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Língua Portuguesa para o CNJ (Nível Médio) Teoria e exercícios comentados Prof. Fabiano Sales Aula 00 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 41 AULA DEMONSTRATIVA Redação Oficial – Aspectos Gerais SUMÁRIO PÁGINA 01. Apresentação 1 02. Objetivo do Curso 2 03. Cronograma do Curso 2 04. Redação Oficial - Conceito 4 05. Características 4 06. Impessoalidade 4 07. Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais 7 08. Padrão Culto da Língua 9 09. Formalidade 12 10. Concisão 13 11. Clareza 14 12. Pronomes de Tratamento 16 13. Fechos para Comunicações 25 14. Identificação do Signatário 26 15. Questões Comentadas na Aula 30 APRESENTAÇÃO Olá, futuros servidores públicos! Sejam muito bem-vindos! É com muita satisfação que recebo o convite da coordenação do Estratégia Concursos para elaborar o curso de Língua Portuguesa (Teoria e Questões Comentadas), destinado ao concurso do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujas provas serão realizadas em 17 de fevereiro de 2013. Primeiramente, farei uma sucinta apresentação sobre mim: Meu nome é Fabiano Sales. Tenho formação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei minhas atividades docentes em 2004, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramática, de técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de correspondências oficiais. Leciono em cursos preparatórios, auxiliando diversos candidatos para os principais certames públicos do país (Receita Federal, TCU, Polícia Federal, BACEN, BB, CEF, INSS, Tribunais Superiores, TRT’s, TRE's, TRF’s, entre outros). Tenho experiência com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam FGV, ESAF, NCE/UFRJ, Cesgranrio, FCC e CESPE/UnB , sendo esta a organizadora do atual concurso para o CNJ . Desde já, coloco-me à inteira disposição de vocês para ajudá-los a conquistar a almejada CLASSIFICAÇÃO . Sempre que for preciso, façam contato por meio do endereço [email protected] . Responderei o mais breve possível!

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    AULA DEMONSTRATIVA

    Redao Oficial Aspectos Gerais

    SUMRIO PGINA 01. Apresentao 1 02. Objetivo do Curso 2 03. Cronograma do Curso 2 04. Redao Oficial - Conceito 4 05. Caractersticas 4 06. Impessoalidade 4 07. Linguagem dos Atos e Comunicaes Oficiais 7 08. Padro Culto da Lngua 9 09. Formalidade 12 10. Conciso 13 11. Clareza 14 12. Pronomes de Tratamento 16 13. Fechos para Comunicaes 25 14. Identificao do Signatrio 26 15. Questes Comentadas na Aula 30

    APRESENTAO

    Ol, futuros servidores pblicos! Sejam muito bem-vindos!

    com muita satisfao que recebo o convite da coordenao do Estratgia Concursos para elaborar o curso de Lngua Portuguesa (Teoria e Questes Comentadas), destinado ao concurso do Conselho Nacional de Justia (CNJ), cujas provas sero realizadas em 17 de fevereiro de 2013. Primeiramente, farei uma sucinta apresentao sobre mim: Meu nome Fabiano Sales. Tenho formao em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei minhas atividades docentes em 2004, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramtica, de tcnicas de redao, de compreenso e interpretao de textos e de redao de correspondncias oficiais. Leciono em cursos preparatrios, auxiliando diversos candidatos para os principais certames pblicos do pas (Receita Federal, TCU, Polcia Federal, BACEN, BB, CEF, INSS, Tribunais Superiores, TRTs, TRE's, TRFs, entre outros). Tenho experincia com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam FGV, ESAF, NCE/UFRJ, Cesgranrio, FCC e CESPE/UnB, sendo esta a organizadora do atual concurso para o CNJ. Desde j, coloco-me inteira disposio de vocs para ajud-los a conquistar a almejada CLASSIFICAO. Sempre que for preciso, faam contato por meio do endereo [email protected]. Responderei o mais breve possvel!

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    OBJETIVO DO CURSO

    Meus amigos e minhas amigas, o objetivo do presente curso apresentar aspectos tericos e auxili-los na resoluo de questes anteriores de Lngua Portuguesa, expondo os assuntos mais recorrentes nas provas do CESPE/UnB. Sendo assim, o curso destina-se tanto queles que iniciam os estudos na matria, necessitando de uma preparao objetiva do contedo, quanto aos concurseiros experientes que desejam revisar os temas ou atualizar o conhecimento.

    CONTEDO, CRONOGRAMA E METODOLOGIA DO CURSO

    Em se tratando da disciplina de Lngua Portuguesa, o edital elaborado pelo CESPE/UnB apresenta o seguinte contedo programtico para o cargo de Tcnico:

    1 Compreenso e interpretao de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuao grfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego/correlao de tempos e modos verbais 7 Emprego do sinal indicativo de crase. 8 Sintaxe da orao e do perodo. 9 Pontuao. 10 Concordncia nominal e verbal. 11 Regncia nominal e verbal. 12 Significao das palavras. 13 Redao de Correspondncias oficiais (Manual de Redao da Presidncia da Repblica). 13.1 Adequao da linguagem ao tipo de documento. 13.2 Adequao do formato do texto ao gnero.

    Sendo assim, proponho o cronograma de aulas abaixo, o qual pretendo seguir com a maior fidelidade possvel:

    Aula 00 (24/11/2012) Redao de correspondncias oficiais (conforme Manual de Redao da Presidncia da Repblica) - Parte 1.

    Aula 01 (01/12/2012) Redao de correspondncias oficiais (conforme Manual de Redao da Presidncia da Repblica) - Parte 2.

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    Aula 02 (08/12/2012) Ortografia oficial. Acentuao grfica.

    Aula 03 (15/12/2012) Emprego das classes de palavras Parte 1.

    Aula 04 (22/12/2012) Emprego das classes de palavras Parte 2.

    Aula 05 (29/12/2012) Sintaxe da orao e do perodo.

    Aula 06 (07/01/2013) Concordncia nominal e verbal.

    Aula 07 (14/01/2013) Regncia nominal e verbal. Emprego do sinal indicativo de crase.

    Aula 08 (21/01/2013) Emprego dos sinais de pontuao.

    Aula 09 (28/01/2013) Tipologia Textual. Compreenso e interpretao de textos. Significao das palavras.

    A metodologia do curso contempla, em cada tpico (sempre que possvel), a exposio da teoria seguida da resoluo e comentrio de questes anteriores sobre o assunto. Nos comentrios, poder haver explicaes novas. Assim, teoria e questes se complementam. Ao final de cada aula, sero elencadas as questes que foram comentadas, seguidas do gabarito.

    Espero que vocs aproveitem o curso, tirem suas dvidas, estudem bastante e faam a prova com confiana. Desse modo, vamos comemorar a classificao de vocs para o Conselho Nacional de Justia!

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    REDAO OFICIAL

    Aspectos gerais

    Antes de iniciar o estudo dos princpios e dos elementos dos documentos oficiais, necessrio conceituar o que Redao Oficial. Segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, redao oficial a maneira pela qual o Poder Pblico redige atos normativos e comunicaes.

    Mas, afinal, a quem se dirigem os documentos oficiais? As comunicaes oficiais podem ser dirigidas tanto ao prprio Poder Pblico como a particulares. importante chamar a ateno de vocs para o fato de que a redao de correspondncias oficiais deve sempre conter os seguintes atributos: impessoalidade, padro culto de linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade. Todos esses atributos provm do artigo 37, da Constituio Federal de 1988, o qual aduz que:

    A administrao pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (...).

    Sendo assim, os princpios da impessoalidade e da publicidade devem nortear a elaborao dos atos e das comunicaes oficiais.

    CARACTERSTICAS DA REDAO OFICIAL

    A Redao Oficial marcada pelas seguintes caractersticas: impessoalidade, padro culto da linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade. No momento, passaremos ao estudo das caractersticas apresentadas no Manual de Redao Oficial da Presidncia da Repblica, j que este a base para todos os demais manuais.

    IMPESSOALIDADE

    Inicialmente, temos a impessoalidade. Seja atravs da fala ou da escrita, a finalidade da lngua estabelecer a comunicao. O ato de comunicar se tornar possvel somente quando houver os seguintes elementos:

    algum que comunique: em se tratando de documentos oficiais, o servio pblico;

    algo a ser comunicado: assuntos referentes s atribuies do rgo que comunica;

    algum que receba essa comunicao: o rgo pblico ou os cidados.

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    Nos expedientes oficiais, no admitido o emprego de impresses pessoais, como, por exemplo, aquelas utilizadas em uma carta destinada a um amigo, ou em um artigo de jornal, ou mesmo em um texto literrio. O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos nas comunicaes oficiais surge de trs fatores. Vejam:

    ausncia de marcas individuais de quem comunica;

    Ainda que se trate de um expediente assinado por Chefe de determinada Secretaria, Departamento, Diviso ou Seo, vocs devem ficar atentos, pois a comunicao oficial sempre feita em nome do servio pblico. Com isso, mantm-se sua elaborao padronizada e uniforme, ainda que as comunicaes oficiais sejam redigidas em diferentes setores da Administrao.

    impessoalidade de quem recebe a comunicao;

    A comunicao oficial pode ser dirigida a um cidado, sempre concebido como pblico, ou a outro rgo pblico. Independentemente dessas possibilidades, sempre haver um destinatrio concebido de forma homognea e impessoal.

    carter impessoal da mensagem tratada.

    O universo das comunicaes oficiais se restringe a questes que dizem respeito ao interesse pblico. Sendo assim, natural que NO caiba qualquer carter particular ou pessoal na mensagem tratada.

    Amigos e amigas, para que a comunicao oficial seja impessoal, o elaborador deve utilizar, no texto, a conciso, a clareza, a objetividade e a formalidade.

    Vejamos como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:

    (CESPE/UnB-2010/ANEEL) Considerando a redao de correspondncias oficiais, julgue o item a seguir.

    1. A impessoalidade que deve caracterizar a redao oficial percebida, entre outros aspectos, no tratamento que dado ao destinatrio, o qual deve ser sempre concebido como homogneo e impessoal, seja ele um cidado ou um rgo pblico.

    Comentrio: Conforme vimos, o Manual de Redao da Presidncia da Repblica no admite o emprego de impresses pessoais, como, por exemplo, aquelas utilizadas em uma carta destinada a um amigo, ou em um artigo de jornal, ou mesmo em um texto literrio. O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos nas comunicaes oficiais surge, dentre outros fatores, da impessoalidade de quem recebe a comunicao. Esta, por sua vez, pode ser dirigida a um cidado, sempre concebido como pblico, ou a outro rgo pblico.

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    Independentemente dessas possibilidades, sempre haver um destinatrio concebido de forma homognea e impessoal.

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2009/TCU) Considerando a redao de correspondncias oficiais, julgue item a seguir.

    2. Apesar de nomear o emissor do texto pelo nome prprio, o documento acima no fere o princpio da impessoalidade exigido nos documentos oficiais.

    Comentrio: O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos nas comunicaes oficiais surge, dentre outros fatores, da ausncia de marcas individuais de quem comunica. Ainda que se trate de um expediente assinado por Chefe de determinada Secretaria, Departamento, Diviso ou Seo, vocs devem ficar atentos, pois a comunicao oficial sempre feita em nome do servio pblico, ou seja, no fere o princpio da impessoalidade.

    Gabarito: Certo.

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    A LINGUAGEM DOS ATOS E COMUNICAES OFICIAIS

    Por um lado, a necessidade de empregar determinado nvel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre do prprio carter pblico desses atos e comunicaes; por outro, de sua finalidade.

    Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de carter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidados, ou regulam o funcionamento dos rgos pblicos, o que s alcanado se em sua elaborao for empregada a linguagem adequada. O mesmo se d com os expedientes oficiais, cuja principal finalidade informar com clareza e objetividade.

    As comunicaes que partem dos rgos pblicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Para atingir esse objetivo, devemos evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos, pois um texto marcado por expresses de circulao restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, por exemplo, tem sua compreenso dificultada.

    Lngua Falada X Lngua Escrita

    importante fazer uma breve distino entre lngua falada e lngua escrita.

    Lngua Falada

    Lngua escrita

    extremamente dinmica, ou seja, incorpora mais rapidamente as transformaes lingusticas;

    reflete, de forma imediata, qualquer alterao de costumes e pode, eventualmente, contar com outros elementos que auxiliem a sua compreenso, tais como os gestos, a entoao etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsveis por essa distncia.

    mais rgida, isto , incorpora mais lentamente as transformaes lingusticas;

    apresenta maior vocao para a permanncia, valendo-se apenas de si mesma para comunicar.

    Aqui cabe um esclarecimento: a lngua escrita, assim como a lngua falada, compreende diferentes nveis, de acordo com o uso que dela se faa. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos empregar determinado padro de linguagem que incorpore expresses extremamente pessoais ou coloquiais, cotidianas; em um parecer jurdico, no de se estranhar a presena do vocabulrio tcnico correspondente. Em ambos os casos, h um padro de linguagem que atende ao uso que se faz da lngua, a finalidade com que a empregamos.

    O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu carter impessoal, por sua finalidade de informar com o mximo de clareza e conciso, eles requerem o uso do padro culto (escrito) da lngua.

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    Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:

    (CESPE/UnB-2011/Correios) Tendo em vista as normas que regem a redao de correspondncias oficiais, julgue os itens seguintes.

    3. O emprego da linguagem tcnica, com a utilizao de termos especficos de determinada rea do conhecimento, deve ser privilegiado em expedientes destinados a rgos pblicos.

    Comentrio: A finalidade principal dos expedientes oficiais informar com clareza e objetividade. Isso porque as comunicaes que partem dos rgos pblicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Ento, devemos evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos, pois um texto marcado por expresses de circulao restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, por exemplo, tem sua compreenso dificultada.

    Gabarito: Errado.

    4. Nas correspondncias oficiais, a informao deve ser prestada com clareza e conciso, utilizando-se o padro culto da linguagem.

    Comentrio: Devido ao carter impessoal, os textos oficiais tm a finalidade de informar com o mximo de clareza e conciso. Sendo assim, requerem o uso do padro culto da linguagem.

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2010/ANEEL) Considerando a redao de correspondncias oficiais, julgue o item a seguir como certo ou errado.

    5. Na comunicao oficial, o emprego da lngua em sua modalidade formal decorre da necessidade de se informar algo o mais claramente possvel, de maneira concisa e no pessoal, sendo imprescindvel, seja qual for o destinatrio, o emprego dos termos tcnicos prprios da rea de que se trata.

    Comentrio: Esto percebendo que os assuntos se repetem ? Bem, devido ao carter impessoal, os textos oficiais tm a finalidade de informar com o mximo de clareza e conciso. Sendo assim, requerem o uso do padro culto da lngua. As comunicaes que partem dos rgos pblicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Portanto, devemos evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos, porque um texto marcado por expresses de circulao restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, por exemplo, tem sua compreenso dificultada.

    Gabarito: Errado.

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    (CESPE/UnB-2010/Instituto Rio Branco) Julgue o item seguinte, acerca de correspondncias oficiais.

    6. A redao da correspondncia oficial deve-se pautar pela correo gramatical e pelo uso de linguagem clara; por isso, palavras incomuns ou desconhecidas devem ser evitadas mesmo quando o redator tem bom domnio da lngua portuguesa.

    Comentrio: Novamente, a banca explorou o carter impessoal dos textos oficiais, cuja finalidade informar com o mximo de clareza e conciso, com uso do padro culto da lngua. Porm, importante evitar o emprego de uma linguagem restrita a determinados grupos, a fim de que todo e qualquer cidado brasileiro possa entender o que est escrito nos documentos oficiais.

    Gabarito: Certo.

    PADRO CULTO DA LNGUA

    provvel que vocs estejam se perguntando: o que padro culto da lngua ?. Futuros servidores do CNJ, ateno! H o consenso de que padro culto aquele:

    que respeita as regras da gramtica formal; e

    que permite o emprego de um vocabulrio comum ao conjunto dos usurios do idioma.

    Dica estratgica!

    A obrigatoriedade do uso do padro culto na redao oficial decorre do fato de que ele o padro culto est acima das diferenas lexicais, morfolgicas ou sintticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias (individualidades) lingusticas, permitindo, por essa razo, que se atinja a pretendida compreenso por todos os cidados.

    importante, tambm, que vocs se lembrem de que o padro culto nada tem contra a simplicidade de expresso, desde que esta no seja confundida com pobreza de expresso: o uso do padro culto no implica o emprego de linguagem rebuscada, tampouco dos contorcionismos sintticos e figuras de linguagem prprios da linguagem literria. Dessa forma, podemos concluir que no existe propriamente um padro oficial de linguagem; o que existe o uso do padro culto nos atos e nas comunicaes oficiais. Fiquem atentos a isso!

    evidente que, nestes expedientes, h preferncia pelo uso de determinadas expresses e pela aplicao tradicional no emprego das formas sintticas, mas isso no implica, necessariamente, que se consagre a utilizao de uma forma de linguagem burocrtica. O jargo burocrtico, como todo jargo, deve ser evitado, pois ter sempre sua compreenso limitada a determinado grupo.

    A linguagem tcnica deve ser empregada apenas em situaes que a exijam, sendo fundamental evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos

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    acadmicos, e mesmo o vocabulrio prprio a determinada rea, so de difcil entendimento por quem no esteja familiarizado com eles. Devemos ter o cuidado, portanto, de explicit-los em comunicaes encaminhadas a outros rgos da administrao e em expedientes dirigidos aos cidados.

    (CESPE/UnB-2010/AGU) Acerca das correspondncias oficiais, julgue o item seguinte.

    7. Segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, existe um padro oficial de linguagem que deve ser usado na redao de correspondncias oficiais.

    Comentrio: O uso do padro culto no implica o emprego de linguagem rebuscada, tampouco dos contorcionismos sintticos e figuras de linguagem prprios da linguagem literria. Dessa forma, podemos concluir que no existe propriamente um padro oficial de linguagem. Existe, sim, o uso do padro culto nos atos e nas comunicaes oficiais.

    Gabarito: Errado.

    (CESPE/UnB-2007/TCU) Com base na normatizao de redao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo de ofcio abaixo, julgue os itens a seguir, a respeito da redao de correspondncia oficial.

    8. Para respeitar as regras gramaticais do padro de lngua exigido em documentos oficiais, ser obrigatrio substituir o termo em anexo por anexa.

    Comentrio: Por padro culto da lngua compreende-se aquele que respeita as regras da gramtica formal e que permite o emprego de um vocabulrio comum ao conjunto dos usurios do idioma. Desta forma, a expresso em anexo, segundo as regras de concordncia nominal, invarivel, estando correto seu emprego no ofcio apresentado.

    Gabarito: Errado.

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    9. Para que as regras gramaticais da norma culta, necessrias a esse padro de documentos, sejam respeitadas, a preposio de deve ser retirada do termo de que dispe. Para que as regras gramaticais da norma culta, necessrias a esse padro de documentos, sejam respeitadas, a preposio de deve ser retirada do termo de que dispe.

    Comentrio: No sentido de estabelecer normas; determinar, prescrever, o verbo dispor transitivo indireto, regendo a preposio sobre: A cpia da informao da Diviso de Pessoal dispe sobre a distribuio dos referidos servidores. Logo, no trecho (...) a cpia da informao da Diviso de Pessoal, de que dispe sobre a distribuio dos referidos servidores., o emprego da preposio de, antes do relativo que, est em desacordo com o padro culto da lngua.

    Gabarito: Certo.

    10. Por causa da continuidade do texto, integrando o fecho ao corpo do documento, o ponto final depois de servidores deve ser substitudo por vrgula ou ponto e vrgula.

    Comentrio: Segundo o padro culto da lngua, o ponto final deve ser empregado, entre outras possibilidades, para marcar o fim de um perodo, que sempre ser iniciado por letra maiscula e finalizado por ponto final.

    Gabarito: Errado.

    (CESPE/UnB-2008/TRT-5 Regio) Com base na elaborao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo abaixo, julgue o item a seguir.

    11. Para que o documento respeite as regras gramaticais da norma padro, adequada elaborao de documentos oficiais, deve-se substituir a expresso na medida que, na primeira linha do texto, por medida que.

    Comentrio: O correto seria empregar a locuo conjuntiva proporcional medida que, pois na medida em que uma locuo conjuntiva causal. importante lembrar que no existe a locuo medida em que.

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    Gabarito: Certo.

    12. (CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF) Considerando que a mesclise desaconselhvel em expedientes oficiais, prefervel iniciar perodo com a construo Lhe enviaremos mais informaes oportunamente a inici-lo com a construo Enviar-lhe-emos mais informaes oportunamente.

    Comentrio: Em se tratando de colocao pronominal, quando a forma verbal estiver ou no futuro do presente ou no futuro do pretrito, devemos empregar o pronome oblquo tono no meio do verbo, ao que chamamos de mesclise: Enviar-lhe-emos (...). Segundo as regras gramaticais, o perodo no deve ser iniciado por pronome oblquo tono.

    Gabarito: Errado.

    FORMALIDADE

    A formalidade outra caracterstica dos textos oficiais. As comunicaes expedidas devem ser sempre formais, ou seja, obedecer a certas regras de forma. E como obter a formalidade? Ora, atravs da unio entre padro culto, impessoalidade e estrutura do documento (tambm chamada de padronizao). Alm das j mencionadas exigncias de impessoalidade e uso do padro culto de linguagem, tambm essencial o emprego de certa formalidade de tratamento. Aqui importante chamar a ateno de vocs para o fato de no se tratar somente do emprego dos pronomes de tratamento para uma autoridade de determinado nvel; a formalidade diz respeito tambm polidez, civilidade no prprio enfoque dado ao assunto do qual trata a comunicao oficial.

    A formalidade de tratamento vincula-se, ainda, necessria uniformidade das comunicaes. J que a Administrao Pblica una, natural que as comunicaes expedidas sigam um padro. Esse estabelecimento uma das metas do Manual de Redao da Presidncia da Repblica e exige que se atente para todas as caractersticas da redao oficial e que se cuide, ainda, da apresentao dos textos. A clareza datilogrfica, o uso de papis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramao do texto so indispensveis para a padronizao.

    CONCISO

    A conciso antes uma qualidade do que uma caracterstica do texto oficial. Conciso o texto que consegue transmitir o mximo de informaes com o mnimo de palavras.

    No se deve, de forma alguma, entender por conciso a economia de pensamento, isto , no se devem eliminar passagens substanciais do texto com a inteno de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inteis, redundncias, passagens que nada acrescentem ao que j foi dito.

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    Dica estratgica!

    Para que se redija um texto conciso, fundamental que se tenha, alm de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessrio tempo para revisar o texto aps sua elaborao. com a releitura que se percebem eventuais redundncias ou repeties desnecessrias de ideias.

    Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:

    (CESPE/UnB-2011/PC-ES) Tendo o fragmento de texto abaixo como referncia inicial, julgue o item seguinte, acerca das normas que regem a redao de correspondncias oficiais.

    13. O uso do padro culto da linguagem em um texto oficial reduz o tempo despendido com sua reviso, que passa a ser dispensvel.

    Comentrio: Conforme vimos, para empregar o padro culto da linguagem nos textos oficiais, preciso que se tenha o necessrio tempo para revis-los aps sua elaborao, alm de conhecer o assunto sobre o qual se escreve. Logo, o uso desse padro requer um maior tempo para a elaborao dos textos. importante frisar que durante a releitura que se percebem eventuais redundncias ou repeties desnecessrias de ideias.

    Gabarito: Errado.

    CLAREZA

    A clareza a qualidade bsica de todo texto oficial. Podemos definir como claro aquele texto que possibilita a imediata compreenso pelo leitor.

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    No entanto, a clareza no algo que se atinja por si s: depende basicamente das demais caractersticas da redao oficial. Para a obteno da clareza contribuem:

    a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretaes que poderia decorrer de um tratamento pessoal dado ao texto;

    b) o uso do padro culto da linguagem, em princpio, de entendimento geral e, por definio, contrrio a vocbulos de circulao restrita, como a gria e o jargo;

    c) a formalidade e a padronizao, que possibilitam a imprescindvel uniformidade dos textos;

    d) a conciso, que faz desaparecer do texto os excessos lingusticos que nada lhe acrescentam.

    Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:

    (CESPE/UnB-2010/TCU) Considerando que a redao de documentos oficiais deve caracterizar-se, segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, pela impessoalidade, uso do padro culto da linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade, julgue o seguinte item.

    14. Respeita os quesitos de clareza, objetividade e uso do padro culto da lngua portuguesa o seguinte pargrafo em um documento oficial.

    Comentrio: Segundo as regras da gramtica, sempre que houver forma verbal transitiva indireta, intransitiva ou de ligao, a partcula SE dever ser classificada como ndice de indeterminao do sujeito. Nesse caso, o verbo dever permanecer na terceira pessoa do singular: Trata-se de irregularidades (...). Alm disso, o verbo vir refere-se ao termo irregularidades. Por essa razo, deveria ter sido empregado na terceira pessoa do plural: (...) que vm sendo insistentemente (...).

    Gabarito: Errado.

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    (CESPE/UnB-2009/TCU) A partir do texto hipottico abaixo, julgue o item a seguir.

    15. Trechos com informaes vagas, como e de outros decorrentes de aposentadorias e vacncias, e com uso de tempo verbal de futuro, como dever ser publicado e dispor sobre, provocam falta de clareza e conciso, caractersticas estas que devem ser respeitadas nos documentos oficiais.

    Comentrio: Com relao ao trecho e de outros decorrentes de aposentadorias e vacncias., o redator foi claro e conciso ao abranger, de forma genrica, os casos que ocasionam vacncias dos cargos pblicos, indicando de onde as vagas surgiro. Quanto clareza, as formas verbais dever e dispor esto corretamente conjugadas no futuro do presente do modo indicativo, o qual transmite a ideia de certeza, de fato certo.

    Gabarito: Errado.

    COMUNICAO OFICIAL

    Antes de tudo, a redao das comunicaes oficiais deve seguir os preceitos j explicitados. Alm disso, h caractersticas especficas de cada tipo de expediente, que sero estudadas na aula 01 (Especificidades dos documentos). Agora, veremos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicao oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificao do signatrio.

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    PRONOMES DE TRATAMENTO

    Concordncia

    Os pronomes de tratamento representam a 2 pessoa do discurso (com quem se fala), porm toda a concordncia deve ser feita com a 3 pessoa (singular ou plural).

    Exemplos:

    Vossa Excelncia sastes com vossos assessores. (errado)

    Vossa Excelncia saiu com seus assessores. (correto)

    Vossa Senhoria nomeareis o vosso substituto. (errado)

    Vossa Senhoria nomear o seu substituto. (correto)

    Dica estratgica!

    Com relao aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gnero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e no com o substantivo que compe a locuo. Assim, se o receptor/destinatrio do texto oficial pertencer ao sexo masculino, o correto ser Vossa Excelncia est atarefado, Vossa Senhoria deve estar satisfeito; se pertencer ao sexo feminino, Vossa Excelncia est atarefada, Vossa Senhoria deve estar satisfeita.

    Emprego dos Pronomes de Tratamento

    O emprego dos pronomes de tratamento obedece tradio secular. So de uso consagrado:

    Vossa Excelncia, para as seguintes autoridades:

    a) do Poder Executivo;

    - Presidente da Repblica; - Vice-Presidente da Repblica; - Ministros de Estado; - Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; - Oficiais-Generais das Foras Armadas; - Embaixadores; - Secretrios de Estado dos Governos Estaduais; - Prefeitos Municipais; - Secretrios-Executivos de Ministrios; e - demais ocupantes de cargos de natureza especial.

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    b) do Poder Legislativo:

    - Deputados Federais e Senadores; - Deputados Estaduais e Distritais; - Ministros do Tribunal de Contas da Unio; - Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; - Presidentes das Cmaras Legislativas Municipais.

    c) do Poder Judicirio:

    - Ministros dos Tribunais Superiores; - Membros de Tribunais; - Juzes; - Auditores da Justia Militar.

    O vocativo a ser empregado em comunicaes dirigidas aos Chefes de Poder (Executivo, Legislativo e Judicirio) Excelentssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

    - Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica, - Excelentssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, - Excelentssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal,

    As demais autoridades sero tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:

    - Senhor Senador, - Senhor Juiz, - Senhor Ministro, - Senhor Governador, - Senhor Prefeito,

    No envelope, o endereamento das comunicaes dirigidas s autoridades tratadas por Vossa Excelncia, ter a seguinte forma:

    A Sua Excelncia o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justia 70064-900 Braslia. DF

    A Sua Excelncia o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70165-900 Braslia. DF

    A Sua Excelncia o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10 Vara Cvel Rua ABC, n 123 01010-000 So Paulo. SP

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    Dica estratgica!

    Em comunicaes oficiais, est abolido o uso do tratamento dignssimo (DD) s autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pblico, sendo desnecessria sua repetida evocao.

    Vossa Senhoria empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado :

    Senhor Fulano de Tal,

    No envelope, deve constar do endereamento:

    Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 12345-000 Curitiba. PR

    Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustrssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

    Dica estratgica!

    Chamo a ateno de vocs para o seguinte: doutor no forma de tratamento, e sim ttulo acadmico. Evitem us-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empreguem-no apenas em comunicaes dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concludo curso universitrio de doutorado.

    costume designar por doutor os bacharis, especialmente os bacharis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade s comunicaes.

    A forma Vossa Magnificncia empregada, por fora da tradio, em comunicaes dirigidas a reitores de universidade.

    Corresponde-lhe o vocativo:

    Magnfico Reitor,

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    Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesistica, so:

    Vossa Santidade, em comunicaes dirigidas ao Papa.

    O vocativo correspondente :

    Santssimo Padre,

    Vossa Eminncia ou Vossa Eminncia Reverendssima, em comunicaes aos Cardeais.

    Corresponde-lhe o vocativo:

    Eminentssimo Senhor Cardeal, ou

    Eminentssimo e Reverendssimo Senhor Cardeal,

    Vossa Excelncia Reverendssima usado em comunicaes dirigidas a Arcebispos e Bispos.

    O vocativo correspondente :

    Excelentssimo e Reverendssimo Senhor Arcebispo,

    Excelentssimo e Reverendssimo Senhor Bispo,

    Vossa Reverendssima, para Monsenhores, Cnegos e superiores religiosos.

    Como vocativo, emprega-se:

    Reverendssimo Monsenhor,

    Reverendssimo Cnego,

    Vossa Reverncia empregado em documentos oficiais encaminhados a sacerdotes, clrigos e demais religiosos.

    O vocativo correspondente :

    Reverendssimo Senhor Sacerdote,

    Reverendssimo Senhor Clrigo,

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    A seguir, apresento a vocs uma tabela-resumo com os pronomes e as autoridades a que se referem, bem como as abreviaturas, os vocativos e os endereamentos empregados nas comunicaes oficiais:

    PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIRIO Tratamento Abreviatura Cargo ou Funo Vocativo Endereamento

    Chefes de Poder

    (Presidente da Repblica,

    Presidente do Congresso Nacional,

    Presidente do STF)

    Excelentssimo Senhor + cargo

    Ao Excelentssimo Senhor Nome: Cargo Endereo:

    Vossa Excelncia

    V. Ex.

    Nota: Para o Presidente da Repblica, o Presidente do Senado, o Presidente da Cmara dos Deputados e o Presidente do STF, a forma de tratamento NO deve ser abreviada, ou seja, deve ser escrita por extenso. Demais

    autoridades Senhor + cargo,

    A Sua Excelncia o Senhor Nome Cargo Endereo:

    Vossa Senhoria V.S.

    Demais autoridades

    e Particulares

    Senhor + nome, Ao Senhor Nome Cargo Endereo:

    HIERARQUIA ECLESISTICA Tratamento Abreviatura Cargo ou Funo Vocativo Endereamento

    Vossa Santidade

    Nota: Para o Papa, a forma de tratamento no deve ser abreviada, ou seja, deve ser escrita por extenso.

    Papa Santssimo Padre,

    Ao Santssimo Padre ou A Sua Santidade o Papa Nome Endereo:

    Vossa Eminncia

    ou Vossa

    Eminncia Reverendssima

    V. Em. ou

    V. Em. Revma. Cardeais

    Eminentssimo Senhor Cardeal,

    ou Eminentssimo e Reverendssimo Senhor Cardeal,

    Ao Senhor Cardeal ou A Sua Eminncia Reverendssima Nome Cargo: Endereo:

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    HIERARQUIA ECLESISTICA (continuao) Tratamento Abreviatura Cargo ou Funo Vocativo Endereamento

    Vossa Excelncia

    Reverendssima V.Ex. Revma. Arcebispos e Bispos

    Excelentssimo e Reverendssimo

    Senhor Arcebispo (ou Bispo),

    Ao Senhor Arcebispo (ou Bispo) ou A Sua Excelncia Reverendssima Nome Cargo: Endereo:

    Vossa Reverendssima

    ou Vossa Senhoria Reverendssima

    V. Revma. ou

    V. Revma.

    Monsenhores, Cnegos e

    superiores religiosos

    Reverendssimo Monsenhor (ou Cnego etc.),

    ou Reverendssimo Senhor Cnego,

    Ao Senhor Monsenhor (ou Cnego etc.) Nome Cargo: Endereo:

    Vossa Reverncia V. Rev

    a.

    Sacerdotes, Clrigos e

    demais religiosos

    Reverendssimo Senhor

    Sacerdote (ou Clrigo etc.),

    Ao Senhor Sacerdote (ou Pastor etc.) ou Ao Reverendssimo Padre (ou Pastor etc.) Nome Cargo: Endereo:

    AUTORIDADES MONRQUICAS Tratamento Abreviatura Cargo ou Funo Vocativo Endereamento

    Vossa Alteza V.A. Arquiduques, Duques e Prncipes Serenssimo

    + Ttulo

    A Sua Alteza Real Nome: Cargo: Endereo:

    Vossa Majestade V.M. Reis e Imperadores Majestade

    A Sua Majestade Nome: Endereo:

    OUTROS CASOS Tratamento Abreviatura Cargo ou Funo Vocativo Endereamento

    Vossa Magnificncia V. Mag.

    Reitores de universidades Magnfico Reitor,

    Ao Magnfico Reitor ou Excelentssimo Senhor Reitor Nome Endereo:

    Vossa Senhoria V.S.

    Presidentes e Diretores de empresas

    Senhor + nome, ou

    Senhor + cargo respectivo,

    Ao Senhor Nome: Cargo: Endereo:

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    OUTROS CASOS (continuao) Tratamento Abreviatura Cargo ou Funo Vocativo Endereamento

    Vossa Senhoria V.S. Cnsul Senhor Cnsul,

    Ao Senhor Cnsul Nome: Cnsul da Embaixada Local Endereo:

    Vossa Senhoria V.S.

    Outras autoridades

    (incluem-se as patentes militares

    inferiores a coronel)

    Senhor + cargo respectivo,

    Ao Senhor Nome: Cargo: Endereo:

    (Fontes: Manual de Redao da Cmara, Manual de Redao da Presidncia da Repblica, Manual de Redao Oficial do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Manual de Redao da PUCRS e Manual de comunicao e escrita oficial do estado do Paran.)

    Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:

    16. (CESPE/UnB-2010/DPU) Suponha que o general Jos da Rocha seja assessor do Ministro da Defesa. Com relao forma de endereamento que deve constar no envelope de ofcio ao general, assinale a opo correta:

    a) Excelentssimo Assessor Jos da Rocha; b) Ilustrssimo Senhor General Jos da Rocha; c) A Sua Excelncia o Senhor General Jos da Rocha; d) Eminente Senhor General Jos da Rocha; e) Senhor General Jos da Rocha.

    Comentrio: Oficiais-generais das Foras Armadas devem ser tratados por Vossa Excelncia. No envelope, o endereamento das comunicaes dirigidas a essas autoridades ter a seguinte forma:

    A Sua Excelncia o Senhor General Jos da Rocha

    Vale frisar que, segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, o emprego do superlativo ilustrssimo fica dispensado para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

    Gabarito: C.

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    17. (CESPE/UnB-2010/DPU) Faz jus ao tratamento formal de magnfico, em redaes oficiais, um:

    a) presidente de nao estrangeira; b) insigne artista popular que tenha sido convidado para participar de espetculo promovido pelo Estado; c) ex-presidente da Repblica; d) cardeal; e) reitor de universidade.

    Comentrio: Segundo as lies de pronomes de tratamento contidas no Manual de Redao da Presidncia da Repblica, a forma Vossa Magnificncia empregada, por fora da tradio, em comunicaes dirigidas a reitores de universidade. O vocativo Magnfico exclusivamente empregado para reitores.

    Gabarito: E.

    (CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF) A respeito da redao de expediente, julgue o prximo item.

    18. Em ofcio dirigido a uma senadora e cujo signatrio seja um diretor de um rgo pblico, devero ser empregados o vocativo "Senhora Senadora," e o pronome de tratamento "Vossa Excelncia", devendo estar flexionados no feminino os adjetivos que se refiram destinatria, como se verifica no seguinte enunciado: "Vossa Excelncia ficar satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sesso."

    Comentrio: Segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, os Senadores devem ser tratados como Vossa Excelncia, tendo como vocativo Senhor(a), seguido do respectivo cargo: Senhor(a) Senador(a). Com relao aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gnero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e no com o substantivo que compe a locuo. Logo, correta a redao "Vossa Excelncia ficar satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sesso".

    Gabarito: Certo.

    19. (CESPE/UnB-2009/Fiscal-CE) No caso de o destinatrio de expediente oficial ser uma alta autoridade do Poder Executivo, Legislativo ou Judicirio, o remetente, quando a ele se dirigir, deve empregar o pronome de tratamento Vossa Excelncia.

    Comentrio: Em se tratando de expediente oficial destinado a Chefes de Poder (Executivo, Legislativo ou Judicirio), o pronome de tratamento a ser empregado Vossa Excelncia.

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    importante ressaltar que o vocativo, para essas autoridades, Excelentssimo Senhor, seguido do respectivo cargo:

    - Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica, - Excelentssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, - Excelentssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal,

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2007/TCU) Com base na normatizao de redao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo de ofcio abaixo, julgue o item a seguir.

    20. O tratamento de Vossa Excelncia exigido no corpo do documento porque est compatvel com o tratamento de Dignssimo, dado ao diretor, e os dois termos respeitam o uso no padro ofcio.

    Comentrio: Conforme vimos, devemos empregar o pronome de tratamento Vossa Excelncia para as autoridades do Poder Executivo (Presidente da Repblica, Vice-Presidente da Repblica, Ministros de Estado, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal, Oficiais-Generais das Foras Armadas, Embaixadores, Secretrios de Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais, Secretrios-Executivos de Ministrios e demais ocupantes de cargos de natureza especial), do Poder Legislativo (Deputados Federais e Senadores, Deputados Estaduais e Distritais, Ministros do Tribunal de Contas da Unio, Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidentes das Cmaras Legislativas Municipais) e do Poder Judicirio (Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de Tribunais, Juzes, Auditores da Justia Militar). Porm, em comunicaes oficiais, est abolido o

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    uso do tratamento dignssimo (DD) s autoridades apresentadas acima. A dignidade pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pblico, sendo desnecessria sua repetida evocao.

    Gabarito: Errado.

    FECHOS PARA COMUNICAES

    O fecho das comunicaes oficiais possui, alm da finalidade bvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatrio. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministrio da Justia, de 1937, que estabelecia quinze padres.

    Contudo, com a finalidade de simplific-los e uniformiz-los (e para facilitar a vida de vocs...rs), o Manual de Redao da Presidncia da Repblica estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicao oficial:

    a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica:

    Respeitosamente,

    b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

    Atenciosamente,

    Dica estratgica!

    Ficam excludas dessa frmula as comunicaes dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradio prprios, devidamente disciplinados no Manual de Redao do Ministrio das Relaes Exteriores.

    (CESPE/UnB-2007/TCU) Com base na normatizao de redao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo de ofcio abaixo, julgue o item a seguir, a respeito da redao de correspondncia oficial.

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    21. No fecho de um ofcio ou memorando entre autoridades de mesma hierarquia, como o caso de diretores, recomenda-se substituir Com os meus maiores respeitos e considerao por Atenciosamente.

    Comentrio: O Manual de Redao da Presidncia da Repblica estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para quase todas as modalidades de comunicao oficial:

    a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica:

    Respeitosamente,

    b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

    Atenciosamente,

    Sendo assim, o emprego de Com os meus maiores respeitos e considerao no est em conformidade com o Manual, devendo ser substitudo por Atenciosamente.

    Gabarito: Certo.

    22. (CESPE/UnB-2010/ANEEL) O fecho das comunicaes obrigatrio em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da relao hierrquica existente entre o remetente e o destinatrio.

    Comentrio: A afirmao do item incorreta, pois ficam excludas dessa frmula o emprego dos fechos Respeitosamente, quando se tratar de autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica, e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou hierarquia inferior as comunicaes dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradio prprios, devidamente disciplinados no Manual de Redao do Ministrio das Relaes Exteriores.

    Gabarito: Errado.

    IDENTIFICAO DO SIGNATRIO

    Excludas as comunicaes assinadas pelo Presidente da Repblica, TODAS as demais comunicaes oficiais devem trazer:

    o nome da autoridade que as expede; e

    o cargo da autoridade que as expede.

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    importante frisar que tanto o nome quanto o cargo da autoridade deve localizar-se abaixo do local de sua assinatura.

    Exemplo:

    (espao para assinatura) NOME

    Chefe da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica

    Dica estratgica!

    Em comunicao oficial expedida pelo Presidente da Repblica, o espao relativo identificao deve conter apenas a assinatura.

    Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:

    (CESPE/UnB-2007/TCU) Com base na normatizao de redao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo de ofcio abaixo, julgue o item a seguir.

    23. Apesar de a assinatura j identificar o signatrio, na redao de documentos oficiais, como um ofcio ou um memorando, so obrigatrios tambm o nome e o cargo do signatrio, como se verifica no exemplo.

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    Comentrio: Conforme as lies acerca da identificao do signatrio, em geral, as comunicaes oficiais devem trazer:

    o nome da autoridade que as expede; e

    o cargo da autoridade que as expede.

    importante chamar a ateno de vocs para o seguinte: as comunicaes assinadas pelo Presidente da Repblica fogem regra geral, isto , no contm o nome e o cargo da autoridade que as expede; devero conter, apenas, a assinatura.

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2011/Correios) Tendo em vista as normas que regem a redao de correspondncias oficiais, julgue o item seguinte.

    24. Como medida de proteo aos servidores da Administrao Pblica, a identificao do signatrio facultativa nos expedientes oficiais.

    Comentrio: No h que se falar em proteo aos servidores da Administrao Pblica, haja vista o princpio da impessoalidade: ainda que se trate de um expediente assinado por Chefe de determinada Secretaria, Departamento, Diviso ou Seo, a comunicao oficial sempre feita em nome do servio pblico. Sendo assim, as comunicaes oficiais devem apresentar, em regra, o nome e o cargo da autoridade que as expede. A exceo ocorre nas comunicaes expedidas pelo Presidente da Repblica, devendo constar somente a assinatura.

    Gabarito: Errado.

    25. (CESPE/UnB-2010/DPU) Em comunicao oficial expedida pelo Presidente da Repblica, o espao relativo identificao deve conter:

    a) apenas a assinatura do presidente; b) a assinatura do presidente, em linhas sucessivas, do nome por extenso (Lus Incio Lula da Silva) e do cargo de PRESIDENTE DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL; c) apenas a assinatura do presidente e, na linha seguinte, o nome por extenso (Lus Incio Lula da Silva); d) apenas a assinatura do presidente e, na linha seguinte, o nome do cargo: PRESIDENTE DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL; e) apenas a assinatura do presidente e, na linha seguinte, o nome do cargo: CHEFE DO PODER EXECUTIVO FEDERAL.

    Comentrio: Em comunicao oficial expedida pelo Presidente da Repblica, o espao relativo identificao deve conter apenas a assinatura.

    Gabarito: A.

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    26. (CESPE/UnB-2011/TCU) Na identificao do signatrio, a apresentao do nome da autoridade que expediu o memorando torna-se opcional, dados o carter impessoal da redao oficial e a especificao do cargo da autoridade aps o fecho do documento.

    Comentrio: Excludas as comunicaes assinadas pelo Presidente da Repblica, as demais comunicaes oficiais devem trazer:

    - o nome da autoridade que as expede; e

    - o cargo da autoridade que as expede.

    importante frisar que tanto o nome quanto o cargo da autoridade deve localizar-se abaixo do local de sua assinatura.

    Exemplo: (espao para assinatura)

    NOME Chefe da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica

    A exceo ocorre em comunicao oficial expedida pelo Presidente da Repblica, em que o espao relativo identificao deve conter apenas a assinatura.

    Gabarito: Errado.

    QUESTES RECENTES 2012

    (CESPE/UnB-2012/TRT-10 Regio) Com relao ao formato e linguagem das comunicaes oficiais, julgue os itens que se seguem, de acordo com o Manual de Redao da Presidncia da Repblica.

    27. O envio de correspondncia oficial a cidado brasileiro configura desrespeito impessoalidade que norteia a redao dos textos oficiais, mas essa situao est prevista no MRPR e aceita em alguns casos.

    Comentrio: Segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, as comunicaes oficiais que partem dos rgos pblicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Os expedientes podem ser dirigidos a um cidado, sempre concebido como pblico, ou a outro rgo pblico. Em ambos os casos, temos um destinatrio concebido de forma homognea e impessoal. Percebe-se, portanto, que o envio da correspondncia oficial a cidado brasileiro no configura desrespeito impessoalidade. Logo, o item est errado.

    Gabarito: Errado.

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    28. O emprego do padro culto da linguagem nem sempre concorre para a clareza do texto de uma correspondncia oficial, j que, no Brasil, nem todos dominam essa variante da lngua.

    Comentrio: O emprego do padro culto visa a atingir a clareza, um dos atributos dos expedientes oficiais. Em consonncia com o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, o uso do padro culto de linguagem , em princpio, de entendimento geral e por definio avesso a vocbulos de circulao restrita, como a gria e o jargo. Portanto, este item est errado.

    Gabarito: Errado.

    (CESPE/UnB-2012/Polcia Federal) Com relao ao formato e linguagem das comunicaes oficiais, julgue os itens que se seguem com base no Manual de Redao da Presidncia da Repblica.

    29. A exposio de motivos de carter meramente informativo deve apresentar, na introduo, no desenvolvimento e na concluso, a sugesto de adoo de uma medida ou de edio de um ato normativo, alm do problema inicial que justifique a proposta indicada.

    Comentrio: Para confundir os candidatos, o examinador da banca trocou os expedientes oficiais. Na exposio de motivos de carter meramente informativo, isto , que simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presidente da Repblica, a estrutura segue o modelo antes referido para o padro ofcio. J a exposio de motivos que submeta considerao do Presidente da Repblica a sugesto de alguma medida a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo, embora siga tambm a estrutura do padro ofcio, alm de outros comentrios julgados pertinentes por seu autor, deve, obrigatoriamente, apontar no(a):

    introduo: o problema que est a reclamar a adoo da medida ou do ato normativo proposto;

    desenvolvimento: a razo de ser aquela medida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e eventuais alternativas existentes para equacion-lo;

    concluso, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para solucionar o problema.

    Gabarito: ERRADO.

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    30. As comunicaes oficiais emitidas pelo presidente da Repblica, por chefes de poderes e por ministros de Estado devem apresentar ao final, alm do nome da pessoa que as expede, o cargo ocupado por ela.

    Comentrio: Consoante o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, "Excludas as comunicaes assinadas pelo Presidente da Repblica, todas as demais comunicaes oficiais devem trazer:

    - o nome da autoridade que as expede; e

    - o cargo da autoridade que as expede".

    Alm disso, o mencionado manual aduz que "em comunicao oficial expedida pelo Presidente da Repblica, o espao relativo identificao deve conter apenas a assinatura".

    Gabarito: ERRADO.

    31. O referido manual estabelece o emprego de dois fechos para comunicaes oficiais: Respeitosamente, para autoridades superiores; e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Tal regra, no entanto, no aplicvel a comunicaes dirigidas a autoridades estrangeiras.

    Comentrio: o Manual de Redao da Presidncia da Repblica estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicao oficial:

    a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica:

    Respeitosamente,

    b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

    Atenciosamente,

    Entretanto, ainda em conformidade com o mencionado manual, ficam excludas dessa frmula as comunicaes dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradio prprios, devidamente disciplinados no Manual de Redao do Ministrio das Relaes Exteriores.

    Gabarito: CERTO.

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    32. A menos que o expediente seja de mero encaminhamento de documentos, o texto de comunicaes como aviso, ofcio e memorando, que seguem o padro ofcio, deve conter trs partes: introduo, desenvolvimento e concluso.

    Comentrio: Novamente, a resposta est expressa no Manual de Redao da Presidncia da Repblica. Segundo o documento, aviso, ofcio e memorando devem conter, alm de outras partes, o texto. Nos casos em que o expediente NO for de mero encaminhamento, deve conter a seguinte estrutura:

    - introduo: o pargrafo de abertura, em que apresentado o assunto que motiva a comunicao.

    - desenvolvimento: parte do documento em que o assunto detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, devem ser tratadas em pargrafos distintos, o que confere maior clareza ao documento;

    - concluso: parte em que reafirmada ou simplesmente reapresentada a posio recomendada sobre o assunto.

    Por outro lado, quando o expediente for de mero encaminhamento, a estrutura textual ser a seguinte:

    - introduo: deve iniciar com referncia ao expediente que solicitou o encaminhamento.

    Exemplo: "Em resposta ao Aviso n 12, de 15 de setembro de 2011, encaminho, anexa, a cpia do Ofcio n 42, de 16 de junho de 2010, do Departamento Geral de Administrao, que trata da requisio do servidor Fulano de Tal".

    Porm, se a remessa do documento no tiver sido solicitada, deve iniciar com a informao do motivo da comunicao, que encaminhar, indicando, a seguir, os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatrio, e assunto) e a razo pela qual est sendo encaminhado, segundo a seguinte frmula:

    Exemplo: "Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cpia do telegrama n 12, de 15 de setembro de 2011, do Presidente da Confederao Nacional de Agricultura, a respeito do projeto de modernizao de tcnicas agrcolas na regio Nordeste".

    - desenvolvimento: podem ser acrescentados pargrafos de desenvolvimento, se o autor da comunicao desejar fazer algum comentrio a respeito do documento que encaminha; caso contrrio, no haver pargrafos de desenvolvimento em aviso ou ofcio de mero encaminhamento.

    Gabarito: CERTO.

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    QUESTES COMENTADAS NA AULA

    (CESPE/UnB-2010/ANEEL) Considerando a redao de correspondncias oficiais, julgue o item a seguir.

    1. A impessoalidade que deve caracterizar a redao oficial percebida, entre outros aspectos, no tratamento que dado ao destinatrio, o qual deve ser sempre concebido como homogneo e impessoal, seja ele um cidado ou um rgo pblico.

    (CESPE/UnB-2009/TCU) Considerando a redao de correspondncias oficiais, julgue item a seguir.

    2. Apesar de nomear o emissor do texto pelo nome prprio, o documento acima no fere o princpio da impessoalidade exigido nos documentos oficiais.

    (CESPE/UnB-2011/Correios) Tendo em vista as normas que regem a redao de correspondncias oficiais, julgue os itens seguintes.

    3. O emprego da linguagem tcnica, com a utilizao de termos especficos de determinada rea do conhecimento, deve ser privilegiado em expedientes destinados a rgos pblicos.

    4. Nas correspondncias oficiais, a informao deve ser prestada com clareza e conciso, utilizando-se o padro culto da linguagem.

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    (CESPE/UnB-2010/ANEEL) Considerando a redao de correspondncias oficiais, julgue o item a seguir como certo ou errado.

    5. Na comunicao oficial, o emprego da lngua em sua modalidade formal decorre da necessidade de se informar algo o mais claramente possvel, de maneira concisa e no pessoal, sendo imprescindvel, seja qual for o destinatrio, o emprego dos termos tcnicos prprios da rea de que se trata.

    (CESPE/UnB-2010/Instituto Rio Branco) Julgue o item seguinte, acerca de correspondncias oficiais.

    6. A redao da correspondncia oficial deve-se pautar pela correo gramatical e pelo uso de linguagem clara; por isso, palavras incomuns ou desconhecidas devem ser evitadas mesmo quando o redator tem bom domnio da lngua portuguesa.

    (CESPE/UnB-2010/AGU) Acerca das correspondncias oficiais, julgue o item seguinte.

    7. Segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, existe um padro oficial de linguagem que deve ser usado na redao de correspondncias oficiais.

    (CESPE/UnB-2007/TCU) Com base na normatizao de redao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo de ofcio abaixo, julgue os itens a seguir, a respeito da redao de correspondncia oficial.

    8. Para respeitar as regras gramaticais do padro de lngua exigido em documentos oficiais, ser obrigatrio substituir o termo em anexo por anexa.

    9. Para que as regras gramaticais da norma culta, necessrias a esse padro de documentos, sejam respeitadas, a preposio de deve ser retirada do termo de que dispe.

    10. Por causa da continuidade do texto, integrando o fecho ao corpo do documento, o ponto final depois de servidores deve ser substitudo por vrgula ou ponto e vrgula.

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    (CESPE/UnB-2008/TRT-5 Regio) Com base na elaborao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo abaixo, julgue o item a seguir.

    11. Para que o documento respeite as regras gramaticais da norma padro, adequada elaborao de documentos oficiais, deve-se substituir a expresso na medida que, na primeira linha do texto, por medida que.

    12. (CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF) Considerando que a mesclise desaconselhvel em expedientes oficiais, prefervel iniciar perodo com a construo Lhe enviaremos mais informaes oportunamente a inici-lo com a construo Enviar-lhe-emos mais informaes oportunamente.

    (CESPE/UnB-2011/PC-ES) Tendo o fragmento de texto abaixo como referncia inicial, julgue o item seguinte, acerca das normas que regem a redao de correspondncias oficiais.

    13. O uso do padro culto da linguagem em um texto oficial reduz o tempo despendido com sua reviso, que passa a ser dispensvel.

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    (CESPE/UnB-2010/TCU) Considerando que a redao de documentos oficiais deve caracterizar-se, segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, pela impessoalidade, uso do padro culto da linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade, julgue o seguinte item.

    14. Respeita os quesitos de clareza, objetividade e uso do padro culto da lngua portuguesa o seguinte pargrafo em um documento oficial.

    (CESPE/UnB-2009/TCU) A partir do texto hipottico abaixo, julgue o item a seguir.

    15. Trechos com informaes vagas, como e de outros decorrentes de aposentadorias e vacncias, e com uso de tempo verbal de futuro, como dever ser publicado e dispor sobre, provocam falta de clareza e conciso, caractersticas estas que devem ser respeitadas nos documentos oficiais.

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    16. (CESPE/UnB-2010/DPU) Suponha que o general Jos da Rocha seja assessor do Ministro da Defesa. Com relao forma de endereamento que deve constar no envelope de ofcio ao general, assinale a opo correta:

    a) Excelentssimo Assessor Jos da Rocha; b) Ilustrssimo Senhor General Jos da Rocha; c) A Sua Excelncia o Senhor General Jos da Rocha; d) Eminente Senhor General Jos da Rocha; e) Senhor General Jos da Rocha.

    17. (CESPE/UnB-2010/DPU) Faz jus ao tratamento formal de magnfico, em redaes oficiais, um:

    a) presidente de nao estrangeira; b) insigne artista popular que tenha sido convidado para participar de espetculo promovido pelo Estado; c) ex-presidente da Repblica; d) cardeal; e) reitor de universidade.

    (CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF) A respeito da redao de expediente, julgue o prximo item.

    18. Em ofcio dirigido a uma senadora e cujo signatrio seja um diretor de um rgo pblico, devero ser empregados o vocativo "Senhora Senadora," e o pronome de tratamento "Vossa Excelncia", devendo estar flexionados no feminino os adjetivos que se refiram destinatria, como se verifica no seguinte enunciado: "Vossa Excelncia ficar satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sesso."

    19. (CESPE/UnB-2009/Fiscal-CE) No caso de o destinatrio de expediente oficial ser uma alta autoridade do Poder Executivo, Legislativo ou Judicirio, o remetente, quando a ele se dirigir, deve empregar o pronome de tratamento Vossa Excelncia.

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    (CESPE/UnB-2007/TCU) Com base na normatizao de redao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo de ofcio abaixo, julgue o item a seguir.

    20. O tratamento de Vossa Excelncia exigido no corpo do documento porque est compatvel com o tratamento de Dignssimo, dado ao diretor, e os dois termos respeitam o uso no padro ofcio.

    (CESPE/UnB-2007/TCU) Com base na normatizao de redao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo de ofcio abaixo, julgue o item a seguir, a respeito da redao de correspondncia oficial.

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    21. No fecho de um ofcio ou memorando entre autoridades de mesma hierarquia, como o caso de diretores, recomenda-se substituir Com os meus maiores respeitos e considerao por Atenciosamente.

    22. (CESPE/UnB-2010/ANEEL) O fecho das comunicaes obrigatrio em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da relao hierrquica existente entre o remetente e o destinatrio.

    (CESPE/UnB-2007/TCU) Com base na normatizao de redao de documentos oficiais, e tomando como exemplo o modelo de ofcio abaixo, julgue o item a seguir.

    23. Apesar de a assinatura j identificar o signatrio, na redao de documentos oficiais, como um ofcio ou um memorando, so obrigatrios tambm o nome e o cargo do signatrio, como se verifica no exemplo.

    (CESPE/UnB-2011/Correios) Tendo em vista as normas que regem a redao de correspondncias oficiais, julgue o item seguinte.

    24. Como medida de proteo aos servidores da Administrao Pblica, a identificao do signatrio facultativa nos expedientes oficiais.

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    25. (CESPE/UnB-2010/DPU) Em comunicao oficial expedida pelo Presidente da Repblica, o espao relativo identificao deve conter:

    a) apenas a assinatura do presidente; b) a assinatura do presidente, em linhas sucessivas, do nome por extenso (Lus Incio Lula da Silva) e do cargo de PRESIDENTE DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL; c) apenas a assinatura do presidente e, na linha seguinte, o nome por extenso (Lus Incio Lula da Silva); d) apenas a assinatura do presidente e, na linha seguinte, o nome do cargo: PRESIDENTE DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL; e) apenas a assinatura do presidente e, na linha seguinte, o nome do cargo: CHEFE DO PODER EXECUTIVO FEDERAL.

    26. (CESPE/UnB-2011/TCU) Na identificao do signatrio, a apresentao do nome da autoridade que expediu o memorando torna-se opcional, dados o carter impessoal da redao oficial e a especificao do cargo da autoridade aps o fecho do documento.

    (CESPE/UnB-2012/TRT-10 Regio) Com relao ao formato e linguagem das comunicaes oficiais, julgue os itens que se seguem, de acordo com o Manual de Redao da Presidncia da Repblica.

    27. O envio de correspondncia oficial a cidado brasileiro configura desrespeito impessoalidade que norteia a redao dos textos oficiais, mas essa situao est prevista no MRPR e aceita em alguns casos.

    28. O emprego do padro culto da linguagem nem sempre concorre para a clareza do texto de uma correspondncia oficial, j que, no Brasil, nem todos dominam essa variante da lngua.

    (CESPE/UnB-2012/Polcia Federal) Com relao ao formato e linguagem das comunicaes oficiais, julgue os itens que se seguem com base no Manual de Redao da Presidncia da Repblica.

    29. A exposio de motivos de carter meramente informativo deve apresentar, na introduo, no desenvolvimento e na concluso, a sugesto de adoo de uma medida ou de edio de um ato normativo, alm do problema inicial que justifique a proposta indicada.

    30. As comunicaes oficiais emitidas pelo presidente da Repblica, por chefes de poderes e por ministros de Estado devem apresentar ao final, alm do nome da pessoa que as expede, o cargo ocupado por ela.

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    31. O referido manual estabelece o emprego de dois fechos para comunicaes oficiais: Respeitosamente, para autoridades superiores; e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Tal regra, no entanto, no aplicvel a comunicaes dirigidas a autoridades estrangeiras.

    32. A menos que o expediente seja de mero encaminhamento de documentos, o texto de comunicaes como aviso, ofcio e memorando, que seguem o padro ofcio, deve conter trs partes: introduo, desenvolvimento e concluso.

    GABARITO

    01. Certo 17. E 02. Certo 18. Certo 03. Errado 19. Certo 04. Certo 20. Errado 05. Errado 21. Certo 06. Certo 22. Errado 07. Errado 23. Certo 08. Errado 24. Errado 09. Certo 25. A 10. Errado 26. Errado 11. Certo 27. Errado 12. Errado 28. Errado 13. Errado 29. Errado 14. Errado 30. Errado 15. Errado 31. Certo 16. C 32. Certo

    Amigos e amigas, nosso encontro de hoje se encerra aqui.

    Conto com a participao de vocs neste curso preparatrio para o

    CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA !

    A equipe Estratgia Concursos deseja muito sucesso a todos!

    Bons estudos, at a prxima aula e rumo CLASSIFICAO!

    Grande abrao.

    Prof. Fabiano Sales. [email protected]