portaria interministerial 210-2014. (1)

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    PORTARIA INTERMINISTERIAL N 210, DE 16 DE JANEIRO DE 2014

    MINISTRIO DA JUSTIAGABINETE DO MINISTRO

    DOU de 17/01/2014 (n 12, Seo 1, pg. 75)

    Institui a Poltica Nacional de Ateno s Mulheresem Situao de Privao de Liberdade e Egressasdo Sistema Prisional, e d outras providncias.

    O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIA E A MINISTRA DE ESTADO-CHEFE DA SECRETARIA DEPOLTICAS PARA AS MULHERES DA PRESIDNCIA DA REPBLICA, no uso das atribuiesprevistas no art. 87, pargrafo nico, inciso II, da Constituio, e tendo em vista o disposto nos arts. 10,14, 3, 19, pargrafo nico, 77, 2, 82, 1, 83, 2 e 3, e 89 da Lei n 7.210, de 11 de julho de1984, resolvem:

    Art. 1 - Fica instituda a Poltica Nacional de Ateno s Mulheres em Situao de Privao deLiberdade e Egressas do Sistema Prisional - PNAMPE, com o objetivo de reformular as prticas dosistema prisional brasileiro, contribuindo para a garantia dos direitos das mulheres, nacionais eestrangeiras, previstos nos arts. 10, 14, 3, 19, pargrafo nico, 77, 2, 82, 1, 83, 2 e 3, e 89da Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984.

    Art. 2 - So diretrizes da PNAMPE:

    I - preveno de todos os tipos de violncia contra mulheres em situao de privao de liberdade, em

    cumprimento aos instrumentos nacionais e internacionais ratificados pelo Estado Brasileiro relativos aotema;II - fortalecimento da atuao conjunta e articulada de todas as esferas de governo na implementaoda Poltica Nacional de Ateno s Mulheres em Situao de Privao de Liberdade e Egressas doSistema Prisional;

    III - fomento participao das organizaes da sociedade civil no controle social desta Poltica, bemcomo nos diversos planos, programas, projetos e atividades dela decorrentes;IV - humanizao das condies do cumprimento da pena, garantindo o direito sade, educao,alimentao, trabalho, segurana, proteo maternidade e infncia, lazer, esportes, assistnciajurdica, atendimento psicossocial e demais direitos humanos;

    V - fomento adoo de normas e procedimentos adequados s especificidades das mulheres no quetange a gnero, idade, etnia, cor ou raa, sexualidade, orientao sexual, nacionalidade, escolaridade,maternidade, religiosidade, deficincias fsica e mental e outros aspectos relevantes;VI - fomento elaborao de estudos, organizao e divulgao de dados, visando consolidao deinformaes penitencirias sob a perspectiva de gnero;

    VII - incentivo formao e capacitao de profissionais vinculados justia criminal e ao sistemaprisional, por meio da incluso da temtica de gnero e encarceramento feminino na matriz curricular ecursos peridicos;

    VIII - incentivo construo e adaptao de unidades prisionais para o pblico feminino, exclusivas,regionalizadas e que observem o disposto na Resoluo n 9, de 18 de novembro de 2011, do ConselhoNacional de Poltica Criminal e Penitenciria - CNPCP;

    IX - fomento identificao e monitoramento da condio de presas provisrias, com a implementaode medidas que priorizem seu atendimento jurdico e tramitao processual;

    X - fomento ao desenvolvimento de aes que visem assistncia s pr-egressas e egressas dosistema prisional, por meio da divulgao, orientao ao acesso s polticas pblicas de proteo social,trabalho e renda;

    Pargrafo nico - Nos termos do inciso VIII, entende-se por regionalizao a distribuio de unidadesprisionais no interior dos estados, visando o fortalecimento dos vnculos familiares e comunitrios.

    Art. 3 - So objetivos da PNAMPE:

    I - fomentar a elaborao das polticas estaduais de ateno s mulheres privadas de liberdade eegressas do sistema prisional, com base nesta Portaria;

    II - induzir para o aperfeioamento e humanizao do sistema prisional feminino, especialmente no queconcerne arquitetura prisional e execuo de atividades e rotinas carcerrias, com ateno sdiversidades e capacitao peridica de servidores;

    III - promover, pactuar e incentivar aes integradas e intersetoriais, visando complementao e ao

    acesso aos direitos fundamentais, previstos na Constituio Federal e Lei de Execuo Penal, voltadass mulheres privadas de liberdade e seus ncleos familiares; e

    IV - aprimorar a qualidade dos dados constantes nos bancos de dados do sistema prisional brasileiro,contemplando a perspectiva de gnero; e

    V - fomentar e desenvolver pesquisas e estudos relativos ao encarceramento feminino.

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    Art. 4 - So metas da PNAMPE:I - criao e reformulao de bancos de dados em mbito estadual e nacional sobre o sistema prisional,que contemplem:

    a) quantidade de estabelecimentos femininos e mistos que custodiam mulheres, indicando nmero demulheres por estabelecimento, regime e quantidade de vagas;

    b) existncia de local adequado para visitao, frequncia e procedimentos necessrios para ingressodo visitante social e ntimo;

    c) quantidade de profissionais inseridos no sistema prisional feminino, por estabelecimento e rea deatuao;

    d) quantidade de mulheres gestantes, lactantes e parturientes;

    e) quantidade e idade dos filhos em ambiente intra e extramuros, bem como pessoas ou rgosresponsveis pelos seus cuidados;f) indicao do perfil da mulher privada de liberdade, considerando estado civil, faixa etria, cor ou etnia,deficincia, nacionalidade, religio, grau de instruo, profisso, rendas mensais da famlia anterior aoaprisionamento e atual, documentao civil, tempo total das penas, tipos de crimes, procedncia de rearural ou urbana, regime prisional e reiterao criminal;

    g) quantidade de mulheres inseridas em atividades laborais internas e externas e educacionais, formaise profissionalizantes;h) quantidade de mulheres que recebem assistncia jurdica regular, da Defensoria Pblica, outro rgo

    ou advogado particular, e frequncia desses procedimentos na unidade prisional;i) quantidade e motivo de bitos relacionados mulher e criana, no mbito do sistema prisional;

    j) dados relativos incidncia de hipertenso, diabetes, tuberculose, hansenase, Doenas SexualmenteTransmissveis - DST, Sndrome da Imunodeficincia Adquirida - AIDS-HIV e outras doenas;

    k) quantidade de mulheres inseridas em programas de ateno sade mental e dependncia qumica;l) quantidade e local de permanncia das mulheres internadas em cumprimento de medidas desegurana e total de vagas; e

    m) quantidade de mulheres que deixaram o sistema prisional por motivos de alvar de soltura, indulto,fuga, progresso de regime ou aplicao de medidas cautelares diversas da priso.

    II - incentivo aos rgos estaduais de administrao prisional para que promovam a efetivao dosdireitos fundamentais no mbito dos estabelecimentos prisionais, levando em conta as peculiaridades

    relacionadas a gnero, cor ou etnia, orientao sexual, idade, maternidade, nacionalidade, religiosidadee deficincias fsica e mental, bem como aos filhos inseridos no contexto prisional, que contemplem:

    a) assistncia material: alimentao, vesturio e instalaes higinicas, incluindo itens bsicos, taiscomo:

    1. alimentao: respeito aos critrios nutricionais bsicos e casos de restrio alimentar;2. vesturio: enxoval bsico composto por, no mnimo, uniforme especfico, agasalho, roupa ntima,meias, chinelos, itens de cama e banho, observadas as condies climticas locais e em quantidadesuficiente; e 3. itens de higiene pessoal: kitbsico composto por, no mnimo, papel higinico, sabonete,creme e escova dental, xampu, condicionador, desodorante e absorvente, em quantidade suficiente;

    b) acesso sade em consonncia com a Poltica Nacional de Ateno Integral Sade das PessoasPrivadas de Liberdade no Sistema Prisional, a Poltica Nacional de Ateno Integral Sade da Mulhere as polticas de ateno sade da criana, observados os princpios e as diretrizes do Sistema nico

    de Sade - SUS, bem como o fomento ao desenvolvimento de aes articuladas com as secretariasestaduais e municipais de sade, visando o diagnstico precoce e tratamento adequado, comimplantao de ncleos de referncia para triagem, avaliao inicial e encaminhamentos teraputicos,voltados s mulheres com transtorno mental.

    c) acesso educao em consonncia com o Plano Estratgico de Educao no mbito do SistemaPrisional e as Diretrizes Nacionais para a Oferta de Educao para Jovens e Adultos em Situao dePrivao de Liberdade nos Estabelecimentos Penais, associada a aes complementares de cultura,esporte, incluso digital, educao profissional, fomento leitura e a programas de implantao,recuperao e manuteno de bibliotecas;

    d) acesso assistncia jurdica integral para garantir a ampla defesa e o contraditrio nos processosjudiciais e administrativos relativos execuo penal, viabilizando o atendimento pessoal por intermdioda Defensoria Pblica, outro rgo, advogado particular ou pela realizao de parcerias;

    e) acesso a atendimento psicossocial desenvolvido no interior das unidades prisionais, por meio deprticas interdisciplinares nas reas de dependncia qumica, convivncia familiar e comunitria, sademental, violncia contra a mulher e outras, as quais devem ser articuladas com programas e polticasgovernamentais;f) assistncia religiosa com respeito liberdade de culto e de crena; e

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    g) acesso atividade laboral com desenvolvimento de aes que incluam, entre outras, a formao deredes cooperativas e a economia solidria, observando:

    1. compatibilidade das horas dirias de trabalho e estudo que possibilitem a remio; e 2.compatibilidade da atividade laboral com a condio de gestante e me, garantida a remunerao, aremio e a licena maternidade para as mulheres que se encontravam trabalhando.

    h) ateno especfica maternidade e criana intramuros, observando:

    1. identificao da mulher quanto situao de gestao ou maternidade, quantidade e idade dos filhose das pessoas responsveis pelos seus cuidados e demais informaes, por meio de preenchimento deformulrio prprio;2. insero da mulher grvida, lactante e me com filho em local especfico e adequado comdisponibilizao de atividades condizentes sua situao, contemplado atividades ldicas epedaggicas, coordenadas por equipe multidisciplinar;3. autorizao da presena de acompanhante da parturiente, devidamente cadastrada/o junto aoestabelecimento prisional, durante todo o perodo de trabalho de parto, parto e ps-parto imediato,conforme disposto no art. 19-J da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990;

    4. proibio do uso de algemas ou outros meios de conteno em mulheres em trabalho de parto eparturientes, observada a Resoluo n 3, de 1 de junho de 2012, do CNPCP;

    5. insero da gestante na Rede Cegonha, junto ao SUS, desde a confirmao da gestao at os doisprimeiros anos de vida do beb;

    6. desenvolvimento de aes de preparao da sada da criana do estabelecimento prisional esensibilizao dos responsveis ou rgos por seu acompanhamento social e familiar;

    7. respeito ao perodo mnimo de amamentao e de convivncia da mulher com seu filho, conformedisposto na Resoluo n 3 de 15 de julho de 2009, do CNPCP, sem prejuzo do disposto no art. 89 daLei 7.210 de 11 de julho de 1984;8. desenvolvimento de prticas que assegurem a efetivao do direito convivncia familiar, na formaprevista na Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990;

    9. desenvolvimento de aes que permitam acesso e permanncia das crianas que esto emambientes intra e extramuros rede pblica de educao infantil; e 10. disponibilizao de dias devisitao especial, diferentes dos dias de visita social, para os filhos e dependentes, crianas eadolescentes, sem limites de quantidade, com definio das atividades e do papel da equipemultidisciplinar;

    i) respeito dignidade no ato de revista s pessoas que ingressam na unidade prisional, inclusivecrianas e adolescentes;

    j) implementao de aes voltadas ao tratamento adequado mulher estrangeira, observando:

    1. realizao de parcerias voltadas regularizao da sua permanncia em solo brasileiro, durante operodo de cumprimento da pena;

    2. articulao de gestes entre as unidades prisionais e as embaixadas e consulados visando efetivao dos direitos da estrangeira em privao de liberdade;

    3. instituio de parcerias voltadas emisso de Cadastro de Pessoa Fsica - CPF provisrio, comvistas abertura de conta bancria e ao acesso a programas de reintegrao social e assistncia mulher presa;4. garantia de acesso informao sobre direitos, procedimentos de execuo penal no territrionacional, questes migratrias, bem como telefones de contato de rgos brasileiros, embaixadas e

    consulados estrangeiros, preferencialmente no idioma materno;5. instituio de procedimentos que permitam a manuteno dos vnculos familiares, por meio decontato telefnico, videoconferncia, cartas, entre outros;

    6. incentivo do acesso educao distncia, quando disponibilizado pelo respectivo consulado, semprejuzo da participao nas atividades educativas existentes na unidade prisional; e

    7. fomento viabilizao de transferncia das presas estrangeiras no residentes ao seu pas deorigem, especialmente se nele tiverem filhos, caso haja tratados ou acordos internacionais em vigncia,aps prvia requisio e o consentimento da presa.

    l) promoo de aes voltadas presa provisria, observando:1. adoo de medidas adequadas, de carter normativo ou prtico, para garantir sua segurana eintegridade fsica;

    2. garantia da custdia da presa provisria em local adequado, sendo vedada sua manuteno emdistritos policiais; e

    3. adoo de medidas necessrias para viabilizao do exerccio do direito a voto.

    III - garantia de estrutura fsica de unidades prisionais adequada dignidade da mulher em situao depriso, de acordo com a Resoluo n 9, de 18 de novembro de 2011, do Conselho Nacional de Poltica

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    Criminal e Penitenciria - CNPCP, com a implementao de espaos adequados efetivao dosdireitos das mulheres em situao de priso, tais como sade, educao, trabalho, lazer, estudo,maternidade, visita ntima, dentre outros;

    IV - promoo de aes voltadas segurana e gesto prisional, que garantam:

    a) procedimentos de segurana, regras disciplinares e escolta diferenciados para as mulheres idosas,com deficincia, gestantes, lactantes e mes com filhos, inclusive de colo;

    b) desenvolvimento de prticas alternativas revista ntima nas pessoas que ingressam na unidadeprisional, especialmente crianas e adolescentes; e

    c) oferecimento de transporte diferenciado para mulheres idosas, com deficincia, gestantes, lactantes emes com filhos, sem utilizao de algemas.

    V - capacitao permanente de profissionais que atuam em estabelecimentos prisionais de custdia demulheres, com implementao de matriz curricular que contemple temas especficos, tais como:a) identidade de gnero;

    b) especificidades da presa estrangeira;

    c) orientao sexual, direitos sexuais e reprodutivos;

    d) abordagem tnico-racial;

    e) preveno da violncia contra a mulher;

    f) sade da mulher, inclusive mental, e dos filhos inseridos no contexto prisional;

    g) acessibilidade;h) dependncia qumica;

    i) maternidade;

    j) desenvolvimento infantil e convivncia familiar;

    k) arquitetura prisional; e

    l) direitos e polticas sociais.VI - promoo de aes voltadas s pr-egressas e egressas do sistema prisional, por meio de setorinterdisciplinar especfico, observando:

    a) disponibilizao, no momento da sada da egressa do estabelecimento prisional, de seus documentospessoais, inclusive relativos sua sade, e outros pertences;

    b) articulao da secretaria estadual de administrao prisional com os rgos responsveis, com vistas

    retirada de documentos; ec) viabilizao, por meio de parcerias firmadas pelo rgo estadual de administrao prisional, detratamento de dependncia qumica, incluso em programas sociais, em cursos profissionalizantes,gerao de renda, de acordo com os interesses da egressa.

    Art. 5 - Para a efetivao dos direitos de que trata esta Portaria devero ser assegurados recursoshumanos e espaos fsicos adequados s diversas atividades para a integrao da mulher e de seusfilhos.

    Art. 6 - As unidades prisionais devero providenciar a documentao civil bsica que permita acessodas mulheres, inclusive das estrangeiras, educao e ao trabalho.

    Art. 7 - O Departamento Penitencirio Nacional - DEPEN dever se articular com os rgos estaduaisde administrao prisional para que sejam constitudas comisses intersetoriais especficas para tratardos assuntos relacionados s mulheres em situao de privao de liberdade e egressas do sistema

    prisional.Art. 8 - O DEPEN dever se articular com os rgos estaduais de administrao prisional para que sejaelaborado um planejamento institucional para o cumprimento gradual das estratgias estabelecidasnesta Poltica e nas polticas estaduais, com vistas melhoria de prticas voltadas s mulheres emsituao de privao de liberdade e egressas do sistema prisional.

    Pargrafo nico - No mbito do DEPEN, o planejamento institucional ser coordenado pela ComissoEspecial do Projeto Efetivao dos Direitos das Mulheres no Sistema Penal.

    Art. 9 - O DEPEN prestar apoio tcnico e financeiro aos rgos estaduais de administrao prisional,com nfase nas seguintes reas:

    I - educao e capacitao profissional de servidores, priorizando os projetos em estabelecimentosprisionais que custodiam mulheres;

    II - trabalho, disponibilizando maquinrios para oficinas laborais;

    III - sade, priorizando o aparelhamento de centros de referncia sade materno-infantil, bem comoarticulaes voltadas garantia da sade da mulher presa;

    IV - aparelhamento, incentivando o desenvolvimento de novas tecnologias que possam ser adaptadasao ambiente prisional, voltadas s especificidades da mulher; e

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    V - engenharia, elaborando projetos referncia para a construo de unidades prisionais especficasfemininas.

    Art. 10 - Fica institudo, no mbito do Ministrio da Justia, o Comit Gestor da PNAMPE, para fins demonitoramento e avaliao de seu cumprimento.

    1 - O Comit Gestor de que trata o caputser composto por representantes, titulares e suplentes, dosseguintes rgos:

    I - Departamento Penitencirio Nacional:

    a) Coordenao do Projeto Efetivao dos Direitos das Mulheres no Sistema Penal;b) Ouvidoria do Departamento Penitencirio Nacional;

    c) Coordenao-Geral de Reintegrao Social e Ensino;

    d) Coordenao-Geral do Fundo Penitencirio Nacional;

    e) Coordenao-Geral de Penas e Medidas Alternativas;f) Coordenao-Geral de Pesquisas e Anlise da Informao;

    g) Coordenao de Sade; e

    h) Coordenao de Educao;

    II - Secretaria de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica:

    a) Coordenao de Acesso Justia, da Secretaria de Enfrentamento Violncia contra as Mulheres.

    2 - Sero convidados permanentes a integrar o Comit Gestor um representante de cada um dos

    seguintes rgos:I - Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica;

    II - Secretaria de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica;

    III - Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica;

    IV - Ministrio da Sade;

    V - Ministrio da Educao;

    VI - Ministrio do Trabalho e Emprego;

    VII - Ministrio da Cultura;

    VIII - Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome;

    IX - Ministrio do Esporte;

    3 - Podero ser convidados a participar das reunies do Comit Gestor especialistas erepresentantes de outros rgos ou entidades pblicas e privadas, federais e estaduais, com atribuiesrelacionadas PNAMPE.

    4 - Os representantes titulares e seus suplentes de que tratam os 1 e 2 sero designados por atodo Diretor-Geral do DEPEN, aps indicao dos rgos que representam.

    5 - A participao no Comit Gestor considerada prestao de servio pblico relevante, noremunerada.Art. 11 - A coordenao do Comit Gestor ser exercida por um representante da Comisso Especial doProjeto Efetivao dos Direitos das Mulheres no Sistema Penal indicado pelo DEPEN, e umrepresentante da Secretaria de Enfrentamento Violncia contra as Mulheres, indicado pela SPM. .

    Art. 12 - O Comit Gestor realizar reunies trimestrais, podendo ser convocada reunio extraordinriapela coordenao, e dever apresentar:

    I - no prazo de noventa dias, a contar da publicao desta Portaria, plano de trabalho de suas atividadescom metas e prazos; e

    II - relatrios anuais de avaliao de cumprimento da PNAMPE, com sugestes de aperfeioamento desua implementao.

    Art. 13 - O DEPEN e a Secretaria de Polticas para as Mulheres observaro a PNAMPE na celebraode convnios e nos repasses de recursos aos rgos e entidades federais e estaduais do sistemaprisional brasileiro.Art. 14 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    JOS EDUARDO CARDOZOMinistro de Estado da Justia

    ELEONORA MENICUCCIMinistra de Estado-Chefe da Secretaria de

    Polticas para as Mulheres da Presidncia daRepblica