postponement: uma estrutura conceitual para … · estrutura conceitual para sua aplicação.a...

Click here to load reader

Upload: vodien

Post on 21-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • POSTPONEMENT: UMA ESTRUTURA

    CONCEITUAL PARA SUA APLICAO

    Karine Arajo Ferreira (UFSCar) [email protected]

    Rosane Lucia Chicarelli Alcntara (UFSCar) [email protected]

    O postponement vm sendo discutido h dcadas e as primeiras experincias prticas utilizando o conceito remontam da dcada de vinte. Na literatura acadmica, o termo foi originalmente introduzido na literatura de marketing por Alderson (19950), que afirma que em sua essncia, o postponement consiste em adiar o mximo possvel qualquer movimentao e/ ou configurao final de produtos e servios no processo produtivo ou distribuio. Nos ltimos anos, o presente tema tem despertado interesse de acadmicos e executivos em diversos pases. Trabalhos abordando o conceito podem ser encontrados em diferentes reas como logstica, produo e cadeia de suprimentos (YANG et al, 2004). Apesar da ateno crescente ao tema, sua aplicao prtica ainda pequena. Muitos trabalhos encontrados na literatura descrevem sobre os benefcios do postponement e a relevncia de fatores para sua aplicao. Porm, poucos discutem uma metodologia ou passos para sua implementao e, pouco se conhece sobre as melhores maneiras de se adotar essa estratgia. Assim, este artigo tem como objetivo investigar quais so as abordagens para adoo do conceito encontradas na literatura, bem como propor uma estrutura conceitual para sua aplicao.A pesquisa realizada neste trabalho de natureza qualitativa, onde foi realizada uma reviso biliogrfica aprofundada nos principais perodicos publicados em mais de 50 anos de pesquisa sobre o assunto. Essa reviso permitiu a elaborao de uma estrutura conceitual, onde foram identificadas as principais etapas para aplicao do postponement. Palavras-chaves: postponement, produo, logstica.

    XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    2

    1 Introduo

    O mercado atual, por suas caractersticas de constantes mudanas e elevada competitividade tm exigido das empresas decises e alteraes no projeto e na execuo dos sistemas produtivo e logstico ao longo da cadeia de suprimentos, a fim de maximizar as vantagens competitivas oriundas dessas aes. A adoo do conceito postponement (do ingls, retardo) identificada como uma importante abordagem para facilitar a realizao de conformidade s exigncias do cliente, devido sua contribuio para customizao dos produtos e servios (VAN HOEK, 2000a). Alm disso, Lee & Tang (1997) afirmam que a remodelagem do produto e do processo, a fim de retardar o ponto de diferenciao do produto para mais prximo da demanda, aumentam a flexibilidade para lidar com as variaes do mercado.

    Entretanto, isso no significa que postponement seja um conceito novo ou apenas um conceito terico. O assunto vm sendo discutido h dcadas e as primeiras experincias prticas utilizando o conceito remontam da dcada de vinte (COUNCIL OF LOGISTICS MANAGEMENT, 1995, p.210). Na literatura acadmica, o termo foi originalmente introduzido na literatura de marketing por Alderson (1950), que afirma que em sua essncia, o postponement consiste em adiar o mximo possvel qualquer movimentao e/ ou configurao final de produtos e servios no processo produtivo ou distribuio. Assim, o produto no deslocado at que a localizao da demanda (ou ponto de consumo) seja conhecida, ao mesmo tempo em que sua configurao final s acontece quando as preferncias do consumidor so conhecidas.

    Nos ltimos anos, o presente tema tem despertado interesse de acadmicos e executivos em diversos pases. Trabalhos abordando o conceito podem ser encontrados em diferentes reas como logstica, produo e cadeia de suprimentos, conforme reviso bibliogrfica realizada por Yang et al. (2004) e em diferentes correntes literrias (gerencial e analtica), como destacado por Cardoso (2002).

    Apesar da ateno crescente ao tema, sua aplicao prtica ainda pequena. Muito se tem escrito na literatura sobre os benefcios do postponement e a relevncia de fatores para sua aplicao (ZINN, 1990; VAN HOEK, 2000b; VAN HOEK, 2001; CUNHA, 2002; SAMPAIO, 2003; YANG et al., 2004; YANG, 2007, entre outros). Porm, poucos trabalhos discutem uma metodologia ou passos para sua implementao e, pouco se conhece sobre as melhores maneiras de se adotar essa estratgia, seja por exemplo, iniciando com uma linha de produto mais adequada para o postponement; focando em produtos com configurao final que requerem modificao de poucos procedimentos de manufatura; ou ainda, adotando produtos nas quais as companhias so membros de vrias cadeias de suprimentos.

    Assim, este artigo tem como objetivo investigar quais so as abordagens para adoo do conceito encontradas na literatura, bem como propor uma estrutura conceitual para sua aplicao.A pesquisa realizada neste trabalho de natureza qualitativa, onde foi realizada uma reviso biliogrfica aprofundada sobre os principais perodicos publicados sobre o assunto. Essa reviso permitiu a elaborao de uma estrutura conceitual, onde foram identificadas as principais etapas para aplicao do postponement.

    Na seo 2, apresenta-se a reviso bibliogrfica sobre conceitos relacionados ao tema, destacando a definio e tipos de postponement. Em seguida, as principais abordagens para aplicao do conceito encontradas na literatura so destacadas na seo 3. Uma estrutura

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    3

    conceitual para implementao do postponement proposta na seo 4. Por fim, so apresentadas as consideraes finais do trabalho (seo 5), seguido pelas referncias bibliogrficas.

    2 Postponement: conceitos e tipos

    O postponement uma prtica que est crescendo e sendo cada vez mais difundida na literatura acadmica e em aplicaes prticas. Inicialmente o conceito de postponement foi proposto por Alderson (1950), como uma forma de ordenamento de etapas de agregao de valores nos processos de manufatura e de marketing.. O propsito desta estratgia era reduzir riscos atravs da manuteno de produtos em uma localizao central at o ltimo momento possvel ou em estado indiferenciado at o ltimo ponto possvel do fluxo de mercadorias. Assim, postergar a movimentao do produto foi denominado de postponement de tempo (time postponement), enquanto a postergao na diferenciao do produto foi denominada de postponement de forma (form postponement).

    Em 1965, Bucklin agregou mais detalhes ao trabalho de Alderson, estudou limites de aplicao da estratgia e criou o conceito oposto ao de postponement, o Prncipio da Especulao (Principle of Speculation). Esse prncipio o inverso do postponement e consiste em finalizar todas as operaes o mais cedo possvel no processo de manufatura (BUCKLIN, 1965). Os dois princpios so juntamente denominados como prncipio de postponement-especulao. Esses dois princpios so uma tentativa de explicitar como as partes de um sistema, tais como distribuio e marketing, esto dinamicamente inter-relacionadas. Qualquer alterao em uma parte do sistema propaga-se para as demais. importante entender que a especulao o limite do postponement e vice-versa.

    Os trabalhos de Alderson e Bucklin sobre postponement foram visionrios para seu tempo, porm os longos lead times na produo e na distribuio tornaram difcil a aplicao do conceito e no despertaram a merecida ateno empresarial na poca. Depois de 1965, poucos trabalhos abordaram o assunto, e o tema foi retomado no final da dcada de 80 por Zinn & Bowersox (1988) que propuseram que o postponement poderia ser separado em cinco diferentes tipos, cada qual com uma estrutura de custo prpria. Alm do postponement de tempo, o autor destaca quatro tipos de postponement de forma, descritos a seguir:

    - Postponement de etiquetagem: nesta estratgia, os produtos so armazenados sem qualquer rtulo ou etiqueta que identifiquem sua marca. A etiqueta s afixada uma vez que o produto foi vendido numa marca dentre as diferentes oferecidas pela empresa. Este tipo de postponement eficaz para empresas que comercializam um produto sob duas ou mais marcas.

    - Postponement de embalagem: o produto s embalado aps este ter sido vendido em um tamanho, quantidade ou tipo particular de embalagem. Como exemplo, ZINN (1990) destaca os produtos transportados a granel e embalados posteriormente de acordo com especificaes do cliente quanto ao tamanho e tipo de embalagens, como os vinhos da Califrnia, engarrafados em diferentes centros de distribuio;

    - Postponement de montagem: neste caso, no s a operao de embalagem, a prpria montagem do produto tambm retardada, at que a empresa receba o pedido do cliente. na etapa de montagem que ocorre a diferenciao dos produtos. Atravs desse atraso, possvel oferecer uma gama de produtos diferentes aos clientes e manter estoques em nveis baixos.

    - Postponement de fabricao: a fabricao somente concluda aps recebimento de um

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    4

    pedido; produtos semi-elaborados ou mesmo em forma de insumos ficam estocados para que ocorra a diferenciao da mercadoria em um tempo ou local mais prximos da demanda.

    Bowersox & Closs (1996) definem dois tipos de postponement: o postponement de manufatura (ou forma) e o postponement logstico (de tempo). O postponement de manufatura consiste fabricar um produto base ou padro em quantidades suficientes para realizar economia de escala, enquanto as caractersticas de finalizao sejam adiadas at que os pedidos dos consumidores sejam recebidos. J o postponement logstico consiste em manter toda linha de produtos j acabados em estoque centralizado. O deslocamento dos estoques adiado at o recebimento do pedido dos clientes. Quando a demanda ocorre, os pedidos so transportados diretamente ao varejo ou ao consumidor.

    Outra classificao a de Cooper (1993), que especifica quatro possveis estruturas para as operaes de manufatura, as quais dependem do tipo de operaes finais realizadas, do tipo de produto e do mercado. Trs caractersticas operacionais bsicas foram utilizadas para a classificao: marca, formulao e perifricos dos produtos. As quatro estruturas so:

    a) Manufatura Centralizada (unicentric postponement) - sistema de manufatura centralizada, em que a fabricao integrada a uma planta global e a distribuio feita por encomenda. Adequa-se a casos em que as trs caractersticas do produto so as mesmas em todos os mercados onde o produto vendido, ou seja, so padronizados. Assemelha-se ao postponement de tempo.

    b) Manufatura agrupada (Bundled manufacturing) - ideal para produtos com marca global e formulaes diferentes em cada mercado, como aparelhos de TV. Nessa alternativa, a diferenciao do produto retardada no processo produtivo (na fbrica) e o produto semi-elaborado despachado e mantido em localizao centralizada (armazm ou centro de distribuio). Essa estratgia a combinao do postponement de forma com o de tempo.

    c) Montagem postergada (Deferred Assembly) - sistema de montagem adiada, em que a produo puxada e a manufatura final dos produtos acontece nos centros de distribuio locais. Adequado para produtos com uma marca global, mas com perifricos diferenciados e formulaes diferenciadas. Assemelha-se aos postponements de montagem e fabricao descritos anteriormente.

    d) Embalagem postergada (Deferred Packaging) - ideal para quando rtulo e/ou embalagem so diferenciados conforme o mercado. Relaciona-se aos postponements de etiquetagem e embalagem de Zinn e Bowersox (1988).

    Pagh & Cooper (1998) combinaram quatro estratgias de postponement para a cadeia de suprimentos em uma matriz 2x2 (figura 1). Na matriz, postponement de forma chamado de postponement de manufatura (manufacturing postponement) e postponement de tempo chamado de postponement logstico (logistics postponement).

    As quatro estratgias so ento desenvolvidas pela combinao do postponement de manufatura e logstica. As duas primeiras estratgias so representadas tanto pelo postponement de manufatura como pelo postponement logstico. As outras duas so formadas pela combinao de ambas, denominada de estratgia de postponement total, e pela ausncia de ambas, denominada de estratgia de especulao completa.

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    5

    Figura 1 - Matriz P/E e estratgias genricas da cadeia de suprimentos

    Fonte:Adaptado de Pagh & Cooper (1998, p.15)

    Um importante conceito ao se abordar o tema postponement o de Customer Order Decoupling Point (CODP - ponto de desacoplamento do pedido do consumidor), ou simplesmente, ponto de desacoplamento, que o ponto do processo de produo at onde o consumidor exerce influncia direta na produo, ou ainda, o ponto de separao entre o que produzido para estoque e o que produzido sob encomenda. Alm disso, o CODP especifica a posio na cadeia de suprimentos onde a customizao ocorre. Assim, todas as atividades na cadeia de suprimentos executadas depois do CODP so customizadas e etiquetadas no pedido especfico do consumidor, enquanto atividades na cadeia de suprimentos executadas antes do CODP so padronizadas. (PIRES, 2004; LAMPEL E MINTZBERG, 1996; VAN DONK, 2000; YANG & BURNS, 2003).

    Garcia-Dastugue & Lambert (2007) ressaltam tambm que o ponto de desacoplamento conceitualmente diferente do ponto de diferenciao do produto. Geralmente, o ponto de diferenciao de produto e o ponto de desacoplamento so tratados na literatura como sinnimos (GARG & TANG, 1997; MASON-JONES & TOWILL, 1999). Entretanto, estes so dois conceitos distintos.

    Segundo Garg & Tang (1997), ponto de diferenciao do produto refere-se aos estgios nos quais diferentes customizaes ocorrem. Em algumas situaes, o ponto de diferenciao do produto e o ponto de desacoplamento podem estar na mesma posio, como por exemplo, em alguns casos de aplicao do postponement de forma. Porm, h situaoes que isto no ocorre. Por exemplo, a centralizao do estoque est relacionado a consolidar os estoques de mltiplos centros de distribuio em uma posio central, e o ponto de desacoplamento movido a montante sem mudar a estrutura da cadeia. Ao considerar a centralizao de estoques, o ponto de desacoplamento(ou a parte dele) so movidos a montante, enquanto o ponto do diferenciao de produto inalterado.

    LOGSTICA

    Especulao Estoques descentralizados

    Postponement

    Estoques centralizados e distribuio direta

    MA

    NU

    FA

    TU

    RA

    Especulao Fabricao para

    Estocagem

    Estratgia de especulao

    total

    Estratgia de

    postponement de logstica

    Postponement Fabricao por

    Pedidos

    Estratgia de

    postponement de manufatura

    Estratgia de

    postponement total

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    6

    3 Abordagens para implementao do postponement

    Uma empresa que apresente fatores favorveis a adoo do postponement, deve comear a investigar como implementar a estratgia. Isso nem sempre uma tarefa fcil. Apesar de alguns autores indicarem abordagens para sua adoo, verificou-se na literatura a falta de uma metodologia estruturada para aplicao do conceito.

    Para Van Hoek (1997), o mais importante adotar o tipo de postponement mais adequado s caractersticas de cada empresa. Em estudo sobre a aplicao do conceito, o mesmo autor elaborou modelos de deciso que ajudam determinar qual o tipo de postponement deve ser adotado com base nas caractersticas do produto, processo, tecnolgia e mercado. Esses modelos so baseados nos tipos de postponement propostos por Cooper (1993) e Zin & Bowersox (1988), j mencionados. Como exemplo, a figura 2 apresenta um dos modelo de deciso proposto por Van Hoek (1997) para determinar o postponement com base nas caractersticas do produto.

    Fonte: Adaptado de Van Hoek (1997)

    A figura 2 baseada nos critrios que Cooper (1993) usa para de distinguir entre os quatro sistemas de operao que ele define com base na diferenciao do produto em termos de: marca, formulao/composio e rtulo/embalagem (perifricos). Assim, a figura 2 mostra que dependendo de quais dessas caractersticas a empresa adote, um tipo postponement ser mais adequado. Por exemplo, para uma empresa que possua marca global, formulao e perifricos padro e conhecidos, a melhor opo ser o postponement de tempo, uma vez que no existe grande incerteza no processo produtivo e consequentemente, a necessidade de postergar a configurao final do produto.

    Outra metodologia para escolha do tipo de postponement apresentada por Pagh & Cooper (1998, p. 24) que desenvolveram o conceito de anlise do perfil (Profile Analysis), conforme mostra o quadro1, que possui as quatro estratgias de postponement como colunas e os determinantes como linhas. O objetivo da Anlise e Perfil avaliar o alinhamento dos determinantes com uma estratgia de postponement em particular. Isso pode ajudar executivos a avaliar qual seria o projeto de cadeia de suprimento ideal para um determinado segmento de mercado: postponement ou especulao e tambm pode ajud-los a predizer futuras mudanas na estratgia de postponement, quando mudanas nos determinantes forem previstas. As principais variveis consideradas neste modelo so: estgio do ciclo de vida do produto,

    Figura 1 - O papel da diferenciao do produto na categorizao do sistema de postponement

    global

    no

    sim

    no

    sim

    no

    sim

    Manufatura Agrupada/ Postponement de manufatura

    Montagem postergada/ Postponement de montagem

    Manufatura Centralizada/ Postponement de tempo

    Embalagem postergada/ Postponement de embalagem, rtulo

    Marca Formulao padro

    Perifricos padronizados

    Tipos de perifricos

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    7

    volume, estratgia de custo/servio, tipo de produto, variedade, perfil de valor, densidade monetria, tempo de entrega, freqncia de entrega, nvel de instabilidade da demanda, economia de escala e complexidade da personalizao.

    Variveis Importantes para Tomada de Decio

    Estratgia Genrica

    Especulao Postponement Manufatura

    Postponement Logstico

    Postponement

    Pleno

    Prod

    uto

    Ciclo de Vida

    Estgio

    Volume

    Estratgia

    Caracters- ticas do produto

    Tipo de produto

    Variedade

    Valor Agragao de Valor

    Densidade Monetria

    Mercado e Demanda

    Tempo de Entrega

    Frequencia de entrega

    Previsibilidade demanda

    Manufatura e Logstica

    Economia de Escala

    Complexidade da personalizao

    Quadro 1- Anlise de Perfil

    Fonte: Adapatado de Pagh & Cooper (1998, p.24)

    Lee & Tang (1997) propem uma classificao de trs abordagens bsicas para o postponement de forma: padronizao, projeto modular e reestruturao do processo. Assim, produtos e os processos so redesenhados usando o seguinte:

    - Padronizao - os produtos semi-acabados podem ser usados em mltiplos produtos finais, usando componentes comuns ou processos.

    - Projeto modular - decompondo o produto em sub-mdulos e atrasando a montagem de mdulos especficos do produto.

    - Reestruturao de processos: re-seqnciando alguns passos da manufatura para atrasar a montagem de componentes especficos do produto.

    Para Van Hoek et al. (1999) a falta de perspectiva na cadeia de suprimentos total uma das principais razes que explicam porque as aplicaes de postponement ainda esto no estgio

    Crascimento

    Mdio/Alto

    Pequena

    No

    Grande

    Sim

    Mdio/Alto

    Alta

    Mat./Declnio

    Baixo/Mdio

    Custo

    Personalizado

    Alta

    Estgio Final

    Alta

    Longo

    Mdia/Baixa

    Baixa

    Pequena

    No

    Introduo

    Baixo/Mdio

    Servio

    Padro

    Estreita

    Estgio Inicial

    Baixa

    Curto

    Alta

    Alta

    Grande

    Sim

    Baixa Grande

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    8

    inicial. Alm disso, eles destacam as seguintes abordagens como importantes para implantao do postponement:

    - Reestruturar processos. Em particular, a organizao da empresa pode ser um fator crtico na implementao do postponement.

    - Ter ateno suficiente para estimar custos e benefcios associados com a implementao das estratgias. Modelos e estruturas para avaliar o custo-benefcio do postponement so verificados na literatura, onde pode-se citar os trabalhos de Johnson & Anderson (2000); Ernest & Kamrad (2002); Chung & Hung-Cheng (2003), entre outros.

    - Enfatizar a importncia da tecnologia de informao e do fluxo de informao, que so pr-requisitos para aplicao bem-sucedida de postponement.

    - Tentar combinar as vantagens de eficincia de produo em massa com a potencial responsividade para customizao em massa.

    Para Matthews & Syed (2003) adotar uma estratgia de postponement requer tipicamente um reprojeto fundamental nos processos de manufatura. Postponement tambm exige um alto grau de colaborao e visibilidade atravs da cadeia de suprimentos. Segundo os mesmos autores, a primeira etapa para aplicao dessa estratgia consiste em suporte gerencial. Para que o postponement seja aplicado, a gerncia deve estar disposta a fazer exame de riscos, executar mudanas, disponibilizar recursos s prticas de manufatura e construir uma infra-estrutura colaborativa. Na etapa seguinte, deve-se determinar como melhor executar a estratgia. As grandes organizaes, com profissionais de cadeia de suprimentos na equipe de funcionrios, podem manusear o projeto em casa. Uma outra alternativa trabalhar atravs de parceiros do canal, que podem ser a melhor soluo para as companhias que usam fabricantes contratados e suporte logstico terceirizado. Ao invs que reengenharia, seu objetivo de operao e de manufatura, tal como organizacional pode ser mais rpido e com custo mais efetivo, terceirizando toda a parte da operao do postponement. Guiando este desenvolvimento est a eficincia aumentada que os provedores de servio esto trazendo s reas como a produo, montagem e a distribuio. Um terceiro e importante passo criar times inter-funcionais para implementar a iniciativa de postponement. A equipe deve trabalhar para ajustar os objetivos do grupo e objetivos de remunerao. Alm disso, com representao de equipes inter-funcionais, torna-se mais fcil ajustar como as mudanas em uma rea da cadeia de suprimentos afetaro outra. O mapeamento do fluxo de informao entre as funes internas tambm facilitado.

    Yang et al. (2004) tambm descreve algumas abordagens para implementar o postponement. De acordo com o mesmo autor, para adoo do conceito deve-se inicialmente haver pontos postergveis (pontos de desacoplamento). Nestes pontos, as companhias tem que examinar caractersticas do produto/ produo e analisar os custos e benefcios do postponement. Modelos analticos so freqentemente poderosos e significativos para ajudar motivar ou justificar o postponement. Uma vez que pontos postergveis tenham sido escolhidos, as companhias podem criar estes pontos. Projeto do produto modular/ padro pode auxiliar na criao de pontos postergveis. Adicionalmente, para que aplicaes de postponement sejam bem sucedidas, necessrio incorporar seu pensamento desde o projeto do produto. Ao mesmo tempo, as empresas tm que entender como lidar com obstculos para uma adoo afetiva de postponement. As empresas geralmente encontram dificuldade para mudar rotinas e conhecimentos que esto profundamente enraizados na organizao. Com o postponement, isto no exceo. Uma herana administrativa organizacional e falta de viso total da cadeia de suprimentos pode ser maior obstculo. Consequentemente, a cultura tradicional da

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    9

    companhia pode deliberadamente distorcer informaes de pedido para mascarar sua inteno no somente para competidores, mas para seus prprios fornecedores e consumidores. Tcnicas modernas como Internet, electronic data interchange (EDI) e sistemas de pontos-de-venda podem melhorar o fluxo de informao por reduzir erros na coleta de dados e mover dados mais rapidamente. Entretanto, eles no eliminam distores ou identificam boas informaes. Para alcanar o fluxo de informao em direo s estratgias de postponement, as empresas necessitam reconhecer a necessidade para comunicao aberta, ao mesmo tempo que atuando como parceiros na cadeia de suprimentos.

    Uma estrutura para identificar e localizar os pontos de desacoplamento em empresas processadoras de alimentos apresentada por Van Donk (2001). Esta estrutura pode ser adequada tambm a outros segmentos industriais. Segundo o mesmo autor, a determinao do ponto de desacoplamento depende, em geral, de dois conjuntos de caractersticas: caractersticas do produto e do mercado; e caractersticas de estoque e processo, dentre as quais se pode citar as descritas no quadro 2:

    Caractersticas do produto e do mercado

    Caractersticas de processo e e do estoque

    Habilidade de entrega

    Tempo de entrega exigido

    Previsibilidade da demanda

    Especificidade da demanda

    Lead times e custos de etapas no processo

    Controle da manufatura e compras

    Custos de manuteno de estoques e valor

    adicionado nos pontos de estoque

    Risco de obsolescncia

    Quadro 2 - Caractersticas que influenciam a localizao do ponto de desacoplamento

    Fonte: Adaptado de Van Donk (2000)

    Cada caracterstica mencionada influncia a localizao do CODP. Por exemplo, demanda do mercado regular e previsvel fora a localizao do CODP a montante, enquanto curtos tempos de entrega foram o CODP mais a jusante, em direo a fazer para estoque.

    Finalmente, Garg & Tang (1997) destacam que enquanto a razo para adotar uma estratgia de postponement pode estar clara, executar esta estratgia no est. H discusses de gesto, processo e tecnologia complexas que cercam o postponement. No h regras rpidas e rgidas em como proceder. De fato, um modelo de postponement correto pode variar por empresa, grupo de produto, e por mercado.

    Baseado nas consideraes apresentadas, uma sntese de possveis abordagens a serem adotadas para implementao do postponement apresentada no quadro 2, a seguir.

    Autor (es) Abordagens para implementao do postponement Van Hoek (1997) e Pagh & Cooper (1998)

    - adoo do tipo de postponement mais adequado s caractersticas de cada empresa.

    Lee & Tang (1997) - padronizao e projeto modular; - reestruturao de processos.

    Van Hoek et al. (1999) - reestruturao de processos; - estimativa de custos e benefcios;

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    10

    - nfase na importncia da tecnologia de informao; - combinao de vantagens de eficincia de produo em massa

    com a potencial responsividade. Matthews & Syed (2003) - suporte gerencial;

    - determinao da melhor maneira de executar a estratgia (equipe interna ou terceirizao);

    - criao de times inter-funcionais para implementao da estratgia

    - mapeamento do fluxo de informao. Yang et al. (2004) - identificao de pontos postergveis;

    - criao de pontos postergveis; - pensamento no postponement desde o projeto do produto; - entendimento de como lidar com obstculos; - reconhecimento das necessidades para comunicao aberta; - atuao em parceria na cadeia de suprimentos.

    Van Donk (2001) - utilizao de estrutura para identificar e posicionar o CODP. Quadro 2 - Abordagens para implantao do postponement

    Fonte: Elaborada pelas autoras

    4 Estrutura Conceitual para aplicao do postponement

    A figura 3 apresenta uma proposta de etapas para implementao do postponement baseada na estruturao das abordagens apresentadas anteriormente no quadro 2.

    MODELOS DE VAN HOEK (1997) ou

    PAGH & COOPER (1998)

    ESTRUTURA VAN DONK (2000)

    ABORDAGENS PARA APLICAO DO POSTPONEMENT

    Escolha do tipo de do postponement e produtos mais adequados para aplicao do conceito

    Avaliao do custo/benefcio da estratgia

    Suporte gerencial para aplicao da estratgia

    Incorporao do pensamento do conceito desde o projeto do produto

    Padronizao e projeto modular, qdo possvel

    Criao de times inter-funcionais e parcerias

    O mapeamento do fluxo de informao e adoo de TICs

    Identificao de pontos postergveis

    JOHNSON & ANDERSON (2000);

    CHUNG & HUNG-CHENG (2003); etc.

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    11

    Figura 3 - Abordagens para implantao do postponement

    Fonte: Elaborado pelas autoras

    De acordo com a figura 3, o primeiro passo para aplicao do postponement consiste na identificao do tipo de postponement mais vivel s caractersticas da empresa e do mercado, bem como anlise dos produtos mais adequados para se adotar a estratgia. As estruturas de deciso e anlise de perfil propostas por Van Hoek (1997) e Pagh & Cooper (1998) podem auxiliar nessa etapa.

    Definido o tipo de postponement mais adequado s caractersticas da empresa, o custo-benefcio da estratgia deve ser avaliados. Modelos e estruturas para essa avaliao so apresentados por diferentes autores, como por exemplo, Johnson & Anderson (2000), Ernest & Kamrad(2000) e, Chung & Hung-Cheng (2003), ente outros.

    Assim, como em outras estratgias, o apoio da alta administrao e elaborao de parcerias com outros membros da cadeia de suprimentos essencial adoo do conceito, bem como seu planejamento desde o projeto do produto. Estratgias como padronizao, projeto modular e comonalidade, so significativas para o alcance do postponement, quando possvel de serem adotadas. Em seguida, deve-se criar times inter-funcionais responsveis pela aplicao da estratgia na empresa, bem como parcerias com outros membros da cadeia de suprimentos. O mapeamento do fluxo de informao e adoo de tecnologias de informao e comunicao so tambm aspectos relevantes, uma vez que a informao da demanda no tempo certo essencial para que a configurao final dos pedidos possa acontecer no momento em que os pedidos so realizados pelos clientes. Finalmente, a identificao de pontos postergveis (pontos de desacoplanemto) e a criao destes pontos permitem a separao das etapas da produo em duas fases: a fase empurrada e feita sob previso, e a fase puxada e realizada sob pedido do cliente. Nesta etapa, pode-se aplicar a estrutura para localizao do ponto de desacoplamento proposta por Van Donk (2001).

    Baseado nestas etapas, o postponement pode ser alcanado por atrasar as operaes de movimentao ou configurao dos produtos, cada um dos quais est associado com atributo separado. importante notar que diferenas na reorganizao interna e demandas externas para produtos requerem diferentes estratgias de postponement. Alm disso, a empresa ao implementar o conceito pode necessitar tambm modificar sua estratgia durante o tempo e de

    POSTPONEMENT

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    12

    acordo com mudanas no ambiente competitivo, estgio de ciclo de vida do produto, avano tecnolgico e, assim por diante.

    5 Concluso

    O conceito de postponement foi introduzido h mais que 50 anos atrs e um considervel escopo da literatura tem sido dedicado a ele. Apesar disso, sua aplicao prtica ainda pequena, devido falta de conhecimento sobre o assunto por parte de pesquisadores e empresrios. Adicionalmente, a maioria dos artigos identificados na reviso bibliogrfica aborda os fatores para aplicao do conceito, bem como benefcios obtidos com sua implementao. Porm, poucos tratam de abordagens ou passos a serem seguidos para sua adoo de forma bem sucedida. Neste artigo foram investigadas e discutidas as principais abordagens ou etapas para adoo do conceito encontradas na literatura. Baseado nesta investigao, uma estrutura conceitual para implementao do postponement foi proposta. Pesquisas futuras devem ser desenvolvidas com objetivo de testar e aperfeio-la. Finalmente, cabe destacar que o postponement pode ser uma importante abordagem para as empresas atenderem os desejos dos clientes de forma personalizada e a menor custo, atingindo assim, a customizao em massa.

    Referncias

    ALDERSON, W. Marketing efficiency and the principle of postponement. Cost and profit outlook, n.3 p. 15-18, 1950.

    BOWERSOX, D. J., CLOSS, D J. Logistical Management: The Integreted Supply Chain Process. New York, NY: McGraw-Hill, 1996.

    BUCKLIN, L.P. Postponement, speculation and the structure of distribution channels. Journal of Marketing Research, v.2, p. 26-31, 1965.

    CARDOSO, P. A. O princpio da postergao: um estudo na cadeia de suprimentos das tintas para impresso. 2002. 158p. Tese (Doutorado em Engenharia de Produo) - Departamento de Engenharia Industrial da Pontficia Universidade Catolica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.

    CHUNG, Y.; HUNG-CHENG, Y. A cost model for determining dyeing postponement in garment supply chain. International Journal of Advanced Manufacturing Technology, v. 22, p.134-140, 2003.

    COOPER, J. Logistics strategies for global business. International. Journal of Physical Distribution and Logistics Management, v. 23,n. 4, p. 12-23, 1993.

    CUNHA, D.C. Avaliao dos resultados da aplicao de postponement em uma grande malharia e confeco de Santa Catarina. 2002. 173 p. Dissertao (Mestrado em Engenharia de Produo) - Departamento de Engenharia de Produo da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2002.

    COUNCIL OF LOGISTICS MANAGEMENT. World Class Logistics: The challenge of Managing Continuous Change. United State of America: Oak Book, 1995, 423p.

  • XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUO A integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

    13

    ERNST, R.; KAMRAD, B. Evaluation of supply chain structures through modularization and postponement. European Journal of Operational Research, v.124, p.495-510, 2000.

    GARCIA-DASTUGUE, S.; LAMBERT, D. Interorganizational Time-Based postponement in the supply chain. Journal of Business Logistics, v.28,n.1, p.57-76, 2007.

    GARG, A.; TANG, C. S. On postponement strategies for product families with multiple points of differentiation. IIE Transactions, v. 29, n. 2, p. 641-650, 1997.

    JOHNSON, M.; ANDERSON, E. Postponement Strategies for Channel Derivatives. International Journal of Logistics Management, v.11, n.11, p.19-35, 2000.

    LAMPEL, J. e MINTZBERG, H. Customizing Customization. Sloan Management Review, v.38, n.1, p. 21-30, 1996.

    LEE, H. L.; TANG, C. S. Modelling the costs and benefits of delayed product differentiation. Management Science, v. 43, n.1,p.40- 53, 1997.

    MASON-JONES, R. E TOWILL, D. R. Using the Information Decoupling to Improve Supply Chain Performance. The International Journal of logistics Management, v.10, n.2, p. 13-26, 1999.

    MATTHEWS, P; SYED, N. The Power of postponement. Supply Chain Management, abril, 2004. Disponvel em: < http://www2.isye.gatech.edu/~pinar/teaching/isye3104-fall2004/postponement.pdf>. Acesso em: fev.2006.

    PAGH, J.D.; COOPER, M.C. Postponement and speculation strategies: how to choose the right strategy. Journal of Business Logistics, v.19, n.2, p.13-32, 1998.

    PIRES, S.R.I. Gesto da cadeia de suprimentos: conceitos, estratgias, prticas e casos - supply chain management. So Paulo: Atlas, 2004.

    SAMPAIO, M. O Poder Estratgico do Postponement. 2003.198p. Tese (Doutorado em Administrao) - Fundao Getlio Vargas, So Paulo, 2003.

    VAN DONK, D. P. Make to stock or make to order: The decoupling point in the food processing industries. International Journal Production Economics, v.69, p. 297-306, 2001.

    VAN HOEK, R.I. Postponed manufacturing: a case study in the food supply chain. Supply Chain Management, v. 2, n.2, p.18-34, 1997.

    _______. The thesis of leagility revisited. International Journal of Agile Management Systems, v.2, n.3, p.196-201, 2000a.

    _______. Role of third party logistic services in customization through postponement. International Journal of Service Industry Management, v.11, n.12, p.374-387, 2000b.

    _______.The rediscovery of postponement a literature review and directions for research. Journal of Operations Management, v. 19, n. 2 , p.161-184, 2001.

    VAN HOEK,R.I.; VOS, B.; COMANDEUR, H.R Reestructuring European Supply Chains by Implementing Postponement Strategies. Long Range Planning, v.32, n.5, p.505-518, 1999.

    YANG, B.; BURNS, N.D. Implications of postponement for the supply chain. International Journal of Production Research, v.41, n.9, p.2075-2090, 2003.

    YANG, B.; BURNS, N.D.; BACKHOUSE, C. J. Postponement : review and an integrated framework. International Journal of Operations & Production Management, v.24, n.5, p.268-487, 2004.

    YANG, B.; YANG,Y.; WINJGAARD, J. Postponement: an inter-organizational perspective. International Journal of Production Research, v.45,n.4, .p.971-988, 2007.

    ZINN, W. O retardamento da montagem final de produtos como estratgia de marketing e distribuio. Revista de Administrao de Empresas, v. 4, p. 53-59, 1990.

    ZINN, W.; BOWERSOX, D.J. Planning physical distribution with the principle of postponement. Journal of Business Logistics, v.9, n.2, p.117-136, 1988.