Linde AG para o acionista exceder a mediana dos valores do retorno total para o acionista do grupo de controlo (descrito a seguir), no período entre a data de emissão e o início do período de exercício. Se o grupo de controlo tiver o mesmo número de valores, a média dos dois valores que se encontra no meio é considerada a mediana. O objetivo arrojado do objetivo de desempenho de “retorno total relativo para o acionista” é alcançado se o retorno total da quota da Linde AG para o acionista estiver no quartil superior (terceiro quartil) dos valores do retorno total para o acionista do grupo de controlo, no período entre a data de emissão e o início do período de exercício. O retorno total da quota da Linde AG para o acionista compreende (i) o aumento absoluto ou a diminuição do preço de uma ação da Linde AG quando comparado com o seu valor inicial e (ii) o dividendo pago por ação, acrescido do valor de quaisquer direitos legais de subscrição atribuíveis a uma ação da Linde AG (como resultado de aumentos de capital). Em cada caso, o cálculo refere-se ao período entre (e incluindo) a data de emissão e os três últimos dias de negociação da bolsa de valores, no sistema de negociação Xetra (ou num sistema sucessor comparável) da Bolsa de Frankfurt antes do período de exercício. O aumento absoluto ou a diminuição do preço da ação da Linde AG corresponde à diferença entre a média das cotações de fecho (ou de cotações sucessoras equivalentes) de ações da Linde, no sistema de negociação Xetra (ou num sistema sucessor comparável) da Bolsa de Frankfurt, durante o período entre (e incluindo) o 62.º dia de negociação da bolsa de valores e os três últimos dias de negociação da bolsa de valores, antes do período de exercício (o valor final), e o valor inicial. O valor inicial da ação, para a determinação do retorno total para o acionista, é a média das cotações de fecho (ou de cotações sucessoras equivalentes) de ações da Linde, nos últimos 60 dias de negociação em bolsa de valores, no sistema de negociação Xetra (ou num sistema sucessor comparável) da Bolsa de Frankfurt, antes da data de emissão dos direitos de subscrição. Para efeitos do PILP de 2012, o valor de um direito estatutário de subscrição é a média ponderada do volume das cotações de fecho desse período em que os direitos de subscrição são negociados, no sistema de negociação Xetra (ou num sistema sucessor comparável) da Bolsa de Frankfurt. O grupo de controlo compreende as empresas que estiverem no DAX 30 nesse momento, com a exceção da própria Linde. As empresas que forem excluídas ou incluídas no DAX 30, durante o período em que se baseia o cálculo do retorno total para o acionista, são ignoradas para efeitos do cálculo. Ao determinar o retorno total para o acionista das ações do grupo de controlo, a Linde poderá recorrer aos dados disponibilizados por um fornecedor de dados financeiros reconhecidamente

independente. Se uma empresa do grupo de controlo comercializar diferentes categorias de ação ou ações com diferentes direitos de lucros na bolsa de valores, apenas serão levadas em consideração as ações que formarem a base para a determinação do valor do DAX 30. Se o objetivo mínimo for atingido, poderão ser exercidas 12,5 por cento de todas as opções dessa parcela. Se o objetivo arrojado for alcançado, poderão ser exercidas 50 por cento de todas as opções dessa parcela: ou seja, todas as opções que dependem deste objetivo de desempenho. Se o objetivo mínimo for excedido, mas o objetivo arrojado não for atingido, o número de opções que poderão ser exercidas é determinado numa base de linha reta e irá situar-se entre 12,5 por cento e 50 por cento de todas as opções emitidas na mesma data de emissão, dependendo da extensão em que o objetivo mínimo for excedido e a proximidade do valor em relação ao objetivo arrojado. Se este cálculo não resultar num número redondo, a percentagem deverá ser arredondada a uma casa decimal.

O objetivo de “retorno total relativo para o acionista” é considerado uma condição de desempenho baseada no mercado, conforme é definido pela IFRS 2 e está incluído na medição do preço da opção.

Em conformidade com a IFRS 2 Pagamento com Base em Ações, o valor total das opções sobre ações concedidas à gestão é determinado na data de emissão, utilizando um modelo de apreçamento de opções. O valor total calculado das opções sobre ações na data de emissão é atribuído como despesa de pessoal durante o período em que a empresa recebe do colaborador serviços em troca. Este período é geralmente o mesmo que o período de carência acordado. O outro lado da entrada é feito diretamente no capital próprio (reserva de capital).

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

99. OPÇÕES – PLANO DE INCENTIVO DE LONGO PRAZO

DE 2012

PILP – Número

de opções

A 1.01.2015 1 003 836

concedidas 322 456

executadas 49 470

A 31.12.2015/ 1.01.2016 1 276 822

das quais exercidas a 31.12.2016 –

concedidas 349 874

executadas 446 047

A 31.12.2016 1 180 649

das quais exercidas a 31.12.2015 –

No PILP de 2012, o período médio remanescente é de 25 meses (2015: 23 meses). No PILP de 2012, o preço do exercício para todas as parcelas é de 2,56 EUR.

O cálculo das despesas é baseado no valor justo das opções emitidas, utilizando uma simulação de Monte Carlo para o cálculo do valor justo. Foram utilizados os seguintes parâmetros de medição:

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100. MODELO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO – PLANO DE INCENTIVO DE LONGO PRAZO DE 2012

1.ª parcela 2012

2.ª parcela 2013

3.ª parcela 2014

4.ª parcela 2015

5.ª parcela 2016

Data da avaliação 2.07.2012 3.06.2013 2.06.2014 1.06.2015 1.06.2016

Expectativa de volatilidade da ação (em %) 22,54 21,08 19,95 16,65 21,70

Taxa de juro isenta de riscos (em %) 0,44 0,36 0,24 –0,10 –0,47

Rendimento esperado do dividendo (em %) 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50

Valor inicial da ação da Linde (em EUR) 120,60 147,85 154,55 174,30 134,00

Preço do exercício (em EUR) 2,56 2,56 2,56 2,56 2,56

Número de participantes 1001 1020 1048 1007 949

O valor da volatilidade subjacente à avaliação é baseado na volatilidade histórica e implícita, tendo em conta os períodos remanescentes das opções sobre ações.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

101. OPÇÕES POR OBSTÁCULO DO EXERCÍCIO – PLANO DE INCENTIVO DE LONGO PRAZO DE 2012

Preço da opção Ponderação Valor justo

Probabilidade Valor calculado

a 31.12. 1.ª parcela 2012 em EUR em % em EUR em % em EUR

Lucros por ação 106,74 50 53,37 – –

Retorno total relativo para o acionista 52,31 50 26,16 26,16

TOTAL 100 79,53 26,16

2.ª parcela 2013

Lucros por ação 131,42 50 65,71 – –

Retorno total relativo para o acionista 67,75 50 33,88 33,88

TOTAL 100 99,59 33,88

3.ª parcela 2014

Lucros por ação 137,72 50 68,86 – –

Retorno total relativo para o acionista 74,96 50 37,48 37,48

TOTAL 100 106,34 37,48

4.ª parcela 2015

Lucros por ação 155,34 50 77,67 40 31,07

Retorno total relativo para o acionista 72,08 50 36,04 36,04

TOTAL 100 113,71 67,11

5.ª parcela 2016

Lucros por ação 118,79 50 59,40 40 23,76

Retorno total relativo para o acionista 64,14 50 32,07 32,07

TOTAL 100 91,47 55,83

No cálculo das opções que serão exercíveis no futuro, é levada em conta a probabilidade de que o objetivo de desempenho de “lucros por ação” seja alcançado. Em 2016, a probabilidade de que a meta de desempenho “lucros por ação” seja alcançada em relação à terceira parcela (atribuída ao exercício de 2014) foi ajustada de 40 por cento para 0 por cento. Isto resultou num impacto positivo de 3 milhões de EUR nos lucros, que foi reconhecido em custos funcionais. No ano anterior, a probabilidade de que o objetivo de desempenho de "lucros por ação" fosse atingido em relação à primeira parcela (atribuída no exercício de 2012) e à segunda parcela (atribuída no exercício de 2013) foi ajustada de 40 por cento para 0 por cento. Isto resultou num impacto positivo de 9 milhões de EUR nos lucros, que foi reconhecido em custos funcionais. Caso contrário, não teria havido alterações no valor das opções por obstáculo do exercício em relação ao ano anterior.

O valor da volatilidade subjacente à avaliação é baseado na volatilidade histórica das ações da Linde. A expectativa de volatilidade é calculada com base nos valores históricos, nos três anos que precederam a data de emissão das opções.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Investimento pessoal, ações paritárias Uma pré-condição para a participação no PILP de 2012, por parte de participantes no plano do Escalão 5 ou superior da estrutura de gestão interna da Linde, é o investimento pessoal obrigatório em ações da empresa no início de cada parcela do regime. No caso dos membros do Conselho de Administração, o número de ações que cada membro individual do Conselho deverá comprar, como investimento pessoal, é determinado pelo Conselho de Supervisão. Em relação aos outros executivos da Linde, do Escalão 5 ou superior, é o Conselho de Administração que determina o número de ações que deverão ser compradas por cada um, individualmente. Por cada ação adquirida por um participante no regime, como um investimento pessoal, e mantida pelo participante, em relação a cada parcela, ao longo do período de carência das opções, será concedida uma ação paritária da Linde AG, no final do período de carência, sem nenhum custo para o participante. No entanto, é permitido à Linde o pagamento de um montante em numerário àqueles que têm direito a opções, em vez de lhes conceder as ações paritárias. As condições que se aplicam à concessão de ações paritárias incluem: um investimento pessoal do participante no regime de ações da Linde AG, no momento apropriado, a manutenção sem restrições de tais ações durante o período de carência da parcela correspondente e, salvo no caso de rescisão do serviço ou do contrato de trabalho do participante no regime, antes do fim do período de carência (casos especiais), quando se deverão aplicar regras diferentes, a existência de um contrato de serviço ou de trabalho com o participante no regime, no final do período de carência, relativamente ao qual nenhum aviso de despedimento tenha sido dado. Os participantes no plano do Escalão 4 da estrutura de gestão interna da Linde poderão fazer um investimento pessoal voluntário em ações da Linde AG e ser-lhes-ão concedidas ações paritárias em conformidade, sem prejuízo das condições acima mencionadas. 102. VALORES JUSTOS DAS AÇÕES PARITÁRIAS em EUR Valor justo

1.ª parcela (2012) 109,26

2.ª parcela (2013) 133,95

3.ª parcela (2014) 140,01

4.ª parcela (2015) 157,91

5.ª parcela (2016) 121,40

103. AÇÕES PARITÁRIAS – PLANO DE INCENTIVO DE

LONGO PRAZO DE 2012

PILP – Número de ações

correspondentes

A 1.01.2015 92 264

concedidas 33 030

atribuídas 6118

A 31.12.2015/ 1.01.2016 119 176

concedidas 38 950

executadas 14 954

atribuídas 32 330

A 31.12.2016 110 842

Em 2016, as ações paritárias relativas à parcela de 2012 foram alocadas na forma de pagamento do valor equivalente das ações paritárias em numerário. Foram reclassificados 4,5 milhões de EUR da reserva de capital para um passivo liquidado na data do balanço.

O efeito sobre os ganhos do reconhecimento da despesa na demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo Linde é apresentado no quadro seguinte. Foi reconhecido o mesmo montante na reserva de capital: 104. DESPESAS COM PESSOAL – PLANO DE INCENTIVO

DE LONGO PRAZO DE 2012 em milhões de EUR 2015 2016

TOTAL 6 13

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

[27] Instrumentos financeiros 105. ATIVOS FINANCEIROS

Valor justo Quantia escriturada Valores do balanço

Instrumentos financeiros fora do âmbito da IAS 39 Total

em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Investimentos e valores mobiliários 430 138 430 138 – – 430 138

EMPRÉSTIMOS E CONTAS A RECEBER

Investimentos e valores mobiliários 6 6 6 6 – – 6 6 Dívidas comerciais a receber 2552 2597 2552 2597 – – 2552 2597

Contas a receber em percentagem de conclusão de contratos 174 160 174 160 – – 174 160

Outras contas a receber e ativos 643 733 304 394 339 339 643 733

ATIVOS FINANCEIROS MANTIDOS ATÉ À MATURIDADE

Investimentos e valores mobiliários 15 15 15 15 – – 15 15 DERIVADOS COM VALORES JUSTOS POSITIVOS

Derivados independentes 44 82 44 82 – – 44 82

Derivados designados como instrumentos de cobertura 272 132 272 132 – – 272 132

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 1417 1463 1417 1463 – – 1417 1463

CONTAS A RECEBER DE LOCAÇÕES FINANCEIRAS 321 242 – – 269 214 269 214

TOTAL 5874 5568 5214 4987 608 553 5822 5540

106. PASSIVO FINANCEIRO

Valor justo Quantia escriturada Valores do balanço

Instrumentos financeiros fora do âmbito da IAS 39 Total

em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 PASSIVO FINANCEIRO PELO CUSTO AMORTIZADO

Passivo financeiro 9987 9059 9483 8528 – – 9483 8528

Contas a pagar (excluindo PoC) 2567 2601 2565 2600 – – 2565 2600

Passivo diverso 921 893 572 542 349 351 921 893 DERIVADOS COM VALORES JUSTOS NEGATIVOS

Derivados independentes 90 42 90 42 – – 90 42

Derivados designados como instrumentos de cobertura 585 600 585 600 – – 585 600

Passivo de locações financeiras 64 67 – – 78 74 78 74

TOTAL 14 214 13 262 13 295 12 312 427 425 13 722 12 737

O valor justo dos instrumentos financeiros é geralmente determinado com base nos preços da bolsa de valores. Se os preços da bolsa de valores não estiverem disponíveis, o valor justo será determinado através de métodos de medição usuais no mercado, com base em parâmetros específicos de mercado para o instrumento.

O valor justo dos instrumentos financeiros derivados é determinado da seguinte maneira. As opções são valorizadas utilizando os modelos Black-Scholes. Os futuros são medidos com recurso ao preço de mercado cotado no mercado relevante. Todos os outros instrumentos financeiros derivados são medidos através do desconto dos fluxos de caixa futuros esperados, utilizando o método do valor presente líquido. Na medida do possível, os parâmetros de entrada utilizados nestes modelos são preços de mercado observáveis relevantes e taxas de juro da data de balanço.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

O quadro seguinte mostra os instrumentos financeiros do Grupo Linde, que são medidos pelo valor justo. A Linde utiliza a seguinte hierarquia para determinar e divulgar os valores justos, com base no método utilizado para averiguar os seus valores justos: ― Nível 1: Preços cotados (não ajustados) em

mercados ativos para ativos e passivo idênticos. ― Nível 2: Dados diferentes dos preços de mercado

cotados incluídos no Nível 1 que são observáveis para o ativo ou passivo, direta ou indiretamente.

― Nível 3: Dados para o ativo ou passivo que não são baseados em informação de mercado observável.

107. ATIVOS FINANCEIROS E PASSIVO MEDIDOS PELO VALOR JUSTO

Nível 1 Nível 2 Nível 3

em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016

Investimentos e valores mobiliários 415 121 – – – –

Derivados independentes com valores justos positivos – – 44 82 – –

Derivados designados como instrumentos de cobertura com valores justos positivos – – 272 132 – –

Derivados independentes com valores justos negativos – – 90 42 – –

Derivados designados como instrumentos de cobertura com valores justos negativos – – 585 600 – –

Ativos não correntes classificados como detidos para venda e grupos para alienação – 462 – – – –

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No ano de referência, não houve transferências entre os Níveis 1, 2 e 3 da hierarquia de valor justo. A categoria dos investimentos e valores mobiliários incluiu igualmente ativos financeiros (ativos financeiros disponíveis para venda) de 17 milhões de EUR (2015: 15 milhões de EUR) para os quais não pode ser determinado com fiabilidade um valor justo. Atualmente, não há a intenção de vender esses ativos.

O valor justo dos instrumentos financeiros nas categorias de "empréstimos e contas a receber", "ativos financeiros mantidos até à maturidade" e "passivo financeiro a custo amortizado" é determinado pelo desconto dos fluxos de caixa esperados. As taxas de juros aplicadas são as mesmas que se aplicariam a novos instrumentos financeiros com uma estrutura de risco, moeda e maturidade similares. O valor justo é determinado através do método de desconto de fluxos de caixa, tendo em conta as notações de crédito individuais e outras circunstâncias de mercado, sob a forma de crédito e de spreads de liquidez, geralmente aplicados no mercado (Nível 2). Uma exceção a isto diz respeito a obrigações emitidas pela Linde AG e a Linde Finance B. V., que são negociadas no mercado de capitais (Nível 1). O valor justo destes instrumentos é determinado através da atual cotação em bolsa. Nos casos que envolvem instrumentos financeiros de curto prazo, nas categorias de "empréstimos e contas a receber", "ativos financeiros mantidos até à maturidade" e "passivo financeiro pelo custo amortizado", assume-se que o valor justo corresponde à quantia escriturada.

No exercício de 2016, não houve diferenças entre o valor justo de um instrumento financeiro quando foi reconhecido pela primeira vez e o montante pelo qual teria sido reconhecido nessa altura, caso tivessem sido utilizados os métodos de avaliação acima descritos.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

108. GANHOS E PERDAS FINANCEIROS LÍQUIDOS em milhões de EUR 2015 2016

De derivados independentes 180 –111

De empréstimos e contas a receber 93 –248

De ativos financeiros disponíveis para venda –8 –

dos quais reportados na demonstração de resultados 1 –

dos quais reportados em mudanças cumulativas no capital próprio não reconhecidas na demonstração de resultados –9 –

De passivo financeiro a custo amortizado –414 177

TOTAL –149 –182

Os ganhos financeiros líquidos e as perdas em instrumentos financeiros resultaram de mudanças no valor justo, do reconhecimento e da reversão de perdas por imparidade, de eliminações e flutuações da taxa de câmbio. No exercício em análise, houve um aumento nas perdas por imparidade de dívidas comerciais a receber.

Os ganhos financeiros líquidos e as perdas correspondem à avaliação dos ganhos e das perdas dos instrumentos financeiros, mas excluindo juros e dividendos.

Os derivados independentes compreendem todos os derivados que não são designados como instrumentos de cobertura. Incluem os derivados de relacionamentos de cobertura económica de riscos, não designados como coberturas, em relação aos quais os ganhos e perdas decorrem da operação subjacente e o item coberto é, ao mesmo tempo, reconhecido na declaração de lucros ou prejuízos.

O resultado financeiro inclui honorários e outros custos de capital de 17 milhões de EUR (2015: 15 milhões de EUR), relativos a instrumentos financeiros não pelo valor justo, através de lucros ou prejuízos.

Não foi acrescida nenhuma receita de juros que diga respeito a instrumentos financeiros depreciados, especialmente contas a receber.

109. PERDA POR IMPARIDADE NOS ATIVOS FINANCEIROS A 31.12.2016

2015 2016

em milhões de EUR

Quantia escriturada antes

da imparidade

Perda por imparidade acumulada

Quantia escriturada depois

da imparidade

Da qual perda por imparidade no

exercício de 2015

Quantia escriturada antes

da imparidade

Perda por imparidade acumulada

Quantia escriturada depois

da imparidade

Da qual perda por imparidade no

exercício de 2016

Investimentos e valores mobiliários pelo valor justo 442 12 430 12 157 19 138 7

Investimentos e valores mobiliários pelo custo amortizado 26 5 21 – 26 5 21 –

Contas a receber de locações financeiras 269 – 269 – 214 – 214 –

Dívidas comerciais a receber 2878 326 2552 139 2968 371 2597 163

Contas a receber em percentagem de conclusão de contratos 174 – 174 – 160 – 160 –

Derivados com valores justos positivos 316 – 316 – 214 – 214 –

Outras contas a receber e ativos 646 3 643 – 737 4 733 1

Caixa e equivalentes de caixa 1417 – 1417 – 1463 – 1463 –

110. PERDA POR IMPARIDADE NAS DÍVIDAS COMERCIAIS

A RECEBER

Perda por imparidade acumulada

em milhões de EUR 2015 2016

A 1.01. 295 326

Ajustamentos cambiais 12 10

Aumento de perdas por imparidade registado na demonstração de resultados 139 163

Amortizações totais imputadas a perdas por imparidade cumulativas –120 –128

A 31.12. 326 371

161

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162

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

As quantias escrituradas dos ativos financeiros reconhecidos têm em conta o maior risco possível de incumprimento. Um resumo dos ativos financeiros vencidos, mas sem imparidades, é apresentado na ►

NOTA [16]. O aumento das imparidades é principalmente devido ao aumento renovado das contas pendentes a receber e às condições de pagamento no segmento de Saúde. 111. RECEITAS DE JUROS/ DESPESAS DE INSTRUMENTOS

FINANCEIROS NÃO MEDIDOS PELO VALOR JUSTO em milhões de EUR 2015 2016

Receitas de juros 40 30

Despesas com juros 350 245

TOTAL –310 –215

Não estão incluídas aqui as receitas de juros e as despesas com juros de derivados ou as receitas de juros e as despesas com juros de ativos e passivo fora do âmbito da IFRS 7. Posições de risco e gestão de risco O Grupo Linde está exposto a uma série de riscos financeiros. Estes incluem, nomeadamente: o risco de contraparte, o risco de liquidez, o risco de taxa de juro, o risco da taxa de câmbio e outros riscos de preço de mercado. Irão ser descritos seguidamente. Para informação complementar sobre gestão de risco no Grupo Linde, consulte as divulgações do relatório de gestão combinada. ► VER RELATÓRIO DE OPORTUNIDADE E

RISCO, PÁGINAS 82 A 95. Risco de contraparte O risco de contraparte é o risco de que uma contraparte não cumpra as suas obrigações contratuais de pagamento e que isso leve a uma perda para o Grupo Linde.

O Grupo Linde trata, em princípio, com contrapartes que têm uma boa notação de crédito. São realizadas avaliações periódicas do merecimento de crédito, em particular, das principais contrapartes e foram estabelecidos claramente limites definidos. A experiência do decorrer da crise económica mostrou que as classificações de crédito se podem alterar muito rapidamente. Por isso, é possível que, apesar do processo de acompanhamento do Grupo, as contrapartes possam atrasar pagamentos ou deixar de fazê-los na totalidade. O Grupo Linde não acredita que tenha alguma exposição significativa ao risco de incumprimento decorrente de qualquer contraparte individual. A concentração do risco de contraparte é limitada, devido à base de clientes do Grupo ser ampla e não correlacionada. Com a exceção do Medicare, o programa federal de seguros de saúde do sistema de saúde dos EUA, o maior devedor representa menos de 2 por cento do total das dívidas comerciais a receber no Grupo Linde. O Medicare constitui um pouco menos de 10 por cento das dívidas comerciais a receber no Grupo.

As posições de risco pendentes estão sujeitas a limites rigorosos e são monitorizadas continuamente. As quantias escrituradas de ativos financeiros reportados na demonstração de situação financeira

que têm em conta as perdas por imparidade, representam o risco de incumprimento mais elevado possível, sem incluírem o valor de qualquer garantia adicional.

Um critério significativo para gerir o risco de contraparte, relativo a operações de financiamento e de mercado de capitais, é a notação de crédito da contraparte relevante. As análises regulares são realizadas por uma unidade de supervisão que é independente do departamento comercial, para assegurar a conformidade com todos os limites definidos. O Grupo Linde concluiu Anexos de Apoio ao Crédito (CSA) bilaterais com a maioria dos bancos com os quais são negociados os instrumentos financeiros. Com base nesses acordos, os valores justos positivos e negativos de derivados, detidos pela Linde AG e a Linde Finance B. V., para efeitos de taxas de juro e de gestão de moeda, são cobertos por garantias em numerário, numa base regular. Desta forma, é minimizado o risco de incumprimento decorrente destes instrumentos. Estas operações estão sujeitas às regras do acordo-quadro para transações de derivados financeiros, pelo que os direitos e as obrigações associados à troca de garantias adicionais não se qualificam para a compensação no balanço. A disponibilidade para entrar em CSAs com a Linde AG e a Linde Finance B. V. é uma condição prévia essencial para se ser aceite pela Linde como contraparte. Neste contexto, o Grupo Linde emitiu 464 milhões de EUR (2015: 371 milhões de EUR) como garantia adicional de derivados com valores justos negativos e recebeu 41 milhões de EUR (2015: 65 milhões de EUR) como garantia adicional de derivados com valores justos positivos. Além disso, foi concluído, na Suécia, um CSA unilateral com uma plataforma de negociação de derivados sobre matérias-primas e foram emitidos 7 milhões de EUR (2015: 2 milhões de EUR) como garantia adicional para valores de mercado negativos. O Grupo Linde tem igualmente ativos financeiros com um quantia escriturada de 6 milhões de EUR (2015: 5 milhões de EUR) que são dados como garantia adicional de passivo ou passivo contingente. Nos exercícios de 2015 e 2016, não foi realizada nenhuma garantia adicional significativa pelo Grupo Linde, para além dos CSA acima descritos.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

112. ATIVOS FINANCEIROS/ PASSIVO COMPENSÁVEL OU ACORDOS DE CUMPRIMENTO OBRIGATÓRIO PARA TRANSAÇÕES FINANCEIRAS DERIVADAS

31.12.2015, em milhões de EUR

Montante bruto dos ativos/

passivos financeiros

reconhecidos

Montante bruto dos ativos

financeiros reconhecidos/

passivos contrabalançados

Montante líquido dos ativos

financeiros/ passivos

apresentados no balanço

Instrumentos financeiros

elegíveis para compensação

Montante líquido antes de garantias

Garantias em numerário recebidas1

Garantias em numerário

prometidas1 Montante líquido

Derivados com valores justos positivos 316 – 316 –235 81 –62 27 46

Derivados com valores justos negativos –675 – –675 235 –440 –3 346 –97

Dívidas comerciais a receber 9 –4 5 – 5 – – 5

Contas a pagar 6 4 –2 – –2 – – –2

TOTAL –356 – –356 – –356 –65 373 –48

31.12.2016, em milhões de EUR

Derivados com valores justos positivos 214 – 214 –143 71 –25 34 80

Derivados com valores justos negativos –642 – –642 143 –499 –16 437 –78

Dívidas comerciais a receber 10 –4 6 – 6 – – 6

Contas a pagar –6 4 –2 – –2 – – –2

TOTAL –424 – –424 – –424 –41 471 6 1 Os termos que regem os CSA poderão resultar na superproteção da posição de valor justo líquido da contraparte.

Risco de liquidez O risco de liquidez é o risco de o Grupo não ser mais capaz de cumprir as suas obrigações de pagamento financeiras. No quadro seguinte, são apresentados os fluxos de caixa contratuais não descontados futuros esperados de passivo financeiro:

113. FLUXOS DE CAIXA FUTUROS DE PASSIVO FINANCEIRO

Devidos no prazo de um ano

Devidos no prazo de um a cinco anos

Devidos no prazo de mais de cinco anos

em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Saídas de caixa do passivo financeiro não derivado 4492 5244 6013 5035 3693 2718

Saídas de caixa do passivo financeiro derivado 196 855 1406 1065 1092 1009

Neste contexto, é importante notar que as saídas de caixa do passivo financeiro derivado no montante de 2929 milhões de EUR (2015: 2694 milhões de EUR) são compensadas por influxos de caixa de derivados com uma liquidação bruta no montante de 2116 milhões de EUR (2015: 1819 milhões de EUR).

163

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro resulta de flutuações de mercado nas taxas de juros. Como resultado das suas atividades de financiamento, o Grupo Linde é exposto a um risco de variações de taxa de juro. A 31 de dezembro de 2016, o Grupo Linde detinha instrumentos remunerados (líquidos, incluindo derivados de taxa de juro/ de coberturas) que totalizavam 7190 milhões de EUR (2015: 7829 milhões de EUR). Destes, 2618 milhões de EUR (2015: 2586 milhões de EUR) eram relativos a juros de instrumentos remunerados, com taxas de juros variáveis, e 4572 milhões de EUR (2015: 5243 milhões de EUR) a juros de instrumentos remunerados, com taxas de juros fixas. Isto é equivalente a um rácio de taxa fixa, à escala do Grupo, de 64 por cento (2015: 67 por cento).

A Linde tem utilizado swaps a pagar no futuro para disponibilizar um elemento de cobertura das futuras emissões de obrigações contra a exposição a taxas de juros crescentes.

Com base no risco de taxa de juro dos instrumentos remunerados com taxas de juro variáveis e dos instrumentos financeiros de cobertura que o Grupo Linde detém ou emitiu, uma mudança hipotética nas taxas de juros aplicáveis aos respetivos instrumentos teria os seguintes efeitos (se a taxa de câmbio permanecesse constante):

114. EFEITO DAS VARIAÇÕES NAS TAXAS DE JURO APLICÁVEIS

Variação Reconhecido em lucros ou prejuízos Diretamente no capital próprio

Moeda, em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016

EUR +100 pb –22 –38 89 82

–100 pb 22 38 –95 –87

GBP +100 pb 1 12 –6 –3

–100 pb –1 –12 6 3

USD +100 pb –2 –3 68 52

–100 pb 2 3 –69 –53

AUD +100 pb –3 – 8 11

–100 pb 3 – –8 –11

Outras moedas +100 pb 1 3 7 7

–100 pb –1 –3 –7 –7

164

Riscos de taxa de câmbio Devido às suas atividades como grupo internacional, o Grupo Linde está exposto a riscos de taxa de câmbio. A ampla disseminação das suas atividades por muitas áreas monetárias diferentes e o seu modelo de negócio local tem resultado numa concentração baixa de risco para o Grupo.

O Grupo Linde monitoriza e administra o risco de taxa de câmbio, um risco que tem um impacto sobre as suas operações. O risco de taxa de câmbio bruta engloba todas as atividades operacionais do Grupo. Este risco de taxa de câmbio bruta é reduzido, de cerca de 78 por cento (2015: 82 por cento). Por isso, na data de balanço, o Grupo Linde está exposto a um risco de taxa de câmbio líquido de atividades operacionais que envolvem moeda estrangeira correspondente a 22 por cento (2015: 18 por cento) do risco original não garantido.

O risco de movimentos na taxa de câmbio é monitorizado para finalidades de gestão interna, com base num valor em risco que diz respeito a posições em moedas diferentes da moeda funcional relevante.

O valor em risco é calculado com base em dados históricos (250 dias úteis), em conformidade com padrões bancários internacionais. O valor em risco apresenta a perda potencial máxima, com base numa probabilidade de 97,5 por cento, para um período de

manutenção de 12 meses. O cálculo leva em conta as correlações entre as transações que estão a ser consideradas; o risco de uma carteira é geralmente mais baixo do que o total dos seus respetivos riscos individuais.

A 31 de dezembro de 2016, o valor em risco era de 31 milhões de EUR (2015: 26 milhões de EUR). Outros riscos de preço de mercado Como resultado das suas compras de energia, o Grupo Linde está exposto aos riscos decorrentes de mudanças nos preços das matérias-primas. O Grupo monitoriza e gere estes riscos de preço de matérias-primas decorrentes da compra de eletricidade, gás natural e propano para utilização em produção. Estas operações de cobertura são governadas por rigorosas orientações de gestão de risco, estando constantemente a ser monitorizada a sua conformidade em relação a elas. Os riscos de preço de matérias-primas são cobertos, principalmente, por contratos de fornecimento a longo prazo ou limitados pela forma e a estrutura dos contratos de vendas. Os derivados são igualmente utilizados, embora em muito menor medida, para a cobertura contra a exposição a mudanças no preço da eletricidade, do gás natural e do gás propano. O risco de preço de matérias-primas em relação a instrumentos financeiros não é, por isso, material.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

Contabilidade de Cobertura Cobertura de fluxos de caixa O Grupo Linde cobre os fluxos de caixa, tanto no Grupo, como a nível das empresas, com base em taxas de cobertura mínimas acordadas. A nível das empresas, as transações futuras que sejam altamente prováveis estão cobertas contra os riscos cambiais. Com esta finalidade, é utilizado um orçamento de rolamento de 15 meses ou orçamentos para projetos específicos de clientes individuais.

Em geral, estas coberturas são contabilizadas como cobertura de fluxos de caixa, em conformidade com a IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. A parcela efetiva do ganho ou da perda com os instrumentos de cobertura é reconhecida diretamente no capital próprio e libertada para a demonstração de lucros ou prejuízos quando os fluxos de caixa cobertos são igualmente reconhecidos na demonstração de lucros ou prejuízos ou se não se espera que ocorra uma transação futura coberta. Além disso, os riscos associados às mudanças nas taxas de juros, relativamente a certo passivo financeiro ou a medidas de financiamento futuras, são protegidos por instrumentos financeiros derivados e contabilizados como cobertura de fluxos de caixa.

O Grupo Linde cobre igualmente a exposição aos riscos de preço de matérias-primas que surgem no curso normal dos negócios nas suas operações de compras e resultam em posições de risco em aberto. Para reduzir a dimensão do risco, o Grupo Linde entra num pequeno número de derivados de eletricidade, gás

natural e gás propano. Normalmente, as relações de cobertura deste tipo são igualmente designadas relações de cobertura de fluxos de caixa, se isso estiver de acordo com os factos.

Se as transações futuras cobertas (transações previstas, tal como é definido pela IAS 39) resultarem no reconhecimento de um ativo ou passivo não financeiro, as suas quantias escrituradas iniciais serão ajustadas ao montante registado no capital próprio. É este, geralmente, o caso dos ativos não correntes e existências.

O quadro seguinte apresenta uma reconciliação da reserva para cobertura de fluxos de caixa: 115. RESERVA PARA COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA em milhões de EUR 2015 2016

BALANÇO DE ABERTURA A 1.01. –259 –270

Adições 7 –59

Transferências para a demonstração de lucros ou prejuízos –18 24

das quais relativas à receita –12 4

das quais relativas ao custo das vendas –11 14

das quais relativas às receitas e despesas financeiras 5 6

BALANÇO DE ENCERRAMENTO A 31.12. –270 –305

Em 2016 ou 2015, não foram reconhecidos montantes relativos à ineficácia da cobertura de fluxos de caixa.

116. FLUXOS DE CAIXA ESPERADOS, GANHOS E PERDAS DA COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA

No prazo de um ano No prazo de um a cinco anos No prazo de mais de cinco anos Total

em milhões de EUR 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

Fluxos de caixa de instrumentos de cobertura 4 –51 –454 –323 –199 –201 –649 –575

Ganho/ perda –4 1 –134 –134 –132 –172 –270 –305

165

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Cobertura do valor justo O Grupo Linde utiliza swaps de taxa de juro para cobrir a exposição às mudanças no valor justo dos ativos financeiros e no passivo financeiro, como resultado de mudanças na taxa de juro. Se a cobertura for considerada eficaz, a quantia escriturada do item coberto será ajustada às mudanças no valor justo atribuível ao risco coberto.

O quadro seguinte apresenta as mudanças nas transações subjacentes e nos instrumentos de cobertura das relações de cobertura do valor justo reconhecidas em lucros ou prejuízos. 117. COBERTURA DO VALOR JUSTO em milhões de EUR 2015 2016

De operações cobertas 35 21

De instrumentos de cobertura –34 –20

INEFICÁCIA 1 1

Cobertura de um investimento líquido numa operação no exterior O Grupo Linde cobre a sua exposição ao risco de conversão, ao contrair empréstimos em moeda estrangeira e ao celebrar contratos cambiais a prazo e swaps de taxas de juro de divisas cruzadas. Estas coberturas qualificam-se, geralmente, como coberturas de um investimento líquido numa operação no exterior (anteriormente referido como cobertura do investimento líquido), em conformidade com a IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e, consequentemente, a parcela eficaz da cobertura é transferida para o capital próprio. Se a operação estrangeira for posteriormente vendida ou abandonada, o montante reconhecido no capital próprio é libertado para a demonstração de lucros ou prejuízos.

Em 2016 ou 2015, não foi reconhecido nenhum montante como resultado da ineficácia em cobertura de investimento líquido. 118. VALOR JUSTO DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS

DESIGNADOS COMO COBERTURAS em milhões de EUR 2015 2016

Cobertura de fluxos de caixa

Operações cambiais a prazo 12 –

Taxas de juro/ swaps de taxas de juro de divisas cruzadas –234 –329

Matérias-primas –22 6

Passivo financeiro 240 244

Cobertura do valor justo

Swaps de taxas de juro 90 12

Cobertura do investimento líquido

Operações cambiais a prazo –60 –45

Swaps de taxas de juro de divisas cruzadas –99 –112

Passivo financeiro em moeda estrangeira 1435 1017

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

[28] Demonstração de fluxos de caixa do Grupo A demonstração de fluxos de caixa mostra a origem e aplicação de fundos. Em conformidade com a IAS 7 Demonstração de Fluxos de Caixa, os fluxos de caixa das atividades operacionais são distinguidos dos fluxos de caixa de investimento e de financiamento.

A caixa e os equivalentes de caixa divulgados na demonstração dos fluxos de caixa compreendem o conjunto da caixa e dos equivalentes de caixa divulgados na demonstração de situação financeira: ou seja, o dinheiro em caixa, os saldos bancários e os fundos do mercado monetário com um prazo de três meses ou menos. A caixa e os equivalentes de caixa de 5 milhões de EUR (2015: 8 milhões de EUR) estão sujeitos a restrições de levantamento, em resultado de restrições à exportação de divisas. O fluxos de caixa de atividades de investimento e de financiamento são calculados com base nos pagamentos, enquanto o fluxo de caixa das atividades operacionais deriva indiretamente do lucro antes de impostos.

Quando o fluxo de caixa das atividades operacionais é calculado, as mudanças em ativos e passivo são ajustadas para os efeitos da conversão cambial e das mudanças na estrutura do Grupo. Como resultado, não é possível reconciliar os valores das diferenças entre as rubricas da demonstração da situação financeira publicada.

As distribuições recebidas e os impostos sobre o rendimento pagos, incluídos no fluxo de caixa de atividades operacionais, são divulgados separadamente. Os influxos de caixa de associadas e negócios conjuntos são divulgados em fluxos de caixa das atividades operacionais. As receitas financeiras de locações financeiras incorporadas (IFRIC 4/ IAS 17) foram incluídas em influxos de caixa das atividades operacionais, devido ao facto de tal rendimento estar claramente relacionado com o negócio operacional do Grupo Linde, enquanto os custos de empréstimos capitalizados, de 24 milhões de EUR (2015: 52 milhões de EUR), são divulgados em fluxos de caixa de atividades de investimento. Todos os outros pagamentos de juros são divulgados em fluxos de caixa de atividades de financiamento.

Para as saídas de caixa relativas às sociedades recém-consolidadas, consulte a Demonstração de fluxos de caixa do Grupo. ► VER QUADROS 43 E 44, PÁGINAS

110 A 111. Na demonstração da situação financeira do Grupo, foram reconhecidos 2 milhões de EUR (2015: 4 milhões de EUR) como passivo que não está incluído nas saídas de caixa das empresas consolidadas.

O aumento total de caixa e equivalentes de caixa como resultado de aquisições foi de 12 milhões de EUR (2015: 0 milhões de EUR).

As atividades de investimento compreendem adições e alienações de ativos tangíveis, ativos financeiros, ativos intangíveis e empresas consolidadas. As adições e alienações em moeda estrangeira foram convertidas a taxas médias.

[29] Informação por segmentos A IFRS 8 Segmentos Operacionais necessita de informação para fornecer a cada segmento operacional. A definição de segmentos operacionais e o alcance da informação elaborada para os relatórios de segmento baseiam-se, entre outras coisas, na informação disponibilizada ao Conselho de Administração completo, numa base regular, e, como resultado, na gestão interna da organização. São regularmente disponibilizados ao Conselho de Administração completo, os valores fundamentais de rentabilidade e de receita que são relevantes, do ponto de vista da tomada de decisão, para as seguintes áreas: ― EMEA (Europa, Médio Oriente e África) ― Ásia/ Pacífico ― Américas ― Divisão de Engenharia ― Outras Atividades Em conformidade com a IFRS 8, o Grupo Linde reporta, por isso, através de cinco segmentos. A coluna “Reconciliação” compreende as atividades corporativas e os ajustamentos de consolidação. ► VER QUADRO 46,

PÁGINA 114. A seguir, é apresentada uma breve descrição dos

segmentos: Divisão de Gases (EMEA, Ásia/ Pacífico e Américas): As atividades da Divisão de Gases compreendem a produção, venda e distribuição de gases para aplicações na indústria, medicina, proteção ambiental e em investigação e desenvolvimento. Além disso, esta divisão oferece conhecimento de aplicação técnica, serviços especializados e o hardware necessário para utilizar os gases. O modelo de negócio dos três segmentos reportáveis da Divisão de Gases (EMEA, Ásia/ Pacífico e Américas) é, em grande parte, idêntico em cada segmento. Divisão de Engenharia: As atividades da Divisão de Engenharia compreendem a conceção e realização, chave na mão, de fábricas de olefina, fábricas para a produção de hidrogénio e gases de síntese e o processamento de gás natural, e fábricas de separação de gases. Esta divisão também desenvolve e fabrica componentes de fábrica e oferece serviços especializados. Outras Atividades: As Outras Atividades compreendem a Gist, líder no fornecimento de soluções de logística e de cadeia de abastecimento, com operações comerciais, principalmente, no Reino Unido. Uma vez que esta área de negócios deverá ser vendida, foi reportada neste Relatório Anual como uma operação descontinuada.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Políticas contabilísticas dos segmentos Aplicam-se as mesmas políticas contabilísticas que as descritas na ► NOTA [5] para os segmentos. As exceções aplicam-se ao financiamento do Grupo, que é atribuído aos corporativos. As obrigações de pensão são atribuídas ao segmento em que os colaboradores relevantes trabalham. A provisão para obrigações de pensão já existentes, decorrente do plano de pensões do BOC, em relação às pessoas jurídicas, no Reino Unido, é atribuída ao segmento da EMEA. O custo do serviço foi cobrado à EMEA e aos segmentos corporativos. As transações entre os segmentos reportáveis, descritas anteriormente, são conduzidas nas mesmas condições que para terceiros não relacionados.

Para chegar ao valor da Divisão de Gases, como um todo, a partir dos valores dos três segmentos reportáveis da Divisão de Gases, foram aplicados ajustamentos de consolidação de 185 milhões de EUR (2015: 182 milhões de EUR) à receita. Por isso, não é possível chegar ao valor da Divisão de Gases, como um todo, por uma mera soma dos valores dos segmentos reportáveis da Divisão de Gases.

O lucro do segmento é calculado com base no lucro operacional.

As despesas de capital por segmento representam os montantes investidos no exercício, do ponto de vista da subsidiária. Na coluna “Reconciliação” estão não só incluídos os ajustamentos de consolidação exigidos, do ponto de vista do Grupo, mas também os ajustamentos como resultado de variações no custo de aquisição e fabricação do Grupo, como resultado de fornecimentos efetuados pela Divisão de Engenharia à Divisão de Gases.

119. RECONCILIAÇÕES DA RECEITA DO SEGMENTO COM

O RESULTADO DO SEGMENTO em milhões de EUR 2015 2016

Receita

Receita total dos segmentos 18 369 17 845

Receita de operações descontinuadas –599 –587

Consolidação –425 –310

RECEITA DO GRUPO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 17 345 16 948

Lucro operacional

Lucro operacional dos segmentos 4411 4450

Lucro operacional das atividades corporativas –288 –338

Lucro operacional de operações descontinuadas –44 –44

Consolidação 8 30

Custos de reestruturação e fusão (itens especiais) 192 126

Amortização e depreciação 1896 1897

Receitas financeiras 42 29

Despesas financeiras 439 353

LUCRO ANTES DE IMPOSTOS DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 1632 1751

[30] Colaboradores 120. NÚMERO MÉDIO DE COLABORADORES POR

SEGMENTO (ATIVIDADES CONTINUADAS) 2015 2016

Divisão de Gases 52 960 53 684

EMEA 21 449 20 508

Ásia/ Pacífico 11 828 11 398

Américas 19 683 21 778

Divisão de Engenharia 7186 6580

Outras Atividades 333 371

GRUPO 60 479 60 635

Em 2016, o número médio de colaboradores nas empresas incluídas nas demonstrações financeiras do Grupo, numa base de linha a linha, era de 169 (2015: 164). Os colaboradores a tempo parcial foram incluídos numa base proporcional. Em 2016, estavam empregados na Gist (operação descontinuada) uma média de 4927 colaboradores (2015: 4571).

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

[31] Recomendação para a aprovação das demonstrações financeiras anuais e apropriação do lucro da Linde AG A 31 de dezembro de 2016, os lucros não atribuídos da Linde Aktiengesellschaft eram de 686 860 862,70 EUR (2015: 640 451 344,95 EUR).

As demonstrações financeiras anuais da Linde AG, elaboradas em conformidade com o Código Comercial Alemão (HGB) e a Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG), são publicadas e apresentadas no Diário Oficial da União alemão (Bundesanzeiger). 121. BALANÇO DA LINDE AG – ATIVOS em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

Ativos intangíveis 106 82

Ativos tangíveis 433 458

Ativos financeiros 17 499 17 553

ATIVOS NÃO CORRENTES 18 038 18 093

Existências 3139 2951

deduzidos os adiantamentos recebidos de clientes –3139 –2951

Contas a receber e outros ativos 1985 2110

Valores mobiliários 400 107

Ativos líquidos 359 168

ATIVOS CORRENTES 2744 2385

Despesas antecipadas 44 130

ATIVOS TOTAIS 20 826 20 608

122. BALANÇO DA LINDE AG – CAPITAL PRÓPRIO E

PASSIVO

em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016 Capital subscrito 475 475

Capital autorizado condicionalmente de 57 milhões de EUR (2015: 57 milhões de EUR)

Reserva de capital 6563 6563

Reservas de lucros 2167 2167

Lucros não apropriados 640 939

CAPITAL PRÓPRIO 9845 10 144

Provisões para pensões e obrigações similares 274 188

Outras provisões 796 819

PROVISÕES 1070 1007

Passivo 9911 9451

Encargos diferidos – 6

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 20 826 20 608

123. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA LINDE AG em milhões de EUR 2015 2016

RECEITA 2097 2917

Custo das vendas 1382 2120

LUCRO BRUTO 715 797

Despesas de marketing e vendas 320 315

Custos de investigação e desenvolvimento 129 117

Despesas administrativas gerais 419 335

Outras receitas operacionais 381 199

Outras despesas operacionais 239 111

Rendimento do investimento 901 871

Outros juros e rendimentos similares 274 213

dos quais 158 milhões de EUR (2015: 216 milhões de EUR) de empresas subsidiárias

Amortização de ativos financeiros e valores mobiliários detidos como ativos correntes 30 30

Juros e encargos similares 490 223

dos quais 109 milhões de EUR (2015: 217 milhões de EUR) para empresas subsidiárias

LUCRO DE ATIVIDADES NORMAIS 644 949

Despesa com o imposto sobre o rendimento –25 10

RESULTADO DO EXERCÍCIO 669 939

Transferência para reservas de lucros –29 –252

LUCROS NÃO APROPRIADOS 640 687

O Conselho de Administração recomenda que, quando as demonstrações financeiras anuais da Linde AG forem aprovadas, na reunião do Conselho de Supervisão de 8 de março de 2017, o Conselho de Supervisão proponha que seja votada na Assembleia-Geral Anual de 10 de maio de 2017 a aplicação dos resultados de 686 860 862,70 EUR (2015: 640 451 344,95 EUR) do seguinte modo: ― o pagamento de um dividendo de 3,70 EUR (2015:

3,45 EUR) por ação sem indicação de valor nominal com direito a dividendo. O pagamento total de dividendos de 185 638 071 (2015: 185 638 071) ações sem indicação do valor nominal com direito a dividendo ascende a 686 860 862,70 EUR (2015: 640 451 344,95 EUR).

As 95 109 ações próprias, detidas pela empresa, sem qualquer direito a dividendo no momento da proposta, não são incluídas no cálculo do montante a ser distribuído.

169

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[32] Transações com partes relacionadas Além das empresas subsidiárias incluídas nas demonstrações financeiras do Grupo, a Linde AG está relacionada, direta ou indiretamente, durante a realização das suas atividades comerciais normais, com subsidiárias não consolidadas, negócios conjuntos e associadas. As relações comerciais com estas empresas são geralmente conduzidas nas mesmas condições que para terceiros não relacionados. Na lista de participações sociais, organizadas por divisão, são divulgadas as empresas associadas que são controladas pelo Grupo Linde ou sobre as quais o Grupo Linde pode exercer uma influência significativa.

A lista completa de participações sociais do Grupo ► NOTA [39] foi apresentada na versão eletrónica do Diário Oficial da União alemão. A informação sobre a remuneração do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão está exposta na ► NOTA [33].

124. RECEITA COM PARTES RELACIONADAS

2015 2016

em milhões de EUR Subsidiárias não

consolidadas

Associadas e negócios

conjuntos Outras partes relacionadas Total

Subsidiárias não consolidadas

Associadas ou negócios

conjuntos Outras partes relacionadas Total

Vendas de bens – 14 – 14 – 18 – 18

Receita baseada em PoC – 7 – 7 – 40 – 40

Outra receita – – – – – 2 – 2

125. BENS E SERVIÇOS ADQUIRIDOS A PARTES RELACIONADAS

2015 2016

em milhões de EUR Subsidiárias não

consolidadas

Associadas e negócios

conjuntos Outras partes relacionadas Total

Subsidiárias não consolidadas

Associadas ou negócios

conjuntos Outras partes relacionadas Total

Bens e serviços adquiridos a partes relacionadas 4 110 – 114 2 88 – 90

170

As pessoas relacionadas são, principalmente, os membros do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão. Em 2016, não foram realizadas transações significativas entre o Grupo Linde e membros do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão ou membros das suas famílias que estivessem fora das fronteiras de empregos, acordos de serviço e nomeação ou contratos de remuneração existentes.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

Alguns membros do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão da Linde ocupam cargos similares em outras empresas. A Linde tem relações comerciais normais com virtualmente todas essas empresas. A venda e compra de bens e serviços a essas empresas têm lugar nas condições normais de mercado. 126. CONTAS A RECEBER E PASSIVO COM PARTES RELACIONADAS

31.12.2015 31.12.2016

em milhões de EUR Subsidiárias não

consolidadas

Associadas e negócios

conjuntos Outras partes relacionadas Total

Subsidiárias não consolidadas

Associadas e negócios

conjuntos Outras partes relacionadas Total

Contas a receber de partes relacionadas 3 31 – 34 – 46 – 46

Passivo com partes relacionadas 1 38 – 39 – 63 – 63

Na data de balanço, não havia em vigor acordos de garantia livres de encargos, relativos a associadas ou negócios conjuntos (2015: EUR 0 milhões de EUR). As encomendas pendentes relativas a negócios conjuntos chegaram a 1 milhão de EUR (2015: 0 milhões de EUR).

[33] Informação adicional sobre o Conselho de Supervisão e o Conselho de Administração A seguir, são divulgados os emolumentos totais do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão, tal como é exigido pelo § 315a (1), em conjugação com o § 314 (1), n.º 6, do Código Comercial Alemão (HGB). É igualmente reportada nesta Nota a informação exigida pela IAS 24.17 sobre os emolumentos totais do Conselho de Administração. Conselho de Supervisão Os emolumentos totais do Conselho de Supervisão, apresentados no quadro seguinte, são baseados no custo incorrido no exercício, em conformidade com a IAS 24.17.

No ano de referência, tal como no ano anterior, não houve adiantamentos ou empréstimos a membros do Conselho de Supervisão. 127. EMOLUMENTOS DO CONSELHO DE SUPERVISÃO

(INCL. IVA) em EUR 2015 2016 Emolumentos fixos 2 891 700 2 886 433

Senhas de presença 97 580 133 280

EMOLUMENTOS TOTAIS 2 989 280 3 019 713

Conselho de Administração Os emolumentos totais do Conselho de Administração, em conformidade com as provisões do Código Comercial Alemão (HGB) e as Normas de Contabilidade Alemãs DRS 17, foram os seguintes: 128. EMOLUMENTOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EM CONFORMIDADE COM O CÓDIGO COMERCIAL ALEMÃO (HGB)

em EUR 2015 2016

Emolumentos fixos/ Prestações em espécie/ Outros benefícios 4 295 945 3 772 668

Emolumentos em numerário variáveis a curto prazo 4 369 260 3 778 902

Emolumentos em numerário variáveis a longo prazo 2 912 840 2 519 268

EMOLUMENTOS TOTAIS EM NUMERÁRIO 11 578 045 10 070 838

Plano de Incentivo de Longo Prazo (valor na data da concessão) 3 374 969 875 045

EMOLUMENTOS TOTAIS 14 953 014 12 945 883

Custo do serviço para a obrigação de pensão 1 590 875 736 174

EMOLUMENTOS TOTAIS (HGB) 16 543 889 13 682 057

171

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

129. AÇÕES CONCEDIDAS DE PAGAMENTOS BASEADOS EM AÇÕES

2015 2016

unidades

Preço por unidade quando concedidas

em EUR unidades

Preço por unidade quando concedidas

em EUR

Opções (PILP de 2012) 40 231 67,11 41 196 55,83

Ações paritárias (PILP de 2012) 4275 157,91 4737 121,40

172

No ano de referência, bem como no ano anterior, não houve adiantamentos ou empréstimos a membros do Conselho de Administração.

A remuneração total paga a antigos membros do Conselho de Administração e aos seus dependentes sobreviventes ascendeu a 10 202 212 EUR (2015: 2 214 936 EUR). Foi feita uma provisão de 59 710 818 EUR (2015: 58 771 380 EUR) no Grupo Linde para as pensões atuais e os futuros benefícios de pensões, em relação aos antigos membros do Conselho de Administração e aos seus dependentes sobreviventes. Na Linde AG, a provisão correspondente foi de 46 747 736 EUR (2015: 50 381 450 EUR).

Os emolumentos do Conselho de Administração, em conformidade com a IAS 24.17, baseados no custo incorrido no exercício, foram os seguintes: 130. EMOLUMENTOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EM CONFORMIDADE COM AS IFRS em EUR 2015 2016

Emolumentos em numerário de curto prazo 8 665 205 7 551 570

Emolumentos em numerário de longo prazo 2 912 840 2 519 268

EMOLUMENTOS TOTAIS EM NUMERÁRIO 11 578 045 10 070 838

Variação no valor das ações virtuais 65 644 –133 253

Custo do Plano de Incentivo de Longo Prazo 1 122 133 –161 942

Custo do serviço para as responsabilidades com pensões 2 105 419 953 525

EMOLUMENTOS TOTAIS (IFRS) 14 871 241 10 729 168

Além disso, cresceram os benefícios pós-emprego em 6 565 134 EUR (2015: 0 EUR).

O relatório sobre remunerações apresenta as características básicas e a estrutura da remuneração do Conselho de Administração. É apresentado nas ►

PÁGINAS 22 A 37 do Relatório Financeiro de 2016, no âmbito do relatório de gestão combinada.

[34] Declaração sobre Governação Corporativa em conformidade com o § 289a e o § 315 (5) do Código Comercial Alemão (HGB) O Conselho de Administração e o Conselho de Supervisão da Linde AG aprovaram a declaração prescrita, nos termos do § 161 da Lei das Sociedades por Ações Alemã (AktG) sobre as recomendações do Código de Governação Corporativa Alemão, e tornaram-na acessível aos acionistas, a título permanente.

A Declaração de Conformidade foi publicada na Internet em ► WWW.LINDE.COM/DECLARATIONOFCOMPLIANCE. A Declaração sobre Governação Corporativa poderá ser encontrada na Internet em ►

WWW.LINDE.COM/CORPORATEGOVERNANCE. Na secção Governação Corporativa, do Relatório

Financeiro, é apresentado um comentário pormenorizado sobre a governação corporativa da Linde.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

[35] Outros cargos dos conselheiros [As divulgações sobre outros cargos dos conselheiros são de 31 de dezembro de 2016 ou da data em que o membro se juntou ao Conselho de Supervisão] Conselho de Supervisão Os membros do Conselho de Supervisão da Linde Aktiengesellschaft são membros dos seguintes outros conselhos de supervisão estatutários alemães e conselhos alemães e estrangeiros comparáveis: PROFESSOR DR. WOLFGANG REITZLE Presidente do Conselho de Supervisão da Linde AG, Anterior Presidente do Conselho de Administração da Linde AG (Membro e Presidente do Conselho de Supervisão da Linde AG desde 21 de maio de 2016) ― GABINETES EXTERNOS:

Axel Springer SE Continental AG (Presidente do Conselho de Supervisão) Hawesko Holding AG (até à A-GA de 19 de junho de 2017) Medical Park (Presidente do Conselho de Supervisão)

― GABINETES EXTERNOS: Ivoclar Vivadent AG (Membro do Conselho de Administração)

HANS-DIETER KATTE Vice-Presidente do Conselho de Supervisão da Linde AG, Presidente do Conselho de Empresa de Pullach, Divisão de Engenharia, da Linde AG MICHAEL DIEKMANN Segundo Vice-Presidente do Conselho de Supervisão da Linde AG, Anterior Presidente do Conselho de Administração da Allianz SE ― GABINETES EXTERNOS:

BASF SE (Vice-Presidente do Conselho de Supervisão) Fresenius Management SE Fresenius SE & Co. KGaA (Vice-Presidente do Conselho de Supervisão) Siemens AG

― GABINETES EXTERNOS: Allianz Australia Ltd. (Administrador Não Executivo) (até 31 de dezembro de 2016)

PROFESSORA DR.ª ANN-KRISTIN ACHLEITNER Professora na Universidade Técnica de Munique (TUM) ― GABINETES EXTERNOS:

Deutsche Börse Aktiengesellschaft METRO AG (até à A-GA de 6 de fevereiro de 2017) Münchener Rückversicherungs-Gesellschaft Aktiengesellschaft, Munique

― GABINETES EXTERNOS: ENGIE SA (anterior GDF SUEZ SA) (Membro do Conselho de Administração)

DR. CLEMENS BÖRSIG Presidente do Conselho de Administração da Deutsche Bank Foundation, Anterior Presidente do Conselho de Supervisão do Deutsche Bank AG ― GABINETES EXTERNOS:

Bayer AG Daimler AG

― GABINETES EXTERNOS: Emerson Electric Company (Membro do Conselho de Administração)

ANKE COUTURIER Responsável das Pensões Globais, da Linde AG FRANZ FEHRENBACH Presidente do Conselho de Supervisão da Robert Bosch GmbH, Sócio-gerente da Robert Bosch Industrietreuhand KG ― GABINETES EXTERNOS:

BASF SE Robert Bosch GmbH (Presidente do Conselho de Supervisão) STIHL AG (Vice-Presidente do Conselho de Supervisão)

― GABINETES EXTERNOS: STIHL Holding AG & Co. KG (Membro do Conselho Consultivo)

GERNOT HAHL Presidente do Conselho de Empresa de Worms, Divisão de Gases, da Linde AG DR. MARTIN KIMMICH Segundo Representante Autorizado, da IG Metall Munique ― GABINETES EXTERNOS:

MTU Aero Engines AG Nokia Solutions and Networks Management GmbH

DR.ª VICTORIA OSSADNIK Vice-Presidente (VP) de Prestação de Serviços Empresariais da Microsoft Deutschland GmbH (Membro do Conselho de Supervisão desde 7 de janeiro de 2016) ― CARGOS EM OUTROS CONSELHOS DE

SUPERVISÃO ESTATUTÁRIOS ALEMÃES ― CARGOS EM CONSELHOS ALEMÃES E

ESTRANGEIROS COMPARÁVEIS

173

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174

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

XAVER SCHMIDT Chefe do departamento do Presidente da IG Bergbau, Chemie, Energie, Hannover FRANK SONNTAG Presidente do Conselho de Empresa de Dresden, Divisão de Engenharia, da Linde AG O seguinte membro retirou-se do Conselho de Supervisão no exercício de 2016: DR. MANFRED SCHNEIDER Presidente do Conselho de Supervisão da Linde AG (até 20 de maio de 2016), Anterior Presidente do Conselho de Supervisão da Bayer AG

Conselho de Administração Para além das suas funções de gestão em empresas individuais não afiliadas e em empresas em que é realizado um investimento, os membros do Conselho de Administração da Linde Aktiengesellschaft são membros dos seguintes outros conselhos de supervisão estatutários alemães e conselhos alemães e estrangeiros comparáveis: PROFESSOR DR. ALDO BELLONI Presidente do Conselho de Administração (desde 8 de dezembro de 2016) DR. CHRISTIAN BRUCH Membro do Conselho de Administração BERND EULITZ Membro do Conselho de Administração SANJIV LAMBA Membro do Conselho de Administração ― GABINETES DO GRUPO:

LINDE INDIA LIMITED (Presidente do Conselho de Administração)

Os seguintes membros retiraram-se do Conselho de Supervisão no exercício de 2016: DR. WOLFGANG BÜCHELE Presidente do Conselho de Administração (até 7 de dezembro de 2016) ― GABINETES EXTERNOS:

Merck KGaA (Presidente do Conselho de Supervisão)

― GABINETES EXTERNOS: E. Merck KG (Membro do Conselho de Parceiros) Kemira Oyi, Finlândia (Membro do Conselho de Administração)

THOMAS BLADES Presidente do Conselho de Administração da Bilfinger SE Membro do Conselho de Administração (até 30 de junho de 2016) GEORG DENOKE Membro do Conselho de Administração (até 13 de setembro de 2016) ― GABINETES EXTERNOS:

SGL Carbon SE ― CARGOS EM OUTROS CONSELHOS DE

SUPERVISÃO ESTATUTÁRIOS ALEMÃES ― CARGOS EM CONSELHOS ALEMÃES E

ESTRANGEIROS COMPARÁVEIS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

[36] Passivo contingente e outros compromissos financeiros 131. PASSIVO CONTINGENTE em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

Garantias (Guarantees) 4 –

Garantias (Warranties) 8 1

Outro passivo contingente 54 73

TOTAL 66 74

Acordos de garantias (warranties e guarantees) O passivo contingente surge na Linde principalmente, a partir de acordos de garantias (warranties e guarantees). Em casos excecionais, a Linde celebra acordos de garantias com os bancos para assegurar os empréstimos em subsidiárias não consolidadas. Outras contingências A Divisão de Engenharia celebra regularmente contratos com parceiros de consórcio para a construção de fábricas industriais chave na mão, em que os parceiros de consórcio assumem a responsabilidade conjunta e solidária com o cliente para o volume total do contrato. Há aqui regras internas claras sobre a forma como a responsabilidade deverá ser dividida entre os parceiros. Atualmente, há encomendas para a construção de fábricas, com um dos nossos parceiros de consórcio, que totalizam 773 milhões de EUR (2015: 736 milhões de EUR). De momento, a Linde antecipa que não haverá reclamação de responsabilidade conjunta e solidária e, por isso, não revelou qualquer passivo contingente em relação a estes contratos. Outros compromissos financeiros Os outros compromissos financeiros incluem compromissos de locação relativos a locações operacionais e compromissos relativos a encomendas. Os compromissos relativos a encomendas são em relação a encomendas pendentes, para as quais já foi acordada uma obrigação contratual de pagamento. 132. OUTROS COMPROMISSOS FINANCEIROS em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

Obrigações relativas a locações operacionais não canceláveis 507 538

Compromisso de despesas de capital (ativos fixos tangíveis) 335 247

Compromisso de despesas de capital (ativos intangíveis) 9 3

TOTAL 851 788

133. AQUISIÇÃO DE LOCAÇÕES em milhões de EUR 31.12.2015 31.12.2016

Total de pagamentos mínimos de locações (investimento bruto)

devidos no prazo de um ano 131 131

devidos em um a cinco anos 259 262

devidos em mais de cinco anos 117 145

TOTAL 507 538

Os pagamentos mínimos de locações dizem respeito a edifícios locados, equipamento técnico, acessórios, mobiliário e equipamento (adjudicação de contratos de locação). Dizem respeito a um grande número de contratos individuais. No exercício de 2016, foram registados custos decorrentes de locações operacionais de 297 milhões de EUR (2015: 281 milhões de EUR). Litígios O Grupo Linde ou uma das empresas do Grupo estão envolvidos em processos judiciais ou de arbitragem atuais ou previsíveis no decurso normal dos negócios.

Em 2010, a autoridade da concorrência brasileira CADE aplicou coimas a uma série de empresas de gases, incluindo a subsidiária brasileira da Linde, em razão de alegada conduta comercial anticoncorrencial, nos anos de 1998 a 2004. A este respeito, é atribuível ao Grupo Linde um montante de cerca de 188 milhões de BRL. Com base na taxa de câmbio na data de balanço, isto equivale a cerca de 55 milhões de BRL. Visto da perspetiva dos dias de hoje e em resultado de uma decisão favorável em primeira instância, a Linde assume que esta decisão também não irá resistir a um recurso judicial em segunda instância, e considera extremamente improvável a possibilidade de uma saída de recursos. Como resultado, não foi configurada nenhuma provisão como passivo e a matéria não é sequer refletida no passivo contingente.

A Linde é igualmente parte interessada em diversos processos judiciais ou de arbitragem atuais ou previsíveis, em relação aos quais a probabilidade de uma alegação é improvável ou o impacto sobre a situação económica do Grupo Linde seria imaterial. Foram feitas provisões adequadas, na empresa relevante do Grupo, para um potencial passivo financeiro relativamente a todos os outros processos em que a Linde está envolvida.

175

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[37] Honorários e serviços dos auditores 134. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES

2015 2016

em milhões de EUR Grupo Da própria

KPMG AG1 Grupo Da própria

KPMG AG1

Auditoria (incluindo despesas) 11 4 11 5

Outros serviços de certificação 1 – 1 –

Consultadoria fiscal 1 – 1 –

Outros serviços 1 – – –

TOTAL 14 4 13 5 1 KPMG AG Wirtschaftsprüfungsgesellschaft.

176

Os honorários relativos à auditoria das demonstrações financeiras anuais incluem não só as despesas de auditoria das demonstrações financeiras do Grupo, do Grupo Linde, e das demonstrações financeiras anuais, que devem ser elaboradas por lei, da Linde AG e das subsidiárias incluídas nas demonstrações financeiras do Grupo, mas também – a partir deste ano – as despesas para as avaliações de auditoria trimestrais. O ano anterior foi ajustado em conformidade.

Outros serviços de certificação referem-se principalmente à emissão de uma carta de conforto, avaliações de diligência devida, confirmação da conformidade com acordos contratuais específicos e outros procedimentos de avaliação.

Os custos de consultadoria fiscal referem-se principalmente à elaboração de declarações fiscais, análises do preço de transferência e aconselhamento fiscal relativo a transações comerciais correntes ou propostas.

[38] Reconciliação dos valores financeiros principais O principais dados financeiros relativos ao Grupo Linde são apresentados a seguir, após um ajustamento para itens especiais. Os itens especiais são itens que, devido à sua natureza, frequência e/ ou extensão, são suscetíveis de terem um impacto adverso sobre a precisão com que os indicadores de desempenho financeiro refletem a sustentabilidade da capacidade de ganho do Grupo Linde no mercado de capitais. No exercício de 2016, os custos de reestruturação e os custos relacionados com a planeada fusão com a Praxair foram classificados como itens especiais.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

135. RECONCILIAÇÃO DOS VALORES FINANCEIROS PRINCIPAIS

31.12.2015 31.12.2016

em milhões de EUR Conforme reportado Itens especiais

Principais dados financeiros antes

de itens especiais

Conforme reportado Itens especiais

Principais dados financeiros antes

de itens especiais

Receita 17 345 – 17 345 16 948 – 16 948

Custo das vendas –11 166 35 –11 131 –10 847 27 –10 820

LUCRO BRUTO 6179 35 6214 6101 27 6128

Custos de investigação e desenvolvimento, marketing, vendas e despesas administrativas –4330 157 –4173 –4228 99 –4129

Outras receitas e despesas operacionais 168 – 168 189 – 189

Participação no lucro ou prejuízo de associadas e negócios conjuntos (no capital próprio) 12 – 12 13 – 13

EBIT DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 2029 192 2221 2075 126 2201

Resultado financeiro –397 – –397 –324 – –324

Despesa com o imposto sobre o rendimento –396 –53 –449 –424 –31 –455

RESULTADO DO EXERCÍCIO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 1236 139 1375 1327 95 1422

RESULTADO DO EXERCÍCIO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 16 16 –52 –52

RESULTADO DO EXERCÍCIO 1252 139 1391 1275 95 1370

atribuível a acionistas da Linde AG 1149 133 1282 1154 94 1248

atribuível a interesses que não controlam 103 6 109 121 1 122

Amortização de ativos intangíveis/ depreciação de ativos tangíveis –1866 – –1866 –1897 – –1897

LUCRO OPERACIONAL DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 3895 192 4087 3972 126 4098

Capital próprio incluindo interesses que não controlam 15 449 139 15 588 15 480 95 15 575

Mais: dívida financeira 9483 – 9483 8528 – 8528

Mais: passivo de locações financeiras 78 – 78 74 – 74

Menos: contas a receber de locações financeiras 269 – 269 214 – 214

Menos: caixa, equivalentes de caixa e valores mobiliários 1838 – 1838 1595 – 1595

Mais: obrigações líquidas com pensões 950 – 950 1467 – 1467

CAPITAL INVESTIDO 23 853 139 23 992 23 740 95 23 835

CAPITAL INVESTIDO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS 559 – 559 416 – 416

CAPITAL INVESTIDO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS 23 294 139 23 433 23 324 95 23 419

LUCROS POR AÇÃO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS em EUR – NÃO DILUÍDOS 6,10 0,72 6,82 6,50 0,50 7,00

LUCROS POR AÇÃO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS em EUR – DILUÍDOS 6,09 0,71 6,80 6,48 0,51 6,99

RETORNO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO (ROCE) em % – OPERAÇÕES CONTINUADAS 8,7 9,5 8,9 9,4

177

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[39] Lista de participações no Grupo Linde e na Linde AG a 31 de Dezembro de 2016, em conformidade com o disposto no § 313 (2), n.º 4 do Código Comercial Alemão (HGB)

Os resultados das empresas adquiridas em 2016 estão incluídos a partir da data de aquisição. As informações sobre o capital próprio, o resultado líquido e o prejuízo líquido das empresas são relativas a 31 de dezembro de 2016 e estão em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade, a menos que seja especificamente revelado a seguir.

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Divisão de Gases

EMEA

AFROX – África Oxigénio, Limitada Luanda AGO 100 2,0 0,3

LINDE GAS MIDDLE EAST LLC Abu Dhabi ARE 49 49 6,7 –3,1 f

LINDE HEALTHCARE MIDDLE EAST LLC Abu Dhabi ARE 49 49 –7,4 –2,0 f

LINDE HELIUM M E FZCO Jebel Ali ARE 100 4,8 –

Linde Electronics GmbH Stadl-Paura AUT 100 11,1 1,3

Linde Gas GmbH Stadl-Paura AUT 100 274,9 21,1

PROVISIS Gase & Service GmbH Bad Wimsbach-

Neydharting AUT 100 1,2 0,4

Linde Gas Belgium NV Grimbergen BEL 100 3,0 2,0

Linde Homecare Belgium SPRL Scalyn BEL 100 100 5,7 1,2

Linde Gas Bulgaria EOOD Stara Sagora BGR 100 7,9 –0, 4

Linde Gas BH d. o. o. Zenica BIH 85 85 2,6 –0,5

“Linde Gaz Bel” FLLC Telmy BLR 100 99 0,7 –0,1

AFROX GAS & ENGINEERING SUPPLIES (BOTSWANA) (PTY) LIMITED Gaborone BWA 100 – –

BOTSWANA OXYGEN COMPANY (PTY) LIMITED Gaborone BWA 100 2,3 3,2

BOTSWANA STEEL ENGINEERING (PTY) LIMITED Gaborone BWA 100 – –

HANDIGAS (BOTSWANA) (PTY) LIMITED Gaborone BWA 100 – –

HEAT GAS (PTY) LIMITED Gaborone BWA 100 – –

KIDDO INVESTMENTS (PTY) LIMITED Gaborone BWA 100 –0,2 0,1

PanGas AG Dagmersellen CHE 100 107,8 36,1

RDC GASES & WELDING (DRL) LIMITED Lubumbashi COD 100 –1,2 – 0,6

LINDE HADJIKYRIAKOS GAS LIMITED Nicósia CYP 51 51 9,8 1,4

Linde Gas a. s. Praga CZE 100 184,7 61,9

Linde Sokolovská s. r. o. Praga CZE 100 29,9 8,4

Bomin Linde LNG Beteiligungs-GmbH Hamburgo DEU 100 100 – –

Bomin Linde LNG GmbH & Co. KG Hamburgo DEU 100 100 4,6 0,8

Gas & More GmbH Pullach DEU 100 0,1 – a

Hydromotive GmbH & Co. KG Leuna DEU 100 100 2,9 0,3

Hydromotive Verwaltungs-GmbH Leuna DEU 100 100 0,1 –

Linde Electronics GmbH & Co. KG Pullach DEU 100 100 24,7 –0,2

Linde Electronics Verwaltungs GmbH Pullach DEU 100 100 11,6 2,4

Linde Gas Produktionsgesellschaft mbH & Co. KG Pullach DEU 100 100 332,3 –8,6

178

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Linde Gas Therapeutics GmbH Oberschleißhei

m DEU 100 45,4 – a

Linde Gas Verwaltungs GmbH Pullach DEU 100 100 – –

Linde Remeo Deutschland GmbH Blankenfelde-

Mahlow DEU 100 4,0 – a

Linde Schweißtechnik GmbH Pullach DEU 100 1,2 – a

Linde Welding GmbH Pullach DEU 100 0,5 – a

MTA GmbH Medizin-Technischer-Anlagenbau Mainhausen DEU 100 0,1 – a

Tega-Technische Gase und Gasetechnik Gesellschaft mit beschränkter Haftung Würzburg DEU 100 6 1,7 – a

Unterbichler Gase GmbH Munique DEU 100 0,9 – a

AGA A/S Copenhaga DNK 100 16,2 2,6

GI/ LINDE ALGERIE SPA Argel DZA 100 40 10,3 1,7

Linde Gas Algerie S. p. A. Argel DZA 66 66 96,5 15,0

Abelló Linde, S. A. Barcelona ESP 100 100 132,8 2,2

LINDE ELECTRONICS, S. L. Barcelona ESP 100 –3,7 –

Linde Médica, S. L. Barcelona ESP 100 131,3 14,3

LINDE MEDICINAL, S. L. Barcelona ESP 100 263,8 3,2

AS Eesti AGA Tallinn EST 100 31,9 2,8

Kiinteistö Oy Karakaasu Espoo FIN 100 –2,1 – c

Kiinteistö Oy Karaportti Espoo FIN 100 –3,4 – c

Oy AGA Ab Espoo FIN 100 747,8 32,6 c

TK-Teollisuuskaasut Oy Espoo FIN 100 –0,4 – c

LINDE ELECTRONICS SAS Saint-Priest FRA 100 2,8 0,1

Linde France S. A. Saint-Priest FRA 100 149,4 21,5

LINDE HOMECARE FRANCE SAS Saint-Priest FRA 100 27,7 –2,1

ALLWELD INDUSTRIAL AND WELDING SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 100 –0,3 – c, d

BOC HEALTHCARE LIMITED Guildford GBR 100 0,7 0,1

BOC TRUSTEES LIMITED Guildford GBR 100 – – c, d

EXPRESS INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 100 1,4 0,2 c, d

FLUOROGAS LIMITED Guildford GBR 100 100 0,1 –

FUTURE INDUSTRIAL AND WELDING SUPPLIES LTD. Guildford GBR 100 0,9 0,3 c, d

GAFFNEY INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES LTD Guildford GBR 80 1,8 0,2 c, d

GAS & GEAR LIMITED Guildford GBR 100 – – c

GAS INSTRUMENT SERVICES LIMITED Guildford GBR 100 – – c, d

INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES (NORTH WEST) LIMITED Guildford GBR 100 –1,5 0,2 c, d

INDUSTRIAL AND WELDING MANAGEMENT LIMITED Guildford GBR 100 0,1 – c, d

INDUSTRIAL SUPPLIES & SERVICES LIMITED Guildford GBR 100 11,1 0,4 c, d

IWS (INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES) LIMITED Guildford GBR 100 –0,6 – c, d

LEEN GATE INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES (SCOTLAND) LIMITED Guildford GBR 100 1,0 0,2 c, d

LEENGATE HIRE & SERVICES LIMITED Guildford GBR 100 – – c, d

LEENGATE INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES (LINCOLN) LIMITED Guildford GBR 100 0,3 – c, d

LEENGATE INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES (NORTH EAST) LIMITED Guildford GBR 100 1,0 0,1 c, d

LEENGATE INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES (NOTTINGHAM) LIMITED Guildford GBR 100 –0,6 –0,3 c, d

LEENGATE INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 100 0,5 0,1 c, d

LEENGATE WELDING LIMITED Guildford GBR 100 – – c, d

LINDE GAS HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 100 – 4,7 c, d

LINDE HELIUM HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 – 4,7 c, d

PENNINE INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 100 – –0,1 c, d

179

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

REMEO HEALTHCARE LIMITED Guildford GBR 100 –0,1 0,2

ROCK INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 88 2,2 0,6 c, d

RYVAL GAS LIMITED Nottingham GBR 100 – – c, d

W & G SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 100 0,2 – c, d

WELDER EQUIPMENT SERVICES LIMITED Guildford GBR 99 5,2 0,1 c, d

WESSEX INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 100 –0,3 – c, d

Linde Hellas Monoprosopi E. P. E. Mandra GRC 100 100 35,8 –1,9

LINDE PLIN d. o. o. Karlovac HRV 100 100 3,7 0,2

Linde Gáz Magyarország Zrt. Répcelak HUN 100 119,0 32,4

BOC (TRADING) LIMITED Dublin IRL 100 – – c

BOC GASES IRELAND HOLDINGS LIMITED Dublin IRL 100 7,1 20,0

BOC Gases Ireland Limited Dublin IRL 100 51,6 21,2 c

COOPER CRYOSERVICE LIMITED Dublin IRL 100 1,7 –

ISAGA ehf. Reykjavík ISL 100 20,8 4,3

Linde Gas Italia S. r. l. Arluno ITA 100 139,0 2,4

LINDE MEDICALE Srl Arluno ITA 100 30,7 3,8

TOO Linde Gaz Kazakhstan Almaty KAZ 100 100 0,7 –0,1

BOC Kenya Limited Nairobi KEN 65 13,7 1,4

AFROX (LESOTHO) (PTY) LTD Maseru LSO 100 1,3 0,4

LESOTHO OXYGEN COMPANY (PTY) LIMITED Maseru LSO 100 – –

AGA UAB Vilnius LTU 100 5,5 0,2

AGA SIA Riga LVA 100 23,2 2,0

LINDE GAS BITOLA DOOEL Skopje Skopje MKD 100 0,5 –

Afrox Moçambique, Limitada Maputo MOZ 100 0,8 0,1

BOC GASES MOZAMBIQUE LIMITED Maputo MOZ 100 – –

Linde Gases Moçambique, Limitada Maputo MOZ 100 – –

AFROX INTERNATIONAL LIMITED Port Louis MUS 100 – –

Afrox Malawi Limited Blantyre MWI 79 2,2 0,8

IGL (PTY) LIMITED Windhoek NAM 100 6,1 2,7

IGL PROPERTIES (PTY) LIMITED Windhoek NAM 100 0,2 0,1

NAMOX Namibia (PTY) LIMITED Windhoek NAM 100 0,1 –

REPTILE INVESTMENT NINE (PTY) LIMITED Windhoek NAM 100 – 0,1

REPTILE INVESTMENT TEN (PTY) LIMITED Windhoek NAM 100 –0,1 –

BOC Gases Nigeria Plc Lagos NGA 60 6,6 0,3

B. V. Nederlandse Pijpleidingmaatschappij Roterdão NLD 100 6,5 –1,8

Linde Electronics B. V. Schiedam NLD 100 7,6 2,6

Linde Gas Benelux B. V. Schiedam NLD 100 137,7 35,0

Linde Gas Cryoservices B. V. Hedel NLD 100 1,7 1,4

Linde Gas Therapeutics Benelux B. V. Eindhoven NLD 100 34,4 2,9

Linde Homecare Benelux B. V. Nuland NLD 100 3,0 –2,2

Naamloze Vennootschap Linde Gas Benelux Schiedam NLD 100 286,8 31,7

OCAP CO2 B. V. Schiedam NLD 100 8,7 7,3

AGA AS Oslo NOR 100 51,8 31,8

Eurogaz-Gdynia Sp. z o. o. Gdynia POL 99 4,7 0,5

LINDE GAZ POLSKA Spółka z o. o. Cracóvia POL 100 100 118,8 11,5

LINDE GLOBAL SERVICES PORTUGAL, UNIPESSOAL LDA Maia PRT 100 0,5 –

LINDE PORTUGAL, LDA Lisboa PRT 100 86,6 2,1

180

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

LINDE SAÚDE, LDA Maia PRT 100 27,8 1,1

LINDE GAZ ROMANIA S. R. L. Timișoara ROU 100 184,5 24,2

OAO “Linde Gas Rus” Balashikha RUS 100 100 48,6 –0,9

OAO “Linde Uraltechgaz” Yekaterinburg RUS 74 74 10,6 1,4

Linde Jubail Industrial Gases Factory LLC Al-Khobar SAU 100 84 153,1 24,3

Saudi Industrial Gas Company Al-Khobar SAU 51 68,2 –4,4

LINDE GAS SRBIJA Industrija gasova a. d. Bečej Bečej SRB 87 87 7,6 1,2

Aries 94 s. r. o. Bratislava SVK 100 2,3 0,5

Linde Gas k. s. Bratislava SVK 100 21,1 5,2

LINDE PLIN d. o. o. Celje SVN 100 100 10,3 1,1

AB Held Lidingö SWE 100 – –

AGA Fastighet Göteborg AB Lidingö SWE 100 – –

AGA Gas Aktiebolag Lidingö SWE 100 – –

AGA Industrial Gas Engineering Aktiebolag Lidingö SWE 100 – –

AGA International Investment Aktiebolag Lidingö SWE 100 – –

AGA Medical Aktiebolag Lidingö SWE 100 – –

Agatronic AB Lidingö SWE 100 0,1 –

CRYO Aktiebolag Gotemburgo SWE 100 – –

Flaskgascentralen i Malmö Aktiebolag Svedala SWE 100 – –

Linde Healthcare AB Lidingö SWE 100 18,7 2,2

NORLIC AB Lidingö SWE 90 16,4 1,1

Svenska Aktiebolaget Gasaccumulator Lidingö SWE 100 0,1 –

Svets Gas Aktiebolag Lidingö SWE 100 – –

HANDIGAS SWAZILAND (PTY) LIMITED Mbabane SWZ 100 – –

SWAZI OXYGEN (PTY) LIMITED Mbabane SWZ 100 1,6 1,2

Linde Gas Tunisie S. A. Ben Arous TUN 60 60 5,0 –0,3

İsdemir Linde Gaz Ortaklığı A. �. Dörtyol TUR 50 – – f, i

Linde Gaz Anonim �irketi Istambul TUR 100 100 43,8 –4,3

BOC Tanzania Limited Dar es Salaam TZA 100 0,5 –0,1

BOC Uganda Limited Kampala UGA 100 0,9 –

PJSC “Linde Gaz Ukraina” Dnipropetrovsk UKR 100 96 –12,7 –5,6

African Oxygen Limited Joanesburgo ZAF 56 248,0 24,6

AFROX (PROPRIETARY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 – –

AFROX AFRICAN INVESTMENTS (PTY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 –13,4 1,9

AFROX EDUCATIONAL SERVICES (PROPRIETARY) LTD Joanesburgo ZAF 100 – –

AFROX PROPERTIES (PTY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 2,7 0,9

AMALGAMATED GAS AND WELDING (PTY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 – –

AMALGAMATED WELDING AND CUTTING HOLDINGS (PROPRIETARY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 – –

AWCE (PROPRIETARY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 – –

HUMAN PERFORMANCE SYSTEMS (PTY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 – –

INDUSTRIAL RESEARCH AND DEVELOPMENT (PTY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 – 0,2 –

ISAS TRUST Joanesburgo ZAF 100 15,9 11,1

NASIONALE SWEISWARE (PTY) LTD Joanesburgo ZAF 100 – –

NICOWELD (PTY) LIMITED Sandton ZAF 100 – –

PPE-ISIZO (PTY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 – –

SAFETY GAS (PROPRIETARY) LIMITED Joanesburgo ZAF 100 – –

181

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

AFROX ZAMBIA LIMITED Ndola ZMB 70 6,6 0,8

BOC Zimbabwe (Private) Limited Harare ZWE 100 29,7 3,1

Ásia/ Pacífico

AUSCOM HOLDINGS PTY LIMITED North Ryde AUS 100 0,9 –

BOC CUSTOMER ENGINEERING PTY LTD North Ryde AUS 100 8,6 –

BOC GASES FINANCE LIMITED North Ryde AUS 100 18,0 67,2

BOC GROUP PTY LIMITED North Ryde AUS 100 –3,0 –

BOC Limited North Ryde AUS 100 305,4 90,7

BOGGY CREEK PTY LIMITED North Ryde AUS 100 5,0 0,5

ELGAS AUTOGAS PTY LIMITED North Ryde AUS 100 –11,3 –

ELGAS LIMITED North Ryde AUS 100 223,4 70,0

ELGAS RETICULATION PTY LIMITED North Ryde AUS 100 5,1 0,6

FLEXIHIRE PTY. LTD. North Ryde AUS 100 19,2 1,0

PACIFIC ENGINEERING SUPPLIES PTY LIMITED North Ryde AUS 100 –1,4 –

SOUTH PACIFIC WELDING GROUP PTY LIMITED North Ryde AUS 100 20,5 0,3

TIAMONT PTY LIMITED North Ryde AUS 100 5,7 0,6

UNIGAS JOINT VENTURE PARTNERSHIP Mulgrave AUS 100 22,7 1,1

UNIGAS TRANSPORT FUELS PTY LTD North Ryde AUS 100 0,2 –

Linde Bangladesh Limited Dhaka BGD 60 38,3 10,4

Anhui JuLan Industrial Gases Co., Ltd. Lu'an CHN 100 1,2 –0,5

ASIA UNION (SHANGHAI) ELECTRONIC CHEMICAL COMPANY LIMITED Xangai CHN 100 – –

AUECC Shanghai Xangai CHN 100 2,3 –0,3

AUECC Shanghai Co. Ltd. Xangai CHN 100 14,4 –1,5

BOC (China) Holdings Co., Ltd. Xangai CHN 100 191,5 19,9

BOC Gases (Nanjing) Company Limited Nanjing CHN 100 7,1 0,1

BOC Gases (Suzhou) Co., Ltd. Suzhou CHN 100 53,5 0,6

BOC Gases (Tianjin) Company Limited Tianjin CHN 100 7,3 –3,9

BOCLH Industrial Gases (Chengdu) Co., Ltd Chengdu CHN 100 16,5 0,4

BOCLH Industrial Gases (DaLian) Co., Ltd. Dalian CHN 100 22,7 9,4

BOCLH Industrial Gases (Shanghai) Co., Ltd. Xangai CHN 100 11,9 –0,7

BOCLH Industrial Gases (Songjiang) Co., Ltd. Xangai CHN 100 4,9 4,2

BOCLH Industrial Gases (Suzhou) Co., Ltd. Suzhou CHN 100 36,1 3,1

BOCLH Industrial Gases (Waigaoqiao) Co., Ltd. Xangai CHN 100 1,5 0,8

BOCLH Industrial Gases (Xiamen) Co., Ltd. Xiamen CHN 100 6,9 –1,2

BOC-TISCO GASES CO., Ltd Tayiuan CHN 50 135,8 29,0 f, i

Dalian Xizhong Island Linde Industrial Gases Co., Ltd. Dalian CHN 70 0,1 –

Fuzhou Linde Lienhwa Gases Co., Ltd Fuqing CHN 100 10,4 –0,4

Guangkong Industrial Gases Company Limited Guangzhou CHN 50 36,9 –2,5 f, i

Guangzhou GISE Gases Co., Ltd. Guangzhou CHN 50 36,3 5,1 f, i

Guangzhou Pearl River Industrial Gases Company Limited Guangzhou CHN 50 6,9 –0,2 f, i

Jianyang Linde Medical Gases Company Limited Jianyang CHN 100 1,5 0,1

Linde (Quanzhou) Carbon Dioxide Co. Ltd. Quanzhou CHN 100 1,2 –0,3

Linde Carbonic (Wuhu) Company Ltd. Wuhu CHN 60 3,1 –0,7 i

Linde Carbonic Company Ltd., Shanghai Xangai CHN 60 46 10,0 –1,0 i

Linde Dahua (Dalian) Gases Co., Ltd Dalian CHN 50 32,4 –0,2 f, i

Linde Electronics & Specialty Gases (Suzhou) Co Ltd. Suzhou CHN 100 100 3,6 –1,4

Linde Gas Ningbo Ltd. Ningbo CHN 100 120,1 2,3

182

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Linde Gas Shenzhen Ltd. Shenzhen CHN 100 4,6 –0,5

Linde Gas Southeast (Xiamen) Ltd, Xiamen CHN 100 3,5 0,5

Linde Gas Xiamen Ltd. Xiamen CHN 100 100 37,1 –0,6

Linde Gas Zhenhai Ltd. Ningbo CHN 100 5,5 1,4

Linde Gases (Changzhou) Company Limited Changzhou CHN 100 11,1 –2,4

Linde Gases (Chengdu) Co., Ltd. Chengdu CHN 100 12,2 0,7

Linde Gases (Fushun) Co., Ltd. Fushun CHN 100 1,6 –0,2

Linde Gases (Hefei) Co., Ltd. Hefei CHN 100 7,0 –0,7

Linde Gases (Huizhou) Co., Ltd. Huizhou CHN 100 1,1 –

Linde Gases (Langfang) Co., Ltd. Langfang CHN 100 12,5 0,7

Linde Gases (Meishan) Co., Ltd. Meishan CHN 100 –0,5 –12,0

Linde Gases (Nanjing) Company Limited Nanjing CHN 100 –4,7 –1,7

Linde Gases (Shanghai) Co., Ltd. Xangai CHN 100 18,9 1,1

Linde Gases (Suzhou) Company Limited Suzhou CHN 100 10,1 0,3

Linde Gases (Xuzhou) Company Limited Xuzhou CHN 100 24,1 0,7

Linde Gases (Yantai) Co., Ltd. Yantai CHN 90 40,5 –5,2

Linde Gases (Zhangzhou) Co., Ltd. Zhangzhou CHN 100 17,8 1,9

Linde Gases Daxie Company Limited Ningbo CHN 100 13,9 2,0

Linde GISE Gas (Shenzhen) Co., Ltd Shenzhen CHN 50 12,4 1,1 f, i

Linde Huachang (Zhangjiagang) Gas Co. Ltd. Zhangjiagang CHN 75 5,7 0,9 i

Linde Lienhwa Gases (BeiJing) Co., Ltd. Pequim CHN 100 16,0 1,1

Linde Lienhwa Gases (Wuhan) Co., Ltd Wuhan CHN 100 0,7 –1,7

Linde Nanjing Chemical Industrial Park Gases Co., Ltd. Nanjing CHN 100 7,7 –0,3

Linde Qiangsheng Gases (Nanjing) Co., Ltd. Nanjing CHN 100 0,1 –0,3

Ma'anshan BOC-Ma Steel Gases Company Limited Maanshan CHN 50 94,9 21,4 f, i

Shanghai BOC Huayang Carbon Dioxide Co., Ltd. Xangai CHN 80 –0,1 –0,2

Shanghai BOC Industrial Gases Company Limited Xangai CHN 100 0,9 –2,5

Shanghai HuaLin Industrial Gases Co. Ltd. Xangai CHN 50 94,7 25,3 f, i

Shanghai Linhua Gas Transportation Co., Ltd. Xangai CHN 100 0,7 –

Shenzhen Feiying Industrial Gases Company Limited Shenzhen CHN 90 1,0 –0,3

Shenzhen South China Industrial Gases Co. Ltd. Shenzhen CHN 50 2,5 –1,2 f, i

ZHENJIANG XINHUA INDUSTRIAL GASES CO., LTD. Zhenjiang CHN 100 0,1 –0,1

HKO DEVELOPMENT COMPANY LIMITED Kowloon HKG 100 –0,1 –

LIEN HWA INDUSTRIAL GASES (HK) LIMITED Wan Chai HKG 100 –1,3 – c

Linde Gas (H. K.) Limited Hong Kong HKG 100 100 418,7 –30,0

Linde GISE Gases (Hong Kong) Company Limited Hong Kong HKG 50 – – f, i

Linde HKO Limited Hong Kong HKG 100 105,0 18,7

NEW SINO GASES COMPANY LIMITED Tai Po HKG 100 1,3 1,0

P. T. Gresik Gases Indonesia Jacarta IDN 93 11,3 –1,1

P. T. Gresik Power Indonesia Jacarta IDN 92 0,6 –5,4

P. T. Townsville Welding Supplies Jacarta IDN 100 – –

PT. LINDE INDONESIA Jacarta IDN 100 29,6 –3,9

BELLARY OXYGEN COMPANY PRIVATE LIMITED Bellary IND 50 16,0 1,9 f, i

LINDE INDIA LIMITED Calcutá IND 75 186,0 –0,3

Linde Korea Co., Ltd. Pohang KOR 100 341,5 31,6

PS Chem Co., Ltd. Província de

Gyeongsang do Sul KOR 100 7,1 0,9

PSG Co., Ltd. Busan KOR 51 34,5 4,4 i

183

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Sam Kwang Gas Tech Co., Ltd. Seul KOR 100 5,3 1,4

Ceylon Oxygen Ltd. Colombo LKA 100 100 20,3 1,1

DAYAMOX SDN BHD Petaling Jaya MYS 100 – –

Linde EOX Sdn. Bhd. Petaling Jaya MYS 100 20,4 –1,5

Linde Gas Products Malaysia Sdn. Bhd. Petaling Jaya MYS 100 100 23,2 1,1

LINDE INDUSTRIAL GASES (MALAYSIA) SDN. BHD. Petaling Jaya MYS 80 80 7,8 –

LINDE MALAYSIA HOLDINGS BERHAD Petaling Jaya MYS 100 86,4 29,2

LINDE MALAYSIA SDN. BHD. Petaling Jaya MYS 100 137,5 25,8

LINDE ROC SDN. BHD. Petaling Jaya MYS 100 0,6 0,2

LINDE WELDING PRODUCTS SDN. BHD. Petaling Jaya MYS 100 0,6 –

BOC LIMITED Auckland NZL 100 54,3 25,6

BOC NEW ZEALAND HOLDINGS LIMITED Auckland NZL 100 35,9 22,0

ELGAS LIMITED Auckland NZL 100 22,4 3,8

SOUTH PACIFIC WELDING GROUP (NZ) LIMITED Auckland NZL 100 0,1 –

Linde Pakistan Limited Carachi PAK 60 16,5 1,9

BATAAN INDUSTRIAL GASES INC Pasig PHL 100 0,7 –0,1

BOC (PHILS.) HOLDINGS, INC. Pasig PHL 100 20,3 –

CHATSWOOD INC Makati PHL 62 – – c, e

CIGC CORPORATION Pasig PHL 100 1,4 –0,2

CRYO INDUSTRIAL GASES, INC Pasig PHL 100 0,5 –

DAVAO OXYGEN CORPORATION Mandaue PHL 100 – –

GRANDPLAINS PROPERTIES, INC Pasig PHL 40 2,5 0,1 f, i

LINDE PHILIPPINES (SOUTH), INC. Mandaue PHL 100 26,9 3,2

LINDE PHILIPPINES, INC. Pasig PHL 100 28,5 0,1

ROYAL SOUTHMEADOWS, INC Mandaue PHL 40 1,0 0,1 f, i

BOC Papua New Guinea Limited Lae PNG 74 27,5 1,3

Linde Gas Asia Pte. Ltd Singapura SGP 100 –3,6 –13,4

Linde Gas Singapore Pte. Ltd. Singapura SGP 100 100 34,2 6,4

LINDE TREASURY ASIA PACIFIC PTE. LTD. Singapura SGP 100 0,5 0,1

BOC GASES SOLOMON ISLANDS LIMITED Honiara SLB 100 3,9 0,2

KTPV (THAILAND) LIMITED Chachoengsao THA 100 13,0 –

Linde (Thailand) Public Company Limited Samut Prakan THA 100 256,0 28,1

Linde Air Chemicals Limited Samut Prakan THA 99 39,7 9,1

Linde HyCO Limited Samut Prakan THA 100 22,9 0,3

MIG Production Company Limited Samut Prakan THA 54 69,4 10,2

RAYONG ACETYLENE LIMITED Samut Prakan THA 87 2,9 –

SKTY (Thailand) Limited Chachoengsao THA 100 –114,0 –1,0

T. I. G. TRADING LIMITED Samut Prakan THA 100 5,2 0,1

ASIA UNION ELECTRONIC CHEMICAL CORPORATION Taipé TWN 100 48,0 2,4

CONFEDERATE TECHNOLOGY COMPANY LIMITED Taichung TWN 89 10,6 1,7 c

FAR EASTERN INDUSTRIAL GASES COMPANY LIMITED Kaohsiung TWN 55 9,8 1,2 c

LIEN CHIA INDUSTRIAL GASES COMPANY LIMITED Chiayi TWN 100 0,1 – c

LIEN CHUAN INDUSTRIAL GASES COMPANY LIMITED Zhongli TWN 100 0,2 0,1 c

LIEN FUNG PRECISION TECHNOLOGY DEVELOPMENT CO., LTD Taichung TWN 100 4,0 0,4 c

LIEN HWA COMMONWEALTH CORPORATION Taipé TWN 100 2,5 1,3 c

LIEN HWA LOX CRYOGENIC EQUIPMENT CORPORATION Taipé TWN 89 3,0 0,5 c

LIEN JIAN LPG COMPANY LIMITED Su'ao TWN 60 0,3 – c

184

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

LIEN SHENG INDUSTRIAL GASES COMPANY LIMITED Hsinchu TWN 100 0,2 0,1 c

LIEN TONG GASES COMPANY LIMITED Kaohsiung TWN 55 0,1 – c

LIEN YANG INDUSTRIAL GASES COMPANY LIMITED Yilan TWN 100 0,7 0,3 c

LIEN YI LPG COMPANY LIMITED Taoyuan TWN 60 2,1 0,1 c

LIENHWA UNITED LPG COMPANY LIMITED Taipé TWN 56 9,3 0,5 c

LINDE LIENHWA INDUSTRIAL GASES CO. LTD. Taipé TWN 50 306,2 68,0 c, f, i

LUCK STREAM Co., Ltd. Kaohsiung TWN 100 100 2,0 –0,2

UNITED INDUSTRIAL GASES COMPANY LIMITED Hsinchu TWN 55 152,0 41,6 c

YUAN RONG INDUSTRIAL GASES COMPANY LIMITED Taipé TWN 60 12,6 1,3 c

AUECC (BVI) HOLDINGS LIMITED Tortola VGB 100 26,4 –0,3 d

BOC LIENHWA (BVI) HOLDING Co., Ltd. Tortola VGB 100 133,4 –0,2

KEY PROOF INVESTMENTS LIMITED Tortola VGB 100 1,6 –

PURE QUALITY TECHNOLOGY LIMITED Tortola VGB 100 – – c

SHINE SKY INTERNATIONAL COMPANY LIMITED Tortola VGB 100 26,4 –0,3 d

SKY WALKER GROUP LIMITED Tortola VGB 100 2,0 – c

Linde Gas Vietnam Limited Bà Rịa VNM 100 100 3,6 0,3

Linde Vietnam Limited Company Bà Rịa VNM 100 31,2 –0,1

Américas

BOC GASES ARUBA N. V. Santa Cruz ABW 100 3,6 0,1

Grupo Linde Gas Argentina S. A. Buenos Aires ARG 100 70 29,3 4,3

Linde Salud S. A. Buenos Aires ARG 100 90 1,5 0,4

The Hydrogen Company of Paraguana Ltd. Hamilton BMU 100 35,8 5,7

Linde Gases Ltda. Barueri BRA 100 164,2 –8,1

LINDE-BOC GASES LIMITADA Barueri BRA 100 12,2 1,4

Cen-Alta Welding Supplies Ltd. Calgary CAN 100 – –

BOC de Chile S. A. Providencia CHL 100 7,3 –0,3

Linde Gas Chile S. A. Santiago CHL 100 134,9 1,1

Spectra Gases (Shanghai) Trading Co., LTD. Xangai CHN 100 4,3 2,1

Linde Colombia S. A. Bogotá COL 100 81,8 –0,3

REMEO Medical Services S. A. S. Bogotá COL 100 0,2 0,1

Linde Gas Curaçao N. V. Willemstad CUW 100 3,5 0,4

LINDE GAS DOMINICANA, S. R. L. Santo Domingo DOM 100 8,0 2,4

Agua y Gas de Sillunchi S. A. Quito ECU 100 1,1 0,1

Linde Ecuador S. A. Quito ECU 100 71,1 –4,9

Spectra Gases Limited Guildford GBR 100 1,0 –

BOC GASES DE MEXICO, S. A. DE C. V. Ciudad de México MEX 100 – –

Compañía de Nitrógeno de Cantarell, S. A. de C. V. Santa Fe MEX 100 –45,4 94,8

Compania de Operaciones de Nitrogeno, S. A. de C. V. Santa Fe MEX 100 5,8 2,5 c

SERVICIOS DE OPERACIONES DE NITROGENO, S. A. DE C. V. Santa Fe MEX 100 1,3 – c

Linde Gas Perú S. A. Callao PER 100 12,4 –0,4

Linde Gas Puerto Rico, Inc. Cataño PRI 100 –2,0 –2,0

AGA S. A. Montevideo URY 100 13,1 0,5

East Coast Oxygen Company Bethlehem USA 50 7,9 –1,4 f, i

Holox Inc. Norcross USA 100 – –

LAG Methanol LLC Wilmington USA 100 – –

185

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Lincare (Demonstrações financeiras consolidadas), incluindo: 959.6 178.3

1536502 Ontario Inc. Hamilton USA 100 h AHP Alliance of Columbia Columbia USA 100 h AHP Delmarva, LLP Brentwood USA 50 h AHP Home Care Alliance of Gainesville Gainesville USA 100 h AHP Home Care Alliance of Tennessee Brentwood USA 100 h AHP Home Care Alliance of Virginia Richmond USA 100 h AHP Home Medical Equipment Partnership of Texas Dallas USA 100 h AHP Knoxville Partnership Knoxville USA 100 h AHP-MHR Home Care, LLP Omaha USA 50 h ALPHA RESPIRATORY INC. Wilmington USA 100 h American HomePatient Arkansas Ventures, Inc. Dover USA 100 h American HomePatient Consumer, Inc. Wilmington USA 100 h American HomePatient Delaware Ventures, Inc. Wilmington USA 100 h American HomePatient of Kingstree, LLC Kingstree USA 100 h American HomePatient of New York, Inc. Brentwood USA 100 h American HomePatient of Sanford, LLC Sanford USA 50 h American HomePatient of Texas, LLC Brentwood USA 100 h American HomePatient of Unifour, LLC Hickory USA 50 h American HomePatient Tennessee Ventures, Inc. Dover USA 100 h American HomePatient Ventures, Inc. Brentwood USA 100 h AMERICAN HOMEPATIENT, INC. Wilmington USA 100 h American HomePatient, Inc. Brentwood USA 100 h American HomePatient, Inc. (f/k/a AHP NV Corp.) Carson City USA 100 h Baptist Ventures – AHP Homecare Alliance of Montgomery Brentwood USA 50 h Blue Ridge Home Care Brentwood USA 50 h CARING RESPONDERS LLC Wilmington USA 100 h Catholic Health Home Respiratory, LLC Williamsville USA 50 h Coastal Home Care Brentwood USA 70 h Colorado Home Medical Equipment Alliance, LLC Denver USA 100 h Complete Infusion Services, LLC Bingham Farms USA 100 h CONVACARE SERVICES, INC. Bloomington USA 100 h CPAP SUPPLY USA LLC Wilmington USA 100 h Designated Companies, Inc. Albany USA 100 h DME Supply USA, LLC Wilmington USA 100 h Gamma Acquisition Inc. Wilmington USA 100 h HCS TENS Services LLC Wilmington USA 100 h HEALTH CARE SOLUTIONS AT HOME INC. Wilmington USA 100 h HealthCare Solutions IV LLC Wilmington USA 100 h HOME-CARE EQUIPMENT NETWORK INC. Plantation USA 100 h Homelink Home Health Care Brentwood USA 50 h LINCARE EQUIPMENT LLC Wilmington USA 100 h LINCARE HOLDINGS INC. Wilmington USA 100 h LINCARE INC. Wilmington USA 100 h LINCARE LEASING LLC Wilmington USA 100 h LINCARE LICENSING INC. Wilmington USA 100 h LINCARE OF CANADA ACQUISITIONS INC. Wilmington USA 100 h LINCARE OF CANADA INC. Toronto USA 100 h LINCARE OF NEW YORK, INC. Nova Iorque USA 100 h

186

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

LINCARE PHARMACY SERVICES INC. Wilmington USA 100 h LINCARE PROCUREMENT INC. Wilmington USA 100 h LINCARE PULMONARY REHAB MANAGEMENT, LLC Wilmington USA 100 h Lincare Pulmonary Rehab Services of Missouri, LLC Clayton USA 100 h LINCARE PULMONARY REHAB SERVICES OF OHIO, LLC Cleveland USA 100 h Linde RSS LLC Wilmington USA 100 h mdINR, LLC Wilmington USA 100 h MED 4 HOME INC. Wilmington USA 100 h MediLink HomeCare, Inc. Trenton USA 100 h MEDIMATICS LLC Wilmington USA 100 h MidSouth Distribution, Inc. Texarkana USA 100 h MRB ACQUISITION CORP. Plantation USA 100 h Northeast Pennsylvania Alliance, LLC Hazelton USA 100 h

Northwest Washington Alliance, LLC Kirkland USA 100 h

OCT Pharmacy, L. L. C. Bingham Farms USA 100 h OPTIGEN, INC. Plantation USA 100 h Patient Support Services, Inc. Texarkana USA 100 h Piedmont Medical Equipment Brentwood USA 50 h Promed Home Care Brentwood USA 70 h PULMOREHAB LLC Wilmington USA 100 h Raytel Cardiac Services, Inc. Wilmington USA 100 h Shared Care – West Branch, LLC West Branch USA 50 h

Sleepcair, Inc. Topeka USA 100 h The National Medical Rentals, Inc. Little Rock USA 100 h Total Home Care of East Alabama, L. L. C. Tuscaloosa USA 100 h

Linde Canada Investments LLC Wilmington USA 100 14,9 0,3

Linde Delaware Investments Inc. Wilmington USA 100 301,0 501

Linde Energy Services, Inc Wilmington USA 100 –0,4 –

Linde Gas North America LLC Wilmington USA 100 992,3 195,7

Linde Merchant Production, Inc Wilmington USA 100 148,1 –0,7

Linde North America, Inc. Wilmington USA 100 <0,1 –326,5 0,4

AGA Gas C. A. Caracas VEN 100 1,4 –0,7 g

BOC GASES DE VENEZUELA, C. A. Caracas VEN 100 –0,2 –0,3

PRODUCTORA DE GAS CARBONICO SA Caracas VEN 100 –0,1 –0,1

General Gases of the Virgin Islands, Inc. Saint Croix VIR 100 5,4 0,2

Divisão de Engenharia

Linde Engineering Middle East LLC Abu Dhabi ARE 49 29 21,5 15,0 f

Linde (Australia) Pty. Ltd. North Ryde AUS 100 100 1,1 –

Cryostar do Brasil Equipamentos Rotativos & Criogenicos Ltda. Vinhedo BRA 100 90 – 0,9 0,2

Linde Process Plants Canada Inc. Calgary CAN 100 –25,7 –16,3

Arboliana Holding AG Pfungen CHE 100 4,4 –0,1

Bertrams Heatec AG em Liquidação Pratteln CHE 100 1,7 –1,4

Linde Kryotechnik AG Pfungen CHE 100 11,0 4,2

Cryostar Cryogenic Equipments (Hangzhou) Co. Ltd. Hangzhou CHN 100 100 14,0 1,7

Hangzhou Linde International Trading Co., Ltd. Hangzhou CHN 100 0,4 –

Linde Engineering (Dalian) Co. Ltd. Dalian CHN 56 56 51.2 –0,9

Linde Engineering (Hangzhou) Co. Ltd. Hangzhou CHN 75 75 42,3 10,2

187

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Selas-Linde GmbH Pullach DEU 100 100 10,5 – a

CRYOSTAR SAS Hésingue FRA 100 50,3 27,9

LINDE CRYOPLANTS LIMITED Guildford GBR 100 6,8 1,2

Linde Engineering India Private Limited Nova Deli IND 100 100 34,5 10,1

LPM, S. A. de C. V. Ciudad de México MEX 100 90 8,8 –

Linde Engineering (Malaysia) Sdn. Bhd. Kuala Lumpur MYS 100 100 1,6 –2,1

OOO “Linde Engineering Rus” Samara RUS 100 100 5,1 4,6

Linde Arabian Contracting Co., Ltd. Riade SAU 100 90 9,7 –16,0

Cryostar Singapore Pte Ltd Singapura SGP 100 100 12,5 5,4

Cryostar USA LLC Wilmington USA 100 –0,5 –1,9

Linde Engineering North America Inc. Wilmington USA 100 2,6 –30,3

Linde Engineering South Africa (Pty) Ltd. Joanesburgo ZAF 100 100 15,7 0,4

Outras Atividades

BOC AIP Limited Partnership North Ryde AUS 100 895,7 97,2

BOC Australia Pty Limited North Ryde AUS 100 66,0 17,9

Gist Österreich GmbH Wallern an der Trattnach AUT 100 –0,1 –0,1 c

Linde Österreich Holding GmbH Stadl-Paura AUT 100 62 752,2 119,3

Gist Belgium BVBA Lochristi BEL 100 – – c

PRIESTLEY COMPANY LIMITED Hamilton BMU 100 23,1 –

Linde Canada Limited Mississauga CAN 100 446,6 25,9

Linde Holding AG Dagmersellen CHE 100 100 30,1 10,4

GISTRANS Czech Republic s. r. o. Olomouc CZE 100 5,5 1,4

Commercium Immobilien- und Beteiligungs-GmbH Munique DEU 100 100 2238,8 – a

Linde Hydrogen Concepts GmbH Pullach DEU 100 8,3 – a

Linde US Beteiligungs GmbH Munique DEU 100 505,5 28,4

LINDE INVESTMENTS FINLAND OY Helsínquia FIN 100 0,9 –0,1

GIST FRANCE S. A. R. L. Garges-lès-Gonesse FRA 100 0,2 – c

Linde Holdings SAS Saint-Priest FRA 100 101,7 37,8

The Boc Group S. A. S. Hésingue FRA 100 66,4 34,9

AIRCO COATING TECHNOLOGY LIMITED Guildford GBR 100 3,3 –

BOC CHILE HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 41,1 –

BOC DISTRIBUTION SERVICES LIMITED Guildford GBR 100 0,1 –

BOC DUTCH FINANCE Guildford GBR 100 0,6 –

BOC GASES LIMITED Guildford GBR 100 39,1 0,1

BOC HELEX Guildford GBR 100 5686,1 173,3

BOC HOLDINGS Guildford GBR 100 4266,5 147,1

BOC INVESTMENT HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 711,9 77,3

BOC INVESTMENTS (LUXEMBOURG) LIMITED Guildford GBR 100 – –

BOC INVESTMENTS NO. 1 LIMITED Guildford GBR 100 178,2 19,4

BOC INVESTMENTS NO. 5 Guildford GBR 100 74,7 59,5

BOC INVESTMENTS NO. 7 Guildford GBR 100 – –

BOC JAPAN Guildford GBR 100 – –

BOC KOREA HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 108,2 –0,8

BOC LIMITED Guildford GBR 100 675,8 192,4

BOC LUXEMBOURG FINANCE Guildford GBR 100 – –

BOC NETHERLANDS HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 536,7 160,0

188

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO 136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

BOC NOMINEES LIMITED Guildford GBR 100 – –

BOC PENSION SCHEME TRUSTEES LIMITED Guildford GBR 100 – –

BOC PENSIONS LIMITED Guildford GBR 100 – –

BOC RSP TRUSTEES LIMITED Guildford GBR 100 – –

BOC SEPS TRUSTEES LIMITED Guildford GBR 100 – –

BOC SERVICES LIMITED Guildford GBR 100 – –

BRITISH INDUSTRIAL GASES LIMITED Guildford GBR 100 – –

CRYOSTAR LIMITED Guildford GBR 100 – –

EHVIL DISSENTIENTS LIMITED Guildford GBR 100 – –

G. L BAKER (TRANSPORT) LIMITED Guildford GBR 100 269,4 5,6

GIST LIMITED Guildford GBR 100 149,2 20,9

HANDIGAS LIMITED Guildford GBR 100 15,9 –

HICK, HARGREAVES AND COMPANY LIMITED Guildford GBR 100 – –

INDONESIA POWER HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 14,4 –

LANSING GROUP LIMITED Guildford GBR 100 100 10,2 –

LINDE CANADA HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 –217,5 13,8

LINDE CRYOGENICS LIMITED Guildford GBR 100 0,8 62,2

LINDE FINANCE Guildford GBR 100 – –

LINDE INVESTMENTS No. 1 LIMITED Guildford GBR 100 3834,4 –

LINDE NORTH AMERICA HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 1387,1 2,1

LINDE UK HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 85 14 779,1 327,0

LINDE UK PRIVATE MEDICAL TRUSTEES LIMITED Guildford GBR 100 – – c

MEDISHIELD Guildford GBR 100 0,4 –

MEDISPEED Guildford GBR 100 309,0 8,1

RRS (FEBRUARY 2004) LIMITED Guildford GBR 100 –0,4 –

SPALDING HAULAGE LIMITED Guildford GBR 100 3,7 0,7

STORESHIELD LIMITED Guildford GBR 100 326,5 0,2

THE BOC GROUP LIMITED Guildford GBR 100 9748,8 642,4

THE BRITISH OXYGEN COMPANY LIMITED Guildford GBR 100 0,1 –

TRANSHIELD Guildford GBR 100 16,0 0,1

WELDING PRODUCTS HOLDINGS LIMITED Guildford GBR 100 10,3 –

BOC NO. 1 LIMITED Saint Peter Port GGY 100 1,2 –

BOC NO. 2 LIMITED Saint Peter Port GGY 100 0,3 –

BRITISH OXYGEN (HONG KONG) LIMITED Hong Kong HKG 100 9,8 –

Linde Global Support Services Private Limited Calcutá IND 100 0,8 0,9

BOC INVESTMENT HOLDING COMPANY (IRELAND) LIMITED Dublin IRL 100 14,3 –

BOC Investments Ireland Unlimited Company Dublin IRL 100 3,2 –

Gist Distribution Limited Dublin IRL 100 10,7 3,8

PRIESTLEY DUBLIN REINSURANCE COMPANY LIMITED Dublin IRL 100 35,8 0,4

ALBOC (JERSEY) LIMITED Saint Helier JEY 100 1,7 12,2

BOC AUSTRALIAN FINANCE LIMITED Saint Helier JEY 100 3,6 –

BOC PREFERENCE LIMITED Saint Helier JEY 100 64,8 –

BOC Europe Holdings B. V. Dongen NLD 100 409,4 12,9

Gist Containers B. V. Bleiswijk NLD 100 –2,1 0,1 c

Gist Forwarding B. V. Bleiswijk NLD 100 – – c

Gist Holding B. V. Bleiswijk NLD 100 –3,5 –2,3 c

Gist Nederland B. V. Bleiswijk NLD 100 –8,4 –0,5 c

Linde Finance B. V. Amesterdão NLD 100 292,9 103,4

189

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

136. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 10)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Linde Holdings Netherlands B. V. Schiedam NLD 100 100 1112,0 54,8

The BOC Group B. V. Dongen NLD 100 44,6 12,7

Linde Holdings New Zealand Limited Auckland NZL 100 2,2 22,0

BOC GIST INC Makati PHL 100 0,1 –

Linde Global IT Services s. r. o. Bratislava SVK 100 0,8 0,1

AGA Aktiebolag Lidingö SWE 100 1460,6 –44,5

BOC Intressenter AB Helsingborg SWE 100 35,7 –0,1

LindeGas Holding Sweden AB Lidingö SWE 100 100 3746,4 21,3

DeVine Products, Inc. Wilmington USA 100 0,3 –1,0

Gist USA LLC Wilmington USA 100 2,3 0,1

Linde Holdings, LLC Wilmington USA 100 70,0 9,5

LINDE INVESTMENTS LLC Wilmington USA 100 1336,2 –

Linde LLC Wilmington USA 100 669,0 162,4

137. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO NUMA BASE DE LINHA A LINHA (EM CONFORMIDADE COM A IFRS 11)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Divisão de Gases

EMEA

Adnoc Linde Industrial Gases Co. Limited (Elixier) Abu Dhabi ARE 49 49 245,7 39,7

OOO “Linde Azot Togliatti” Toliatty RUS 50 47,8 –0,9

Ásia/ Pacífico

BOC-SPC Gases Co., Ltd. Xangai CHN 50 19,5 3,5

Chongqing Linde-SVW Gas Co., Ltd. Chongqing CHN 50 14,6 1,7

Zibo BOC-QILU Gases Co., Ltd. Zibo CHN 50 28,5 7,1

190

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

138. INVESTIMENTOS CONTABILIZADOS PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (EM CONFORMIDADE COM A IAS 28)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Divisão de Gases

EMEA

Krakovská s. r. o. Nový Malín CZE 37 0,3 – c, d

Plyny Jehlár s. r. o. Brest CZE 34 0,2 – c, d

H2 Mobility Deutschland GmbH & Co. KG Berlim DEU 28 28 25,6 –1,2 b, c

HELISON PRODUCTION S. p. A. Skikda DZA 51 51 33,0 –2,9 b, f

Messer Algerie SPA Argel DZA 40 3,7 1,7 b, c

Oxígeno de Sagunto, S. L. Barcelona ESP 50 13,0 0,1 c, e

Oy Innogas Ab Kulloo FIN 50 1,3 – b, c

Parhaat Yhdessä koulutusyhdistys ry Vantaa FIN 25 0,2 – c, d

LIDA S. A. S. Saint-Quentin-Fallavier FRA 22 0,2 0,2 b, c, e

LIMES SAS Saint-Herblain FRA 50 4,4 0,1 b, c

Helison Marketing Limited Saint Helier GBR 51 17,9 5,9 b, f

Company for Production of Carbon Dioxide Geli DOO Skopje Skopje MKD 50 50 0,6 – b

LES GAZ INDUSTRIELS LIMITED Port Louis MUS 38 6,4 0,3 e

ENERGY SOLUTIONS (PTY) LIMITED Windhoek NAM 26 – – e

Tjeldbergodden Luftgassfabrikk DA Aure NOR 38 9,8 5,0 b, c, d

Ásia/ Pacífico

Beijing Fudong Gas Products Co., Ltd. Pequim CHN 60 0,8 – b, f

Dalian BOC Carbon Dioxide Co. Ltd. Dalian CHN 50 1,0 – b

Fujian Linde-FPCL Gases Co., Ltd. Quanzhou CHN 50 80,6 9,4 b

Linde Carbonic Co. Ltd., Tangshan Qian'an CHN 80 0,4 –0,2 b, f

Linde-Huayi (Chongqing) Gases Co., Ltd. Chongqing CHN 20 –36,8 –3,5

Nanjing BOC-YPC Gases CO., LTD. Nanjing CHN 50 75,8 13,8 b

INDUSTRIAL GASES SOLUTIONS SDN BHD Petaling Jaya MYS 50 2,6 0,9 b

Kulim Industrial Gases Sdn. Bhd. Kuala Lumpur MYS 50 23,9 3,5 b, c, e

PENGERANG GAS SOLUTIONS SDN. BHD. Kuala Lumpur MYS 49 8,7 –0,1 b

Map Ta Phut Industrial Gases Company Limited Banguecoque THA 40 8,7 1,6 b, c

Blue Ocean Industrial Gases Co., Ltd. Taipé TWN 50 30,5 2,0 b, c, e

LIEN RUEY ENERGY CORPORATION LIMITED Taipé TWN 50 0,3 – b, c

Américas

CLIFFSIDE HELIUM, L. L. C. Wilmington USA 26 0,1 – b

Cliffside Refiners, L. P. Wilmington USA 27 5,6 2,0 b

High Mountain Fuels, LLC Wilmington USA 50 10,2 0,1 b

Hydrochlor LLC Wilmington USA 50 10,0 –1,7 b

Spectra Investors, LLC Branchburg USA 49 2,2 – b

Outras Atividades

CAPTURE POWER LIMITED Selby GBR 33 –2,8 9,5 b

191

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

139. SUBSIDIÁRIAS NÃO CONSOLIDADAS

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Divisão de Gases

EMEA

AUTOGAS (BOTSWANA) (PROPRIETARY) LIMITED Gaborone BWA 100 n. d. n. d.

CUULSTICK VENTURES (PTY) LIMITED Gaborone BWA 100 n. d. n. d.

Linde Schweiz AG Dagmersellen CHE 100 0,1 – c

Blue LNG Beteiligungsgesellschaft mbH Hamburgo DEU 90 – – c Blue LNG GmbH & Co. KG Hamburgo DEU 90 – – c Gasbus Beteiligungsgesellschaft mbH Hamburgo DEU 100 – – c Light Blue LNG GmbH Munique DEU 100 – – c LINDE SPAIN SA Barcelona ESP 100 100 0,1 – c COTSWOLD INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 100 – – c, d

ELECTROCHEM LIMITED Guildford GBR 100 100 – – c

GAS & EQUIPMENT LIMITED Guildford GBR 100 –1,8 – c

HYDROGEN SUPPLIES LIMITED Guildford GBR 100 100 0,9 – c

INTELLEMETRICS LIMITED Glasgow GBR 100 – – c, d

LEENGATE INDUSTRIAL & WELDING SUPPLIES (CANNOCK) LIMITED Guildford GBR 100 0,2 – c, d

Linde Gas Jordan Ltd Zarqa JOR 100 0,5 –0,1 c

EAST AFRICAN OXYGEN LIMITED Nairobi KEN 100 – – c

KS Luftgassproduksjon Oslo NOR 100 – – c

Norgas AS Oslo NOR 100 0,1 – c

OOO “Linde Gas Helium Rus” Moscovo RUS 100 100 – – c

Linde Technické Plyny spol. s r. o. Bratislava SVK 100 0,1 – c

Nynäshamns Gasterminal AB Lidingö SWE 100 – – c

Ásia/ Pacífico

BOC SOLUTIONS PTY LIMITED North Ryde AUS 100 – – c

ELGAS SUPERANNUATION PTY. LTD. North Ryde AUS 100 – – c

BANGLADESH OXYGEN LIMITED Dhaka BGD 100 – – d

BOC Bangladesh Limited Dhaka BGD 100 – – d

Guangzhou GNIG Industrial Gases Company Limited Guangzhou CHN 60 – – c

Linde Lienhwa China Holding Co., Ltd. Xangai CHN 100 c

BOC PAKISTAN (PVT.) LIMITED Carachi PAK 100 – – d

CIGI PROPERTIES, INC. Mandaluyong PHL 100 – – c

LIEN XIANG ENERGY CORPORATION LIMITED Tainan TWN 50 0,9 – c

Américas

177470 CANADA INC. Mississauga CAN 100 1,0 – c

177472 CANADA INC. Mississauga CAN 100 2,5 – c

44001 ONTARIO LIMITED Mississauga CAN 100 1,2 – c

Divisão de Engenharia

Linde Engenharia Do Brasil Ltda. Barueri BRA 100 90 0,5 –0,7 c

Linde Engineering Korea Ltd. Seul KOR 100 100 1,1 0,1 c

OOO "CRYOSTAR RUS" São Petersburgo RUS 100 100 0,2 – c

LINDE SAUDI ARABIA LLC Jubail SAU 65 65 0,3 –0,2 c

Linde Engineering Taiwan Ltd. Taipé TWN 100 0,8 – c

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO OUTRA INFORMAÇÃO

139. SUBSIDIÁRIAS NÃO CONSOLIDADAS

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Outras Atividades

Linde Australia Holdings Pty Limited North Ryde AUS 100 100 – – c

GLPS TRUSTEES LIMITED Guildford GBR 100 – – c

Hong Kong Oxygen & Acetylene Company Limited Kowloon HKG 100 0,7 – c

AIRCO PROPERTIES INC Wilmington USA 100 n. d. n. d.

SELOX, INC Nashville USA 100 n. d. n. d.

140. OUTROS INVESTIMENTOS (NÃO CONSOLIDADOS)

Sede social País Participação Da própria Linde AG Capital próprio

Lucros/ perdas do exercício Nota

em % em % em milhões de

EUR em milhões de

EUR

Divisão de Gases

EMEA

Linde Vítkovice a. s. Ostrava CZE 50 8,7 –0,6 c, d

TKD TrockenEis und Kohlensäure Distribution GmbH Fraunberg DEU 50 50 0,4 0,1 c

AGA Føroyar Sp/f Tórshavn DNK 50 0,4 0,2 c, d

AGA HiQ Center Aps Hillerød DNK 50 0,5 0,1 c, d

Carburo del Cinca S. A. Monzón ESP 20 5,4 –0,9 c, d

Oxígeno de Andalucia, S. L. San Roque ESP 49 0,1 – b, c, d

QUÍMICA BÁSICA, S. A. Barcelona ESP 33 1,4 – b, c, d

Fuel Cell Boat B. V. Amesterdão NLD 20 – – c

TASCO ESTATES LIMITED Dar es Salaam TZA 20 n. d. n. d.

INDUSTRIAL GAS DISTRIBUTOR HOLDINGS (PTY) LIMITED Joanesburgo ZAF 26 – –

Ásia/ Pacífico

Guangzhou GNC Carbon Dioxide Company Ltd. Guangzhou CHN 50 – – b, c

HON CHEN Enterprise Co., Ltd. Kaohsiung TWN 50 0,7 – c

SUN HSIN LPG COMPANY LIMITED Yunlin TWN 50 0,5 0,2 c

TUNG BAO CORPORATION Nova Taipé TWN 33 24,7 –0,1 c

Américas

TOMOE TRANSTECH SPECIALTY GASES PTE LTD Singapura SGP 25 6,9 0,5 b, c

Outras Atividades

InfraLeuna GmbH Leuna DEU 25 25 344,9 4,8 c, d Chave: a Acordo de transferência de lucros e perdas. b Negócio conjunto. c PCGA (GAAP) locais. d Valores de exercícios anteriores a 2016. e O ano financeiro (exercício) difere do ano civil devido a circunstâncias locais. f O método de consolidação difere da percentagem de ações mantidas devido ao controlo de facto ou a um acordo contratual. g A distribuição do dividendo de 2008 está sujeita a restrições cambiais. h Não houve elaboração das demonstrações financeiras individuais nos termos da legislação comercial. i A distribuição do dividendo está sujeita à aprovação dos interesses que não controlam. n. d. = Não há dados financeiros disponíveis.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

[40] Acontecimentos após a data de balanço Nenhum outro evento significativo ocorreu no Grupo Linde entre a data de balanço e 21 de fevereiro de 2017.

A 21 de fevereiro de 2017, o Conselho de Administração da Linde AG divulgou as demonstrações financeiras consolidadas, para apresentação ao Conselho de Supervisão. É da responsabilidade do Conselho de Supervisão examinar as demonstrações financeiras consolidadas e indicar se as aprova. As demonstrações financeiras do Grupo, as demonstrações financeiras estatutárias da Linde AG e o relatório anual são publicados a 9 de março de 2017, depois de terem sido aprovados pelo Conselho de Supervisão na reunião de 8 de março de 2017.

MUNIQUE, 21 DE FEVEREIRO DE 2017

PROFESSOR DR. ALDO BELLONI [PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO]

DR. CHRISTIAN BRUCH [MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO]

BERND EULITZ [MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO]

SANJIV LAMBA [MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO]

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE À Linde Aktiengesellschaft

Relatório sobre sobre a Auditoria das Demonstrações Financeiras Consolidadas Parecer sobre as Demonstrações Financeiras Consolidadas Auditámos as demonstrações financeiras consolidadas da Linde Aktiengesellschaft, Munique, e das suas subsidiárias (o Grupo), que compreendem a demonstração da situação financeira do Grupo a 31 de dezembro de 2016, a demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo e a demonstração de rendimento integral do Grupo, a demonstração de alterações no capital próprio do Grupo e a demonstração de fluxos de caixa do Grupo para o ano fiscal de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016 e as notas às demonstrações financeiras consolidadas, incluindo um resumo de políticas contabilísticas significativas.

De acordo com a Secção 322 (3), frase 1, meia frase 2, do HGB ("Handelsgesetzbuch": Código Comercial Alemão), afirmamos que, a nosso parecer, com base no nosso conhecimento obtido na auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas anexas estão em conformidade, em todos os aspetos relevantes, com as IFRS, tal como são adotadas pela UE e com as exigências suplementares do direito comercial alemão, nos termos da Secção 315a (1) do Código Comercial Alemão [HGB], e dão uma imagem verdadeira e apropriada dos ativos líquidos e da situação financeira do Grupo a 31 de dezembro de 2016, bem como dos resultados das operações do ano fiscal de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016, em conformidade com essas exigências.

De acordo com a Secção 322 (3), frase 1, meia frase 1, do HGB, afirmamos que a nossa auditoria das demonstrações financeiras consolidadas não conduziu a quaisquer reservas quanto à exatidão das demonstrações financeiras consolidadas. Base para o Parecer sobre as Demonstrações Financeiras Consolidadas Conduzimos a nossa auditoria em conformidade com o § 317 do HGB e os padrões alemães geralmente aceites para a auditoria de demonstrações financeiras promulgados pelo Instituto dos Auditores Públicos da Alemanha [IDW], bem como em conformidade suplementar com a Normas Internacionais

de Auditoria (ISA). As nossas responsabilidades sob esses padrões e orientações adicionais são descritas mais pormenorizadamente na secção "Responsabilidades do Auditor pela Auditoria das Demonstrações Financeiras Consolidadas" do nosso relatório. Somos independentes do Grupo, em conformidade com as exigências do direito comercial alemão e as regras de conduta profissional, e cumprimos as outras responsabilidades éticas aplicáveis na Alemanha, em conformidade com essas exigências. Acreditamos que a evidência de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para providenciar uma base para o nosso parecer.

As Principais Questões da Auditoria As principais questões da auditoria são as questões que, segundo o nosso juízo profissional, tiveram um maior significado na nossa auditoria das demonstrações financeiras consolidadas para o ano fiscal de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016. Estas questões foram abordadas no contexto da nossa auditoria das demonstrações financeiras consolidadas como um todo, e ao formarmos o nosso parecer sobre elas, mas não providenciamos um parecer separado acerca destas questões. Recuperabilidade do Goodwill Em relação às políticas contabilísticas aplicadas, referimo-nos à Nota 5 nas notas às demonstrações financeiras consolidadas. A informação sobre o teste de imparidade realizado poderão ser encontradas na Nota 12 das notas às demonstrações financeiras consolidadas. A informação relativa à operação descontinuada é providenciada na Nota 19 das notas às demonstrações financeiras consolidadas. O risco das demonstrações financeiras A 31 de dezembro de 2016, o goodwill ascendia a 11 405 milhões de EUR (31 de dezembro de 2015: 11 604 milhões de EUR). O item representa uma parcela significativa dos ativos totais da Linde.

A recuperabilidade do goodwill é monitorizada separadamente para a Divisão de Engenharia, o segmento Outras Atividades, bem como para os três segmentos reportáveis da Divisão de Gases (Europa, Médio Oriente, África "EMEA", Ásia/ Pacífico "APAC" e América "Américas"). Em geral, a monitorização da recuperabilidade do goodwill é realizada ao nível dos segmentos operacionais da Linde AG. O teste de imparidade foi levado a cabo no quarto trimestre de 2016, com base em dados a partir de 30 de setembro de 2016. O goodwill atribuído ao segmento Outras Atividades relaciona-se inteiramente com a Divisão "Gist". A partir de 31 de dezembro de 2016, a Divisão "Gist" foi classificada como uma operação descontinuada, em conformidade com a IFRS 5, com os ativos e passivo do grupo para alienação a serem apresentados separadamente.

O teste de imparidade do goodwill é complexo e é baseado numa série de fatores discricionários. Estes incluem, especialmente, o desenvolvimento empresarial previsto do Grupo Linde para os próximos cinco anos, que leva em consideração, entre outros aspetos, as estimativas dos institutos internacionais de

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

investigação económica para os mercados de vendas e a entrada de encomendas prevista na Divisão de Engenharia. Os fatores adicionais são as taxas de crescimento de longo prazo assumidas, o segmento individual subjacente e os custos de capital específicos da região. Em resultado do teste de imparidade, com base nos dados de 30 de setembro de 2016, não foi identificada uma perda por imparidade. Devido a um aumento da taxa de juro isenta de riscos, os custos de capital mudaram a partir de 31 de dezembro de 2016. Com base numa análise de sensibilidade, a Linde determinou que, mesmo com a mudança de custos de capital, não ocorreu uma perda por imparidade.

O grupo para alienação como um todo foi medido em valor justo, a partir de 31 de dezembro de 2016, deduzidos os custos de venda. Assim, foi reconhecida uma perda por imparidade do goodwill, no montante de 75 milhões de EUR, atribuída à operação descontinuada.

No que diz respeito à Divisão "Gist", existe o risco de que os critérios para a sua classificação como operação descontinuada (IFRS 5) não sejam cumpridos e também que a imparidade em relação à avaliação em valor justo deduzidos os custos de alienação não tenha sido estimada num montante adequado.

Além disso, é necessário garantir a integridade e adequação das divulgações nas notas. Isso inclui igualmente as divulgações sobre sensibilidades, em conexão com a mudança em pressupostos significativos subjacentes à avaliação. A nossa resposta Avaliámos a adequação dos pressupostos significativos e das decisões discricionárias, bem como do método de avaliação do teste de imparidade ao envolvimento dos nossos especialistas em avaliação. Em relação à aferição do planeamento corporativo subjacente, discutimos os pressupostos sobre o desenvolvimento dos mercados de vendas com os indivíduos responsáveis pelo planeamento. Analisámos a adesão ao planeamento, com base, entre outros dados, na informação de períodos anteriores, bem como em resultados provisórios atuais. Uma vez que mesmo as pequenas mudanças na taxa de custo do capital poderão ter efeitos significativos sobre o resultado do teste de imparidade do goodwill, comparámos o custo do capital utilizado com as taxas de desconto de um grupo de empresas comparáveis (grupo de pares). Para atender à incerteza de previsão existente, investigámos as potenciais mudanças, respetivamente, no custo do capital e na taxa de crescimento de longo prazo, nas avaliações relevantes (análise de sensibilidade), na medida em que calculámos cenários alternativos e os comparámos com as avaliações da Linde.

Finalmente, avaliámos se as divulgações sobre a recuperabilidade do goodwill são apropriadas. Isto compreende igualmente a auditoria da adequação das divulgações nas notas, de acordo com a IAS 36.134 (f), em relação a sensibilidades, em conexão com mudanças em pressupostos significativos subjacentes à avaliação.

Em relação à classificação da Divisão "Gist" como uma operação descontinuada, auditámos a conformidade com as condições, de acordo com a IFRS 5, e os efeitos resultantes sobre os ativos e o passivo, bem como a adequação das divulgações relacionadas com a contabilidade enquanto operação descontinuada. As nossas observações Os pressupostos e as decisões discricionárias subjacentes ao teste de imparidade do goodwill estão dentro de um intervalo aceitável e são globalmente equilibrados. As divulgações são completas e apropriadas.

A classificação da Divisão "Gist" como uma operação descontinuada e a perda por imparidade reconhecida no goodwill em relação à contabilização em valor justo deduzidos os custos de alienação são apropriadas.

As divulgações relativas à operação descontinuada são completas e apropriadas. Contabilização de medidas de reestruturação A respeito das políticas contabilísticas aplicadas, referimo-nos à Nota 5 nas notas às demonstrações financeiras consolidadas. A informação sobre as medidas de reestruturação poderão ser encontradas no Relatório de Gestão do Grupo, na secção "Avaliação do Negócio do Grupo Linde”. O risco das demonstrações financeiras No período de referência, a Linde iniciou um programa de eficiência a nível do grupo. A Linde espera despesas de reestruturação para este programa no montante aproximado de 400 milhões de EUR até ao fim de 2017.

Até 31 de dezembro de 2016, foram reconhecidas despesas de reestruturação a nível do grupo no valor de 116 milhões de EUR.

A nosso ver, esta questão é de particular importância, uma vez que o reconhecimento e a medição das despesas de reestruturação significativas se baseiam, em grande parte, nas estimativas e nos pressupostos dos representantes legais. Além disso, existe o risco de que sejam reconhecidas provisões para medidas de reestruturação que não satisfaçam ou não cumpram completamente os critérios de reconhecimento, de acordo com a IAS 37.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

A nossa resposta Em empresas do Grupo selecionadas numa base orientada para o risco, avaliámos os critérios de reconhecimento da IAS 37 para medidas de reestruturação iniciadas ou já parcialmente implementadas. Em particular, avaliámos se, em cada caso, existe um plano de reestruturação formal e, em relação aos colaboradores afetados, se foi posta em relevo uma expetativa válida de que as medidas de reestruturação serão levadas a cabo no início da implementação das medidas de reestruturação ou do anúncio das suas principais características aos por elas afetados. Em relação à avaliação, aferimos os pressupostos mais importantes (especialmente as despesas de pessoal subjacentes e as taxas de aceitação) subjacentes à avaliação. As nossas observações Os critérios de reconhecimento para as provisões de reestruturação serão cumpridos a 31 de dezembro de 2016. As estimativas e os pressupostos feitos pelos representantes legais em conexão com a avaliação são apropriados, adequadamente documentados e fundamentados. Recuperação de dívidas comerciais a receber A respeito das políticas contabilísticas aplicadas, referimo-nos à Nota 5 nas notas às demonstrações financeiras consolidadas. A informação sobre a estrutura de envelhecimento poderá ser encontrada na Nota 16 das notas às demonstrações financeiras consolidadas. O risco das demonstrações financeiras As dívidas comerciais a receber a 31 de dezembro de 2016 totalizam 2757 milhões de EUR (31 de dezembro de 2015: 2726 milhões de EUR).

A aferição de um provisão para desvalorização baseia-se, acima de tudo, na estrutura envelhecida das dívidas comerciais a receber. Além disso, são consideradas estimativas e aferições do risco de crédito dos respetivos clientes, riscos específicos do país e da evolução económica atual, bem como uma análise do histórico de dívidas incobráveis.

As provisões para desvalorização das dívidas comerciais a receber que resultam das vendas no negócio de saúde não são reconhecidas no Grupo Linde como provisões baseadas na estrutura envelhecida. Em vez disso, as provisões para desvalorização são determinadas com base numa revisão retrospetiva que tem em consideração um histórico de dívidas incobráveis, especificamente, as taxas da recuperação real. O contexto para tal relaciona-se com as particularidades especiais do cliente de prestadores de cuidados de saúde públicos e privados e os processos de faturação e verificação associados a esses clientes. Por conseguinte, são tidas em consideração particularidades como, por exemplo, se as contas a receber estão a ser submetidas a uma revisão de rotina pelo cliente (prestadores de cuidados de saúde privados e públicos).

A aferição da recuperação, especialmente no caso de dívidas comerciais a receber de compras no negócio de saúde, está particularmente sujeita a discricionariedade e depende da aferição e dos

pressupostos da administração. Consequentemente, existe o risco de que as provisões para desvalorização de dívidas comerciais a receber não tenham sido reconhecidas num montante adequado. A nossa resposta Avaliámos os pressupostos significativos e as decisões discricionárias em conexão com a aferição da recuperação de dívidas comerciais a receber. A aferição do Grupo Linde referente ao risco de crédito dos respetivos clientes, bem como à evolução económica atual, foi avaliada ao nível das empresas operacionais. Neste contexto, analisámos igualmente a estrutura envelhecida das dívidas comerciais a receber. Para as dívidas comerciais a receber que resultam das vendas no negócio de saúde, analisámos igualmente os cenários alternativos relacionados com a determinação de uma necessidade potencial de provisão para desvalorização. Estas alternativas relacionam-se, em particular, com diferentes períodos em conexão com a determinação das taxas e a consideração das contas a receber que estão a ser submetidas a uma revisão pelo cliente. As nossas observações Os pressupostos e as decisões discricionárias subjacentes à avaliação da recuperação das dívidas comerciais a receber são globalmente equilibrados.

As provisões para desvalorização foram reconhecidas na medida adequada. Reconhecimento da receita na Divisão de Engenharia Em relação às políticas contabilísticas aplicadas, referimo-nos à Nota 5 nas notas às demonstrações financeiras consolidadas. O risco das demonstrações financeiras Uma parcela significativa das receitas e dos resultados na área da Divisão de Engenharia da Linde relaciona-se com contratos de construção a longo prazo e é reconhecida de acordo com a fase de acabamento dos projetos individuais. Neste contexto, em particular, a determinação da respetiva percentagem de conclusão exige estimativas e decisões discricionárias que, entre outros fatores, são baseados em planeamento continuamente atualizado. Para projetos potencialmente perdidos, as derrapagens de custos esperadas deverão igualmente ser estimadas e reconhecidas como perdas esperadas.

Dada a incerteza da estimativa esboçada, existe o risco de que as receitas e os resultados dos contratos de construção a longo prazo não sejam adequadamente atribuídos aos exercícios e que as perdas esperadas não sejam identificadas em tempo útil.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

A nossa resposta Avaliámos a adequação das estimativas significativas e das decisões discricionárias que foram tomadas pela Divisão de Engenharia da Linde no que diz respeito aos contratos de construção a longo prazo. O nosso foco foi centrado, entre outros aspetos, na aferição dos relatórios de custos subjacentes aos contratos, no sistema contabilístico e na aferição dos indivíduos responsáveis pelos projetos. Auditámos a eficácia dos controlos internos dos contratos de construção a longo prazo e, com base em considerações de risco, levámos a cabo testes de pormenor em projetos selecionados. Discutimo-los com a administração da Divisão de Engenharia da Linde e satisfez-nos a fase de acabamento de casos individuais em visitas ao local. Para a aferição de engenharia técnica da fase de acabamento e dos riscos do projeto, utilizámos o trabalho de um especialista externo.

Aferimos ainda se as divulgações necessárias são as apropriadas, de acordo com a IAS 11. As nossas observações Os pressupostos e as decisões discricionárias subjacentes ao processamento do contrato a longo prazo são globalmente equilibrados. Não identificámos erros materiais em relação à determinação das receitas e dos resultados da construção a longo prazo.

As divulgações são completas e apropriadas. Outra informação O Conselho de Administração é responsável pela outra informação. A outra informação inclui o Relatório Anual, exceto para as demonstrações financeiras consolidadas, o Relatório de Gestão do Grupo combinado com o Relatório da Administração da Linde Aktiengesellschaft, em Munique, e o relatório do nosso auditor sobre o assunto.

O nosso parecer de auditoria sobre as demonstrações financeiras consolidadas não cobre a outra informação e não expressamos nenhuma forma de conclusão de garantia sobre o assunto.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras consolidadas, a nossa responsabilidade é ler a outra informação e, assim, considerar se a outra informação é materialmente incompatível com as demonstrações financeiras consolidadas ou com o conhecimento por nós obtido na auditoria ou, de outro modo, se parece ser materialmente inexata. Se, com base no trabalho que realizámos, tivermos concluído que existe uma inexatidão material nessa outra informação, devemos comunicar tal facto. Não temos nada a comunicar a esse respeito.

Responsabilidades do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão nas Demonstrações Financeiras Consolidadas O Conselho de Administração é responsável pela elaboração de demonstrações financeiras consolidadas que cumpram as IFRS adotadas pela UE e as exigências complementares do direito comercial alemão, nos termos da Secção 315a (1) do HGB, e deem uma imagem fiel dos ativos líquidos, da situação financeira e dos resultados das operações do Grupo, em conformidade com essas exigências. Além disso, o Conselho de Administração é responsável pelo controlo interno que determine necessário para permitir a elaboração de demonstrações financeiras consolidadas que estejam livres de inexatidões materiais, seja por fraude ou erro.

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração é responsável por aferir a capacidade do Grupo para prosseguir em continuidade, divulgando, se for caso disso, as questões relacionadas com a continuidade e utilizando o pressuposto da continuidade da contabilidade, a menos que o Conselho de Administração planeie liquidar o Grupo ou cessar as operações, ao não ter uma alternativa realista a fazê-lo.

O Conselho de Supervisão é responsável por supervisionar o processo de relatório financeiro do Grupo para a elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. Responsabilidades do Auditor na Auditoria das Demonstrações Financeiras Consolidadas Os nossos objetivos são obter uma garantia razoável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas como um todo estão livres de inexatidões materiais, seja por fraude ou erro, e para emitir um relatório de auditoria que inclua o nosso parecer nas demonstrações financeiras consolidadas. A garantia razoável é um alto nível de garantia, mas não é a garantia de que uma auditoria, conduzida de acordo com a Secção 317 do HGB e os padrões alemães geralmente aceites para a auditoria de demonstrações financeiras promulgados pelo Instituto dos Auditores Públicos da Alemanha [IDW], bem como em conformidade suplementar com as ISA, detetará uma inexatidão material sempre que ela existir. As inexatidões poderão ter origem em fraude ou erro e são consideradas materiais se, individualmente ou em conjunto, pudermos esperar razoavelmente que influenciem as decisões económicas dos utilizadores, tomadas com base nestas demonstrações financeiras consolidadas.

No âmbito de uma auditoria conduzida de acordo com a Secção 317 do HGB e os padrões alemães geralmente aceites para a auditoria de demonstrações financeiras promulgados pelo Instituto dos Auditores Públicos da Alemanha [IDW], bem como em conformidade suplementar com as ISA, exercemos um juízo profissional e mantivemos um ceticismo profissional ao longo da auditoria. Igualmente:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

― Identificámos e aferimos os riscos de inexatidão

material das demonstrações financeiras consolidadas, seja por fraude ou erro, concebemos e executámos procedimentos de auditoria sensíveis a esses riscos e obtivemos evidências de auditoria suficientes e adequadas para providenciar uma base para o nosso parecer. O risco de não detetar uma inexatidão material resultante de fraude é maior do que para uma resultante de um erro, uma vez que a fraude poderá envolver conluio, falsificação, omissões intencionais, falsas declarações ou a anulação do controlo interno.

― Obtivemos uma compreensão do controlo interno relevante para a auditoria, a fim de conceber procedimentos de auditoria apropriados para as circunstâncias, mas não com a finalidade de expressar um parecer sobre a eficácia do controlo interno do Grupo.

― Avaliámos a adequação das políticas contabilísticas utilizadas e a razoabilidade das estimativas contabilísticas e divulgações relacionadas feitas pelo Conselho de Administração.

― Concluímos acerca da adequação da utilização pelo Conselho de Administração do pressuposto da continuidade da contabilidade e, com base na evidência de auditoria obtida, se existe uma incerteza material relacionada com eventos ou condições que possa expressar uma dúvida significativa sobre a capacidade do Grupo para prosseguir em continuidade. Se concluirmos que existe uma incerteza material, devemos chamar a atenção no relatório do nosso auditor para as divulgações respetivas nas demonstrações financeiras consolidadas ou no Relatório de Gestão do Grupo ou, se essas divulgações forem inadequadas, devemos modificar o nosso parecer. As nossas conclusões são baseadas na evidência de auditoria obtida até a data do relatório do nosso auditor. No entanto, eventos ou condições futuras poderão fazer com que o Grupo deixe de prosseguir em continuidade.

― Avaliámos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras consolidadas, incluindo as divulgações, e se as demonstrações financeiras consolidadas representam as transações e os eventos subjacentes de forma a que as demonstrações financeiras consolidadas deem uma imagem fiel dos ativos líquidos, da situação financeira e dos resultados das operações do Grupo, em conformidade com as IFRS adotadas pela UE e as exigências complementares do direito comercial alemão, nos termos da Secção 315a (1) do HGB.

― Obtivemos uma evidência de auditoria suficiente e adequada em relação à informação financeira das entidades ou atividades empresariais no interior do Grupo para expressar um parecer sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo. Permanecemos os únicos responsáveis pelo parecer de auditoria.

Comunicámos com o Conselho de Supervisão acerca, entre outras questões, do âmbito e calendário previstos da auditoria e das constatações de auditoria significativas, incluindo quaisquer deficiências significativas no controlo interno que tenhamos identificado durante a auditoria.

Providenciámos igualmente ao Conselho de Supervisão uma declaração de que cumprimos as exigências éticas relevantes em relação à independência e à comunicação de todos os relacionamentos e de outras questões que razoavelmente poderia pensar-se poderem pôr em causa a nossa independência e, sempre que necessário, as salvaguardas relacionadas.

Em relação às questões comunicadas ao Conselho de Supervisão, determinámos quais os assuntos de maior importância na auditoria das demonstrações financeiras consolidadas do período atual, assim tornadas as principais questões de auditoria. Descrevemos estas questões no nosso relatório sobre a auditoria das demonstrações financeiras consolidadas, a menos que alguma lei ou algum regulamento impeça uma divulgação pública sobre a questão.

Outras Exigências Legais e Regulamentares Relatório sobre a Auditoria do Relatório de Gestão do Grupo Parecer sobre o Relatório de Gestão do Grupo Auditámos o Relatório de Gestão do Grupo da Linde Aktiengesellschaft, combinado com o Relatório do Gestão da empresa ("Relatório de Gestão de Grupo"), do ano fiscal de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016.

A nosso parecer, com base no conhecimento por nós obtido na auditoria, o Relatório de Gestão do Grupo que o acompanha como um todo providencia uma visão adequada da situação do Grupo. Em todos os aspetos materiais, o Relatório de Gestão do Grupo é consistente com as demonstrações financeiras consolidadas, está em conformidade com as exigências legais alemãs e apresenta adequadamente as oportunidades e os riscos do desenvolvimento futuro.

A nossa auditoria não conduziu a nenhuma reserva acerca da correção do Relatório de Gestão do Grupo.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Base para o Parecer sobre o Relatório de Gestão do Grupo Conduzimos a nossa auditoria de acordo com a Secção 317 (2) do HGB e os padrões alemães geralmente aceites para a auditoria de relatórios de gestão promulgados pelo Instituto dos Auditores Públicos da Alemanha [IDW]. Acreditamos que a evidência de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para providenciar uma base para o nosso parecer. Responsabilidades do Conselho de Administração e do Conselho de Supervisão no Relatório de Gestão do Grupo O Conselho de Administração é responsável pela elaboração do Relatório de Gestão do Grupo, que, como um todo, providencia uma visão adequada da situação do Grupo, é consistente com as demonstrações financeiras consolidadas, cumpre as exigências legais alemães e apresenta adequadamente as oportunidades e os riscos de desenvolvimento futuro. Além disso, o Conselho de Administração é responsável pelos mecanismos e pelas medidas (sistemas) que se determina serem necessários para permitir a elaboração do Relatório de Gestão do Grupo, de acordo com as exigências do direito comercial alemão aplicável, nos termos da Secção 315a (1) do HGB e por providenciar provas suficientes e apropriadas para as demonstrações no Relatório de Gestão do Grupo.

O Conselho de Supervisão é responsável por supervisionar o processo de reporte financeiro do Grupo para a elaboração do Relatório de Gestão do Grupo. Responsabilidades do Auditor na Auditoria do Relatório de Gestão do Grupo Os nossos objetivos visam obter uma garantia razoável de que o Relatório de Gestão do Grupo como um todo providencia uma visão adequada da situação do Grupo, bem como, em todos os aspetos materiais, é consistente com as demonstrações financeiras consolidadas e o conhecimento por nós obtido na auditoria, está em conformidade com as exigências legais alemãs e apresenta adequadamente as oportunidades e os riscos do desenvolvimento futuro e emitir um relatório de auditoria que inclua o nosso parecer sobre o Relatório de Gestão do Grupo.

No âmbito da auditoria, examinámos o Relatório de Gestão do Grupo, de acordo com a Secção 317 (2) do HGB e os padrões alemães geralmente aceites para a auditoria de relatórios de gestão promulgados pelo IDW, chamando a atenção para o seguinte: ― A auditoria do Relatório de Gestão do Grupo está

integrado na auditoria das demonstrações financeiras consolidadas.

― Obtivemos uma compreensão dos mecanismos e das medidas (sistemas) relevantes para a auditoria do Relatório de Gestão do Grupo, a fim de conceber os procedimentos de auditoria apropriados para as circunstâncias, mas não com a finalidade de expressar um parecer sobre a eficácia desses mecanismos e dessas medidas (sistemas).

― Levámos a cabo procedimentos de auditoria sobre a

informação prospetiva apresentada pelo Conselho de Administração no Relatório de Gestão do Grupo. Com base em evidências de auditoria suficientes e apropriadas, nós, em particular, traçámos os principais pressupostos significativos utilizados pelo Conselho de Administração como base para a informação prospetiva e a aferição da razoabilidade desses pressupostos, bem como para a derivação adequada da informação prospetiva desses pressupostos. Não estamos a emitir um parecer separado sobre a informação prospetiva ou os pressupostos subjacentes. Existe um risco significativo e inevitável de que eventos futuros se desviem significativamente da informação prospetiva.

― Não estamos igualmente a emitir um parecer em separado sobre as divulgações individuais do Relatório de Gestão do Grupo; o nosso parecer cobre o Relatório de Gestão do Grupo como um todo.

Auditor Responsável O parceiro de compromisso da auditoria que resulta neste relatório de auditor independente é Harald v. Heynitz.

MUNIQUE, 21 DE FEVEREIRO DE 2017

KPMG AG WIRTSCHAFTSPRÜFUNGSGESELLSCHAFT

[VERSÃO ORIGINAL ALEMÃ ASSINADA POR:]

BECKER WIRTSCHAFTSPRÜFER

[AUDITOR PÚBLICO ALEMÃO]

V . HEYNITZ WIRTSCHAFTSPRÜFER

[AUDITOR PÚBLICO ALEMÃO]

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

202 Acerca deste relatório (parte do relatório de gestão

combinada) 203 Declaração de responsabilidade 204 Organização de gestão 206 Quadros e gráficos 210 Calendário financeiro 214 Resumo de cinco anos

Informação Complementar

SECÇÃO 4

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202

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

ACERCA DESTE RELATÓRIO (PARTE DO RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA) Elaboração do relatório de gestão Este relatório de gestão foi elaborado em conformidade com as regras estabelecidas pelas Normas de Contabilidade Alemãs Drs 20 e Drs 17. A Drs 20 regula a elaboração dos relatórios de gestão das sociedades gestoras de participações, com base no mercado de capitais alemão, exigido pelo § 315a do Código Comercial Alemão (HGB) para elaborar um relatório de gestão do Grupo em conformidade com o § 315 do HGB. A DRS 17 regula o reporte da remuneração dos membros dos órgãos executivos de grupos. A Linde segue igualmente o Código de Governação Corporativa Alemão, apresentado pela “Comissão Governamental do Código de Governação Corporativa Alemão” e com as alterações introduzidas periodicamente. O relatório de gestão do Grupo Linde foi associado ao relatório de gestão da Linde AG, em conformidade com o § 315 (3) do HGB em conjugação com o § 298 (3) do HGB. O relatório de gestão é assim intitulado relatório de gestão combinada. As demonstrações financeiras anuais da Linde AG, que são elaboradas em conformidade com as disposições do Código Comercial Alemão (HGB) e o relatório de gestão combinada, serão publicadas simultaneamente na versão eletrónica do Diário Oficial da União (Bundesanzeiger) alemão. A informação disponibilizada tanto se aplica ao Grupo Linde como à Linde AG, salvo indicação em contrário. As secções que contenham informação que apenas diga respeito à Linde AG estarão claramente designadas como tal. Reportes de sustentabilidade A Linde publica, no seu Relatório Anual, indicadores de desempenho não financeiros e informação qualitativa sobre o tema da gestão sustentável. O Relatório de Responsabilidade Corporativa fornece informação suplementar pormenorizada sobre este tema. O Grupo está em conformidade com os padrões internacionalmente reconhecidos em matéria de reportes de sustentabilidade, tais como as orientações da Global Reporting Initiative (GRI) e as exigências estabelecidas no Pacto Global das Nações Unidas. A versão atual do Relatório de Responsabilidade Corporativa está disponível online em ►

WWW.LINDE.COM/CR-REPORT.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Tanto quanto sabemos, e em conformidade com os princípios de reporte aplicáveis, as demonstrações financeiras consolidadas apresentam, de forma verdadeira e apropriada, o ativo líquido, a situação financeira e os esultados operacionais do Grupo, e o relatório de gestão combinada inclui uma avaliação justa do desenvolvimento e desempenho do negócio e da situação do Grupo Linde e da Linde AG, em conjunto com uma descrição das principais oportunidades e dos riscos associados ao desenvolvimento esperado do Grupo Linde e da Linde AG.

MUNIQUE, 21 DE FEVEREIRO DE 2017

LINDE AKTIENGESELLSCHAFT O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PROFESSOR DR. ALDO BELLONI [PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO]

DR. CHRISTIAN BRUCH [MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO]

BERND EULITZ [MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO]

SANJIV LAMBA [MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO]

203

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204

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

ORGANIZAÇÃO DE GESTÃO A 14 DE FEVEREIRO DE 2017 141. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DE GESTÃO

Membro do Conselho de Administração Responsabilidades Funções Corporativas & de Apoio

Professor Dr. Aldo Belloni, Presidente do Conselho de Administração

Desenvolvimento de Oportunidades & Projetos, segmento das Américas, Centro de Governação Global de Saúde, Gist, Finanças/ Controlo dos segmentos da EMEA, das Américas e da Ásia/ Pacífico1

Comunicação Corporativa & Relações com Investidores, Auditoria Interna Corporativa, Escritório Corporativo, Estratégia Corporativa & Informação sobre o Mercado, Recursos Humanos do Grupo, Questões Jurídicas & de Conformidade do Grupo, Serviços de Informação do Grupo, Fusões & Aquisições do Grupo, SSAQ (Segurança, Saúde, Ambiente e Qualidade), Contabilidade & Reporte do Grupo1, Seguros do Grupo1, Gestão de Risco do Grupo1, Fiscalidade do Grupo1, Tesouraria do Grupo1, Finanças Operacionais1, Controlo & Investimentos1, Imobiliário1

Dr. Christian Bruch Divisão de Engenharia Tecnologia & Inovação

Bernd Eulitz Segmento da EMEA, Centros de Governação Global de Distribuição, e Operações

Sanjiv Lamba Segmento da Ásia/ Pacífico, Centros de Governação Global de Gases para Comércio & Engarrafados, Eletrónicos, Negócio Global de Gases de Hélio & Gases Raros

1 Liderados pelo Dr. Sven Schneider como responsável interino.

142. DIVISÕES

Divisão de Gases Divisão de Engenharia Gist1

Ver o diagrama da página seguinte sobre a organização

Jürgen Nowicki Martin Gwynn

John van der Velden

Tilman Weide

1 Operação descontinuada.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

ORGANIZAÇÃO DE GESTÃO

143. DIVISÃO DE GASES

Segmento da EMEA (Europa, Médio Oriente, África) Segmento das Américas Segmento da Ásia/ Pacífico

UNR da Europa Setentrional Dr. Andreas Opfermann

UNR das Américas Pat Murphy

UNR da Ásia Oriental Steven Fang

UNR da Europa Central Olaf Reckenhofer

Finanças/ Controlo Financeiro das Américas Jens Lühring

UNR da Ásia Meridional & ASEAN Rob Hughes

UNR da Europa Meridional Arnold Coppin

Lincare Kirsten Hoefer

UNR do Pacífico Sul John Evans

UNR da África & do Reino Unido Sue Graham Johnston

Finanças/ Controlo Financeiro da Ásia/ Pacífico Binod Patwari

UNR do Médio Oriente & da Europa de Leste Elena Skvortsova

RBU da Saúde Andrew Harvey

Finanças/ Controlo Financeiro da EMEA Elisabeth Tyroller (interina)

144. CENTROS DE GOVERNAÇÃO GLOBAL

CGG de Gases para Comércio & Engarrafados (gás liquefeito e gás em garrafa) Jens Waldeck

CGG de Eletrónicos (gases eletrónicos) Andreas Weisheit

CGG de Saúde Urmi Richardson

CGG de Operações Frank Gerhard Ruhland (interino)

CGG de Distribuição Andrew Smith (interino)

145. FUNÇÃO GLOBAL

Desenvolvimento de Oportunidades & Projetos Ernst Rost

Gestor do Programa Matthias von Plotho

146. FUNÇÕES CORPORATIVAS & DE APOIO

Comunicação Corporativa & Relações com Investidores Dr. Harry Roegner

Auditoria Interna Corporativa Thomas Müller

Escritório Corporativo Andrea Reutershahn

Estratégia Corporativa & Informação sobre o Mercado Holger Kirchner

Contabilidade & Reporte do Grupo, Gestão de Risco do Grupo, Fiscalidade do Grupo, Imobiliário Björn Schneider

Recursos Humanos do Grupo Werner Boekels

Serviços de Informação do Grupo Sandeep Sen

Questões Jurídicas & de Conformidade do Grupo Dr. Christoph Hammerl

Fusões & Aquisições do Grupo Christian Graf zu Ortenburg

Contratação do Grupo Christoph Clausen

Fiscalidade do Grupo Dr. Wolfgang Salzberger

Tesouraria do Grupo Dr. Sven Schneider

SSAQ (Segurança, Saúde, Ambiente e Qualidade) Solen Karavelioglu Hanisch

Finanças Operacionais, Controlo & Investimentos Michael Ullrich

Tecnologia & Inovação Dr. Andreas Bröcker

205

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206

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

QUADROS E GRÁFICOS

Secção 1 GOVERNAÇÃO DO GRUPO

1. Divulgação sobre a participação dos membros individuais do Conselho de Supervisão da Linde AG em reuniões do Conselho de Supervisão e nas comissões do Conselho de Supervisão no exercício de 2016 PÁGINA 9

2. Opções, ações paritárias – Plano

de Incentivo de Longo Prazo de 2012 PÁGINA 25

3. Custo dos pagamentos baseados

em ações e variação no valor dos direitos existentes a ações virtuais PÁGINA 26

4. Remuneração total dos membros do Conselho de Administração PÁGINA 28

5. Remuneração atribuída durante o

ano PÁGINA 30

6. Remuneração recebida durante o ano PÁGINA 32

7. Emolumentos do Conselho de

Supervisão PÁGINA 37

8. Valores baseados no mercado de capitais PÁGINA 39

9. Desempenho da Linde em

comparação com os índices mais importantes PÁGINA 39

10. Participações de investidores

institucionais por região em % PÁGINA 40

11. Informação sobre a ação da Linde PÁGINA 40

Secção 2 RELATÓRIO DE GESTÃO COMBINADA

12. Definição de ROCE PÁGINA 43

13. Produto Interno Bruto (PIB) em

termos reais PÁGINA 45

14. Produção Industrial (PI) PÁGINA 45

15. Resultados das operações do

Grupo Linde (operações continuadas) PÁGINA 50

16. Divisão de Gases PÁGINA 52

17. Receita e lucro operacional por segmento PÁGINA 52

18. Desenvolvimento da receita por

segmento numa base comparativa PÁGINA 52

19. Análise da receita por segmento em % PÁGINA 54

20. Divisão de Gases: Receita por

área de produto PÁGINA 55

21. Divisão de Engenharia

PÁGINA 56

22. Divisão de Engenharia: Receita e entrada de encomendas por tipo de fábrica PÁGINA 56

23. Entrada de encomendas por tipo de fábrica em % PÁGINA 56

24. Receita por tipo de fábrica em %

PÁGINA 57 25. Demonstração da situação

financeira do Grupo (resumo) PÁGINA 59

26. Notação de 2016 PÁGINA 61

27. Demonstração de fluxos de caixa

do Grupo (resumo, operações continuadas) PÁGINA 62

28. Despesas de capital do Grupo Linde (operações continuadas) PÁGINA 63

29. Balanço da Linde AG (resumo)

PÁGINA 66

30. Resultados das operações da Linde AG (resumo) PÁGINA 67

31. Investigação e desenvolvimento

PÁGINA 70

32. Colaboradores por segmento PÁGINA 71

33. Informações adicionais sobre os colaboradores PÁGINA 73

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

QUADROS E GRÁFICOS

34. Segurança

PÁGINA 77

35. Locais de produção com sistemas de gestão ambiental e da qualidade PÁGINA 78

36. Utilização de recursos PÁGINA 81

37. Emissões PÁGINA 81

38. Processo de gestão de risco

PÁGINA 85 Secção 3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO GRUPO

39. Demonstração de lucros ou prejuízos do Grupo PÁGINA 106

40. Demonstração de rendimento integral do Grupo PÁGINA 107

41. Demonstração da situação

financeira do Grupo PÁGINA 108

42. Demonstração da situação financeira do Grupo PÁGINA 109

43. Demonstração de fluxos de caixa

do Grupo PÁGINA 110

44. Demonstração de fluxos de caixa do Grupo PÁGINA 111

45. Demonstração de alterações no

capital próprio do Grupo PÁGINA 112

46. Informação por segmentos PÁGINA 114

47. Receita por localização do cliente

PÁGINA 115

48. Ativos não correntes por localização da empresa PÁGINA 115

49. Grandes aquisições

PÁGINA 116

50. Impacto das aquisições nos ativos líquidos do Grupo Linde PÁGINA 117

51. Impacto das aquisições no

resultado do exercício do Grupo Linde PÁGINA 117

52. Impacto das aquisições na receita do Grupo Linde PÁGINA 117

53. Estrutura das empresas incluídas

nas demonstrações financeiras consolidadas PÁGINA 118

54. Empresas isentas das obrigações de divulgação PÁGINA 118

55. Taxas de câmbio principais

PÁGINA 119

56. Vidas úteis dos ativos tangíveis PÁGINA 122

57. Receita

PÁGINA 129

58. Outras receitas operacionais PÁGINA 129

59. Outras despesas operacionais

PÁGINA 129

60. Receitas financeiras PÁGINA 130

61. Despesas financeiras

PÁGINA 130

62. Despesa com o imposto sobre o rendimento PÁGINA 130

63. Despesa com impostos esperada

e divulgada PÁGINA 131

64. Ativos e passivos fiscais diferidos PÁGINA 131

65. Compensação de prejuízos fiscais

ainda não utilizados PÁGINA 132

66. Lucros por ação PÁGINA 132

67. Cronograma do movimento de ativos intangíveis – custo de aquisição PÁGINA 133

68. Calendário de ativos intangíveis – amortização acumulada PÁGINA 134

69. Pressupostos para o teste de

imparidade de goodwill PÁGINA 135

70. Calendário de ativos tangíveis – custo de aquisição PÁGINA 135

71. Calendário de ativos tangíveis –

depreciação acumulada PÁGINA 136

72. Calendário de investimentos

financeiros – custo de aquisição PÁGINA 137

207

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208

RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

73. Calendário de ativos financeiros –

amortização acumulada PÁGINA 137

74. Informação financeira agregada

sobre negócios conjuntos (em capital próprio) PÁGINA 138

75. Existências PÁGINA 138

76. Contas a receber e outros ativos

PÁGINA 139 77. Contas a receber de locações

financeiras PÁGINA 139

78. Ativos financeiros vencidos mas não em imparidade PÁGINA 140

79. Caixa e equivalentes de caixa

PÁGINA 141

80. Lucro de opções descontinuadas PÁGINA 141

81. Capital próprio

PÁGINA 142 82. Número de ações

PÁGINA 142

83. Movimento nas variações acumuladas no capital próprio não reconhecidas na demonstração de lucros ou prejuízos PÁGINA 143

84. Interesses que não controlam PÁGINA 143

85. Provisões para pensões e obrigações similares PÁGINA 144

86. Pressupostos utilizados para o

cálculo das provisões para pensões PÁGINA 144

87. Análise de sensibilidade

PÁGINA 145

88. Reconciliação da DBO e dos ativos do plano PÁGINA 146

89. Despesas de pensões

relacionadas com planos de benefícios definidos reconhecidas na demonstração de resultados PÁGINA 148

90. Estado do financiamento da obrigação de benefícios definidos PÁGINA 149

91. Estrutura da carteira de ativos de

pensões PÁGINA 149

92. Outras provisões PÁGINA 150

93. Movimentos nas outras provisões

PÁGINA 150 94. Dívida financeira

PÁGINA 151

95. Obrigações de juro fixo PÁGINA 151

96. Obrigações de juro variável

PÁGINA 151

97. Passivo de locações financeiras PÁGINA 152

98. Contas a pagar e outro passivo

PÁGINA 153

99. Opções – Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 PÁGINA 156

100. Modelo de simulação de Monte

Carlo – Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 PÁGINA 156

101. Opções por obstáculo do

exercício – Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 PÁGINA 157

102. Valores justos das ações paritárias PÁGINA 158

103. Ações Paritárias – Plano de

Incentivo de Longo Prazo de 2012 PÁGINA 158

104. Despesas com pessoal – Plano de Incentivo de Longo Prazo de 2012 PÁGINA 158

105. Ativos financeiros

PÁGINA 159

106. Passivo financeiro PÁGINA 159

107. Ativos financeiros e passivo

medidos pelo valor justo PÁGINA 160

108. Ganhos e perdas financeiros líquidos PÁGINA 161

109. Perda por imparidade nos

ativos financeiros a 31.12.2016 PÁGINA 161

110. Perda por imparidade nas dívidas comerciais a receber PÁGINA 161

111. Receitas de juros/ despesas de

instrumentos financeiros não medidos pelo valor justo PÁGINA 162

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

QUADROS E GRÁFICOS

112. Ativos financeiros/ passivo

compensável ou acordos de cumprimento obrigatório para transações financeiras derivadas PÁGINA 163

113. Fluxos de caixa futuros de

passivo financeiro PÁGINA 163

114. Efeito das variações nas taxas de juro aplicáveis PÁGINA 164

115. Reserva para cobertura de fluxos

de caixa PÁGINA 165

116. Fluxos de caixa esperados, ganhos e perdas da cobertura de fluxos de caixa PÁGINA 165

117. Cobertura do valor justo

PÁGINA 166

118. Valor justo dos instrumentos financeiros designados como coberturas PÁGINA 166

119. Reconciliações da receita do

segmento com o resultado do segmento PÁGINA 168

120. Número médio de colaboradores por segmento (atividades continuadas) PÁGINA 168

121. Balanço da Linde AG – ativos PÁGINA 169

122. Balanço da Linde AG – capital próprio e passivo PÁGINA 169

123. Demonstração de resultados da

Linde AG PÁGINA 169

124. Receita com partes relacionadas

PÁGINA 170

125. Bens e serviços adquiridos a partes relacionadas PÁGINA 170

126. Contas a receber e passivo com

partes relacionadas PÁGINA 171

127. Emolumentos do Conselho de Supervisão (incl. IVA) PÁGINA 171

128. Emolumentos do Conselho de

Administração em conformidade com o Código Comercial Alemão (HGB) PÁGINA 171

129. Ações concedidas de

pagamentos baseados em ações PÁGINA 172

130. Emolumentos do Conselho de Administração em conformidade com as IFRS PÁGINA 172

131. Passivo contingente

PÁGINA 175

132. Outros compromissos financeiros PÁGINA 175

133. Aquisição de locações PÁGINA 175

134. Honorários e serviços dos

auditores PÁGINA 176

135. Reconciliação dos valores financeiros principais PÁGINA 177

136. Empresas incluídas nas

demonstrações financeiras do Grupo (em conformidade com a IFRS 10) PÁGINA 178

137. Empresas incluídas nas

demonstrações financeiras do Grupo numa base de linha a linha (em conformidade com a IFRS 11) PÁGINA 190

138. Investimentos contabilizados pelo

método da equivalência patrimonial (em conformidade com a IAS 28) PÁGINA 191

139. Subsidiárias não consolidadas

PÁGINA 192

140. Outros investimentos (não consolidados) PÁGINA 193

Secção 4 INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

141. Conselho de Administração da Organização de Gestão PÁGINA 204

142. Divisões

PÁGINA 204

143. Divisão de Gases PÁGINA 205

144. Centros de Governação Global

PÁGINA 205 145. Função Global

PÁGINA 205

146. Funções Corporativas & de Apoio PÁGINA 205

209

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

CALENDÁRIO FINANCEIRO

210

[1] CONFERÊNCIA DE IMPRENSA SOBRE

A PUBLICAÇÃO DOS RESULTADOS ANUAIS DAS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS DO GRUPO 9 de março de 2017

Carl von Linde Haus, Munique,

Alemanha

[2] RELATÓRIO INTERCALAR

JANEIRO A MARÇO DE 2017 28 de abril de 2017

[3]

ASSEMBLEIA-GERAL ANUAL 2017

10 de maio de 2017, 10h Centro Internacional de Congressos,

Munique, Alemanha

[4] PAGAMENTO DE DIVIDENDOS

15 de maio de 2017

[5] ASSEMBLEIA-GERAL ANUAL

2018 3 de maio de 2018, 10h

Centro Internacional de Congressos, Munique, Alemanha

DECLARAÇÕES RELATIVAS AO FUTURO

Este relatório anual contém declarações relativas ao futuro, que são baseadas nas atuais estimativas da gestão sobre os acontecimentos futuros. Estas declarações não deverão ser entendidas como garantias de que essas expectativas se irão provar verdadeiras. O desenvolvimento futuro e os resultados realmente alcançados pelo Grupo Linde e pelas suas subsidiárias dependem de uma série de riscos e incertezas e poderão, por isso, afastarem-se significativamente das declarações relativas ao futuro. A Linde não tem planos para atualizar as suas declarações relativas ao futuro, nem aceita qualquer obrigação para o fazer.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Informação adicional e onde a encontrar Caso a Praxair, Inc. ("Praxair") e a Linde AG ("Linde") prossigam a operação de concentração de empresas proposta, a Praxair e a Linde esperam que uma holding recém-formada ("New Holdco") apresente uma Declaração de Registo, no Formulário S-4 ou no Formulário F-4, à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA ("SEC") que incluirá (1) uma declaração de procuração da Praxair que constituirá igualmente um prospeto para a New Holdco e (2) um prospeto de oferta da New Holdco para ser utilizado em conexão com a oferta da New Holdco para adquirir ações da Linde detidas por acionistas dos EUA. Quando estiver disponível, a Praxair enviará a declaração/ o prospeto de procuração aos seus acionistas, em conexão com o voto para aprovar a fusão da Praxair e de uma subsidiária integral da New Holdco, e a New Holdco distribuirá o prospeto de oferta aos acionistas da Linde nos Estados Unidos, em conexão com a oferta da New Holdco para adquirir todas as ações em circulação da Linde. Caso a Praxair e a Linde prossigam a operação de concentração de empresas proposta, a Praxair e a Linde esperam igualmente que a New Holdco apresente um documento de oferta à Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha (Bundesanstalt fuer Finanzdienstleistungsaufsicht) ("BaFin"). Não poderá haver uma garantia de que seja alcançado um acordo definitivo vinculativo entre a Praxair e a Linde, e a consumação de qualquer acordo vinculativo estará sujeita às aprovações dos reguladores e a outras condições habituais de conclusão. Os investidores e os detentores de valores mobiliários são instados a ler a declaração/ o prospeto de procuração e o documento de oferta sobre a operação de concentração de empresas proposta e a oferta proposta se e quando estiverem disponíveis porque conterão informação importante. Poderá obter uma cópia gratuita da declaração/ do prospeto de procuração (se e quando estiver disponível) e de outros documentos relacionados apresentados pela Praxair, Linde e New Holdco à SEC, no site da SEC, em ► WWW.SEC.GOV. A declaração/ o prospeto de procuração (se e quando estiver disponível) e outros documentos relacionados poderão igualmente ser obtidos gratuitamente através do site da Praxair, em ► WWW.PRAXAIR.COM. Após a aprovação pelo BaFin, o documento de oferta estará disponível no site da BaFin, em ► WWW.BAFIN.DE. O documento de oferta (se e quando estiver disponível) e outros documentos relacionados poderão igualmente ser obtidos gratuitamente, através do site da Linde, em ►

WWW.LINDE.COM. Este documento não é nem uma oferta de compra

nem uma solicitação de uma oferta de venda de ações da New Holdco, Praxair ou Linde. Os termos finais e outras disposições relativas à oferta pública serão divulgados no documento de oferta após a sua publicação ter sido aprovada pela BaFin e em documentos que serão apresentados à SEC.

Não estão a ser solicitados dinheiro, valores mobiliários ou outra retribuição e, se forem enviados em resposta à informação aqui incluída, não serão aceites. A informação aqui incluída não deverá ser considerada uma recomendação para qualquer pessoa subscrever ou comprar quaisquer valores mobiliários.

Não deverá ser feita qualquer oferta de valores mobiliários, exceto através de um prospeto que satisfaça as exigências da Lei de Valores Mobiliários dos EUA de 1933, com alterações, e os regulamentos aplicáveis na Europa e na Alemanha. A distribuição deste documento poderá ser restrita por lei em certas jurisdições e as pessoas em cuja posse venha a estar qualquer documento ou outra informação aqui referida deverá informar-se e observar tais restrições. Qualquer incumprimento dessas restrições poderá constituir uma violação das leis de valores mobiliários de qualquer jurisdição. Não será feita qualquer oferta de valores mobiliários, direta ou indiretamente, em ou para qualquer jurisdição onde fazê-lo seria incompatível com as leis dessa jurisdição.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

Participantes na solicitação Os participantes na solicitação da Praxair, Linde, New Holdco e os seus respetivos diretores e quadros dirigentes poderão ser considerados participantes na solicitação de procurações aos acionistas da Praxair em relação à proposta concentração de empresas. A informação relativa às pessoas que são, de acordo com as regras da SEC, participantes na solicitação dos acionistas da Praxair em conexão com a transação proposta, incluindo uma descrição dos seus interesses diretos ou indiretos, através de valores mobiliários ou de outra forma, será estabelecida na declaração/ no prospeto de procuração se e quando for apresentado à SEC. A informação relativa aos diretores e quadros dirigentes da Praxair está contida no Relatório Anual da Praxair, no Formulário 10-K, no exercício encerrado a 31 de dezembro de 2015, e a sua Declaração de Procuração no Anexo 14A, de 18 de março de 2016, que foi apresentado à SEC e poderá ser obtido gratuitamente nas fontes acima indicadas.

Declarações prospetivas Esta comunicação inclui "declarações prospetivas", na aceção da Secção 27A da Lei de Valores Mobiliários de 1933 e da Secção 21E da Lei de Intercâmbio de Valores Mobiliários de 1934. As declarações prospetivas são baseadas nas nossas crenças e nos nossos pressupostos, com base em fatores que conhecemos atualmente. Estas declarações prospetivas são identificadas por termos e frases, tais como: antecipar, acreditar, tencionar, estimar, esperar, continuar, deveria, poderia, pode, planear, projetar, prever, querer, potencial, prognosticar e expressões semelhantes. Essas declarações prospetivas incluem, mas não estão limitadas a declarações relativas aos benefícios da concentração de empresas proposta, a planos de integração e sinergias esperadas, ao crescimento futuro antecipado, ao desempenho e aos resultados financeiros e operacionais. As declarações prospetivas envolvem riscos e incertezas que poderão fazer com que os resultados reais sejam materialmente diferentes dos resultados previstos ou esperados. Não há qualquer garantia de que essas declarações prospetivas se revelem precisas e corretas ou que os resultados futuros previstos ou antecipados sejam alcançados. Os fatores que poderão fazer com que os resultados reais difiram materialmente dos que são indicados em qualquer declaração prospetiva incluem, entre outros, o prazo previsto e a probabilidade da concretização ou da conclusão da concentração de empresas contemplada, incluindo o prazo, a receção e os termos e condições de quaisquer aprovações governamentais e regulatórias necessárias à concentração de empresas contemplada que poderiam reduzir os benefícios antecipados ou fazer com que as partes não concretizassem ou abandonassem a transação; a ocorrência de qualquer evento, mudança ou outras circunstâncias que pudessem dar origem à rescisão do acordo de concentração de empresas proposto; a capacidade de completar com sucesso a concentração de empresas proposta e a operação de troca; as limitações regulatórias ou outras impostas em resultado da concentração de empresas proposta; o sucesso do negócio após a concentração de empresas

proposta; a capacidade de integrar com sucesso os negócios da Praxair e da Linde; a possibilidade de os acionistas da Praxair não aprovarem o acordo de concentração de empresas proposto ou de o número necessário de ações da Linde não poder ser proposto na oferta pública; o risco de as partes não poderem satisfazer as condições de conclusão da concentração de empresas proposta em tempo útil ou de forma alguma; os riscos relacionados com a perturbação do tempo de gestão das atividades empresariais em curso devido à concentração de empresas proposta; o risco de que o anúncio ou a consumação da concentração de empresas proposta possa ter efeitos negativos sobre o preço de mercado das ações ordinárias da Linde ou da Praxair ou sobre a capacidade de a Linde e a Praxair manterem os clientes, conservarem ou contratarem pessoal essencial, manterem os relacionamentos com os seus respetivos fornecedores e clientes, ou sobre os seus resultados operacionais e negócios em geral; o risco de a New Holdco ser incapaz de alcançar as sinergias esperadas ou que possa levar mais tempo ou ser mais caro do que o esperado alcançar essas sinergias; as iniciativas legislativas e regulamentares estatais, provinciais, federais e estrangeiras que afetam a recuperação de custos e investimentos, têm um efeito sobre a estrutura tarifária e afetam a velocidade e o grau em que a concorrência entra nas indústrias de gás industrial, engenharia e saúde; os resultados de litígios e investigações regulatórias, processos ou inquéritos; o momento e a extensão das mudanças nos preços das matérias-primas, nas taxas de juro e nas taxas de câmbio de moeda estrangeira; as condições económicas gerais, incluindo o risco de uma desaceleração ou declínio económico prolongado, ou o risco de atraso na recuperação, o que poderá afetar a procura de longo prazo de gás industrial, engenharia e serviços de saúde ou serviços relacionados; os potenciais efeitos decorrentes de ataques terroristas e de quaisquer hostilidades consequentes ou outras; as mudanças nas leis e regulamentos ambientais, de segurança e outros; o desenvolvimento de recursos energéticos alternativos; os resultados e custos de esforços de financiamento, incluindo a capacidade de obter financiamento em condições favoráveis, que poderão ser afetados por diversos fatores, incluindo as notações de crédito e as condições gerais de mercado e económicas; os aumentos no custo de bens e serviços necessários para completar projetos de capital; os efeitos dos pronunciamentos contabilísticos emitidos periodicamente por organismos de normalização contabilística; as condições da dívida e dos mercados de capitais; a aceitação do mercado e a procura contínua dos produtos e serviços da Linde e da Praxair; as mudanças nas leis, nos regulamentos ou nas interpretações fiscais que poderão aumentar os passivos fiscais consolidados da Praxair, da Linde ou da New Holdco; e outros fatores, tal como foram estabelecidos nos relatórios financeiros anuais e intercalares da Linde disponibilizados publicamente e as apresentações públicas da Praxair e da New Holdco efetuadas periodicamente na SEC, incluindo, entre outros, os descritos sob os títulos "Fatores de Risco" e "Declarações Prospetivas", no Formulário 10-K da Praxair do ano fiscal encerrado a 31 de dezembro de

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

2015, que estão disponíveis no no site da SEC, em ►

WWW.SEC.GOV. A lista precedente dos fatores de risco não é exaustiva. Esses riscos, bem como outros riscos associados à concentração de empresas contemplada, serão discutidos mais pormenorizadamente na declaração/ no prospeto de procuração e no prospeto de oferta que serão incluídos na Declaração de Registo, no Formulário S-4 ou no Formulário F-4, que serão apresentados à SEC e num documento de oferta e/ ou em quaisquer prospetos ou suplementos a serem apresentados à BaFin em conexão com a concentração de empresas contemplada. À luz destes riscos, incertezas e pressupostos, os eventos descritos nas declarações prospetivas poderão não ocorrer ou poderão ocorrer numa extensão diferente ou num momento diferente do descrito pela Linde, Praxair ou New Holdco. Todos estes fatores são difíceis de prever e estão fora do nosso controlo. Todas as declarações prospetivas incluídas neste documento são baseadas em informação disponível à Linde, Praxair e New Holdco na data deste documento, e cada uma delas, Linde, Praxair e New Holdco, não assume e renuncia a qualquer obrigação de atualizar ou rever as declarações prospetivas, seja como resultado de novas informações, eventos futuros ou de outra forma, exceto conforme for exigido por lei.

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RELATÓRIO FINANCEIRO LINDE 2016

RESUMO DE CINCO ANOS

2012 ajustado1 2013 2014 2015 2016

RECEITA DE OPERAÇÕES CONTINUADAS milhões de EUR 15 833 16 655 17 047 17 345 16 948

Alemanha % 8,2 7,9 7,4 7,5 7,3

No estrangeiro % 91,8 92,1 92,6 92,5 92,7

LUCRO DE OPERAÇÕES CONTINUADAS

Lucro operacional2 milhões de EUR 3686 3966 3920 4087 4098

EBIT milhões de EUR 2055 2171 1885 2029 2075

EBIT (antes de itens especiais) milhões de EUR 2055 2171 2180 2221 2201

Lucros antes de impostos (EBT) milhões de EUR 1734 1794 1520 1632 1751

Resultado do exercício – atribuível a acionistas da Linde AG milhões de EUR 1232 1317 1102 1133 1206

Lucros por ação – não diluídos3 EUR 6,93 7,10 5,94 6,10 6,50

Lucros por ação – não diluídos (antes de itens especiais)3 EUR 6,93 7,10 7,13 6,82 7,00

Dividendo milhões de EUR 500 500 585 640 687

Dividendo por ação EUR 2,70 3,00 3,15 3,45 3,70

Número de ações em circulação (a 31.12.) em milhares 185 189 185 588 185 638 185 638 185 638

Estrutura de ativos

Ativos intangíveis, tangíveis e financeiros milhões de EUR 25 971 25 184 26 453 27 445 26 911

Existências milhões de EUR 1112 1088 1155 1241 1231

Contas a receber4 milhões de EUR 3093 3111 3362 2995 2971

Caixa, equivalentes de caixa e valores mobiliários milhões de EUR 2108 1348 1658 1838 1594

Outros ativos milhões de EUR 2013 2018 1797 1828 2482

Ativos totais milhões de EUR 34 297 32 749 34 425 35 347 35 189

Estrutura do capital

Capital próprio milhões de EUR 13 658 13 586 14 267 15 449 15 480

Provisões milhões de EUR 2613 2381 2769 2687 3230

Dívida financeira milhões de EUR 10 581 9577 9856 9483 8528

Outro passivo milhões de EUR 7445 7205 7533 7728 7951

Capital total milhões de EUR 34 297 32 749 34 425 35 347 35 189

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA (APENAS OPERAÇÕES CONTINUADAS)

Fluxo de caixa das atividades operacionais milhões de EUR 2664 3144 3001 3583 3400

NÚMERO DE COLABORADORES A 31.12. (APENAS OPERAÇÕES CONTINUADAS) 62 765 63 487 65 591 59 774 59 715

Alemanha % 12,1 12,3 12,3 13,4 13,1

No estrangeiro % 87,9 87,7 87,7 86,6 86,9

INDICADORES-CHAVE DE DESEMPENHO (APENAS OPERAÇÕES CONTINUADAS)

Despesas de capital milhões de EUR 2038 2268 1954 2036 2004

Rácio de fundos próprios % 39,8 41,5 41,4 43,7 44,0

Retorno sobre o capital investido (antes de itens especiais) % 10,2 9,7 9,5 9,5 9,4

Retorno do EBIT sobre as vendas % 13,0 13,0 11,1 11,7 12,2

Fluxo de caixa das atividades operacionais em percentagem da receita % 16,8 18,9 17,6 20,7 20,1 1 Ajustado para refletir os efeitos da aplicação retrospetiva das IFRS novas/ alteradas, pela primeira vez. 2 EBIT (antes de itens especiais) ajustado pela amortização de ativos intangíveis e depreciação de ativos tangíveis. 3 Com base no número médio ponderado de ações em circulação. 4 Inclui contas a receber de locações financeiras.

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LINDE AG KLOSTERHOFSTRASSE 1

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O Relatório Anual do Grupo Linde está disponível em alemão e inglês e também pode ser descarregado no nosso site, em ► WWW.LINDE.COM. Poderá ser obtida gratuitamente da nossa parte informação suplementar sobre a Linde.

[DATA DE PUBLICAÇÃO]

9 DE MARÇO DE 2017

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