porque cristo morreu?

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3ª. Aula EBD

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Porque Cristo Morreu? 3a Aula EBD do Ministerio Shalom

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Page 1: Porque Cristo Morreu?

3ª. Aula EBD

Page 2: Porque Cristo Morreu?

"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O assalariado não é o pastor a quem as ovelhas pertencem. Assim, quando vê que o lobo vem, abandona as ovelhas e foge. Então o lobo ataca o rebanho e o dispersa. Ele foge porque é assalariado e não se importa com as ovelhas. "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai". João 10:11-18

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Sentimento que reinava entre os sacerdotes

Naquela ocasião os chefes dos sacerdotes e os líderes religioso do povo se reuniram no palácio do sumo sacerdote, cujo nome era Caifás, e juntos planejaram prender Jesus à traição e matá-lo. Mas diziam: "Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo― Mateus 26:3-5

Judas Iscariotes

(em hebraico , Yehudhah ish Qeryoth;) foi um dos

12 apóstolos de Jesus Cristo, que veio a ser o traidor que entregou Jesus Cristo aos seus capturadores por 30 moedas de prata.

Era filho de Simão de Queriote (Judas, em grego Ioudas, é uma helenização do nome hebraico Judá (Yehûdâh, palavra que significa "abençoado" ou "louvado"), sendo, por sinal, o

nome de apóstolo que mais vezes aparece nos Evangelhos (25) depois do de Simão Pedro.

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Então, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes e

lhes perguntou: "O que me darão se eu o entregar a vocês? " E

eles lhe fixaram o preço: trinta moedas de prata. Desse momento em diante Judas passou a procurar uma oportunidade para entregá-lo. Mateus 26:14-16

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Etimologia de Iscariotes (o nome fala muito)

São várias as explicações etimológicas que, ao longo dos tempos, foram surgindo para o nome "Iscariotes".

• Uma delas tem uma conotação política, ligando-o ao grupo dos sicários, uma ramificação do grupo dos zelotes que perpetrava violentos ataques –

geralmente com punhais, e daí o seu nome latino de sicarii – contra as forças romanas na Palestina.

• Por isso, se argumenta que Judas Iscariotes,

alegadamente, teria sido um membro deste grupo e que o seu nome seria a transliteração de homem do punhal, em hebraico ish sicari.

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• Outros derivam o seu nome do aramaico saqar, palavra que significava alguém "mentiroso", que é "falso".

• Outra possibilidade é que Iscariotes fosse usado como apelido, em hebraico ish Qeryoth, que significa homem de Queriote. (João 6:71; 13 26:).

• Também, podia ser designado "filho" ou "descendente" ou "natural" de Queriote. "Queriote" – de acordo com a interpretação inicialmente veiculada por São Jerónimo – seria o nome simplificado da aldeia, ou mais provavelmente um conjunto de aldeias, de Queriote-Ezron (Josué 15:21)

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O seguimento apostólico

• Judas Iscariotes foi escolhido como um dos 12 apóstolos de Jesus

Cristo, sendo apresentado, na listagem dos seus nomes, sempre em último lugar (Mateus 10:2-4; Marcos 3:16-19; Lucas 6:13-

16).

• Mais tarde, ele tornou-se infiel e iníquo, conforme

apresentado no Novo Testamento.

• Era o encarregado da bolsa do dinheiro dos apóstolos: «tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava» (João 12:6).

• Teria demonstrado exteriormente a sua fraqueza na cena da

unção com óleo perfumado em Betânia, onde testemunhou que estava mais apegado ao dinheiro do que

propriamente aos gestos concretos com que Jesus demonstrava a sua missão (João 12:1-6).

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A denúncia

• Judas entregou Jesus por 30 moedas de prata, que provavelmente seriam siclos e não denários

como frequentemente se julga e afirma [carece de fontes].

• Esse era o preço de um escravo (Êxodo 21:32).

• Segundo profeta Zacarias, a vida e o ministério do

prometido Messias (ou Cristo) seria avaliado em 30 moedas de prata (Zacarias 11:12-13).

• A motivação da sua ação é justificada ou explicada, nos Evangelhos, de diferentes modos. Assim, nos

Evangelhos mais antigos, os de Mateus e de Marcos, tal deveu-se à sua avareza (Mateus 26:14-16; Marcos 14:10-11).

• Já nos Evangelhos de Lucas e de João o seu procedimento é

subordinado à influência direta de Satanás -

(Lucas 22:3; João 13:2-27) sobre as suas ações.

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A morte

• Os autores do NT, relendo à luz da sua Fé as escrituras do AT, procuraram, de algum modo, mostrar que a morte de

Judas fora análoga à que as Escrituras apresentavam para

o "desesperado" («Vendo Aitofel que se não tinha seguido o seu conselho, albardou o jumento, e levantou-se, e foi para sua casa [...], se enforcou e morreu» (II Samuel 17:23))

• Assim, no caso do Evangelho de Mateus se relata que Judas Iscariotes, ao sentir remorsos, decide suicidar-se por enforcamento: «E Judas, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar» (Mateus 27:5),

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• e nos Actos dos Apóstolos, o seu autor conta que caiu de cabeça para baixo, rebentando ruidosamente nos rochedos pelo meio: «Adquiriu um campo com o salário de seu crime. Depois tombando para frente arrebentou ao meio e todas as vísceras se derramaram» (Atos 1:18).

• Procurando-se harmonizar e combinar os dois relatos da sua morte pode-se dizer que Judas se terá enforcado, mas que a corda - ou o ramo da árvore onde esta estava atada - se terá quebrado.

Tão logo Judas comeu o pão, Satanás entrou nele. "O que você está para fazer, faça depressa", disse-lhe Jesus. João 13:27

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DA PRISÃO

• Jesus foi preso no jardim do Getsêmani, situado no

Monte das Oliveiras que ficava a cerca de 100 metros da muralha leste da cidade.

• Havia uma gruta onde os discípulos de Jesus descansavam enquanto ele orava a poucos metros adiante. Essa gruta tinha 17 metros de comprimento, 9 metros

de largura e 3,50 metros de altura. O termo ―Getsêmani‖ em hebraico quer dizer ―lugar do óleo‖. Entendemos que o

Getsêmani seria um horto bem definido onde havia um lagar para fabricação de óleo.

• Não era prevista a Prisão Preventiva, somente a Prisão em Flagrante Delito. Jesus foi procurado e preso ilegalmente a noite, sem qualquer mandado de prisão.

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• O segundo detalhe é a completa ausência de mandado judicial averbando a prisão. Kurt A.

Speidel assim interroga acerca do mandado: ―Mas quem teria expedido a ordem de prisão? Todo o Grande Conselho? A

família sacerdotal de Anás e Caifás?‖.

• Jesus não foi preso em flagrante delito. Então onde está a ordem de prisão?

• Há de se demonstrar que a prisão de Jesus ocorreu totalmente

com a ausência do mandado e ainda foi efetuada em dia festivo, durante a noite no momento

da realização do Sefer. Essa cerimônia era o grande banquete doméstico um dia antes da festa do Pessach e era presidido

pelos chefes das famílias com todos os seus membros, então na rua não havia quase ninguém a não ser os indigentes e leprosos daquela época que nada podiam fazer para testemunhar a ilegalidade da prisão.

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• Jesus não foi preso provisoriamente nem preventivamente, pois além de não existir tais modalidades

de prisão no Direito Hebreu, ele sequer foi indiciado ou investigado judicialmente.

• O conceituado Juiz da Suprema Corte de Israel Haim Cohn

encontrou outra ilegalidade na prisão de Jesus.

Ele discorre: Nos autos , relata a testemunha chamada de João, encontramos uma corroboração impressionante: os patrocinadores judeus que efetuaram a prisão são ali apresentados como oficiais dos sacerdotes, mas os únicos oficiais competentes para tal feito eram os oficiais da polícia do Templo.

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Fizeram à prisão a noite, e no dia

do Sefer. Inescrupulosos saíram em uma multidão, soldados romanos, sacerdotes, escravos armados com porretes, anciões e os oficiais militares do templo. Todos armados.

Arquivos históricos lecionam que era terminantemente proibido aos judeus portarem armas durante a Páscoa (Pessach) e na prisão de Jesus escravos e policiais judeus empunhavam armas.

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DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL

• O Sinédrio, era um Supremo Tribunal Judeu, composto de 70 sacerdotes e de um Sumo-sacerdote.

• Jesus Cristo, foi preso às 23 horas, já à meia-noite foi levado a presença de Anãs. Este velhaco e cruel

dominava o Sinédrio, onde cinco sacerdotes eram filhos seus e o presidente Caifás, seu genro.

• Já pesava sobre aquele Tribunal uma comprovada suspeição, o fato de Jesus ser levado à presença de Anãs, que já não era sumo pontífice, mas apenas manipulador oculto das decisões do Sinédrio, evidencia o pré-julgamento daquele apressado e ignominioso processo.

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Antes de qualquer comentário, faz-se mister asseverar que o povo judeu era regido por três sistemas legais:

• O Talmude – série de feitos e ensinamentos passados

oralmente de pai para filho.

• A Torah ou Pentateuco – primeiro cinco livros da Bíblia

Sagrada: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio .

• As Misnahs – espécies de súmulas editadas pelo Sinédrio, a

Suprema Corte do Povo Judeu.

• E sabemos que os hebreus por serem um povo extraordinário conservaram sua historia, crenças e instituições no Antigo Testamento até nossos dias, apesar de todas as perseguições, que a ignorância e o desamor dos povos sobre eles derramaram através dos tempos.

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No processo penal observa-se que havia três tribunais:

• O Tribunal dos Três, referidos no Deuteronômio

como criados por Moisés antes de sua morte, instituídos às portas das cidades, e que conheciam de alguns delitos, acontecidos nas imediações.

• O Tribunal dos 23. Este Tribunal existia em todas as cidades cuja população fosse superior a 120 famílias, e tinha competência

originária, além da recursal já referida, quando a pena imposta fosse a de morte. Do Tribunal dos

23, podia-se recorrer para o Sinédrio.

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• O Sinédrio, composto de 70 juízes (daí chamar-se,

também, Tribunal dos 70) cuja sede era o Templo, e que exercia funções políticas e judiciárias. O Sinédrio, além de comportar-se como Tribunal de Terceira Instância, julgava originariamente os profetas, os chefes militares as cidades e as tribos acusadas de rebeldia .

• Foi o tribunal que julgou Jesus , tido como falso profeta e acusado de heresia. Mesmo com

a dominação romana era permitido aos judeus utilizarem-se do processo vigente à época ou do processo hebreu.

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DO JULGAMENTO

• Não conseguindo obter no interrogatório de Cristo nenhuma prova, indício ou suposição do cometimento de algum crime, Anãs remeteu o acusado ao

Sinédrio que estava reunido sob a presidência de Caifás.

• O julgamento prosseguiu às 2 horas da madrugada de sexta-feira sem nenhuma forma processual, não havia acusação.

• As testemunhas, segundo o evangelista Marcos, não apresentavam versão unânime, eis que um delas faz uma acusação, atribuindo a Jesus a frase: ―posso destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias‖.

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DO JULGAMENTO

Jesus, foi interpelado por Caifás. Ante o silêncio de Cristo, Caifás procurou obter a sua confissão, inquirindo-o astuciosamente. Quando os juízes proclamaram: Portanto, ―és o filho de

Deus‖, Jesus redarguiu: ―Vós o dizeis. Eu sou‖. E Caifás, sentindo-se triunfante, logo se manifestou:

Blasfemou. Para que precisamos ainda de testemunhas? Acabastes de ouvir a Blasfêmia. O que vos parece? E os juízes do Sinédrio responderam unissonamente: ―É réu de morte – Réus est mortis‖.

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NULIDADES ENCONTRADAS NO JULGAMENTO

No nefando processo, • além da acusação ter sido fundada em um único

depoimento, • o julgamento se estendera madrugada

adentro, ferindo disposição da lei judaica, segundo a

qual só à luz do sol alguém poderia ser julgado.

No dia seguinte, para sanar tal irregularidade, o

Sinédrio, entregou Jesus à fúria dos soldados para, ao amanhecer o dia ser confirmada a sentença já proclamada.

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NULIDADES ENCONTRADAS NO JULGAMENTO

Tal procedimento violou outra norma legal, segunda a qual

• nas causas pecuniárias pode-se terminar o processo no mesmo dia em que se começou;

• nas causas capitais, pode-se pronunciar a absolvição no mesmo dia, mas

condenação deve, ao invés, deferir-se ao dia seguinte, na esperança que se encontre um argumento a favor do acusado.

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INCOMPETÊNCIA DO TRIBUNAL JUDAÍCO

• O Tribunal judeu não tinha competência legal para executar suas condenações à morte, uma

vez que Jerusalém estava sob o domínio de Roma e só o pontífice Pilatos, procurador dos romanos, poderia homologar tal condenação, ordenando o seu cumprimento.

• A prova de que os judeus julgaram Jesus Cristo sem prévia licença do representante de Roma reside no

fato, segundo São João, de que, quando os judeus foram procurar Pilatos, este estendeu que eles vinham pedir autorização, e então lhes disse: ―Tomai-o, vós, e julgai-o segundo vossa lei‖.

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PRÉ-JULGAMENTO DO TRIBUNAL DE ROMA

• Jesus, foi levado à presença de Pilatos com a denúncia

já declarada procedente pelo Sinédrio: ―Encontramos este homem subvertendo a nossa nação, vedando pagar o imposto a César e dizendo ser ele o Cristo-Rei‖.

• Pilatos passa a interrogar Jesus, que se recusou a defender-se: ―O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros certamente haveriam de pelejar para que eu não fosse entregue aos judeus; mas o meu reino não é daqui‖.

• Jesus, não se defendeu porque contra ele não pesava acusação alguma. Não se defendeu, nem solicitou a outrem que o fizesse, porque ele não veio a este mundo ―para se fazer servir, mas para servir e para dar a sua vida coo resgate da multidão.

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• Jesus, não convocou nenhum advogado para assisti-lo, mesmo porque ele é quem, como sublime advogado, naquele nefando processo, estava patrocinando a causa da Humanidade, em cuja defesa iria sacrificar a própria vida, perdoando, afinal, na hora da morte aos que o imolavam impiedosamente‖.

• Pilatos, depois do interrogatório e Cristo, procurando

julgar-se incompetente, ratione materiae (em razão da matéria), volta-se para os presentes e diz: ―não encontro culpa alguma neste homem‖.

• Mas os acusadores de Jesus voltam à carga: ―Ele subleva o povo, ensinando por toda a Judeia a começar da Galiléia até aqui‖.

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• Tal acusação ofereceu a Pilatos oportunidade para fugir à responsabilidade de julgar Jesus

Cristo, julgando-se incompetente, agora ratione loci (em razão do lugar).

• Se o acusado tinha domicílio em Nazaré, na Galiléia, e seu crime era o de sublevar os habitantes daquele

reino, a competência para julgá-lo não era sua, mas de Herodes Antipa, governador do reino da Galiléia.

• Pilatos demonstrou habilidade, pois, ao mesmo tempo em que deixara de condenar Jesus, que considerava

inocente, encontrara uma forma de lisonjear a Herodes, com o qual não matinha relações políticas.

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• Sem embargos, Herodes não levantou nenhum conflito de jurisdição e, ao fim de longo interrogatório, devolveu o incômodo do réu ao procônsul, sem culpa alguma, vestido com uma

túnica branca, a indicar que se tratava de um insensato e irresponsável.

• Pilatos, ainda tentou fugir do encargo de julgamento,

ponderando aos acusadores: ―Apresentastes-me este homem como agitador do povo e eis que, interrogando-o eu, diante de vós, não achei nele culpa daquilo que o acusais‖.

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• Tampouco Herodes, pois o remeti a ele e eis que nada ficou apurado que mereça morte. Por isso, solta-lo-ei, depois de o castigar.

• Jesus foi horrivelmente flagelado. Mas a multidão queria mais. Mais uma vez Pilatos se

acorvada e se utiliza de outro estratagema. • Era comum na Páscoa por em liberdade um prisioneiro

que o povo designasse e Pilatos ofereceu à plebe o direito de escolher: ou o assassino Barrabás ou Jesus.

O bandido foi indultado e Jesus Cristo condenado à crucificação.

• E Pilatos lavou as mãos conforme o costume judeu, querendo significar que se julgava inocente daquele assassínio.

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POSICIONAMENTO DE ALGUNS JURISCONSULTOS

• Alguns sustentam que, se a acusação era de que Jesus respondia a um delito de sedição continuada, começada na Galiléia e terminada em Jerusalém, na Judéia, a regra do Direito Romano, que Pilatos não desconhecia, firmava a competência do fato pelo lugar em que fora preso o réu cometendo o delito. Assim sendo, a competência era de Pilatos e não de Herodes.

• Pilatos violou várias vezes regras elementares do Direito Romano:

1. não designou os acusadores; 2. não concedeu ao acusado os prazos da lei para que

ele escolhesse seus advogados; 3. não indagou se o acusado tinha um defensor e 4. não proferiu a sentença em termos regulares.

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POSICIONAMENTO DE ALGUNS JURISCONSULTOS

No ano 17 do Império de Tibério César e 30 de nossa era, numa sexta-feira, em Jerusalém, Pôncio Pilatos condenou Jesus Cristo a morrer na cruz entre dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.

No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo mundo. Monarca invencível sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS. Regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS. Pontífice sumo sacerdote, CAIFÁS, magnos do Templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CENTAURO. Cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME E SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente

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EU, PÔNCIO PILATOS, aqui presidente do Império Romano, dentro do palácio e arqui-residente julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e Galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajuntando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Galiléia, dizendo-se filho de DEUS E REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do Sacro Templo, negando os tributos a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém.

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Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz nos ombros, para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homícidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao Monte da Justiça chamado de CALVÁRIO, onde, crucificado e morto, ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este títuto: JESUS NAZARENUS, REX JUDEORUN. Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a justiça por mim mandada, administrada e executada com todo rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob pena de rebelião contra o Imperador Romano.

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A questão fundamental disso é que, independente da existência ou não de nulidades jurídicas no processo de Cristo, certamente não foi esse o motivo principal da sua morte, pois a Bíblia afirma claramente que Ele mesmo se entregou para que pudéssemos ter acesso à salvação.

Em Isaías 53.4,5 está escrito:

―Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados‖. A verdadeira sentença da morte de Cristo, portanto, não foi assinada por Pilatos, mas pelo Juiz Supremo, pois foi ele quem entregou seu único Filho, para que todo aquele que nele creia, não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo. 3.16).

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Por que Cristo morreu?

"Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus." (1 Pe 3.18)

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• Primeiro, Cristo morreu por nós. Além de ser necessária e voluntária, sua morte foi altruísta e benéfica.

• Ele a empreendeu por nossa causa, não pela sua, e cria que através dela nos garantia um bem que não poderia ser garantido de nenhum outro modo.

• O Bom Pastor, disse ele, ia dar a sua vida pelas ovelhas, em benefício delas.

• Similarmente, as palavras que ele proferiu no cenáculo, ao dar o pão aos seus discípulos, foram: "Isto é o meu corpo oferecido por vós". Os apóstolos pegaram esse simples conceito e o repetiram, às vezes tornando-o mais pessoal, trocando a segunda pessoa pela primeira: "Cristo morreu por nós".

• Ainda não há nenhuma explicação e nenhuma identificação da bênção que ele nos assegurou mediante a sua morte, mas pelo menos concordamos quanto às expressões "por vós" e "por nós".

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• Segundo, Cristo morreu para conduzir-nos a Deus (1 Pedro 3:18).

• O foco do propósito benéfico da sua morte é a nossa reconciliação. Como diz o Credo

Niceno: "por nós (geral) e por nossa salvação (particular) ele desceu do céu. . ." A salvação que ele conseguiu para nós mediante sua morte é retratada de vários modos.

1. Às vezes é concebida negativamente como redenção, perdão ou libertação.

2. Outras vezes é positiva — vida nova ou eterna, 3. ou paz com Deus no gozo de seu favor e comunhão. 4. No presente, o vocabulário preciso não importa. O

ponto importante é que, em conseqüência da sua morte, Jesus é capaz de conferir-nos a grande bênção da salvação.

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• Terceiro, Cristo morreu por nossos pecados. Nossos pecados eram o obstáculo que nos impedia de receber o dom que ele desejava darnos. De modo que eles tinham de ser removidos antes que a salvação nos fosse outorgada.

• E ele ocupou-se dos nossos pecados, ou os levou, na sua morte. A expressão: "por nossos pecados" (ou fraseado muito similar) é usada pela maioria dos escritores do Novo Testamento; parece que eles tinham certeza de que — de um modo ainda não determinado — a morte de Cristo e nossos pecados se relacionavam. Eis uma amostra de citações: "Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras" (Paulo); "Cristo morreu pelos pecados uma vez por todas" (Pedro); "ele apareceu de uma vez por todas. . . para desfazer o pecado mediante o sacrifício de si mesmo", e ele "ofereceu de uma vez por todas um sacrifício pelos pecados" (Hebreus); "o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (João); "àquele que nos ama e nos libertou de nossos pecados através do seu sangue. . . seja a glória" (Apocalipse). Todos estes versículos (e muitos mais) ligam a morte de Jesus aos nossos pecados. Que elo é esse?

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Quarto, Cristo sofreu a nossa morte, ao morrer por nossos pecados. Isso quer dizer que se a sua morte e os nossos pecados estão ligados, esse elo não é efeito de mera conseqüência (ele foi vítima de nossa brutalidade humana), mas de penalidade (ele suportou em sua pessoa inocente a pena que nossos pecados mereciam). Pois segundo a Escritura, a morte se relaciona com o pecado como sua justa recompensa: "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23). A Bíblia toda vê a morte humana não como um evento natural, mas penal. E uma invasão alienígena do bom mundo de Deus, e não faz parte de sua intenção original para a humanidade. É certo que o registro fóssil indica que a pilhagem e a morte existiam no reino animal antes da criação do homem

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Porém parece que Deus tinha em mente um fim mais nobre para os seres humanos portadores de sua imagem, fim talvez semelhante ao traslado que Enoque e Elias experimentaram, e à "transformação" que ocorrerá com aqueles que estiverem vivos na volta de Jesus.

Através de toda a Escritura, pois, a morte (tanto física como espiritual) é vista como juízo divino sobre a desobediência humana. Daí as expressões

de horror com relação à morte, a sensação de anomalia de que o homem se tivesse tornado como as bestas que perecem, uma vez que o mesmo destino aguarda a

todos. Daí também a violenta indignação de que Jesus foi alvo em seu confronto com a morte ao lado do túmulo de Lázaro. A morte era um corpo estranho. Jesus resistiu-lhe; ele não pôde aceitá-la.

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Se, pois, a morte é a pena do pecado, e se Jesus não tinha pecado próprio em sua natureza, caráter e conduta, não devemos dizer que ele não precisava ter morrido? Não

poderia ele, em vez de morrer, ter sido trasladado? Quando o seu corpo se tornou translúcido durante a transfiguração no monte, não tiveram os apóstolos uma previsão do seu corpo da ressurreição (daí a instrução de a ninguém contarem acerca desse acontecimento até que ele ressurgisse dentre os mortos, Marcos 9:9)? Não podia ele naquele momento ter entrado no céu e escapado à morte? Mas ele voltou ao nosso mundo a fim de ir voluntariamente à cruz. Ninguém lhe tiraria a vida, insistia ele; ele ia dá-la de sua própria vontade. De modo que quando o momento da morte chegou, Lucas a representou como um ato autodeterminado do Senhor. "Pai", disse ele, "nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tudo isso significa que a simples afirmativa do Novo Testamento: "ele morreu por nossos pecados" diz muito mais do que aparenta na superfície. Afirma que Jesus Cristo, sendo sem pecado e não tendo necessidade de morrer, sofreu a nossa morte, a morte que nossos pecados mereciam.

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