poster integração ensino serviço - saude.campinas.sp.gov.br · tos e saberes especí˜cos entre...

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Autora: GUIMARÃES, Alóide Ladeia Co-autores: GOULART, Fátima C. R. CHACRA, Fernando C. Oliveira, Nayara L. S. Prefeitura Municipal de Campinas Total de horas de Estágios por nível na Secretaria Municipal de Saúde - 2009 Locais de Inserção das Instituições de Ensino Instuição Símbolo Instuição Símbolo FAC 3 METROCAMP FAJ UNIP PUCCAMP USF UNICAMP NÍVEL MÉDIO Universitário 228612 Médio 291508 A Constituição Federal (CF) de 1988 e a Lei 8080/90, que regulamentou o Sistema Único de Saúde (SUS), apontam que é competência da gestão do SUS o ordenamento da formação de recursos humanos da área da saúde. Enten- demos que os serviços de saúde, principalmente na A- tenção Básica se constituem em potentes cenários para o aprendizado e que a oferta de campos de estágios é res- ponsabilidade do gestor do SUS municipal. No entanto, no cotidiano, ainda existe distanciamento entre as premissas legais e o efetivo cumprimento do papel de ordenador pela maioria dos municípios • Garantir que estudantes de cursos na área de saúde, tanto de Instituições de Ensino Superior (IES), quanto de Escolas Técnicas (ET) conheçam as ações de saúde indivi- duais e coletivas desenvolvidas na rede de serviços do município. • Atuar com protagonismo crescente no processo de for- mação de profissionais em saúde, tanto nas discussões de demanda/oferta de cenários de prática, quanto nas neces- sidades de mudanças curriculares e ensino tutorial, visan- do influenciar e reorientar a formação. O município de Campinas tem definida, uma Política de Integração Ensino-Serviço (PIES) coordenada pelo Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde (CETS), órgão da Secretaria Municipal de Saúde, vinculado ao Departamen- to de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (DGTES). Através de trabalho realizado pela Câmara Técnica de Ensino Serviço, que se reúne mensalmente, tem buscado qualificar os campos de estágio, definindo critérios, prazos e fluxos para a realização dos mesmos, considerando a ne- cessidade de formação de profissionais com perfil a- dequado para atuar no SUS; criando fóruns sistemáticos de diálogo com as IES e ET, tanto para pactuar quanto a- valiar os processos e estimulando a troca de conhecimen- tos e saberes específicos entre estas e os serviços. INTRODUÇÃO Crescente responsabilização das IES, ET e serviços com o processo de formação, com ampliação da compreensão dos atores envolvidos nesta ação política. Como produtos do aprimoramento da Integração Ensino Serviço, pode- mos elencar: • Realização anual de Estágio de Vivência no SUS Campi- nas no período de férias escolares das IES (158 partici- pantes em 2009) • Participação ativa na elaboração e acompanhamento do Projeto Pró-Saúde da Unicamp (Cursos Medicina, En- fermagem e Fonoaudiologia) e PUC-Campinas (Curso de Medicina), • Construção conjunta do Projeto PET-Saúde da Família com Unicamp e PUC-Campinas, • Qualificação do processo de pactuação de campos de estágio (IES e ET) • Implantação de processo de acompanhamento dos Pro- gramas de Aprimoramentos e Residências • Protagonismo no processo de realização e renovação dos convênios com IES e ET. É necessário ampliar continuamente os espaços de diálo- go com as IES e com as ET, buscando a efetivação das mu- danças necessárias e contribuindo para transformar a or- ganização dos serviços e dos processos formativos, visan- do uma prática de qualidade e a implementação dos princípios e das diretrizes constitucionais do SUS. Cum- prir com o dever constitucional no cotidiano é um aprendizado constante, que algumas vezes explicita dis- putas, mas sempre exige dos envolvidos o exercício de “criar solidariedade entre aqueles que são diferentes, mas têm, de alguma forma, o mesmo tipo de sonho” ao olhar coisas em comum com olhos diferentes, admitindo “dife- rentes entendimentos do perfil do sonho” (Freire, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO : DE DEVER CONSTITUCIONAL A UMA PARCERIA CONQUISTADA NO COTIDIANO Secretaria Municipal de Saúde de Campinas Sistema Único de Saúde Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde PRODUTOS Ensino biologizante Descontextualizado Ensino tutorial Inserção precoce no serviço Passivo ; Pouco articulado; Preocupado com o acúmulo informação; Iniciação Científica; Monitoria; Grupos estudo Gerenciamento Desmotivação Falta pessoal Investimento em saúde Lugar de produção conhecimento Controle social desarticulado; Participação incipiente Possuidor de direitos; Sensível ao nosso trabalho Serviços do SUS Instituições de Ensino Usuário Aluno INTERFACES DA PIES Desigualdade Social / Saúde como Direito OBJETIVOS: METODOLOGIA Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde e-mail: [email protected] REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FREIRE, N; FREIRE, P. Pedagogia da Solidariedade. São Paulo: Villa das Letras, 2009 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal. Art. 200, Incisos III e IV. BRASIL. Lei 8080 de 19 de Setembro de 1990. Art.15, Inciso IX.

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Page 1: Poster Integração Ensino Serviço - saude.campinas.sp.gov.br · tos e saberes especí˜cos entre estas e os serviços. INTRODUÇÃO Crescente responsabilização das IES, ET e serviços

Autora: GUIMARÃES, Alóide Ladeia Co-autores: GOULART, Fátima C. R.

CHACRA, Fernando C. Oliveira, Nayara L. S.

PrefeituraMunicipal deCampinas

Total de horas de Estágios por nívelna Secretaria Municipal de Saúde - 2009

Locais de Inserção das Instituições de Ensino

Instituição Símbolo Instituição Símbolo

FAC 3 METROCAMP

FAJ UNIP

PUCCAMP USF

UNICAMP NÍVEL MÉDIO

Universitário228612

Médio291508

A Constituição Federal (CF) de 1988 e a Lei 8080/90, que regulamentou o Sistema Único de Saúde (SUS), apontam que é competência da gestão do SUS o ordenamento da formação de recursos humanos da área da saúde. Enten-demos que os serviços de saúde, principalmente na A-tenção Básica se constituem em potentes cenários para o aprendizado e que a oferta de campos de estágios é res-ponsabilidade do gestor do SUS municipal. No entanto, no cotidiano, ainda existe distanciamento entre as premissas legais e o efetivo cumprimento do papel de ordenador pela maioria dos municípios

• Garantir que estudantes de cursos na área de saúde, tanto de Instituições de Ensino Superior (IES), quanto de Escolas Técnicas (ET) conheçam as ações de saúde indivi-duais e coletivas desenvolvidas na rede de serviços do município.• Atuar com protagonismo crescente no processo de for-mação de profissionais em saúde, tanto nas discussões de demanda/oferta de cenários de prática, quanto nas neces-sidades de mudanças curriculares e ensino tutorial, visan-do influenciar e reorientar a formação.

O município de Campinas tem de�nida, uma Política de Integração Ensino-Serviço (PIES) coordenada pelo Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde (CETS), órgão da Secretaria Municipal de Saúde, vinculado ao Departamen-to de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (DGTES). Através de trabalho realizado pela Câmara Técnica de Ensino Serviço, que se reúne mensalmente, tem buscado quali�car os campos de estágio, de�nindo critérios, prazos e �uxos para a realização dos mesmos, considerando a ne-cessidade de formação de pro�ssionais com per�l a-dequado para atuar no SUS; criando fóruns sistemáticos de diálogo com as IES e ET, tanto para pactuar quanto a-valiar os processos e estimulando a troca de conhecimen-tos e saberes especí�cos entre estas e os serviços.

INTRODUÇÃO

Crescente responsabilização das IES, ET e serviços com o processo de formação, com ampliação da compreensão dos atores envolvidos nesta ação política. Como produtos do aprimoramento da Integração Ensino Serviço, pode-mos elencar: • Realização anual de Estágio de Vivência no SUS Campi-nas no período de férias escolares das IES (158 partici-pantes em 2009)• Participação ativa na elaboração e acompanhamento do Projeto Pró-Saúde da Unicamp (Cursos Medicina, En-fermagem e Fonoaudiologia) e PUC-Campinas (Curso de Medicina), • Construção conjunta do Projeto PET-Saúde da Família com Unicamp e PUC-Campinas, • Qualificação do processo de pactuação de campos de estágio (IES e ET)• Implantação de processo de acompanhamento dos Pro-gramas de Aprimoramentos e Residências • Protagonismo no processo de realização e renovação dos convênios com IES e ET.

É necessário ampliar continuamente os espaços de diálo-go com as IES e com as ET, buscando a efetivação das mu-danças necessárias e contribuindo para transformar a or-ganização dos serviços e dos processos formativos, visan-do uma prática de qualidade e a implementação dos princípios e das diretrizes constitucionais do SUS. Cum-prir com o dever constitucional no cotidiano é um aprendizado constante, que algumas vezes explicita dis-putas, mas sempre exige dos envolvidos o exercício de “criar solidariedade entre aqueles que são diferentes, mas têm, de alguma forma, o mesmo tipo de sonho” ao olhar coisas em comum com olhos diferentes, admitindo “dife-rentes entendimentos do perfil do sonho” (Freire, 2009).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO :DE DEVER CONSTITUCIONAL A UMA PARCERIA CONQUISTADA NO COTIDIANO

SecretariaMunicipal de Saúdede Campinas

SistemaÚnicode Saúde

Centro deEducação dosTrabalhadores da Saúde

PRODUTOS

Ensino biologizanteDescontextualizadoEnsino tutorialInserção precoce no serviço

Passivo ;Pouco articulado;Preocupado com oacúmulo informação;Iniciação Cientí�ca;Monitoria; Grupos estudo

GerenciamentoDesmotivação

Falta pessoalInvestimento em saúde

Lugar de produção conhecimento

Controle social desarticulado;

Participação incipientePossuidor de direitos;

Sensível ao nosso trabalho

Serviços doSUS

Instituiçõesde Ensino

UsuárioAluno

INTERFACES DA PIESDesigualdade Social / Saúde como Direito

OBJETIVOS:

METODOLOGIA

Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúdee-mail: [email protected]

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FREIRE, N; FREIRE, P. Pedagogia da Solidariedade. São Paulo: Villa das Letras, 2009

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal. Art. 200, Incisos III e IV.

BRASIL. Lei 8080 de 19 de Setembro de 1990. Art.15, Inciso IX.