portfólio 2014

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PEDRO FERREIRA | PORTFÓLIO

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Lisboa

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Page 1: Portfólio 2014

P E D R O F E R R E I R A | PORTFÓLIO

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PEDRO MATEUS FERREIRANovembro 2014Lisboa, Portugal

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SOBRE MIM1989

4_5

HAAR2010 / 2011

12_17

CIALO2010 / 2011

6_11

3

EISAC2012 / 2013

18_33

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SOBRE MIMO meu gosto pela arquitectura surgiu de uma forma natural e orgânica. Na minha infância apreciava jogar com blocos, construíndo com eles um mundo imaginário. Acredito que a conjungação da minha curiosidade e da minha criatividade foram factores preponderantes para me conduziram para a arquitectura.

Tendo frequentado a Escola Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, o campo artístico, que já então não me era indiferente, enraizou-se definitivamente na minha vida. Mais tarde, em 2007, comecei os meus estudos arquitectónicos na Faculdade de Arquitectura de Lisboa (FAUL).

No ano de 2010 decidi, para além de continuar a estudar, ganhar alguma experiência profissional. Comecei então a traba- nhar no CIAUD (Centro de Investigação de Arquitectura, Urbanismo e Design) onde participei em vários concursos nacionais e internacionais de arquitectura.

Um ano depois, esta experiência foi interrompida dado o meu interesse em prosseguir os estudos no estrangeiro. Como estava à procura de novos desafios inscrevi-me no Programa de Inter-câmbio Erasmus tendo entrado na Scuola di Archittetura Civile del Politecnico di Milano, em Italia.

Em 2013 completei o meu mestrado onde trabalhei sobre a relação entre conceitos bioclimática e a cidade consolidada.

Encontro-me neste momento a realizar um estágio no gabinete Paratelier, em Lisboa, onde tenho trabanhado em diferentes fases de projecto de arquitectura assim como em projectos de design.

Para além de arquitectura, gosto de tocar guitarra, de desenhar, de fotografia, de ouvir música, de viajar, de conviver com amigos e família e de estar em contacto com a natureza.

Obrigado pela vossa atenção,

Pedro Mateus Ferreira

INFORMAÇÃO PESSOAL

nome Pedro Mateus Ferreira

data de nascimento 27 de Novembro de 1989

nacionalidade portuguesa

CONTACTOS

morada Rua Vítimas da Guerra Colonial, n.º30 2825-420 Costa de Caparica, Portugal

telémovel (+351) 91 4127 694

e-mail [email protected]

sítio web www.cargocollective.com/pmferreira

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EDUCAÇÃO

datas 2007 - 2013

curso mestrado em arquitectura

entidade FA da Universidade de Lisboa

local Lisboa, Portugal

datas 2010 - 2011

curso mestrado em arquitectura - Erasmus

entidade SAC del Politecnico di Milano

local Milão, Itália

APTIDÕES LINGUÍSTICAS

português língua materna

inglês escrita e comunição oral avançada

italiano escrita e comunição oral intermédia

espanhol escrita e comunição oral básica

APTIDÕES TÉCNICAS E COMPETÊNCIAS

TRABALHOS E COMPETIÇÕES

2014

2013 «Hospital Privado de Saurino» -

.ARCHITECTURAL 3D AWARDS 2013

2012 .(1º prémio) Arquitecturas Inútei

2011 .Una parada en el caminho, Pladur

2010 .A house in Luanda: Patio and Pavilion Trienal de Arquitectura de Lisboa- CIAUD

.Tokyo 2010: Fashion Museum in Omotesando Street - CIAUD

.OS-House - CIAUD

2009 .Belém Town Houses - Arq. João Paciência

2008 .Um Lugar à Sombra

experiência na realização de maquetes.

experiência no desenho à mão.

Domínio dos softwares AutoCAD, Photshop e SketchUp.

Bons conhecimentos dos softwares 3D StudioMax, Ecotect, Illustrator e InDesign.

«Habitação Unifamiliar no Monte da Teima» - Paratelier

(1º lugar) «Lisboa num instante»: detalhes - Trienal de Arquitectura de Lisboa

«Hospital Privado de Saurino» - Oficina Urbana Arquitectos

Architectural 3D Awards - CGarchitect

(1º lugar) Arquitecturas Inúteis - FAUL

Una parada en el caminho, Pladur

A house in Luanda: Patio and Pavilion Trienal de Arquitectura de Lisboa - CIAUD

Tokyo 2010: Fashion Museum in Omote-sando Street - CIAUD

OS-House - CIAUD

Belém Town Houses - Arq. João Paciência

(4º lugar) Um Lugar à Sombra - AEFA

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CIALOFaculdade de Arquitectura, UL - Lisboa, 2012orientação por Manuel Teixeira e Fernando Bagulho

O Centro de Interpretação Ambiental da Lagoa de Óbidos resolve uma lacuna de equipamento presente no concelho de Óbidos. O local escolhido para o projecto deste equipamento foi Aldeia do Arelho. Tentou-se com este exercício, para além de resolver as problemáticas inerentes à escala arquitectónica do edifício, solucionar, ou pelo menos mitigar, os maiores problemas urbanos deste aglumerado.

Escala urbanaO lote escolhido para a implantação do CIALO comunida com dois Largos. O projecto do Centro permite a atribuir funções de carácter público a estes dois Largos ao mesmo tempo que redefine os seus limites. Foi ainda proposto um maior equilíbrio entre as áreas rodoviàrias e pedonais da envolvente próxima.

Escala arquitectónica Este projecto procura uma relação entre o passado e o presente. Paramentos e muros aruinados, de materiais prétreos e cerâmicos, assim como a antiga eira, são elementos preexistentes que definem linhas orientadoras para o desenho do edifício. Procurou-se uma linguagem arquitectónica subtil e horizontal potuada por volumes que se destacam pela sua vertica- lidade, pelo seu programa e pela utilização de materiais menos comumente utilizados na arquitectura tradicional portuguesa.

Maquete 1:500

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Planta de Coberturas

Memória(Ruínas)

Intergração(Contexto Rural)

Destaque(Equipamento)

Conceito arquitectónico

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9Axonometria Explodida

Piso 2AuditórioSala de exposiçõsInstalações sanitáriasGabinetes

Piso 1CafetariaAuditórioÁtrio e LojaSala de exposiçõesInstalações SanitáriasLaboratório de análise

Piso 0CafetariaInstalações sanitárias

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11Corte Construtívo do Auditório

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HAARScuola di Archittetura Civile, Polimi, - Milão, 2011orientação por Gianluca Vita e Antonello Gianfreda

A Habitação para o Artísta Artur Rosa tratou-se de um projecto experimental onde se procurou enaltecer uma relação entre a casa e algumas características inerentes à obra do artísta.

Na concepção da habitação o cubo foi usado como módulo, dada a sua rigorosa geometria assim como a sua versatibilidade. Utilizando gestos geométricos simples, como a repetição, a translacção, a rotação e ainda a transformação, tornou-se possível criar diferentes ambiências interiores. Nelas foi utilizada uma variedade limitada de materiais de modo a dar um maior destaque à volumetria dos espaços.

Tal como nos trabalhos de Artur Rosa, foi procurada a indução metafórica do movimento, sendo este conceito mais evidente no exterior da habitação. A casca exterior sofre ainda uma metamor-fose entre o opaco e o transparente tendo sido utilizados o aço corten, a madeira e o vidro.

Como foi dada a oportunidade de criar a envolvente onde o projecto se inseria, optou-se por um monte com vegetação rasteira de forma a destacar a casa e suscitar a ideia de “mineral sobre o solo”.

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13Maquete ConceptualMaquete Conceptual

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14 Corte Longitudinal

Planta Geral

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15Ambiência nocturna

Conceito arquitectónico

Transformação

Programa

Módulo 1: Entrada e sala

Módulo 2: I.nstalações sanitárias, cozinha e arrumos

Módulo 3: Espaço de leitura, biblioteca e arrumos

Módulo 4: Espaço de trabalho e Instalações sanitárias

Módulo 5: Espaço de trabalho

Módulo 6: Quarto

Módulo 7: Varanda

Público Privado

Módulo TranslacçãoRepetição Rotação

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17Ambiência Diurna

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EISACFaculdade de Arquitectura, UL - Lisboa, 2013orientação por Hugo Farias e Luís Calixto

Enquadramento

Em 2011 foi aprovada, pelo Governo português, a construção do Hospital de Todos-os-Santos em Chelas, Lisboa. Com a sua edificação, cinco equipamentos hospitalares localizados na Colina de Sant’Ana, dentro dos quais o Hospital Santo António dos Capuchos, serão para lá transferidos resultando na desactivação e desafectação dos complexos existentes.

Isto posto, o futuro da Colina fica comprometido dado que são estes equipamentos hospitalares os principais responsáveis pelas deslocações diárias realizadas a esta parte da cidade, motivando assim o comério e os serviços locais. Acrescenta-se ainda o risco de negligência do património arquitectónico existente, onde se inserem estruturas conventuais, outras hospita- lares, azulejaria, e um espólio de medicina único no panorama nacional.

Foi esta problemática que desencadeou a realização deste projecto.

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19Maquete com envolvente EISAC

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20 Fotografia Aérea do Hospital Santo António dos Capuchos, Lisboa e Cartas cartográficas de 1785, por Franc D. Milient; de 1831, por Duarte José Fava, de 1850, por Filipe Folque e de 1911, por Silva Pinto

1785 1831 1850 1911

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“Foi colocada, a 15 de Fevereiro de 1570, a primeira pedra para a fundação do Convento de Santo António dos Capuchos. Este caracterizava-se pela sua Igreja, de nave única, com seis capelas laterais e uma capela-mor; pelo seu claustro, com seis colunas e cinco arcos de pedra em cada lado; pela sala do capítulo, guarnecida de painéis de azulejos; pelos dormitórios, com celas de pequenas dimensões mas com uma «larga vista» para o exterior; pelas suas grossas paredes, caiadas de branco, e pela sua cerca, de dimensões consideráveis, repleta de hortas e árvores” (ALVES, 1993).

Em 1755, os efeitos do grande terramoto fizeram-se sentir no Convento Santo António dos Capuchos que levaram à realização de obras de restauro. Oito décadas mais tarde, após dois anos de abandono na sequência da expulsão das ordens religiosas de 1834, o Convento é transformado no Asilo da Mendicidade de D. Maria II. Com o aumento do número de mendigos, as instalações existentes rapidamente se tornaram exíguas. “Novas obras alteraram a forma e conteúdo do convento, em conformidade com outras premências e objectivos estruturais”

(ALVES, 1993).

Em 1928 dá-se o encerramento do estabelecimento asilar. No mesmo ano, é criado o Hospital Santo António dos Capuchos. Novos pavilhões e anexos foram, desde então, construídos. Tal crescimento, embora tenha sido realizado para dar resposta às necessidades da população, foi executado sem a sensibilidade merecida, negligenciando a estrutura do edificado preexistente. Exemplos desta negligência podem ser hoje verificados na ausência de uma estratégia para os espaços exteriores, na fraca hierarquia entre os edifícios, na descaracterização do edifício conventual, etc., problemas estes que foram alvo de estudo e atenção durante a definição da estratégia.

Como os hospitais da Colina de Sant’Ana são os principais responsáveis pelas deslocações diárias realizadas a esta parte da cidade, pretendeu-se que a estratégia programática a estabelecer no complexo conseguisse, ela também, atrair um vasto número de pessoas ao local. Para tal, desenvolveu-se um programa multifuncional assente num equipamento âncora: a Escola Informal Santo António dos Capuchos que ocupa, entre outros, o edifício conventual. Aliado a este equipamento estão outros usos, nomeadamente, um ginásio, uma piscina, um restau- rante e uma pousada que, embora tenham sido concebidos para funcionar autonomamente, podem também funcionar como omplemento à Escola.

Tendo em conta as intervenções realizadas durante os usos asilar e hospitalar, tornou-se necessário, em primeiro lugar, clarificar os volumes e hierarquizar os espaços exteriores. A localização do complexo foi um ponto preponderante neste processo dado que, por estar implantado no cimo da Colina de Sant’Ana é, simultanea-mente, um ponto de vista privilegiado sobre a cidade e uma parte integrante da paisagem da Colina. Por este motivo, foi adoptada, como conceito do projecto, a metáfora da acrópole. Foram substituídos todos os edifícios e estruturas que impediam o contacto visual entre o convento e a cidade, por um edifício baixo e longo, que funciona simultaneamente como um embasa- mento onde o edifício coventual assenta (relação cidade > colina) e como uma praça mirante (relação colina > cidade). Para além desta praça, foi também criado, numa cota inferior, um jardim, procurando estabelecer a articulação entre a cidade e a escola e, ao mesmo tempo, retomar a memória da vida monástica onde os pomares, as horta e o jardim desempenhavam um papel significativo. Esta memória é também procurada com a atribuição de um programa relativo ao ensino no edifício conventual, retomando outra parte integrante do quotidiano das ordens religiosas.

Santo António dos Capuchos Estratégia

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22 Planta de Coberturas

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“A cerca representa a marcação física do limite de um território, mas também a importância da sua contenção, preservação e isolamento de relação entre o interior e o exterior. Apesar da sua linearidade, ela marca sobretudo essa relação dua” (PACHECO e AGUIAR, 2011). Embora tenha sido procurada uma maior fluidez entre a cerca e a cidade, aumentando os números de acessos (de dois para quatro), pretendeu-se que o acto de entrada no complexo (espaço heterotópico) fosse bem marcado. Para tal, todos os pontos de acesso possuem um portão reforçando a transição entre a cidade e o complexo. Esta marcação é acentuada com a mudança de materiais (por exemplo, no pavimento) e com uma abundante presença vegetal (jardim) que, segundo Foucault, é o exemplo mais antigo de um espaço heterotópico.

Relativamente à EISAC, esta é constituída pelo edifício conventual e pelo edifício embasamento. Procurou-se clarificar os interiores do edifício conventual, espaços alvos de várias intervenções ao longo dos anos. Foram desenhadas espaços com dimensões adequadas aos programas e procuro-se estabelecer uma relação mais clara entre estes e o ritmo dos vãos. Os elementos originais do convento, nomeadamente o corpo da igreja, os paramentos estruturais e a volumetria, foram mantidos.

A distribuição dos espaços com usos públicos, semi-públicos e privados foi feita tendo em conta a facilidade de acesso assim como pela volumetria dos edifícios em causa. Neste sentido, os usos públicos localizam-se, na sua maioria, no piso térreo, tanto no edifício conventual (loja, bar) como no edifício embasamento (sala de exposições temporárias, auditório, café). Excepção feita a três espaços que, por possuírem características espaciais de especial interesse devem, segundo a opinião do autor, ser passíveis de ser utilizadas pelo público geral.

Estes espaços são a antiga cave do convento, onde os arcos de pedra criam um ritmo constante, a cisterna, caracterizada pelos elementos estruturais (pilares e abóbadas nervuradas) e pelo revestimento cerâmico, e o último piso do convento, onde se torna possível a visualização da estrutura da cobertura em madeira e, por se tratar, dentro do complexo, do local com avista mais privilegiada sobre a cidade. Programaticamente, estes espaços albergam, respectivamente, uma livraria, um espaço expositivo e uma biblioteca. Relativamente aos espaços de uso privado, nomeadamente a zona administrativa, esta localiza-se no edifício adjacente ao convento, dada a sua próxima ligação com a entrada principal da escola e por se destacar volumetricamente da estrutura original do convento. Os espaços semi-públicos, como as salas de aula, ocupam, no edifício conventual, os pisos 01 e 02 e, no edifício embasamento, a zona Sul e Poente, de forma a se distanciarem dos núcleos públicos da escola.

A distribuição dos usos teve também em consideração os requerimentos espaciais indicados para cada um destes. Desta forma, dada a maior compatibilidade, as salas de aulas teóricas (que requerem espaços menores) estão situadas no edifício conventual enquanto que as salas de aulas práticas, o auditório e as salas de exposição, como necessitam de espaços com uma maior área ou um pé-direito mais alto, estão localizadas no edifício embasamento. Houve, ainda, o cuidado de permitir o funcionamento do auditório e da sala de exposições autonomamente, mesmo que a escola se encontre encerrada, de forma a garantir uma maior viabilidade económica.

Durante o desenho da proposta houve também um especial foque em aplicar estratégias bioclimáticas que parecessem lógicas. Estas serão apresentadas posteriormente.

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24 Planta do Piso Térreo

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25Planta do Piso 1

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26 Alçado Poente

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27Alçado Sul

Corte Longitudinal

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LEGENDA DOS PORMENORES

Cobertura 1 - Revestimento cerâmico em telha marselha - Ripas de madeira - Painel sandwich constituído por placas de OSB e isolamento térmico de aglomerado nedro de cortiça de 60 mm - Duplo painel em gesso cartonado hidrógugo - Tela de impermeabilização - Varas em pinho com acabamento a verniz aquoso acetinado - Madres em pinho com acabamento a verniz aquoso acetinado

Parede exterior 1 - Revestimento em reboco liso pintado de branco de 25 mm - Placas de isolamento térmico em aglumerado negro de cortiça de 80 mm - Alvenaria mista - Lintel em Betão armado - Revestimento em reboco liso pintado de branco de 20 mm

Parede exterior 2 - Sistema de sombreamento móvel em estore de lamelas - Envidraçado de vidro duplo cp, caixilharia de mareira lamelada pintada de vermelho - Caixa-de-ar de 100 mm - Parede acumuladora em betão 230 mm - Revestimento em reboco liso pintado de branco de 20 mm

Parede interior 1 - Placas de OBS pintadas de preto 20 mm - Barrotes de madeira - Placas de OBS ao natural 20 mm

Pavimento exterior 1 - Pavimento em placas de pedra artificial 800 x 400 mm - Suportes das placas de pedra artificial - Placas de isolamento térmico em aglumerado negro de cortiça de 80 mm - Tela de impermeabilização - Betonilha armada - Laje de betão armado 250 mm - Revestimento interior em reboco liso pintado de branco de 20 mm

Pavimento 1 - Pavimento em soalho de madeira (reaproveitada da demolição de outros edifícios do complexo) - Rimado de madeira de pinho - Betonilha armada - Laje de betão armado 250 mm - Revestimento em reboco liso pintado de branco de 20 mm

Pavimento 2 - Pavimento em pedra artificial 800 x 400 mm - Argamassa de cimento branco - Betonilha armada - Laje de betão armado - Gravilha pequena (aproveitada da demolição de edifícios do complexo) - Terra compactada

Corte Construtívo

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tando entulhos criados na demolição de edifícios) para espaços menos nobres; em madeira oriunda de florestas replantadas, para espaços de permanência e em pedra sintética nas zonas de circulação. No que toca às paredes e aos tectos, estes são, na sua maioria, revestidas a reboco pintado de branco (que incen-tiva, quando aplicado no interior do edifício, uma distribuição mais uniforme da luz e, quando aplicado no exterior, uma maior reflexão dos raios solares). São ainda utilizados painéis OSB, na cobertura da biblioteca, e alcatifa e painéis de gesso cartonado no auditório.

Para garantir a redução de perdas térmicas por convecção e, ao mesmo tempo, conferir aos espaços inércia térmica, as paredes e os tectos são constituídos por materiais densos (alvenaria em tijolo ecológico, estrutura em betão e reboco) com isolamento térmico pelo exterior (aglomerado negro de cortiça).

Optimizaram-se os ganhos solares através da utilização de paredes de armazenamento térmico na fachada Sul do convento.

Estratégias bioclimáticas passivas

Na EISAC, tal como no restante recinto, houve uma atenção especialno desenho de forma a incentivar um maior equilíbrio energético-ambiental do equipamento durante todo o seu ciclo de vida.

Embora o projecto se trate de uma intervenção num edifício existente, houve, no desenho urbano, a preocupação de maximizar a insolação através da redução das sobras projectadas sobre a fachada Sul. Para tal, os edifícios adjacentes foram substituídos por um edifício baixo (embasamento). Dada a forma deste edifício, foi necessário criar pátios de modo a assegurar iluminação e ventilação natural. Em toda a escola, o percurso solar foi um factor preponderante para a organização espacial. Assim, os espaços com maior utilização foram orientados a Sul, Nascente e Poente, enquanto que os espaços com menos utilização foram orientados a Norte ou interiormente.

No projecto, foram utilizados, sempre que possível, materiais com baixo impacto ecológico. Os pavimentos são em material cerâmico para as cozinhas e I. S., em betonilha afagada (aprovei-

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31Esquema com as estratégias bioclimáticas

De modo a restringir os ganhos excessivos no Verão, foram adop- tados sistemas de sombreamento nos envidraçados: a profundi- dade da fachada, estores exteriores de lâminas, telas interiores e barras verticais exteriores, que permitem uma maior regulação da entrada de luz no espaço interior. Foram ainda utilizadas árvores de folha caduca nos pátios do edifício embasamento.

A ventilação dos espaços é realizada quase exclusivamente, de uma forma natural. Para tal, são colocadas janelas oscilo- -batentes na fachada e bandeiras nas portas de acesso aos corredores, favorecendo a ventilação cruzada, e clarabóias, motivando uma ventilação induzida. A presença da água no pátio principal do edifício embasamento e no claustro do edifício conventual permite, ainda, uma ventilação com arrefeci-mento evaporativo.

Existe um sistema de captação de águas pluviais que permite a sua posterior utilização na rega do jardim. Dá-se também o tratamento das águas cinzentas para descargas de autoclismos.

Na sala de exposições na cisterna preexistente, por se tratar de um espaço enterrado sem contacto com o exterior, são utilizados túneis de luz de modo a iluminar, naturalmente, o espaço.

Estratégias bioclimáticas activas

Em termos de sistemas activos, são utilizadas três formas de microgeração energética. Foram colocados, na cobertura do edifício conventual, colectores solares e painéis fotovoltaicos, de forma a garantir, quando possível, o aquecimento da água utilizada na escola e a produção de electricidade. Dada a intermitência da exposição solar optou-se por utilizar ainda turbinas de eixo vertical, que são indicadas para contextos urbanos. A sua colocação é remetida para a zona Poente da praça mirante dada a exposição aos ventos dominantes funcionando ainda como elementos escultóricos passiveis de sensibilizar a população para preocupações ambientais.

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33Maquetes de estudo e maquete final

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PEDRO MATEUS FERREIRANovembro 2014 Lisboa, Portugal

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