portugues resumo

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1 FCC – Resumo Flávia Rita Coutinho Sarmento Predicação Verbal (transitividade verbal) Quando se fala em transitividade/predicação verbal, busca-se saber se o verbo é transitivo direto ou indireto, intransitivo, transitivo direto e intransitivo e verbo de ligação. 1. O governo foi ao evento agendado. a. Trata-se de um VI. O verbo está acompanhado de um adjunto adverbial de lugar – ao evento agendado (exprime circunstância). Verbo intransitivo NÃO é o que tem sentido completo. INTRANSITVO = não transita. Não precisa de OD nem de OI, mas pode precisar de um adjunto adverbial, que exprimirá, no contexto frasal, circunstância. Esses verbos são os verbos transitivos adverbiados. Para achar adjunto adverbial, pergunta-se “onde?”. Se couber essa pergunta, o complemento será um adjunto adverbial e o verbo será intransitivo. 2. O governo está em outro estado. a. VI. Isso não pode ser verbo de ligação porque o VL liga o sujeito a uma característica, o que não acontece aqui. Em outro estado é adjunto adverbial. 3. O Brasil se tornou um país de corruptos. a. VL. Um país de corruptos é característica do Brasil, funcionando nessa frase como predicativo, e por isso o verbo é de ligação. 4. Convidaram o ministro para um evento. a. VTD. Para um evento é um adjunto adverbial de finalidade. Para quê? É uma pergunta para achar adjunto adverbial de finalidade. Logo, o verbo é transitivo direto. 5. Falta investimento no setor. a. VI. Investimento é o sujeito, já que é obrigado a concordar como verbo. No setor é “onde?”, ou seja, adjunto adverbial de lugar. 6. A coisas fúteis, preferia o estudo. a. VTDI. OD: estudo; OI: coisas. 7. São quase duas horas. a. VI. Oração sem sujeito. Como não tem sujeito, não tem verbo de ligação, porque o verbo de ligação tem função de ligar o sujeito a uma qualidade. “Quase duas horas” = “quando?”, que é tempo. Então, será adjunto adverbial de tempo. 8. Ela permaneceu imóvel na reunião. a. VL. Imóvel é predicativo. Dá qualidade ao sujeito. Logo, o verbo é de ligação. 9. Muitos políticos moram em Brasília. a. VI. Em Brasília é adjunto adverbial de lugar, logo o verbo é intransitivo. 10. Todos continuaram, na ocasião, em Belo Horizonte. a. VI. Na ocasião e em Belo Horizonte são adjuntos adverbiais de tempo e lugar, respectivamente.

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Page 1: Portugues Resumo

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FCC – Resumo Flávia Rita Coutinho Sarmento

Predicação Verbal (transitividade verbal)

Quando se fala em transitividade/predicação verbal, busca-se saber se o verbo é

transitivo direto ou indireto, intransitivo, transitivo direto e intransitivo e verbo de ligação.

1. O governo foi ao evento agendado.

a. Trata-se de um VI. O verbo está acompanhado de um adjunto adverbial de

lugar – ao evento agendado (exprime circunstância). Verbo intransitivo NÃO é

o que tem sentido completo. INTRANSITVO = não transita. Não precisa de OD

nem de OI, mas pode precisar de um adjunto adverbial, que exprimirá, no

contexto frasal, circunstância. Esses verbos são os verbos transitivos

adverbiados. Para achar adjunto adverbial, pergunta-se “onde?”. Se couber

essa pergunta, o complemento será um adjunto adverbial e o verbo será

intransitivo.

2. O governo está em outro estado.

a. VI. Isso não pode ser verbo de ligação porque o VL liga o sujeito a uma

característica, o que não acontece aqui. Em outro estado é adjunto adverbial.

3. O Brasil se tornou um país de corruptos.

a. VL. Um país de corruptos é característica do Brasil, funcionando nessa frase

como predicativo, e por isso o verbo é de ligação.

4. Convidaram o ministro para um evento.

a. VTD. Para um evento é um adjunto adverbial de finalidade. Para quê? É uma

pergunta para achar adjunto adverbial de finalidade. Logo, o verbo é transitivo

direto.

5. Falta investimento no setor.

a. VI. Investimento é o sujeito, já que é obrigado a concordar como verbo. No

setor é “onde?”, ou seja, adjunto adverbial de lugar.

6. A coisas fúteis, preferia o estudo.

a. VTDI. OD: estudo; OI: coisas.

7. São quase duas horas.

a. VI. Oração sem sujeito. Como não tem sujeito, não tem verbo de ligação,

porque o verbo de ligação tem função de ligar o sujeito a uma qualidade.

“Quase duas horas” = “quando?”, que é tempo. Então, será adjunto adverbial

de tempo.

8. Ela permaneceu imóvel na reunião.

a. VL. Imóvel é predicativo. Dá qualidade ao sujeito. Logo, o verbo é de ligação.

9. Muitos políticos moram em Brasília.

a. VI. Em Brasília é adjunto adverbial de lugar, logo o verbo é intransitivo.

10. Todos continuaram, na ocasião, em Belo Horizonte.

a. VI. Na ocasião e em Belo Horizonte são adjuntos adverbiais de tempo e lugar,

respectivamente.

Page 2: Portugues Resumo

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11. Basta esse tipo de informação.

a. VI. Temos uma frase invertida e “esse tipo de informação” é o sujeito e o

verbo é intransitivo.

12. Isso não agrada a todos.

a. VTI. A todos é verbo transitivo indireto.

Questão da FCC (TRT): As estruturas sintáticas estão adequadas em:

I. Alguns vivem muito.

a. MUITO: adjunto adverbial de intensidade.

II. Ela vive de renda.

a. DE RENDA: objeto indireto.

III. Ela viveu uma vida de angústias.

a. UMA VIDA DE ANGÚSTIAS: objeto direta.

i. RESPOSTA: todas as alternativas estão corretas, porque todas as

estruturações sintáticas da questão estão corretas.

Análise Sintática - Conceitos Básicos

Adjuntos adverbiais

Palavras ou expressões que exprimem circunstância;

o Lugar

o Tempo

o Modo

o Intensidade

o Causa

o Meio

o Finalidade

o Assunto (ex.: falava ao povo sobre política).

o Afirmação

o Negação

o Dúvida

o (...)

o Tem até adjunto adverbial que não tem nome. Quando o adjunto

adverbial é “de nada”, dizemos que ele seja “de circunstância”.

Podem acompanhar qualquer tipo de verbo;

Devem ser identificados em primeiro lugar na análise sintática.

Podem vir preposicionados. Nem sempre vêm.

Perguntas mais recorrentes para encontrar adjunto adverbial:

o Onde? *

o Com quem? *

o Como?

o Quanto?

o Por quê? *

o Para quê? *

Page 3: Portugues Resumo

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As com * são as mais erradas porque são, geralmente,

preposicionadas.

Predicativo

Palavra ou expressão que exprime qualidade, característica ou estado.

Pode ser representado por adjetivo, pronome, numeral ou substantivo.

Pode acompanhar qualquer tipo de verbo.

Pode se referir ao sujeito ou ao objeto.

Vejamos:

Eles eram pessoas honestas.

o Dentro dessa expressão, honestas refere-se a pessoa, e a expressão

inteira, pessoas honestas, refere-se a eles. A expressão inteira é o

predicativo. Eram é VL.

Eu sou você amanhã.

o Sou é verbo de ligação. Você é o predicativo (o pronome VOCÊ traz

implícita a ideia de qualidade). Amanhã é adjunto adverbial de tempo.

O mesmo acontece com a frase “meu sonho era ela”.

Já parecia um operário.

o Operário é um substantivo (classe), mas atribui características a José.

Logo, é é um verbo de ligação e operário é um sujeito.

Ninguém se tornou alvo de críticas.

o Alvo de críticas é predicativo. Tornou-se é verbo de ligação.

Atenção: nem só verbo de ligação tem predicativo. Todos os exemplos acima são verbo

de ligação, mas vejamos exemplos abaixo que não são:

Ela acordou cansada.

o Parece modo, mas não é. Cansada é um predicativo do sujeito, e o

verbo acordou é um verbo intransitivo. O verbo acordar não é de

ligação porque exprime uma ação.

Considerou-me culpada.

o Considerou é verbo transitivo direto. Me é o objeto. Culpada é

predicativo do objeto, porque se refere ao objeto.

As meninas encontraram os pais (...)

o (...) nervosos.

Nesse caso, seria predicativo do objeto.

o (...) nervosas.

Nesse caso, seria predicativo do sujeito.

Objeto Direto

Completa verbo transitivo direto e não exige preposição. Quais são as perguntas que

se faz ao verbo transitivo direto?

Algo?

Alguém?

Exemplos abaixo (as palavras/expressões grifadas são os objetos diretos)

Page 4: Portugues Resumo

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Escolheu um bom livro.

Deu informações ao funcionário.

E o objeto direto preposicionado? Trata-se de uma exceção que não é cobrada em

provas. Na verdade, estará fora da norma culta gramatical. Na literatura, é utilizado para dar

ênfase e a preposição tem valor estilístico. Não pode ser usado em redações. Exemplo:

Amar a Deus.

o O verbo amar não pede preposição. O A é acessório, e Deus não pode

virar objeto indireto só porque tem uma preposição ali. Essa frase não

está de acordo com a norma culta!

Há, também, o objeto direto pleonástico. Trata-se da repetição do objeto direto na

mesma estrutura frasal. Pode ser empregado na norma culta para efeito de esclarecimento

textual. Exemplo:

Esta blusa, comprei-a em uma liquidação.

o O A está repetindo esta blusa.

Quanto ao governo, já o avisamos do fato.

o Exemplo de utilização permitida pela norma culta.

E o objeto direto interno/tautológico/intrínseco? Verbo e objeto são termos cognatos.

Têm o mesmo radical, a mesma natureza etimológica, a mesma origem.

Viveu uma vida; comeu uma comida; cantou uma canção.

Objeto indireto

Completa verbos transitivos indiretos e vem introduzido por preposição. Pergunta-se

ao verbo transitivo indireto:

Preposição + algo? ou alguém?

Exemplos:

Assistimos a uma nova crise;

Lutamos contra a nossa natureza;

Necessitamos de apoio.

Há o objeto indireto pleonástico, que não é erro, como no exemplo:

A mim, nada me interessa.

o Há dois objetos indiretos.

Quanto aos governantes, já lhes informamos tudo.

Em formas pronominais (como lhe) a preposição pode estar implícita, como em:

Disse-nos tudo.

Page 5: Portugues Resumo

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o Disse tudo a nós – então o nos é objeto indireto e o tudo é objeto

direto.

Verbo intransitivo

Não apresenta OD nem OI;

Pode aparecer sozinho (como em “morri”);

Pode aparecer acompanhado de adjuntos adverbiais e/ou predicativo.

Exemplos:

O presidente chegou ao Congresso.

o Ao Congresso é adjunto adverbial.

O presidente chegou ao Congresso atrasado.

o Atrasado é predicativo.

O presidente chegou atrasado ao Congresso.

o Tem adjunto e predicativo.

Verbo transitivo direto

Pede objeto direto.

Exemplos:

A decisão implicará perdas (implica algo);

Pagou as dívidas (pagou algo).

Perguntas: algo? e alguém?

Verbo transitivo indireto

Pede objeto indireto.

Exemplos:

Retornou a outras esferas de sua vida;

Visava a novos projetos;

Pagou ao farmacêutico

o Qual dos três não é verbo transitivo indireto? O primeiro. Trata-se de

circunstância. Ele não retorna a algo ou alguém, como deveria ser para que

fosse um objeto indireto. É um dos tais adjuntos adverbiais de circunstância. O

ver retornou, aqui, é intransitivo. Os outros são transitivos indiretos.

Verbo transitivo direto e indireto

Exige OD + OI ou OI + OD. Sempre tem os dois.

Os complementos devem ser diferentes.

Exemplo:

Page 6: Portugues Resumo

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Comunicamos aos funcionários do recesso.

o Frase não adequada à norma culta porque tem dois complementos

preposicionados (OIs), o que é incorreto.

Deu outra chance (OD) ao rapaz (OI).

Pagou a dívida (OD) ao farmacêutico (OI).

o Essas duas estão corretas.

Verbo de ligação

Liga o sujeito a um predicativo do sujeito. Verbo de ligação não tem objeto, então,

obviamente, não tem jeito de ter predicativo do objeto!

Nem todos os verbos podem ser verbos de ligação. Há uma lista de verbos que podem

funcionar como verbo de ligação, desde que sejam seguidos de predicativo. Se o verbo não

estiver na lista, não poderá ser verbo de ligação de jeito nenhum.

Lista:

Ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, tornar-se, virar (no sentido de

tornar), viver (no sentido de estar) e andar (no sentido de estar).

Vejamos:

Ela chegou nervosa.

o Verbo chegou é intransitivo. Nervosa é predicativo do sujeito.

Ela permaneceu na sala.

o Na sala e adjunto adverbial de lugar. Permaneceu é verbo intransitivo. Não há

predicativo.

Continuava preocupada na reunião.

o Na reunião é adjunto adverbial de lugar. Preocupada é predicativo. Continuava

é verbo de ligação.

Ela está bem.

o Verbo intransitivo + adjunto adverbial de modo.

Ela está feliz.

o Verbo de ligação + predicativo.

Regência

Trata-se da complementação de nomes e verbos. A complementação de nomes será

sempre preposicionada, mas a complementação de verbos pode ser ou não preposicionada (OI

e OD e também adjuntos adverbiais).

Para a gramática, “nome” é termo que engloba substantivos, adjetivos e advérbios.

Suscitam casos de regência nominal.

Verbos são só verbos, mesmo, e eles serão intransitivos, transitivos diretos, transitivos

indiretos e de ligação. Casos de regência verbal.

Vejamos:

Page 7: Portugues Resumo

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Agiu contrariamente às regras.

o É um caso de regência nominal, pois o termo que pede complemento

(contrariamente) é um advérbio.

Obedecia às regras.

o Caso de regência verbal.

Atenção: nem toda preposição é um caso de regência. Ela será um caso de regência

quando for exigida por um termo da frase. Em “a casa de praia era linda”, temos caso de

regência nominal? Não, porque casa não pede preposição. “Casa de praia” é uma locução

adjetiva.

Os casos de regência nominal geralmente estão ligados aos de regência verbal, e são

referentes a nomes derivados de verbos (como em “contrário/contrariamente”).

Como saber se a preposição é exigida pelo termo da frase? Basta checar. Toda vez que

aparece a palavra “casa” é preciso aparecer a preposição de? NÃO. Diferente é o que acontece

com “agiu contrariamente às regras”, caso em que a preposição “a” é sempre exigida.

O termo que pede a preposição é chamado de termo regente. O que funciona como

complemento é chamado de termo regido. O termo regido nem sempre será preposicionado

(casos de objeto direto).

O complemento pode ter 4 naturezas: complemento nominal, OD, OI e adjunto

adverbial.

Grupos de verbos:

Grupo 01.

Verbos transitivos indiretos que exigem COM e não são pronominais.

Deparar = confrontar

o O governo deparou com uma situação grave.

Simpatizar

o Nós simpatizamos com a ideia.

Antipatizar

Empatizar

Implicar = ser implicante

Grupo 02.

Verbos intransitivos que exigem a preposição A, quando seguidos de adjuntos

adverbiais de lugar (ideia de destino)

Chegar

NÃO ACEITAM: ME, TE, SE, NOS, VOS.

NÃO ACEITAM EM E DERIVAÇÕES (naquele,

naquela...)

Page 8: Portugues Resumo

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o Cheguei em Londres – ERRADO.

o Cheguei A Londres – OK

o Cheguei DE Londres – OK. Aqui não tem ideia de sentido e a preposição DE não

está no quadrinho das proibições.

Ir

o Foi EM Londres – ERRADO.

o Foi A Londres – OK.

o Foi PARA Londres – OK. Aqui não mantém o sentido. Mas por quê? A é ideia de

destino temporário; PARA é ideia de permanência.

Obs.: a preposição EM tem o mesmo sentido que A, mas não pode ser

usada aqui.

Voltar

Retornar

Comparecer

o As pessoas devem comparecer AO posto de saúde.

Grupo 03.

Verbos intransitivos que exigem a preposição EM, quando seguidos de adjuntos

adverbiais de lugar (ideia de lugar fixo/imobilidade).

Morar

Assistir = morar

Residir

o Os políticos residem em Brasília.

Domiciliar

Estar

o A informação está na página 23.

Ficar

Permanecer

Continuar

Entregar

o Fazemos entregas em domicílio.

Lembrete: a transitividade pode VARIAR. Esse grupo, inclusive, tem

grande tendência de variação.

Grupo 04.

Verbos obrigatoriamente transitivos diretos, ou seja, não admitem preposição.

Namorar – erro comum = COM.

Implicar (sentido de acarretar) – erro comum = EM.

o A decisão implicou polêmica junto à imprensa.

Pisar – erro comum = EM

o Ele jamais pisará este país.

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Grupo 05.

Verbos que são VTD COM COISAS e VTI COM PESSOAS – físicas ou jurídicas (exigem A).

Podem ser VTDI!!

Pagar

o Pagou pelo serviço – ERRADO. O correto é “Pagar o serviço”.

o E o banco? É pessoa jurídica. “Pagou ao banco na ocasião, pois as taxas

estavam altas”.

Perdoar

Agradecer

o Agradeceu o presidente do partido pelo apoio. ERRADO. Como o objeto é

pessoa, agradecer é VTI. O correto seria “agradeceu ao presidente do partido

o apoio”. A complementação está incorreta.

Grupo 06.

São, normalmente, VTDI. Admitem as preposições A, DE, ou SOBRE. Os complementos

dever ser distintos. Podem vir acompanhados somente por OD ou OI.

Informar

o Informou a população, em função dos ajustes orçamentários e dos cortes no

setor, sobre as novas taxas praticadas pelo BACEN.

Comunicar

o Comunicou o povo do ocorrido/ comunicou ao povo o ocorrido.

Cientificar

Certificar

Notificar

Avisar

(...) – outros verbos sinônimos, que tenham a mesma conotação.

Grupo 07

Casos em que o verbo é transitivo indireto e exige a preposição “a”.

Obedecer/desobedecer

o Não obedeço a ordens/às ordens.

Referir-se

o Referiu-se ao rapaz.

Proceder (= dar início)

o Procederam ao evento depois da discussão.

Assistir (= caber a/ver)

o A decisão assiste ao juiz = cabe.

o Não assisto a filmes violentos = ver.

Aspirar (= desejar)

o Aspirava a outras oportunidades.

Visar (= desejar)

o Visava a uma vida melhor.

Page 10: Portugues Resumo

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Querer (= estimar)

o Queria aos colegas de cursinho.

Agradar (= satisfazer)

o O preço não agradou aos consumidores.

Todos esses verbos exigem a preposição A. Sua ausência pode

acarretar incorreção ou modificar o sentido da frase. É preciso estar

atento ao que a questão pergunta.

Grupo 8

Casos em que o verbo é transitivo direto e muda de sentido e regência diante da

preposição “a”.

Aspirar (= cheirar)

o Aspirava a poluição de São Paulo.

Assistir (= socorrer)

o O governo não assiste os pobres.

Querer (= desejar)

o Queria um emprego público.

Visar (= pôr visto/mirar)

o Visou os cheques roubados = pôs visto.

o Visou o alvo e atirou = mirou.

Agradar (= fazer agrados)

o Mãe agrada filho

Vejamos os casos abaixo:

O governo não agradou a população/à população.

o As duas construções são possíveis e corretas, mas significam coisas diferentes.

A primeira delas diz que o governo não fez agrados – não deu vale

leite, vale gás, por exemplo.

A segunda diz que não correspondeu às expectativas.

Se a prova perguntar se isso é um caso de crase facultativa, o

que responder? Temos que dizer que NÃO, porque não há

crase facultativa se há mudança de sentido.

O preço não agradou aos consumidores/os consumidores.

o A primeira está correta.

o A segunda, aqui, não está, porque é impossível que o preço faça agrados aos

consumidores!

A decisão a que visava era importante.

o Posso substituir a que por a qual mantendo o sentido e a correção gramatical?

SENTIDO: o sentido fica igual.

CORREÇÃO GRAMATICAL: não é possível substituir e manter a correção

gramatical. Que equivale a A qual. Ao se substituir um por outro, a

preposição A se fundirá ao artigo A de A qual = à qual.

Quais são os pronomes relativos? Que, quem, o qual, a qual

etc.

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Verbo atender

É preferencialmente VTD com pessoas e VTI (preposição a) com coisas.

Atendeu às solicitações.

o A frase está correta ou incorreta? CORRETA.

o Seria possível retirar o acento grave mantendo-se o sentido e a correção

gramatical? SIM. Afinal de contas, a regra é de preferência, e não de proibição

ou obrigatoriedade.

o É possível retirar a preposição? SIM. Idem acima.

Atendeu o pedido do pai.

o A frase é certa ou errada? CERTA.

o Se comparada com a frase acima, ela está menos certa. Logo, se as duas

aparecerem numa prova de múltipla escolha, a primeira deve ser assinalada

como correta.

o Se o artigo o fosse substituído pela combinação ao, a correção melhoraria?

SIM, pois atenderia a preferência.

Atendeu o pai prontamente.

o Nesse caso, a substituição pela combinação pioraria, mas não tornaria a frase

errada.

Obs.: a gramática não considera a existência de diferença de sentido

entre atender ao e atender o, por mais que, na prática, se percebe essa

diferença.

Verbo preferir

Normalmente funciona como transitivo direto e indireto.

No objeto indireto, exige a preposição A.

Não aceita do que, que, e não, mais, menos...

Exemplos:

Preferia mais o sossego do campo do que a agitação da cidade.

o Frase INCORRETA: preferia o sossego à agitação...

Preferia mais dinheiro a lealdade.

o Esse “mais”, como se refere à quantidade de dinheiro, está correta. O

mesmo ocorre com “menos”.

o Não há crase aqui porque não há artigo antes de “mais dinheiro”,

então não haverá antes de “lealdade”.

Preferia menos trabalho a mais dinheiro.

o Está correta pelas mesmas razões da frase acima.

Verbo custar

Seguintes sentidos:

Page 12: Portugues Resumo

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Ser custoso/ser difícil

o VTI (sempre na 3ª pessoa do singular) + OI (subst. ou pron.) + sujeito oracional

(representado por verbo). Nesse caso é um verbo unipessoal, que fica sempre

na 3ª pessoa do singular, mas tem sujeito! É diferente do verbo impessoal, que

fica sempre na 3ª do singular, mas NÃO tem sujeito.

O governo custou para resolver a questão.

Frase ERRADA. Aqui o governo é o sujeito, o que não é

aplicável nesse caso.

Ao governo custou resolver a questão.

Frase CORRETA. Resolver a questão é o sujeito oracional. Ao

governo é OI.

Custei a falar com ele.

Frase ERRADA.

Custou-me falar com ele.

Frase CORRETA. Falar com ele é o sujeito oracional. Por isso

não tem preposição, porque sujeito não pode ser

preposicionado. O me é o objeto indireto, com a preposição

implícita (me = a mim).

Sentido de acarretar

o VTDI.

O casamento custou sacrifícios aos noivos.

OD: sacrifícios; OI: aos noivos.

Verbos esquecer e lembrar

Lembremo-nos de que lembrar e esquecer são faculdades pessoais e intransponíveis.

Ninguém faz ninguém se esquecer ou lembrar de nada.

Têm três possibilidades:

VTD: sem preposição e sem pronome.

o Esqueceu o fato. OD: o fato.

o Lembrou o ocorrido. OD: o ocorrido.

VTI pronominal – o pronome faz parte do verbo.

o Com preposição (“de”);

o Com pronome – me, te, se, nos, vos – que concorda com o verbo.

Esqueceu-se do fato.

Lembrou-se do ocorrido.

Esqueci-me do fato.

Esqueci-me de você.

Então é ou tudo, ou nada. Só com preposição é impossível.

Construção clássica (ou machadiana)

o VTI (3ª sing ou plural) + OI (subst. ou pron.) + Sujeito (natureza passiva)1.

Lembrou-me o ocorrido = o ocorrido foi lembrado por mim.

1 Não equivale a dizer que o sujeito é paciente, porque o verbo é VTI, que não forma voz passiva.

Page 13: Portugues Resumo

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Sujeito: ocorrido/ OI: me.

Esqueceram-me os problemas = os problemas foram esquecidos por

mim.

Sujeito: os problemas/ OI: me.

Vejamos:

Ela não me lembrou disso.

o 1. Não pode ser, porque tem pronome.

o 2. Tem preposição, mas verbo e pronome não estão na mesma pessoa.

Não pode ser.

o 3. Ela pratica a ação de lembrar, logo não há sujeito passivo. Além

disso, sujeito não pode ter preposição (“disso”, que na verdade nem é o

sujeito nessa frase).

R: Não existe.

O rapaz nos lembrou do ocorrido.

o O rapaz não pode fazer ninguém lembrar de nada.

R: Não existe.

Ninguém lembrava disso.

o Quem lembra, lembra algo ou se lembra de algo. Então ou tinha que

ser “ninguém lembrava isso” ou “ninguém se lembrava disso”.

R: Frase Errada.

Esqueceu-lhe a vida difícil.

o A vida difícil foi esquecida por ele. Lhe = OI – VTI – construção

machadiana.

R: frase certa.

Lembraram-nos coisas importantes.

o Coisas importantes foram lembradas por nós. Verbo na 3ª, pronome na

1ª e sujeito de natureza passiva: coisas importantes. Construção

machadiana.

R: frase certa.

Esqueceu-me isso.

o Isso foi esquecido por mim. Sujeito paciente: isso./ OI: me/ Verbo e

pronome em pessoas diferentes. Construção machadiana.

R: frase certa.

Ela lembrava tudo.

o Quem lembra, lembra algo – tudo é OD. Ela é sujeito. Sem preposição e

nem pronome – regra 1.

Temos três opções, de acordo com a norma culta, para que as frases acima estejam corretas:

1. Primeira opção

a. Sem preposição

b. Sem pronome

2. Segunda opção

a. Preposição

b. Pronome

c. Verbo e pronome estão na mesma pessoa

Page 14: Portugues Resumo

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3. Terceira opção

a. Verbo + OI

b. Sujeito passivo sem preposição

c. Verbo e pronome podem ficar em pessoas iguais ou diferentes (não são verbos

pronominais)

Verbo chamar

Dois sentidos:

Convocar – não pede preposição

o Chamou o ministro para o evento.

OD: ministro; Para o evento: AA de finalidade. VTD.

Cognominar/denominar – ou VTD ou VTI (só um deles! Logo, não será jamais VTDI).

o VTD – OD

o VTI – OI

+ predicativo do objeto regido ou não pela preposição DE (a preposição

é facultativa).

Exemplos:

Chamaram o governo de corrupto.

Chamaram o governo corrupto.

Chamaram ao governo de corrupto.

Chamaram ao governo corrupto.

o Todas as frases estão corretas. Nos casos aqui em que há duas preposições,

uma delas refere-se ao predicativo do objeto, não havendo, então, o erro que

corresponderia à existência de dois OIs. Corrupto/de corrupto, aqui, são

sempre predicativos do objeto.

o OBSERVAÇÃO: o verbo chamar, no sentido de cognominar, NÃO é VTDI! Ele ou

é uma coisa, ou outra!

Considerações finais

Não se dá o mesmo complemento para verbos com regências distintas.

O governo não só concordou como assinou o acordo proposto pela oposição.

o Está errada. Quem concorda, concorda com... cadê o com da frase? Quem

assina, assina algo. Há dois verbos de transitividade diferente aqui com um

único complemento, e isso não é possível.

O governo não só concordou com o acordo da oposição, como o

assinou.

Entrei e saí da sala.

o Quem entra, entra em; quem sai, sai de.

Entrei na sala e saí dela.

Assisti e gostei do filme.

o Quem assiste, assiste a; quem gosta, gosta de.

Page 15: Portugues Resumo

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Assisti ao filme e gostei dele.

Não se faz a fusão de preposição + artigo ou pronome diante de verbos no infinitivo.

Apesar do governo brasileiro ter definido a questão, serão necessários alguns ajustes.

o Não posso juntar, pois há verbo no infinitivo após a preposição e o art. Tem

que ser Apesar de o governo...

A maneira de ele agir é adequada.

o Correto. Não é possível: apesar dele agir...

Além do Brasil, existem outros países na mesma situação.

o Pode haver a fusão, pois não há verbo no infinitivo.

A preposição será facultativa em objeto indiretos representados por orações, desde que

não haja prejuízo para a eufonia da frase.

Gostava de viver bem.

o DE VIVER – OI oracional (representado por verbo).

o Retirar o DE prejudicaria a sonoridade, eufonia, da frase.

Não pode retirar o DE.

Visava a resolver o caso.

o Visar no sentido de desejar – é VTI.

o A resolver o caso – é OI.

o Pode retirar? Sim, pois não prejudica a eufonia.

Visava à resolução do caso.

o Visar no sentido de desejar – é VTI.

o Posso tirar a crase? Não. O OI não é oracional. Logo, a preposição não é

facultativa.

Aspirava a compreender isso.

o Aspirar no sentido de desejar – VTI.

o OI – a compreender isso - OI oracional.

o Poder retirar? Sim, pois não prejudica a eufonia.

Pronome relativo – emprego

Invariáveis Variáveis

Que O qual, a qual...

Quem Cujo, cuja...

Onde Quanto (invariável somente como pronome

relativo)

Como

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Comprei um carro; o carro era novo.

o Comprei um carro que era novo.

Que = carro.

Que é pronome relativo, que introduz uma oração adjetiva.

Os pronomes relativos evitam a repetição de palavras.

Ligam orações a partir de um termo comum entre elas.

Introduzem sempre uma oração adjetiva.

Podem ser chamados de conector, de mecanismo de coesão (porque ligam); de termo

remissivo, de termo anafórico, de termo dêitico = função deixes (porque fazem

referência ao anterior).

Todo pronome relativo substitui um termo com o qual mantém relações de sentido

O Rio de Janeiro é uma cidade que merece atenção.

o Que = cidade. CADEIRA REMISSIVA. Cidade retoma Rio de Janeiro; Que retoma

cidade. O pronome, em uma cadeia, retoma o termo mais próximo.

o Substituindo: dá pra trocar QUE por A QUAL, mas não por O QUAL. Logo, que =

cidade, mesmo.

Países desenvolvidos e nações que buscam a autonomia mantêm relações comerciais.

o Que = nações.

Jovens escolarizados e crianças que não tiveram acesso à educação formal têm os

mesmos direitos.

A criação do imposto cuja decretação ocorreu ontem levou anos.

o Cuja = do imposto. Perguntar para a palavra depois de cuja “de quem?”. A

resposta é “do imposto”. Além disso, decretação não é antecedente!

o Cuja é um pronome que dá ideia de posse.

A autora de cujos livros falei esteve aqui.

o Cujos = autora.

Não sabia o que poderia ser feito naquele caso.

o Que = o (que significa “aquilo que”, que é um pronome demonstrativo).

Funções sintáticas de pronomes relativos

Refere-se a Sujeitos, Objeto direto e indireto, complemento nominal, adjunto

adnominal, adjunto adverbial etc.

Alguns pronomes têm função fixa. Exemplos:

Onde – só adjunto adverbial de lugar.

Cujo – só adjunto adnominal.

Como – só adjunto adverbial de modo.

Vejamos exemplos:

A mulher [que conheci] é especial.

o Receita para descobrir função sintática:

1. Isolar oração adjetiva (cortar de modo que a outra tenha sentido

completo).

2. Localizar o termo antecedente (na frase acima, é “mulher”).

3. Construir a oração isolada por você com o termo antecedente.

Conheci a mulher.

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4. A função do termo na oração construída por você será a mesma do

pronome relativo.

Então, que, aqui, é objeto direto.

As decisões [de que temos medo] são sempre adiadas.

o Termo antecedente: as decisões.

o Construção: Temos medo das decisões.

o Função de “das decisões”. Complemento nominal – quem tem medo, tem

medo de – medo é nome, então não pode ser OI.

o Logo, a função do QUE é de complemento nominal.

A corrupção [que se vê no Brasil] é reflexo do processo...

o Termo antecedente: a corrupção.

o Construção: Vê-se a corrupção no Brasil.

o Quem vê, vê algo – VTD. No Brasil = AA de lugar; Corrupção: sujeito paciente.

SE = partícula apassivadora.

o Logo, a função do QUE é de sujeito.

Usa-se preposição antes do pronome relativo sempre que o termo posposto a ele exigir.

A vida a qual aspirava era simples.

o Está incorreto. Falta a crase. Preposição A + A QUAL. O pronome já nasce com

artigo, então é preciso haver a crase por causa da soma da preposição.

A reunião em que compareci foi interessante.

o Errado. Quem comparece, comparece A. Então reunião A QUE compareci.

O local onde chegaram parecia estranho.

o Errado. Local AONDE chegaram. Faltou a preposição A.

A mulher com a qual namorava era especial.

o Errado. Está sobrando preposição, e não é possível dar preposição se o verbo

não pedir. Namorar é VTD.

A mulher a cujas filhas me refiro esteve aqui.

o Certo. Quem se refere, se refere A.

Mamãe, este é o doce que eu mais gosto.

o Trata-se de um ato de fala. O filho que diz isso na verdade está é pedindo o

doce.

o A concordância está incorreta – este é o doce DE que mais gosto. Deveria

haver preposição.

Onde -> só pode ser usado para lugar

Não precisa ser lugar físico. Pode ser no sentido figurado, também.

Tem valor de em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais (mas o contrário nem

sempre é verdadeiro)

A situação em que o Brasil se encontra é grave.

o Posso trocar o “em que” por onde?

Não pode, porque situação não é lugar.

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A cidade em que morava era pequena.

o Aqui pode haver a substituição por “onde”, por “na qual”...

No carnaval foi onde nos conhecemos.

o Carnaval é período de tempo. Não pode ser usado.

o No carnaval foi quando nos conhecemos, ou conhecemo-nos no carnaval.

Quem -> deve ser usado para se referir a pessoas ou entes personificados

A justiça, em quem sempre confiei, não pode falhar.

o Justiça, aqui, está com letra maiúscula mostrando um ente personificado.

Então, pode-se usar o quem.

A mulher sobre quem falávamos estava no local.

o Aqui o “quem” não é aceito. Ele só admite preposições monossilábicas! Para

usar o quem, teríamos que trocar a preposição para “de”, por exemplo.

A mulher que conheci é especial./A mulher a que me refiro é especial.

o Na primeira, o que está certo. Conhecia não pede preposição, então não pode

ter./ Na segunda, também está correto o uso de que, que deve mesmo ser

precedido de preposição. E se trocarmos por “quem”?

o 1: A mulher a quem conheci é especial (preposição A é exigida pelo pronome).

Como não é exigência do verbo, que é VTD, o A QUEM é um objeto

direto preposicionado.

o 2: A mulher a quem me refiro é especial. (preposição A exigida pelo verbo).

Aqui, A QUEM é OI, porque a preposição é exigência do verbo.

o REGRA: pronome relativo “quem”, seguido de verbo transitivo direto, exigirá a

preposição a (e somente A) para efeito de ajustes fonéticos. Nesse caso, ele

funcionará como objeto direto preposicionado. A função das preposições,

então, variará de acordo com o caso.

Cujo e variações

Indicam posse;

Vêm entre dois substantivos;

Referem-se ao termo antecedente;

Concordam com o consequente;

Não admitem posposição de artigo.

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É um cidadão em cujos princípios confio.

o Confio => em = princípios.

o Cujos refere-se a cidadão.

o Cujo os princípios confio? Está errado! Não admite posposição de artigo.

A autora de cujas obras falávamos esteve no local.

o Obras de quem? Da autora.

o Cujas retoma autora, mas concorda com obras.

o Cuja as obras = ERRADO!

Como (com que)

Só é pronome relativo depois de palavras como maneira, forma, jeito, modo etc.

A maneira como ele resolveu o caso foi interessante.

o Como é sempre adjunto adverbial de modo. É um termo de retomada.

o Isso é igual a dizer “a maneira com que ele resolveu o caso foi interessante”.

Ela resolveu o caso como solicitado.

o = a “ela resolveu o caso conforme solicitado”. Esse “como” tem ideia de

conformidade.

Quanto

Só é pronome relativo depois de pronomes indefinidos ou de pronomes

demonstrativos.

Tudo quanto quiser será seu.

o Quanto retoma tudo. Quanto é pronome relativo e, nessa situação, ele é igual

a que.

Tudo o que quiser será seu.

o “o” = aquilo, pronome demonstrativo. Tudo é pronome indefinido. Que =

pronome relativo.

Que, o qual, a qual

Podem ser usados para coisas, pessoas ou lugares.

A mulher que/a qual conheci.

A casa que/ a qual conheci.

A realidade que/a qual conheci.

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Em caso de preposição com mais de uma sílaba, use o relativo “o qual” e variações.

As coisas contra as quais lutamos fazem parte da vida. (não usar “contra que”).

Os pronomes relativos “o qual”, “a qual”, “os quais” e “as quais” têm artigo em sua

composição. Quando necessário, faça a contração ou a combinação do artigo com a

preposição exigida pelo termo regente.

o Na contração, há perda de fonemas.

o Na combinação, não ocorre perda de fonemas.

As ideias às quais aspirava eram nobres.

o Aspirar, aqui, é VTI, então pede preposição. Houve contração.

O rapaz ao qual me refiro esteve aqui.

o Idem. Houve combinação, pois não houve perda de fonema.

Pronomes pessoais – emprego

1. Lhe, lhes

Admitem como sinônimos textuais as formas “a ele” ou “a ela”.

Substituem termos com preposição.

Obedeceu-lhe na ocasião.

o = a “obedeceu a ele na ocasião”. Pode trocar.

Podem funcionar como objeto indireto (VTI).

Informei-lhe a novidade.

o Lhe = a ele. É OI.

Pagou-lhe e nunca mais quis vê-lo.

o Lhe = OI.

Podem funcionar como adjuntos adnominais.

o Acontece quando o “lhe” der ideia de posse, sendo equivalente a

sua/seu/dele/dela.

Chamei-lhe a atenção.

o VTD; lhe: Adj.Adn; a atenção = OD.

o = a “chamei sua atenção”.

Beijei-lhe a testa.

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o VTD; testa = OD; lhe = Adj. Adn.

Obs.: adjunto adnominal não completa! Acompanha o nome, apenas.

Podem funcionar como complemento nominal (completam o nome mas não indicam

posse).

A decisão foi-lhe favorável.

o Foi = VL; decisão = sujeito; favorável = predicativo; lhe = complemento

nominal (favorável a ele, então “a ele” complementa “favorável”).

Os verbos assistir (= ver), aspirar (= desejar) e visar (= desejar) não admitem as formas

lhe e lhes. Nesse caso, use “a ele(s)” ou “a ela(s)”.

A decisão assiste ao governo.

o A decisão assiste-lhe (aqui está certo, porque o verbo assistir não está no

sentido de ver, mas sim no de “caber a”).

O governo assiste a cenas de corrupção.

o Aqui não pode, porque o verbo está no sentido de ver. Então fica “assiste a

elas”.

Visava a um cargo público.

o Visava a ele (é um caso proibido para o “lhe”).

2. O, a, os, as (e variações)

lo, la, los, lãs -> -R, -S, -Z

o corta-se a consoante final.

no, na, nos, nas -> -m/til

Substituem termos sem preposição.

o Resolveram a questão.

Resolveram-na.

o Fiz uma nova tentativa.

Fi-la.

Podem funcionar como objetos diretos (VTD).

o Não o reconheci na ocasião.

VTD; o= OD.

o Era impossível deixá-lo sozinho.

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VTD; lo = OD.

Podem funcionar como sujeito do infinitivo em construções com verbos causativos ou

sensitivos (mandar/fazer/ver/deixar/ouvir...)

o Deixei-o entrar no local da festa.

O = sujeito do infinitivo “deixar”. Trata-se de uma oração reduzida.

Deixei que ele entrasse no local da festa. Logo, o objeto direto será a

oração reduzida inteira = “o entrar na festa”.

o Não o vi fazer nada de errado.

Verbo VER + INFINITIVO.

= não vi “ele” fazer nada de errado. O “o” está antes só porque o

“não” atraiu. Tudo isso funciona como objeto direto (inclusive o “o”).

Tipos de “se”

1. Partícula apassivadora.

Verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto.

A frase está na voz passiva sintética.

A frase aceita voz passiva analítica (ser/estar + particípio).

Verbo concorda com o sujeito.

O objeto direto vira sujeito da passiva, portanto, não há objeto direto na frase na voz

passiva.

o Não se (PA) discute (VTD) esse tipo de tema (sujeito paciente).

É possível trocar por “não é discutido” esse tipo de tema.

o Não se (PA) disse (VTDI) a verdade (OD) ao rapaz(OI).

A verdade não foi dita ao rapaz.

2. Índice de indeterminação do sujeito.

A premissa é não haver sujeito explícito nem implícito na frase (antigo sujeito oculto,

também chamado de desinencial).

Em geral, VI, VTI ou VLig formam sujeito indeterminado.

O verbo fica sempre na terceira do singular.

A voz é ativa.

o Era-se feliz naquela época.

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o Necessita-se de ajudantes.

o Vive-se bem no Brasil.

Na FCC, fique atento às questões de concordância!!! Elas sempre cobram a

partícula SE.

Verbo É uma palavra conjugável que varia em número, pessoa, tempo, modo e voz.

Ela falou a verdade.

o FALOU está conjugado na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do

indicativo, na voz ativa.

Tempos e modos verbais

Esquema de conjugação verbal

Tempos primitivos Tempos derivados

Presente do indicativo Presente do subjuntivo

Imperativo afirmativo

Imperativo negativo

Pretérito perfeito do indicativo Pretérito mais que perfeito

Pretérito do subjuntivo

Futuro do subjuntivo

Infinitivo Pretérito imperfeito do indicativo

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Grupo 01 – derivados do Presente do Indicativo

Regras:

Base: 1ª pessoa do singular – o (1ª pessoa do singular menos o O).

Presente do subjuntivo (em geral) -> base + AR – E; ER/OR/IR –A

Imperativos não apresentam a 1ª pessoa do singular.

Imperativo afirmativo – idêntico ao presente do subjuntivo, exceto no TU e no VÓS,

que vêm direto do presente do indicativo sem o –S.

Imperativo negativo – idêntico ao presente do subjuntivo precedido de NÃO.

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Pensando... 1. Não partas, não me esqueças, não me deixes.

a. Transpondo-se a frase para o imperativo afirmativo, teríamos:

i. Parta – esqueça – deixa

ii. Parte – esquece – deixe

iii. Parte – esquece – deixa

iv. Partes – esqueces – deixas

1. R: esse tipo de questão é comum nda FCC. Para resolver esse

tipo de questão, é preciso identificar em qual pessoa a frase

está. Essa está na 2ª pessoa do singular. A resposta é a letra C.

2ª do singular = TU. Imperativo afirmativo – tu e vós vêm

direto do presente do indicativo sem o S. Verbo PARTIR:

a. Tu partes – parte tu.

b. Tu esqueces – esquece tu.

c. Tu deixas – deixa tu.

Explicando...

Presente do

indicativo

Presente do

subjuntivo

Imperativo

afirmativo

Imperativo

negativo

Ver Vejo

Vês

Vemos

Vedes

Veem

Que eu veja

Que tu vejas

Que ele veja

Que nós

vejamos

Que vós vejais

Que eles vejam

----

Vê tu

Veja você

Vejamos nós

Vede vós

Vejam vocês

----

Não vejas tu

Não veja você

Não vejamos

nós

Não vejais vós

Não vejam vocês

Vir Venho

Vens

Vem

Vimos

Vindes

Vêm

Que eu venha

Que tu venhas

Que ele venha

Que nós

venhamos

Que vós venhais

Que eles

venham

----

Vem tu

Venha você

Venhamos nós

Vinde vós

Venham vocês

----

Não venhas tu

Não venha você

Não venhamos

nós

Não venhais vós

Não venham

vocês

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Grupo 02 – derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

Regras:

Base: 3ª pessoa do plural – RAM.

Pretérito M.Q.P. – base + RA(todas)/RE(vós)

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo – base +SSE

Futuro do Subjuntivo – base + R

Pensando... 1. Se o governo não rever o projeto, haverá problemas no setor.

a. SE é conjunção, o que indica que o verbo está no modo subjuntivo. O correto é

REVIR, no futuro do subjuntivo. Frase ERRADA.

2. Se ele não requiser a documentação, terá prejuízos.

a. REQUERER não é derivado de QUERER. Logo, o certo é “se ele não requerer”.

Frase CERTA.

3. Se o governo não se propor a auxiliar no projeto, o país sairá perdendo.

a. ERRADA. O correto é PROPUSER.

4. Quando convier ao governo, ele viabilizará o processo.

a. CERTA. O verbo é CONVIR, derivado de VIR. A base é VIE.

5. Se ninguém se precavisse, o vírus estaria fora de controle.

a. ERRADA. O certo é PRECAVESSE.

Explicando...

Pretérito

Perfeito

Pretérito

Mais que

Perfeito

Pretérito do

Subjuntivo

Futuro do Subjuntivo

VER Vi

Viste

Viu

Vimos

Vistes

Viram

Vira

Viras

Vira

Viramos

Vireis

Viram

Se eu visse

Se tu visses

Se ele visse

Se nós víssemos

Se vós vísseis

Se eles vissem

Quando eu vir

Quanto tu vires

Quando ele vir

Quando nós virmos

Quando vós virdes

Quando eles virem

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Verbos:

VIR – base: Vie

PÔR – base: Puse

TER – base: Tive

HAVER – base: Houve

Grupo 03 – Derivados do Infinitivo impessoal

Regras:

Base: verbo – R ou verbo – (vogal + R)

Pretérito Imperfeito do Indicativo – Base: VA (AR); VE (vós)// IA e NHA(ER, IR, OR); IE e

NHE (vós)

Futuro do Presente – Base + rei, rás, rá, remos, reis, rão

Futuro do Pretérito – Base + ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam

Explicando...

Vozes verbais

Trata-se da relação existente entre o verbo e o seu sujeito.

O lenhador derrubou a árvore.

o Voz ativa. O sujeito pratica a ação.

A árvore foi derrubada pelo lenhador.

Infinitivo Pretérito

Imperfeito do

Indicativo

Futuro do

Presente

Futuro do

Pretérito

VENDER

Bases: VENDE e

VEND

Vendia

Vendias

Vendia

Vendíamos

Vendíeis

Vendiam

Venderei

Venderás

Venderá

Venderemos

Vendereis

Venderão

Venderia

Venderias

Venderia

Venderíamos

Venderíeis

Venderiam

QUERER

Bases: QUERE e

QUER

Queria

Querias

Queria

Queríamos

Queríeis

Queriam

Quererei

Quererás

Quererá

Quereremos

Querereis

Quererão

Quereria

Quererias

Quereria

Quereríamos

Quereríeis

Quereriam

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o O sujeito sofre a ação. “foi derrubada” = locução verbal. Pelo lenhador =

agente da passiva. A frase está na voz passiva analítica, porque tem locução

verbal.

Ela se achava jovem.

o Ela = sujeito; VTD. Ela acha jovem a si mesma. SE = OD, pronome reflexivo.

Jovem é predicativo do sujeito ou do objeto, porque ambos representam a

mesma pessoa. Voz reflexiva.

Havia vários problemas no setor.

o Oração sem sujeito. Se não tem sujeito, não há como determinar a voz.

Voz ativa

O sujeito é agente/ pratica a ação.

Pode ser formada a partir de qualquer tipo de verbo (VI, VTI, VTD, VTDI, VL).

Admite ter/haver como auxiliares (com esses verbos, usa-se o particípio regular).

Voz passiva

O sujeito é paciente/ sofre a ação.

Só pode ser formada a partir de VTD ou VTDI.

O objeto direto da ativa vira sujeito da passiva.

Conclusão: não há OD em voz passiva.

Voz passiva sintética e voz passiva analítica são sempre formas gramatical e

semanticamente equivalentes.

O agente da passiva pratica a ação sobre o sujeito paciente. É sempre introduzido por

preposição (por/pelo(a/s)/de) Não se trata de um termo obrigatório.

o Voz passiva analítica: ser/estar + particípio + sujeito paciente

A decisão foi tomada pelo governo.

o Voz passiva sintética: VTD ou VTDI + SE + sujeito paciente (verbo concorda

obrigatoriamente com o sujeito paciente)

Tomou-se uma decisão.

Tomaram-se algumas decisões.

Observação:

Transposição: trata-se da passagem da voz ativa para a passiva ou vice-versa.

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Voz reflexiva

O sujeito é agente e paciente, ou seja, pratica e sofre a ação expressa pelo verbo.

Exige pronome reflexivo ou termo reflexivo (um ou outro, por exemplo).

Pode indicar reflexão ou reciprocidade, dependendo do sentido da frase.

O pronome ou o termo reflexivo exercerá função sintática de OD ou OI em relação ao

verbo.

o Ex.: Elas se encontraram no local combinado.

Ideia de reciprocidade.

SE: pronome reflexivo.

Função de OD.

o Ex.: Eu me acho adequada para a função.

Acho a mim mesma adequada. Ideia de reflexão.

Valores semânticos dos verbos

Acabo de ter uma ideia.

o Tempo verbal: presente.

o Valor: passado próximo.

o Pode ser trocado por “acabei”.

Formo-me no final do ano.

o Tempo verbal: presente.

o Valor: futuro.

o = formar-me-ei.

As pessoas refletem a vida que levam.

o Tempo verbal: presente.

o Valor: ação se projeta para o futuro e prolonga o passado.

Refletiam no passado e continuarão refletindo no futuro.

Saio às 20:00 do trabalho.

o Tempo verbal: presente.

o Valor: ação contínua. Presente habitual.

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Poderia ajudá-lo?

o Tempo: Futuro do pretérito.

o Valor: presente. Forma mais polida de dizer.

O governo poderia ter realizado o projeto.

o Tempo: futuro do pretérito.

o Valor: ideia de hipótese.

o Sentido diferente do de “podia”.

Plantou os frutos que colheu.

o Dois verbos no pretérito perfeito. Dá a impressão de que as ações

aconteceram simultaneamente, só que isso, nesse caso, não é possível. Do

ponto de vista da norma culta essa frase está errada.

o Plantara os frutos que colheu.

Pretérito mais-que-perfeito dá ideia de anterioridade em relação a

uma outra ação passada. Assim está correto.

Tempos Compostos

1. Pretérito perfeito composto do indicativo* -> pres. Ind. (ter/haver) + particípio.

a. Ele tem trabalhado muito (= ação duradoura).

2. Pretérito MQP composto do indicativo* -> pret. Imp. do ind. + particípio.

a. Ele tinha trabalhado muito (= trabalhara).

3. Futuro do presente composto do indicativo -> fut. do pres. do ind. + particípio.

a. Terei cantado.

4. Futuro do pretérito composto do indicativo -> fut. do pret. do ind. + particípio.

a. Teria cantado.

5. Pretérito perfeito composto do subjuntivo -> pres. do subj. + particípio.

6. Pretérito MQP composto do subjuntivo -> pret. imp. do subj. + particípio.

7. Futuro composto do subjuntivo -> fut. do subj. + particípio.

8. Infinitivo composto -> inf. + particípio.

9. Gerúndio composto -> gerúndio + particípio.

Correlação verbal

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Damos o nome de correlação verbal à coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto, combinar entre si. Vejamos este exemplo:

Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição. No caso, o verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de maneira a garantir que o período tenha lógica? Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia), um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está correto, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá. Para tornar mais clara a questão, vejamos o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição. Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras ideias, fatos certos ou prováveis. Ora, nesse caso não podemos dizer que jamais aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a uma certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de dormir.

Correlações verbais corretas

A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes:

presente do indicativo + presente do subjuntivo: Exijo que você faça o dever.

pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Exigi que ele fizesse o dever.

presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo: Espero que ele tenha feito o dever.

pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Queria que ele tivesse feito o dever.

futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

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pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo: Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.

futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Quando você fizer o dever, dormirei.

futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo: Quando você fizer o dever, já terei dormido.

Concordância verbal Regra Geral: o verbo deve concordar com o sujeito da oração.

Cabem aos alunos estudar para a prova.

o Sujeito oracional (estudar para a prova). Verbo fica na 3ª pessoa do singular.

Frase incorreta.

Coisas estranhas começaram a haver no local.

o Verbo impessoal. A impessoalidade do verbo haver é “contagiosa”. Frase

incorreta.

Tratam-se de assuntos polêmicos que merecem discussão.

o De assuntos polêmicos = OI. É caso de sujeito indeterminado. Se = índice de

indeterminação de sujeito. Verbo fica na 3ª pessoa singular. Frase incorreta.

Discutiu-se, na ocasião, a nova estratégia da empresa.

o Frase correta. A nova estratégia da empresa é sujeito paciente.

Elas parecia aceitarem tudo.

o Frase correta. O verbo “parecer” tem uma concordância especial.

Nenhum de nós sabemos a verdade.

o A expressão “nenhum” exige a concordância no singular. Frase incorreta.

Casos especiais de concordância

Grupo 01: casos em que o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

1. Haver (com valor existencial)

a. Verbo impessoal.

b. Forma oração sem sujeito.

c. É sempre verbo transitivo direto.

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d. Fica na 3ª pessoa do singular.

e. VTD – tem OD.

i. Não haveriam outros problemas no setor.

ii. Houveram dias de glória.

1. Ambas as frases acima estão incorretas.

Atenção:

Houveram-na por louca.

o Consideraram-na.

Haviam escolhido o presente.

o Tinham escolhido.

Ambas as frases acima estão corretas, pois o verbo haver, nelas, não

tem valor existencial.

Não existiria/existiriam outros problemas no setor.

o O certo, aqui, é o PLURAL, porque o verbo existir não segue a regra do verbo

haver existencial.

O verbo existir varia. É intransitivo e apresenta sujeito.

Na reunião, teve quem questionasse o governo.

o Errado. O verbo TER não pode ser usado no sentido existencial.

2. Haver e fazer indicando tempo decorrido

a. Verbos impessoais.

b. Formam oração sem sujeito.

c. VTD – têm OD.

d. Aparecem na 3ª pessoa do singular.

Havia semanas que não se viam.

Faz dois anos que o conheço.

3. Fenômenos naturais.

a. Verbos impessoais.

b. Formam oração sem sujeito.

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c. São verbos intransitivos.

d. Aparecem na 3ª pessoa do singular.

Choveu em muitas cidades brasileiras.

Ventava/ventavam folhas para todos os lados.

o Aqui o correto é o plural porque está no sentido figurado.

Choveram pedras de granizo.

o Idem acima.

Logo, em sentido figurado, fenômenos naturais variam.

4. Auxiliares de verbos impessoais também ficam sempre na 3ª pessoa do singular.

Deve haver soluções.

o Mas: Devem existir soluções.

Vai fazer cinco anos que trabalho aqui.

5. Sujeito oracional -> verbo da oração principal fica sempre na 3ª pessoa do singular.

Procuram-se resolver problemas da melhor forma possível.

o O verbo, aqui, deve estar na 3ª pessoa. O sujeito é “resolver problemas”.

6. SE índice de indeterminação do sujeito -> verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

Necessita-se de profissionais competentes no mercado.

7. Nenhum(a) de/dos/das -> sempre na 3ª pessoa do singular.

Nenhuma das meninas reconheceu o homem.

Nenhum de nós fez nada.

A nenhum de nós _____ essas obrigações. (cabe/cabem).

o R: Cabem. Plural. O sujeito é “essas obrigações”.

8. Cada um(a) de/dos/das -> 3ª pessoa do singular.

Grupo 02: casos em que o verbo poderá realizar concordância lógica (com o núcleo)

ou atrativa (com o mais próximo). > Haverá alteração leve de sentido ou

deslocamento de foco.

9. Expressões partitivas + determinante

a. A maioria, grande parte, pequeno número, grande número...

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i. A maioria dos cidadãos tem/têm dívidas.

1. Nesse caso, pode singular ou plural.

10. Coletivos + determinante

a. Grupo, classe, turma, enxame, coleção, conjunto...

i. Um conjunto de engenheiros avaliou/avaliaram o caso.

11. Numerais percentuais, fracionários ou decimais + determinante

a. 1/3: concorda com o numerador

i. 1/3 dos produtos caiu/caíram na água (pode os dois).

12. Sujeito composto (dois ou mais núcleos) posposto ao verbo

a. Falta investimento e recursos no setor.

i. A troca de ordem dos termos, aqui, exigiria que o verbo fosse para o

plural. Se o verbo já estivesse no plural, a troca poderia ser feita sem

prejuízo da correção ou do sentido.

13. Pronomes indefinidos ou interrogativos, no plural, + nós/vós

a. Quais de nós sabem/sabemos... pode os dois.

14. SE => partícula apassivadora.

a. Só com VTD ou VTDI.

b. Verbo concorda com o sujeito paciente.

i. Buscam-se soluções para o caso.

1. Soluções são buscadas.

Concordância nominal Trata-se da relação existente entre o nome e seus determinantes (artigos, adjetivos,

numerais, pronomes adjetivos).

Regra geral: os determinantes do substantivo concordam em gênero e número com

ele.

Havia bastante criança no local./ Ela vive só há algum tempo.

Havia bastantes crianças no local./ Elas vivem sós há algum tempo.

Crase Trata-se da fusão de duas vogais de mesma natureza. No português, é marcada com

acento grave (`).

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Condições de ocorrência:

1. Termo antecedente exigir a preposição A.

2. Termo consequente admitir o artigo a(s) ou ser um dos

seguintes pronomes demonstrativos: a(s), aquele(s), aquela(s),

aquilo.

Casos proibidos de crase Obs.: casos proibidos prevalecem sobre quaisquer outros!!!

1. Antes de palavras masculinas em geral

Falaram a respeito do assunto.

2. Antes de verbo

A partir de hoje, escreva certo.

3. Antes de artigo indefinido

Um, uma, uns e umas.

Referia-se a uma pessoa especial.

4. Entre palavras repetidas que constituam expressões idiomáticas

Boca a boca, mês a mês, ano a ano...

A notícia se espalhou boca a boca.

5. Antes de uma palavra plural quando o a estiver no singular.

Referiu-se a pessoas de bom gosto.

o Obs.: se o mesmo “a” dessa frase vier seguido de “s” de plural, haverá crase

obrigatória.

o O sentido das duas é diferente. No singular é genérico. No plural, específico.

6. Depois de preposição (exceto até)

Desde, perante, ante... são preposições que são muito usadas em questões que

cobram essa regra. Após e para também aparecem muito por causa das questões de

horas.

o Jurou perante a justiça dizer a verdade.

7. Antes de numerais (exceto horas)

Ela voltará daqui a dois dias.

De 5 a 20 de novembro...

o Obs.: estrutura paralelística necessária para escrever numerais:

8. Antes de nomes próprios completos

O nome próprio completo indica distanciamento e, por isso, não se utiliza artigo.

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Referiu-se a Flávia Rita Coutinho Sarmento.

9. Antes de “dona” seguido de nome próprio (= pré-nome)

Referiu-se a dona Maria.

10. Antes de pronomes pessoais

Ela, mim, te, se, nós, vós...

Referiu-se a ela, não a mim.

11. Antes de pronomes de tratamento (exceto senhora e senhorita)

Referiu-se a Vossa Senhoria.

12. Antes de pronomes indefinidos em geral

Cada, qualquer, tudo, nada, algo, alguém...

Referia-se a cada uma das pessoas que estavam ali.

Sou favorável a qualquer lei.

13. Antes de pronomes demonstrativos que não sejam iniciados com a letra A

Este, esta, isso, isto...

Sou favorável a essa medida.

14. Em sujeito

As vezes em que ele esteve aqui foram ótimas.

15. Em objetos diretos

Avisaram a mulher sobre a nova data.

Análise sintática do período simples

Termos ligados ao nome

1. Complemento nominal

Completa nomes transitivos (substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios).

o Substantivo abstrato: sentimento, ação, qualidade ou estado. Os sentimentos

e ações têm uma maior probabilidade de pedirem complemento.

É obrigatoriamente preposicionado.

Quando se refere a um substantivo abstrato, tem natureza passiva.

O medo da morte aproxima as pessoas.

o Medo: substantivo abstrato; da morte: prep. “de”; tem natureza passiva (a

morte é temida). É complemento nominal.

Isso é favorável ao país.

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o Favorável: adjetivo; preposição “ao”. Palavras que completam adjetivos só

podem ser adjuntos adnominais.

Agiu contrariamente a seus princípios.

o Contrariamente: advérbio; prep. “a”; seus princípios: complemento nominal.

Amor de mãe é bom.

o Amor: substantivo abstrato; prep. “de”; a natureza é ativa – a mãe está

amando. Então não é complemento nominal, é adjunto!

Amor à mãe é bom.

o Amor: substantivo abstrato; prep. “a”; natureza passiva – a mãe está sendo

amada. É complemento nominal.

2. Adjunto adnominal

Acompanha substantivos abstratos ou concretos.

Pode ser representado por artigos, pronomes, numerais, adjetivos ou locuções

adjetivas.

Quando se refere a um substantivo abstrato, tem natureza ativa.

As duas últimas casas de José eram bonitas.

o As: adjunto adnominal; duas: idem; Casas: substantivo concreto. “de José” é

adjunto nominal.

Obs.: Adjunto adverbial e adjunto nominal não completam o verbo e o nome! É errado dizer

que eles têm função completiva!

Pensando... A crítica do diretor foi severa.

o Ordem:

Há preposição?

Verificou o antecedente? Se não , passar para o próximo passo.

É agente ou paciente?

o Nesse caso: substantivo abstrato com ideia ativa (o diretor está criticando).

Então, é adjunto adnominal.

A crítica ao diretor foi severa.

o Foi criticado. É complemento.

A criação do homem é obra de Deus.

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o Criação: abstrato; natureza paciente (o homem foi criado); é complemento

nominal. “de Deus” será adjunto, porque o antecedente é substantivo

concreto.

As criações do homem nem sempre são positivas para ele.

o Criações: abstrato; ideia ativa (o homem está criando); adjunto adnominal.

o “Para ele” é complemento nominal que completa um adjetivo.

Orações Adjetivas

As orações adjetivas são introduzidas por pronomes relativos.

Referem-se a um termo da oração principal.

Podem ser explicativas ou restritivas conforme o sentido pretendido.

Oração adjetiva (pronome relativo)

o Explicativa

Entre vírgulas

Conjunto unitário (um) ou generalização (todos)

o Restritiva

Sem vírgulas

Parte de um conjunto maior

Exemplos:

O Brasil, que é um país tropical, tem muitos atrativos turísticos.

o É um conjunto unitário (só existe um Brasil). Então tem que ser com vírgula.

o A retirada das vírgulas, nesse caso, não é possível. Ela provoca incoerência.

As crianças, que representam o futuro de um país, têm seus direitos previstos no ECA.

o Aqui fala-se do todo. Não tem como ser de uma parte porque os direitos

previstos no ECA são de todas as crianças. É Uma generalização, que tem

necessariamente que ser com vírgula.

o A retirada das vírgulas, aqui, causaria a incoerência da frase.

Mulher que trabalha vence na vida.

o A frase refere-se somente às mulheres que trabalham (parte de um conjunto).

o Colocar vírgulas aqui causaria incoerência, a menos que houvesse o artigo A no

início da frase.

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O país que investe em educação se desenvolve.

o Essa frase admite as duas formas, com ou sem vírgula.

Entre vírgulas: um país específico.

Sem vírgulas: aqueles países que investem (parte)

Nesse caso não há incoerência. Não é possível dizer que a

vírgula é facultativa, pois há mudança de sentido.

A polícia que defende os interesses dos cidadãos deve ser respeitada.

o Sem vírgula: fala-se que somente parcela da polícia defende. Refere-se a parte

da polícia somente.

o Com vírgula: admite-se que toda polícia que existe defende o interesse dos

cidadãos. TODO.

Meu irmão que é médico veio me visitar.

o Sem vírgula: tenho mais de um irmão e um deles é médico e veio me visitar.

o Com vírgula: tenho somente um irmão e explico que ele é médico.

Pontuação Os sinais de pontuação servem para dar sentido aos textos escritos.

A pontuação NÃO é aceitável em:

a) José Roberto foi visitar seu irmão Honório.

b) José, Roberto foi visitar seu irmão, Honório.

c) José, Roberto, foi visitar seu irmão, Honório.

d) José Roberto, foi visitar seu irmão, Honório.

a. Essa é a única inaceitável, pois separa sujeito de predicado.

e) José Roberto foi visitar seu irmão, Honório.

Mudanças na pontuação podem acarretar mudanças de sentido. Se as vírgulas forem

retiradas, haverá alteração de sentido em:

I. Não se usa, obrigatoriamente, uniforme no setor.

a. Com vírgula: é proibido usar uniforme.

b. Sem vírgula: pode ou não usar uniforme.

II. O governo, em geral, não se envolve com isso.

Page 40: Portugues Resumo

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a. Com vírgula: geralmente, na maioria das vezes.

b. Sem vírgula: o governo como um todo.

i. As relações sintáticas também foram alteradas. Entre vírgulas – adj.

Adv; sem vírgula – adj. Adn.

III. O local, onde ele foi encontrado, estava isolado.

a. Com vírgula: só há um local, e ele estava lá.

b. Sem vírgula: pode haver vários locais, mas fala-se especificamente de um.

IV. A população, em menos de um mês, foi às ruas cinco vezes.

a. Não é possível retirar as vírgulas aqui. Não altera o sentido – fica errado.

Emprego da vírgula As vírgulas servem para sinalizar deslocamentos ou intercalações de termos na

estrutura oracional. A ordem natural ou canônica da frase é Sujeito + verbo + complemento

verbal + adjunto adverbial. Nessa ordem não é preciso usar vírgula.

A atual crise política do governo brasileiro (1) prejudica (2) a imagem (3) do país (4) no

exterior.

o 1: não se usa vírgula entre sujeito e predicado

o 2: não se usa entre verbo e complemento

o 3: entre nome e complemento

o 4: expressão enfática – reforça que a imagem é prejudicada no exterior.

1. Período simples

1. Isolar vocativo

2. Isolar aposto

3. Separar itens de enumeração (= termos coordenados entre si)

a. Ela gostava de doce, de queijo, de fruta.

4. Isolar expressões explicativas

a. O Brasil é rico, ou seja, dispõe de muitos recursos.

5. Separar local de data.

6. Separar complemento pleonástico.

a. Quanto ao problema, já o resolvi.

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7. Separar expressões retificativas ou enfáticas.

a. Menos, exceto, inclusive, até... usar uma vírgula só.

b. Todos foram aprovados, inclusive eu.

8. Indicar elipse ou zeugma.

9. Indicar deslocamento de conjunção coordenativa.

10. Indicar deslocamento de adjunto adverbial (longo)

2. Período composto

1. Separar orações coordenadas sindéticas ou assindéticas.

2. Isolar oração substantiva apositiva.

3. Isolar oração adjetiva explicativa.

4. Indicar deslocamento de oração adverbial. Depois da principal, a vírgula será

facultativa.

5. Isolar oração interferente.

6. Indicar ocorrência de polissíndeto.

7. Antes do conector e em caso de sujeitos distintos e/ou valor aditivo.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - FCC

Técnicas de Leitura:

1- Fazer uma leitura informativa do texto. Dessa leitura, você deve apenas definir o tema do texto e o ponto de vista do autor.

Tema: usar critério da relevância.

2- Fazer uma leitura das questões sem se preocupar em respondê-las. Com isso, você estará direcionando sua releitura do texto.

3- Reler o texto visando a otimizar as informações. Para isso:

Grife trechos relacionados às questões.

Circule elementos de coesão.

Resuma blocos do texto a partir de palavras-chave.

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Análise de Alternativas:

Sobre as alternativas erradas que aparecem em uma questão de interpretação de texto, pode-se dizer que elas

apresentam erros de cinco tipos:

1- EXTRAPOLAM as informações contidas no texto. 2- LIMITAM as informações contidas no texto. 3- Estão PARCIALMENTE corretas em relação às informações contidas no texto. 4- CONTRADIZEM as informações do texto. 5- Não abordam de forma direta o TEMA do texto.

Dicas Gerais:

Alternativas iguais se excluem.

Lembre-se de que você está procurando a resposta mais certa ou a mais errada.

Não mude sua resposta por achar que ela é muito obvia.

Não utilize conhecimento de mundo para responder a qualquer questão de texto.

Em caso de dúvida, procure usar a conclusão como parâmetro.

Analisando as Questões:

1- Ideia central do texto Responda com base na conclusão.

2- Questões de título Elimine títulos gerais ou parciais.

3- Estrutura do texto

Bloco I – introdução: introduzir, apresentar, fornecer contexto...

Bloco II – desenvolvimento: desenvolver, argumentar, fundamentar, embasar...

Bloco III – conclusão: concluir, resumir, rearticular, reorganizar, fechar, finalizar...

4- Estratégia argumentativa

Enumeração: sequência de termos coordenados entre si.

Gradação: evolução ou involução de termos relacionados.

Exemplificação: detalhamento de um fato.

Comentário: fato mencionado sem nível de detalhamento.

Comparação: pressupõe relação de igualdade, inferioridade ou superioridade.

Contraste: oposição de duas realidades.

Causa e consequência: relação de causalidade.

Hipótese: levantamento de possibilidade.

Condição: atrelamento de um fato a outro.

Previsão: expectativas futuras. 5- Intencionalidade do texto

Procure sempre relacionar a intencionalidade do texto à tipologia.

Principais: informar, persuadir, criticar, comover, ironizar, satirizar...

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6- Ponto de vista do autor Há dois tipos de questões de ponto de vista do autor:

Impressões gerais do autor sobre o tema.

Fragmentos de texto que contenham o ponto de vista do autor.(Nesse caso, verifique a existência de adjetivos, advérbios com carga semântica e verbos com carga semântica.)

7- Linguagem figurada / conotativa / metafórica Nesse caso, você deve observar aspectos semânticos da sentença, ou seja, se há palavras empregadas

fora do sentido real.

8- Linguagem formal / culta / padrão Nesse caso, trata-se de uma questão de gramática. Assim, você deve observar se há construções

coloquiais, típicas da oralidade.

9- Ambiguidade Análise de enunciados com duplo sentido.

10- Pleonasmo / redundância Análise de enunciados com informação repetida, desnecessária.

11- Intertextualidade

Citação: transcrição de trecho integral de outro texto.

Alusão: referência explícita ou implícita a outro autor, texto, personagem...

Paráfrase: reescrita mantendo-se o sentido básico. 12- Elemento de coesão

Trata-se do estabelecimento de relações intratextuais em vários níveis.

Tipos comuns de questões:

Elemento marcado – conferir relação.

Elemento não marcado – conferir relação

Elemento marcado – substituir por sinônimo

Elemento marcado – explicação de sentido

Ausência de elemento – elemento adequado

Ausência de elemento – relação adequada 13- Pronome – retomada pronominal

Esse tipo de questão depende diretamente do texto. Trata-se da retomada de termos a partir de

pronomes. Volte ao texto para conferir a resposta!

14- Pronome – pronome relativo Há duas possibilidades de se cobrar pronome relativo:

Relação com o termo antecedente.

Emprego de acordo com a norma culta de pronome relativo. Lembre-se de que existe QUE conjunção integrante. Esse tipo de QUE não substitui o termo antecedente.

15- Pronome – pronome demonstrativo Pode-se cobrar emprego ou retomada. O pronome isso e suas variações são os mais incidentes nesse

tipo de questão.

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16- Pronome – pronome pessoal A FCC costuma cobrar questões de substituição de o/lhe, associadas a regras de colocação pronominal.

17- Advérbio Os advérbios são modificadores de verbo, adjetivo ou outro advérbio.Aparecem normalmente em

questões de semântica identificados pelo sentido que expressam dentro da sentença.

Principais sentidos: modalidade, intensidade, causalidade, finalidade, dúvida, afirmação, negação, meio,

instrumento...

18- Verbo As questões de verbo da FCC normalmente giram em torno de tempo e modo, sentido na frase ou voz.

Sempre se cobra relação entre tempos e modos.

19- Relação morfossintática As questões de morfossintaxe envolvem relações de concordância verbal ou nominal.

20- Alteração de sentido As alterações semânticas podem ser acarretadas por vários fatores, mas é possível destacar três (mais

recorrentes em prova):

Pontuação

Uso de pronomes indefinidos

Posição de adjetivo 21- Pontuação

Em caso de questão sobre o uso adequado/inadequado de sinais de pontuação, fique atento aos casos

proibidos de pontuação. Eles são suficientes para esse tipo de tarefa.

22- Crase Em uma questão de acento grave, é necessário conhecer as regras gerais e os casos especiais.

23- Questões de vocabulário Procure referências no texto ou use a associação de palavra a palavra.

CONECTORES

Os conectivos ou elementos de coesão são importantes para a compreensão do texto, uma vez

que toda estrutura do mesmo depende destes. Destacam-se aqui alguns elementos capazes

de ampliar a visão interpretativa do aluno.

l – ELEMENTOS DE COESÃO COORDENATIVOS

01. de adição: e, nem, não só... mas também, não apenas... como ainda...

Ex.:A economia não apenas se fortaleceu nas últimas décadas como ainda ampliou seus

indicadores sócio-econômicos.

02. de adversidade (contraste/oposição): mas, contudo, entretanto, todavia, porém, no

entanto, entretanto...

Ex.: A economia se desenvolveu muito nas últimas décadas, mas há ainda precariedades nesse

setor.

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03. de explicação: que, porque, pois (anteposto ao verbo)... Ex.: Os cidadãos são responsáveis pela forma com que seus governantes conduzem o país, pois são livres para escolherem seus dirigentes. 04. de alternância: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer...

Ex.: Ou o mundo parte para um lado mais social, ou não sobreviveremos ao individualismo

capitalista.

05. de conclusão: portanto, logo, então, por isso, pois (posposto ao verbo)... Ex.: Os cidadãos são responsáveis pelos candidatos que elegem, são, pois, também responsáveis pela forma com que os mesmos conduzem o país.

II – ELEMENTOS DE COESÃO SUBORDINATIVOS

06. de concessão (exceção à regra): embora, apesar de, ainda que, mesmo que...

Ex.:Embora os indicadores econômicos revelem relativa melhora, os sociais se mostram

estagnados.

07. de causa: visto que, já que, porque, como (só no início de frase)... Ex.: Como os brasileiros se preocupam pouco com política, julgam-se no direito de não se responsabilizarem pela corrupção institucionalizada no país. 08. de conseqüência: tal que, tanto que, tão que... Ex.: As causas das desigualdades sociais no Brasil são tantas que nem é possível enumerá-las. 09. de conformidade: como, conforme, segundo, de acordo com... Ex.: Todos agiam segundo os próprios objetivos políticos. 10. de condição: se, caso, desde que, somente se, apenas se... Ex.: Se os representantes brasileiros não fossem cleptocratas, haveria menor desigualdade social. 11. de tempo: já, agora, desde que, logo, assim que, quando, enquanto... Ex.: Desde que a imunidade parlamentar foi regulamentada, ficou fácil ser corrupto no Brasil. 12. de comparação: como, igual à, tanto quanto, mais...que, menos...que... Ex.: Assim como nossos cidadãos, nossos políticos não se julgam responsáveis pelo Brasil. 13. de finalidade: a fim de , para, para que... Ex.: Para que o Brasil se torne um país desenvolvido, é necessário se ater a questões sociais. 14. de proporcionalidade: à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, quanto mais...menos... Ex.: A pobreza no Brasil cresce, à medida que a urbanização evolui.

Espero que esse esquema o ajude a conquistar seus objetivos!

Um abraço,

Flávia Rita Coutinho Sarmento.