portarian.41-2009_estatuto do técnico responsável açores

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S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL, S.R. DO AMBIENTE E DO MAR Portaria n.º 41/2009 de 21 de Maio de 2009 O estatuto do técnico responsável por instalações eléctricas de serviço particular foi aprovado pelo Despacho Normativo n.º 128/88, de 18 de Outubro, ao abrigo do disposto na Portaria n.º 64/88, de 23 de Agosto, diploma que se mantém em vigor sem qualquer alteração e estabelece que podem ser inscritos como responsáveis de instalações eléctricas os técnicos que demonstrem, em provas especiais de avaliação, possuir os conhecimentos adequados, remetendo o programa das provas de conhecimentos para despacho conjunto dos membros do Governo Regional que tutelem as áreas do trabalho e da energia. De igual modo, os referidos diplomas remetem para despacho conjunto a definição das habilitações consideradas apropriadas aos electricistas que pretendam a sua inscrição como técnicos responsáveis por instalações eléctricas. Estas matérias, para os electricistas que pretendam efectuar a sua inscrição como técnicos responsáveis por instalações eléctricas de serviço particular, carecem de concretização, designadamente quanto à adequação das habilitações profissionais ao perfil de electricista de instalações, bem como no que concerne aos mecanismos necessários ao reconhecimento, validação e certificação de competências dos profissionais que foram adquirindo experiência fora dos contextos formais de aprendizagem. Acresce que a obrigatoriedade de inscrição em serviço da administração regional, no que respeita aos técnicos responsáveis que sejam engenheiros electrotécnicos, engenheiros técnicos da especialidade de electrotecnia e engenheiros técnicos electromecânicos, corresponde a uma formalidade desnecessária face à exigência de inscrição na respectiva ordem ou associação profissional, nos termos dos respectivos estatutos. Com essas finalidades, procede-se à revisão do estatuto do técnico responsável por instalações eléctricas de serviço particular, actualizando e reajustando a sua redacção e anexos, e consolidando no mesmo normativo as matérias relativas ao reconhecimento da adequação de habilitações profissionais e de avaliação e certificação de competências adquiridas por via da experiência. Manda o Governo Regional, pela Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social e pelo Secretário Regional do Ambiente e do Mar, nos termos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 90.º do Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma dos Açores e da alínea c) do artigo 13.º e alínea h) do n.º 1 do artigo 16.º do Decreto Regulamentar Regional n.º 25/2008/A, de 30 de Janeiro, o seguinte: 1.É aprovado o Estatuto do Técnico Responsável por Instalações Eléctricas de Serviço Particular (TRIESP), que se publica em anexo à presente portaria e dela faz parte integrante. 2.Os serviços dos departamentos da administração regional competentes em matéria de certificação profissional e de energia devem adoptar as medidas necessárias à concretização do processo de avaliação e certificação de competências adquiridas por via da experiência, a que se refere o regulamento anexo ao presente diploma, de modo a que este possa ser requerido até 60 dias após a entrada em vigor do presente diploma. 3.Mantêm-se válidas as inscrições dos técnicos responsáveis por instalações eléctricas de serviço particular efectuadas antes da entrada em vigor da presente portaria.

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Estatuto do Técnico Responsável - Arquipélago dos Açores

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  • S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL, S.R. DO AMBIENTE E DOMAR

    Portaria n. 41/2009 de 21 de Maio de 2009

    O estatuto do tcnico responsvel por instalaes elctricas de servio particular foi aprovadopelo Despacho Normativo n. 128/88, de 18 de Outubro, ao abrigo do disposto na Portaria n.64/88, de 23 de Agosto, diploma que se mantm em vigor sem qualquer alterao eestabelece que podem ser inscritos como responsveis de instalaes elctricas os tcnicosque demonstrem, em provas especiais de avaliao, possuir os conhecimentos adequados,remetendo o programa das provas de conhecimentos para despacho conjunto dos membrosdo Governo Regional que tutelem as reas do trabalho e da energia.De igual modo, os referidos diplomas remetem para despacho conjunto a definio dashabilitaes consideradas apropriadas aos electricistas que pretendam a sua inscrio comotcnicos responsveis por instalaes elctricas.Estas matrias, para os electricistas que pretendam efectuar a sua inscrio como tcnicosresponsveis por instalaes elctricas de servio particular, carecem de concretizao,designadamente quanto adequao das habilitaes profissionais ao perfil de electricista deinstalaes, bem como no que concerne aos mecanismos necessrios ao reconhecimento,validao e certificao de competncias dos profissionais que foram adquirindo experinciafora dos contextos formais de aprendizagem.Acresce que a obrigatoriedade de inscrio em servio da administrao regional, no querespeita aos tcnicos responsveis que sejam engenheiros electrotcnicos, engenheirostcnicos da especialidade de electrotecnia e engenheiros tcnicos electromecnicos,corresponde a uma formalidade desnecessria face exigncia de inscrio na respectivaordem ou associao profissional, nos termos dos respectivos estatutos.Com essas finalidades, procede-se reviso do estatuto do tcnico responsvel porinstalaes elctricas de servio particular, actualizando e reajustando a sua redaco eanexos, e consolidando no mesmo normativo as matrias relativas ao reconhecimento daadequao de habilitaes profissionais e de avaliao e certificao de competnciasadquiridas por via da experincia.Manda o Governo Regional, pela Secretria Regional do Trabalho e Solidariedade Social epelo Secretrio Regional do Ambiente e do Mar, nos termos do disposto na alnea d) do n. 1do artigo 90. do Estatuto Poltico Administrativo da Regio Autnoma dos Aores e da alneac) do artigo 13. e alnea h) do n. 1 do artigo 16. do Decreto Regulamentar Regional n.25/2008/A, de 30 de Janeiro, o seguinte:1. aprovado o Estatuto do Tcnico Responsvel por Instalaes Elctricas de ServioParticular (TRIESP), que se publica em anexo presente portaria e dela faz parte integrante.2.Os servios dos departamentos da administrao regional competentes em matria decertificao profissional e de energia devem adoptar as medidas necessrias concretizaodo processo de avaliao e certificao de competncias adquiridas por via da experincia, aque se refere o regulamento anexo ao presente diploma, de modo a que este possa serrequerido at 60 dias aps a entrada em vigor do presente diploma.3.Mantm-se vlidas as inscries dos tcnicos responsveis por instalaes elctricas deservio particular efectuadas antes da entrada em vigor da presente portaria.

  • 4.O disposto na presente portaria aplica-se aos pedidos de inscrio que estejam pendentesno departamento da administrao regional autnoma competente em matria de energia.5.So revogados:a)A Portaria n. 64/88, de 23 de Agosto;b)O Despacho Normativo n. 128/88, de 18 de Outubro.6.A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.

    Secretarias Regionais do Trabalho e Solidariedade Social e do Ambiente e do Mar.Assinada em 30 de Abril de 2009.

    A Secretria Regional do Trabalho e Solidariedade Social, Ana Paula Pereira Marques.- O Secretrio Regional do Ambiente e do Mar, Jos Gabriel do lamo de Meneses.

    Estatuto do Tcnico Responsvel por Instalaes Elctricas de Servio Particular(TRIESP)CAPTULO I

    Disposies GeraisArtigo 1.Objectivo

    O presente estatuto regulamenta a actividade dos tcnicos responsveis pela elaborao dosprojectos e pela execuo e explorao de instalaes elctricas de servio particular.

    Artigo 2.Conceito de tcnico responsvel

    1. Consideram-se tcnicos responsveis por instalaes elctricas de servio particular osindivduos que, preenchendo os requisitos fixados no presente estatuto, podem assumir aresponsabilidade pelo projecto, pela execuo ou pela explorao das referidas instalaes.2. permitida a acumulao das qualidades de tcnico responsvel pelo projecto, pelaexecuo e pela explorao de instalaes elctricas.

    Artigo 3.Cdigo deontolgico

    Os tcnicos responsveis devem respeitar o cdigo deontolgico constante do Anexo I aopresente regulamento, do qual faz parte integrante.

    CAPTULO IICompetncia dos tcnicos responsveis

    Artigo 4.Tcnicos responsveis pelo projecto

    1. Sem prejuzo do disposto no n. 3 do presente artigo, s podem ser tcnicosresponsveis pelo projecto de instalaes elctricas os engenheiros electrotcnicos, osengenheiros tcnicos da especialidade de electrotecnia e os engenheiros tcnicoselectromecnicos.

  • 2. Tratando-se de projectos de instalaes elctricas com tenso nominal igual ousuperior a 60 kV, para assumir a responsabilidade obrigatrio demonstrar ser detentor deuma experincia profissional mnima, na especialidade, de 2 anos para os engenheiros e de 4anos para os engenheiros tcnicos.3. Tratando-se de projectos de instalaes elctricas de concepo simples, nos termosdo nmero seguinte, a responsabilidade pode ser assumida por electricistas que provem tercompetncia para o efeito e possuam habilitao considerada apropriada.4. As instalaes elctricas de concepo simples, a que se refere o nmero anterior, soas de categoria C definidas no Regulamento de Licenas para Instalaes Elctricas (RLIE),aprovado pelo Decreto-Lei n. 26852, de 30 de Julho de 1936, com as alteraes que lheforam introduzidas pelo Decreto-Lei n. 101/2007, de 2 de Abril, de potncia total prevista, noafectada de coeficientes, igual ou inferior a 50 kVA, estabelecidas nos seguintes locais:a) Locais residenciais ou de uso profissional;b) Estabelecimentos recebendo pblico, com excluso dos hospitalares e hoteleiros;c) Estabelecimentos industriais que no comportem locais sujeitos a risco de incndio oude exploso;d) Estabelecimentos agrcolas ou pecurios que no comportem locais sujeitos a risco deincndio ou de exploso.5. Aos tcnicos responsveis pelo projecto sero atribudos os seguintes nveis:a) Nvel I, aos tcnicos que possam ser responsveis pelo projecto de qualquer instalaoelctrica;b) Nvel II, aos tcnicos que possam ser responsveis pelo projecto de qualquer instalaoelctrica de tenso nominal inferior a 60 kV;c) Nvel III, aos tcnicos que possam ser responsveis pelos projectos das instalaeselctricas referidas nos nmeros 4 e 5 do presente artigo.6. A passagem do nvel II ao nvel I dever ser requerida aos servios do departamento daadministrao regional autnoma competente em matria de energia, devendo o interessadojuntar os documentos comprovativos da experincia profissional exigida no n. 2 do presenteartigo.

    Artigo 5.Tcnicos responsveis pela execuo

    1. Com as limitaes constantes dos nmeros seguintes, podem ser tcnicosresponsveis pela execuo de instalaes elctricas:a) Engenheiros electrotcnicos;b) Engenheiros tcnicos da especialidade de electrotecnia;c) Engenheiros tcnicos electromecnicos;d) Electricistas que possuam habilitao considerada apropriada, nos termos do artigo33. do presente regulamento, e tenham, pelo menos, dois anos de experincia;e) Electricistas sem as habilitaes previstas na alnea anterior que possuam,cumulativamente, pelo menos sete anos de experincia profissional na execuo deinstalaes elctricas de baixa tenso, o 9. ano de escolaridade, e sejam considerados aptos

  • ao exerccio da profisso atravs de processo de avaliao e certificao das competnciasadquiridas pela via da experincia profissional, certificada nos termos legais.2. Sem prejuzo do disposto nos nmeros 5 e 6 do presente artigo, os tcnicos indicadosnas alneas a), b) e c) do nmero anterior podem assumir a responsabilidade por qualquerinstalao.3. Os tcnicos indicados nas alneas d) e e) do n. 1 podem ser responsveis por qualquerinstalao, desde que no inclua subestaes de transformao ou de converso e redes dealta tenso.4. Aos tcnicos responsveis pela execuo sero atribudos os seguintes nveis:a) Nvel I, aos tcnicos indicados nas alneas a), b) e c) do n. 1;b) Nvel II, aos tcnicos indicados nas alneas d) e e) do n. 1.5. A execuo de instalaes que compreendam tubos de descarga de tenso em vaziosuperior a 1 kV s pode ser assumida por tcnicos que provem ter experincia e competnciano ramo de actividade.6. A montagem de elevadores elctricos s pode ser assumida por tcnicos que provemter experincia e competncia no ramo de actividade.

    Artigo 6.Tcnicos responsveis pela explorao

    1. Podem ser tcnicos responsveis pela explorao de instalaes elctricas:a) Engenheiros electrotcnicos;b) Engenheiros tcnicos da especialidade de electrotecnia;c) Engenheiros tcnicos electromecnicos.2. Para instalaes de potncia nominal at 250 kVA e tenso at 30 kV, aresponsabilidade pode ser assumida por electricistas que possuam habilitao consideradaapropriada e tenham, pelo menos, quatro anos de experincia comprovada neste mbito.3. Relativamente s competncias referidas nos nmeros 1 e 2, sero atribudos osseguintes nveis:a) Nvel I, aos tcnicos que possam assumir a responsabilidade pela explorao dequalquer instalao elctrica;b) Nvel II, aos tcnicos que possam assumir a responsabilidade pela explorao dasinstalaes elctricas de potncia nominal at 250 kVA e tenso at 30 kV.4. Quando a dimenso ou complexidade das instalaes elctricas o justificar, pode havermais de um tcnico responsvel pela explorao, devendo um deles exercer as funes decoordenador e considerando-se a todos solidrios na sua responsabilidade.

    CAPTULO IIIInscrio dos tcnicos responsveis

    Artigo 7.Obrigatoriedade de inscrio

    1. O exerccio das funes de tcnico responsvel por instalaes elctricas por partesdos engenheiros electrotcnicos, dos engenheiros tcnicos de electrotecnia e dos engenheiros

  • tcnicos electromecnicos depende de inscrio, respectivamente, na Ordem dos Engenheirose na Associao Nacional dos Engenheiros Tcnicos, nos termos previstos nos respectivosestatutos.2. Os tcnicos referidos no ponto anterior devero fazer acompanhar os termos deresponsabilidade por si subscritos, de elemento comprovativo de inscrio regularizada perantea sua associao profissional.3. O exerccio das funes de tcnico responsvel pela execuo e pela explorao deinstalaes elctricas por parte de electricistas depende de inscrio nos servios dodepartamento da administrao regional autnoma competente em matria de energia, nostermos previstos no presente regulamento.

    Artigo 8.Pedido de inscrio

    O requerimento para a inscrio referida no artigo anterior dirigido ao director regionalcompetente em matria de energia, devendo indicar os domnios de responsabilidade emrelao aos quais o tcnico se pretende inscrever e ser acompanhado de:a) Declarao de que o requerente se compromete, no exerccio da sua actividade, acumprir o presente estatuto, os regulamentos de segurana de instalaes elctricas e demaislegislao aplicvel;b) Documento comprovativo das habilitaes literrias ou profissionais apropriadas, nostermos do artigo 33. do presente regulamento, ou ainda documento comprovativo daexperincia profissional;c) Cpia do contrato de seguro de responsabilidade civil a que se refere o artigo 14.;d) Formulrio devidamente preenchido, conforme disponibilizado no portal do GovernoRegional na Internet;e) Comprovativo do pagamento da taxa de inscrio.

    Artigo 9.Inscrio provisria

    1. Quando no seja comprovada a experincia nos domnios de responsabilidade emrelao aos quais o tcnico se pretende inscrever, a inscrio feita a ttulo provisrio.2. A inscrio provisria referida no nmero anterior vlida pelo prazo de dois anos,findo o qual caduca se no for requerida a inscrio definitiva ou a sua prorrogao por novoperodo de dois anos.3. A inscrio a ttulo provisrio confere ao tcnico responsvel os mesmos direitos eobrigaes que a inscrio definitiva.4. O requerimento referido no n. 2 deve ser apresentado at 60 dias antes do fim doprazo de validade da inscrio provisria.5. O requerimento solicitando a inscrio definitiva deve ser acompanhado do relatrio dostrabalhos realizados no perodo decorrido entre a data da inscrio provisria e a data dorequerimento, conforme formulrio a disponibilizar no portal do Governo Regional na Internet.

    Artigo 10.Equivalncias

  • Mediante apresentao de comprovativo, atribuda a equivalncia inscrio efectuada emoutras regies do pas.

    Artigo 11.Comunicao ao requerente

    1. Dos despachos que recarem sobre os requerimentos dado conhecimento, porescrito, ao requerente.2. Aps a inscrio definitiva enviado ao requerente certificado comprovativo dainscrio.3. A inscrio provisria comprovada pela comunicao feita nos termos do n. 1.

    Artigo 12.Cadastro

    1. Os servios competentes do departamento da administrao regional autnomacompetente em matria de energia mantm um cadastro com os elementos respeitantes aostcnicos inscritos e a indicao dos diversos nveis de responsabilidade em cada um dosdomnios considerados (projecto, execuo, explorao).2. Para os tcnicos responsveis pela execuo de instalaes elctricas de tubos dedescarga de tenso em vazio superior a 1 kV e pela montagem de elevadores elctricos osservios do departamento da administrao regional autnoma competente em matria deenergia organizam cadastros prprios onde sero anotados todos os elementos respeitantesaos tcnicos inscritos.3. Os distribuidores pblicos de energia elctrica e outras entidades encarregadas dafiscalizao das instalaes elctricas devem comunicar aos servios do departamento daadministrao regional autnoma competente em matria de energia as faltas cometidas pelostcnicos responsveis de que tenham conhecimento.

    CAPTULO IVAtribuies e obrigaes dos tcnicos responsveis

    Artigo 13.Obrigaes gerais

    1. No mbito da sua competncia, os tcnicos responsveis pelo projecto, pela execuoou pela explorao de instalaes elctricas respondem por tudo o que se prenda com osaspectos tcnicos e regulamentares.2. Na qualidade de representantes dos proprietrios das instalaes elctricas de que soresponsveis, os tcnicos devem satisfazer todos os pedidos de esclarecimento, incluindo osreferentes a eventuais alteraes ou correces ao projecto, quando solicitados no mbito dasatribuies de fiscalizao dos servios do departamento da administrao regionalcompetente em matria de energia ou dos distribuidores pblicos de energia elctrica.

    Artigo 14.

  • Seguro de responsabilidade civil1. O tcnico responsvel pelo projecto, execuo ou explorao, data do incio daactividade, deve dispor de seguro de responsabilidade civil profissional, excepto se a coberturaestiver includa pela ou pelas empresas em nome e por conta da qual ou das quais vai actuar.2. O contrato de seguro referido no nmero anterior tem por objecto a garantia daresponsabilidade civil profissional emergente da actividade do tcnico responsvel, e deveincluir a cobertura dos danos causados a terceiros resultantes de actos ou omisses pelosquais aquele responda.3. O capital seguro deve corresponder no mnimo a 50 000,00.4. O tcnico responsvel inscrito nos servios do departamento da administrao regionalautnoma competente em matria de energia deve apresentar anualmente naqueles servioscomprovativo de que mantm o seguro de responsabilidade civil profissional referido nosnmeros anteriores.

    SECO IDo projectoArtigo 15.

    Obrigaes e direitos do tcnico1. O tcnico responsvel obriga-se a elaborar o projecto de acordo com a legislaoaplicvel a cada tipo de instalao e a complet-lo com as condies gerais e especiais docaderno de encargos.2. Durante a execuo da instalao, o tcnico responsvel pelo projecto deve prestar aotcnico responsvel pela execuo todos os esclarecimentos necessrios correctainterpretao do projecto, obrigao que cessa ao fim de 4 anos contados da data de entregado projecto completo ao proprietrio, se outro prazo no for fixado no contrato celebrado entreos interessados.3. Findo o prazo indicado no nmero anterior, qualquer esclarecimento ou trabalhocomplementar do projecto dever ser confiado ao autor mediante contrato suplementar, salvose este o no aceitar ou for impossvel obter a sua colaborao, situaes em que outrotcnico pode ser encarregue da tarefa.4. O tcnico responsvel pelo projecto, sempre que considere oportuno, pode visitar ainstalao elctrica durante a sua execuo, devendo datar e rubricar a respectiva ficha deexecuo e anotar as observaes que entenda necessrias.5. Sempre que solicitada pelo proprietrio, o tcnico responsvel pelo projecto deveapresentar estimativa do custo da instalao elctrica, bem como os pormenores tcnicosnecessrios conveniente execuo dos trabalhos.6. A responsabilidade do tcnico responsvel termina com a aprovao do projecto ou,caso no seja submetido a aprovao, dois anos aps a sua entrega ao proprietrio dainstalao elctrica.7. Durante o perodo em que vigorar a responsabilidade, qualquer alterao ao projecto spoder ser feita por ele ou, se por outrem, aps obter o seu parecer favorvel escrito.

    SECO IIDa execuo

  • Artigo 16.Obrigaes e direitos do tcnico

    1. O tcnico responsvel pela execuo da instalao elctrica deve acompanhar oandamento dos trabalhos de forma a assegurar o cumprimento das prescries de seguranaregulamentares e regras tcnicas aplicveis e, se for o caso, do projecto existente.2. Salvo parecer favorvel escrito do seu autor, o tcnico responsvel pela execuo nopode alterar o projecto de instalao elctrica.3. Durante a execuo da instalao, o tcnico responsvel deve fazer as seguintesinspeces e medies:a) Verificao do correcto estabelecimento dos elctrodos de terra, incluindo as ligaesaos circuitos de proteco;b) Medio da resistncia de contacto dos elctrodos de terra;c) Verificao da qualidade e da cuidadosa execuo das ligaes de aparelhagem;d) Verificao e ensaio dos sistemas de proteco de pessoas e das proteces contrasobre-intensidades e sobretenses, quando existam.4. Tratando-se de instalao de utilizao de energia elctrica e de instalao colectiva deedifcios e entradas, o tcnico responsvel pela execuo deve efectuar as seguintesverificaes:a) Traado das colunas e localizao dos quadros e portinholas;b) Estabelecimento das tubagens ou enterramento dos cabos;c) Enfiamento dos condutores.5. Tratando-se de outras instalaes, o tcnico responsvel pela execuo deverefectuar as verificaes adequadas s suas caractersticas e especificidades.

    Artigo 17.Inspeco final

    1. Concluda a execuo da instalao, o tcnico responsvel deve proceder a umainspeco final, verificando se aquela satisfaz todas as prescries de seguranaregulamentares e regras de tcnica, fazendo as medies e ensaios necessrios verificaodaquelas condies, nomeadamente as previstas na regulamentao de segurana.2. Quando exista um tcnico responsvel pela explorao, em regra dever acompanhar ainspeco final referida no nmero anterior.3. No local da obra e durante a execuo da instalao obrigatria a existncia da fichade execuo da instalao onde so anotadas todas as inspeces referidas nos nmerosanteriores, bem como quaisquer outras que o tcnico considere teis.4. A ficha a que se refere o nmero anterior deve acompanhar o pedido de vistoria dainstalao elctrica.5. A responsabilidade do tcnico responsvel pela execuo da instalao elctrica duraat sua aprovao definitiva, sem prejuzo das disposies legais aplicveis.6. O tcnico encarregado pelo proprietrio para fiscalizar a instalao elctrica, quandotenha sido designado, deve ser preferencialmente:

  • a) O tcnico responsvel pelo projecto, se tratar de uma instalao nova;b) O tcnico responsvel pela explorao, se tratar da modificao de uma instalaoelctrica j em explorao.

    SECO IIIDa exploraoArtigo 18.

    Inspeces da instalao elctrica1. O tcnico responsvel pela explorao deve inspeccionar a instalao elctrica com afrequncia exigida pelas caractersticas da explorao, no mnimo duas vezes por ano, a fim deproceder s verificaes, ensaios e medies regulamentares.2. As duas inspeces anuais obrigatrias referidas no nmero anterior devem serrealizadas, em regra, uma durante os meses de Vero e outra durante os meses de Inverno.3. O nmero de inspeces para alm das duas inspeces anuais obrigatrias deveconstar do contrato de prestao de servios e ter em conta a complexidade e a perigosidadeda explorao da instalao elctrica.4. Alm das inspeces indicadas nos nmeros anteriores, o tcnico responsvel deverefectuar visitas tcnicas a solicitao justificada da entidade exploradora.

    Artigo 19.Instalaes irregulares

    1. Sempre que o tcnico responsvel pela explorao detectar deficincias contrrias snormas regulamentares aplicveis, delas dar conhecimento, por escrito, entidadeexploradora da instalao, com vista sua eliminao, fixando um prazo para o efeitocompatvel com a importncia e natureza daquelas.2. Quando as deficincias colidam notoriamente com a segurana de pessoas e bens,devem ser rapidamente eliminadas.3. Nas situaes referidas no nmero anterior, se findo o prazo fixado a entidadeexploradora no tiver eliminado as deficincias detectadas, o tcnico responsvel deve darconhecimento do facto aos servios do departamento da administrao regional competenteem matria de energia.

    Artigo 20.Ampliao de instalaes

    As ampliaes da instalao elctrica carecem de parecer favorvel do tcnico responsvelpela explorao nos aspectos relacionados com as disposies regulamentares de seguranae com as boas regras de tcnica.

    Artigo 21.Documentao

  • Quaisquer documentos a incluir nos processos que digam respeito responsabilidade dotcnico devem ser por si visados ou assinados, nomeadamente os requerimentos de licena,de vistoria, de pedidos de prorrogao de prazo e de anulao de clusulas.

    Artigo 22.Esclarecimentos a prestar pelo tcnico

    O tcnico responsvel pela explorao da instalao elctrica deve esclarecer a entidadeexploradora sobre o cumprimento das clusulas impostas pelos servios do departamento daadministrao regional autnoma competente em matria de energia ou pelo distribuidorpblico de energia elctrica, nos aspectos tcnicos e de segurana.

    Artigo 23.Acidente por aco da corrente elctrica

    1. Quando na instalao ocorrer algum acidente por aco da corrente elctrica o tcnicoresponsvel pela explorao deve participar o acidente, atravs do preenchimento deformulrio a disponibilizar no portal do Governo Regional na Internet.2. A fim de minorar as consequncias de acidentes por aco da corrente elctrica, otcnico responsvel deve providenciar para que existam, em local adequado, as instrues deprimeiros socorros e o equipamento indispensvel sua observncia, bem como prestar osesclarecimentos necessrios sua utilizao.3. O tcnico responsvel dever fazer formao em segurana do pessoal afecto execuo e explorao da instalao elctrica, pelo menos, de dois em dois anos.

    Artigo 24.Vistoria da instalao elctrica

    1. O tcnico responsvel pela explorao dever acompanhar os servios dodepartamento da administrao regional autnoma competente em matria de energia navistoria instalao elctrica.2. Em casos justificados, o tcnico responsvel pela explorao poder fazer-se substituirna vistoria da instalao por um delegado devidamente qualificado e credenciado para o efeito.3. O delegado referido no nmero anterior dever ser qualificado e, quando aplicvel,estar inscrito do departamento da administrao regional competente em matria de energia,para o tipo de instalao em causa.

    Artigo 25.Projecto da instalao

    O tcnico responsvel pela explorao deve providenciar para que no recinto servido pelainstalao elctrica exista sempre, devidamente actualizado, o respectivo projecto.

    CAPTULO VRelao entre a entidade exploradora da instalao elctrica e o tcnico responsvel pela

    exploraoArtigo 26.

    Princpios gerais

  • 1. A entidade exploradora da instalao elctrica e o tcnico responsvel estabeleceroentre si um programa das tarefas a desempenhar e o respectivo calendrio e celebraro,obrigatoriamente, um contrato escrito de prestao de servios, conforme minuta adisponibilizar no portal do Governo Regional na Internet.2. No caso de o tcnico responsvel pertencer ao quadro tcnico da entidade exploradoradas instalaes, o contrato de prestao de servios referido no nmero anterior poderconstituir um complemento do seu contrato de trabalho, sem prejuzo da sua autonomia.

    Artigo 27.Obrigaes da entidade exploradora

    1. A entidade exploradora da instalao elctrica deve cumprir todas as indicaes dadaspelo tcnico responsvel no que respeita aos aspectos relacionados com as disposiesregulamentares de segurana e com as boas regras da tcnica, especialmente quando se tratede eliminar quaisquer deficincias que atentem ou possam vir a atentar contra a segurana depessoas e bens.2. A entidade exploradora da instalao elctrica no dever efectuar quaisquermodificaes, mesmo no estruturais, sem prvio conhecimento e acordo do tcnicoresponsvel pela explorao no que respeita aos aspectos regulamentares de segurana eboas regras da tcnica.3. A entidade exploradora da instalao elctrica dever permitir que a mesma sejavisitada, inspeccionada e ensaiada pelo tcnico responsvel sempre que este o considerenecessrio ao seu regular e normal funcionamento para o que por sua disposio oselementos e meios indispensveis ao bom desempenho das suas funes.4. A entidade exploradora da instalao elctrica dever participar ao tcnico responsveltodos os acidentes que, por aco da corrente elctrica, ali ocorram, sem prejuzo de outrasparticipaes legalmente obrigatrias.

    Artigo 28.Desacordo entre a entidade exploradora e o tcnico responsvel

    Na eventualidade de desacordo entre a entidade exploradora da instalao elctrica e otcnico responsvel, devem ser ouvidos os servios do departamento da administraoregional autnoma competente em matria de energia.

    CAPTULO VIRelao entre o tcnico responsvel e os servios da administrao pblica

    Artigo 29.Relatrio de medidas e ensaios

    1. Em qualquer altura, os servios do departamento da administrao regional autnomacompetente em matria de energia podem exigir ao tcnico responsvel pela explorao dainstalao elctrica um relatrio certificando os resultados das medidas e ensaios efectuados einformando sobre o estado geral das instalaes, bem como sobre as recomendaes queformulou tendentes eliminao das deficincias que eventualmente existam.

  • 2. O relatrio a que se refere o nmero anterior pode ser solicitado pelo concessionrio darede pblica de distribuio de energia elctrica sempre que a fiscalizao da respectivainstalao seja da sua competncia.3. O formulrio do relatrio a que se referem os nmeros anteriores disponibilizado noportal do Governo Regional na Internet.

    Artigo 30.Relaes de responsabilidade

    Os servios competentes da Secretaria Regional responsvel pela rea da energia podemexigir aos tcnicos responsveis pelo projecto, pela execuo ou pela explorao deinstalaes elctricas o envio da relao dos trabalhos executados durante o perodo que forfixado.

    CAPTULO VIIRelao entre os tcnicos responsveis pela explorao e o distribuidor pblico de energia

    elctricaArtigo 31.

    Alteraes das instalaesSempre que qualquer alterao de instalaes elctricas interfira ou possa vir a interferir coma rede de distribuio, designadamente aumentos de potncia e montagem de centraiselctricas, compete ao tcnico responsvel pela explorao, como representante da entidadeexploradora e com o seu acordo, dar conhecimento prvio ao respectivo distribuidor.

    CAPTULO VIIIDisposies finais

    Artigo 32.Formulrios e minutas

    O departamento da administrao regional competente em matria de energia disponibilizaatravs do portal do Governo Regional na Internet os formulrios e minutas necessrios cabal execuo do presente regulamento.

    Artigo 33.Habilitaes apropriadas

    1. Para efeitos do disposto no artigo 5. do presente regulamento considera-se apropriadaa habilitao demonstrada por certificado referente formao profissional demonstradas por:a) Certificado de formao profissional do curso de Electricista de Instalaes, de nvel 2ou superior, integrados nas ofertas de educao e formao de dupla certificao, emitido pelaDireco Regional competente em matria de certificao profissional;b) Certificado de qualificao profissional do curso de Electricista de Instalaes, de nvel2 ou superior, emitido pela Direco Regional competente em matria de certificaoprofissional;c) Certificado de formao profissional de curso de Electricista de Instalaes emitido, nombito da educao e formao para adultos, pela Direco Regional competente em matriade certificao profissional;

  • d) Certificado de formao profissional emitido, no mbito de processo de avaliao ecertificao de competncias adquiridas por via da experincia, pela Direco Regionalcompetente em matria de certificao profissional.2. Por despacho conjunto dos membros do Governo Regional competentes em matria deformao profissional e de energia podem ser consideradas apropriadas outras formaesprofissionais no previstas no nmero anterior.3. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, as certificaes profissionais que sejamconsideradas habilitao apropriada devem obedecer aos referenciais de competncias eformao consideradas relevantes pelo departamento da administrao regional autnomacompetente em matria de formao profissional.

    Artigo 34.Avaliao e certificao de competncias

    O processo de avaliao e certificao de competncias adquiridas por via da experincia, aque se refere a alnea e) do n. 1 do artigo 5., realizado nos termos previstos no Anexo II aopresente regulamento.

    Anexo ICdigo deontolgico dos tcnicos responsveis

    1. Responsabilidade geral no exerccio da profisso1.1 - O tcnico responsvel deve abster-se de aceitar trabalhos cuja execuo exija maistempo do que aquele de que dispe ou ultrapasse a sua competncia.1.2 - O tcnico responsvel deve ponderar a economia e a qualidade das instalaes queprojecte ou de que seja responsvel, tendo plena conscincia de que um dos elementosresponsveis pela organizao em que se insere.1.3 - O tcnico responsvel deve opor-se utilizao fraudulenta do resultado do seu trabalhoe no colaborar na fabricao, venda ou utilizao de materiais que contrariem as disposiesregulamentares, a segurana ou interesses da comunidade.1.4 O tcnico responsvel deve opor se utilizao de meios desleais na concorrncia eadoptar a sobriedade no anncio dos seus servios profissionais.1.5 O tcnico responsvel, nas solues tcnicas que propuser e adoptar, deve sempreseguiras normas de segurana para o pessoal executante, para os utilizadores e para o pblicoem geral.1.6 O tcnico responsvel deve tomar em considerao, nas solues tcnicas que propuserou adoptar, a proteco do meio ambiente e dos recursos naturais renovveis sempre queestes estiverem em causa.2. Relaes entre os tcnicos2.1 - O tcnico responsvel, deve, nas suas relaes com os colegas actuar sempre com boaf, com inteira lealdade e em conformidade com os preceitos da deontologia profissional.2.2 O tcnico responsvel deve empenhar se em no prejudicar, directa ou indirectamente, areputao profissional, ou as actividades profissionais de outros tcnicos.

  • 2.3 - O tcnico responsvel deve empenhar se em que no sejam menosprezados ostrabalhos de outros colegas, devendo apreci-los com elevao e apenas no aspectoprofissional.2.4 - O tcnico responsvel deve prestar aos colegas toda a colaborao possvel, de modo afazer tudo ao seu alcance para que o trabalho de todos tenha o maior xito e seja prestigiado.2.5 - O tcnico responsvel no concorrer deslealmente com colegas na obteno detrabalhos ou responsabilidades, nomeadamente:2.5.1 - O tcnico responsvel deve recusar substituir um colega quando as razes dessasubstituio no forem correctas, nunca o fazendo sem o seu acordo prvio.2.5.2 O tcnico responsvel deve recusar proceder a reviso, alterao ou continuao dostrabalhos de outro colega sem prvio acordo deste.3. Relaes com os proprietrios ou utilizadores das instalaes, empreiteiros e fornecedores3.1 O Tcnico Responsvel deve nas suas relaes profissionais usar de inteira lealdade,procurando dar aos problemas as melhores solues tcnicas e econmicas sem lesar oslegtimos direitos dos intervenientes.3.2 obrigao do Tcnico Responsvel contribuir para a realizao dos objectivoseconmico sociais dos empreendimentos em que coopera.3.3 - O tcnico responsvel deve abster-se de exercer actividades concorrentes com as doseu empregador.3.4 - O tcnico responsvel apenas deve apresentar-se a concursos pblicos ou privados,para prestao de servios da sua competncia, quando aqueles sejam abertos em condiesque no contrariem o Estatuto do TRIESP.3.5 O tcnico responsvel s deve assinar os pareceres, projectos ou outros trabalhosprofissionais desde que seja seu autor ou orientador-coordenador.3.6 O tcnico responsvel deve prestar os seus servios com diligncia e pontualidade,nunca abandonando, sem justificao, os trabalhos ou cargos que lhe estejam confiados.3.7 O tcnico responsvel no retardar injustificadamente a emisso de documentos quehabilitem os empreiteiros ou fornecedores a cobrar os seus servios ou a exercerem as suasactividades.3.8 O tcnico responsvel no receber, da parte de fornecedores ou empreiteirosquaisquer benefcios, percentagens ou comisses sobre fornecimentos.3.9 O tcnico responsvel deve recusar a execuo de trabalhos ou colaborao sobre osquais saiba que se ter de pronunciar no exerccio de outras funes.4. Relaes com colaboradores4. 1 O tcnico responsvel deve, nos trabalhos ou nos servios de que est encarregado,actuar, no que se refere s suas relaes com colaboradores, de forma a eliminar ou impedir aprtica de qualquer discriminao.4.2 O tcnico responsvel deve promover a aplicao das tcnicas de preveno esegurana no trabalho, cooperando no alargamento e melhoria dessas tcnicas.4.3 O tcnico responsvel deve avaliar com objectividade o trabalho dos seuscolaboradores, contribuindo, sempre que possvel, para a sua valorizao e promooprofissionais.

  • 5. Segredo profissional5.1 O tcnico responsvel no divulgar nem utilizar segredos profissionais neminformaes cientficas e tcnicas obtidas no exerccio das suas funes na medida em quedisso possam a vira resultar prejuzos para os autores das descobertas correspondentes oupara os seus legtimos detentores.5.2 O tcnico responsvel proceder, no que respeita s polticas das empresas, com omesmo esprito com que deve encarar os segredos cientficos e tcnicos.6. Remuneraes6. 1 - O tcnico responsvel deve ser remunerado apenas por servios que efectivamentepreste e na proporo do seu justo valor, no praticando dicotomia de honorrios ou outraforma de distribuio destes.6.2. O tcnico responsvel deve recusar a sua colaborao em trabalhos cujo pagamentoesteja dependente dos seus resultados, confirmarem uma concluso pr determinada oudemonstrarem a viabilidade econmica de um empreendimento.7. Peritagem e arbitragem7.1 O tcnico responsvel deve, ao emitir pareceres profissionais, faz lo com objectividadee iseno.7.2 O tcnico responsvel deve, quando testemunhar perante tribunal ou inquiridor, exprimirapenas opinies fundamentadas em conhecimentos tcnicos adequados e com honestaconvico.8. Actividade associativa e profissional8.1 O tcnico responsvel deve, na sua actividade associativa e profissional, actuar nosentido de promover o desenvolvimento da tcnica e a melhor aplicao desta ao progressoeconmico social da comunidade de que faz parte.8.2 O tcnico responsvel deve, nas associaes profissionais a que aderir, manter oprestgio da profisso, por uma conduta irrepreensvel e pelo valor da sua colaborao.

    Anexo IIProcesso de avaliao e certificao de competncias adquiridas por via da

    experincia1. Destinatrios1.1. - Os profissionais que possuam, pelo menos, sete anos de experincia profissional narea de execuo de instalaes elctricas de baixa tenso e o 9 ano de escolaridade, podemrequerer junto dos servios competentes da Secretaria Regional responsvel pela rea dacertificao profissional a prestao de provas de aptido profissional, de forma a demonstrarque possuem as competncias profissionais previstas no perfil profissional de electricistas deinstalaes constante do Catlogo Nacional de Qualificaes.1.2. - Os profissionais que, possuindo a experiencia referida no ponto anterior, no tenhamconcludo o 9 de escolaridade, antes de requererem a prestao de provas, devem obter aequivalncia deste nvel de ensino atravs dos Centros de Reconhecimento, Validao eCertificao Escolar.2. Provas de aptido profissional

  • 2.1. - As provas de aptido profissional dividem-se em trs elementos de avaliao: provaterica; prova prtica e Portfolio do candidato.2.2. - As provas so elaboradas por uma entidade formadora acreditada, tendo emconsiderao o perfil de sada do curso de Electricista de Instalaes.2.3. - Compete entidade formadora organizar as provas, bem como criar as condiesmateriais e logsticas necessrias, de modo a que os candidatos beneficiem de trs sessesde esclarecimento para elaborao do seu Portfolio.2.4. - As provas, terica e prtica, incidem nas actividades previstas no perfil profissional docurso de Electricista de Instalaes.3. Portfolio3.1. - A elaborao do Portfolio da responsabilidade do candidato, devendo demonstrar ascompetncias profissionais que foram sendo adquiridas ao longo do percurso profissional docandidato.3.2. - Na primeira sesso de esclarecimento para a elaborao do Portfolio dos candidatos,estar presente um formador habilitado com curso de formao pedaggica de formadores e oensino secundrio completo, ou equivalente:3.3. - Ao formador compete proceder interpretao do perfil de sada do curso eesclarecer as competncias que devem ser demonstradas pelo candidato no respectivoPortfolio, bem como extrair as aprendizagens adquiridas ao longo do percurso profissional doadulto mais significativas na aquisio das competncias de electricista de instalaes.3.4. - As duas sesses subsequentes podem ser em grupo ou individuais, destinando-se aapoiar os candidatos na elaborao dos dossiers profissionais.4. Jri de provas4.1. - O jri das provas de aptido profissional composto por:4.1.1. - Um representante da Direco Regional competente em matria de certificaoprofissional, que preside;4.1.2. - Um representante da Direco Regional competente em matria de energia;4.1.3. - Um representante das empresas de reconhecida competncia tcnica;4.1.4. - Um representante de uma associao sindical que represente o sector;4.1.5. - Um formador na rea de electricidade de instalaes.4.2. - Compete ao jri avaliar as provas de aptido profissional dos candidatos.5. Classificao final5.1. A classificao final do candidato nas provas de aptido profissional calculadasegundo a seguinte frmula: [pt + (2 x pp) + (2 x p)] : 5, em que pt, pp e p so,respectivamente, as pontuaes obtidas na prova terica, na prova prtica e no Portfolio.6. Cursos de formao tecnolgica6.1. - Os candidatos que no obtiverem aproveitamento nas provas de aptido profissionalso encaminhados para frequentar a formao tecnolgica do curso de electricista deinstalaes estabelecida no Catlogo Nacional de Qualificaes.

  • 6.2. - A estrutura curricular do curso tem por base os princpios de evidenciao evalorizao de competncias no qual se determina, para cada adulto, o conjunto decompetncias a desenvolver no mbito do percurso formativo.6.3. - A evidenciao e valorizao de competncias devem ser realizadas aps concluda acorreco das provas de aptido profissional.6.4. - Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, as entidades que promovam os cursosde formao tecnolgica de electricista de instalaes devem analisar e avaliar o perfil doscandidatos, de forma a definir o percurso de formao adequado a cada candidato.7. Carga horria da formao tecnolgica7.1. - O nmero de horas de formao no pode ser superior a sete horas por dia e trinta ecinco horas por semana, quando em regime laboral, ou a quatro horas por dia e vinte horas porsemana, quando em regime ps-laboral.7.2. - A carga horria deve ser adequada s caractersticas e necessidades do grupo emformao.8. Entidades promotoras8.1. - Os cursos de formao tecnolgica de electricista de instalaes podem serpromovidos por entidades de natureza pblica, particular ou cooperativa, designadamenteescolas profissionais, acreditadas pela Direco Regional competente em matria decertificao profissional.8.2. - Compete s entidades promotoras assegurar os procedimentos relativos autorizaode funcionamento dos cursos, bem como eventual apresentao de candidatura afinanciamento dos cursos que promova.9. Divulgao9.1. A Direco Regional responsvel pela rea da energia divulga os cursos de formaotecnolgica autorizados, e encaminha os candidatos para a formao nos termos referidos noponto 6.10. Contrato de formao10.1. - Entre o formando e a entidade formadora que promove o curso de formaotecnolgica deve ser celebrado um contrato de formao do qual constem as condies defrequncia do curso, nomeadamente, no que concerne assiduidade e pontualidade.10.2. - Para efeitos de concluso do percurso formativo com aproveitamento e posteriorcertificao, a assiduidade no pode ser inferior a 90% da carga horria total.10.3. - Sempre que no seja cumprido o limite estabelecido no nmero anterior,casuisticamente, a entidade formadora aprecia e decide, nos termos do respectivoregulamento interno, sobre as razes apresentadas pelo formando, desenvolvendo osmecanismos de recuperao necessrios ao cumprimento dos objectivos inicialmentedefinidos.10.4. - A assiduidade do formando considerada na avaliao qualitativa do seu percursoformativo.11. - Formadores

  • 11.1. - Compete aos formadores dos cursos de formao tecnolgica elaborar, emcolaborao com os demais elementos da equipa tcnico-pedaggica, o plano de formaoadequado s necessidades de formao identificadas na prova de aptido profissional.11.2. - A cada formador cabe desenvolver a formao na rea para a qual est habilitado,concebendo os materiais tcnico-pedaggicos e os instrumentos de avaliao necessrios aodesenvolvimento do processo formativo.12. - Avaliao da formao tecnolgica12.1. - A avaliao incide sobre as aprendizagens efectuadas e competncias adquiridas, deacordo com o referencial de formao aplicvel, e compreende a avaliao formativa e aavaliao sumativa.12.2. - A avaliao formativa permite obter informao sobre o desenvolvimento dasaprendizagens, com vista definio e ao ajustamento de processos e estratgias derecuperao e/ou aprofundamento.12.3. - A avaliao sumativa serve de base de deciso certificao final do formando.13. - Certificao13.1. - A certificao dos formandos dos cursos de formao tecnolgica de electricista deinstalaes efectuada quando estes obtenham uma avaliao sumativa positiva, comaproveitamento nas componentes do seu percurso formativo.13.2. - Nas situaes referidas no nmero anterior, a Direco Regional competente emmatria de certificao profissional emite ao formando certificado de qualificao profissionalde electricista de instalaes, de nvel II.