portugal 2030 – que funÇÕes na globalizaÇÃo? · • europa do sul – exemplos- itÁlia, ......
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ORDEM DOS ENGENHEIROS
PORTUGAL 2030 – QUE FUNÇÕES NA
GLOBALIZAÇÃO?
SEMINÁRIO “REINDUSTRIALIZAÇÃO-O CASO PORTUGUÊS”
FONTE:
“Portugal: Que Funções na Globalização?” José Félix Ribeiro, António Manzoni, Joana Chorincas, Marina Garcia
Edição da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal 2014
Esquema
1.1.DIFERENTES EUROPAS- EM TERMOS DE ESPECIALIZAÇÃO COMPARADA
2.PORTUGAL 2014: O DESAFIO DO CRESCIMENTO & DO
INVESTIMENTO
3.PORTUGAL HORIZONTE 2030 – QUE FUNÇÕES NA
GLOBALIZAÇÃO?
Capital IntensivoConhecimentoIntensivo
“Mapa” da Especialização Produtiva(*)
IndústriaServiços
Terra &LocalizaçãoIntensivos
Trabalho Intensivo
Specialisation: if a region is more specialised in a specific cluster category than the overall economy across all regions, this is likely to be an indication that the economic effects of the regional cluster have been strong enough to attract related economic activity from other regions to this location, and that spill-overs and linkages will be stronger. The 'specialisation' measure compares the proportion of employment in a cluster category in a region over the total employment in the same region, to the proportion of total European employment in that cluster category over total European employment (see equation).
(*) Metodologia: http://www.clusterobservatory.eu/index.html#!view=aboutobservatory;url=/about-observatory/methodology/indicators/
Com base numa análises dos Clusters Europeus (Cluster Observatory – Plataforma Europeia)
OITO PAISES, TRÊS EUROPAS?
• EUROPA DO NORTE - Exemplos -ALEMANHA E SUÉCIA
• EUROPA DO OESTE – Exemplos- REINO UNIDO E HOLANDA
• EUROPA DO SUL – Exemplos- ITÁLIA, ESPANHA E PORTUGAL
• A FRANÇA “INDECISA”?
OITO PAISES, TRÊS EUROPAS?
• ALEMANHA - tem uma especialização centrada nas atividades industriais intensivas em escala e capital, com larga expressão de atividades de média tecnologia –indústria automóvel, fabrico de máquinas e equipamentos industriais, de material elétrico, da química e plásticos.
• Mas dispõe igualmente de pontos fortes em algumas das atividades intensivas em conhecimento – conceção e fabrico de dispositivos médicos, serviços às empresas e tecnologias de informação.
• Sendo quase inexistentes as atividades de especialização internacional assentes na intensidade de trabalho.
OITO PAISES, TRÊS EUROPAS?
• SUÉCIA, com uma especialização industrial mais próxima da Alemanha – intensiva em capital e escala-Indústria automóvel, siderurgia, máquinas e equipamentos para Industria
• Embora com uma especialização em atividades intensivas em conhecimento - Tecnologias da Informação e Telecomunicações e no Entretenimento mais significativa do que a da Alemanha, o que se deve sobretudo a uma região - a Grande Estocolmo;
• E dispõe de uma especialização em atividades assentes na “terra”, devido às indústrias florestais (com destaque para o fabrico de papel).
• REINO UNIDO - após o processo de desindustrialização iniciado na década de 70, é uma economia cuja especialização se centra em atividades intensivas no conhecimento e criatividade – ensino, Investigação & Desenvolvimento, ind.farmacêutica , entretenimento e serviços às empresas
• Na indústria intensiva em capital e escala distinguem-se apenas atividades associadas à Defesa (ex:aeronáutica) tendo perdido para a Alemanha e Japão o seu próprio mercado interno em sectores que já foram importantes na sua especialização, (ex o automóvel),
Em atividades dependentes da ”terra” e do território –turismo, transportes e logística e o petróleo e gás (com importância menor em termos de especialização internacional do que já teve durante os anos de boom da exploração do Mar do Norte),
OITO PAISES, TRÊS EUROPAS?
OITO PAISES, TRÊS EUROPAS?
HOLANDA apresenta uma especialização mais próxima da do Reino Unido:
• Os valores mais elevados de especialização encontram –se nas atividades intensivas em conhecimento e criatividade - Entretenimento, Educação e Investigação & Desenvolvimento, Serviços às Empresas, Media e imprensa –
• E nas atividades assentes na “terra” e no território são muito significativas – petróleo & gás natural, produtos agrícolas, turismo, hospitalidade e desporto.
• Na indústria intensiva em capital e escala permanecem pontos fortes na Química
•
OITO PAISES, TRÊS EUROPAS?FRANÇA - encontra-se numa posição intermédia
mas com uma menor “superfície de especialização“ do que qualquer das economias anteriores:
• Forte especialização nos serviços e industrias intensivas em conhecimento, com destaque para a indústria farmacêutica e para os serviços financeiros, em que está muito mais presente no mundo do que a Alemanha.
• Mantém ainda uma especialização na indústria intensiva em capital e escala - em que compete com a Alemanha (e com a Itália) na siderurgia, nos plásticos, no material elétrico, na indústria automóvel e nas máquinas para indústria.
OITO PAISES, TRÊS EUROPAS?
ITÁLIA apresenta uma especialização diversificada:,
• Uma forte especialização na produção industrial intensiva em trabalho - têxteis, vestuário, calçado, produtos de couro, joalharia e bijutaria – mas em que a intensidade do trabalho se combina com design e altas produtividades
• Uma especialização em algumas atividades intensivas em capital e escala - máquinas e material elétrico, indústria química, máquinas para a construção e para os serviços mas tendo, no entanto já perdido a forte especialização na indústria automóvel.
• Nas atividades cuja competitividade está assente no conhecimento a Itália destaca-se apenas no entretenimento e nos media e imprensa.
ESPANHA na sua especialização internacional éprofundamente diferente do Norte da Europa e mesmo da Itália:
• Os seus pontos fortes gravitam quase todos em torno da “terra” e do território, mesmo quando surgem classificadas como trabalho intensivas – construção, turismo e hospitalidade, agricultura pecuária/produtos agrícolas, pesca, materiais de construção, equipamentos para construção e serviços urbanos etc.
• Tem vindo a consolidar nas atividades intensivas em trabalho uma presença internacional no vestuário e no calçado,
• Nas atividades de serviços mais intensivas em conhecimento e criatividade está especializada apenas nos media e imprensa e entretenimento
OITO PAISES, TRÊS EUROPAS?
PORTUGAL, partilhando com a Espanha a ausência da maior parte das atividades intensivas em conhecimento e em capital e escala tem como traços dominantes::
� Muito maior especialização nas indústrias intensivas em trabalho -vestuário, calçado, têxteis, mobiliário; �Forte dependência de atividades assentes na “terra“ – indústrias florestais, construção, turismo e mesmo nas áreas industriais dos materiais de construção e pedreiras;�Mas com Especialização crescente nos serviços às empresas- classificados aqui como atividades intensivas em conhecimento
Especialização de EspanhaEspecialização de Portugal
PORTUGAL, partilhando com a Espanha a ausência da maior parte das atividades intensivas em conhecimento e em capital e escala tem como traços dominantes::
� Muito maior especialização nas indústrias intensivas em trabalho -vestuário, calçado, têxteis, mobiliário; �Forte dependência de atividades assentes na “terra“ – indústrias florestais, construção, turismo e mesmo nas áreas industriais dos materiais de construção e pedreiras;�Mas com Especialização crescente nos serviços às empresas-classificados aqui como atividades intensivas em conhecimento
PORTUGAL –AS TRÊS ULTIMAS DÉCADAS Uma diversificação de exportações ,Industriais (automóvel, material elétrico E eletrónico , com um perfil relativamente estável de
especialização setorial (medida atrarvés do emprego)
Capital IntensivoConhecimentoSÍNTESE????
IndústriaServiços
Terra &LocalizaçãoIntensivos
Trabalho intensivo
Suécia
Alemanha
Itália
Espanha
Holanda
Reino Unido
Portugal
ESPANHA NA PENÍNSULA IBÉRICA - –OCUPANDO O ESPAÇO DA INDUSTRIA
E DO AGROALIMENTAR ? - A VISÃO A PARTIR DE PORTUGAL
10 MAIORES DÉFICES DA BALANÇA COMERCIAL DE PORTUGAL (2009)
0
1000
2000
3000
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Mil
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IMPORTAÇÃO DE BENS PROVENIENTES DE ESPANHA E ALEMANHA POR GRUPOS DE PRODUTOS (2009)
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Mil
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e eu
ros
Espanha
Alemanha
O DESAFIO DO CRESCIMENTO
PORTUGAL - O PERCURSO DE UMA DÉCADA:
• DA FLUTUAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES EM TORNO DE UMA TENDÊNCIA AO DECRESCIMENTO GRADUAL DAS EXPORTAÇÕES;
• COLAPSO DO INVESTIMENTO.
Como está a acontecer com Portugal, a redução do défice externo pode ser acompanhada pela ausência de crescimento,se for obtida por uma contracção da procura interna e pela viragem para exportação de uma parte mais significativa da capacidade instalada.
O DESAFIO DO CRESCIMENTO
O DESAFIO DO CRESCIMENTO
• Portugal tem uma presença actual nos mercados internacionais que é muito vulnerável à concorrência das grandes economias emergentes e a cada vez maior número de economias em desenvolvimento;
• Portugal não pode crescer mantendo o seu foco, nem exclusivamente no que já se exporta, para exportar "mais do mesmo" (mesmo quando o "mesmo" é melhorado) nem manter uma “fixação” na Europa, uma região que vai crescer muito pouco nas próximas décadas;
• Portugal para responder à crise em que se encontra tem que organizar uma "expedição colectiva" à Globalização para voltar a crescer.
O DESAFIO DO CRESCIMENTO
O QUE DETERMINA O CRESCIMENTO FUTURO NUMA PEQUENA ECONOMIA ABERTA É O INVESTIMENTO QUE LHE PERMITA COMPETIR E PROSPERAR NA ECONOMIA GLOBALIZADA:
• Ampliando a oferta de bens, serviços, conteúdos e conceitosao exterior;
• Atraindo rendimento vindo do exterior que dinamize o mercado interno e a oferta de maior qualidade que nele exista;
• Valorizando o território com infra-estruturas de conectividade internacional, necessárias a quem queira vender no exterior e com instituições que assegurem qualidade dos recursos humanos.
O DESAFIO DO CRESCIMENTO 1.
A retoma do crescimento tem que assentar numa nova vaga de investimento na exportação de bens, serviços, conteúdos e conceitos que abra oportunidades no mercado exterior suficientemente vastas que:
• Justifiquem um aumento substancial econtinuado do investimento no sector exportador;
• Contribuam para a diversificação e sofisticação da carteira de actividades exportadoras.
O DESAFIO DO CRESCIMENTO2.
• A retoma do crescimento, num período de contração do crescimento da procura interna, exige em paralelo uma dinâmica assente na atracção de rendimento vindo do exterior;
• Não só como turismo, mas sobretudo como acolhimento de dezenas de milhares de novos residentes vindos da Europa;
• O que também pode contribuir A PRAZO para animar as actividades imobiliárias e de construção, valorizando ativos hoje acumulados como crédito mal parado.
O DESAFIO DO CRESCIMENTO3.
A retoma do crescimento, para ser sustentada- ainda mais com uma evolução demográfica desfavorável - tem que assentar num aumento substancial da produtividade dos factores (capital, conhecimento/tecnologia, trabalho e terra):
• Nos sectores exportadores, que têm que ser polos de elevada produtividade na economia (assente em equipamentos, tecnologia, organização, qualificação de recursos humanos);
• Nos sectores mais “protegidos” da concorrência internacional (por forma evoluir para soluções mais eficazes e eficientes).
Nessa Vaga Exportadora:
1. As empresas multinacionais podem fornecer VOLUME
Em actividades que tenham forte procura internacional, empreguem recursos humanos qualificados e permitam a Portugal posicionar-se nas respetivas cadeias de valor de modo a poder ascender gradualmente nessa cadeias.
2. As P M E` s e as start ups fornecerão a VARIEDADE
Volume e Variedade são duas componentes chave numa vaga de internacionalização, para que seja rápida nos efeitos e prudente no evitar uma dependência excessiva de um número restrito de grandes operadores. Valor é a terceira componente chave: corresponde a “subir#” nas funções desempenhadas nas cadeias devalor globais
VOLUME, VARIEDADE & VALOR
O DESAFIO DO CRESCIMENTO4.
PORTUGAL 2014-2030 MACRO FACTORES DE ATRACTIVIDADE
Vagas Exportadoras” explorando um conjunto de Macro Fatores de Atractividade distintivos de Portugal, de que destacámos quatro:
� Localização (geográfica, horária, etc.) e Espaço disponível;
� Ambiente e Recursos Naturais;
� Competências Tradicionais em áreas da Engenharia e da Indústria;
� Novos Polos de Conhecimento e novas Competências(*)
Macro Factores que têm que ser completados por melhorias significativas no “Ambiente de Negócio”
(*) Resultantes do maior programa de Formação Avançada de Recursos Humanos em Ciência e Tecnologias da História Contemporânea do Pais.
PORTUGAL 2014-2030 Quatro Macro Factores PRINCIPAIS de AtractividadeDois Tipos de Recursos Naturais (Dinamizados pelo
super ciclo das Matérias Primas)
Novos Pólos de Conhecimento e
Novas Competências
Competências Tradicionais -Indústrias eEngenharias
Clima, Ambiente e Qualidade de
Vida
Localização e Acesso
a Espaços
FlorestasAgriculturaAquicultura
Minérios PetróleoGás Natural
Fatores Conjunturais –Terra(Super ciclo das Matérias Primas a nível global)
NovosPólos de Conhecimentoe Novas Competências
Competências emEngenhariase Industrias
Clima, Ambiente e Qualidade de Vida
Localização eAcesso a Espaços
PORTUGAL 2014-2020-
Fatores Chave de Contexto
• A Globalização pode abrir a Portugal a possibilidade de encontrar novas "Vagas Exportadoras” que se articulem com o dinamismo do mercado interno e, desse modo, permitam consolidar o crescimento.
•
• Para percecionar algumas dessas oportunidades pode-se partir da identificação de entidades que no mundo "andam à procura de localização" para segmentos das cadeias de valor que organizam à escala global: