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ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PORTARIA Nº 717, DE 07 DE MAIO DE 2019. O SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições legais e, CONSIDERANDO o disposto no art. 6º, da Lei nº 11.947/2009, assim como no art. 8º, da Resolução CD/FNDE nº 26/2013, que dispõe sobre a faculdade de os Estados, Distrito Federal e Municípios repassarem os recursos financeiros recebidos à conta do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, no valor per capita fixado na Resolução nº 01, de 08 de fevereiro de 2017, diretamente às escolas de educação básica, pertencentes à sua rede de ensino, por meio das Unidades Executoras UEx; CONSIDERANDO o que preceitua a Lei nº 8.234/1991, que regulamenta a profissão de nutricionista e dá outras providências; CONSIDERANDO o que preceitua a Resolução nº 465/2010, do Conselho Federal de Nutrição - CFN, que dispõe sobre as atribuições do Nutricionista, estabelecendo parâmetros numéricos mínimos de referência, no âmbito do Programa de Alimentação Escolar (PAE) e dá outras providências; CONSIDERANDO o que dispõe a Medida Provisória nº 291, de 22 de fevereiro de 2019, art. 21; CONSIDERANDO o que preceitua a Lei nº 10.414/2016, que cria o Programa de Educação Integral (PROEIN) no Sistema Estadual de Ensino e dá outras providências; CONSIDERANDO o que preceitua a Resolução CNE/CEB Nº 01/2006, que dispõe sobre dias letivos para a aplicação da Pedagogia de Alternância nos Centros Familiares de Formação por Alternância (CEFFA); CONSIDERANDO o que preceituam a Resolução CD/FNDE/SECADI/MEC nº 11, de 16 de abril de 2014, a Resolução CD/FNDE Nº 45/2009 e a Resolução CD/FNDE Nº 13, de 21 de setembro de 2017; CONSIDERANDO o que preceitua a Resolução CD/FNDE nº 18/2018, de 26 de setembro de 2018, que dispõe sobre procedimentos administrativo para a realização de pesquisa de preços para aquisição no âmbito do PNAE; CONSIDERANDO a importância das ações educativas que perpassam pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e a inclusão da educação alimentar e

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ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PORTARIA Nº 717, DE 07 DE MAIO DE 2019.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições

legais e,

CONSIDERANDO o disposto no art. 6º, da Lei nº 11.947/2009, assim como no

art. 8º, da Resolução CD/FNDE nº 26/2013, que dispõe sobre a faculdade de os Estados, Distrito

Federal e Municípios repassarem os recursos financeiros recebidos à conta do Programa Nacional

de Alimentação Escolar - PNAE, no valor per capita fixado na Resolução nº 01, de 08 de fevereiro

de 2017, diretamente às escolas de educação básica, pertencentes à sua rede de ensino, por meio das

Unidades Executoras – UEx;

CONSIDERANDO o que preceitua a Lei nº 8.234/1991, que regulamenta a

profissão de nutricionista e dá outras providências;

CONSIDERANDO o que preceitua a Resolução nº 465/2010, do Conselho

Federal de Nutrição - CFN, que dispõe sobre as atribuições do Nutricionista, estabelecendo

parâmetros numéricos mínimos de referência, no âmbito do Programa de Alimentação Escolar

(PAE) e dá outras providências;

CONSIDERANDO o que dispõe a Medida Provisória nº 291, de 22 de fevereiro

de 2019, art. 21;

CONSIDERANDO o que preceitua a Lei nº 10.414/2016, que cria o Programa de

Educação Integral (PROEIN) no Sistema Estadual de Ensino e dá outras providências;

CONSIDERANDO o que preceitua a Resolução CNE/CEB Nº 01/2006, que

dispõe sobre dias letivos para a aplicação da Pedagogia de Alternância nos Centros Familiares de

Formação por Alternância (CEFFA);

CONSIDERANDO o que preceituam a Resolução CD/FNDE/SECADI/MEC nº

11, de 16 de abril de 2014, a Resolução CD/FNDE Nº 45/2009 e a Resolução CD/FNDE Nº 13, de

21 de setembro de 2017;

CONSIDERANDO o que preceitua a Resolução CD/FNDE nº 18/2018, de 26 de

setembro de 2018, que dispõe sobre procedimentos administrativo para a realização de pesquisa de

preços para aquisição no âmbito do PNAE;

CONSIDERANDO a importância das ações educativas que perpassam pelo

currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e a inclusão da educação alimentar e

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO nutricional no processo de ensino e aprendizagem, dentro da perspectiva do desenvolvimento de

práticas saudáveis de vida e da segurança alimentar e nutricional;

CONSIDERANDO a importância da intersetorialidade, por meio de políticas,

programas, ações governamentais e não governamentais para a execução do Programa Nacional de

Alimentação Escolar – PNAE, a partir de ações articuladas entre educação, saúde, agricultura,

sociedade civil, ação social, entre outros;

CONSIDERANDO o fortalecimento da Agricultura Familiar e sua contribuição

para o desenvolvimento social e econômico local;

CONSIDERANDO, ainda, a necessidade de disciplinar os procedimentos

administrativos relativos aos processos de transferência, execução e prestação de contas dos

recursos financeiros repassados às Caixas Escolares, pertencentes à Rede Pública Estadual de

Educação Básica, com o fim de garantir a segurança alimentar e nutricional dos respectivos alunos,

RESOLVE:

Art. 1º. Estabelecer critérios para execução técnica, administrativa e financeira

dos recursos destinados às Caixas Escolares para gerir a aquisição exclusiva de gêneros alimentícios

para o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, no exercício de 2019.

Art. 2º. Garantir a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar –

PNAE, que consiste na transferência de recursos financeiros às unidades executoras da Rede

Estadual de Ensino e tem como objetivo suprir as necessidades nutricionais dos estudantes, durante

o período letivo, com vistas a melhorar o rendimento escolar, colaborando para a redução da evasão

e repetência, assim como formar bons hábitos alimentares.

CAPÍTULO I

DA CLIENTELA DO PROGRAMA

Art. 3º. Os estudantes beneficiados pelo Programa são aqueles matriculados na

Educação Básica, com suas Modalidades e Diversidades da Rede Estadual de Ensino e, ainda, os

matriculados nas entidades filantrópicas ou por elas mantidos, inclusive as de Educação Especial e

Confessionais, das Entidades Comunitárias conveniadas com a Secretaria de Estado da Educação –

SEDUC, os Quilombolas, Saberes da Terra, Alternância e os Institutos Estaduais de Educação

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Ciências e Tecnologia do Maranhão (Unidades Plenas) conveniadas e outras, constantes no Censo

Escolar, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira” –

INEP, no ano anterior ao atendimento.

I – Serão atendidos duplamente, no âmbito do PNAE, os estudantes matriculados

no ensino Regular Público, com matrícula concomitante em instituição de Atendimento

Educacional Especializado – AEE, desde que em turno distinto.

II – Os estudantes matriculados em escolas de tempo integral, com permanência

mínima de 7h (sete horas) na escola ou em atividades escolares, de acordo com o Censo Escolar do

INEP/MEC, perfazendo 35 horas semanais.

CAPÍTULO II

DOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA

Art. 4º. Participam do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Rede

Estadual:

I – O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, responsável

pela Coordenação do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, pela normatização de

planejamento, execução, controle, monitoramento e avaliação do Programa, bem como pela

transferência do repasse complementar de recursos financeiros à Entidade Executora/Secretaria;

II – A Secretaria de Estado da Educação (Entidade Executora - EEx), responsável

pela execução do programa, abrangendo a oferta de alimentação no período letivo, as ações de

educação alimentar e nutricional, que garantem os recursos humanos para a manipulação de

alimentos na Unidade de Alimentação e Nutrição Escolar – UAN, formação dos recursos humanos

envolvidos na execução do PNAE; utilização e complementação dos repasses financeiros recebidos

do FNDE às Escolas Estaduais, prestação de contas, disponibilização de instalações físicas e de

recursos humanos para o funcionamento do Conselho de Alimentação Escolar - CAE, através da

Secretaria de Estado da Educação, sendo assistida pelos setores:

a) Superintendência de Suporte a Educação: Por meio da Supervisão de

Alimentação Escolar (SUPAE): responsável pela emissão do repasse financeiro,

acompanhamento; orientações técnicas para subsidiar as Escolas Estaduais

referentes ao planejamento, execução e avaliação das ações inerentes ao Programa

Nacional de Alimentação Escolar do Estado do Maranhão; promover estudos e

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pesquisas que permitam avaliar o programa, fornecer informações aos órgãos de

controle e monitoramento; apresentar ao CAE o relatório anual de gestão do

PNAE;

b) Superintendência de Controle da Execução de Convênios e de Prestação de

Contas: Ficará responsável pelo controle, avaliação, recebimento e análise das

prestações de conta dos recursos recebidos pelas Unidades Executoras;

c) Superintendência de Gestão Educacional: Por meio da Supervisão de Gestão

Escolar, acompanhar e monitorar a constituição das Caixas Escolares, bem como

garantir a eficiência e eficácia da gestão financeira das unidades de ensino da

Educação Básica, com suas Modalidades e Diversidades;

d) Superintendência de Educação Básica: Por meio da Supervisão de Currículo,

incluir ações educativas que perpassem pelo currículo escolar, abordando o tema

alimentação e nutrição no processo de ensino e aprendizagem, dentro da

perspectiva do desenvolvimento de práticas saudáveis de vida e da segurança

alimentar e nutricional, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais;

e) Superintendência de Planejamento: Por meio da Supervisão de Planejamento,

acompanhar e monitorar as ações quanto ao Plano Plurianual – PPA;

f) Superintendência de Orçamento: Por meio da Supervisão de Execução

Orçamentária, acompanhar e monitorar a dotação orçamentária e financeira para

garantir a regularidade na transferência dos repasses às Unidades Executoras;

g) Superintendência Financeira: Por meio da Supervisão Financeira, executar o

orçamento, realizando a transferência de recursos para as Unidades Executoras,

obedecendo à Lei nº11.947, de 16 de junho de 2009/CD/FNDE, no prazo de até

cinco dias úteis após a efetivação do crédito pelo FNDE;

h) Superintendência de Engenharia: Execução de reformas, manutenção e

construção das edificações e instalações da Unidade de Alimentação e Nutrição –

UAN (cozinha, refeitório e depósito) das escolas, garantindo condições para

armazenamento, conservação, preparo dos gêneros alimentícios e distribuição da

Alimentação Escolar;

i) Superintendência de Modalidades e Diversidades Educacionais: Acompanhar

e monitorar as diversidades em todas as modalidades da Educação Básica da Rede

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Estadual de Ensino, tais como, comunidades tradicionais indígenas e comunidades

quilombolas;

j) Secretaria Adjunta de Gestão das Regionais de Educação: Por meio das

Unidades Regionais de Educação: responsáveis pelo acompanhamento,

monitoramento, execução e prestação de contas do Programa Nacional de

Alimentação Escolar- PNAE, nas Unidades Executoras vinculadas a sua

jurisdição;

k) Unidade Gestora da Política de Educação Integral da SEDUC: Unidade

responsável pelo acompanhamento do Programa de Educação Integral;

l) Unidade Executora: Entidade representativa da comunidade escolar (caixa

escolar, Associação de Pais e Mestres, Conselho fiscal e similar), responsável pelo

recebimento dos recursos financeiros transferidos pela Entidade Executora,

execução e prestação de contas do PNAE, em favor das escolas que representam.

III – Conselho de Alimentação Escolar, Órgão colegiado de caráter fiscalizador,

permanente, deliberativo e de assessoramento responsável por:

a) Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros e de todo o processo do

Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE;

b) Analisar a prestação de contas da Entidade Executora, emitir parecer conclusivo

acerca da execução do programa no – SIGECON (Sistema de Gestão de

Conselhos);

IV– Tribunal de Contas da União, no Estado do Maranhão, como órgão de

controle externo, atuará como fiscalizador no que lhe competir.

CAPÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS

Art. 5º – A Secretaria de Estado da Educação / Unidades Regionais de Educação,

a que as unidades executoras estejam jurisdicionadas, terá a competência de acompanhar e orientar

nas unidades escolares:

a) Recebimento de documentos e notificação de gestores que não apresentarem a

Prestação de Contas no prazo estabelecido nesta portaria;

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

b) Gestão e execução dos contratos administrativos provenientes da Agricultura

Familiar;

c) Acompanhar e controlar o cumprimento dos cardápios elaborados pela equipe de

nutrição da Supervisão de Alimentação Escolar, considerando os hábitos

alimentares dos alunos, adequação nutricional e disponibilidade de alimentos;

d) Os Recursos Financeiros deverão ser utilizados de acordo com a legislação que

regulamenta a aquisição de gêneros alimentícios do PNAE, que deverá ser

realizada por meio de licitação pública, nos termos da Lei nº 8.666/1993 ou da Lei

nº 10.520/2002, ou, ainda, por dispensa do procedimento licitatório, nos termos do

art. 14 da Lei nº 11.947/2009.

e) Propiciar meios necessários para a garantia de adequadas condições higiênicas e

sanitárias de conservação dos alimentos, armazenamento, preparação e

fornecimento de refeições aos alunos beneficiados;

f) Receber, analisar e inserir no SIGPC as prestações de conta das Caixas Escolares

sob sua jurisdição;

g) Divulgar, em locais públicos, informações sobre o quantitativo dos recursos

recebidos;

h) As Prestações de Conta do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE,

serão realizadas e encaminhadas pelas Unidades Executoras à SEDUC e serão

feitas, separadamente, quais sejam: Pró-Jovem Saberes da Terra, Regular

(Fundamental, Médio, Educação de Jovens e Adultos), Quilombola, Novo Mais

Educação, Educação Integral Recurso Federal, Integral Recurso Estadual e

Atendimento Educacional Especializado-AEE.

Art. 6º – Do Conselho de Alimentação Escolar – CAE:

a) Fiscalizar e acompanhar a aplicação dos recursos transferidos pelo Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação à Secretaria de Estado da Educação,

bem como o repasse para as escolas;

b) Fiscalizar e acompanhar a utilização de recursos pelas escolas, zelando pela sua

melhor aplicabilidade;

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

c) Comunicar à Entidade Executora a ocorrência de irregularidades em relação aos

gêneros alimentícios, tais como: vencimento do prazo de validade, deterioração,

desvios e furtos, dentre outros, para que sejam tomadas as devidas providências;

d) Comunicar ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e ao Ministério

Público Federal qualquer irregularidade identificada na execução do Programa

Nacional de Alimentação Escolar;

e) Apreciar, anualmente, a Prestação de Contas do Programa Nacional de

Alimentação Escolar enviada pela Entidade Executora;

f) Encaminhar parecer conclusivo resultante da análise da prestação de contas ao

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

CAPITULO IV

DO FINANCIAMENTO E CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DO PROGRAMA

Art. 7º. O Programa Nacional de Alimentação Escolar será assistido

financeiramente pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, que repassará à Secretaria

de Estado da Educação recursos financeiros, os quais serão transferidos às Unidades Executoras da

Rede Estadual de Ensino, com vistas a garantir, pelo menos, uma refeição diária aos alunos

beneficiados.

Art. 8º. O cálculo dos valores financeiros destinados a cada Unidade Executora,

para atender à clientela definida, tem por base a seguinte fórmula:

VT = A x D x C

Sendo:

VT = Valor a ser transferido;

A = Número de alunos;

D = Número de dias de atendimento;

C = Valor per capita da refeição.

§ 1º. O número de dias de atendimento corresponde a 200 (duzentos) dias/ano de

efetivo trabalho escolar.

§ 2º. O valor per capita da refeição tem como base o seguinte:

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I - R$ 0,32 (trinta e dois centavos de real) para os alunos matriculados no Ensino

Fundamental, no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos – EJA, semipresencial;

II - R$ 0,36 (trinta e seis centavos de real) para os alunos matriculados no Ensino

Fundamental e no Ensino Médio;

III - R$ 0,53 (cinquenta e três centavos de real) para alunos matriculados na pré-

escola, exceto para aqueles matriculados em escolas localizadas em áreas indígenas e

remanescentes de quilombos;

IV - R$ 0,64 (sessenta e quatro centavos de real) para os alunos matriculados em

escolas de educação básica, localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos;

V - R$ 1,07 (um real e sete centavos de real) para os alunos matriculados em

escolas de tempo integral com permanência mínima de 7h (sete horas) na escola ou em atividades

escolares, de acordo com o Censo Escolar do INEP/MEC;

VI - R$ 1,07 (um real e sete centavos de real) para os alunos matriculados em

creches, inclusive as localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos;

§ 3º. Para os alunos do Programa Novo Mais Educação haverá complementação

financeira de forma a totalizar o valor per capita de R$ 1,07 (um real e sete centavos de real);

§ 4º Para os estudantes contemplados no Programa de Fomento às Escolas de

Ensino Médio em Tempo Integral, haverá complementação financeira de forma a totalizar o valor

per capita de R$ 2,00 (dois reais);

§ 5º. Para os alunos que frequentam, no contraturno, o AEE, o valor per capita

será de R$ 0,53 (cinquenta e três centavos de real).

§ 6º. No caso da modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos

Semipresencial, serão repassados 20% (vinte por cento) dos recursos destinados ao EJA Presencial.

§ 7º. A transferência dos recursos financeiros deverá ocorrer no prazo máximo de

5 (cinco) dias úteis, a contar da efetivação do crédito realizado pelo Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação - FNDE.

§ 8º. Os recursos financeiros serão transferidos pelo Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação à Entidade Executora, que repassará o recurso para as Unidades

Executoras, em dez parcelas mensais, entre os meses de fevereiro e novembro, até o último dia útil

de cada mês, não podendo cada parcela exceder a cobertura de 20 (vinte) dias letivos.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

§ 9º. Enquanto não utilizados, os recursos do Programa Nacional de Alimentação

Escolar deverão ser, obrigatoriamente, aplicados em caderneta de poupança, aberta especificamente

para o Programa, quando a previsão do seu uso for igual ou superior a um mês e, em fundo de

aplicação financeira de curto prazo ou em operação de mercado aberto, lastreado em títulos da

dívida pública federal, caso seja mais rentável, quando sua utilização estiver prevista para prazo

inferior a um mês.

§ 10º. O produto das aplicações financeiras deverá ser computado a crédito da

conta específica e aplicado, exclusivamente, no custeio da aquisição de gêneros alimentícios para o

Programa e ficar sujeito às mesmas condições de Prestações de Conta, exigidas para os recursos

transferidos.

§ 11º. O saldo dos recursos recebidos à conta do Programa Nacional de

Alimentação Escolar, como tal entendido a disponibilidade financeira existente na conta corrente do

Programa, em 31 de dezembro de cada ano, poderá ser reprogramado para o exercício seguinte,

limitado em até 30% (trinta por cento) dos valores repassados no respectivo exercício. Na hipótese

de o saldo anterior ultrapassar 30% (trinta por cento) do total de recursos disponíveis, no exercício,

os valores excedentes serão deduzidos do repasse do exercício subsequente.

§ 12º. Os recursos financeiros serão creditados, mantidos e geridos em contas

correntes especificas a serem abertas pelas Unidades Executoras em agência e Banco Oficial.

§ 13º. A movimentação dos recursos será realizada por meio eletrônico, mediante

crédito em conta corrente de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviço, devidamente

identificados, conforme disposto no Decreto nº 7.507, de 27 de junho de 2011.

CAPÍTULO V

DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Art. 9º. O FNDE repassa à Secretaria de Estado da Educação/SEDUC o valor

referente ao número de alunos que foram informados no momento da adesão ao Programa de

Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral e orienta que a SEDUC faça a

transferência do recurso, com base no número de matrículas concretizadas (informadas no Sistema

Integrado de Administração de Escolas Públicas - SIAEP). Se o total de matrículas concretizadas

for inferior ao informado na adesão, a diferença de recurso deve permanecer na conta da

Secretaria. Se o total de matrículas concretizadas for superior ao informado na adesão, a Secretaria

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO deve fazer a complementação do repasse com recursos próprios para garantir o atendimento desses

alunos.

Art. 10º. Para os estudantes contemplados no Programa de Fomento às Escolas de

Ensino Médio em Tempo Integral, o FNDE fará a complementação financeira de forma a totalizar o

valor per capita de R$ 2,00 (dois reais);

I – Escolas de Tempo Integral que recebem per capita de R$ 1,07 (tempo

integral), ao fazerem adesão, receberão complementação de R$ 0,93 (noventa e três centavos),

totalizando o valor per capita de R$ 2,00 (dois reais).

II – Escolas regulares recebem o per capita de R$ 0,36 (trinta e seis centavos) e,

ao fazerem adesão, receberão complementação de R$ 1,64 (hum real e sessenta e quatro centavos),

totalizando o per capita de R$ 2,00 (dois reais).

Art. 11º. O valor per capita transferido aos Centros de Tempo Integral totaliza R$

4,30 (quatro reais e trinta centavos), sendo R$ 2,00 (dois reais) pagos pelo FNDE, conforme

descrito acima e R$ 2,30 (dois reais e trinta centavos) pagos pela Secretaria de Estado da Educação,

com recursos provenientes do Tesouro Estadual. O valor pago pelo Tesouro Estadual terá como

referência o número de matrículas concretizadas e informadas à SUPAE pela equipe do

PROEIN/SEDUC.

Parágrafo Único - o Estado poderá disponibilizar recursos para aquisição de

gêneros alimentícios, conforme o art. 15 e ss da Lei Complementar nº 101, 04 de maio de 2000.

Art. 12º Para efeito das transferências financeiras mencionadas no caput do artigo

11º, serão efetuadas em contas específicas, sendo uma para os recursos advindos do FNDE e outra

para os recursos do Tesouro Estadual, abertas unicamente para este fim.

Art. 13º O FNDE transferirá para a Secretaria de Estado da Educação/SEDUC

recursos para os Institutos Estaduais de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão –

IEMAs, vinculados à Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e Inovação - SECTI, que

serão repassados às Unidades Executoras – UExs, obedecendo a Medida Provisória nº 291, de 22

de fevereiro de 2019, conforme art. 21.

I – a forma de Transferência que a SEDUC-MA (EEx) realiza é a Descentralizada

ou Escolarizada, em que a Entidade Executora (EEx) recebe recursos financeiros do FNDE/PNAE,

repassa às Unidades Executoras - UEx, em conta Corrente Específica, para que elas comprem

unicamente alimentos, que serão ofertados na alimentação escolar.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

II – a Entidade Executora- EEx que cumprir o que estabelece o disposto no

parágrafo único, do art. 7º da Resolução CD/FNDE nº 26/2013 e optar por repassar os recursos

financeiros recebidos à conta do PNAE diretamente às Escolas da Educação Básica, não desonera a

EEx. da obrigação de Prestar Contas, observando-se o disposto na Resolução nº 26/2013 e na Lei nº

11.947/2009.

CAPÍTULO VI

DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO POR ALTERNÂNCIA

Art. 14º. Os estudantes da rede estadual beneficiados pela formação por

alternância são aqueles matriculados nos Centros de Educação Quilombolas, que oferecem cursos

de Ensino Médio Integrado a Educação Profissional (EMIEP) e no Programa Nacional de Educação

de Jovens Integrada com Qualificação Social e Profissional para Agricultores Familiares –

ProJovem Campo Saberes da Terra.

I – Os Centros de Educação Quilombola são escolas localizadas em comunidades

quilombolas, que ofertam Ensino Médio Integrado a Educação Profissional, na área de

Agropecuária;

II – As escolas do campo do EMIEP são aquelas localizadas na zona rural dos

municípios, que oferecem Ensino Médio Integrado a Educação Profissional, na área de

Agropecuária;

III – O Programa Nacional de Educação de Jovens Integrada com Qualificação

Social e Profissional para Agricultores Familiares – ProJovem Campo Saberes da Terra é gerido

pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da

Educação – SECADI-MEC.

Art. 15º O valor per capita repassado aos Centros de Formação por Alternância

para as escolas que oferecem Ensino Médio Integrado a Educação Profissional e para o ProJovem

Campo Saberes da Terra é de R$ 6,00 (seis reais), pagos pela Secretaria de Estado da Educação

com recursos provenientes do Tesouro Estadual.

Art. 16º O valor per capita transferido aos Centros de Ensino

Alternância/Quilombola totaliza R$7,07 (sete reais e sete centavos), sendo R$ 1,07 (hum real e sete

centavos) pagos pelo FNDE e R$ 6,00 (seis reais) pagos pela Secretaria de Estado da Educação com

recursos provenientes do Tesouro Estadual.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

CAPÍTULO VII

DO CARDÁPIO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Art. 17º. Os cardápios da alimentação escolar deverão ser elaborados por

Nutricionista, responsável técnico, com utilização de gêneros alimentícios básicos, respeitando-se

as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura alimentar da localidade, pautando-se na

sustentabilidade, sazonalidade e diversificação agrícola da região e na alimentação saudável e

adequada.

§ 1º. Os cardápios planejados com as devidas informações nutricionais devem ser

fixados em locais visíveis na escola, sendo exibíveis em quadro ou mural, para conhecimento da

comunidade escolar.

§ 2º. A aquisição de gêneros para o Programa Nacional de Alimentação Escolar –

PNAE, do Ministério da Educação, deve obedecer aos cardápios elaborados pelo Setor de Nutrição

da Supervisão de Alimentação Escolar.

§ 3º. A escola, junto com o setor de nutrição, aplicará teste de aceitabilidade aos

alunos, sempre que introduzir, no cardápio, alimento novo ou quaisquer outras alterações

inovadoras, no que diz respeito ao preparo, ou avaliar a aceitação dos cardápios praticados

frequentemente.

Art. 18º. Os cardápios da alimentação escolar deverão ser planejados de modo a

suprir as necessidades nutricionais, a saber:

I - no mínimo, 30% (trinta por cento) das necessidades nutricionais, distribuídas

em, no mínimo, duas refeições, para creches em período parcial;

II - no mínimo, 70% (setenta por cento) das necessidades nutricionais,

distribuídas em três refeições, para as creches em período integral, inclusive as localizadas em

comunidades indígenas ou áreas remanescentes de quilombos;

III - no mínimo, 30% (trinta por cento) das necessidades nutricionais diárias, por

refeição ofertada, para os alunos matriculados nas escolas localizadas em comunidades indígenas ou

em áreas remanescentes de quilombos, exceto creches;

IV - no mínimo, 20% (vinte por cento) das necessidades nutricionais diárias,

quando ofertada uma refeição, para os demais alunos matriculados na educação básica, em período

parcial;

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V - no mínimo, 30% (trinta por cento) das necessidades nutricionais diárias,

quando ofertadas duas ou mais refeições, para os alunos matriculados na educação básica, exceto

creches em período parcial e,

VI - no mínimo, 70% (setenta por cento) das necessidades nutricionais,

distribuídas em, no mínimo, três refeições, para os alunos participantes do Programa Mais Educação

e para os matriculados em escolas de tempo integral.

§ 1º. A porção ofertada deverá ser diferenciada por faixa etária dos alunos,

conforme as necessidades nutricionais estabelecidas.

§ 2º. Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, três porções de fruta e hortaliça

por semana (200g/aluno/semana).

§ 3º. As bebidas a base de frutas não substituem a obrigatoriedade da oferta de

frutas in natura.

§ 4º. A composição das bebidas à base de frutas deverá seguir as normativas do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

§ 5º. Os cardápios deverão atender aos alunos com necessidades nutricionais

específicas, tais como doença celíaca, diabetes, hipertensão, anemias, alergias e intolerâncias

alimentares, dentre outras.

§ 6º. A oferta de doces e/ou preparação de doces fica limitada a duas porções por

semana equivalente a 110 kcal/porção.

§ 7º. Os alimentos a serem adquiridos para a clientela deste Programa devem

conter padrões de identificação e qualidade de acordo com as normas estabelecidas pela Legislação

Sanitária vigente.

§ 8º. Os cardápios, elaborados a partir de Fichas Técnicas de Preparo, deverão

conter informações sobre o tipo de refeição, o nome da preparação, os ingredientes que a compõem

e sua consistência, bem como informações nutricionais de energia, macronutrientes, micronutrientes

prioritários (vitaminas A e C, magnésio, ferro, zinco e cálcio) e fibras. Os cardápios devem

apresentar, ainda, a identificação (nome e CRN) e assinatura do Nutricionista responsável pela sua

elaboração.

CAPÍTULO IX

DA PESQUISA DE PREÇOS

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Art. 19 º. Os gestores das escolas que recebem recursos financeiros de caráter

suplementar para a aquisição de gêneros alimentícios, no âmbito do Programa Nacional de

Alimentação Escolar, devem realizar pesquisa de preços, mediante a utilização dos seguintes

parâmetros:

I - Painel de Preços do Comprasnet, disponível no endereço eletrônico

http://paineldeprecos.planejamento.gov.br;

II - Pesquisa publicada em mídia especializada e em sítios eletrônicos

especializados ou de acesso público, desde que contenham a data e a hora de acesso, especialmente:

a) Preços da Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, disponíveis

em https://www.conab.gov.br/infoagro/precos?view=default;

b) Preços das Centrais Estaduais de Abastecimento - CEASAs, disponíveis em

http://www.ceasa.gov.br/; e

c) Outros bancos informativos oficiais de preços regionais.

III - pesquisa com os fornecedores que atuem no ramo do objeto licitado,

preferencialmente sediados no município, mediante solicitação e identificação formal, desde que as

datas das pesquisas não se diferenciem em mais de cento e oitenta dias.

§ 1º A utilização do parâmetro previsto no inciso III exige a combinação de, pelo

menos, mais um dos referenciais dos incisos I ou II, demonstrada, no processo administrativo, a

metodologia utilizada para obtenção do preço de referência.

§ 2º A aplicação da Resolução nº 18/2018 não impede a utilização de outros

critérios ou metodologias para obtenção do preço de referência, desde que devidamente justificada

pela autoridade competente e demonstrada a vantajosidade para a Administração.

§ 3º Os preços coletados devem ser analisados de forma crítica, em especial

quando houver grande variação entre os valores apresentados, excluindo-se os preços

manifestamente inexequíveis ou os excessivamente elevados, seguindo critérios fundamentados e

registrados no processo administrativo.

Art. 20º O servidor responsável pela elaboração da pesquisa de preços deverá ser

identificado por nome e CPF em sistema de prestação de contas, gerido pelo Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação.

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Art. 21º O disposto nesta Resolução não se aplica às pesquisas de preço para

aquisição de alimentos por chamada pública.

CAPÍTULO X

DAS VEDAÇÕES E RESTRIÇÕES

Art. 22º. É vedada a aquisição de bebidas com baixo valor nutricional, tais como

refrigerantes e refrescos artificiais, bebidas ou concentrados à base de xarope de guaraná ou

groselha, chás prontos para consumo e outras bebidas similares.

Art. 23º. É restrita a aquisição de alimentos enlatados, embutidos, doces,

alimentos compostos (dois ou mais alimentos embalados separadamente para consumo conjunto),

preparações semiprontas ou prontas para o consumo ou alimentos concentrados (em pó ou

desidratados para reconstituição), com quantidades elevadas de sódio ou de gordura saturada,

podendo ser disponibilizado, no máximo, 30% (trinta por cento) dos recursos repassados para

compra da alimentação escolar, com vistas à aquisição desses gêneros alimentícios.

§ 1º. É proibida a aquisição de alimentos que não constem nos cardápios.

§ 2º. Os recursos destinados à alimentação escolar não poderão ser utilizados para

nenhuma outra finalidade, sendo vedado o pagamento de encargos e tarifas bancárias.

CAPÍTULO XI

DA AQUISIÇÃO DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

Art. 24º. Os recursos financeiros repassados pelo FNDE no âmbito do PNAE

serão utilizados exclusivamente na aquisição de gêneros alimentícios

Art. 25º. A aquisição de gêneros alimentícios, no âmbito do PNAE, deverá

obedecer ao cardápio planejado pelo nutricionista, observando as diretrizes do programa e deverá

ser realizada, sempre que possível, no mesmo ente federativo em que se localizam as escolas,

priorizando os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos.

Art. 26º. A aquisição de gêneros alimentícios para o PNAE deverá ser realizada

por meio de licitação pública, nos termos da Lei nº 8.666/1993 ou da Lei nº 10.520, de 17 de julho

de 2002, ou, ainda, por dispensa do procedimento licitatório, nos termos do art. 14 da Lei nº

11.947/2009.

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Art. 27º. As Unidades Executoras deverão aplicar, no mínimo, 30% (trinta por

cento) na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da Agricultura Familiar e do Empreendedor

Familiar Rural ou suas organizações, priorizando os assentamentos da reforma agrária, as

comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas.

§ 1º. A aquisição de que trata este artigo poderá ser realizada, dispensando-se o

procedimento licitatório, desde que os preços sejam compatíveis com os vigentes no mercado local,

observando-se os princípios inscritos no art. 37º, da Constituição Federal e que os alimentos

atendam às exigências do controle de qualidade, estabelecidas pelas normas que regulamentam a

matéria.

§ 2º. A observância do percentual previsto no caput deste artigo poderá ser

dispensada pelo FNDE, quando presente uma das seguintes circunstâncias, comprovada pela EEx.

na prestação de contas, a saber:

I – a impossibilidade de emissão do documento fiscal correspondente;

II – a inviabilidade de fornecimento regular e constante dos gêneros alimentícios,

desde que respeitada a sazonalidade dos produtos; e

III – as condições higiênico-sanitárias inadequadas.

§ 3°. O disposto neste artigo deverá ser observado nas aquisições efetuadas pelas

UEx. das escolas de Educação Básica públicas de que trata o art. 6º, da Lei n° 11.947/2009.

Art. 28º. Para priorização das propostas deverá ser observada a seguinte ordem

para desempate:

I – Os fornecedores locais do município;

II – Os assentamentos de reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas

e as comunidades quilombolas;

III – Os fornecedores de gêneros alimentícios, certificados como orgânicos ou

agroecológicos;

IV – Os Grupos Formais (organizações produtivas detentoras de Declaração de

Aptidão ao PRONAF – DAP Jurídica) sobre os Grupos Informais (agricultores familiares,

detentores de Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP Física, organizados em grupos) e estes

sobre os Fornecedores Individuais e

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V – Organizações com maior porcentagem de agricultores familiares e/ou

empreendedores familiares rurais no seu quadro de sócios, conforme DAP Jurídica.

§ 1º. Em caso de persistir o empate, será realizado sorteio.

§ 2º. Caso a EEx. não obtenha a quantidade necessária de produtos oriundos de

produtores e empreendedores familiares locais, esta deverá ser complementada com propostas de

grupo de produtores e empreendedores familiares do território rural, do estado e do país, nesta

ordem.

Art. 29º. As EEx. deverão publicar os editais de chamada pública para

alimentação escolar em jornal de circulação local e na forma de mural em local público de ampla

circulação, divulgando, em seu endereço na internet, caso haja. Se necessário, fará publicar em

jornal de circulação regional, estadual ou nacional, em rádios locais e na Rede Brasil Rural.

§ 1º. Os editais das chamadas públicas deverão permanecer abertos para

recebimento dos projetos de venda por um período mínimo de 20 dias.

§ 2º. Os gêneros alimentícios a serem entregues ao contratante serão os definidos

na chamada pública de compra, podendo ser substituídos, quando houver necessidade, desde que os

produtos substitutos constem na mesma chamada pública e sejam correlatos nutricionalmente. Essa

necessidade de substituição deverá ser atestada pelo Responsável Técnico, que poderá contar com o

respaldo do CAE e com a declaração técnica da Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER.

Art. 30º. Para a habilitação das propostas exigir-se-á:

§1º Dos Fornecedores Individuais, detentores de DAP Física, não organizados em

grupo:

I - a prova de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF;

II - o extrato da DAP Física do agricultor familiar participante, emitido nos

últimos 60 dias;

III - o Projeto de Venda de Gêneros Alimentícios da Agricultura Familiar e/ou

Empreendedor Familiar Rural para Alimentação Escolar com assinatura do agricultor participante;

IV - a prova de atendimento de requisitos previstos em lei específica, quando for

o caso; e

V - a declaração de que os gêneros alimentícios a serem entregues são oriundos de

produção própria, relacionada no projeto de venda.

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§2º Dos Grupos Informais de agricultores familiares, detentores de DAP Física,

organizados em grupo:

I - a prova de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF;

II - o extrato da DAP Física de cada agricultor familiar participante, emitido nos

últimos 60 dias;

III - o Projeto de Venda de Gêneros Alimentícios da Agricultura Familiar e/ou

Empreendedor Familiar Rural para Alimentação Escolar com assinatura de todos os agricultores

participantes;

IV - a prova de atendimento de requisitos previstos em lei específica, quando for

o caso; e

V - a declaração de que os gêneros alimentícios a serem entregues são produzidos

pelos agricultores familiares relacionados no projeto de venda.

§3º Dos Grupos Formais, detentores de DAP Jurídica:

I - a prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;

II - o extrato da DAP Jurídica para associações e cooperativas, emitido nos

últimos 60 dias;

III - a prova de regularidade com a Fazenda Federal, relativa à Seguridade Social

e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS;

IV - as cópias do estatuto e ata de posse da atual diretoria da entidade registrada

no órgão competente;

V - o Projeto de Venda de Gêneros Alimentícios da Agricultura Familiar para

Alimentação Escolar, assinado pelo seu representante legal;

VI - a declaração de que os gêneros alimentícios a serem entregues são

produzidos pelos associados/cooperados; e

VII - a declaração do seu representante legal de responsabilidade pelo controle do

atendimento do limite individual de venda de seus cooperados/associados; e

VIII - a prova de atendimento de requisitos previstos em lei específica, quando

for o caso.

§4º Na ausência ou desconformidade de qualquer desses documentos, fica

facultado à EEx. a abertura de prazo para a regularização da documentação.

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Art. 31º. Os agricultores familiares, detentores de DAP Física, poderão contar

com uma Entidade Articuladora que poderá, nesse caso, auxiliar na elaboração do Projeto de Venda

de Gêneros Alimentícios da Agricultura Familiar para a Alimentação Escolar.

Parágrafo único. As Entidades Articuladoras são aquelas definidas pelo

Ministério de Desenvolvimento Agrário – MDA.

Art. 32º. Na definição dos preços de aquisição dos gêneros alimentícios da

Agricultura Familiar e/ou dos Empreendedores Familiares Rurais ou suas organizações, a EEx.

deverá considerar todos os insumos exigidos na licitação e/ou chamada pública, tais como despesas

com frete, embalagens, encargos e quaisquer outros necessários para o fornecimento do produto.

§ 1º. O preço de aquisição será o preço médio pesquisado por, no mínimo, três

mercados em âmbito local, territorial, estadual ou nacional, nessa ordem, priorizando a feira do

produtor da Agricultura Familiar, quando houver;

§ 2º. A EEx. que priorizar, na chamada pública, a aquisição de produtos orgânicos

ou agroecológicos poderá acrescer os preços em até 30% (trinta por cento) em relação aos preços

estabelecidos para produtos convencionais, conforme Lei nº 12.512, de 14 de outubro de 2011;

§ 3º. O preço de aquisição deverá ser publicado na chamada pública;

§ 4º. O projeto de venda a ser contratado deverá ser escolhido conforme os

critérios estabelecidos pela legislação sanitária;

§ 5º. Os projetos de venda deverão ser analisados em sessão pública registrada em

ata.

CAPÍTULO XII

DA REGULAMENTAÇÃO DE CANTINAS ESCOLARES

Art. 33º. Cabe à Secretaria de Estado de Educação regulamentar a existência de

cantina nas unidades escolares.

Art. 34º. Todas as cantinas existentes nas unidades executoras deverão funcionar

de acordo com o calendário escolar e horário diário de funcionamento da escola, em condições

adequadas e dentro dos padrões estabelecidos pela Vigilância Sanitária e pelo Programa.

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§ 1º As cantinas devem incentivar o consumo de frutas, verduras e legumes, na

forma de lanches, como: sanduíches naturais, salada de frutas, suco de frutas naturais, salgados

assados, bebidas lácteas e bolos simples.

§ 2º Os sucos de fruta, as bebidas lácteas e demais preparações, cuja adição de

açúcar é opcional, devem ser oferecidos ao consumo conforme a preferência do consumidor pela

adição ou não do ingrediente.

§3º É vedada a aquisição de alimentos inadequados.

Art. 35º. A cantina não poderá ser explorada por parentes dos membros do

Conselho Escolar, funcionários públicos ou pelo diretor.

Parágrafo único. O funcionamento da cantina não poderá, em qualquer hipótese,

interferir no Programa Nacional de Alimentação Escolar, nem utilizar os produtos adquiridos pelo

programa.

Art. 36º. Alimentação Escolar é todo alimento oferecido no ambiente escolar,

independentemente de sua origem, durante o período letivo.

§ 1º. Todo alimento oferecido na escola deve estar de acordo com a Lei nº 11.947,

de 16 de junho de 2009, obedecendo à aquisição de alimentos proibidos e restritos.

§ 2º. Seguindo os ideais dos Direitos Humanos à Alimentação Adequada

(DHAA), o PNAE busca ofertar refeições saudáveis, seguras e balanceadas, com o intuito de suprir

as necessidades nutricionais dos alunos, durante o período letivo, mas, também, em caráter

orientador, reconhecer a escola como um espaço propício à formação de hábitos saudáveis.

CAPÍTULO XIII

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PROGRAMA

Art. 37º. Os recursos financeiros repassados pela Secretaria de Estado da

Educação, destinados às Unidades Executoras do Programa Nacional de Alimentação Escolar,

deverão ser gastos dentro do exercício e as prestações de conta serão encaminhadas à

Superintendência de Controle da Execução de Convênios e de Prestação de Contas / Núcleo de

Controle de Prestação de Contas do PNAE, acompanhadas da documentação necessária e nos

prazos estabelecidos pelo órgão citado.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

§ 1º As Unidades Executoras devem elaborar e encaminhar a Prestação de Contas

dos recursos financeiros recebidos após a execução dos mesmos, trimestralmente, sendo o prazo do

primeiro trimestre dia 31/03, o segundo trimestre dia 30/06, o terceiro trimestre dia 30/09 e o

quarto trimestre dia 31/12, respectivamente. O gestor que não obedecer estes prazos poderá ser

penalizado com a devolução dos recursos.

§ 2º. Os documentos comprobatórios das despesas efetuadas na execução do

Programa Nacional de Alimentação Escolar (Notas Fiscais Eletrônicas - originais) deverão conter,

além do nome da Unidade Executora, a denominação “Programa Nacional de Alimentação

Escolar/PNAE”;

§ 3º. A execução parcial do Programa deve ser lançada no Sistema Gerencial de

Prestações de Conta – SIGPC Contas Online, pelo menos, uma vez, até 31 de agosto do mesmo

exercício, relativo ao primeiro semestre;

§ 4º. Os recursos não executados até 31 de dezembros deverão ser reprogramados

para execução no exercício seguinte, limitado em até 30% (trinta por cento) dos valores repassados

no respectivo exercício. Na hipótese de o saldo anterior ultrapassar 30% (trinta por cento) do total

de recursos disponíveis, no exercício, os valores excedentes serão deduzidos do repasse do

exercício subsequente;

§ 5º. As Prestações de Conta do Programa Nacional de Alimentação Escolar –

PNAE, realizadas e encaminhadas pelas Unidades Executoras à SEDUC, serão feitas,

separadamente, quais sejam: ProJovem Saberes da Terra, Regular (Fundamental, Médio, Educação

de Jovens e Adultos), Quilombola, Novo Mais Educação, Indígena Recurso Federal, Indígena

Recurso Estadual, Educação Integral Recurso Federal, Integral Recurso Estadual e Atendimento

Educacional Especializado-AEE.

Art. 38º. Os órgãos do Sistema de Controle Interno a que se vincula a Entidade

Executora dos recursos transferidos pela Secretaria de Estado da Educação incumbir-se-ão de

verificar a legalidade, legitimidade e economicidade da gestão dos recursos, bem como da

eficiência e eficácia de sua aplicação.

Art. 39º. A Prestação de Contas das Unidades Executoras será constituída dos

documentos citados no ANEXO desta Portaria.

§ 1º. A Entidade Executora elaborará e encaminhará o Demonstrativo Sintético

Anual do Exercício Físico-Financeiro ao Conselho de Alimentação Escolar/CAE, a Prestação de

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Contas dos Recursos Financeiros recebidos à conta do Programa Nacional de Alimentação Escolar,

via Sistema de Prestação de Contas – SIGPC, até o dia 15 de fevereiro do exercício subsequente

àquele do Repasse Efetuado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, acompanhada

da documentação julgada necessária para a comprovação da execução do Programa.

§ 2º. O Conselho de Alimentação Escolar, após análise da Prestação de Contas e

registro em ata, emitirá parecer conclusivo acerca da execução do Programa Nacional de

Alimentação Escolar e o encaminhará ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, até o

dia 31 de março do mesmo ano, juntamente com o Demonstrativo Sintético Anual Físico-Financeiro

acompanhado de Extrato Bancário da Conta Especifica via SIGPC.

Art. 40º. A transferência dos recursos financeiros às escolas da Rede Estadual não

desonera a Entidade Executora da obrigação da Prestação de Contas dos recursos recebidos.

Art. 41º. A Secretaria de Estado de Educação, em atendimento ao que dispõe a

Lei nº 9.452/1997, notificará os Partidos Políticos, os Sindicatos dos Trabalhadores e as Entidades

Empresariais sobre os recursos federais relativos ao Programa Nacional de Alimentação escolar –

PNAE, anualmente.

CAPITULO XIV

DAS PENALIDADES

Art. 42º. O Gestor da Unidade Executora que ultrapassar 30 (trinta) dias dos

prazos estabelecidos sem prestar conta do repasse dos recursos financeiros será afastado de suas

funções e, ainda, responderá Inquérito Administrativo, Civil e Penal, na forma da Lei.

§ 1º. O não encaminhamento da prestação de contas no prazo estabelecido na

portaria em vigor resultará na inscrição dos responsáveis no Cadastro Estadual de Inadimplentes -

SICEI e poderá, ainda, resultar em Processo Administrativo Disciplinar para responsabilização do

Gestor e, caso necessário, em Tomada de Contas Especial;

§ 2º. As irregularidades e/ou pendências apontadas na prestação de contas deverão

ser regularizadas no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

§ 3º. A não regularização das pendências poderá resultar no afastamento do gestor

da unidade executora;

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

§ 4º. A perda dos gêneros alimentícios, por falta de observância do prazo de

validade ou por descumprimento de normas estabelecidas em vigor, pela Vigilância Sanitária,

implicará a sua reposição ou substituição por outro produto equivalente, sendo que a

responsabilidade financeira é do gestor escolar;

§ 5º. Na falta da apresentação, no todo ou em parte, da prestação de contas, por

culpa ou dolo do gestor anterior, deverá o gestor em exercício, obrigatoriamente, oferecer

representação junto à Secretaria de Estado de Educação, na pessoa do Secretário de Educação, que

determinará as providências necessárias à apuração dos fatos e, não havendo regularização,

encaminhará os autos ao Ministério Público Federal para adoção das providências cíveis e criminais

cabíveis.

CAPÍTULO XV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 43º. As Caixas Escolares e demais beneficiados com recursos para aquisição

de gêneros alimentícios manterão em seus arquivos, em boa guarda e organização, pelo prazo de 20

(vinte) anos, contados da data de aprovação da prestação de contas do concedente, os documentos

juntamente com todos os comprovantes de pagamentos efetuados com os recursos financeiros

transferidos na forma desta portaria, ainda que a execução esteja a cargo das respectivas escolas e

estarão obrigados a disponibilizá-los, sempre que solicitado, ao Tribunal de Contas da União, ao

FNDE, ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e ao Conselho de Alimentação

Escolar - CAE.

CAPITULO XVI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 44º. Qualquer pessoa poderá denunciar a Entidade Executora, ao FNDE, ao

Tribunal de Contas da União, aos órgãos de controle interno do Poder Executivo da União, ao

Ministério Público e ao CAE sobre as irregularidades eventualmente identificadas na aplicação dos

recursos destinados à execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Parágrafo único. As denúncias destinadas à Secretaria de Estado da

Educação/SEDUC deverão ser dirigidas ao Secretário de Estado da Educação/ Superintendência de

Suporte à Educação.

Art. 45º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

DÊ-SE CIÊNCIA.

PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, EM SÃO LUÍS, 07 DE

MAIO DE 2019.

FELIPE COSTA CAMARÃO

Secretário de Estado da Educação

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ANEXO À PORTARIA Nº 717/2019 - SEDUC/MA

Nº DE

ORDEM DOCUMENTOS

01 Ofício de encaminhamento da prestação de contas

02 Demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados

03 Cópia da Ata de constituição do Colegiado Escolar e do Conselho Fiscal

04 Justificativa (s) (se for o caso)

05 Extratos bancários, conta corrente e aplicação

06 Conciliação bancária

07 Parecer do Colegiado Escolar

08 Parecer do Conselho Fiscal

09 Cópia dos cheques emitidos e pagos, dos comprovantes de DOC/ TED.

10 Recibos, Notas Fiscais e Faturas devidamente carimbadas, atestadas e autenticadas com

carimbo constando “Programa Nacional de Alimentação Escolar”

11 Planilhas de pesquisa de preço (03 propostas)

12 Verificação de Pesquisa de Preços

13 Ata de avaliação das prestações de contas do PNAE

14 Declaração de aplicação de recursos na escola anexo, assinada pelo gestor da caixa e diretor

da escola, se for o caso

15 Termo de aceitabilidade da merenda fornecida

16 Termo de guarda da prestação de contas

Complementares - PNAE

17 Cardápio de Atendimento

18 Ficha de Controle de Estoque/ Pauta de Alimentos

19 Questionário de Avaliação da Merenda Escola

20 Quadro de atendimento de refeições/ alunos

PNAE/ Agricultura Familiar

21 Cópia do Contrato por Chamada Pública, apenas na primeira prestação de contas do

semestre

22 Ata da Chamada Pública

23 Nota Fiscal dos produtos adquiridos da Agricultura familiar

24 Cópia de Cheques da Agricultura Familiar, dos comprovantes de DOC/ TED.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ANEXO À PORTARIA Nº 717/2019 - SEDUC/MA

Nº DE

ORDEM DOCUMENTOS

01 Ofício de encaminhamento da prestação de contas

01 Extratos bancários, conta corrente e aplicação

02 Conciliação bancária

03 Recibos, Notas Fiscais e Faturas devidamente carimbadas, atestadas e autenticadas com

carimbo constando “Programa Nacional de Alimentação Escolar”

03 Cópia dos cheques emitidos e pagos, dos comprovantes de DOC/ TED.

04 Cardápio de Atendimento conforme definido pela nutrição

05 Ficha de Controle de Estoque/ Pauta de Alimentos

06 Planilhas de pesquisa de preço (03 propostas)

06 Verificação de Pesquisa de Preços

07

09 Cópia da Ata constituída pelo Colegiado Escolar

09 Cópia da Ata constituída pelo Conselho Fiscal

10 Parecer do Colegiado Escolar sobre a prestação de contas

11 Parecer do Conselho Fiscal sobre a prestação de contas

12 Termo de guarda e conservação da prestação de contas

13 Declaração de aplicação de recursos na escola anexo, assinada pelo gestor da caixa e diretor

da escola, se for o caso

14 Ata de avaliação das prestações de contas do PNAE

15 Ata de audiência da Chamada Pública

16 Cópia do Contrato por Chamada Pública, apenas na primeira prestação de contas do

semestre

17

02 Demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados

04 Justificativa (s) (se for o caso)

15 Termo de aceitabilidade da merenda fornecida

Complementares - PNAE

19 Questionário de Avaliação da Merenda Escola

20 Quadro de atendimento de refeições/ alunos

PNAE/ Agricultura Familiar

23 Nota Fiscal dos produtos adquiridos da Agricultura familiar

24 Cópia de Cheques da Agricultura Familiar, dos comprovantes de DOC/ TED.

Page 27: PORTARIA Nº 717, DE 07 DE MAIO DE 2019. O SECRETÁRIO DE ... · setembro de 2018, que dispõe sobre procedimentos administrativo para a realização de pesquisa de preços para aquisição

ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO