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POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO DE SUSTENTABILIDADE EM UMA EMPRESA DO SETOR PETROQUÍMICO Rachel Hiromi Hara (UPM) [email protected] Arao Sapiro (UPM) [email protected] Ellen Lopes Dinali (UPM) [email protected] Beatriz Salvia de Araujo (UPM) [email protected] MARCO POLLASTRI DE MATTIA (UPM) [email protected] Este artigo tem por objetivo geral, associar a evolução das ações de mercado cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo num determinado período de uma empresa de capital aberto em face ao seu posicionamento estratégico que obedeçam aos três ppilares da sustentabilidade, sendo eles, a equidade social, a responsabilidade ambiental e a geração de valor econômico. A utilização dos pilares da sustentabilidade no setor petroquímico convém como posicionamento estratégico para se manter e crescer no mercado, atendendo suas exigências e ganhando competitividade. Estuda-se as bases de um posicionamento sustentável, buscando conceituar os pilares da sustentabilidade empresarial e a sua implementação em uma indústria petroquímica com foco na produção sustentável do eteno, uma substância que é utilizada principalmente na obtenção de plásticos. Para finalizar, a pesquisa quantitativa avalia uma empresa petroquímica e procura demonstrar, por meio de comparações, o crescimento do valor das ações dessa empresa face ao posicionamento estratégico de sustentabilidade. É realizada uma análise dos preços das ações da petroquímica antes e depois da implementação da produção sustentável do eteno. Como conclusão, identificou-se uma correlação entre a valorização da ações da empresa analisada face ao seu posicionamento estratégico de sustentabilidade. Palavras-chaves: Sustentabilidade Empresarial, Setor Petroquímico, Posicionamento, Valor das Ações, Eteno XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

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POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO DE

SUSTENTABILIDADE EM UMA

EMPRESA DO SETOR PETROQUÍMICO

Rachel Hiromi Hara (UPM)

[email protected]

Arao Sapiro (UPM)

[email protected]

Ellen Lopes Dinali (UPM)

[email protected]

Beatriz Salvia de Araujo (UPM)

[email protected]

MARCO POLLASTRI DE MATTIA (UPM)

[email protected]

Este artigo tem por objetivo geral, associar a evolução das ações de

mercado cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo num determinado

período de uma empresa de capital aberto em face ao seu

posicionamento estratégico que obedeçam aos três ppilares da

sustentabilidade, sendo eles, a equidade social, a responsabilidade

ambiental e a geração de valor econômico. A utilização dos pilares da

sustentabilidade no setor petroquímico convém como posicionamento

estratégico para se manter e crescer no mercado, atendendo suas

exigências e ganhando competitividade. Estuda-se as bases de um

posicionamento sustentável, buscando conceituar os pilares da

sustentabilidade empresarial e a sua implementação em uma indústria

petroquímica com foco na produção sustentável do eteno, uma

substância que é utilizada principalmente na obtenção de plásticos.

Para finalizar, a pesquisa quantitativa avalia uma empresa

petroquímica e procura demonstrar, por meio de comparações, o

crescimento do valor das ações dessa empresa face ao posicionamento

estratégico de sustentabilidade. É realizada uma análise dos preços

das ações da petroquímica antes e depois da implementação da

produção sustentável do eteno. Como conclusão, identificou-se uma

correlação entre a valorização da ações da empresa analisada face ao

seu posicionamento estratégico de sustentabilidade.

Palavras-chaves: Sustentabilidade Empresarial, Setor Petroquímico,

Posicionamento, Valor das Ações, Eteno

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

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1. Introdução

O setor petroquímico faz parte da indústria química que utiliza como matéria-prima derivados

do petróleo. Por meio da quebra de moléculas desse mineral, são obtidos os petroquímicos

básicos, como o eteno, propeno, buteno, entre outros (ABIQUIM, 2011).

Estes insumos são utilizados para produzir inúmeros produtos, como plástico, filmes,

Policloreto de Vinila (PVC), solventes, explosivos etc. Historicamente, a petroquímica teve

início nos Estados Unidos, em meados de 1920, pela iniciativa das empresas Standard Oil e

Union Carbide. Na época da Segunda Guerra Mundial, houve um desenvolvimento do setor

devido à procura por determinados produtos, como a glicerina para explosivos (TORRES,

1997).

O petróleo traz riscos de contaminação ambiental desde sua extração até seu consumo final. A

etapa mais perigosa é seu transporte, seja terrestre ou marítimo, uma vez que, por ser uma

substância que não se dissolve em água, seu derramamento atinge mares e lençóis freáticos,

prejudicando todo o ecossistema da região afetada (PASCHOAL, 2002).

Entretanto, não é somente o óleo que atinge o meio ambiente. Os gases liberados na atmosfera

pelo processo de queima do petróleo para obtenção de outros subprodutos também devem ser

contabilizados como fatores causadores de danos. Sabendo que esse processo de queima

libera gases poluentes em sua maioria, como o monóxido de carbono, óxidos de enxofre e

óxidos de nitrogênio, a busca por outras fontes de obtenção do eteno, visando a minimização

do impacto que esse processo causa na atmosfera (MARIANO, 2001).

Segundo Singer (2003), a oferta de recursos naturais no mundo sempre foi abundante, mas,

em decorrência da exploração desenfreada e utilização inconsequente dos recursos

disponíveis, a escassez desses recursos já pode ser notada, sendo importante tomar uma

medida de cunho sustentável para conter a evolução desses males.

O crescimento da demanda por descartáveis no mundo culminou na necessidade de se

produzir mais petroquímicos básicos, com destaque para o propeno e o eteno. Mas, o Brasil

possui grandes dificuldades para encontrar recursos nacionais para produção dessas

substâncias, tendo que recorrer à importação para suprir a necessidade produtiva. Frente a

essa situação, as refinarias vêm buscando fontes alternativas de matéria-prima

(MAGALHÃES, 2002 apud PEREIRA et al., 2007).

Desta maneira, há a necessidade de se buscar inovações para a produção de alguns derivados,

a fim de reduzir custos e danos. Assim aconteceu com o eteno, cujo processo produtivo

passou por grandes pesquisas até que se descobrisse um meio de minimizar os males ao

ambiente (BRASKEM, 2011).

Estas pesquisas mostram que é possível produzir eteno com materiais mais baratos que o

petróleo e que são renováveis, como cana-de-açúcar, milho, girassol e mamona e, como são

matérias-primas biodegradáveis, seus derivados podem ser consumidos pelas bactérias

(LEAL, 2011).

Essa abordagem, voltado para o melhor aproveitamento dos recursos naturais, é chamado

Sustentabilidade, conceito este que, depois de anos de usufruto livre da natureza e dos

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recursos disponíveis, surgiu forte no meio corporativo. Ser sustentável tornou-se mais

importante do que ser ético, pois isso virou uma exigência social, já que esse é hoje um fator

determinante na opinião do consumidor (MARIANO, 2001).

O posicionamento estratégico de Sustentabilidade é decorrente das mudanças internas e

externas nas quais a organização está inserida. Para isso, busca-se alinhar a missão, as

políticas e as ações planejadas, em todos os níveis da empresa, para o posicionamento

estratégico desejado (PORTER, 2004).

Devido às tendências sustentáveis do mercado, cada vez mais os stakeholders, ou seja, as

partes interessadas procuram por empresas que seguem esse posicionamento estratégico de

Sustentabilidade. De acordo com o BM&FBovespa (2012), as empresas com esse

posicionamento apresentam menos riscos econômicos e maior possibilidade de lucro no longo

prazo.

Nos Estados Unidos, os investimentos em ações socialmente responsáveis, ou seja, de

empresas que utilizam os três pilares da Sustentabilidade como posicionamento estratégico,

vêm crescendo substancialmente: de 1995 a 2010, suas ações aumentaram 380%, totalizando

US$ 3,07 trilhões (REPORT ON SOCIALLY RESPONSIBLE INVESTMENT TRENDS IN

THE UNITED STATES, 2010).

Utilizando-se dos conceitos trazidos por Collins e Porras (1995), que por meio de

comparações entre empresas do mesmo segmento, definiram características que fizeram

algumas empresas obter mais sucesso do que as outras. O presente trabalho adapta o conceito

de comparação, considerando o cenário da empresa analisada, versus os índices da bolsa de

valores, buscando associar, por meio deles, a valorização das ações face o seu posicionamento

estratégico de Sustentabilidade.

Os parâmetros de comparação escolhidos foram o índice Ibovespa, que representa a

rentabilidade alcançada pelas companhias de capital aberto, e o Índice de Sustentabilidade

Empresarial (ISE), criado em 2005 pela Bolsa de Mercadorias e Futuro de São Paulo -

Bovespa com o intuito de servir como referência para acionistas e demais empresas.

A empresa analisada em questão é a petroquímica Braskem S.A., que, desde o início de sua

história, teve como estratégia a Sustentabilidade, sendo que por meio de sua missão, visão e

valores conseguiram inovar e criar processos sustentáveis. Tendo a maior fábrica do mundo a

utilizar matéria-prima renovável (BRASKEM, 2011).

2. Revisão de Literatura

2.1 Produção tradicional do eteno

O petróleo, no estado natural é uma mistura de hidrocarbonetos – compostos formados por

átomos de carbono e hidrogênio. Além desses hidrocarbonetos, o petróleo contém, em

proporções bem menores, compostos oxigenados, nitrogenados, sulfurados e metais pesados

(SEBRAE/ES, 2011).

Depois da obtenção do petróleo, ele passa por um processo denominado ‘refinamento’, de

onde se extraem certos produtos específicos.A primeira fase é a destilação primária, por meio

da qual se obtêm os derivados do petróleo, como a gasolina, óleo diesel, nafta, solventes,

querosene, gás natural e outros, sendo que a nafta e o gás natural obtidos são as duas

principais matérias-primas para extração do eteno. O segundo passo é o processo denominado

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cracking (ou craqueamento), sendo os principais o térmico e o catalítico, que consistem na

quebra de moléculas químicas grandes em menores. O craqueamento térmico utiliza a elevada

temperatura e pressão para quebrar as moléculas, enquanto a catalítica utiliza um catalisador

(platina, alumina, bentamina ou sílica), que facilita a quebra, pois ele converte as condições

de pressão e temperatura normais a condições inferiores. Após o craqueamento, obtêm-se os

produtos petroquímicos mais utilizados, como o eteno e propeno, que são os insumos básicos

para a produção das resinas termoplásticas (SEBRAE/ES, 2011).

2.2 Produção sustentável do eteno

Os biopolímeros utilizados na produção do eteno são aqueles provenientes da produção de

vegetais ricos em açúcares, como a cana-de-açúcar, arroz, milho, beterraba e frutas do amido,

pois estes vegetais, depois de processados, liberam um líquido viscoso, rico em açúcar, que,

quando fermentado, transforma-se em álcool. Este álcool passa por um processo de destilação

fracionada, que consiste na separação dos fluídos por colunas de fracionamentos cuja

temperatura é o fator determinante para extrair o subproduto, sendo ele, o álcool etílico

(CEPA-USP, 1999).

O etanol possui a fórmula química C2H5OH, que passa por uma reação endotérmica, ou seja,

o fluido é superaquecido dentro de um reator adiabático. Ele começa a circular em seu interior

até alcançar a temperatura certa para a transformação do álcool etílico (ou etanol) em eteno

que, por sua vez, possui a fórmula química C2H4 (BARROCAS; LACERDA, 2008).

As propriedades químicas do eteno obtido a partir dos biopolímeros ou do petróleo são as

mesmas. As diferenças nesse processo de obtenção do eteno são a matéria-prima e a forma de

produção. Essas semelhanças no processo evitam novos processos e novos custos

(BRASKEM, 2011).

A Tabela 1 mostra uma gama de matérias-primas que reduzem a emissão líquida dos gases de

efeito estufa. Demonstrando o avanço do etanol obtido a partir da cana-de-açúcar, mais

especificamente no sentido de que a cana contribui na absorção de gás carbônico da

atmosfera, absorvendo mais do que emitindo ao longo do seu ciclo de vida (BRASKEM,

2011).

Matérias-primas Energia renovável / energia fóssil usada

Etanol de milho (EUA) 1,3

Etanol da cana (Brasil) 8,9

Etanol da beterraba (Alemanha) 2,0

Etanol de sorgo sacarino (África) 4,0

Etanol de trigo (Europa) 2,0

Etanol de mandioca 1,0

Fonte: Adaptado de Macedo (2007)

Tabela 1 - Balanço de energia na produção de etanol

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O custo de produção do etanol também foi avaliado e, de acordo com Bastos (2007), a

produção a partir da cana é a que acarreta menos custos. Mesmo que o preço do petróleo

diminua significativamente, isso não impactaria na competitividade da cana-de-açúcar,

conforme demonstra a Figura 1.

Fonte: USDA (2006) apud BASTOS (2007)

Figura 1 – Gráfico do custo de produção do etanol

A utilização do etanol como matéria-prima para a obtenção do eteno é vantajosa por

apresentar baixo investimento e menor consumo de energia, garantindo custos de produção

menores e baixas emissões de gás carbônico quando comparada à utilização de combustíveis

fósseis no geral, colaborando para o contexto sustentável do mercado mundial e apresentando-

se como uma produção inovadora (BARROCAS; LACERDA 2008).

Características de

diversas culturas para

produção de etanol

Balanço

Energético

(Litro etanol

/energia fóssil

consumida)

Produção

Total

(Bilhões de

Litros)

Área

Plantada

(Milhões de

Hectares)

Rendimen

to (litros /

hectares)

Cana de açúcar (Brasil) 8,1 – 10 22,5 3,4 6471

Milho (EUA) 1,4 34 8,13 4182

Beterraba (Europa) 2 2,7 0,49 5500

Fonte: Adaptado de Braskem (2011)

Tabela 2 - Características de diversas culturas para a produção de etanol

Observa-se pela Tabela 2, que a cana-de-açúcar no Brasil possui o maior balanço energético.

O balanço energético significa que a cana gera de 8,1 a 10 unidades de energia renovável para

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cada unidade de energia fóssil consumida em sua produção. A cana também demonstra

competitividade frente aos outros no quesito Rendimento, produzindo cerca de 6,5 mil litros

de etanol por hectare (BRASKEM, 2011)

No Brasil, poucas terras cultiváveis são utilizadas para o plantio de cana-de-açúcar e, tendo

em vista que o aumento dessas áreas seja necessário para suportar o crescimento do mercado,

não será um problema para agricultura, pois a expansão não afeta as áreas de plantio de

alimentos, podendo-se utilizar de pastagens degradadas. Tendo uma repercussão positiva no

âmbito social (BRASKEM, 2011).

2.3 Sustentabilidade empresarial

O conceito do tripé da Sustentabilidade ou Triple Bottom Line, sendo esses a equidade social,

o respeito ao meio ambiente e a geração de valor econômico, tornou-se amplamente

conhecido entre as empresas e pesquisadores, sendo uma ferramenta conceitual útil para

interpretar as interações extraempresariais e, especialmente, para ilustrar a importância de

uma visão da Sustentabilidade mais ampla, além de uma mera Sustentabilidade econômica

(ARAÚJO et. al., 2006).

A Sustentabilidade Empresarial está atrelada ao conceito de desenvolvimento sustentável.

Portanto, a relação harmoniosa entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente não só ajuda a

acabar com a escassez de recursos naturais, como também melhorar a imagem da empresa

perante a sociedade e levá-la a um crescimento orientado. Uma atitude sustentável torna

possível prevenir possíveis impactos ambientais futuros (GODARTH et. al., 2009).

Uma vez explicado o porquê de se reeducar quanto às ações ambientais, pode-se classificar

essa reestruturação como uma visão estratégica de atuação no mercado: identificar um cenário

carente de cuidados naturais, adaptar a política empresarial a esse cenário e divulgar esse

processo, pois isso agrega valor ao bem produzido e à marca. É fazer da necessidade do meio

um sucesso de mercado, atendendo, ao mesmo tempo, à necessidade psicológica do

consumidor e também à realidade ambiental (MACEDO; QUEIROZ, 2007).

Fonte: CORAL, 2002 apud ARAÚJO et. al., 2006

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Figura 2 - Modelo de sustentabilidade empresarial

2.4 Posicionamento estratégico

O meio ambiente é um forte fator de relevância para a formulação da estratégia, devendo-se

considerar, principalmente, os elementos sociais, econômicos e, por fim, as organizações que

são concorrentes. Como ilustra a Figura 3, a concorrência acontece por meio de quatro

variáveis: entrantes potenciais, fornecedores, substitutos e compradores (PORTER, 2004).

Fonte: Adaptado Porter (2004)

Figura 3 - Forças que dirigem a concorrência na indústria

Segundo Porter (2004), a melhor estratégia de competitividade em relação aos concorrentes é:

adotar um posicionamento levando em consideração suas próprias limitações (capacidades),

ter domínio sobre as quatro variáveis da concorrência e enxergar em longo prazo as possíveis

mudanças dessas variáveis, podendo, assim, responder de forma rápida e eficiente.

Para que o posicionamento estratégico se perpetue, é fundamental explorar maneiras para

evitar que a concorrência imite ou copie a estratégia, estar em constante evolução, analisando

o mercado de forma geral, e buscando sempre melhorias para seu posicionamento (PORTER,

2004).

3. Braskem

A Braskem (2011) hoje é a maior produtora de resinas termoplásticas da América Latina,

possuindo também o mais completo centro de Pesquisa e Desenvolvimento da América do

Sul. Utiliza de uma estratégia competitiva por meio do desenvolvimento da Sustentabilidade.

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Alinhada com essa estratégia, em 2007, lançou o Polietileno verde, produzido por meio de

fonte renovável, a cana-de-açúcar. E em 2010, inaugurou a primeira Unidade de Produção do

eteno a partir da cana-de-açúcar, com capacidade de produzir 200 mil toneladas/ano de

polietileno, sendo essa a maior unidade verde do mundo.

Sua visão estratégica é ser a líder mundial da química sustentável inovando para melhor servir

às pessoas. (BRASKEM, 2011).

E seus valores: “É uma empresa inovadora, que acredita no potencial de cada ser humano e

que vislumbra seu desenvolvimento a partir de uma atuação e compromisso com a

preservação da vida.” (BRASKEM, 2011).

Dentre seus valores, a Braskem possui a Cultura Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO),

criada por Norberto Odebrecht, sendo que todas as empresas da Organização Odebrecht

também a seguem (ODEBRECHT, 2011).

A Cultura TEO é um conjunto de filosofias fundamentadas em conceitos éticos, morais e

conceituais que direcionam a atuação dos trabalhadores da Braskem direcionados a

Sustentabilidade (BRASKEM, 2011). Tem como objetivo fundamental atender aos desejos

dos clientes, reinvestir os resultados, agregar valor ao patrimônio dos acionistas, crescer e se

perpetuar (ODEBRECHT, 2011).

No âmbito social a Braskem atua com projetos e ações socioculturais voltadas a comunidade e

ao bem estar de seus colaboradores, ajudando na conscientização ambiental e em formação

voltada para inclusão social. No ambiental, além de manter uma busca constante em respeito

ao meio ambiente e à vida, ela conquistou diversos prêmios voltados a essa área, devido

principalmente às inovações tecnológicas e à contínua busca de melhoria de seus processos

interno. E, por fim, no econômico, ela conseguiu atingir por meio da ecoeficiência reduções

em consumos e custos, melhoria de processos e otimização de seus recursos.

4. Pesquisa de avaliação quantitativa associando a valorização das ações de uma

empresa do setor petroquímico face o seu posicionamento estratégico de

sustentabilidade

As análises foram feitas em duas fases distintas: a primeira, de janeiro de 2002 a dezembro de

2008, ilustra o período entre o nascimento da empresa Braskem S.A. e o último ano em que

ela não possuía uma produção sustentável de eteno; e o segundo inicia-se em 2009 e

representa o período em que se iniciam as obras para a fábrica de eteno verde, na qual a

produção se dá a partir da cana-de-açúcar, até março de 2012.

Os períodos foram assim estabelecidos a fim de associar as mudanças nos processos de

produção implementados pela companhia a suas ações. Considera-se a produção verde um

marco de Sustentabilidade na história da empresa, pois ela atendeu a todos seus pilares – a

responsabilidade ambiental, a equidade social e a geração de valor econômico, firmando seu

posicionamento estratégico.

4.1 Valores das ações da Braskem x Ibovespa x ISE antes da produção do eteno verde

A Rentabilidade Média de todo o período foi de -1,1 %. A Figura 4 mostra um gráfico com a

evolução da rentabilidade mensal do Ibovespa, ISE e Braskem. Há uma significativa redução

a partir de Janeiro de 2005, quando a rentabilidade média da Braskem chegou a - 4%. No

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período de Março de 2003 a Janeiro de 2004, sua rentabilidade alcançou sua maior média,

chegando a 18%.

Fonte: Economática (2012) Variações Percentuais Calculados pelos autores

Figura 4 - Gráfico Variação Percentual IBOVESPA X ISE X BRASKEM de 2002 - 2008

Os valores do gráfico na Figura 5, a seguir, foram calculados a partir da variação percentual

do gráfico da Figura 4. Atribui-se um valor absoluto inicial igual para as três curvas

analisadas, multiplicando-o pela variação percentual individual.

Fonte: Economática (2012) Variações Percentuais Calculados pelos autores

Figura 5 - Gráfico Acumulado IBOVESPA X ISE X BRASKEM de 2002 – 2008. Jan/2002 = 100

4.2 Valores das ações da Braskem x Ibovespa x ISE depois da produção do eteno verde

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O gráfico da Figura 6 ilustra a evolução da rentabilidade mensal do Ibovespa, ISE e das

cotações das ações da petroquímica Braskem no período de janeiro de 2009 a março de 2012.

Este período corresponde ao da construção da fábrica de produção do eteno à partir da cana-

de-açúcar. A Rentabilidade Média da Braskem em todo o período foi de 1,9%.

Fonte: Economática (2012) Variações Percentuais Calculados pelos autores

Figura 6 - Gráfico Variação Percentual IBOVESPA X ISE X BRASKEM de 2009 - 2012

O gráfico da Figura 6 mostra que a partir do início dessa fase o crescimento das ações é

pequeno, mas acompanha de perto os índices da bolsa. A seguir, na Figura 7 o gráfico ilustra

um crescimento elevado e bem acima dos índices comparáveis, a partir de maio de 2010.

Fonte: Economática (2012) Variações Percentuais Calculados pelos autores

Figura 7 - Gráfico Acumulado IBOVESPA X ISE X BRASKEM de 2009 – 2012. Jan/2009 = 100

4.3 Conclusão da pesquisa quantitativa

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A partir dos dados fornecidos pelo Software Economática (2012), pôde-se elaborar cálculos e

gráficos que permitiram uma avaliação da repercussão da implementação de processos e

produtos sustentáveis em uma companhia de capital aberto, ilustrando a sua correspondência

com o mercado.

No período de 2002 a 2008, em que o processo produtivo do eteno era convencional,

derivando-se do petróleo, os valores das ações da Braskem ainda encontravam-se abaixo do

Ibovespa e do ISE.

O gráfico da Figura 4 demonstra uma grande inconstância na rentabilidade da empresa e

grandes picos negativos, o que manteve sua média do período em torno de 1% negativo. Além

disso, a variação das suas cotações esteve abaixo do Ibovespa e do ISE na maior parte do

período.

No gráfico da Figura 5 no qual a curva de acumulado da petroquímica Braskem apenas

encontra a curva Ibovespa entre 2004 e 2005, voltando a ficar abaixo dos índices no resto do

período.

Já o gráfico da Figura 7 mostra que a partir da construção da Fábrica de eteno verde, houve

uma valorização das ações da Braskem, onde os resultados se encontram superiores ao

desempenho do Ibovespa e ISE.

Segundo os números analisados pela bolsa, percebe-se que nesses 3 anos após a inauguração

da fábrica verde da Braskem, sua valorização foi relativamente significativa quando se analisa

que, no período anterior de 6 anos, não houve um crescimento ou um pico semelhantes aos do

período anterior.

O período de maior valorização das cotações da Braskem foi entre junho de 2010 e junho de

2011. Esse período foi marcado pela inauguração da Fábrica Verde, por 6 premiações

sustentáveis e pelo início do Projeto Social Parque da Amizade. A valorização de suas ações

seguiu uma linha do tempo fundamentada em projetos e realizações que, pelos gráficos

analisados, fundamentaram seu crescimento dos últimos anos.

Por meio das análises, os gráficos mostraram que houve uma valorização das ações da

Braskem em relação ao período em que não havia uma produção e um produto sustentável.

Em relação ao ISE, criado em novembro de 2005, este vem crescendo desde seu surgimento,

principalmente a partir de junho de 2010, quando seu crescimento superou o das empresas da

carteira do índice Ibovespa. Isso significa que as empresas que compõem a carteira ISE têm

apresentado uma média de crescimento maior que aquelas que compõem o índice geral da

bolsa, o Ibovespa.

5. Conclusão

Pela pesquisa quantitativa, percebe-se que houve uma valorização das ações no período de

construção do processo produtivo sustentável implementado. Ao analisar os gráficos em dois

períodos distintos, concluí-se que no momento em que a empresa consolida seu

posicionamento de Sustentabilidade por meio de uma produção sustentável em conjunto com

um portfólio de produtos sustentáveis, ocorre a valorização das ações na bolsa de valores.

Ou seja, quando o posicionamento de empresa sustentável ficou mais claro coincidentemente

houve uma maior valorização das ações. Portanto, identifica-se que há uma correlação entre a

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valorização das ações da petroquímica analisada em face ao seu posicionamento estratégico

de Sustentabilidade.

Esse fato coincidente nos leva a sugerir que mais empresas busquem pelo posicionamento

sustentável, não somente pelo reconhecimento financeiro, mas também como um auxílio ao

ambiente já tão danificado. É necessário reconhecer que o mundo precisa de mais empresas

que se preocupem com o meio ambiente.

Conclui-se que o posicionamento estratégico utilizado pela petroquímica Braskem, por meio

do modelo sustentável de produção do eteno, do apoio social dedicado à comunidade, da

preservação e respeito ao meio ambiente foi um investimento que, até o momento, tem trazido

bons resultados financeiros e reconhecimento dos acionistas e mercado.

O conhecimento completo sobre o processo de Sustentabilidade do ambiente está em seus

estágios iniciais. Tanto quanto o conhecimento de como associar as iniciativas das empresas

relacionadas às estratégias de Sustentabilidade e os indicadores de desempenho financeiro e

econômico.

Neste sentido, pode-se propor novos estudos que busquem indicações para tais associações,

isto é, entre posicionamento sustentável e desempenho financeiro e econômico, investigando

em outras empresas de diferentes setores do Brasil e trabalhando com outros indicadores

financeiros, além dos propostos por este trabalho.

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