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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL PROF.: RACHEL GORETTI DE LANDA VERGARA [email protected] AME A LÍNGUA PORTUGUESA E SEJA ABRAÇADO POR ELA! "O aprendizado nunca termina. Não existe parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições para aprender."

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Proporcionar conhecimentos teóricos referentes à língua portuguesa, possibilitando a leitura e compreensão de textos variados que motivem, por excelência, a boa atuação na vida profissional.

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Page 1: Port. inst.aluno

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

PROF.: RACHEL GORETTI DE LANDA VERGARA [email protected]

AME A LÍNGUA PORTUGUESA E SEJA ABRAÇADO POR ELA!

"O aprendizado nunca termina. Não existe parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições para aprender."

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I – OBJETIVOS:

Proporcionar conhecimentos teóricos e práticos referentes à língua

portuguesa, possibilitando a leitura e compreensão de textos variados que

motivem, por excelência, a boa atuação na vida profissional.

- efetivar a prática da leitura e da produção de textos;

- refletir acerca da estrutura composicional dos referidos textos;

- apresentar em forma de revisão as estruturas gramaticais

básicas e complexas de acordo com o texto estudado;

- atualizar conhecimentos adquiridos;

- abordar a linguagem escrita e falada e suas características

PARTE I: MORFOLOGIA (noções básicas)

- classes de palavras

- acentuação gráfica e nova ortografia

PARTE II: SINTAXE - termos essenciais: sujeito e predicado - transitividade verbal - termos integrantes: complementos verbais e nominais PARTE III: REGÊNCIA VERBO-NOMINAL/ CONCORDÂNCIA VERBO-NOMINAL PARTE IV: DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS/REDAÇÃO OFICIAL - particularidades lexicais - documentos oficiais: características da redação oficial

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ESTUDO DE TEXTOS

Após a leitura e compreensão textual, abordaremos alguns assuntos

gramaticais relevantes a fim de proporcionar a vocês uma breve recordação da

nossa tão bela língua portuguesa.

Interpretar um texto não é simplesmente saber o que se passava na cabeça do autor enquanto ele escrevia. É, antes de tudo, perceber a intencionalidade do texto, inferir (deduzir). Por exemplo, se eu disser: “Levei minha filha caçula ao parque.”, podemos inferir que tenho mais de uma filha. Em outras palavras, inferir é retirar informações implícitas e explícitas

do texto. E mais: será com essas informações que vocês resolverão as questões de compreensão sugeridas. É preciso ter cuidado, entretanto, com o que chamamos de “conhecimento prévio”, “conhecimento de mundo”. Conhecimento prévio: é o conhecimento acumulado do assunto abordado no texto. É aquilo que todos carregamos conosco, fruto do que aprendemos na escola, com os amigos, assistindo à televisão, enfim, vivendo. Num contexto conhecido, a dedução de palavras é feita por analogia

com as informações que já possuímos sobre o tema. Portanto, o conhecimento prévio do tema em questão facilita, ratificando ou ampliando o entendimento do texto. Não basta, porém, retirar informações de um texto para responder corretamente às questões. É necessário saber de onde tirá-las. Para tanto, temos que ter conhecimento, também, da estrutura textual e por quais processos se passa um texto até seu formato final de narração, descrição, injunção ou dissertação (expositiva ou argumentativa). Em geral, os textos têm a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão. Ao lê-lo, devemos procurar a coerência, a coesão, a relação entre as ideais apresentadas. É importante fazer uma breve distinção entre língua falada e língua escrita. Língua Falada x Língua escrita é extremamente dinâmica, ou seja, incorpora mais rapidamente as transformações linguísticas; reflete, de forma imediata, qualquer alteração de costumes e pode, eventualmente, contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, tais como os gestos, a entonação etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância.

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é mais rígida, isto é, incorpora mais lentamente as transformações linguísticas; apresenta maior vocação para a permanência, valendo-se apenas de si mesma para comunicar. Aqui cabe um esclarecimento: a língua escrita, assim como a língua falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos empregar determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais, cotidianas; em um parecer jurídico, não é de se estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Em ambos os casos há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto (escrito) da língua.

TEXTO I:

Para fazer uma boa compra no ramo imobiliário, não basta ter dinheiro na mão. É imprescindível que o comprador seja frio, calculista e bem informado. Na hora de comprar um imóvel, a emoção é um dos maiores inimigos de um bom negócio. Assim, por mais que se goste de uma casa, convém manter sempre um certo ar de contrariedade. Se o vendedor perceber qualquer sinal de emoção, isso poderá custar dinheiro ao comprador. Não é por outra razão que quem compra para especular ou apenas para investir costuma conseguir um melhor negócio do que quem está à procura de um lugar para morar.

01. Segundo o texto:

a. Os vendedores, via de regra, buscam ludibriar os compradores, e vice-versa.

b. O vendedor costuma aumentar o preço do imóvel quando o comprador não está bem informado sobre o mercado de valores.

c. O mercado imobiliário oferece bons investimentos apenas para quem pretende especular.

d. No ramo imobiliário, uma atitude que aparente indiferença pode propiciar negócio mais vantajoso para o comprador.

e. No mercado imobiliário, o comprador realiza melhor negócio adquirindo uma propriedade de que não tenha gostado muito.

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02. Segundo o mesmo texto:

a. Quanto maior a disponibilidade financeira do comprador, maior a probabilidade de sucesso no negócio imobiliário.

b. Disponibilidade econômica não é o único fator que possibilita a realização de um bom negócio.

c. O vendedor, por preferir negociar com investidores, desfavorece o comprador da casa própria.

d. Gostar de uma casa é psicologicamente importante em qualquer tipo de compra, seja ela para residência ou para investimento.

e. O mercado imobiliário oferece oportunidades mais seguras para o

investidor que para o especulador.

RECORDANDO:

Morfologia - Classe de palavras

Na Língua Portuguesa as palavras são classificadas de acordo com o papel

que exercem dentro da frase. São dez as classes de palavras em português, e

cada uma delas tem função específica na frase.

- Substantivo - palavra variável, que designa ou dá nome a todos os seres

existentes - pessoas, objetos, animais, lugares, sentimentos, etc.

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- Adjetivos - palavra variável que atribui características aos substantivos

modificando-os.

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- Artigo - palavra variável que sempre precede o substantivo, tendo inclusive o

poder de, colocada antes de uma palavra de qualquer classe, transformá-la em

substantivo.

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- Verbo - palavra variável que informa ação, estado, fato ou fenômeno.

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- Advérbio - palavra que, relacionada ao verbo, ao adjetivo ou mesmo a outro

advérbio, modifica as circunstâncias de modo, tempo, instrumento, origem,

intensidade, lugar, etc.

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- Pronome - palavra variável que se refere ao substantivo ou o substitui.

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- Numeral - palavra variável que indica a ideia de número, quantidade, ordem.

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- Conjunção - palavra invariável que serve de elo entre as frases e orações.

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- Preposição - palavra invariável que faz a ligação de termos, estabelecendo

dependência entre eles. Exemplo: Pista de corrida.

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- Interjeição - palavra ou expressão que exterioriza emoção ou sentimento.

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TEXTO II:

A “MENTE", ou a "ALMA", ou a "PSIQUÊ" são imateriais demais para serem investigadas por algum método científico. Aquilo com que os psicólogos lidam de fato é o comportamento, que é bastante palpável para ser observado, registrado e analisado. Este ponto de vista é muitas vezes criticado por pessoas que dizem que esta maneira de ver as coisas omite importantes qualidades e aspectos da natureza humana. Tal objeção pode ou não ser verdadeira a longo prazo, e se transforma quase numa questão mais filosófica que científica. Não adianta discuti-la aqui. Vamos simplesmente concordar em que poderemos avançar até certo ponto, considerando apenas o comportamento, deixando para depois a demonstração das possíveis limitações dessa posição."

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01. O texto só nos apresenta elementos suficientes para afirmarmos que:

a. Não há método científico aplicável em psicologia, porque a MENTE é material e não pode ser sujeita a experimentos materiais.

b. Não podendo estudar cientificamente a "PSIQUÊ", os psicólogos estudam o comportamento; mas o comportamento não é a pessoa toda, por isso a psicologia não pode ser científica.

c. A psicologia não tem por objeto o estudo da ALMA, mas sim do comportamento, que é mensurável.

d. Para haver ciência, é preciso haver observação e medida; não se pode medir diretamente a MENTE, logo, não há CIÊNCIA DA MENTE.

e. É suficientemente conhecido pela maioria das pessoas que o estudo do comportamento não abrange importantes qualidades da natureza humana; a Psicologia é, pois, questão mais filosófica que científica.

02. Assinale a alternativa que se baseia exclusivamente nas informações que o texto lhe dá:

a. A objeção de que o estudo do comportamento não abrange todos os aspectos da natureza humana pode ser verdadeira por muito tempo ainda.

b. Se é verdade que o estudo do comportamento não abrange todos os aspectos da natureza, a psicologia pode ser considerada de natureza mais filosófica do que científica.

c. Não adianta discutir se a psicologia é filosófica ou ciência; o melhor é concordar que há limitações no estudo do comportamento.

d. Verdadeiro ou não o estudo do comportamento impõe limitações ao conhecimento da natureza humana, certo é que há muito campo para estudo científico, considerando-se apenas o comportamento.

e. Muitas pessoas não acreditam na psicologia porque ela não consegue estudar importantes qualidades e aspectos da natureza humana.

RECORDANDO:

- acentuação gráfica e nova ortografia

Regras de ACENTUAÇÃO GRÁFICA em Língua Portuguesa - Prosódia - Já

obedecendo ao Novo Acordo Ortográfico.

Inicialmente, devemos esclarecer que, para entender melhor o assunto

exposto aqui, temos de saber o que é prosódia: é a parte da fonética que tem

por finalidade a exata acentuação tônica das palavras.

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Você, porventura, sabe por que acentuamos graficamente algumas

palavras e outras não?

A resposta é muito simples: toda palavra de nossa língua tem sua sílaba

tônica natural. A palavra casa, por exemplo, é paroxítona, pois a sílaba tônica

dessa palavra é a penúltima, mesmo não sendo acentuada graficamente, ca é

a silaba pronunciada "com mais força" ao falarmos. Como essa é a prosódia

natural da palavra casa, não há necessidade de acento gráfico.

Quando, no entanto, há um desvio da prosódia natural - a palavra

açúcar, por exemplo, há necessidade do acento gráfico, pois houve um desvio

da prosódia natural da palavra, que, em rigor, deveria ser açucar (oxítona).

Como está oficialmente consagrada e dicionarizada a pronúncia açúcar

(paroxítona), devemos, então, marcar o desvio da tonicidade, isto é, da

prosódia natural da palavra com um acento gráfico.

Com base nesse princípio, estabeleceram-se, então, as regras gerais de

acentuação gráfica das palavras em Língua Portuguesa, que são as seguintes:

1) Acentuam-se todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em:

-a(s), -e(s), e -o(s).

Ex,: já, pá, pé, vê, vês. nó, só, etc.

Obs.: Não se acentuam as palavras monossílabas tônicas terminadas em i(s) e

u(s), tais como em si, ti, cru, etc.

2) Acentuam-se graficamente as palavras oxítonas terminadas em:

-a(s), -e(s), -o(s), -em e -ens.

Ex.: fubá, xarás, café, você, avó, avô, armazém, armazéns, parabéns, etc.

Obs.: Não se acentuam graficamente as palavras oxítonas terminadas em i(s)

e u(s), como em caqui, aqui, tatu, cajus, Itu, etc.

As formas verbais terminadas em -a, -e ou -o, sejam elas monossílabas tônicas

ou oxítonas, seguidas de -la, -lo, -las e -los, são acentuadas normalmente: dá-

la, fazê-lo, informá-los, etc.

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3) Acentuam-se graficamente todas as palavras paroxítonas não terminadas

em -a(s), -e(s), -o(s), -em, -ens e ã(am).

Ex.: açúcar, fácil, líder, éden, órfã, ímã, júri, vírus, álbum, bíceps, látex, etc.

Essa regra nos mostra que todas as palavras paroxítonas que não possuem as

terminações mencionadas não recebem acento gráfico.

Estão fora dessa regra, no entanto, os prefixos terminados em -r e -i: anti-herói,

semi-habilitado, hiper-rápido, super-herói, etc.

4) Acentuam-se graficamente todas as palavras paroxítonas terminadas em

ditongo, quando este é representado graficamente..

Ex.: água, óleo, família, notícia, carícia, cárie, história, série, matéria, etc.

ATENÇÃO; observe que estamos falando em ditongos representados

graficamente, como em notícia, por exemplo. Estão de fora dessa regra,

portanto, ditongos como jovem, falam, que só ocorrem na fala.

Obs.: Como foi dito, os ditongos crescentes, em final de sílabas, podem ser

separados na divisão silábica: tanto pode ser his-tó-ria, como his-tó-ri-a;. sé-rie,

como sé-ri-e. No primeiro caso (his-tó-ria), classificamos tais palavras como

paroxítonas terminadas em ditongo crescente; no segundo caso (his-tó-ri-a),

dizemos que são proparoxítonas relativas ou eventuais.

5) Acentuam-se graficamente todas as palavras proparoxítonas.

Ex.: lâmpada, célula, cédula, rápido, gramática, pétalas, etc.

6) Os verbos ter e vir possuem as formas do plural da 3ª pessoa do presente

do indicativo com acento gráfico, para diferençar das formas do singular.

Ex.: Ele tem pouco dinheiro.

Eles têm pouco dinheiro.

Ela vem regularmente à minha loja.

Elas vêm regularmente à minha loja.

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7) Acentuam-se graficamente as vogais i e u tônicas, quando aparecerem

depois de outra vogal (formando hiato), sozinha em uma sílaba, acompanhada

ou não de s.

Ex.: saúde, saída, faísca, jaús, etc.

Esta última regra possui uma única exceção: se a vogal i do hiato, isolada na

sílaba, vier seguida de nh, não deve receber acento gráfico. Isso quer dizer que

palavras como rainha, bainha, campainha, moinho, etc. não recebem acento

gráfico.

Deve-se, ainda, esclarecer que a repetição também de tais vogais em uma

palavra, formando hiato, dispensa o acento gráfico, como em xiita e juuna.

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REFORMA ORTOGRÁFICA / 2009

LÍNGUA PORTUGUESA EM PERSPECTIVA DE UM IDIOMA UNIFICADO

De projeto de Lei, a nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa

passou a ser lei a partir de primeiro de janeiro de 2009. Tema de discussões

profundas ficou a reforma ortográfica adormecida por muitos anos em uma

pasta no Congresso Nacional.

Agora ela entrou em vigor e todos brasileiros e portugueses devem

aceitá-la como uma visão moderna com o objetivo de unificar a nossa língua

em demais países que falam o idioma Português. Entre renomados gramáticos

há divergências de opinião.

Alguns especialistas não concordam com os acentos das

proparoxítonas. Extremamente desnecessários, alegam tornar as palavras

pesadas, deselegantes. Principalmente as proparoxítonas de nomes próprios

que são grafadas de uma maneira marcante.

Observe os vocábulos: Álvaro - Ângela - Ítalo - Rosângela –

pêssego - lâmpada - câmara - pânico.

Para que esses acentos?

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Sorte dos vocábulos "borboleta", "alvorada", "passarada" que por serem

paroxítonas continuam leves, soltos como uma pluma, sem uma marca.

Alguns são a favor de que todos os acentos, de modo geral, fossem

abolidos garantindo a pronúncia pela serenidade com que as sílabas se

encaixam, dando harmonia aos vocábulos. Eis que a escrita ficaria uniforme e

mais leve. A Língua Portuguesa tornaria mais acessível aos outros povos e

globalizada.

Até que mais meio século se passe, para que a queda de mais acentos

ortográficos aconteça, pois a ultima Reforma se deu em 1971, apresenta-se,

abaixo, a nova ortografia que se tornou mais simples, entretanto não cumpre o

objetivo inicial de padronizar a língua.

ALFABETO: Passará a ter 26 letras ao incorporar as letras "K", "W", "Y".

Exemplos: Kátia - Wilma - Nylcio - Nyldio

km (quilômetro) - kg (quilograma) - W (watt).

ACENTO CIRCUNFLEXO

Não será mais usado:

- Na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos

verbos CRER, DAR, LER, VER e seus derivados. (dobra o “e” no plural)

Atenção: se ele crê em.../ se eles creem em...

para que ele dê.../ para que eles deem...

ele lê muito/ eles leem muito

ele vê o que interessa.../ eles veem o que interessa...

MAS: Ele tem um bom emprego/ eles têm um bom emprego (não dobra o “e”

no plural)

Ele vem aqui todo dia/ eles vêm....

Se a ele convém.../ se a eles convêm

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Nas palavras terminadas em hiato "oo" (enjôo - vôo) passaria a grafar sem o

circunflexo.

Exemplos:

enjoo - voo - entoo - perdoo

ACENTO AGUDO

Não haverá mais acento agudo:

- Nos ditongos abertos "éi" e "ói" de palavras paroxítonas.

Exemplos:

assembleia - ideia - jiboia - joia.

OBSERVAÇÃO:

Os outros casos de oxítonas continuam acentuados.

(papéis - anéis - pastéis)

DICA PRECIOSA

Lembre-se de que é um ditongo e não tritongo, portanto, na separação

de sílaba, ela se grafará sempre junto e a vogal "a" ficará sozinha.

Exemplos: ji-boi-a - ge-lei-a - joi-a.

- Nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de

ditongo.

Exemplos: feiura - baiuca.

Separando as silabas ficará: fei-u-ra - bai-u-ca.

OBSERVAÇÃO:

Nos outros casos de "u"/ "i" formando hiato tônico permanece o acento.

Exemplos: sa-ú-de sa-í-da

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ACENTO DIFERENCIAL

Não haverá mais acento para diferenciar somente nos casos abaixo:

1. "pára" (flexão do verbo "parar") de "para" (preposição)

2. "pêla" (flexão do verbo "pelar") de "pela" (combinação da preposição com

artigo)

3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")

4. "pélo (flexão do verbo "pelar"), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da

preposição com o artigo)

OBSERVAÇÃO:

Permanece o acento diferencial nos demais casos em pode (3 p.sing. do

presente do indicativo) e pôde (3 p.sing. do pretérito perfeito do indicativo).

Facultativo para: forma e fôrma (A fôrma do bolo tem forma retangular.)

GRAFIA

No português lusitano desaparecerão o "c" e o "p" em que essas letras

não são pronunciadas: acção - acto - adopção - optimo serão grafadas sem o

"c" e o "p".

Exemplos: ação - ótimo - ato - adoção.

TREMA

Deixará de existir em todas as palavras em que o "i" e o "u" eram

pronunciados nas silabas "güe" - "güi” – “qüe” - "qüi".

Exemplos: linguiça - tranquilo - equestre.

Poderá o trema aparecer em nomes próprios e seus derivados.

Exemplos:

Gisele Bündchen - Müller.

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CONCLUSÃO

O objetivo principal da reforma ortográfica é unificar as diferentes

grafias, porém permanece a mesma pronúncia de cada país. Que o dialeto seja

mesmo peculiar a cada região, a cada país, contudo que a grafia seja única

para todos que falam a tão bela Língua Portuguesa.

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TEXTO III:

A vaidade me faz marcar uma corrida de cem metros, que eu já sei de antemão que posso correr; corro, venço, e a vaidade se satisfaz, pequenina. O orgulho não: é audacioso e me faz marcar uma corrida de quilômetro, que eu ainda não sei se poderei correr; corro, e só consigo alcançar 600 metros. Torno a correr e faço 620. Corro outra vez e espantadamente faço 720! E continuarei correndo. Se conseguir quilômetro, imediatamente meu orgulho ficará descontente e dirá que foi pouco, e transporá a meta para 2 quilômetros. E hei de morrer um dia tendo apenas (apenas!) conseguido um quilômetro e meio.

01. Segundo o texto:

a. Vaidade e orgulho são sentimentos negativos, porque fazem o homem agir apenas em função de seus espectadores e não de seus sentimentos íntimos.

b. O homem vaidoso é um ser insatisfeito, pois sempre acha que pode ir além do que realizou.

c. A vaidade faz-nos estabelecer objetos que estão além do nosso nível de realização; daí ser ela fonte contínua de insatisfação.

d. Movido pela vaidade, o homem estabelece para si objetivos que sabe poder realizar.

e. O orgulho, ao contrário da vaidade, impulsiona o homem à ação.

02. Segundo o mesmo texto:

a. O orgulho, por despertar necessidades muito ambiciosas, faz do homem um escravo de seus desejos.

b. O orgulho impulsiona o homem a estabelecer níveis de realização cada vez mais altos.

c. A vaidade é sentimento antagônico ao orgulho, pois enquanto este conduz ao progresso aquela destrói o desenvolvimento do homem.

d. O orgulho, diferentemente da vaidade, faz que o homem se prepare emocionalmente a fim de evitar sentimentos de frustração.

e. Vaidade e orgulho são sentimentos positivos, pois levam o homem à

realização plena de seus desejos.

RECORDANDO:

- pontuação (em especial o uso da vírgula por gerar ambiguidade textual)

PONTUAÇÃO

Para que servem os sinais de pontuação? No geral, para representarem

pausas na fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto-e-vírgula ou entonações,

nos casos do ponto de exclamação e de interrogação, por exemplo.

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Além de pausa na fala e entonação na voz, os sinais de pontuação

reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.

1. VÍRGULA (,)

É usada para:

a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração:

O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.

Nesta oração, a vírgula separa os verbos.

b) isolar o vocativo:

Então, minha cara, não há mais o que se dizer!

c) isolar o aposto:

O João, ex-integrante da comissão, veio assistir à reunião.

d) isolar termos antecipados, como: complemento ou adjunto:

1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele

copo suado! (antecipação de complemento verbal)

2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de

adjunto adverbial)

e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja,

por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009.

g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é

muito mais do que esperava.

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2. PONTO FINAL (.)

É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:

a) Não quero dizer nada.

b) Eu amo minha família.

E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., num., adj., obs. .

3. PONTO-E-VÍRGULA

É usado para:

a) separar itens enumerados:

A Matemática se divide em:

- geometria;

- álgebra;

- trigonometria;

b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas:

Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria

ficar sozinho com seu cão.

4. DOIS-PONTOS

É usado quando:

a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:

Ele respondeu: não, muito obrigado!

b) se quer indicar uma enumeração:

Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não

brigue com seus colegas, não responda à professora.

5. ASPAS

São usadas para indicar:

a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra

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um início firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões

de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)

b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a

propaganda de “outdoor”.

6. RETICÊNCIAS

São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de

continuidade ao que se estava falando:

a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,

O bem que neste mundo mais invejo?

O brando ninho aonde o nosso beijo

Será mais puro e doce que uma asa? (...)

b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...

c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...

7. PARÊNTESES

São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer

simples indicações.

Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por

isso, há o predomínio de vírgulas).

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TEXTO IV:

Cada indivíduo tem sua configuração espiritual, e ele não muda com os anos. É tão constante quanto nossos cromossomos ou as nossas impressões digitais. As circunstâncias é que variam, permitindo por vezes que certos tipos ofereçam de si imagem nova e até surpreendente, num desmentido a julgamentos anteriores. Só em determinadas circunstâncias é que se pode medir bem a têmpera de um indivíduo, sua inteligência, sua poesia, sua capacidade de amar. Mas o indivíduo não muda. Mudam os ângulos e as luzes com que o vemos.

Infere-se do texto que:

a) Se opera a cada instante um aprimoramento do homem.

b) Nossas opiniões a respeito das pessoas são relativas.

c) A complexidade de comportamento torna penosa a vida do indivíduo.

d) Nada é permanente na conduta do homem.

e) Se mede a têmpera do indivíduo por sua capacidade de amar.

RECORDANDO:

- Sintaxe

As funções sintaticamente definidas são: - sujeito - predicativo do sujeito - predicado (verbo + compl.) - complemento nominal - complementos verbais (objeto direto e indireto) - adjunto adnominal - adjunto adverbial - aposto - vocativo

TEXTO V:

Encontro

Meu pai perdi no tempo e ganho em sonho.

Se a noite me atribui poder de fuga,

sinto logo meu pai e nele ponho

o olhar, lendo-lhe a face ruga a ruga.

Está morto, que importa? Inda madruga

e seu rosto, nem triste nem risonho,

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é o rosto antigo, o mesmo. E não enxuga

suor algum, na calma de meu sonho.

Ó meu pai arquiteto e fazendeiro!

Faz casas de silêncio, e suas roças

de cinza estão maduras, orvalhadas

por um rio que corre o tempo inteiro

e corre além do tempo, enquanto as nossas

murcham num sopro fontes represadas.

(Carlos Drummond de Andrade. Reunião. 10 livros de poesia.

Rio: José Olympio, 1971. p. 193)

01. A sugestão expressa no primeiro verso do poema indica que o poeta e seu pai estão:

a) separados no tempo e no espaço

b) separados apenas no tempo

c) separados apenas no espaço

d) perdidos sem conseguirem encontrar-se

e) próximos de um encontro definitivo

02. Os termos "vida" e "morte", no texto, estão expressos nas palavras:

a) fuga e noite

b) olhar e ruga

c) tempo e sonho

d) madruga e triste

e) suor e calma

03. Segundo o texto, uma das possibilidades que se pode determinar na noite, é que ela:

a) facilita a vontade de fugir

b) permite o uso da razão

c) consegue ampliar a visão da realidade

d) oferece a chance de o indivíduo compreender-se

e) propicia o exercício da imaginação

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04. Pode-se perceber que o texto trata do poder transfigurador da poesia. O verso que expressa isso é:

a) "Está morto, que importa? Inda madruga"

b) "e seu rosto, nem triste nem risonho"

c) "Ó meu pai arquiteto e fazendeiro"

d) "e corre além do tempo, enquanto as nossas"

e) "murcham num sopro fontes represadas"

05. De acordo com o texto, a figura do pai está marcada pela condição de:

a) cansaço

b) placidez

c) velhice

d) alegria

e) tristeza

06. Em todas as partes do texto, indicadas abaixo, há elementos suficientes para indicar as atividades que o pai exercia, exceto:

a) "Está morto que importa? Inda madruga"

b) "e seu rosto, nem triste nem tristonho"

c) "E não enxuga / suor algum, na calma de meu sonho"

d) "Ó meu pai arquiteto e fazendeiro!"

e) "Faz casas de silêncio, e suas roças / de cinza estão maduras"

07. A condição em que o poeta diz encontrar seu pai pode ser caracterizada por todos os termos abaixo, exceto:

a) "casas de silêncio"

b) "perdi no tempo"

c) "está morto"

d) "rosto antigo"

e) "roças de cinza"

RECORDANDO:

- Regência nominal e verbal

Regência nominal: é a relação entre um termo transitivo (substantivo, adjetivo

ou advérbio) e seu complemento. Essa relação é intermediada por uma

preposição.

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Exemplos: Estas explicações são úteis aos candidatos. (úteis “a”)

- o adjetivo “úteis” é o termo regente, o qual exige a preposição “a”, ao passo que “aos candidatos” é o termo regido. O menino tinha medo de fantasmas. (medo “de”) - o substantivo “medo” é o termo regente, o qual exige a preposição “de”, ao passo que “de fantasmas” é o termo regido. Ele agiu contrariamente à sua vontade. (contrariamente “a”) - o advérbio “contrariamente” é o termo regente, exigindo o emprego da preposição “a”, e “à sua vontade” é o termo regido. Fiquem atentos ao seguinte: em orações subordinadas adjetivas (aquelas iniciadas por pronome relativo), sempre que o nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) exigir o emprego de uma preposição, esta deverá ser anteposta ao relativo. Esse é o mecanismo. Exemplo: O caminho a que você tem acesso é mais curto.

Em “O caminho, a que você tem acesso, é mais curto.”, temos uma oração subordinada adjetiva restritiva. Neste trecho, o substantivo “acesso” rege o emprego da preposição “a”, a qual deverá ser anteposta ao pronome relativo “que”. Exemplos: O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde. (prejudicial

“a”)

Estudar é essencial a/para sua aprovação. (essencial “a/para”)

Estudou; portanto, estava consciente de seu bom desempenho.

(consciente “de”)

Por regência verbal devemos entender a relação que, em certa acepção, o verbo estabelece com seu complemento. Dependendo da relação estabelecida (preposicionada ou não), o verbo pode apresentar diferença de significado. Essa análise pode ser feita somente na construção do enunciado, pois um mesmo verbo pode requerer complementos diferentes de acordo com o significado que venha a apresentar na oração.

Page 23: Port. inst.aluno

= fazer carinho é VTD. Ex: A mãe agrada o filho.

a) Agradar

= satisfazer é VTI. Ex: A novela não agradou a todos.

= sentir-se grato é VTD. Ex: Quero agradecê-lo.

b) Agradecer

***************** ou VTI. Ex: Quero agradecer-lhe.

= respirar é VTD. Ex: Ele aspirou o gás.

c) Aspirar

= desejar é VTI. Ex: Ele aspira ao sucesso.

= ver é VTI. Ex: Eu assisti ao filme.

d) Assistir = socorrer é VTD/VTI. Ex: Assistimos o/ao rapaz doente.

= pertencer é VTI. Ex: Esse direito assiste aos jovens

= atingir a meta é VI. Ex: Chegamos ao colégio.

e) Chegar

= parar é VTI. Ex: Chega de trabalho.

Quando desacompanhadas de pronome oblíquo, são VTD

f) Esquecer Ex: Eu esqueci o problema

e Lembrar Quando acompanhadas de pronome oblíquo, são VTI

EX: Eu me esqueci do problema

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= demonstrar antipatia é VTI. Ex: Ele implica com os outros

g) Implicar

= acarretar, exigir é VTD. Ex: Isso implica soluções difíceis.

= trazer de fora para dentro é VTD. Ex: Importou mercadorias

h) Importar

= acarretar, exigir é VTD. Ex: Isso importa grandes gastos.

VTDI (exige um objeto direto e um indireto)

Admite duas construções:

Informar alguma coisa a alguém

i) Informar Ex: Ela informou o fato aos alunos

Informar alguém de (sobre) alguma coisa

Ex: Ela informou os alunos do (sobre) fato

= cortejar é VTD. Ex: Pedro namora Helena

j) Namorar

= desejar é VTD. Ex: Pedro namora um novo emprego.

l) Desobedecer e São VTI (exigem a preposição a)

Obedecer Ex: Ele nunca obedece aos regulamentos

m) Pisar = caminhar sobre

Ex: Ele pisou o gramado

Page 25: Port. inst.aluno

São VTI quando o objeto refere-se a pessoa

Exs: O pai sempre perdoa os filhos

n) Pagar e O gerente pagou aos empregados

Perdoar São VTD quando o objeto refere-se à coisa

Exs: Nós já pagamos os impostos

O gerente perdoou a dívida

o) Preferir É VTDI (preferir alguma coisa à outra)

Ex: Ele prefere o futebol ao vôlei

= ter fundamento é VI. Ex: Sua reclamação não procede

p) Proceder = originar-se é VI. Ex: O navio procede de Santos

= dar início é VTI. Ex: O juiz procedeu ao julgamento do rapaz

q) Querer = desejar é VTD. Ex: Todos queriam o prêmio

= gostar é VTI. Ex: As mães querem aos filhos

r) Simpatizar = ter simpatia, afeição Todos simpatizam com você.

= pretender é VTI. Ex: Ele visava ao sucesso.

m) Visar = mirar é VTD. Ex: O jogador visou o gol.

= assinar é VTD. Ex: Você já visou o cheque?

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TEXTO VI:

"Não poderão ser consideradas, para os fins do disposto no parágrafo terceiro, a doença degenerativa, a inerente a grupo etário e a que não acarreta incapacidade para o trabalho." (Lei 6.367 - Acidentes do Trabalho).

Assinale a afirmativa falsa em relação ao texto:

a. A palavra "etário" significa "algo relativo à idade".

b. A palavra "inerente" significa "alheio a alguma coisa ou pessoa".

c. A palavra "degenerativa" significa "que faz perder as qualidades ou características primitivas".

d. A expressão "incapacidade para o trabalho" foi usada para generalizar impossibilidade física ou mental.

e. A expressão "para os fins do disposto no parágrafo terceiro" significa

"para finalidade explicitada no parágrafo terceiro".

RECORDANDO:

- particularidades lexicais

Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que, certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar

por uma ou outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns

vocábulos que, volta e meia, surgem em diversos textos.

MAL x MAU

a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,

refere-se a um verbo)

b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa

adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo)

c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo, contrário de bom)

d) A notícia causou-lhe um grande mal. (substantivo)

Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a

mesma classificação gramatical nas alternativas “a”, “b” e “d”. Dica legal! Quero que você perceba que o vocábulo MAU é grafado

com U quando é adjetivo.

POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no

início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)

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b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a

frase interrogativa é indireta)

c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da

frase, e o “que” é tônico)

d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição +

pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)

ATENÇÃO! Note a colocação no final da frase ou no final de oração,

antes de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico. Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber

por quê, o cantor estava inquieto.

Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por

quê. Ninguém lhe dava atenção. Por quê?

PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa

adverbial, indica circunstância de causa)

b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção

coordenativa explicativa) c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é

substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou

indireta), use a expressão separada.

SENÃO x SE NÃO

a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou,

indica alternância de ideias que se excluem mutuamente)

b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim,

porém, a não ser)

c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é

substantivo) d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção

subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)

ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada

apenas quando introduzir uma oração subordinada adverbial

condicional.

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ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos”

= de + os –, equivale-se a sobre, a respeito de)

b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

(refere-se a acontecimento passado)

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a

aproximadamente)

AFIM x A FIM DE

a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em

número para com ele concordar)

b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,

denota finalidade, objetivo, intenção)

DEMAIS x DE MAIS

a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo,

equivale-se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso)

b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido, equivale-

se a outros, restantes, vem precedido de artigo)

c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de

menos)

ATENÇÃO! Com relação a de menos, a professora Maria Tereza de

Queiroz Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como oposto de mais.

De menos pode se referir a substantivo ("gente de menos") e verbo

("saber de menos"), segundo a autora do livro Português para redação

(edição esgotada). Moral da história: junto a substantivo, use de mais

e de menos; junto a verbo, use demais e pode usar de menos

também.

ONDE x DONDE x AONDE

a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a

preposição em, na língua portuguesa não existe a suposta contração

nonde, indicada por em + onde; é errada sua utilização para substituir

nomes que não indicam lugar: Na reunião onde estávamos, houve muita discussão.

Nesse caso, prefira a locução em que.

b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” =

de + onde)

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c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige,

também por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma

verbal “vai”:

“Aonde” = a + onde)

MAS x MAIS

a) Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa

adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas)

b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,

refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo)

c) Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a

substantivo) HÁ x A

a) Lamentavelmente, ainda há preconceito racial. (forma do verbo

impessoal haver que corresponde ao sentido de existir, ocorrer,

acontecer; mantém-se flexionado na 3ª pessoa do singular)

b) Ele chegou da Europa há dois anos. (formado verbo haver que

expressa acontecimento passado, anterior à declaração)

c) Ela voltará daqui a um ano. (preposição usada para indicar a

realização de algo posterior ao momento da própria fala)

______________________________________________________________

TEXTO VII:

"Um dos mais respeitados colégios particulares da cidade de São Paulo está fechando suas portas por causa da briga crônica entre pais de alunos e donos de escolas em torno das mensalidades escolares."

01. Assinale a alternativa que contém uma consequência do fato relatado:

a. Duas escolas se prontificaram a admitir os alunos da escola extinta. Uma delas está contratando boa parte de seu corpo docente.

b. A interferência do governo na fixação dos índices de reajuste das mensalidades escolares é consequência do "lobby" bem sucedido dos proprietários de escolas privadas junto ao MEC.

c. O triste desfecho desse fato é emblemático da situação da educação brasileira.

d. Dois meses depois que o governo federal liberou os preços das mensalidades escolares, a Justiça de São Paulo decidiu que os reajustes voltam a ser controlados, não podendo exceder os índices mensais de inflação.

e. O Sindicato dos Professores de São Paulo realizou um levantamento segundo o qual esta é a escola que melhor remunera os professores.

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02. Assinale o trecho que constitui uma premissa do fato relatado:

a. As escolas que pagam salários baixos a seus professores e funcionários são as que mais dão lucros.

b. Para manter a qualidade do ensino requerida pela sociedade, as escolas privadas estão incrementando convênios com empresas e indústrias.

c. O ensino privado custa caro e tende a ficar mais caro com as necessidades tecnológicas impostas a cada dia pela moderna educação.

d. No vácuo criado pela ausência do Estado no ensino secundário proliferam as escolas privadas.

e. Como decorrência do crescimento populacional urbano, existe, hoje,

nas grandes metrópoles, um grande déficit de salas de aula.

RECORDANDO: - concordância verbal e nominal

CONCORDÂNCIA

Assinale com “C” as frases corretas quanto a concordância e com “ I ” as frases

incorretas:

1) ( ) Falou o Ministro e todos os seus assessores.

2) ( ) Saiu agora mesmo daqui seu tio e suas primas.

3) ( ) Não só os alunos, como também o diretor faltou às aulas.

4) ( ) Fumar e beber faz muito mal à saúde.

5) ( ) O comer e o dormir engordam.

6) ( ) Não só eu, mas também meus filhos estão com gripe.

7) ( ) Bebida, festas, dinheiro, mulheres, nada o tornava alegre.

8) ( ) Céu, mar, terra, rios, sol planetas, animais tudo se constituem dos

mesmos elementos.

9) ( ) Tanto o marido como a mulher mentiu.

10) ( ) Deverá viajar conosco Ademir e Adriana.

11) ( ) Deus e demônio, brancos e negros, crentes e ateus, mulheres e

homens, ninguém o igualava em tragédias ou em comédias.

12) ( ) Tanto você quanto eu estou na mesma situação.

13) ( ) O burro, o asno e o preguiçoso, sem pancadas, nenhum se mexe.

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14) ( ) Veio ao aeroporto Giovanna, Lucas, Gabriel e os primos.

15) ( ) Giovanni ou Otaviano dirigirão o automóvel.

16) ( ) Chegou uma carta e um telegrama para Vossa Excelência.

17) ( ) Perder e ganhar é do esporte.

18) ( ) Os Sertões foram publicados em 1902 e são de autoria de Euclides da

Cunha.

19) ( ) Luís, bem como seus irmãos, virá comigo.

20) ( ) As estrelas parecem brilhar mais intensamente hoje

21) ( ) As estrelas parece brilharem mais intensamente hoje

22) ( ) As crianças parece estarem com fome.

23) ( ) Vossa Santidade estejais em paz, que cuidaremos da sua segurança.

24) ( ) Tudo parecem rosas na vida.

25) ( ) Aquilo parecem fogos de artifício.

TEXTO VIII:

APELO

"Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada - o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor". (DALTON TREVISAN)

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01. Assinale a opção que contém a frase que justifica o título do texto:

a) "Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou."

b) "Toda a casa era um corredor deserto."

c) "Acaso é saudade, Senhora?"

d) "Que fim levou o saca-rolhas?"

e) "Venha para casa, Senhora, por favor."

02. Considerando o sentido geral do texto, a significação de esquecido em “esquecido na conversa de esquina”, é:

a) não lembrado por Senhora

b) entretidos com os companheiros, na esquina

c) afastado da sensação de ausência de Senhora

d) absorto pela falta da mulher

e) pensativo por causa da conversa na esquina

03. Assinale a opção que justifica a afirmativa Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, (...):

a) A quebra da rotina traz a sensação de liberdade.

b) A relação amorosa estabelece limites para a liberdade de cada um.

c) A sensação de liberdade faz falta a algumas pessoas.

d) O estranhamento causado pela ausência do ser amado é acentuado pela rotina.

e) O novo tem um apelo encantatório, que afasta o sentimento de ausência.

04. Dimensionando-se a questão do tempo em Não foi ausência por uma semana, pode-se afirmar que essa ausência:

a) durou mais de um mês

b) tinha durado sempre apenas uma semana

c) começou a ser vivenciada após uma semana

d) só foi percebida durante uma semana

e) foi notada a partir do vigésimo nono dia

05. A marca da Senhora está contraditoriamente impressa em fatos que correm na sua ausência. Assinale a opção imprópria para exemplificar o que se afirma nesta questão:

a. "não senti falta"

b. "o leite primeira vez coalhou"

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c. "a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada."

d. "o canário ficou mudo"

e. "Não tenho botão na camisa"

06. O caminho do homem pela mulher agora ausente manifestava-se através da(s):

a) falta de botão na camisa

b) bebida partilhada com os amigos

c) conversa demorada na esquina

d) presença aconchegante ao fim da jornada

e) discussões sem importância às refeições

07. No texto, o primeiro sinal do sentimento da ausência da mulher é indicado pelo trecho:

a) "o batom ainda no lenço"

b) "a imagem de relance no espelho"

c) "o leite primeira vez coalhou"

d) "o canário ficou mudo"

e) "eu ficava só"

08. O penúltimo período do texto dimensiona o papel de Senhora na família. Assim, ela pode ser definida como:

a) sublevadora

b) apaziguadora

c) sofredora

d) dominadora

e) impostora

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TEXTOS COMPLEMENTARES PACIÊNCIA Arnaldo Jabor Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"... E o bem comportado executivo? O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar... Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado... Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais. Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus. A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer chegar?Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai aguentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui? Respire... Acalme-se... O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, n o final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência... ____________________________________________________________________ O Tempo Mário Quintana

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é Natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

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REDAÇÃO OFICIAL

Qualidades do Texto Oficial

Sob o ponto de vista linguístico, a redação oficial deve atender a requisitos de

correção, objetividade, clareza, concisão, coerência e coesão, visando,

num mínimo de tempo e espaço, a comunicar expressiva e consistentemente

aquilo que se pretende. Deve-se ressaltar que os textos oficiais são

documentos que fazem parte da história de comunidades, instituições, setores

e respectivos funcionários.

Correção e objetividade

A correção se traduz pelo respeito ao padrão culto da língua, ou seja, às

normas gramaticais, que têm por finalidade codificar o uso idiomático, dele

induzindo, por seleção, classificação e sistematização, as formas

representativas do ideal de expressão correta.

A objetividade textual se traduz mediante linguagem direta, sem rodeios ou

embromação.

Clareza e concisão

A clareza facilita a percepção rápida das ideias expostas no texto. Para isso,

recomenda-se o período curto, a parcimônia na adjetivação, a ausência de

ambiguidade e do circunlóquio, a ordem direta. Evitem-se, igualmente,

redundâncias e digressões que desviem a atenção do receptor sobre o que é

essencial.

A concisão consiste em dizer muito com poucas palavras, eliminando-se as

palavras supérfluas, a adjetivação desmedida, evitando-se períodos extensos e

emaranhados. A concisão traz clareza à frase e, igualmente, correção: quem

muito escreve corre o risco de tropeçar no erro de língua, na falta de lógica e

na adequação textual.

O vocabulário não deve incluir palavras difíceis, pois exuberância nem sempre

é sinônimo de clareza. Ao redigir, empreguem-se apenas as palavras

necessárias, as mais simples e correntes. O excesso de linguagem técnica, ao

invés de afirmar competência, pode gerar incompreensão para o receptor.

De acordo com o estilo atual, o texto expositivo privilegia: ordem direta,

objetividade, clareza e concisão evitando, assim, parágrafos longos com

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excessivos entrelaçamentos de incidentes e orações subordinadas que possam

causar dificuldades à análise e ao entendimento do interlocutor. É claro que

algumas ideias exigem parágrafos maiores, com a presença de subordinação,

mas deve haver um equilíbrio entre as ideias que se quer expressar e o

desenvolvimento do período. O uso da subordinação precisa apresentar

relações e nexos conjuntivos evidentes, evitando-se as construções

labirínticas.

Além dessas observações, cabe lembrar outros aspectos que prejudicam a

legibilidade e imprimem ao texto um registro coloquial, comum nas situações

informais da língua falada, mas inadequado na redação oficial:

uso excessivo de pronomes pessoais, possessivos, dos artigos indefinidos um, uma, e da conjunção que;

mistura de pronomes de tratamento;

colocação dos pronomes adverbais átonos mal feita;

regência verbal indevida;

concordância nominal e verbal equivocada;

uso de fragmentos de frase;

inversões desnecessárias;

inexistência de pontuação ou seu uso incorreto.

Coerência e coesão

Coerência deve ser entendida como unidade do texto. Um texto coerente é um

conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira

complementar, de modo que nada seja destoante, nada ilógico, nada

contraditório, nada desconexo. Daí a necessidade de ordem e inter-relação. No

texto coerente, cada parte solidariza-se com as demais na sequência dos fatos,

de tal modo que o desenvolvimento de uma parte dependa do desenvolvimento

anterior de outra. O ajuntamento de partes desconexas prejudica a

inteligibilidade do texto.

Obtém-se coerência interligando as ideias de maneira clara e lógica. Dessa

forma, sugere-se redigir segundo ordem:

cronológica, respeitando a temporalidade;

espacial, apresentando os elementos mais próximos e, depois, os mais distantes;

lógica, isto é, com coerência de raciocínio e de ideias.

A coesão consiste no entrelaçamento significativo entre declarações e

sentenças sequenciais e não, meramente, de afirmações colocadas umas após

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as outras, pois os parágrafos significam mais do que uma simples sucessão de

sentenças.

Um texto bem redigido deve constituir um todo significativo e não fragmentos

isolados, justapostos. No seu interior precisam existir elementos que

estabeleçam relação entre as partes, ou seja, elos significativos que confiram

nexo ao texto.

A coesão de um texto, isto é, a conexão entre vários enunciados não é,

obviamente, fruto do acaso, mas sim das relações de sentido que existem entre

eles. Essas relações de sentido são manifestadas, sobretudo, por certa

categoria de palavras, chamadas conectivos ou elementos de coesão. Sua

função no texto é a de pôr em evidência as várias relações de sentido que

existem entre os enunciados.

São várias as palavras que, num texto, assumem a função de conectivo ou de

elemento de coesão:

as preposições: a, de, para, por etc.;

as conjunções: que, para que, quando, embora, mas, e, ou etc.;

os pronomes: ele, ela, seu, sua, este, esse, aquele, que, o qual, cujo etc.;

os advérbios: aqui, lá, assim, aí etc.;

O uso adequado desses elementos de coesão também confere unidade ao

texto e contribui, consideravelmente, para a expressão clara das ideias. Cada

um deles tem um valor típico. Além de ligarem partes do discurso, estabelecem

entre elas certo tipo de relação semântica: causa, finalidade, tempo, conclusão,

contradição, condição etc.. A escolha do conectivo adequado é, pois,

importante, uma vez que determina a direção que se pretende dar ao texto,

manifestando as diferentes relações entre os enunciados.

Enfim, a escrita não exige que os períodos sejam longos e complexos, mas que

sejam completos e que as partes estejam absolutamente conectadas. O

redator deve ter claro o que pretende dizer e, uma vez escrito o enunciado,

avaliar se o texto corresponde, exatamente, àquilo que queria dizer.

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