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Conservação e Tecnologias para o Desenvolvimento Agrícola e Florestal no Acre
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Potencial biotecnológico de espécies vegetais
oleaginosas ocorrentes em comunidades
extrativistas do Acre
Capítulo 04
Naila Fernanda Sbsczk Pereira Meneguetti e Amauri Siviero
A maioria das populações tradicionais da Amazônia
dependem da biodiversidade para o sustento de suas famí-
Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comu-
nidades Tradicionais (PNPCT) instituída através do Decreto
Federal 6.040/2007 (BRASIL, 2007). As diretrizes principais
da PNPCT buscam promover o desenvolvimento sustentável
-
cimento, fortalecimento e garantia dos direitos territoriais,
sociais, ambientais, econômicos e culturais com respeito e va-
lorização da identidade, formas de organização e das institui-
ções estabelecidas (BRASIL, 2017).
O desenvolvimento sustentável, de acordo com a
constituição de 1988, é aquele capaz de suprir as necessi-
dades da geração atual sem comprometer a capacidade de
atender as necessidades das futuras gerações (BRASIL,
1988; WWF, 2017).
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Uma das melhores alternativas para as populações
tradicionais praticar o desenvolvimento sustentável é o extra-
tivismo sustentável. O extrativismo é a atividade de manejar
adequadamente os recursos naturais disponíveis ao homem,
explorando produtos de origem animal, vegetal ou mineral. O
extrativismo é a mais antiga atividade humana pois antecede
a agricultura, pecuária e a indústria (MIRANDA, 2016).
Dentre os produtos de importância extrativista na re-
gião amazônica se destaca a exploração de óleos e gorduras
vegetais obtidos através de processos variados (MARTINS,
2017). O potencial biotecnológico de óleos e gorduras vegetais
na Amazônia ainda não são completamente conhecidos. O pre-
sente capítulo tem por objetivo analisar o potencial biotecnoló-
gico das principais espécies oleaginosas vegetais que ocorrem
em áreas extrativistas do estado do Acre, Brasil.
A família Arecaceae também conhecida por Palmae in-
clui as espécies conhecidas pelo nome popular de “palmeiras” e
espécies (HENDERSON, 2000). As espécies estão distribuídas
por todo o mundo e são abundantes em áreas úmidas das regi-
ões tropicais e subtropicais (BAUERMANN et al., 2010).
As espécies da família Arecaceae apresenta um conjun-
to de características botânicas muito peculiar com grande valor
ornamental, econômico e nutricional. Entre as espécies da fa-
mília que apresentam importância merecem destaque: o buriti
- ; o murumuru -Astrocaryum murumuru; o
açaí - Euterpe precatoria, ouricuri - Atallea phalerata; o patauá
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- Oenocarpus bataua; a bacaba - Oenocarpus mapora; e o tucu-
mã - Astrocaryum aculeatum (BAUERMANN et al., 2010). A
seguir são analisadas e discutidas as principais potencialidades
de cada espécie de palmeiras mais importantes para o Acre.
.
O buriti é uma palmeira ocorrente na América do Sul
e pode ser encontrada no Brasil, com registros nos estados
do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Pará, Mi-
nas Gerais, São Paulo, Piauí e Maranhão. No Acre, a espécie
possui distribuição na maioria dos municípios com
maior concentração nas cercanias de Cruzeiro do Sul e em Rio
Branco (BELTRÃO; OLIVEIRA, 2007; SANTOS et al., 2011).
O buritizeiro é também conhecido como muriti, palmei-
ra-dos-brejos, carandá-guaçu, buriti-do-brejo. A polpa do fruto
é consumida na forma de doces, sorvetes, sucos ou vinhos; as
folhas são utilizadas na fabricação de cordas e no artesanato;
o tronco é útil na confecção de canoas e na construção civil; e
as raízes na medicina popular como remédios caseiros (SOU-
SA et al., 1996).
Além do alto valor nutritivo, o óleo de buriti é uma fonte
valiosa de ácidos graxos monoinsaturados e rico em vitaminas,
humanos e animais (SILVA et al., 2009; AQUINO et al., 2015).
-
sas atividades médicas como: cicatricial, antibacteriano, anti-
plaquetário, antitrombótico, antioxidante, antimicrobiano, tra-
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redução de danos causados por radiação e aumento na viabili-
FUENTES et al., 2013; KOOLEN et al., 2013; SANTOS, 2005).
.
O murumuru ou murmuru é uma espécie frutífera
nativa da Amazônia e do norte da América do Sul e está dis-
tribuída em todos os estados, frequente ao longo dos rios e em
áreas temporariamente inundadas. A planta ocorre em for-
baixo Amazonas até a fronteira com a Bolívia e o Peru (RO-
CHA; POTIGUARA, 2007).
Apesar do seu potencial econômico, o murumuru é
-
dade em seu manuseio, visto que possui muitos espinhos no
caule e folhas. No mercado, são comercializados produtos que
utilizam o óleo do fruto de murumuru como matéria-prima
como o Cheysoap que é um produto que contem trigliceríde-
-
bricação de sabonetes. O óleo de murumuru é usado na in-
dústria de cosméticos para fabricação de sabonetes, cremes e
xampus. Na indústria alimentícia é utilizado na produção de
margarinas. O murumuru é também utilizado como secativo
de tintas e uma alternativa na geração de energia como bio-
combustível (PEREIRA et al., 2006; ROCHA; POTIGUARA,
2007; BEZERRA, 2012).
A gordura de murumuru em pequenos tamanhos de
-
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de na pele tornando-se uma opção na veiculação de formula-
sistema de encapsulamento de compostos bioativos solúveis
em lipídios. Testes in vitro demonstraram que o óleo essencial
(SENA, 2016; GOMES et al., 2014; ABREU et al., 2014).
.
O açaí é nativo da Amazônia brasileira e é um produto
palmeira de grande importância cultural, econômica e social
na região Norte, com elevado potencial agronômico, tecnológi-
co, nutricional e econômico (ALBIERO et al., 2012; ROCHA,
2004, YUYAMA et al., 2011). A agregação de valor do açaí é
uma realidade, principalmente, nos mercados locais e regio-
nais. Atualmente o mercado de açaí avança a passos largos
para o mercado nacional e internacional, chegando fortemente
na Europa e EUA (FADDEN, 2005).
O açaí é um alimento energético popularmente consu-
mido pela população amazônica na forma de suco, tradicional-
mente conhecido como vinho de açaí. O suco é consumido puro
ou misturado com adoçantes, farinha de mandioca ou tapioca,
camarão ou peixe salgado em todas as regiões do Brasil, con-
forme o costume local (YUYAMA et al., 2011).
A polpa dos frutos do açaí é utilizada na preparação
de sorvetes, sucos, bebidas isotônicas e como corante na in-
dústria de alimentos. O açaí é um alimento nutricionalmente
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cobre, boro e cromo e vitaminas B1 e E. (GALOTTA; BOA-
VENTURA, 2005; OLIVEIRA et al., 2000).
aterosclerose e é um potente antioxidante natural importante
na eliminação dos radicais livres. Devido a sua grande quan-
-
ores de potássio, cálcio e pigmentos antioxidantes, como as
antocianinas, favorecem a melhor circulação do sangue e a
prevenção de doenças cardiovasculares (ROCHA, 2015).
.
O ouricuri também é conhecido como acuri e bacuri,
segundo Negrelle (2015). A espécie é natural de várzeas altas
e ocorre desde o Acre, no oeste amazônico, até o baixo Ama-
zonas nos estados de Pará e Amapá, estendendo-se à região
do Planalto Central, formando os famosos acurizais (GONZA-
LEZ, 2008; SALIS et al., 2007).
A espécie apresenta alto potencial econômico devido
à diversidade de usos populares, incluindo o emprego como
fonte alimentar, recurso forrageiro, material para construção
civil e fonte de energia como biodiesel (NEGRELLE, 2015).
A polpa do ouricuri é consumida na forma in natura,
cozida ou assada. O óleo do mesocarpo do fruto tem poten-
cial de aproveitamento na alimentação humana e animal e é
bastante utilizado na fabricação de cosméticos, sabões, sendo
uma alternativa para a produção de energia, principalmente
em comunidades isoladas (FERREIRA et al., 2006).
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.
O patauá é uma palmeira nativa da Amazônia cujo
fruto apresenta grande potencial ecológico, social e econômico,
principalmente para as populações tradicionais. O óleo extraí-
do do fruto possui propriedades culinárias e pode ser utilizado
na indústria de cosméticos e para geração de energia, como um
biodiesel (BRANDÃO; OLIVEIRA, 2014). Dos frutos desta pal-
meira, extrai-se uma bebida muito apreciada entre extrativistas
conhecida como “vinho de patauá”. O patauá possui potencial de
geração de renda através da extração do óleo de alta qualidade
A espécie apesenta grande quantidade de ácidos gra-
xos insaturados que é semelhante ao óleo oliva (DARNET et
al., 2011). O patauá é rico em vários aminoácidos com exceção
ao teor de triptofano e lisina, que ocorre em menor concen-
tração, sendo comparável à carne bovina e ao leite humano
(SINGH, 2015).
O óleo de patauá, além de comestível, é também
empregado na produção de cosméticos, indicado para o trata-
combate de doenças pulmonares como asma, bronquite, tuber-
culose e pequenos ferimentos (SINGH, 2015).
.
A bacaba está dentre as espécies perenes nativas da
Amazônia, com grande potencial de uso econômico, ecológico
e alimentar, apresentando bons atributos para incorporação
-
portância na alimentação da população amazônica local como
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fonte nutricional, em virtude do seu aporte energético e sua
diversidade de uso (SOUSA et al., 2016).
A polpa é usada para produzir um vinho que é bas-
tante nutritivo e energético, podendo também ser utilizada de
forma similar à do açaizeiro, com o refresco servindo para a
extraído um óleo amarelo-claro de sabor agradável, sem odor
que pode ser empregado na alimentação com características
semelhantes ao azeite de oliva (OLIVEIRA; MOURA, 2010;
GONZALEZ et al., 2008).
antocianinas, apresentando atividade antioxidante se compa-
rada ao açaí, amora-preta, mirtilo, cranberry, tâmaras, goia-
ba, framboesa, ginja e nozes (GUIMARÃES, 2016).
.
A palmeira do tucumã se destaca pelas múltiplas utili-
dades que possui, principalmente, pelo potencial do fruto como
alimento (ELIAS et al., 2006). Seu aproveitamento está asso-
ciado à exploração adequada da polpa extraída do mesocarpo,
-
ponibilidade no período da entressafra (YUYAMA et al., 2008).
A polpa do fruto é consumida in natura ou na forma de
sorvetes, sanduíches, creme para pães, tapioca e suco. O tucu-
mã possui alto valor energético, é rico em caroteno, proteínas,
sais minerais, lipídios, carboidratos, pró-vitamina A, ajudan-
YUYAMA et al., 2008). O óleo extraído do mesocarpo do tucu-
mã é comestível e apresenta cor amarela e características or-
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ganolépticas e nutritivas de alto valor para a indústria de ali-
mentos, sendo, também, utilizado como matéria-prima para
fazer sabões (FERREIRA et al., 2008; GONZALEZ, 2008).
-
neros e 1200 espécies distribuídas, notadamente, nas regiões
tropicais do globo. A família engloba árvores, arbustos, lianas
e plantas herbáceas de interesse econômico na produção de
frutos comestíveis, madeiras, derivados químicos de interesse
-
espécies e algumas são utilizadas na medicina tradicional. No
estado do Acre, a espécie mais utilizada dessa família é o ba-
curizeiro Platonia insignis com grande potencial biotecnológi-
co (WANDERLEY, 2003; FRANÇA et al., 2009).
O bacurizeiro é uma espécie arbórea nativa da Ama-
zônia, descrita também no Paraguai. O fruto de bacuri é con-
sumido cru ou na forma de suco. A agroindústrializacão se ba-
seia na produção de sorvetes ou geleias (MUNIZ et al., 2006;
SOUZA et al., 2001).
O óleo da semente dos frutos do bacuri tem sido usado
no tratamento de doenças de pele em humanos e animais. O
produto da decocção de sementes de bacuri tem sido usado
bacuri apresenta característica de efeito pró-oxidante, indu-
-
tivos dessa planta se destacam seu caráter anti-HIV, anti-in-
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(SOUZA et al., 2001; COSTA JÚNIOR et al., 2011). (COSTA
JÚNIOR et al., 2013).
A família Fabaceae, antigamente denominada Legu-
minosae, é considerada uma das mais importantes dentre o
grupo das angiospermas e é uma das principais responsáveis
-
NANDES; GARCIA, 2008).
Na região neotropical, a riqueza e a abundância de
espécies do componente arbóreo evidenciam-se em diferentes
brasileiras (BORTOLUZZI et al., 2006). Entre as plantas des-
sa família, encontradas no estado do Acre, recebem destaque
pelo seu potencial extrativista as diversas espécies de Copaíba
- Copaifera spp. e o Pracaxi - Pentaclethra macroloba.
.
As copaibeiras conhecidas também como pau-de-óleo,
copaúva, copai, copaibarana, copaíbo, copal, marimari e bálsa-
mo dos jesuítas, são árvores comuns na América Latina e são
relatadas nas regiões Amazônica, Sudeste e Centro-Oeste do
Brasil (FRANCISCO, 2005; PIERI et al., 2009). Copaifera sp.
que 16 delas são encontradas exclusivamente no Brasil (VEI-
GA JUNIOR; PINTO, 2002; PIERI et al., 2009).
Copaifera
spp., em sua maioria, são relacionados à extração do óleo do
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tronco conhecido como óleo de copaíba. Na região Norte bra-
sileira, as populações tradicionais fazem uso do óleoresina
da copaíba como combustível na iluminação pública pelo
fato de ser fonte rica e renovável de hidrocarbonetos e é
intensamente avaliado como uma fonte de biocombustível
(VEIGA JUNIOR; PINTO, 2002). O óleoresina da copaíba é
indicado como solventes em pinturas de porcelanas, aditivo
na confecção de borracha sintética e aditivos de alimentos
com aprovação pelo Food and Drugs Administration (FDA)
(PIERI et al., 2009).
Na indústria de cosméticos, o óleo essencial de copaíba
-
ponente na fabricação de cremes, sabonetes, xampus e ama-
ciantes de cabelos. Na medicina alternativa, como remédios
caseiros, o óleo de copaíba apresenta propriedades emolientes,
-
GAMONTE AZEVEDO et al., 2006).
Na indústria farmacológica, já foram demonstradas
diversas aplicações do óleo de copaíba como: antiblenorrágico,
-
co, anti-herpético, anticancerígeno, antitumoral, antiasmático
e antiasséptico. A copaíba é também utilizada no tratamento
-
-
site, dermatite, eczema, psoríase, cicatrizante de feridas, úl-
ceras e intrauterino, leishmanicida, antimalárico, leucorréico,
contra paralisia, dores de cabeça. Destaca-se também o uso
acidentes ofídicos (VEIGA JUNIOR; PINTO, 2002).
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.
O pracaxi é encontrado no Brasil, Colômbia, Costa
Rica, Cuba, Guiana, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá,
Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela. No Brasil,
é encontrado nas margens de rios e em áreas de várzea e em
-
nas, Amapá, Pará, Roraima e Bahia (SANTIAGO et al., 2005;
CRUZ; BARROS, 2015).
Além do nome pracaxi, a espécies é também conhecida
como pau-mulato, paracachí, parauachi, parauácochi, para-
caxy, paroacaxi, paranacaxy, parachy, pracachy, paracaxi, pa-
róa-caxí, paroa-caxy, paranakachy, paraúacaxy, pracachi, pa-
BARROS, 2015).
-
dustriais, como óleo de cozinha usado em frituras, margarina,
-
tica, é utilizado em condicionador, hidratante e alisante para
cabelos (PHYTOTERÁPICA, 2017).
O pracaxi apresenta variados usos na medicina po-
bronquites e efeito cicatrizante dermatológico. A planta pos-
sui atividade inseticida notadamente sobre o mosquito Aedes
aegypti, podendo ser usada como antídoto contra acidentes ofí-
dicos (SANTIAGO et al., 2005; CRUZ; BARROS, 2015).
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sendo constituída desde arbustos a grandes árvores (CAR-
VALHO et al., 1998). As espécies dessa família são restritas
AZAMBUJA, 2012).
Na Região Norte do Brasil, podem são relatadas cer-
-
dicando ser a região Amazônica o grande centro de diversi-
dade da família (SMITH et al., 2012; AZAMBUJA, 2012). Na
região amazônica, em especial no estado do Acre, a principal
espécie da família é com grande poten-
cial biotecnológico.
.
A castanha-do-brasil, também conhecida como casta-
nha-do-pará e castanha-da-Amazônia é uma espécie nativa
da Amazônia que ocorre em áreas não inundáveis de terra
-
são no comércio nacional e internacional. A castanha-do-bra-
sil é o principal produto extrativista da pauta de exportação
da Amazônia notadamente no Pará (SALOMÃO, 2009). O
passou a ser o principal produto extrativo destinado à expor-
tação da Região Norte do Brasil (LOCATELLI et al., 2005;
PEDROZO et al., 2011).
O óleo extraído da castanha-do-brasil, além de co-
mestível, é usado na fabricação de tintas (PEDROZO et al.,
2011). Na indústria cosmética, o óleo é utilizado na fabrica-
ção de loções cremosas, óleo de banho, óleo para massagem,
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sabão em barra, sabão líquido, creme amaciante capilar,
condicionador, creme de barbear e creme pós-barba caseiro
(GONZALEZ, 2008).
Na indústria farmacológica, o consumo do óleo de cas-
tanha-do-brasil tem sido associado aos benefícios para a saú-
de humana como auxílio nas funções da tireoide e de sistema
imunológico, prevenção do câncer de próstata, funções do fíga-
do e pulmão, além de ação na redução do colesterol (GUIMA-
RÃES; GOES, 2014).
O óleo de castanha-do-brasil apresenta composição
rica em ácidos graxos e princípios ativos
do crescimento fúngico em ensaios laboratoriais e na produção
o metabolismo e inibindo o crescimento de espécies de fungos
(MARTINS, 2014).
descritas. No Brasil, ocorrem aproximadamente 400 espécies
-
báceas, subarbustos, arbustos, árvores e lianas (CEAP, 2017).
Theobroma sp. abrange 22 espécies vege-
tais nativas da região amazônica e todas apresentam frutos
com valor comercial. Um reduzido número de espécies é ex-
plantações comerciais em regiões quentes e úmidas da mata
atlântica como Theobroma cacao e
na Bahia. (MOREIRA, 2009).
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.
O cupuaçu é uma fruta originaria do sul e sudeste da
Amazônia, é apreciado por sua polpa ácida e de aroma intenso
e constitui-se em importante matéria-prima para a indústria
de processamento, com uso para a produção de sucos, sorve-
tes, doces, geleias, iogurtes, biscoitos e outras iguarias (SOU-
ZA et al., 1999; SANTOS et al., 2010).
As sementes do cupuaçu também são aproveitadas
para retirada de sua manteiga, possui excelentes caracterís-
ticas nutritivas e dele é possível extrair uma pasta semelhan-
te à que produz chocolate e manteiga de cacau. O “chocola-
te” produzido do cupuaçu é denominado de cupulate, com a
vantagem de ser obtida por um processo mais econômico. A
manteiga também é usada na indústria de cosmético para a
fabricação de pomadas, batons, cremes e xampus (SOUZA et
al., 1999; SANTOS et al., 2010; LIMA, 2013).
Na região amazônica, o cupuaçu é uma das oleagino-
sas com potencial para produção de biodiesel (LOPES et al.,
2013), porém, os seus outros potenciais são mais rentáveis.
O cupuaçu é um alimento de alto valor nutritivo, e
possui vantagem em relação ao chocolate por apresentar bai-
xos teores de cafeína e teobromina, também é rico em ferro,
B2 e B5 (SANTOS, 2007).
.
O cacaueiro é uma planta perenefólia, originária da
Bacia do rio Amazonas, na América do Sul
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poda humana, sua altura pode chegar a 20 metros, contudo,
em condições de cultivo usualmente sua altura varia de 3 a 5
metros (MÜLLER; GAMA-RODRIGUES, 2012).
Essa planta dá origem ao fruto chamado cacau, que é
produzido principalmente devido a suas sementes que, após
-
DRÉ, 2007). O chocolate aumenta os níveis de serotonina no
cérebro, um neurotransmissor que ajuda a regular o humor e
comportamento, diminuindo, assim, os sintomas da depressão
e tensão pré-menstrual. Isso também ocorre devido aos altos
-
gue, produzindo uma sensação de prazer (PANTMED, 2017).
Na culinária, as sementes também podem ser consumi-
das após fermentadas ou assadas. A polpa do fruto é utilizada
-
cores. A manteiga de cacau é usada para fazer loções, bálsamos
para o lábio, cosméticos e cremes para tratar queimaduras. O
óleo protege a pele e tem uma vida útil muito longa quando con-
dicionado em boas condições. O extrato de cacau dilata a artéria
-
do eventualmente reduzir a pressão arterial (PANTMED, 2017).
A família Meliaceae, tem distribuição pantropical e
-
das as regiões do Brasil (PASTORE, 2003).
Nas populações tradicionais da região amazônica,
recebe destaque a espécie Carapa guianensis, devido ao
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grande potencial biotecnológico do seu óleo, esse que será
abordado a seguir.
.
A andiroba ocorre no sul da América Central, Colôm-
bia, Venezuela, Suriname, Guiana Francesa, Peru, Paraguai,
nas ilhas do Caribe e em toda a Região Amazônica. Também é
conhecida como andiroba-saruba, iandirova, iandiroba, cara-
pá, carapa, nandiroba, andirobinha, andiroba branca, andiro-
ba-doigapó, carape, jandiroba, penaiba (SOUZA et al,. 2006).
O óleo extraído de suas sementes possui aproxima-
damente 70% de óleo que possui as seguintes propriedades
-
zantes, inseticidas, antidiarreica, antirreumática, emolien-
te, febrífuga, helmíntica, hepática, purgativa, repelente, tô-
nica, vermífuga (PLANTAMED, 2017). Também é utilizado
para iluminação, preparação de sabão e cosméticos (SOUZA
et al., 2006).
americano, o centro de distribuição da família encontra-se na
parte ocidental da bacia amazônica (RODRIGUES, 2002).
No estado do Acre, a principal espécie dessa família,
utilizada no extrativismo, é Virola surinamensis, espécie esta
que terá suas potencialidades destacadas a seguir.
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.
A ucuuba é uma árvore nativa da várzea de toda a re-
língua indígena UCU (graxa) e YBA (árvore), que pode chegar
a uma altura de 25 a 35 metros (PESCE, 1941).
Da semente da ucuuba extrai-se um tipo de gordura
conhecida vulgarmente como sebo de ucuuba (ROSA et al.,
1999), e de acordo com Rodrigues (1972) apresenta diversas
aplicações, entre elas:
Confecção de sabões, em substituição ao sebo ani-
mal, em mistura com outros óleos como o de andi-
roba e de babaçu;
Fabricação de velas, devido ao elevado teor em á-
cidos graxos sólidos como o mirístico, palmítico e
esteárico;
Utilização do ácido mirístico para emprego nas
indústrias de cosméticos, perfumaria e confeitaria;
Fabricação de cera para assoalho em mistura com
outras gorduras;
Produção de manteiga vegetal em substituição à
manteiga de cacau;
As ucuubas ainda provam o seu elevado valor na culi-
nária, pois possuem um triglicerídeo (trilaurina) de grande
poder nutritivo, merecendo maiores estudos para o seu apro-
veitamento (GALUPPO; CARVALHO, 2001).
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Essa espécie também apresenta diversas aplicações
na medicina popular (ROSA et al., 1999), sendo utilizadas
para a cura de reumatismo, artritismo em geral, cólicas, dis-
pepsias e erisipelas. Os índios levavam em suas viagens o sebo
das sementes, para aplicação em ferimentos e fechar buracos
provenientes de bicho-de-pé (GALUPPO; CARVALHO, 2001).
composição da gordura de ucuuba é predominante por ácidos
graxos saturados, principalmente dos ácidos mirístico e láuri-
co. A atividade antimicrobiana da gordura tem inibição contra
Staphylococcus aureus (CORDEIRO, 2015).
Foram evidenciadas 15 espécies, pertencentes a 07
famílias (Arecaceae, Clusiaceae, Leguminosae ou Fabaceae,
Lecythidaceae, Malvaceae, Meliaceae, Myristicaceae) de olea-
ginosas, com potencial biotecnológico ocorrentes nas comuni-
dades extrativistas do estado do Acre.
Os dados mostram que essas oleaginosas pesquisa-
das, possuem potencial principalmente para a indústria de
alimentos (com grande potencial nutricional), indústria de
cosméticos e principalmente para indústria, farmacológi-
ca. São necessários estudos futuros, que comprovem suas
atividades, podendo gerar novos produtos e patentes e con-
sequentemente recursos para as comunidades tradicionais,
visto que o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, ga-
rante que parte dos ganhos, sejam destinados para o conhe-
cimento tradicional associado da localidade onde a espécie
foi coletada.
Conservação e Tecnologias para o Desenvolvimento Agrícola e Florestal no Acre
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ABREU, M. G. P.; TAVELLA, K. B.; FERREIRA, J. B.; ARAÚJO, M. L.; ARAÚJO, J. M. Potencial fungitóxico dos óleos de murumuru (Astrocaryum ulei Mart.) e coco (Cocos nucifera L.) sobre Colletotrichum gloeosporioides no maracujá.
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