pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo

57
Z n o ro o C COMO A ARTE REPROGRAMA a MUNDO CONTEMPORANEO > C o , C> , , o o C .0

Upload: jeffitorib

Post on 26-Nov-2015

42 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

BOURRIAUD, Nicolas. Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo

TRANSCRIPT

  • Zno

    rooC COMO A ARTE REPROGRAMA

    a MUNDO CONTEMPORANEO>Co

    ,C>,,ooC.0

  • COMO A ARTE REPROGRAMAo MUNDO CONTEMPORANEO

    POS-PRODUC;:AO

    l

    C InterpretJr as nOVJ:..1rtisllC:JS em nos-

    Sol epocJ,. Jbon:lJndo JS rclJ,ficSentre J cultun l' J obr.l emparticulJr Tod.1s essas pclticJs,embora muito dlfercnles em Ion-mos fonnais, recOrT\'m J formJSIii prodUZldJs. Elas lnsae\'\,m Jobra de Jrte num,} redc de signosC slgmfiCJlOOes, em vez de eon-siderii-Ia, como form.. aulonomaou oopnol!.o ponto de polrtldJ d.. obr.. e 0espac;o menul mutantc que JInlernet - ferrament.. central d..eTa da informalO'lO - abrlu p"'r..o pcns.:amenlo. Jpreendendo asformas de saber que gera. ASSlrn.e possh'el Oflcnlar-se no COlOScullurJ.\ em estolrnos mergu-lh..dos, dele deduzlndo no\'osmodus de produC;'lo.

    -,101 obr.l l' um prolong.lOlImlol' wmpll'ffil'nlo f:::;ttiicll rda-dmhll, publieJdo pelJMJrtms Iitulo, um

    u......do no mundodol n', do l'OJ " (onlunlO IrJIJmento'>dJdo.. .I urn mJteriJI regi .. lrJdo:.I 0 de {,uIr.l" fonll'" n"UJl" ou ..unor,1 .. ,.IS kgendJ", 01" n'"'" "ff, 0..10" l"plX1Ji...r("'.!,n.. en-Icnd...liil

  • o I.e "'" tftl.Dijon. 2004o :lOO9.lroWtinf lalon lhnno U!b" SJo fW:& prelmlt suMARJo

    N",:I", At.:2TIuIs rOllbJt.wm

    F'ltdui;iDNllCIn.lI IkImo c..=.t.I'lo.b;Io s..w. s-wa.&rifi::o M,y.o..... l.W:l

    ...koois>o Dmut Jl c.v.u.p

    Si1:v

    ...lOoNr..aN. do u.... SI'ooll)

    o uso dos objetos ..._ .._ ..__._. 19o uso do prodllto, de Dllchllmp a Jeff Koons .,_.. __. 22A feira de usados. forma domlnante da arlc dos

    7

    35

    35

    ._.

    o uso das fonnas _ ..Os anos 1980 e 0 naKimcnto da cultura OJ: pam umcomunismo das formas_A forma como enredo: urn modo de utlliz.at30 domundo (Quando os enll!dos Sf.' tomam fonnas) . ..RukntTIr,wa,,_ _ 51Pierre Hun;he 55Dominique GonzalezFoc!rster 61

    liam Gillick ::-========== ..M,Iurizio Cattebn _ _ 68Pierre Joseph: utllt Dnnoaaty 73

    anos 1990 _

    __,

    01 mlo61_,..... coU.... olaloa!ll '-Uri;,... 2009.-lCcIioThdo, .. Ano.l111111.. t:IripoI. I'\>ol p

  • o usodo mundo 79Pfaymg reprogramar as formas SOCialS ._. 79Phlhppt" ParTCno&. -_. ---,_.- .. 85

    Hl::chng. emprcgo e tempo lIvre -- --_.._ . 89

    Como habitar a (uHura global (A cstclka dcpois doMP3) __"_,__,,, _ __ 97

    A obra de :ule como superHde de dl' m(oT-

    L"fRODU

  • obras realizadas por tercciros. Essa arlc dacoll'CSponde tanto a urna mulhpltc
  • Usar as imagens

    Ulilizar a sociedadc como urn rcperl6rio de formas

    Matthleu Laurette obtem rlX'mbolso dos produtosque consome utllizando sistemalicamenle os cupons ore-recidos pelo marketmg ("Sua s.llisfac;.lo au seu dlnhciro devolt3"') c, 3SSUll, drcula entre as brechas do sistema pro-moclonal Quando produz 0 pilato de um game sl/ow 00-bre 0 pnnciplo dil Iroca (1 Gmt! tfllequi', 2000) ou monlilurn banco olftJlore com os fundos arrecildados numa $C.gundil bllhetena na entrada dos centros de Mle (LAuretteBauk UIJIIIU;II'II, 1999), de est,5 Jogando com as form3s cco-nornicas como $e fassem hnhas c corcs de urn quadro

    11

    NoAprrloda BienOlI deVenczade 1':193,Angela Bullochaprcscnta 0 vIdeo So/arlS, 0 filme de tiq'ao clentfticOl deAndrei Tarkovski, substitumdo a Inlha sonora por seuspr6prios dl,51ogos. 24 HOllr Psycho (1997) C uma obm dcDougtOls Gordon que conslslc numa proJcc;50 do tong.l-metragem de Alfn.'

  • 12 NICOLAS BOURRIAUDlens Haaning lrnnsforma centros de aac em Jojas de im_

    ou em oficinas dandcstinas; DanielPllumm apropria-se de logos de muJtinadonais e conferca eles vida pl.:istica pr6pria. $wctl,lna Heger l' PIamen Dc-jano\' tr.Jwlham em fodos os emprcgos possivcis para 13

    inscrever a obril de 1 Gill.,.. Dolcuu, """'1'"1,.,,. F.ri... tAo Minult, 1m, p. 219, [Ed. .". eo.,.'''_rW>. 'r.>d. r'

  • l' NICOLAs IIoURkLwo

    fazendo uma pe-rformJncc. mas ulllizando a forma-per_fomance Seu objetivo n50 {: queslionar os Ilmltcs dOl

  • multiplo. N.lo emais urn ponlo final: eum momento na ca-dCla mfimla d,lS contnbullcs

    Ess."J cultura do usa lmphca uma profunda lransfor-no estatuto da obm de .ute Ultrapassando seu pOl-

    pcllradlclonal como recept,ku[o da vis.io do arlista, mundo C L'SS3 dissolUl;ao das frontciras entre consumee "Mesmo que seja i1us6rio e ulaplco.... explicaDomImque Gonzalez-Foerster, "0 que Importa einlrodu-ZIr uma espeae de igualdade. e Supor que, entre mlm _que estou na ongem de urn disposihm, de urn sistema _ co outro. as mesmas cClp3cidades e a possibiIidade de urna

    Iguahtana vao Ihe permilir organizar sua pr6priahlSt6na em rCS1'V'>'1Q1(.Io 0"".;

    "wtP........ (P.n., c.o.r..okl:.1

  • o USO DOS OBjETOS

    A dlfcren{,} entre os artistas que produzcm obras apartir de obJctos jti produzidos c os arllslas que opec.lnlex Ili/ulo Ca mcsma que Karl M,mc, em A idi'Ologia II/emil,aprcscnt.wa entre Instrumcntos de nalue.lis(o trabalho da terra, por cxcmplo) c "os mstrumcnt05 deprodu{iio cnados pela civlhz.a,.'io". No primclro caso, pros-segue M'lr)c.. os indivfduos est50 subordinad05 3 natureza.No segundo, e1es Iidam com urn "produlo do lrabalho", IS-la e, com 0 COpltD./, mescla de lrabalho acumulado C lnslrumcntos de produ\So. Agor.l eles sO se "'ffianlem juntos I'd"Iroca", comcrcio inter-humano encilmildo por urn Icrecleolerma, il moeda.

    A nrlc do sccuJo xx descnvolvc-sc num esquema se-mc1hanlc; cia mostra, .1mdil que t.udHlfficntc, os dCllos ciaRcvolu{ao Industrial Quando Marcel Durhamp, em 1914,cxpOc urn portJ.-garrafJs c utihza como "'InSlrumcnto dcprodul;'ao" um obJcto f3bnClldo cm senc, ele tr.msporta 0

    Jeff

  • o consumo, longe da pura passividade a que geralmen!c ereduzido, uma quantidadc de comp..1r5'leis a umil verdadcira silendosa" e c1
  • 22 NICOLAS IlOURRIAl1l)

    {.io, recomposi{iio, recorlc... Os artistas "POS-pm

  • consumo reahzado por outrem. 0 novo rcalismo invcn.tou, assim, uma espklC de aD quadrado: 0tema c, scm duvida, 0 consumo, mas um Consumo reali_uda de manCIT;) abstrala e geralmenle anonima, ao passoque 0 pop explor.l os condicionamentos vlsuais (publicida.de. embalagem) que arompanham 0 consumo de maSSCom a pop arl, por suaW2, a nO{ao de consumo cons-tituia urn tema. abstrato hgado aprodU';ao de massa, que sOvern a :Idqumr urn valor concreto, vinculando-se a dese-jos individuals, no dos anos 1980. Os artislas filia-dos ao sunultlcumismo irao considerar a obra de arte comouma "mercadoria absoluta" e a criar;ao, como urn simplessimulacro do ato de consumo. Compro. logo aisto. escrc-w Barbara Kruger na epoca. Trala-se de mostrar 0 obJe-to sob 0 angulo dOl eompulsao aquisitiva, do desejo. a meioGlrnlnOO entre 0 inaeessl\'el e 0 disponivel. Essa e arefa do marketmg, que representa 0 verdadeiro tema dasobras simu!aoonistas. Assim. Haim Steinbach dispOe ob-)etos de produ"""o em -"--.. ,. d d.... ""'II.. au an 19u1 a es em prateleirasmlnlrnahstas e monoc ',' Shroma leas errie Levine exp6e c6-plaS de obras de Joo M 6n Ir, Walker Evans au Edgar Degas.Jeff Koons cola anu Gl bolas de ba noos. recupera lcones btsclJ ou colo-

    Soquele nutuando.- .AshlPv 8 I.A__ "'" lrnaculados.l(o..

  • 26

    cnquanto malrizes formalS, suplantam a vitrme c a orgil-em pr.:Jtdclras.

    Por que 0 mcrcado se (ornau a refcrcncI3 ubfqUJ daspr3tlcas aellS!lcas conlcmporancas? Em pr1ll1clro lugar,porquc um3 forma colchva, um3 agtomcr3(aoca611Cil, borbulhantc c sempre r('nevada. que n50 dcpcndcde um3 aulona mdlvidual urn Mercado Cfomlado por mul-hplas conlnbuH;Oc'S pcssoais. Dcpois, porqu(', no caso dafelr.! de COisaS usadas, Curn local onde SoC reofl,"alllz.1, bernou mill, a produ(ao do passado. Por fim, porque 0 mcrl'ildoencarna e materializa fluxos e relal;6c$ humanas que tcn-dem a sc d

  • 7 ld mais urnpasseio sonhador como era Jntes.... 0 espal;o da obra e 0

    2$ BOURR.lA\JI)

    dessa cruez.a: uma de ].lson Rhoades p, or C'xern_plo, apres..?Tlla-Se como UlTla composh;ao unitaria farmada por objetos que, mcsmo assim, mantcm sua au' ..onOmlacxpressiva, como os quadros de Arcimboldo Em t. ., . CTmosformals, seu trabalho csta malS proximo ao de Rirkrit lira.vanija do que pode pare(cr aprimeira vista- Untitled (P. cace

    que TIravanija exe, .ps to 1""'>l'1

  • 3130

    CSPJ{O humano pcrrorrido a uma vc10Cidadcos objl.'lOS que suhsisfenl. portanto. om sao enormcs, ora Screduzcm 0.0 t.'lmanho do carro-habit.lculo que, ao PCrnu.nr seleoonar as (armas. descmpcnha 0 papeJ de urn Ins_trumento ohm.o trabalho de Thomas Hlrschhom aprcscnta cspal;os

    de trocas e locais onde 0 indivfduQ p('rdc 0 contata com 0SOClal e se Inousta num fundo abstmto: urn acroporlO In-temaoonal \'ltnnes de grandes lojas de departamento, asede social de uma emprcsa- Em suas as for-mas vagas do cotldmno cst50 embrulhadas em papel-alu.mimo ou filme plaslico e, dessa maneira. uniformizad..s,sSo pI'Ojctadas em monstruOS

  • 32

    estctica rclr de urna - enOrncno que aprcScntei com 0 nome de

    1'OsI'RODUCAO 33

    Jeff

    Jeff

    Jeff

    Jeff

    Jeff

    Jeff

  • o uso DAS FORMAS

    Sc urn l'Spt."Ctador 01(' diz. filme

  • I A.-lin J.ppo'. CItY [)dim(. M.,...lN. V.. 1m fffd. f'utJ,.Dmoil2001.

    dils obras cXlslentes para "dC\'Olver patxbord, em 1956, publica Mode d'emp/ol riu de-

    louT/lfml'Uf [Modo liSt) do dcsvjo]:

    A e arti'sbca da humanidade, comourn toOO. stf ublttada fins de propagandamihunle. I-I Todos os clemenlO$, tornados em qual-

    JugaL podem ser ob;etode OO\;'lubordagens. r JTudo pode str\ll eo.,d/mte que sc pode NO 56 com-PI unu obra au Inlo.'gtJ.l' di\\'fSOS fragmcntos de obrasantigas numJ; nO'o'a bra. como tambem mudar 0 scn-hdo desses fr..1gmenlos e fillsifiCilr de lodas ilS milnel-ras aqwlo que os 1mb..'ds sc obstinam em chilmar de

    Com a IntemaoonaJ Jetnsta.. e depois a Inlernadoni11SltuaCJOnista. que Ihe suctdeu em 1958, surge assim umanova 0 dt'SVlO artist1co. que pode ser descnto comoum usa politico do rtJJdy-tMdt rlproco de Duchamp (quediw

  • 15culos. e SlID malcn:I.IS de COnSlrU{j,o. Qualquer OJ hOletrabalh3 a partir de pnndplos herJados da hislona dasv.lnguardas artisticas: desvlO, ready-111mit's rccfprocos OUajudados, desmatcrJilltza
  • aI''!: Clmpbell. 3h:iS, Kool Here. ,5 nos anos 1970prabcava uma esp&ie de samplc.1mento pnmitivo, 0 bunk.ml, que ronsistJa em lsolar uma {rase musical e coloca-Iaem orCUlto (!.'Chado, transferindo-a de uma copia para ou-tra do mesmo dISCO em VIn"

    CNtJJYlng e arte contcmpor.i.nea: as figuras sao - .I.1res. SimiOw:ndo 0 C'miS da

    . J""" mesa de mlXagem cstii nomew, os dOlS trechos locam juntos: Pi Hsenta uma . erre uyghe apre4.... romJoimC- -deAndyWa..k-r 0 lOlTloJuntocomumfilme"Il). pem'-tu Ie conlrolar a veloeidade

    .....u. -'0 nOUl de 0talkoutrAngela Bulloch ouglas Gordon. Toasting. rap.lillIS, de Andrei a tnlha sonora do filme $0-

    Cut- Alex Ba- - g grava Ircehos deV1SaO; CandICe Breltz lsol PfOgramas de tele-

    a e rnonta fragrnentos curtos de......6w" L11r.. k.orp. 2llOO.

    41

    imagens. Playlists para seu proJeto comum ClI/emD Lzbt'l-IfBar Lmmgc (1996), Douglas Gordon propunha uma sele-\.10 de filmcs censurados no lan\amenlo, enqu:anto RirkrilTrravanija construfa urn quadro de convfvlo em torno des-sa programa\.1o.

    Em nossa vida colidiana, 0 interstido que separa 3produ\ao e 0 consumo se retr.1i a cada dia I:: passfvel pro-dUZlr uma obra musical scm saber toear uma unica nota,utiJiz.ando os discos existcnles. Oc modo mais geral 0 con-sumidor eus/om;ZJ1 e adapla os produlOS comprados asuapersonalidade e as suas necessidadcs. 0 ZLlppmg tambCmeuma produ{ao, a timida produ\iio do tempo alienado dolazer:. 0 dcdo na tecla, e csla construfda uma prograrna\clo_Logo 0 Do il YOllrself atingirfi todas as camadas da produ-\.10 cultural: os musicos do Coldcut vao lncluir em seu al-bum Let 115 play (1997) urn CD-ROM que pcrmile remixaras faixas do disco_. 0 consumidol em ex/ase des anes 1980 dcsapilrecedlante de urn consumidor inteligente e potenaalmenle

    das formas. A cullura OJ nega a opo-sl\ao bmana entre a cml1l0IJfifo do emissol e a pnlticipo(ifodo lcct'pfoT, que cstevc no centro de muilos debates sabre aarte modema 0 trabalho de um OJ consistc na concep\liode um encadeamento em que as obras dcshzam umas so-bre outras, rcprcsentando ao mcsmo tempo um produto,urn.mslrumento e urn suportc. Urn produtor eurn SimplescmlSSOr para 0 produtor seguinle, c agora lodo artista scmove numa rcdc de formils conliguas que se encaixam.ao

    Jeff

  • 42 NICOlAS BoURRto.unmfinito. 0 produto pode servir para fnzer uma bo ra,
  • 42 NICOlAS IlOlJRRlAun

    mfinito. a produto pode scrvir para fazer lima obra b' a 0 tapodc \'Olt,n a seT urn objclO: inSlaUT.:l-SC uma rot,,(,]o, de.lerminada pdo uso dado as formas.

    Angela Bulloch: "'Quando Donald Judd fazia n,' ,OVCISele semple diZI

  • 44

    4 -A,t mlUf wn

  • '6 NICOlAS 1l()l!JUu.u.JOrompara essa artc do shopping c do dISplay; Ique cs filmI'CJOrallVamenfe chamadO$ de clam 8 U fil m I me classBmscrC\'C-$e nurn delt.'rmin JAI led - r"ilra Ohnm ;:Of, locla a arte moderna ronstitul um haOO genera fc-c com que SC pode bnnear. tal como Don Sicg"l ]Pierre Mcl\,IIe, e hOJe John Woo Q _ c, ('.:tn

    t au uenhn Tarantinogos

  • 48 NICOlAS 6OuRRiAL'D

    No trabJ.lho de Lavic(, sao uS categorias, os gcncros cos modos de represenml;ao que gcram as (armas, c n50 0U\vcrso. ASSlm, 0 cnquadramento fOlogr56co produz umnesrultura. e nao uma folo. A id6ia de "'pintar urn piano'" re-sulta num p13no recoberto de urn,] camada de pintura eJ(-pressiomsta. A VlSSo de uma vltrine de IOJiI pmtada COmbr,)nro-de-espanha gera uma pmtura abstrata. BertrandLaVler. que msso esti mUlto pro)umo de Armleder eKellel', lorna como material as catcgonas estabeletid:ls quedehmltam nossa pe:rcep{ao da cullum. Armleder as consi-

    Podemos pensar que essas est:rategJas de reabva,aoede dpyrng das formas ViSualS representam uma rea,.1odl.ante

  • mdlscullWIS, mas como CSlruturolS prl'Canols quC' utlltz.amcomo ferramentas, produlcm esses cspa,os nilfT.1tl\'OS Sln-gulares que l':m sua .:lpresenlol'.lO n:lS ohras. E0 usa domundo que permlte cnar I'I0\'il5 nanallvas. 30 p;:iSSO quesua contempla,ao p;:iSSI\';l suhmete as produ\&'s hum3nasao cspclficulo cOmuntli'ino Nao eXISle. de urn lado, a cna-,ao \iva e, de oulro, 0 peso morlO dOl hlsl6na das formas.os artlSI.:lS da p6s-produ,.lo n.lo eslabck'Cem uma dlfC'ren-{a de natureza entre seus trabathos e os Irnbalhosdos QU-Iros. nem entre seus gcslos e os gl'Slos dos observadori!S

    Nos Irabalhos de Pirne Hu}'ghC', Llarn Gillick, DomI-nIque Gonzalrz-Focrslcr. Jorge Pardo ou PhIlippe Patfeno,a obra de arte represenlil 0 lugar de uma negociJ'J.o en-tre reahdadc c fic{ao, narratlva e coment.irio Quem visllauma exposi,ao de Rlrkril Tiravalllj.l- U"/ll/ril (O"t' Rt'{.'O-Ii/tioll per Minl/f,'), por excmplo - tern dificuldade em dIS-tinguir a fronleira entre ,1 produ{ao do arhsta e sua pr6priaprodu{ao. Urna b.:lncada com crepes. (('ada por uma me-S

  • 52 53arfl'? Essa mOSlrJ c1aramente urna vontadc de, ,..,-n""'" v{nrolos entre a atividadc artistic c 0 COn-,nven af ...... v.:>Junto d.15 alh'ldades human;)$, com a de urn

    narrahvo que cnCalX

  • dl' cncontro (' acampamcntos (a barrac-a de Ci"t'f'/IJ de viii'.1993). Os tlPOS de propostos por Tiravanljol sSo osque fOrm3rn 0 cotidiano do Vla)anlc scm raizcs: todos saocsp.1c;os publtcos, acXCC\ao de seu
  • 56 NICOlAS IlOlJRRLwo

    dro em que dcwm sc mover 0 mundo dcscri!o po p'r leT_Te Hu)'ghc csustcntado por eslruturas narmtivas Ina'IS Oumenos opressoras que tcm na sitcom arwnas uma , _r- 'Cr5;]Omals branda, c a funtao da pratica artistica e adonar es-sas estruturas para rc"'l.'lar sua l6gica coercitiva, antes deIl."COlod-13S adlSposl\.lO de urn publico capaz de se rca_propriar dclas. Ess.:i VlsaO de mundo estti mUlto proximada teona de Michel FoUCilUl1 sohre a organiza,.lo do pod'r.uma -rntcropOlitIC3" reprodul.,. de dma a baiXO da escalasooaJ. fices ldeol6glcas qUe" prescrevcm modos de vida corganizam taotamentc 0 sistema de domimu;ao. Em 1996Pierre Huyghe propOs fragmentos de roleiros deTab e Godard aos carnlldatos p:lr.l sua de atores(Mulhplt Sctnarfus). Urn In

  • 58 NICOl-AS 1IOl.JJUuAelrinl (Um dia dL' cifo)) em que 0 hcr6 d un . ' I 0 cpis6ehoocaSI
  • Em 1996, Pu::rrc Huyghe ofefcda aos visilanles dOl Cl(POSi.l;ao Tntffic urn passcio de onibus ate as docas de Bordeau,"Durante a viagem noturna, os passageiros podiam aSsis_tir a urn vidro que rnostmva 0 percurso que cslavam fa.zenda, poreffi durante 0 dia. Essa dcfasagcm entre 0 diae OJ. nOlte, e tambem 0 Iigeiro dcscompasso entre 0 real e a

    deV1do

  • 62

    cussia telcfonc segue urn lr.welling no Jonga do rioque atraVl..'SS

  • uma pdicula de formas domesticas sob. rc il qualtam Irn3gens. EJa essas obras pod "cenano de um 61 enam conshtUir 0me 0I.l a redalOao dtras palavras. a narrattv e um rotelro. Em ou-aemqueoon'tla por entre e ao redor -,__ SiS e Sua obrn circu-elementosestes se hmltern a Ilustra.b Mas expostos. SCm quefunaona como um rotelro kin. c.ada um desscs objelos""- d"proYenJentes de cam......... I I .., IT'I Icadores... para e os do sabeurb.:inlSmo. polftica ) Po' r .... rte. industria- . r mel() dos cos que desempenham um ?apel f :rsonagens hlst6n_

    u amental na HiSI6ria

    65

    rnesrno permaneccndo na sombra (Ibub, 0 vlce-preslden-Ie dOl Sony; Erasmus Darwm. 0 irmao Jibertano do troncoda c\'01UlO50 das cspkiCSf Robert Mac Namara, S

  • 66

    blema resolvido, 0 que sc

  • os69NlCOfJ\S !lOUtH',..Mum do Al/dlltlCO? Essa arqueologia d. ' 0 modernisl

    Cil espeoalmcnte vlslvc! numa sen d no fl.. C C pC\as Tere outras formas para si mesmo.

    lI.1allriZIO Cottelutl

    Sans litre (1993)' anfl'co bIJ e rasgJda tres vez:S eml f so re tela, 80 x 100 cm. A te-

    onnJdeZ n Z de lorro no cshlo de tu' F ,Uma referencia JOCIO ontana Nsimples, JO mesmo tempo m" , - CSsa obra muitolnlma!LslJedto, encontramos todas as fi I.' accsso imedia_Ih guras que com -ode Cattelan' 0 desvio CJ', 1 poem 0 traba_TlCJ urJ de obras d

    0 passado

    rOS.''RODlIcAOa fabula nlor.Jlista e, sobrt'tudo, maneira insolente deretotnSse ato em SUil ilcep

  • 7170 NICOcu

    " Eou 5.lrCastlcas. m MOil ollele, de Jam .,."..ues I.J.!I, Urn hobserva uma lofoqueira dCjX'nando f orncm. urn rango En,-lOlIta 0 da ;WC, e a pobrc m Ih . '10 e]{'u Ctd5uffi Isusto, uchando que 0 frango Olcabou d . pu 0 det c ressu5Clta rurn cl.mo pareddo que ('maM da 01'" . dulorlaasobC'-

  • 72'1
  • 75

    74N'ICOi.As 8()

    de l'lerr(: Joseph consisle em co I . l1RRv.uol.. n Crlr scnrdlIIente: nao sc trala de urn.... I 0 il esse.. encslma pes' am_de uma pratka produtiva, sernl'lhant ,llIao critica, Csinln _...... eadcquurna u:ue. manta urn illncrario CI1l naVCft;, OU sUrfa oa 0"IOtcrntlvas dos vldcogames EI. SSll1lulat;o($d . C Imta. em pri .as de surg1mento fu' melro lugar,e nClonarnento d .gens, partmdo do po$lulado d as Ulla_d e que ilgora cstc uma imensa zona-imagem . amos denlro e nao millS dlanl dgens: a arte nao eum cs t _ I e as Irna__ pc .leu 0 a rnais e SlmCICIO de apllqlll.'... Joseph d urn Cxer_. escnvoh'C uma reI - " .Instrumental COm as f .1\010 udlca eonnas que ell.' manip Ira ou adJpta a novos u a, rompa_

    d USO$ estabcleccndo dh-crsos p50S e reallVaes. Ass" races-base 1m, 0 mmunalismo Ihe serve COmopara Cache cache killer (1991) Ata uma _ .. olrle abslrata SUSlen-em forma de jogo d .fliscr Olll'at'mt d e PistolS (La Qilde Delaunay II dispomb!e, 1993), eolS obms

    aunZJo Nannuc - ..nanos para nO\ a sao recldadas em ce-'as cenas do fUme ePtTSlmnages il rlru:r E m que se movem seus

    lOaS qu.... (he mteres:r 1992, ele chega a "refuzer" pc_OJtlCICa, Richard P m CIO Fontana. Jasper Johns Helloflnee Essa 'lura nao demOTiSt InstrumentallZJt;ao dOl. cuI- _ fa urna dcsenv Itt;ao a Hlst6na,. mUlto 10 0 ura qualquer em rela-d pe COntrfiOO' el fe um comportamcnlo 1 a unda as condlt;Ocsd .. IVre numaIngldo POlS. em J...........h SOCledade de consumo

    --I" a rCOClag ",Imagcns COI1ShtUI a base d em .....s formas e dase uma mOlal .modos de h,,1bitar 0 mundo So, e preclso inventarem r .. rer uma forpo ItlCa. dltadura Uma democ:raoa rna chama_sc,_____ 'IRversamCTII_ e. COn-

    "" ""ou

  • n76

    l\'ICOLAsIIQ

  • 7$ NICOlAS IlOURRlAliD

    ponenlCS de noSSO mundo visunP Por que Plerre HuygherefilmJ. Hitchcock ou Pasohlll? Por que Philippe ParrcnoreronstJtUl urn,) lmha de montagem destmada '10 Inzer? 0arllslJ. dt.."'\"C remantac ao maximo possivel dentro do ma-quma-rio ro1cIt\'O para produ:m urn altl'rna_11\'0, Isio e, para (cJnlroduziro multlplo (' 0 passlvel denlrodo cirnnto fechado do SOClal Pierre Joseph.. COm 0 auxihode dlSpOSltt\'05 CJp;u:es de '"ahnglc C.lfetar seu local de cx-

    . prop6e-nos ooJetos de expeflcnClil, produtos ali-\'OS, obras que sugerem 00...0$ mOOos de ilpreensao do reale I\O\'OS hpos de 1n\15hmenlo do mundo da aTtc. A nOs ca-be habltar a uJlIt Dtmocmcy.

    o USO DO MUNDO

    Todos os rontcidos 530 bons. ronlanlo que ndOsqam e que digam respellO 010 uso do

    hvro. mulbpbquem sell usa e fonnem umalingua dentro de sua lingua.

    Gilles Deleuze

    Playing tilt world: reprogramar as formas sociais

    A exposi,iiop nao cmais 0 resultado de urn proces-so, seu "happy end" (parreno) eurn local de produt;ao Ne-la, 0 artista coloc.1 ferramentas adisposit;ao do publico, lalcomo, nos anos 1960, as mamfeslat;Oes de arte ronceitualorgamzadas por Seth Slcgelaub prelendlam slmplcsmen-te colocar informat;Ocs adlsposlt;aO do visit.lnte Semprerccu5:lndo as fonnas acad&mlcas da exposit;ao, os arhstasdos anos 1990 vlam 0 local da mostra como um cspat;O deconvfvlo, um palco aberto a meio camlnho entre cen.:irio,esh'idlO de cinemil e s.lla de documentat;

  • so NICOlAS IIOUAAlAun 81Em 1989, OommKJu(' Gonzalez-r'OCJ'Ster, Bernard Jois-

    ten" Plerre Joseph (' Phlhppe Pam.>llO, em Ozone. propuse-ram uma CXpo51('"dO em (anna de "cslralos de m(orma,dosobre.l CC'OIoglol politIC;]. 0 \'lsdanlc dNia p

  • rcntemente em galen;;!s, c1ubes e quaisqucr outras cstrutu-ra5 de difus3o, dcsde a camlscta atc os diSCOS que ronstamdo c;lla!ogo de seu r6tulo Elektro MUSIC Dept. Ele lambemfaz um VIdeo sobre urn produto mUlto espcclfico, sua pro-pna galena em Bcrlim (Nell, 1999), Dcssa forma, niio seIrat;) de opor a galeria de arte (local da arle sepamdo",portanlo, mau) a urn cspa\O pubhco ideallZl-se como umo mes.1 de montagemaltCTn>ltiva que perturb,], reorganiz.a ou msere as formassocialS em enredos OriginalS. 0 artlsta dcsprogmma para

    1 0 1""'.11 csnt.'Cifico em que sc descnrolavam SU

  • ..reptog,amar, sugcnndo que eXlslcm oulros usos po5Sl\'CISdolS t&mcas c fm'3,mentas anossa dlsposi{ao.

    GillIanWeanng Pierre HU)1;he l'Cahzam urn video apartir de sistl'm;l.s de cameros de V1gl1iinclil Christine Hilicn3 uma asenciil de \'Iagcns em Nov.l York que funcionaromo outrJ ag.}n(lil qualquer MIChilci Elmgrecn & Ing,nDr.1g5ct monlam uma galena de dent rode urn mu.scudurante a 2000, na Eslo..-ema. Alexander G)'Orfiutlhuas fomus do estlidlOOlJ do palco. Carslen Holler re-c:orre as expl'n.moas de laborat6no. a ponto claro em co-mum entre lodes esses artislas,. e mUitos oulros entre osmillS CTIJII\'OS da atualidade, consiste nessa capacidade deutlhur as form.1S sociais existentcs.

    Tochs as estruturas cultur.l.Is ou sockns. porlanto, rc-presenum apenas roup.1S que dewm ser \'CSlidas, objCIOSque de\"elTl set lestados e expenmentados, como fez AhxLambert em Wtddlng Plea, obm que documenta seus cin-co Qs,unent05 seguldos no mesmo dia.. Malthllro Lauretteus:l como suporte de seu trnbalho os pequenos c1asslfica-dos de pmal, os game shows, as ofertas de marketing. No.-\'tn Rawanch;ukul trnbalha sobre a rede dos taxIS comooutros dcsenham em rapel Fabricc Hybcrl,,)o montar suaempres.:J UR. dedara que quer "fazer urn usa artistico daeconomla- joseph Gngelyexp6eas mensagense os peda-

    de P3pel rabtscados que usa para se comUnlco.r com osoutros devtdo asua surdez: ele rtprogramn umo. deficlenclafislCa como urn processo de produl;iio. Mostrando em SU(lS

    a reJlldadc concrela de sua oomunJc

  • S6 NKX>LAs1lOUJuu.wnotrabJ.lho de Parrcno parle do principia de quc a rCa_

    hdadc eestruturada como uma hn(>uagcm c de quQ, caar_

    Ie permit\," artu:ular cssa linguagem Ell," t.lrnbem mOS!raque toda (ntiro social csta fadada ao fracasso c.."..... 0' .. ar-hst,] sc rontente em sobrcpor Sua lingua iii lingua (

  • 8SN1cou.s 8OuR.ltLwn

    rom bandeirolas e cartazes, repclmdo 0 s/1'K>n "N_,').11 '0 mre reality 'chcga de rcahdadc). A queshio e . ora COm qualpalavra de ordem. com quallegcnda dc:sfilam h' . ole as una_gens' A mam(cstac;ao tern como finalidadc Plod .. UZIr urnaImagem colcliva que C'enlinos poHticos P (ara 0 ulu-roo A insl

  • 90

    arte, do design e do marketing pubhcltoino_ SuaIllSCrevc-se no mundo do trabalho, dupheando seu sistema.mas scm sc subordlllilr a scus resultados nem dcpcnder deseus mctodos. 0 art Isla como fundonanofantasma._

    Swetlana Heger & Plamen Delanov tinham resolvi-do dc

  • 92NICOlAS 1lQ1JRRiAl1l)

    romo 0 proprio trabalho pode ser fcmixad b". o,SOrCP0da Imagem oficml das rnarcas Qutra, n 0 "oens, SUs ..porcm ap.uenlemcntc livles de quafqucr " pertas,

    mperativQ ComcroaL Em ambos os casos, 0 mundo do tr"b Ih -fi "a 0, ellJ"19urdS sao roorgaOlzadas por Beg" & D . ascJanoy cab'de uma ' Jeta

    Mas as rela\Ocs que Heger & DeJ'anayest b'lBM\ I a C ('('mmcoma I' '\ ndotama[ormadeumcontrato do I" , .. umn a lanc;aA pratlca de Daniel Pflumm, tot3lmentc selval". . . oem, sllua-sca dos circuilos profisslonais, fora de qualquer re-lac;ao entre cIJentc e fornecedor 0 trabalho d pob, . cuummso_

  • N1CO/J.S 1lOull.Ru.uoem outras p3.lavrns, prcencher uma eli...,

    . r "'las qUi'lndaOOt C$ttJ lrabalhando, c quando eshi de ff" 0 01:f1,)S Se CSIempn.-gado como ator em 0 Qmigo nt1lcnCatlo t. aVa

    de tr.Jbalhar quando, 21 anos depols (az u ' efa parada, m engale Cntfdu.lS cmas do filme de- \-Vim \Venders? S C_ Cf;1 que, afinalchpsc nOlO urn,) tmagem do lazer como me .' ilb.:i ? fa ncgatl\'O do

    tra Iho Quando 0 tempo livre signifie, 'Iempo va.z.io'"au tempo do consumo organizado nao sc"":' ., .u uma simplespassagem entre duas sequcnclas, urn v;uio'

    Posters om) conSlStc numa sene de (Olos colo 'dque mostram urn mdlViduQ tlmn.-"ndo um bu-, n "d ,,- .. co na c.d-c;a a e plantas numa prac;a public,). Mas exlS-tc.ho]e urn [calmente pubhco? Esses atos isoladosfr.igCIS, dlzcm respello a de responsabJlidadc: seum bur.!co na calc;ada, por que h5. de ser urn fundontirioda a tampa-lo, c nao voce ou eu? Pretendcmopartdhar urn esparo sd ' comum, mas na realidade ell.' c gena por pnvada.s: estolmos cxcluidos desse cnredo-somas V1umas dcssa legend 'des.fila sob agem menllrosa, que

    as Irnagens da COmumdolde politic,]As Irnagens de Daniel Pilumm d

    m1croutop!a semelhanle na e urn,]narn afetadas pclas qual a aferta e a demanda 5('-deo tempo IN,. lndWlduais, urn rnundo on-otrabalho e -onde 0 mbalho SC JUnta L __ VlCe\'eI'sa. Urn mundoao nuoang mfarmatlCO. $abeque certos hadns entrarn nos discos . . masos StStemas de C!1TI .........,.., ngidos e deC'Cxhficam... -... au mstmul;Oesde sub-l.'Cf'S30 .,.1,., par uma \'Ontade, vezes tambem narem remunerados ""fa aperf......... esperanc;a de sc-_.,_r SCU$ slStCfnil$ de defcsa

    9SprllTieiro demonstram sua de provocar danos,e depois oferecem seus SCfV1(OS pilra 0 orgamsmo que aCa-bou de ser atacado, 0 tratamento que POumm mfhge illmagem publica das multmaaonalS dcnv

  • 96 /'..'1CCl1J\S !lOUItJuAuuPflumm n.1Q sc content.. rom OJ Idem de piratana: cle

    ronstrol monlagl'ns de grande riqucza fonnal. Suas obrasde urn 5utH ronstrutivismo, s.io trab.llhadas 11;1 busca deuma tcns.io entre a fonte ironogrMica (' a forma abstra_ta. Aromplexidi!dc de suas refc.rencias (abstrac;Ocs histori.cas, pop art, Iconogr3fia dos panflctos,. videochpcs, Culluracmpresanal) seguc ao lildo de urn grande dominic 1("Coieo:it quahdadc d(' $Cus filmes esl5. mollS pr6xim

  • 9S 99NICOlAs IJOlJRkJAlJI)formalicJ no comlXO dos nllOS 1970: 5e 0 cornpu"dem 1975, C 0 Apple II em 1977, 0 primciro microprocessa_dordatadc 1971. Neste rncsmonno, Stanley BroulVn expOearqUivos de metal contcndo as fkhas que documentam cre
  • 10'

    100NICOlAs flO

    URJu.\Ul;lo MUska Bernard Hcrrmann I I A .. propnando.tl\.'Chos de filmes c music;). pod nos decnamOS diZ\'rde fato, cnamos ready-mades tempo_ . que,..,IS a partIr nil dObjCIOS rolidianos, e sim de ab",,,,,, q f 0 ,

    tiC azcm po,de nossa cullum. Ie

    o universo da Muska banalizou a explos:; d..0 0 proto-

    colo da assinatura do autor, sobretudo com as white labelsesscs maxis de 4S roltll\Oes tfpicos da Cullura OJ, COmgem limitada c em envelope an6nimo cScilp'ndo ., ", aSSlm,ao controle da industria. 0 musico-programador, ao mu-dar de nome a cada projeto, rcalizil 0 ideal do intclectualco!etivo, e a maiaria dos DIs passui varios names de ilU-tor. Mais do que uma pessoa fiska, urn nome agora dcsig-na urn modo de aparecimento au de prodw;ao, umn hnha,uma ficc;ao. a mesma 16gica das rnultinadonais que aprc-

    Iinhas de produtos como se fossem de crnpresasautonorn.)S confonno 'd . .- ... a na ureza e seus prOJctos, urn mu-s;co como Rom Size va; se c-hamar Br.'akbeat Era ou Re-praze71t, assim como a Coca-Cola ou a VIvendi Universalpossuem urna duzia de '" d f 'rca.s I erentes, e 0 publiCO nemdcsconfia que Il!m a mcsma origem.

    A ane dos anos 1980 Cfltlcava as nOl;oes de autor oude assinalura, mas scm as abol' SIr. e comprar {' uma artea aSSLnalura do artista-corretor q", ', sc enCarregil das ven,das mantem todo 0 seu valor; indus;\' .