português - resumão - crase e acentos

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Desarme o espirito: a crase não é tão feia como se imagina. Seu uso segue normas muito lógicas e claras, e os casos mais complicados se limitam a dois ou três, num total de mais de 20. Basta com- preender o conceito básico - o que é acrase - para que boa parte das suas vidas desapara. E veja ainda uma relação bastante útil de locuções - com ou sem crase. Crase é a fusão da preposicão definido feminino a ou as: João voltou à (a preposição + a artigo femini- no) cidade natal. O menino deu o recado à (a preposição + a arti- go feminino) mãe. Os documentos foram levados às (a preposição + as artigofeminino plural) autoridades. Conseqüência imediata Não existecrase antes depalavra masculina. Portanto: Vou a pé./Andou a cavalo'/Entrou a bordo'/Estava vestido a carátedEra um traje a rigor./Pagamento a prazo. 1) Substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um vocábulo masculino. Se o a ouas se trans- formar em ao ou aos, existecrase; do contrário, não. Assim, nos exemplos jácitados: João voltocidade nataUJoão voltou ao país natal. •O menino deu o recado à mãe./Omeninodeu o recado ao pai. Os documentos foram levados às autoridades./ Os documentos foramlevados aos juízes. Outros exemplos: " Atentas às mudanças, as moças.../Atentas aos processos, as mas .. Estavam junto à parede./Estavam junto ao muro. 2) A combinação de outras preposicões com o artigo feminino a indica seoaou as deve levar acentograve.Não é necessário que a frase alternati- va tenha o mesmo sentido daoriginal nem quea regência seja correta. Repare em algumas dessas combinões: paraa, na, da, pela e com a, princi- 1 palmente. .", ;.) Exemplos: Emprestou o livro à amiga./Emprestou O livro para ª amiga. Chegocidade./Chegou da cidade. •As visitas virão às 6 horas'/As visitas virão pelas 6 horas. •O ancião estava às portas da morte.IO ancião estt.'va nas portas da morte. •A saída./Na saída. ri falta de./Na falta de, com ªfalta de. No caso de nome geográfico ou de lugar, há duas possibilidades: 1) Substitua o a ou as porpara. Se o certo for para a, use o aacentuado: Foi à França./Foi para ª França. • Irão à Argentina./Irão para ª Argentina. Irá amanhã a Angola (sem crase)./Irá amanhã para Angola. Voltahoje a Brasilia (sem crase)./Volta hoje para Brasília. 2) Empregue aforma voltar de. Seo de se trans- formar em da, há crase, inexistente se o de não se alterar: Foi à Venezuela./Voltou da Venezuela. Foia Roma (sem crase)./Voltou de Roma. Nas formas àquela, àquele, àquelas, àquelesquilo, àqueloutro (e derivados): Neste caso, ocorreafusão do a preposição com o a inicial desses pronomes demonstrativos: Cheguei cedo àquele + ªquele) lugar. Vou esta semana àquelas (ª + ªquelas) cidades. O professor referiu-se àqueles + ªqueles) livros. Não deu importância àquí/o (ª + ªquilo). Não me dirigi a esse, mas àquelou- tro (ª + ªqueloutro) funcionário. Nas indicações de háras, quando for possível empregar a locução ao meio-dia: Chegou às 8 horas./Chegou ao meio-dia. Ele vai partir às 10 horas/Ele vai partir ao meio-dia. O trem chegará à I hora/O trem chegará ao meio-dia. A reunião estava marcada para as 3 horas (sem crase)./A reunião esta- va marcada para o meio-dia. Espero você desde as 5 horas (sem crase).IEspero você desde o meio-dia. Observações 1)Haverá acrase mesmo que a palavra hora não esteja explicita: Chegou às 8 horas e saiu às 10./ Entra no serviço todos os dias às 7. 2) Zero e meill incluem-sena regra: O aumento entraem vigor àzero hora./v"io àmeia-noite em ponto. 3) A indeterminação afasta acrase: Irá a uma hora qualquer. Antes dosrelativos que, qual e quais, quando o a ou as puderem ser substituídos por ao ou aos: ., É uma situação idêntica à que vivemos ontem./ Eum problema idêntico ao que vivemos ontem. Como se fosse: É uma situação idêntica à situação que vivemos ontem./É um problema intico ao problema que vivemos ontem. Usa-se a crase nas locuções adverbiais, prepositivas econjuntivas que têm por base uma palavra feminina: Veja as principais: às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à forçade, à espera de: Saiu às pressas. Vive à custa do pai. Estava à espera do irmão. Suatristeza aumentava à medida que os amigos partiam. Serviu o filé à moda da casa. Nas locuções femininas que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradíção lingüística o exija: Veja as principais: à bala, à faca, à máquina, á chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à o, à navalha, à espada, à baioneta calada. à queima- roupa, à fome: Morto à bala, àfaca, à navalha. Escrito àtinta, à mão, à máquina. Pagamento à vista'/Produto àven- da/Andava à toa/Matar à (= pela) fome./Ferir à (= com a) faca. É o conjunto de duas oumais palavras que funcionam como uma unidade: pegar fogo, dar para trás, às pressas, à noite, via rrea. A locução adverbial tem o valor de advérbio e exprime uma circunstância de tempo, lugar, modo, dúvida, etc.: às claras, à direita, à força, às vezes. A locução prepositiva tem o valorde preposição e liga termos de uma oração: à procura de, à custa de, à forçade, à conta de. A locução conjuntiva tem o valor de conjunção e liga orações: à proporção que, à medida que. Eis a moça à qual você se referiu./Eis o rapaz ao qual vocé se referiu. Fez alusão àspesquisas às quais nos dedica- mos./Fez alusão aos trabalhos aos quais nos dedicamos. Neste casonão se pode usar a re- gra prática de substituir a por ao. Além da tradição histórica do idio- ma, a maior parte dos gramáticos in- clui a clareza como justificativa para a existência do acentograve no anessas locuções. Assim, sem a crase, alegam eles, como distinguir matar afome (sa- ciar a fome) de matar à fome (ou seja, matarpela fome)? Da mesma forma, vender à vista, com crase, deixa claroque não se pre- tende comercializar o órgão visual (vender a vista, o olho). Outros exem- plos em que o sinal da crase evitaria duplos sentidos, segundo os mestres da língua: apanhar à mão,cortar à espada, enxotar à pedrada, fazer a barba à navalha, fechar à chave, matar o inimigo àfome, etc. Recomendação final. Como especialistas de peso divergem nouso da crase nas locuções que indicam meio ou instrumento, pode-se escrever tanto ferido a bala como ferido à bala, morto a faca ou morto à faca, retalhado a navalha ou retalhado à navalha, atentado a bomba ou atentado à bomba. Apreferência da imprensa é cada vez mais pela ausência da crase nesses casos. Adote o acento no a, no entanto, nas demais locuções: à venda, à vista, à máquina, à tinta, à mão, à toa, ete.

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Português - Resumão - Crase e Acentos

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Page 1: Português - Resumão - Crase e Acentos

Desarme o espirito: a crase não é tão feia comose imagina. Seu uso segue normas muito lógicas eclaras, e os casos mais complicados se limitam adois ou três, num total de mais de 20. Basta com-preender o conceito básico - o que é a crase -para que boa parte das suas dúvidas desapareça. E

• veja ainda uma relação bastante útil de locuções- com ou sem crase.

Crase é a fusão da preposicãodefinido feminino a ou as:

• João voltou à (a preposição + a artigo femini-no) cidade natal.• O menino deu o recado à (a preposição + a arti-go feminino) mãe.• Os documentos foram levados às (a preposição+ as artigo feminino plural) autoridades.

Conseqüência imediataNão existe crase antes de palavra masculina.

Portanto: Vou a pé./Andou a cavalo'/Entrou abordo'/Estava vestido a carátedEra um traje arigor./Pagamento a prazo.

1) Substitua a palavra antes da qual aparece o a ouas por um vocábulo masculino. Se o a ou as se trans-formar em ao ou aos, existe crase; do contrário, não.

Assim, nos exemplos já citados:• João voltou à cidade nataUJoão voltou ao paísnatal.• O menino deu o recado à mãe./O menino deu orecado ao pai.• Os documentos foram levados às autoridades./Os documentos foram levados aos juízes.

Outros exemplos:" Atentas às mudanças, as moças .../Atentas aosprocessos, as moças ..• Estavam junto à parede./Estavam junto aomuro.

2) A combinação de outras preposicões com oartigo feminino a indica se o a ou as deve levaracento grave. Não é necessário que a frase alternati-va tenha o mesmo sentido da original nem que aregência seja correta. Repare em algumas dessascombinações: para a, na, da, pela e com a, princi-

1 palmente..",;.)

Exemplos:• Emprestou o livro à amiga./Emprestou O livropara ª amiga.• Chegou à cidade./Chegou da cidade.• As visitas virão às 6 horas'/As visitas virãopelas 6 horas.• O ancião estava às portas da morte.IO anciãoestt.'va nas portas da morte.• A saída./Na saída.• ri falta de./Na falta de, com ªfalta de.

No caso de nome geográfico ou de lugar, háduas possibilidades:

1) Substitua o a ou as por para. Se o certo forpara a, use o a acentuado:

• Foi à França./Foi para ª França.• Irão à Argentina./Irão para ª Argentina.• Irá amanhã a Angola (sem crase)./Irá amanhãpara Angola.• Volta hoje a Brasilia (sem crase)./Volta hojepara Brasília.

2) Empregue a forma voltar de. Se o de se trans-formar em da, há crase, inexistente se o de não sealterar:

• Foi à Venezuela./Voltou da Venezuela.• Foi a Roma (sem crase)./Voltou de Roma.

Nas formas àquela, àquele, àquelas,àqueles, àquilo, àqueloutro (e derivados):

Neste caso, ocorre a fusão do a preposição com oa inicial desses pronomes demonstrativos:

• Cheguei cedo àquele (ª + ªquele) lugar.• Vou esta semana àquelas (ª + ªquelas) cidades.• O professor referiu-se àqueles (ª + ªqueles)livros.• Não deu importância àquí/o (ª +ªquilo).• Não me dirigi a esse, mas àquelou-tro (ª + ªqueloutro) funcionário.

Nas indicações de háras,quando for possível empregar alocução ao meio-dia:

• Chegou às 8 horas./Chegou aomeio-dia.• Ele vai partir às 10 horas/Ele vaipartir ao meio-dia.• O trem chegará à I hora/O tremchegará ao meio-dia.• A reunião estava marcada para as3 horas (sem crase)./A reunião esta-va marcada para o meio-dia.• Espero você desde as 5 horas(sem crase).IEspero você desde omeio-dia.Observações1) Haverá a crase mesmo que a

palavra hora não esteja explicita:• Chegou às 8 horas e saiu às 10./Entra no serviço todos os dias às 7.2) Zero e meill incluem-se na regra:• O aumento entra em vigor à zerohora./v"io à meia-noite em ponto.3) A indeterminação afasta a crase:• Irá a uma hora qualquer.

Antes dos relativos que, quale quais, quando o a ou as puderemser substituídos por ao ou aos:

., É uma situação idêntica à que vivemos ontem./E um problema idêntico ao que vivemos ontem.Como se fosse:• É uma situação idêntica à situação que vivemosontem./É um problema idêntico ao problema quevivemos ontem.

Usa-se a crase nas locuções adverbiais,prepositivas econjuntivas que têm porbase uma palavra feminina:

Veja as principais: às pressas, às vezes, à risca,à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de,à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, àmedida que, à proporção que, à força de, à espera de:

• Saiu às pressas.• Vive à custa do pai.• Estava à espera do irmão.• Sua tristeza aumentava à medida que os amigospartiam.• Serviu o filé à moda da casa.

Nas locuções femininas que indicammeio ou instrumento e em outras nasquais a tradíção lingüística o exija:

Veja as principais: à bala, à faca, à máquina,á chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à mão,à navalha, à espada, à baioneta calada. à queima-

roupa, à fome:• Morto à bala, à faca, à navalha.• Escrito à tinta, à mão, à máquina.• Pagamento à vista'/Produto à ven-da/Andava à toa/Matar à (= pela)fome./Ferir à (= com a) faca.

É o conjunto de duasou mais palavras quefuncionam como umaunidade: pegar fogo,dar para trás, àspressas, à noite, viaférrea. A locuçãoadverbial tem o valorde advérbio e exprimeuma circunstância detempo, lugar, modo,dúvida, etc.: às claras,à direita, à força, àsvezes. A locuçãoprepositiva tem ovalor de preposição eliga termos de umaoração: à procura de,à custa de, à força de,à conta de. A locuçãoconjuntiva tem o valorde conjunção e ligaorações: à proporçãoque, à medida que.

• Eis a moça à qual você se referiu./Eis o rapazao qual vocé se referiu.• Fez alusão às pesquisas às quais nos dedica-mos./Fez alusão aos trabalhos aos quais nosdedicamos.

Neste caso não se pode usar a re-gra prática de substituir a por ao.

Além da tradição histórica do idio-ma, a maior parte dos gramáticos in-clui a clareza como justificativa para aexistência do acento grave no a nessaslocuções. Assim, sem a crase, alegameles, como distinguir matar afome (sa-ciar a fome) de matar à fome (ou seja,matar pela fome)?

Da mesma forma, vender à vista,com crase, deixa claro que não se pre-tende comercializar o órgão visual(vender a vista, o olho). Outros exem-plos em que o sinal da crase evitariaduplos sentidos, segundo os mestresda língua: apanhar à mão, cortar àespada, enxotar à pedrada, fazer abarba à navalha, fechar à chave,matar o inimigo àfome, etc.

Recomendação final. Como especialistas depeso divergem no uso da crase nas locuções queindicam meio ou instrumento, pode-se escrevertanto ferido a bala como ferido à bala, morto a facaou morto à faca, retalhado a navalha ou retalhadoà navalha, atentado a bomba ou atentado à bomba.

A preferência da imprensa é cada vez mais pelaausência da crase nesses casos. Adote o acento no a,no entanto, nas demais locuções: à venda, à vista, àmáquina, à tinta, à mão, à toa, ete.

Page 2: Português - Resumão - Crase e Acentos

Andar a pé, pagamento a prazo, caminhadas aesmo, cheirar a suor, viajar a cavalo, vestir-se acaráter, traje a rigor.

Exceção. Existe crase quando se pode subenten-der na frase uma palavra feminina, especialmentemoda e maneira, ou qualquer outra que indique umnome de empresa ou coisa:

li Gravata à Hermes (á moda de Hermes).li Estilo à Machado de Assis (á maneira de).li Referiu-se à Apollo (á nave Apollo).li Vou à (editora) Rocco.11 Fez alusão à (revista) Projeto.li Dirigiu o protesto à (empresa) Dersa.

Observação. Não há crase emfran-go a passarinho e bife a cavalo.

Nome de cidade:

li Chegou a Brasilia." Irão a Roma este ano.

Exceção. Há crase quando se atribuiuma qualidade á cidade:

li Iremos à Roma do Coliseu.li Referiu-se à Brasilia dos belos pa-lácios.li Imaginou-se de volta à Liverpooldos Beatles.

li Passou a ver.li Começou a fazer.li Camisas a partir de 10 reais.

li Ficou cara a cara com o perigo.li Estava frente a frente com o prin-cipal adversário .••O líquido pingava gota a gota.

Relaçãoartigo-crase

li Todos, à uma, se ergueram.li Sairá à uma hora.

,;;;;~nbstã'n1:i"ds ·p~~c~didós'c1~bui:~~,'·· ";::;:f1.rfES!JiÇã() ~ue~ãoa: ,..,,"<" ,;

li Todos são iguais perante a lei.li Gostava de ler desde a infância.li O jogo foi marcado para as 16 horas.li Deveriam chegar entre as 20 e as 22 horas.

Exceção. Até (opcional): Queria chegar até a (ouaté à) peifeição.

i!r'i'alãvrafeminina i:'arriada., sent~do genérico:

li Não damos ouvidos a reclamações.li Não me refiro a mulher, mas a menina.li Em respeito a morte em família,faltou ao serviço.

A extensa lista (17casos) das situaçõesem que o a não leva oacento grave mostrauma forte vinculaçãoartigo-crase. Se nãoexiste artigo femininoantes do substantivo,não pode haver crase.

Alguns exemplos:Gosto de (e não "da")Brasilia.!Cogito de(e não "da") fazer./Ponta a ponta (não sediz passo "ao" passo,mas passo a passo).!Sou admirador de (enão "da") VossaExcelência.!Semprefoi devoto de (e não'~da")Santa Maria.!Ejã de (e não "da")Madonna.

li Pedimos a ela que saisse.li Cheguei a esta conclusão.li Dedicou o livro a essa moça.

Outros pronomesquenãôadlTliterr,i;< «~rd~~t~~:,~~:~;~/~J;n~;~t;:n~t.f.'"",p/g

, :,..... -', """h:: , . ','__ .

li Não se referiu a ninguém.li Viajava a cada ano.li O carro saiu a toda.li Queria declarar-se a alguma jovem.li Não me dirigi a você.

li Escreverei a Vossa Excelência.li Recomendamos cautela a Vossa Majestade.li Entreguem o livro a Sua Senhoria.

Exceção. Existe crase antes de senhora, senhori-ta e dona:

li Sou grato à senhora.li Referiu-se à senhorita com admiração.li Entregamos a encomenda à dona Marta.

Exceções. Na locução à uma (ao mesmo tempo)e no caso em que uma designa hora:

Repare que não há artigo com outras preposições:li Viajou por terra.li Esteve em terra.

Nos demais significados da palavra, usa-se a crase:li Voltou à terra natal.li Os astronautas regressaram à Terra.

li Voltou a casa.li Chegou cedo a casa.Repare: Veiode casa, voltou para casa, sem artigo.

Neste último caso, é como se fosse:li Em respeito a falecimento em fami-lia ... , e não ao falecimento ...

Alguns casos são fáceis de identi-ficar: se couber o indefinido umaantes da palavra feminina, não existi-rá crase.

Assim:li A pena pode ir de (uma) advertênciaa (uma) multa.li O paciente foi submetido a (uma)operação de risco.

Havendo determinação, porém, acrase é indispensável:li A morte dos bebês levou à punição(ao castigo) do hospital.li O funcionário admitiu ter cedido àpressão (ao desejo) do chefe.

Substantiv()snopiurãl~u~ fa~~m;partede locuções de modo:' ' ", '

11 Pegaram-se a dentadas.li Agrediram-se a bofetadas.li Progrediram a duras penas.

Se a palavra estiver determinada, existe crase:li Voltou à casa dos pais.li Fez uma visita à Casa Branca.

li Levou a encomenda a sua (ou à sua) tia.li Não fez menção a nossa (ou à nossa) empresa.

Se o pronome estiver no lugar do substantivo, acrase será obrigatória:

li Não me referi a sua casa, mas à minha.

Na maior parte dos casos, a crase dá clareza a estetipo de oração.

li Foi até a (ou até à) porta.li Até a (ou até à) volta.li Chegou até a (ou até à) barreira final.

Até à passa uma idéia de rebuscamento, que deveser evitada.

li Recorria sempre a Nossa Senhora.li Dirigiu suas preces a Santa Teresinha.

• N~rri~rais wnsideradosde f()rrriã":(il1deterrninada: ' ,

li O número de mortos chegou a dez.li Nasceu a 8 de janeiro.li Fez uma visita a cinco empresas.

Neste último caso, se forem cinco empresasdeterminadas, existirá o a craseado:

li Fez uma visita às cinco empresas.

iJi;tâncía, de~de que não'deterrnih~da:C

li A polícia ficou a distância.li Elogiou o projeto Educação a Distância.

Quando se define a distância, existe crase:li O navio estava à distância de500 metros do cais.

Terra, quando significa terra fi~me(opõe-se a bordo):

li O navio estava chegando a terra.li O marinheiro foi a terra.li A tripulação não quis ir a terra.

1. Dirigiram-se_faculdade.2. Chegará amanhã_França.3. Vai hoje_Brasília.4. Empresários fazem critica_CPME5. Gostava de andar_pé .6. Fiz alusão_uma fórmula inédita.7. Preencha o formulário tinta.8. O assassino foi condenado forca.9. Fez o pedido_Vossa Excelência.

10. Cedeu_pressão dos amigos.11. O número de acidentes chegou_20.12. Saiu_toda.13. Não devia nada_nenhuma pessoa.14. Conferiu a relação de contas_pagar.15. Levou a encomenda_Petrobrás.16. Não respondia_provocações.17. Reagiu_violência dos assaltantes.18. Media a pressão hora_hora.19. Os vôos foram reduzidos metade.20. Pôs o produto_venda. -21. Voltou_Campinas de Carlos Gomes.22. Dirigiu a queixa_direção da empresa.23. Recorreu_todos, sem sucesso.24. Subiu na vida_custa de muito esforço.25. Demorou para entrar_bordo.

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.~'ü .~'9L .~ 'SL .~ 'N .~ '[L .~ 'n ~'LL .~ 'OL.~ '6 .~ '8 .~ .L .~ '9 .~ '5 .~ ·to .~ '[ .~ 'z .~ .L

SBlSOdS8t:l

Page 3: Português - Resumão - Crase e Acentos

a esmoà espera (de)à espreita (de)à esquerdaà exaustãoà exceção dea expensas dea faca ou à facaà falta deà fantasiaà fartaà feição (de)à flor da peleà flor deà força (de)à francesaà frente (de)a frioa galopea gasolinaà gaúcha

':':'; à grandea grande distânciaà guisa deà imitação deà inglesaà italianaà janelaa jatoa joelhadas

a jusantea lápisà largaa lenhaa longa distânciaà luís XVà luzà Machado de Assisà maneira deà mãoà mão armadaà mão direitaà mão esquerdaà máquinaà margem (de)à matrocaà medida quea meia alturaa meia distânciaà meia-noiteà mercê (de)à mesaà mesma horaà milanesaà mineiraà míngua (de)à minutaà moda (de)à modernaa montanteà morteà mostraa navalha ou à navalhaà noiteà noitinhaante asà ocidentala óleoa ouroà paisanaà partea partir dea passarinhoà paulistaa pé

a pequena distânciaa pilhaa porretadasà portaà portuguesaa pouca distânciaà praiaa prazoà pressaà prestaçãoa prestaçõesà primeira vistaà procura (de)à proporção queà provaà pururucaà queima-roupaà raiz de

à razão (de)à réà rédea curtaà retaguardaà revelia (de)a rigora rirà riscaà roda (de)à saciedadeà saídaàs apalpadelasà saúde deàs avessasàs barbas deàs cegasàs centenasàs clarasàs costasàs dúziasà semelhança dea sérioàs escondidasàs escurasa sete chavesàs expensas deàs falasàs favasàs gargalhadasàs lágrimasàs margens deàs marteladasàs mil maravilhasàs moscasàs nuvensà sobremesaà socapaàs ocultasà soltaà sombra (de)a sono soltoàs ordens (de)a sósàs portas deàs pressasàs soltasàs tantasàs tontasàs últimasà superfície (de)às vésperas (de)às vezesàs vistas deàs voltas comà tardeà tardinhaà testa (de)à tintaa tiracoloa tiroà toaà-toaa toda

à tona (de)à traiçãoa troteà última horaà unhaà vaca-friaa valerà valentonaa vaporà velaa velas pandasà vendaà vista (de)à volta (de)à vontadebater à portabeber à saúde decara a caracheirar a perfumecheirar a rosascondenado à mortedar à luzdar a mão à palmatóriadar tratos à bolade fora a forade parte a partede ponta a pontadescer à sepulturaem que pese aface a facefaltar à aulafazer as vezes defolha a folhafrente a frentegota a gotagraças àshora a horair à bancarrotair à forrair às comprasir às urnasjogar às ferasmandar às favasmãos à obramarcha à répara a frentepassar à frenteperante aspõr à mostrapõr à provapõr fim à vidaquanto àsrecorrer à políciasair à ruasaltar à vistaterra a terratodas as vezesuma à outraumas às outrasvaler a penavoltar à cargavoltar à cenavoltar às boas

Existe alguma lógica no sistema de acentuação dalíngua portuguesa? Existe, mesmo que muitas pes-soas possam invocar o exemplo de outras línguas eachar esses sinais dispensáveis.

Com a acentuação, o que os organizadores do sis-tema ortográfico em vigor no Brasil procuraramevitar foi a dualidade de pronúncia, Assim, a nãoser pelo sentido, como distinguir máscara, substan-tivo, de mascara (cá), flexão do verbo mascarar?Em outras palavras, acentua-se um vocábulo paraque ele não seja pronunciado de maneira diferenteda real.

A língua portuguesa tem três tipos de palavrasquanto à sílaba tônica (ou seja, a que é pronunciadade maneira mais forte que as demais):

a) Proparoxítonas. A sílaba mais forte é a antepe-núltima: tré-m u-Io ,je-nô-me-no, far-ma-céu-ti oco,

b) Paroxítonas. A sílaba mais forte é a penúltima:ca-sa, su-pre-mo, com-pri-mi-do,

c) Oxítonas. A sílaba mais forte é a última: pe-ru,ma-ra-já, ja-ca-ré.

Com base nessa divisão, fez-se um levantamentodo número de palavras do idioma contidas em cadauma dessas categorias e surgiu a conclusão maisóbvia. Como era absoluta a predominância dosvocábulos paroxítonos na língua (como ca-ri-nho ejo-go), eles ficaram sem acento, marcando-se com osinal os proparoxítonos (rá-pí-do e é-ti-ca) e os oxí-tonos (ca-fé e pa-Ie-tó).

Sem nenhuma alusão à TV, seria fantástico setudo se resumisse a esse conceito básico, Ocorrem,no entanto, situações que, mesmo enquadradas emuma das categorias relacionadas, exigem maior dife-renciação, Para facilitar o entendimento, vamos par-tir do mais simples para o mais difícil.

Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas:lúcido, quadrúpede, ótimo, partícula, molécula,médico, despropósito, análise, queríamos, pusés-semos.

Incluem-se nesta regra vocábulos terminados emditongo crescente (grupo de duas vogais no qual osom mais forte recai na segunda delas): água,mágoa, laboratório, relíquia, remédio, Mário, espé-cie, tênue, língua, série, Antônio, inócuo, intempé-rie, ambíguo, vácuo, vestígio, efigie.

iP.Üt·):ii'·P'·$_ .,Introdução. Se o legislador gramatical preferiu ~~

deixar sem acento as palavras paroxítonas, por que, :.~..l~.·então,fácil, júri,fósseis, órgão, ímã, álbum e ônix, '14por exemplo, todas paroxítonas, são marcadas com ,']

o s:a::ão é simples: certas letras ou grupos de ~letras, conforme sua posição no vocábulo, determi- :~nam um som mais forte, Assim, tende-se a pronun- •.~ciar a palavra finalizada em I como se ela fosse oxí- ;itona (com o som mais forte na última sílaba), a ~f~exemplo de atual, abril, anzol e Raul. Então, para ,assinalar a diferença, convencionou-se que as paro-xítonas terminadas em I levariam o acento: fácil, '11):.útil, viável, possível. O mesmo se dá no caso de rfinal. O usual seria tomar essas palavras igualmenteoxítonas, como andar, prometer,fulgor ou luzir. Porisso, a necessidade do acento nas paroxítonas termi-nadas em r: açúcar, líder, revólver, Bolívar.

Foi com base nesse princípio que se determinouquais paroxítonas levariam acento (para não serempronuncíadas como se a sílaba mais forte fosse aúltima).a) A regra. Acentuam-se todas as paroxítonas ter-

minadas em I, fi, r, x, i, is, u, us, ei, eis, um, uns,ão, ãos, ã, ãs e ps: dificil, amável, Aníbal, hífen,elétron, repórter, ftmur, látex, tórax, táxi, júri,bílis, meinácu (índio), jiu-jítsu, bônus, vírus,pônei, fósseis, fôsseis, fórum, álbuns, órfão,acórdão, órgãos, órfã, órfãs, ímã, ímãs, bíceps,fórceps.

Page 4: Português - Resumão - Crase e Acentos

No caso das paroxítonas terminadas em ns, épreciso distinguir: se o final for ens, não existeacento e, se for ons, existe o sinal. Assim: hífens,itens, homens, liquens, nuvens ou viagens, maselétrons, nêutrons, cólons, etc.

b) Prefixos. Os prefixos finalizados em i ou r nãolevam acento quando fazem parte de palavracomposta: anti-revolucionário, semi-automático,super-homem, inter-regional.

Quando substantivados, porém, são acentua-dos como qualquer vocábulo comum: Ele ésúpedAs mínís estão de novo na moda./As múltisvão retomar os investímentos.

Acentuam-se as oxitonas terminadas em a, as, e,es, o, os, em e ens: Pará, Satanás, café, revê, atra-vés,francês, bisavô,forró, dispôs, avós, porém, con-tém (singular), sustêm (plural), reféns, parabéns,conténs.

Observaçõesa) Como conseqüência, não se marcam com o sinal as

oxitonas terminadas em i, is, u e us, desde que pre-cedidas de consoante: mandi, pedi, París, urubu,Perus, tabus. Atenção. Se houver vogal antes, exis-tirá acento. Assim: JUl1dia-í, pa-ís, Ja-ú, Ema-ús(a razão se verá adiante, em outra regra).

b) Acentua-se o porquê tônico: Não sabia o porquêda crítica.

c) Marcam-se com acento as formas verbais oxito-nas terminadas em a, e e o, seguidas de 10, Ia, lose Ias: mandá-Io, fazê-Ia, dispô-Ios, propô-Ias,compô-Ias-ia, escrevê-Io-íamos.

Caso a última letra seja i, a exemplo do jáexplicado linhas atrás, não haverá acento se exis-tir consoante antes e haverá o sinal se a letra ante-rior for vogal pronunciada (isto é, com os gruposgu e qu não existirá acento): vesti-Io, dividi-Ia,segui-Ios, retorqui-Io, pedi-Ias, incluí-Io, subtraí-Ia, excluí-Ios, traí-Ias.

a) Os monossílabos (palavras de uma única silaba)seguem regra muito semelhante à das palavrasoxitonas. Dessa forma, acentuam-se os monossi-labos tônicos terminados em a, as, e, es, o e os:já, gás,fé, crê, pés, mês, Jô, Jó, nós, pôs.

b) As formas verbais obedecem à mesma sistemáti-ca: dá-Io,fá-Io-ia, pô-Ios, sê-Io.

c) Os monossilabos terminados em i, is, u e us nãotêm acento, regra à qual se acrescentam as termi-nações em e ens: vi, quis, nu, crus, bem, tens.

d) O sinal permanece nos prefixos pós, pré e pró:pós-operatório, pré-datado, pró-reitor.

e) O quê tônico (é substantivo ou vem no fim dafrase) leva acento: Não sei por quê'/Para quê?/Oquê da questão./Um quê maiúsculo'/Um quê demistério.

a) Os ditongos abertos éi, éis, éu, éus, ói e óis têmacento: ídéia, papéis, chapéu, réus, herói, anzóis.

Observação. Não são acentuados os ditongos ai,au e ui: arcaíco,flauta, gratuito (túi), intuito.

b) O grupo 00, quando no fim da palavra, recebeacento, mesmo que se trate de plural ou reduçãoda palavra: enjôo, vôos, abençôo, zôo, zôos.

Observação. Não existe o sinal em oa e oe: boa,abençoa, abençoe, escoe.

c) A terminação êem - de crer, dar, ler, ver e deri-vados - tem circunflexo no primeiro e: crêem,dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem.

d) Nos grupos gue, guem, gues, gui, guis, que,quem e ques, marca-se o u tônico com o acentoagudo: apazigúe, argúem, averigúes, argúi,argúis, obliqúe, obliqúem, obliqúes. Se não hou-

vesse O sinal, esses vocábulos seriam pronuncia-dos como ligue, seguem, negues, prossegui, des-taque, ataquem, diques.

Observação. Se a terminação for gua, guas, quaou quas, não existe acento: apazigua (gúa), averi-guas (gúas), obliqua (qúa) e obliquas (qúas).

üjij,te;J:itêii,t_Têm acento o i e o u tônicos, acompanhados ou

não de s, que não formem ditongo com a vogal ante-rior (isto é, sejam pronunciados separadamente dela)e estejam isolados na sílaba: ruína (ru-í-na, i isola-do na sílaba), egoísmo (e-go-ís-mo, grupo is isoladona silaba), saúde (sa-ú-de, u isolado na sílaba),balaústre (ba-Ia-ús-tre, grupo us isolado na silaba),caída, saíram, distribuído, reúne, altruista, raizes,juíza,feiúra, miúdo.

Observaçõesa) Não se acentuam o i e o u, porém, se formarem

sílaba com I, m, n, r e z (porque não estarão isola-dos na silaba) ou se forem seguidos de nh: Saul,Ataulfo, Coimbra, amendoim, saindo, oriundo,diurno, cairmos, juiz, raiz, tainha, moinho,juinha.

b) Mesmo que se trate de palavras oxitonas, o i e ou dos hiatos têm acento: caí, Havaí, Tatuí, substi-tuí, Jaú, Tambaú, Crateús, teiú (lagarto), baús.

c) A norma aplica-se também às formas verbaisseguidas de 10, Ia, los e Ias: excluí-Io, contraí-Ia,atraí-Ios, distribuí-Ias, distraí-Io-emos, concluí-las-emos.

d) Mesmo precedidos de vogal, os grupos finais iue ui não têm acento: caiu, rejluiu, instituiu, pauis(plural de paul, brejo), azuis.

e) Não se acentua, nas palavras paroxítonas, a vogalrepetida: Saara, Caaba, Mooca (e não "Moóca"),xiita.

'·S'3~i(.'.]li3;Jê~[3 ,.,.Imaginando que todas as palavras seguintes te-

nham som fechado, como você escreveria: almoçoou almôço, ele ou êle, coco ou côco, selo ou sêlo?Você acertou se tirou o acento de todas elas: essesinal existiu até 1971, quando foi eliminado por lei.Ele diferenciava as palavras de som fechado deoutras com som aberto e a mesma grafia.

A intenção da lei foi manter o acento num únicocaso, o de pôde (passado) e pode (presente). Porcausa da má redação do texto, porém, o sinal persis-tiu em cerca de uma dezena de palavras:

a) Pôde (passado), para diferenciar de pode: Elepode (presente) vir quando quiser./O chefe, afi-nal, pôde (passado) reunir-se ontem com aequipe.

b) Pára (verbo e prefixo): O carro pára quando ofreio é acionado./Pára-quedas, pára-brisa, pára-choque, pára-Iama. Não há acento, porém, emparas nem parpm.

c) Pôr (verbo): E hora de pôr a mesa./Não sabiaonde pôr o remédio. Por, preposição, não temacento: O trabalho foi feito por ele mesmo.!Andou por muitas horas.

d) Côa e côas (verbo coar e substantivo, sinônimode coação): O técnico côa o preparado.

e) Péla e pélas (substantivo - bola ou jogo - e verbopelar): Gostava do jogo da péla./Tu pélas a laran-japara mim?

f) Pêlo e pêlos (cabelo): O urso tem muito pêlo./Ohomem tem pêlos em todo o corpo.

9) Pélo (verbo pelar): Não sei se pélo afruta agora.h) Pêra (fruta, barba e interruptor, mas não peras):

Comeu a pêra./Deixou crescer a pêra'/Pegou apêra na cabeceira da cama./As peras estavamverdes.

i) Pêro: Leu a carta de Pêra Vaz de Caminha.j) Pólo e pólos: A cidade tornou-se um pólo indus-

trial./Queria conhecer os dois pólos da Terra.k) Têm (plural) e vêm (plural): Ele tem razão, eles

têm razão./Ele vem hoje, eles vêm hoje.I) Fôrma. O dicionário Aurélio, por conta própria,

acentua fôrma, para diferenciá-Ia de forma("fórma"): A fôrma de bolo, letra de fôrma. Osinal, porém, não existe oficialmente no idioma.

Existe apenas na crase (fusão de duas voaaisi.guais): .à, às, àquela, àquelas, àquele, àqudes,aquilo, aqueloutro.

Se, numa abreviatura, se mantém a silaba acen-tuada da palavra, o sinal permanece: séc. (século),págs. (páginas), côn. (cônego).

Importante. O trema (os dois pingos sobre o u)continua em vigor. Usa-se esse sinal quando o udepois de g ou q é pronunciado: agüentar, seqiies-tro, tranqüilo, lingüiça, conseqüência, ambigüidade(caso contrário a pronúncia seria "aghentar","sekestro", etc.). Só existe trema antes de e e i, masnão antes de a e o. Assim: adequado, aquoso.

1~[.]\~lgj0""4 tJ (·f-É um equivoco supor que os nomes próprios não

são acentuados. FIes seguem as mesmas regras dosnomes comuns: Erico, César, Nélson, Flávia, Júnior,Félix, Antônio. Caso o nome da pessoa figure semacento nos seus documentos, porém, ela poderá ado-tar essa grafia: Antonio, Erico, Flavia, Junior. Oescritor Luis Femando Verissimo, por exemplo, nãousa o sinal nem em Luis nem em Verissimo porqueseu nome foi registrado desse modo.

a) Nos vocábulos formados pelo acréscimo da ter-minação mente e dos sufixos iniciados por z:rapidamente (antes, ràpidamente), pezinho(antes, pezinho), cafezal (antes, cafizal).

b) Na terminação amos do passado (que muitos pro-nunciam como "amámos", "deixámos"), até por- ':que no Brasil o som é fechado tanto no presemecomo no passado: amamos hoje e sempre (pre-sente),já o amamos (passado).

c) Nos finais ai (deixai), au (cacau, pau), ia (faria),ie (varie), io (poderio), oa (coroa), oe (perdoe),ua (inclua), ue (acue) e uo (recuo). A situaçãonão se altera se houver s: Batatais, Manaus,peruas, etc.

d) No o fechado do grupo oio: apoio, comboios,joio.

e) No plural das palavras terminadas em ês: ingle-ses, reses, corteses.

f) O acento marca a silaba tônica, e não existe em"melância" (silaba forte ci) nem em "econômia"(sílaba forte mil.

Barros, Fischer& AssociadosResumão

Autor: Eduardo MarlinsArte: Maurício CioffiRevisão: Márcia MeninResumào - Crase e Acentos (Série Língua Portuguesa, n9 4) ~uma publicação da Barros, Flscher & Associados, sob licença edi-torial de Eduardo Martíns © Barros. Fischer & Associados, 2003Endereço: Rua Padre Garcia Velho, 73, cj 22PinheirOS. São Paulo, CEP 05421-030Telefone/fax: 0(xx)11 3034-0950Site: www.bafisa.com.brE-mail: [email protected]ão: Eskenazi Indústria Gráfica lidaDistribuição e vendas: Bafisa, te!.. 0(xx)11 3034-0950

Atenção 49 32 7É expressamente ISBN 85-887 - -

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