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Material de leitura obrigatória. Aula 30. 1 Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 1ª aula de laboratório de sucessão ministrada dia 11/06/2018. Concubinato. Até Constituição Federal de 1988 não existia a união estável só o concubinato, que era a união de pessoas que viviam como se fossem casados, a partir da promulgação da Constituição Federal, tornou-se necessária a distinção de união estável e concubinato. Diferença de união estável e concubinato está no Código Civil, é uma relação não eventual entre homem e mulher impedidos de casar, salvo separados de fato e judicialmente, porque estão impedidos, mas constitui união estável. Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. (Grifo nosso). Impedidos. Casados que não estão separados de fatos (amante). Parentes que não podem casar. Para configurar concubinato é necessário ser uma relação continua e constante. A principal diferença de concubinato e união estável é a patrimonial, no concubinato precisa comprovar esforço comum (dispêndio de dinheiro), não tem direito a meação, só aquilo que comprovar que gastou, para não prejudicar o cônjuge traído.

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Material de leitura obrigatória. Aula 30.

1

Pós Graduação – Direito de Família e Sucessões.

Prof. Nelson Sussumu Shikicima.

1ª aula de laboratório de sucessão ministrada dia

11/06/2018.

Concubinato.

Até Constituição Federal de 1988 não existia a união estável só o concubinato,

que era a união de pessoas que viviam como se fossem casados, a partir da

promulgação da Constituição Federal, tornou-se necessária a distinção de

união estável e concubinato.

Diferença de união estável e concubinato está no Código Civil, é uma relação

não eventual entre homem e mulher impedidos de casar, salvo separados de

fato e judicialmente, porque estão impedidos, mas constitui união estável.

Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher,

impedidos de casar, constituem concubinato. (Grifo nosso).

Impedidos.

Casados que não estão separados de fatos (amante).

Parentes que não podem casar.

Para configurar concubinato é necessário ser uma relação continua

e constante.

A principal diferença de concubinato e união estável é a patrimonial, no

concubinato precisa comprovar esforço comum (dispêndio de dinheiro), não

tem direito a meação, só aquilo que comprovar que gastou, para não prejudicar

o cônjuge traído.

Material de leitura obrigatória. Aula 30.

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Para Álvaro Villaça de Azevedo existia o concubinato puro e impuro, sendo o

puro entre os desimpedidos de casar, e o impuro entre os impedidos,

necessitava provar o esforço comum no tocante aos patrimônios.

Concubina não tem direito a pensão alimentícia, exceção, amante que ficou

com o homem durante 40 anos que a sustentava, o TJ/ RS concedeu pensão

alimentícia para a concubina devido o tempo de relacionamento.

Argumentar que era do lar não comprova esforço comum.

União Estável.

Fundamentação legal:

Artigo 226, §3 CF → A jurisprudência mencionava 5 anos sob o mesmo

teto.

Lei 8.971/94 → Dois anos sob o mesmo teto.

Lei 9.278/96 → Duradouro.

Artigo 1.723 e seguintes do Código Civil de 2002.

Maria da Penha foi beneficiada pela emenda 45/04 pelo princípio da

razoabilidade, pois, seu marido tentou matá-la e após dez anos continuava

solto e tentou novamente matar, se na segunda tentativa ele tivesse

conseguido a culpa seria do Estado. Ela buscou amparo na Corte

Interamericana de Direitos Humanos, o Brasil foi condenado a pagar

$60.000,00 dólares e a criar uma lei para proteger mulheres vítimas de

violência doméstica, Lei Maria da Penha.

Princípio da razoabilidade tudo que for preiteado no administrativo ou

judiciário precisa ser dado num prazo razoável, direito fundamental, artigo

5º, inciso LXXVIII, da CF.

Material de leitura obrigatória. Aula 30.

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Conceito: relação douradora entre homem e mulher, não se dá entre pessoas

do mesmo sexo (união homoafetiva) desimpedidos de casarem, incluindo os

separados de fato e judicialmente, com o objetivo de constituir família.

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável

entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,

contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição

de família. (Grifo nosso).

Direitos da união estável.

Regime de bens.

Direito ao sobrenome de um e de outro.

Alimentos.

Sucessão.

Adoção.

Casamento.

Reprodução assistida.

Desimpedidos para contrair união estável.

Solteiros.

Viúvos.

Divorciados.

Separados de fato.

Separados judicialmente.

Relacionamento duradouro com o intuito de construir família e não precisa

morar no mesmo teto, comprova com o “fama” e “tractatus”.

Material de leitura obrigatória. Aula 30.

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O fato de namorados projetarem para o futuro a intenção de constituir família

não configura união estável e sim namoro qualificado.1 Para afastar a

incidência de união estável no namoro é interessante fazer um contrato de

namoro, assim, não tem direitos patrimoniais ou de alimentos, muito menos

direito real de habitação, visto que, não há animus marital.

Dentro da união estável é possível escolher o regime de bens, se for verbal

será comunhão parcial e se for escrito e nada mencionar a respeito do regime

de bens será também o da comunhão parcial, de acordo com o artigo 1.725:

Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os

companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o

regime da comunhão parcial de bens.

O STJ tem decidido que se reconhecer união estável em período anterior ao da

assinatura do contrato e o regime for diferente do legal o regime opcional

começa a fluir do momento da assinatura, exemplo, regime de separação total

de bens só começa a fluir da assinatura.

1 REsp 1.454.643-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 3/3/2015, DJe 10/3/2015

A união homoafetiva (pessoas do mesmo sexo) constitui entidade familiar e

difere da união estável (homem e mulher). Não foi legalizada e sim

judicializada através da ADI 4.277/11, com efeito “erga omnes” e ADPF

132. Tem os mesmos direitos e deveres da união estável.

Resolução 175 CNJ (2013) autorizou o casamento homoafetivo direto, não

há necessidade de conversão da união em casamento, pode casar direto.

Direitos da união homoafetiva: a adoção, a regime de bens, as

sucessões, alimentares, ao sobrenome, ao casamento, a reprodução

assistida.

Ação de reconhecimento ou extinção da união homoafetiva (não

é união estável).

Material de leitura obrigatória. Aula 30.

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Procedimento da ação de reconhecimento e extinção da

união estável.

Procedimento ordinário (comum) que passa a ser especial por estar na parte

de família do CPC no tocante a audiência de mediação e conciliação. Mesmo

quando versar sobre o reconhecimento ou dissolução da união estável há a

necessidade da mediação e conciliação.

Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos

contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e extinção de

união estável, guarda, visitação e filiação.

Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse

de criança ou de adolescente observarão o procedimento previsto em

legislação específica, aplicando-se, no que couber, as disposições

deste Capítulo. (Grifo nosso).

O réu é citado e intimado ao mesmo tempo, citado para se defender

e intimado da audiência de mediação e conciliação.

Prazo de 15 para contestação que começa a fluir da audiência de mediação e

conciliação (quando não houver acordo). Réplica com prazo também de 15

dias, se não tiver fato impeditivo, modificativo ou extintivo de direito, ou

preliminar arguida na contestação (exemplo, falta de interesse de agir,

ilegitimidade de parte), a réplica será de 5 dias (art. 218 § 3º CPC).

Após a réplica o juiz despacha para organização do processo com as provas

que as partes pretendem produzir, conforme determina o artigo 357 do CPC:

Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo,

deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do

processo:

I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;

II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade

probatória, especificando os meios de prova admitidos;

Material de leitura obrigatória. Aula 30.

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III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;

IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do

mérito;

V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.

§ 1º Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir

esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco)

dias, findo o qual a decisão se torna estável.

§ 2º As partes podem apresentar ao juiz, para homologação,

delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se

referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e

o juiz.

§ 3º Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de

direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja

feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se

for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas

alegações.

§ 4º Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal,

o juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as

partes apresentem rol de testemunhas.

§ 5º Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência

prevista, o respectivo rol de testemunhas.

§ 6º O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10

(dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato.

§ 7º O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta

a complexidade da causa e dos fatos individualmente considerados.

§ 8º Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz

deve observar o disposto no art. 465 e, se possível, estabelecer,

desde logo, calendário para sua realização.

§ 9º As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1

(uma) hora entre as audiências.

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As provas que podem ser produzidas são:

Prova oral exemplo, depoimento pessoal e testemunhal (até 10

testemunhas, 3 para cada fato);

Perícia exemplo, em partilha de avaliação dos bens, exames

psicossociais → assistente técnico → psiquiatra, psicólogo.

Juntada de documentos se tiver documento que já possuía na época da

distribuição da inicial ou da contestação este documento está precluso.

Quando requeridas estas comprovações, terá que ser justificadas cada uma

delas. Se o juiz deferir todas, poderá juntar documentos novos, pode pedir

perícia (o juiz só abre o prazo para memoriais após a juntada nos autos do

laudo pericial), contudo se tiver provas orais o juiz determina audiência de

instrução para produzir as provas.

Após a produção de provas é determinado prazo para memoriais de 15 dias:

Prazo comum em processo eletrônico e;

Prazos sucessivos com vista nos autos quando o processo é físico, artigo

364, § 2º do CPC.

Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do

autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o

caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte)

minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do

juiz.

§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que

formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do

mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso.

§ 2º Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de

direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas,

que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo

Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos

sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos.

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Nos memoriais deve conter um resumo da inicial/contestação, a perícia e se for

o caso as provas produzidas em audiência de instrução, por fim ratificar a tese

e requer a condenação da parte contraria para pagamento devido e

custa/honorários.

Se for autor resumo da inicial, da réplica e o que ocorreu na audiência, o

fechamento que é tese defendida na inicial, a procedência do pedido e a

condenação de honorários.

Se for o réu um resumo da contestação, da audiência, ratificar a tese da

contestação, a improcedência do pedido e a condenação de sucumbências.

Depois dos memoriais será sentenciado. A parte que sucumbir pode oferecer:

embargos de declaração (Prazo de 5 dias) ou apelar (prazo de 15 dias).

Feita na

pessoa do réu.

Obrigatória presença dos advogados das

partes.

Prazo de 15 dias, contados da

audiência de conciliação.

Prazo de 5 dias

ou 15 dias

Provas que pretende

produzir, prazo de 5 dias se o

juiz não mencionar outro.

Após a oitiva, prazo de 15

dias para os memoriais.

Cabe embargos (prazo

de 5 dias) e apelação

prazo de 15 dias.

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Parentesco.

O grau de parentesco pode ser em linha reta ou colateral. Em linha reta os

graus são infinitos, jamais extingue.

Ascendentes pais, avôs, bisavôs, trisavôs, tetravôs.

Descendentes filhos, netos, bisnetos, trinetos, tetranetos.

Descendente Ascendente

O parentesco colateral não tem diferenciação com a linha transversal, aqueles

parentes que provem de um tronco ancestral comum e vai até o quarto grau

colateral.

Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o

quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem

descenderem uma da outra.

Espécies de parentesco.

Duplo (irmãos germanos)

1- Natural ou consanguíneo

Simples unilaterais / consanguíneos.

Parentesco consanguíneo / natural vem dos mesmos laços de sangue.

Duplo filhos dos mesmos pais (mãe e pai comum). Aqui temos uma

peculiaridade, por exemplo, se dois irmãos casarem com duas irmãs e tiverem

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filhos, teremos duplamente primos (primo por parte de mãe e por parte de pai

simultaneamente).

Consanguíneo

Simples unilateral consanguíneo

Uterino

O simples são os irmãos unilaterais consanguíneo e o uterino

Consanguíneo mesmo pai só que com mãe diferente.

HOMEM

Mulher 1 Mulher 2 Mulher 3 Filho 1 Filho 2 Filho 3

Irmãos unilaterais consanguíneos

Uterino filhos da mesma mãe e pais diferentes.

Mulher

Homem 1 Homem 2 Homem 3 Filho 1 Filho 2 Filho 3

Irmãos unilaterais uterino

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Adoção

2- Civil Socioafetividade

Inseminação artificial heteróloga

Parentesco civil é aquele que a lei civil autoriza.

Adoção pai adotante e filho adotado, pais e filhos legítimos, porém, não

naturais.

Socioafetividade pai / mãe que cria, laços de afetividade provados por

“fama” e “tractatus”, filhos legítimos, porém, não naturais.

Inseminação artificial heteróloga sêmen que não é do marido, filho

legítimo e natural da mãe e legítimo e civil do pai, presunção absoluta da

paternidade, porque autorizou, artigo 1.597, inciso V:

Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os

filhos:

I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida

a convivência conjugal;

II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da

sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e

anulação do casamento;

III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o

marido;

IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões

excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;

V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha

prévia autorização do marido. (Grifo nosso)

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Sogro / Sogra

Genro / Nora

3- Afinidade Enteado / Enteada

Madrasta / Padrasto

Cunhado / Cunhada

Parentesco por afinidade são aqueles que decorrem do casamento ou de união

estável, sogro e sogra serão parentes para sempre, jamais se extingue o

parentesco, não existe ex-sogro, desta forma acumula, se casar três vezes terá

três sogras.

Não podem casar, o casamento é nulo entre os afins em linha reta: sogro /

sogra; genro / nora; enteado / enteada; madrasta / padrasto. Jamais poderá

casar com sogro ou sogra, se ficar junto será concubinato.

Art. 1.521. Não podem casar:

I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural

ou civil;

II - os afins em linha reta;

III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com

quem o foi do adotante;

IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o

terceiro grau inclusive;

V - o adotado com o filho do adotante;

VI - as pessoas casadas;

VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou

tentativa de homicídio contra o seu consorte.

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Cunhados é linha colateral ou transversal por afinidade, só vai até 2º colateral,

só existe um parente em linha colateral por afinidade que é o cunhado, este

quando dissolvida a sociedade conjugal extingue porque é colateral, pode

casar com o ex-cunhado/a.

Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do

outro pelo vínculo da afinidade.

§ 1º O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos

descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

§ 2º Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do

casamento ou da união estável.

Contagem do parentesco.

Linha reta:

Avô

2º grau Pai

1º grau Filho (neto em razão do avô)

Filho em razão do pai primeiro grau, neto em razão do avô segundo grau.

Bisavô

3º grau Avô

2º grau Pai

1º grau Filho = bisneto em razão do

bisavô.

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Filho em razão do pai primeiro grau, neto em relação ao avô segundo grau,

bisneto em vínculo com bisavô terceiro grau.

Linha colateral 2º grau (entre irmãos):

Pai (ancestral comum)

1º grau em linha Reta em 2º grau relação ao pai Filho 1

Filho 1 Filho 2

Não existe parente em primeiro grau na linha colateral, conta até o ascendente

comum, o filho 1 em relação ao filho 2 são parentes colaterais em 2º grau.

Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo

número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas,

subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo

até encontrar o outro parente.

Linha transversal 3º grau (tio e sobrinho):

Avô (ancestral comum)

2º grau 3º grau Colateral

Pai 1 Pai 2 (tio)

1º grau

Filho 1 Filho 2

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Filho 1 em relação ao pai primeiro grau em linha reta, filho 1 em razão do avô

segundo grau em linha reta, filho 1 em vínculo com o tio terceiro grau em linha

transversal.

Linha colateral 4º grau (primos):

Avô (ancestral comum)

2º grau 3º grau colateral

Pai 1 Pai 2 (tio)

1º grau 4º grau Colateral

Filho 1 (primo) Filho 2 (primo)

Linha colateral (estão no mesmo nível)

A contagem em linha colateral vai até o quarto grau. Filho 1 em relação ao pai

primeiro grau em linha reta, filho 1 em razão do avô segundo grau em linha

reta, filho 1 em vínculo com o tio terceiro grau em linha colateral e por fim filho

1 em relação ao primo quarto grau colateral.

Linha colateral transversal 4º grau (sobrinho neto):

Bisavô (ancestral comum)

3º grau 4º grau Colateral

Avô1 Avô2 (tio avô)

2º grau

Pai 1

1º grau

Filho 1 (sobrinho Neto) Linha transversal

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Filho 1 (sobrinho neto) em relação ao pai primeiro grau em linha reta, filho 1 em

razão do avô segundo grau em linha reta, filho 1 em vínculo com o avô 1

terceiro grau em linha reta e por fim filho 1 (sobrinho neto) em relação ao tio-

avô quarto grau em linha transversal. Sobrinho neto está em geração distinta

em relação ao tio-avô, ou seja, linha transversal, será sempre desigual.

Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte.