por uma cidade sem barreiras
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Ano 1 / nmero 2 novembro de 2009 www.cepam.sp.gov.br
Oficinas nO interiOr paulista incentivam a elabOraO dO planO municipal de AcessibilidAde
fortalecendo municpios
OpiniO dOs prefeitOsAcessibilidade
lei de cOtasTrabalhador com deficincia
calada seguraso Jos dos campos
entrevistaPromotor de Franca
rede lucy mOntOrOUnidade Mvel
museu dO futebOlMultissensorial
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cepamfortalecendo municpiosAno 1 / nmero 2 / outubro de 2009 www.cepam.sp.gov.br
Governo do Estado de So PauloJos Serra
Secretaria dos Direitos da Pessoa com DeficinciaLinamara Battistela
Secretaria de Economia e PlanejamentoFrancisco Vidal Luna
Fundao Prefeito Faria Lima - CepamFelipe Soutello
ProDuo EDitoriaL Gerncia de comunicao e marketinG do cepam
Direo de arte Jorge monge
Chefe de arte carlos papai
Estagirios danielly Viggiano, ivan Varrichio, Janana alves c. da Silva, marcia Labres e michele Yogui
tiragem 3.000 exemplares
Editora adriana caldas, mtb 23.878
reportagens renato Liberato, rita Bonizzi, rodrigo dos Santos Bastos e uir Lopes
reviso eva clia Barbosa, maria thereza Venuzo e Silvia Galles
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dadoS da Fundao instituto Brasileiro de Geografia e estatstica (iBGe) apontam que 14,5%
da populao brasileira possui algum tipo de deficincia. So milhes de cidados que, em tese,
teriam seus direitos garantidos pela constituio Federal, pela conveno sobre os direitos das
pessoas com deficincia, e por uma srie de leis e decretos. na prtica, porm, muitos desses
direitos esto longe de ser garantidos e h, ainda, um longo caminho a ser percorrido.
nesse conjunto de direitos, o que trata da acessibilidade talvez seja o mais fundamental.
proporcionar , pessoa com deficincia ou com restrio de mobilidade, a possibilidade de ir e
vir quando quiser e tambm de usufruir dos servios pblicos como qualquer outro cidado.
So paulo vive um momento especial no que diz respeito ao tema, com a criao da Secretaria
estadual dos direitos da pessoa com deficincia. o governo de So paulo deu um salto na
poltica pblica do setor e mostrou mais uma vez sua vocao democrtica e inovadora.
uma oportunidade histrica de, com a fora do estado paulista, mobilizar o mximo de pessoas,
ganhar coraes e mentes e contaminar positivamente a sociedade, para mudar a cultura e
fortalecer a tese constitucionalmente consagrada de que todos tm o direito de exercer sua
autonomia, sua cidadania na totalidade.
com essa motivao, a Fundao prefeito Faria Lima cepam e a Secretaria estadual dos
direitos da pessoa com deficincia, com a colaborao do ministrio pblico estadual, uniram
foras, conhecimentos e poder de mobilizao, em uma parceria que resultou no projeto direitos
da pessoa com deficincia cidadania e Gesto da poltica e que contou com a participao
de 612 gestores pblicos, de 219 municpios.
a ideia foi levar conhecimentos e informaes para que a acessibilidade faa parte do cenrio
urbano e, mais do que isso, que o ponto de vista das pessoas com deficincia seja consi-
derado, desde o planejamento at a implementao das iniciativas e obras pblicas, como
algo natural, intrnseco, assim como nunca se pode deixar de instalar uma caixa dgua em
qualquer nova edificao.
nesta revista, voc vai conhecer um pouco dessa experincia exitosa e tambm iniciativas
de municpios e outras polticas do estado, que tornam mais digna a vida desses cidados e
a sociedade mais justa e igualitria.
muniCPio acessvel
editorial
Felipe Soutello, presidente do cepam
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6 EntrEvista com o Promotor dE Franca
Como garantir direitos iguais para todos os cidados
23 rEabilitao itinErantE unidade mvel com oficina
ortopdica percorre interior
26 o dirEito dE ir E vir So Jos dos Campos
cria lei para as caladas
32 com a Palavra, os PrEFEitos a questo da acessibilidade
na viso de quem decide
34 no sE EsquEam das PEssoas com dEFicincia sEnsorial
preciso garantir o acesso informao e comunicao
36 obsErvatrio da acEssibilidadE
Panorama das iniciativas de incluso da pessoa com deficincia
42 a maioridadE da lEi dE cotas mais oportunidades para o
trabalhador com deficincia
48 na rEdE Dicas para navegar
no tema acessibilidade
10 Por uma cidadE sEm barrEiras incluso da pessoa com deficincia mobiliza gestores municipais
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38 Gol dE Placa museu multissenssorial consagra
o futebol como manifestao da
cultura nacional
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6entrevista Fernando de almeida martinsPromotor Pblico desde 1985, Fernando de almeida martins assumiu a Promotoria das Pessoas com deFicincia da comarca de Franca em 2008. sua curta gesto vem aPresentando resultados animadores
Em mEnos dE um ano, a promotoria conseguiu fazer o Conselho municipal de Franca criar
um Fundo municipal das Pessoas com deficincia que j conta com mais de R$ 100 mil de
indenizaes, valor que est sendo revertido em investimentos nas obras para garantir a acessi-
bilidade no municpio. Houve avanos tambm nas reas de sade e educao, principalmente
no que se refere adaptabilidade da infraestrutura e capacitao de pessoal. martins gosta
de se definir como agente de transformao e v o atual momento de sua vida como uma
oportunidade mpar de humanizar-se e aprender muito com as dificuldades enfrentadas por
essas pessoas, no raro de grande espiritualidade e afetuosidade. a defesa pblica da pessoa
com deficincia uma causa repleta de dificuldades e limitaes, mas importantes avanos
tm sido alcanados, como demonstram as respostas desta entrevista concedida pelo promo-
tor revista Fortalecendo Municpios.
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7Estou sEguRo dE quE todos os promotores dE justia vo sE EngajaR PaRa quE os
muniCPios Em gERal tEnHam E
CumPRam os sEus REsPECtivos
Planos municiPais de acessibilidade
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o brasil reconhecido pela organizao das naes unidas (onu), pela organizao
dos estados americanos (oea) e outros organismos internacionais como modelo em legislao voltada para a proteo e incluso social da pessoa com deficincia. infeliz-
mente, a lei no aplicada conforme o determinado. Que falta para que isso ocorra?
R. Basicamente, a fiscalizao das instituies, inclusive do ministrio Pblico, e o envolvi-mento da administrao Pblica (federal, estadual e municipal) so fatores que fazem com
que as leis sejam cumpridas.
Qual o papel do ministrio Pblico na garantia dos direitos da pessoa com deficincia?
R. fundamental, pois lhe cumpre canalizar os diversos direitos da pessoa com deficincia perante a sociedade civil e os Poderes Pblicos em geral, fazendo o papel de agente de
transformao social.
Quais so os avanos mais recentes detectados nessa rea?
R. no mbito da Comarca de Franca, tivemos diversos avanos, a partir de meados do ano passado, nas reas da sade, educao, transportes, urbanismo, acessibilidade fsica e, em
menor escala, na rea do trabalho, setor que detm a necessidade de amplos investimentos,
seja no campo da habilitao das pessoas com deficincia (papel no exercido adequada-
mente pelo Poder Pblico), seja na quebra de barreiras de parte do setor empregador. Creio
que os direitos da pessoa com deficincia ou com mobilidade reduzida, paulatinamente,
assumiro a pauta definitiva de toda pessoa e administrador de bem.
CREio quE os direitos da Pessoa com deFicincia ou Com moBilidadE REduzida,
PaulatinamEntE, assumiRo
a Pauta dEFinitiva dE todo
administrador de bem
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9como o senhor v a parceria do ministrio Pblico com o cepam e a secretaria dos
direitos da Pessoa com deficincia, na realizao de oficinas para que as prefeituras de-
senvolvam o Plano municipal de acessibilidade?
R. vejo como importantssima, pois todos, Estado, municpios e ministrio Pblico, so gesto-res dos interesses sociais. detectando-se, por meio das oficinas, quais as dificuldades e pro-
postas de evoluo, criamos condies para elaborar planos de atuao voltados a essa parcela
da populao historicamente mal amparada.
Que o ministrio Pblico tem feito para a implantao desses planos?
R. a aproximao do Cepam com o ministrio Pblico indica postura positiva, e as oficinas ser-vem como incremento da poltica institucional na rea dos direitos da pessoa com deficincia.
Estou seguro de que todos os promotores de justia de defesa das pessoas com deficincia
do ministrio Pblico do Estado de so Paulo vo se engajar para que os municpios em geral
tenham e cumpram seus respectivos Planos municipais de acessibilidade.
como o senhor v a criao da secretaria estadual dos direitos da Pessoa com deficincia?
R. trata-se de uma medida elogivel. o princpio da eficincia ser, indubitavelmente, melhor atendido. tenho certeza de que outros Estados seguiro os mesmos passos.
as cidades da sua regio j tm rea especfica para tratar da poltica da pessoa com deficincia?
R. Franca, sede da comarca, tem hoje praticamente 350 mil habitantes e conta com um conse-lho municipal atuante, tem um Fundo municipal das Pessoas com deficincia. de novembro de
2008, at agora, indenizaes de inquritos civis da Promotoria de justia local somaram mais
de R$ 100 mil, a serem aplicados pelo municpio em prol do segmento. Penso eu que deveria
existir, ao menos, a secretaria adjunta dos direitos das Pessoas com deficincia. Est na pauta
das boas discusses da promotoria com o municpio.
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por uma cidadesem barreirasDe abril a agosto De 2009, o governo De so Paulo realizou, em toDas as ciDaDes-seDe Das regies aDministrativas Do estaDo, oficinas Para orientar a elaborao Do Plano municiPal De acessibiliDaDe
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No EStado dE So Paulo, 10% da populao tEm algum problema de mobilidade, ou SEja, 4,2 milhes de pessoas NEcESSitam dE PlENaS coNdiES Para ExErcEr a cidadaNia
Jos serra, governador
a SEcrEtaria de Estado dos direitos da Pessoa
com deficincia (SEdPcd), em parceria com o ce-
pam e apoio do ministrio Pblico, percorreu o inte-
rior para disseminar as polticas pblicas de acessi-
bilidade, tendo os municpios como aliados.
Participaram dos encontros, que fazem parte do
projeto direitos da Pessoa com deficincia cida-
dania e gesto da Poltica, os responsveis pelas
polticas de acessibilidade nos municpios, os tc-
nicos que atuam na rea de planejamento, obras e
fiscalizao, alm dos que trabalham pela defesa
dos direitos da pessoa com deficincia.
o objetivo da iniciativa foi mobilizar os gestores lo-
cais para a importncia dessa questo e, ao mesmo
tempo, oferecer as informaes necessrias para a
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os municPios rEPrESENtam a NoSSa caSa, SE ElES EStivErEm acESSvEiS, vo PErmitir quE aS PESSoaS
superem as barreiras da EScola, do trabalho, E SE SiNtam PErtENcENtES
S cidadES. e essa sensao que faz a cidadanialinamara battistela, secretria dos direitos da Pessoa com deficincia
construo de espaos e servios pblicos efetiva-
mente democrticos.
No Estado de So Paulo, 10% da populao tem
algum problema de mobilidade, ou seja, so 4,2
milhes de pessoas que necessitam de plenas
condies para exercer a cidadania, enfatizou o
governador jos Serra, em conversa com prefei-
tos da regio de araatuba.
Essa uma batalha de toda a sociedade, por isso,
todas as vezes que converso com um prefeito, peo
a ele o compromisso de fazer como fez o Estado e
tambm criar uma secretaria, coordenadoria, depar-
tamento, ou apenas indicar uma pessoa, dependen-
do do tamanho da prefeitura, para cuidar da questo
da pessoa com deficincia, afirmou o governador.
Para a secretria linamara battistela, a acessibilida-
de nos municpios o primeiro passo para garantir a
incluso da pessoa com deficincia na sociedade.
os municpios representam a nossa casa, se eles
estiverem acessveis, vo permitir que as pessoas
superem as barreiras da escola, do trabalho, e se
sintam pertencentes s cidades. E essa sensao
que faz a cidadania, completou linamara.
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duraNtE os dois dias da oficina, os participantes receberam
orientaes sobre como aplicar a legislao federal e a estadual
no municpio, abordando aspectos arquitetnicos de adequa-
o do espao urbano para tornar as cidades mais acessveis e
inclusivas, e a metodologia para elaborao do Plano municipal
de acessibilidade.
queremos auxiliar os municpios na aplicao das leis fede-
rais 10.048/00 e 10.098/00 e do decreto federal 5.296/04, bem
como no cumprimento das normas tcnicas, uma vez que a
acessibilidade nas cidades atribuio, sobretudo, local, expli-
ca a arquiteta e tcnica do cepam, adriana de almeida Prado.
a sociloga Silvia maura, tambm tcnica do cepam, ressalta
a importncia do envolvimento da sociedade nesse processo.
o Plano municipal de acessibilidade no se faz entre quatro
paredes. Para que ele seja realmente efetivo, preciso que as
prefeituras ouam os representantes da comunidade, os quais,
por sua vez, traro as necessidades, os anseios e os problemas
que conhecem.
conversa com os municpios
todaS aS vEzES quE Eu coNvErSo com um prefeito, peo a ele o compromisso dE criar uma SEcrEtaria, coordENadoria, ou aPENaS iNdicar uma PESSoa, dEPENdENdo do
tamaNho da PrEfEitura, Para cuidar da quESto da PESSoa com dEficiNciaJos serra, governador
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a Partir dE agora, j sabemos a quem e onde recorrer Para obtEr aPoio Na imPlEmENtao do PlaNo muNiciPal dE acESSibilidadE
flvia rossi, vice-prefeita de mogi-mirim
advogado e representante da cidade de olmpia,
Edson lopes da Silva acredita que o projeto e as
oficinas so uma forma importante de levar, at as
prefeituras e entidades envolvidas no tema, instru-
mentos que possam ser utilizados para melhorar as
condies de vida e garantir a dignidade da pessoa
com deficincia.
Para a engenheira de orlndia, tnia maria tonetto,
que participou do encontro em franca, o evento foi
importante pela amplitude do tema e a abrangncia
dos conhecimentos tcnicos. como integrante da
equipe que cuida da acessibilidade no municpio, t-
nia pretende levar as questes propostas para dis-
cusso com os colegas. ainda no temos um plano
elaborado, mas com certeza vamos incorporar as
melhorias estruturais apresentadas.
vice-prefeita de mogi-mirim, flvia rossi destaca que,
alm de conhecer experincias dos demais munic-
pios, foi possvel verificar o que ainda escasso na
regio, principalmente no atendimento da legislao
que garante os direitos da pessoa com deficincia.
Ela ressalta a importncia da atuao do cepam
com a Secretaria Estadual nesses encontros, o
que auxilia na tarefa de informar e conscientizar a
populao. a partir de agora, j sabemos
a quem e onde recorrer para obter apoio
na implementao do Plano municipal de
acessibilidade.
hortolndia ainda est engatinhando nas
questes estruturais para se adequar po-
ltica de acessibilidade, afirmou a vice-pre-
feita jacyra Santos de Souza. Ela conta que
o municpio tem apenas 18 anos e que h
muito trabalho a ser feito. temos que aper-
feioar e tornar acessveis os espaos para
todos os cidados.
votorantim j tem o conselho municipal
dos direitos da Pessoa com deficincia,
conta o chefe de projetos da Secretaria mu-
nicipal da cidadania, mrcio queiroz, que
utiliza cadeira de rodas devido a uma se-
quela da poliomielite infantil. j foi vereador
e um militante pelos direitos de cidadania
e incluso de todas as pessoas e sente-
se confiante e feliz por ver a questo da
acessibilidade discutida em todas as esfe-
ras de governo, pois s assim as mudanas
podem acontecer.
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a ExPEriNcia dE sentir as dificuldades quE a PESSoa com dEficiNcia ENfrENta muito imPortaNtE Para quEm ProjEta E coNStri oS
EquiPamENtoS NaS cidadES, como o mEu caSoVictoriano pedrassa neto, arquiteto da Prefeitura do municpio de trs fronteiras
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experincia dos sentidos
a caPacitao no foi s terica, pois tambm foram realizadas dinmi-
cas, trabalhos em grupo, e uma vivncia para testar, na prtica, as dificul-
dades encontradas no dia a dia da pessoa com deficincia. de olhos ven-
dados, ou em cadeiras de rodas, os participantes percorreram corredores,
prdios, caladas e outras reas da cidade, tendo como desafio vencer
obstculos fsicos e sensoriais.
Na vivncia realizada durante a oficina em barretos, ao andar numa cadeira
de rodas, ou com os olhos vendados, o engenheiro fernando luiz basso,
da Secretaria de Planejamento de colina, disse ser possvel sentir e medir
os problemas de quem tem alguma deficincia.
o que mais me impressionou foi essa vivncia, afirmou o arquiteto victo-
riano Pedrassa Neto, da Prefeitura de trs fronteiras. Para ele, a experin-
cia de sentir as dificuldades que as pessoas com deficincia enfrentam
muito importante para quem projeta e constri os equipamentos nas cida-
des, como o meu caso, concluiu.
Para Sandra dias da Silva, secretria de Promoo Social de guas de So
Pedro, o encontro foi bastante produtivo. as aulas e as dinmicas realiza-
das s aumentaram a vontade de investir para garantir os direitos e a aces-
sibilidade. como o municpio uma estncia turstica, Sandra considera
fundamental tornar a cidade acessvel para seus habitantes e tambm para
os visitantes. Nossa meta transform-la em modelo nacional.
o vice-prefeito e secretrio do trabalho e desenvolvimento Social de tatu,
luiz antonio voss campos, acredita que esse projeto muito importante
porque vai divulgar uma realidade que, s vezes, ocultada. assim, devem
ser criados instrumentos, campanhas e fruns para ouvir a populao e
envolver os gestores, as cmaras municipais e o Poder judicirio, porque
todos tm uma parcela de responsabilidade na incluso social.
Para a secretria dos direitos da mulher e Pessoa com deficincia, de So
jos do rio Preto, regina helena chueire, as oficinas ocorreram num
momento oportuno para os municpios e seus representantes. Possuam
alto nvel, em termos de contedo, material e organizao, criaram desafios
e estimularam a participao de todos os agentes.
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SobrE o papel do ministrio Pblico no controle, fiscalizao e desenvolvimento
de projetos e programas para pessoas com deficincia, os promotores presentes
nas oficinas reiteraram o apoio s aes de combate discriminao e de garantia
dos direitos de todos os cidados.
Estamos dispostos a orientar os municpios na elaborao e aplicao de seus pla-
nos de acessibilidade, assegurou o promotor orlando Santos filho, de Sorocaba.
de acordo com augusto mustaf, promotor de araatuba, a Promotoria de justia
colabora com as polticas de incluso, fiscalizando e, inclusive, instaurando inqu-
ritos civis para verificar as condies de acessibilidade de prdios pblicos, praas e
vias pblicas, escolas municipais, estaduais e particulares, bancos, casas lotricas,
estabelecimentos de sade e transporte urbano.
em defesa do cidado
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oficinas PlaNo muNiciPal dE acESSibilidadE SubSdioS Para Elaborao
mural dE fotoSabril a agoSto dE 2009
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fotos: danilo freire / douglas matsunaga / fred miranda / jurandir fegli / leandro gulin / renato tuzi / rodrigo braga / ulisses junior
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219 muNicPioS 612 ParticiPaNtES
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18 oficinas NaS cidadES-SEdE daS rEgiES admiNiStrativaS
araatuba / araraquara / barrEtoS / bauru /
botucatu / camPiNaS / fraNca / jalES / marlia /
PrESidENtE PrudENtE / rEgiStro / ribEiro PrEto /
SaNtoS / So joo da boa viSta / So joS doS camPoS /
So joS do rio PrEto / So Paulo / Sorocaba
ren
ato
tuzi
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Carreta de 15 metros de Comprimento e 20 toneladas, Com elevador hidruliCo, banheiro adaptado, Consultrio mdiCo e ofiCina ortopdiCa Composta por salas de prova, mquinas e gesso, est perCorrendo os muniCpios paulistas
A UnidAde Mvel de ReAbilitAo da Rede lucy Montoro, lanada
em janeiro de 2009, vai atender s demandas mais urgentes, em todo o
estado, de fornecimento de rtese, prtese, cadeira de rodas e meios
auxiliares de locomoo.
Sete profissionais da rea da sade responsabilizam-se pelo atendimento:
dois mdicos fisiatras, dois tcnicos de rtese e prtese, um fisioterapeuta,
um terapeuta ocupacional e um enfermeiro.
Segundo a secretria linamara Rizzo battistella, a Unidade Mvel mu-
dar a trajetria e a histria da pessoa com deficincia no estado de So
Paulo, ao possibilitar um apropriado atendimento e tambm a qualificao
profissional. A ideia levar o que existe de mais moderno e atual at os
municpios, ao mesmo tempo em que se realiza um atendimento de forma
prxima e humanizada, explicou.
reabilitaoitinerante
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rede de atendimento
A UnidAde Mvel mudar a trajetria e a histria da pessoa Com defiCinCia no eStAdo de So PAUlo linamara battistela, secretria dos direitos da Pessoa com deficinciaA Rede lUcy MontoRo ser composta, inicialmente,
por seis unidades fixas, localizadas em diversas regies do
estado, e uma na capital. J foi lanada a pedra fundamental
das unidades de campinas, Marlia e, em breve, Santos,
So Jos do Rio Preto e Ribeiro Preto faro parte da rede.
todas as unidades devem estar em funcionamento at 2010,
com um investimento de R$ 52 milhes e capacidade para
atender, mensalmente, mais de 120 mil pessoas.
em So Paulo, trs unidades funcionam de forma descen-
tralizada (lapa, vila Mariana e Umarizal, no campo limpo),
atualmente, com dez mil atendimentos mensais, garantidos
por mais de 200 profissionais especializados.
A proposta da rede dar condio pessoa com deficincia
fsica de inserir-se efetivamente na sociedade, a partir de
suas habilidades e potencialidades. A sade a porta de
entrada para a garantia da cidadania da pessoa com defici-
ncia. no possvel garantir a incluso social para quem
ainda est padecendo de sua deficincia, incapaz de exigir
seus direitos, ressalta linamara.
o governador Jos Serra destaca a importncia da Rede lucy
Montoro, que ser referncia no atendimento da pessoa com
deficincia, pois a medicina precisa
dessa qualidade para avanar. Ser
uma grande rede estadual orga-
nizada, para que todas as pessoas
tenham acesso ao atendimento na
rea de reabilitao e tambm para
formar e desenvolver recursos hu-
manos, completou Serra.
todos os centros vo atender as
pessoas com deficincia fsica,
transitria ou definitiva, com o
apoio de profissionais de variadas
reas, como mdicos fisiatras, psi-
clogos, assistentes sociais, fisio-
terapeutas, terapeutas ocupacio-
nais, fonoaudilogos, enfermeiros
e nutricionistas especializados em
reabilitao.
o importante sempre nivelar por
cima para que todo mundo tenha o
melhor atendimento possvel. no
nivelar por baixo, como muitas
vezes se faz na poltica governa-
mental do brasil. impossvel
isso? olha, pode no se chegar
nota 10. Mas podemos sempre
perseguir a nota 10. essa a filo-
sofia do nosso trabalho e do meu
governo, afirmou Serra, durante
visita Unidade lapa da Rede de
Reabilitao lucy Montoro.
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A Rede lUcy MontoRo SeR refernCia no atendimento da pessoa Com defiCinCia, PoiS A MedicinA PReciSA deSSA qUAlidAde PARA AvAnAR jos serra, governador
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A pessoA com deficinciA no uma coitadinha. s pre-
cisa de estrutura para ser produtiva e viver melhor. paraplgico
desde o nascimento, devido a uma rubola congnita, que
infectou sua me durante a gravidez e afetou seu desenvol-
vimento, diego dos santos sabe o que est dizendo. Aos 23
anos, o tcnico em informtica um dos 80 mil cidados com
deficincia, de so Jos dos campos, que vivencia a gradual
transformao da infraestrutura urbana da cidade no que se
refere acessibilidade .
preocupada em garantir os direitos desses cidados, a prefeitura
de so Jos dos campos, importante centro de indstria tecno-
lgica e stima maior cidade do estado, est promovendo uma
srie de aes, que pouco a pouco vem melhorando a qualidade
de vida desse importante segmento da sociedade.shu
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So JoS doS CampoS deu o primeiro paSSo, Com a Lei CaLada Segura, que tem Como meta tornar 100% do paSSeio pbLiCo aCeSSveL at 2015
o direito de irevir
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Uma das principais medidas foi a criao da Lei calada
segura, que dispe sobre a construo, manuteno e
conservao dos passeios pblicos da cidade. segundo
dados da prefeitura, desde que foi sancionada, em julho
de 2007, at o primeiro semestre de 2009, cerca de 90 mil
metros quadrados de caladas da cidade, ou 40% do total,
foram construdas ou remodeladas de acordo com as novas
normas, que garantem acessibilidade total pessoa com
deficincia ou com dificuldade de locomoo. A meta do
municpio, e o que determina a lei, que, at 2015, todas
as caladas da cidade estejam totalmente adaptadas.
Antes de ser adotada a nova legislao, vigorava no mu-
nicpio uma lei de 1964, que sequer mencionava a palavra
acessibilidade, como se no existissem pessoas com difi-
culdade de se locomover.
no havia legislao especfica, muito menos preocupao
em se aplicar polticas pblicas nessa rea.
As mudanas de postura dos rgos que aprovam novas
construes no pas surgiram aps a aprovao do decreto
federal 5.296, de 2004, que regulamentou as Leis de Aces-
sibilidade e mobilidade Urbana criadas no ano de 2000.
A pessoA com deficinciA no uma Coitadinha. s precisA de estrUtUrA pArA ser prodUtivA e viver meLhordiego dos Santos, tcnico de informtica
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so Jos dos campos mais uma, entre as cidades do
Brasil, que vem se esforando para cumprir a nova legisla-
o. em abril deste ano, foi criada a Assessoria de polticas
para pessoa com deficincia, primeiro rgo especfico
voltado a essa parcela da populao, em toda a histria
do municpio.
o vice- prefeito, Luiz Antnio ngelo da silva, foi uma escolha
natural para assumir o rgo. mdico, j trabalhava h 15
anos como voluntrio de uma onG que atende crianas com
problemas de locomoo. Aliar sua experincia pessoal na
rea capacidade de execuo do poder pblico, no res-
gate da dignidade, da cidadania e, sobretudo, no processo
de incluso social das pessoas com deficincia, foi a prin-
cipal motivao desse especialista em ortopedia peditrica
para assumir o cargo. A criao de um plano municipal de
Acessibilidade, que estabelea as metas e os objetivos
concretos a serem alcanados, um dos objetivos da pasta
e, de acordo com ngelo da silva, deve ser concretizado
at o final da gesto.
o novo rgo tem estrutura enxuta, com apenas seis fun-
cionrios at o momento, e um oramento modesto, de r$
400 mil, menos de 1% do total da prefeitura para 2009, mas
seu principal objetivo articular, fazer com que as polticas
pblicas de acessibilidade sejam aplicadas efetivamente
por outras secretarias, como planejamento Urbano, cultura,
esportes e Lazer, trabalho, educao, entre outras.
o municpio vem obtendo bons resultados em vrias
reas, como no transporte urbano, que conta com 70%
dos veculos adaptados. no entanto, ainda h um longo
caminho a ser percorrido.
os tcnicos no podem se preocupar somente com o
embelezamento. cego no v, cego praticidade, ao.
Alguns pontos da cidade melhoraram, mas necessria
mais ao, aponta o representante do conselho das pes-
soas com deficincia da cidade, Julio Augusto oliveira
coutinho e silva, popularmente conhecido como John
Lennon. deficiente visual, em consequncia de um der-
rame sofrido h 18 anos, o ssia do poeta que sonhava
com uma realidade melhor para todos, por necessidade,
o preconceito AindA mUito GrAnde, e
ainda h muito a Se fazer tiago rodolfo valentim de oliveira, estudante
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nosso prximo pAsso a eLaborao do pLano muniCipaL de
aCeSSibiLidade de so
Jos dos cAmposLuiz antnio ngelo Silva, vice-prefeito
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um pragmtico: A prtica que vai demonstrar se houve avano ou
no. Jlio Augusto fala com conhecimento de causa, no como algum
que se atm aos nmeros oficiais, mas realidade diria, de quem, na
qualidade de vendedor autnomo, circula sozinho por toda a cidade.
talvez a melhor definio da atual situao de so Jos dos campos,
que serve tambm para outras cidades do estado e do pas, a do
estudante tiago rodolfo valentim de oliveira, jovem que teve paralisia
cerebral durante o parto e vivencia, no dia a dia, as dificuldades de uma
pessoa com mobilidade reduzida na locomoo por nossas cidades: o
preconceito ainda muito grande e ainda h muito a se fazer; eu no
vou ser hipcrita. A situao melhorou bastante, a partir de agora, que
temos um canal de comunicao direto com uma pessoa na rea de
comando. melhorou muito, mas ainda falta melhorar mais. o que ns
precisamos de mais oportunidades para que eu possa me incluir na
sociedade e ter mais cidadania.
essa a rdua tarefa que a prefeitura de so Jos dos campos, e outras,
pelo Brasil, vem assumindo, e que os brasileiros, independentemente
de possurem algum tipo de deficincia ou limitao de locomoo,
desejam que seja cumprida.
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30
So JoS doS CampoS
popULAo 595 mil
pessoAs com deficinciA 80 mil
cALAdAs 90 mil metros qUAdrAdos Acessveis (40%)
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os tcnicos no podem se preoCupar Somente Com embeLezamento, ceGo no v, ceGo prAticidAde, AoJulio augusto oliveira Coutinho e Silva, vendedor
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32
Para o PREFEITO DE MARLIA, MRIO BULGARELI, extremamente im-
portante oferecer acessibilidade para garantir a cidadania e melhor qualidade
de vida s pessoas com deficincia, mobilidade reduzida, gestantes e idosos.
Em Marlia, j formamos uma comisso para elaborar o Plano Municipal de
Acessibilidade, que deve formalizar legislao especfica. Enviamos cpia do
cronograma de trabalho ao Cepam e Secretaria de Estado dos Direitos da
Pessoa com Deficincia.
De SANTOS, O PREFEITO, JOO PAULO TAVARES PAPA, conta que o Pla-
no de Acessibilidade do municpio encontra-se em fase final de elaborao. Na
prtica, o governo municipal j desenvolve vrias aes, como a adaptao de
50% dos nibus, que so equipados com plataforma elevatria para o acesso
de cadeiras de rodas. Os prdios pblicos so totalmente acessveis. Para
orientar as construes privadas, a prefeitura editou, distribuiu, e disponibiliza,
em seu site, o Guia de Acessibilidade em Projetos Arquitetnicos.
O PREFEITO DE JUNDIA, MIGUEL HADDAD, tem, por princpio, promover
a acessibilidade em toda a cidade, seja adquirindo nibus adaptados, seja
elaborando projetos de acessibilidade para os terminais urbanos e pontos de
nibus. Desenvolvemos o programa Calada Segura, que determina o padro
oficial para as caladas, incluindo melhorias de maneira geral.
Segundo VITOR LIPPI, PREFEITO DE SOROCABA, a prefeitura tem dado ateno
especial questo da acessibilidade. Um bom exemplo o prdio do Centro de
Referncia em Educao, um dos poucos do pas 100% acessvel. Alm disso,
estamos construindo mais de 70 quilmetros de caladas, por ano, que levam
em conta as normas da acessibilidade. Mantemos um servio especfico para
transporte de pessoa com deficincia, e a prefeitura renovou parte da frota de
coletivos, adquirindo 20 novos nibus tambm equipados com elevadores para
facilitar o acesso dos passageiros com algum tipo de deficincia.
com a palavra, os prefeitos
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33
com a palavra, os
PREfEITOS
O PREFEITO DE PIEDADE, JEREMIAS RIBEIRO PINTO, explica que o
Plano Diretor Municipal da cidade j prev algumas metas de acessibilida-
de. Independentemente disso, a prefeitura realiza estudos para implantar
um Plano Municipal de Acessibilidade especfico nos prximos anos. O
objetivo garantir o direito de ir e vir pleno a todos.
Para o PREFEITO DE JALES, HUMBERTO PARINI, ao garantir a aces-
sibilidade no municpio, vamos construir uma cidade melhor para todos.
Estamos na fase final de elaborao do Plano Municipal de Acessibili-
dade, feito em parceria com a Secretaria de Planejamento, Desenvol-
vimento Econmico e Trnsito, a Associao dos Deficientes Fsicos da
Regio de Jales (Aderj) e o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa
com Deficincia.
FRANCA j conta com o Plano Municipal de Acessibilidade, segundo o
PREFEITO SIDNEI fRANCO DA ROCHA, e j foram construdas vrias
rampas, em ruas e avenidas, numa parceria com a iniciativa privada; sem
falar das 72 escolas municipais e novas creches, que foram ou esto
sendo adaptadas em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educao (FNDE). Est prevista a construo de novas rampas, numa
segunda etapa, em locais a serem definidos.
O PREFEITO DE PIRAJU, fRANCISCO RODRIGUES, conta que a ci-
dade ainda no tem um plano municipal elaborado, mas sabemos da
importncia de implantar esse instrumento e tambm de adaptar e criar
condies para que a pessoa com qualquer tipo de deficincia possa
circular pela cidade e desenvolver suas atividades regularmente. Os
prdios pblicos, inclusive o Pao Municipal, j esto adaptados arqui-
tetonicamente, mas ainda temos muito a fazer por toda a cidade para
torn-la mais acessvel a todos.
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34
J so quase 21 anos de vigncia dos ar-
tigos 227 e 244 da Constituio Federal, que
exigem a garantia de acesso adequado s
pessoas com deficincia nos novos veculos
de transporte coletivo, em caladas e pra-
as, nos edifcios, bem como a adaptao
dos j existentes.
Passaram-se mais de quatro anos desde a
aprovao do Decreto federal 5.296/04, que
definiu prazos para que os edifcios de uso
pblico e coletivo sejam adaptados, alm de
outras medidas. e o que constatamos?
observa-se que a conscincia de acessibilidade
para atender s pessoas com deficincia fsica
j est incorporada por expressiva parcela da
sociedade. possvel ver que as soleiras dos
edifcios j esto sendo trocadas por rampas,
as maanetas redondas esto sendo substitu-
das por outras de mais fcil manuseio, a insta-
lao de elevadores tornou-se mais comum,
as escadas e rampas ganharam corrimos, a
construo de sanitrios segue medidas com-
patveis para uso de pessoa em cadeira de ro-
das e prev barras de apoio.
os meios de comunicao jornais, rdios, tele-
viso j veiculam a necessidade da incluso das
pessoas com deficincia e mobilidade reduzida.
entretanto, no so medidas suficientes para o
conjunto da sociedade, pois h uma parcela da
populao com deficincia que se encontra em
desvantagem no processo de solues para
eliminao de barreiras.
as pessoas com deficincia sensorial visual e
auditiva e as com deficincia intelectual, em sua
maioria, no esto sendo atendidas conforme as
legislaes pertinentes e ainda sentem muita di-
ficuldade para se orientar nos edifcios, nos espa-
os urbanos, compreender os noticirios escritos
e falados, portais, sites e outros meios.o acesso informao e comunicao, para
esse pblico, ainda difcil, a ajuda da sinaliza-
o ttil, sonora e visual implantada adequada-
mente incipiente, em face das necessidades.
ainda no se veem bibliotecas acessveis que
possibilitam e facilitam o acesso do conheci-
mento a quaisquer cidados com o uso das
tecnologias da informao e comunicao
(PuPo, D.T. In: MaNToaN, 2009).
ARTIGO no se esqueam das pessoas com deficincia
sensORIAl
JuARA MORellI TeRRA ROdRIGues
arquITeTa / urbaNIsTa / esPeCIalIsTa eM
saDe PblICa. TCNICa Do CePaM
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35
Como que essas pessoas podem interagir
com os ambientes, quando no h informao
adequada para auxiliar na percepo dos espa-
os, do melhor caminho a ser percorrido, a com-
preenso de um texto ou de uma imagem?
o acesso aos meios de comunicao/informa-
o um requisito imprescindvel ao desenvol-
vimento pessoal e profissional de um indivduo
(DoMINGues at al. In: MaNToaN, 2009).
a presena de recursos humanos, como intrpre-
te da linguagem brasileira de sinais (libras) e in-
trprete oral para surdo que no usa libras, de
grande valia, nos locais de atendimento ao pbli-
co, principalmente nos equipamentos de sade.
preciso definir rotas acessveis nas reas de
circulao dos edifcios de usos pblico e co-
letivo, com pisos tteis no incio e trmino de
rampas e escadas, sinalizao com letras em
alto relevo, em braile, pictogramas e smbolos.
Com esses recursos, o entendimento das pes-
soas com dficit cognitivo e tambm das anal-
fabetas torna-se mais fcil.
recomendvel a insero de mapas tteis
em espaos como terminais de transportes,
hospitais, centros comerciais e esportivos para
facilitar a interao das pessoas com deficin-
cia visual ao ambiente, auxiliando-as no deslo-
camento com autonomia e independncia.
o piso ttil indica o deslocamento mais se-
guro nas caladas, nos locais de travessia de
ruas sempre associadas s faixas de pedes-
tres, e evita o abalroamento com os mobili-
rios urbanos, como telefones pblicos, lixei-
ras, caixas de correio, entre outros.
Muito j foi feito e ainda h muito que se fa-
zer para que seja garantido o exerccio pleno
da cidadania a todas as pessoas. as medidas
de acessibilidade precisam ser ampliadas nas
reas da arquitetura, do urbanismo, do trans-
porte, da comunicao e da informao.
quanto mais rapidamente esses conceitos
forem incorporados e demandados pela so-
ciedade, mais polticas, projetos e planos
municipais de acessibilidade, de carter ver-
dadeiramente inclusivo, sero desenvolvidos
pelo Poder Pblico e pelos tcnicos das mais
diversas reas, promovendo qualidade de
vida para toda a populao.
AdRIAnA ROMeIRO de AlMeIdA PRAdO
arquITeTa / urbaNIsTa / MesTre e esPeCIalIsTa eM
GeroNToloGIa. TCNICa Do CePaM
MaNToaN, M. Teresa e. (org.), baraNausKas, M. Ceclia C. Atores da incluso na universidade: formao e compromisso. Campinas, sP: unicamp, 2009.
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36
A SecretAriA de eStAdo dos direitos da Pessoa
com deficincia de So Paulo (SedPcd), em parceria
com o cepam, est organizando um observatrio para
levantar o panorama da realidade da pessoa com defici-
ncia no estado.
trata-se de um espao virtual no qual sero registrados e
divulgados programas e aes, com abrangncia munici-
pal, regional ou estadual, que visem incluso da pessoa
com deficincia.
As informaes coletadas serviro para estruturar novas
iniciativas de incluso da pessoa com deficincia e o ma-
terial, depois de sistematizado, contribuir para o inter-
cmbio de experincias.
Gestores municipais, entidades, instituies e outros in-
teressados devem registrar os projetos que visem in-
cluso da pessoa com deficincia, por meio de uma pes-
quisa. Basta acessar o endereo http://bit.ly/deficiencia e
cadastrar um log in e senha para participar.
observatrio daAcessibilidAde
NovA ferrAmeNtA de gesto vAi AuxiliAr NA elAborAo e No estAbelecimeNto dAs polticAs pblicAs
Shut
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37
todos os dAdos sero dispoNibilizAdos
No portAl iNstitucioNAl dA sedpcd (www.
pessoAcomdeficieNciA.sp.gov.br) e No do
cepAm (www.cepAm.sp.gov.br).
dvidAs podem ser eNcAmiNhAdAs Ao cepAm,
pelos telefoNes 11 3811-0359/0428 ou e-mAil:
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38
gol de placa
So Paulo ganhou um muSeu aceSSvel e multiSSenSorial PreParado Para receber todoS oS
tiPoS de Pblico
Inaugurado em 2009, o museu do Futebol abriga, desde sua concepo,
um programa de acessibilidade. a revista Fortalecendo Municpios convidou a vereadora e cadeirante mara gabrilli para visitar, pela primeira vez, o espa-
o e conferir as aes voltadas pessoa com deficincia.
Construdo no estdio do Pacaembu, o museu produto de parceria entre o
governo do estado, a Prefeitura de So Paulo e a Fundao roberto marinho.
Suas complexas caractersticas arquitetnicas erguido sob a arquibancada
do estdio, com p-direito triplo e em rea tombada no impediram a in-
sero de itens necessrios para receber o pblico com deficincia, como
elevadores e sanitrios adaptados. mas, como o conceito de acessibilidade
ultrapassa as barreiras arquitetnicas, o museu do Futebol tambm preparou
contedos e atraes especficos, com estmulos para todos os sentidos.
-
39
Logo na entrada, mara fez questo de observar detalhadamente o local.
Ser que o balco das bilheterias est na altura certa? o piso ttil no se-
gue at esta sala, por qu? esse telo no poderia ficar um pouco mais para
baixo?. ao mesmo tempo, entretinha-se com as atraes iniciais. adorei
o vdeo que apresenta, na legenda, o (governador) Serra como torcedor do
Palmeiras. na rea das flmulas, mostrou estranhamento: u, Corinthians
Palmeirense?, referindo-se ao escudo do time almirante Barroso, de Santa
Catarina, que contm o smbolo do primeiro, com as cores do segundo. um
telo apresentava virtualmente a totalidade do museu, com pessoas (avata-
res) circulando por suas diferentes salas. mara comentou, bem-humorada:
Falta um cadeirante no meio do povo. Surpreendeu-se, em seguida: ah,
no. Tem um ali. e tem um cego tambm. uma graa, esse programa.
Tudo Converge Para uma linguagem univerSal, que reSPeita aS diferenaS e aBre aS PorTaS Para Todo mundomara gabrilli, vereadora de So Paulo
Fotos: W. rios
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viSitaode Tera a domIngo, daS 10h S 17h,
r$ 6,00 InTeIra e r$ 3,00 meIa
www.muSeudofutebol.org.br
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o olhar apurado de mara gabrilli para o tema faz parte da rotina de quem
foi a primeira titular da Secretaria da Pessoa com deficincia e mobilidade
reduzida da Capital paulista, entre 2005 e 2007. atualmente, mara verea-
dora, reeleita em 2009, com 79 mil votos, a maior votao recebida por uma
mulher em todo o Pas. alm disso, psicloga, publicitria e empreende-
dora social.
no sou to apaixonada por futebol. mas toro para o So Paulo, revela.
enquanto observa uma das 23 maquetes tteis para o pblico cego, mara
apresentada a uma das funcionrias capacitadas para fazer o atendimento na
Lngua Brasileira de Sinais (Libras). ento, vocs aprendem isso aqui mes-mo? Que bom. Foi a minha primeira lei aprovada, referindo-se Lei 14.441,
de 20 de junho de 2007, que criou, em So Paulo, uma central de intrpretes
de Libras e guias-intrpretes para surdocegos.
na Sala dos gols, h depoimentos dados especialmente para o museu por
diversas personalidades. mara questiona: no tem narrao do osmar San-
tos? Tem que achar narrao dele, porque um cone. um arquivo com a voz
do criador de vrios jarges futebolsticos, como ripa na chulipa e pimba
na gorduchinha, ento, mostrado na rea ao lado, a Sala de rdio, que
tambm oferece gols eternizados por vozes como as de ary Barroso, edson
Leite, Fiori gigliotti e Pedro Luiz.
na sada do museu que encerrara pouco tempo antes as atividades para
o pblico , j com as luzes se apagando, mara sorriu, naquela escurido.
estava pensando sobre como o visitante cego iria saber como uma joga-
da de futebol. at que vi as placas com os relevos de jogadores (para serem
tateadas). Fiquei emocionada. da mesma maneira, se um surdo chegar na
rea das torcidas (Sala da exaltao). aquilo tem uma intensidade to grande
que no precisa ouvir para sentir. e concluiu: Tudo converge para um mu-
seu universal, uma linguagem universal, que respeita as diferenas e abre
as portas para todo mundo. Isso o fundamental. Quem vem aqui, sai com
a leitura completa.
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Deciso tornou obrigatria a criao De vagas para pessoas com Deficincia nas empresas
Shut
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Lei De cotasa maioridade da
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BuScamoS conScientizar que toDos tm Direitos e Deveres, tanto por parte daS empreSaS como daS peSSoaS com deficincia marinalva da silva cruz, coordenadora do padef
em 24 de julho, a lei de cotas completou o seu 18o aniversrio.
um bom momento para refletir sobre as conquistas obtidas nesse
perodo e sobre aquilo que ainda precisa ser melhorado.
Segundo a secretria dos direitos da pessoa com deficincia, li-
namara rizzo Battistella, a lei de cotas foi importante para as
pessoas com deficincia, mas tambm para toda a sociedade. para
ela, toda vez que trazemos a diversidade para dentro do processo,
certamente todos saem ganhando.
apesar disso, a lei 8.213/91 apresenta adeso das empresas aqum
do necessrio. a lei obriga, quem tem mais de cem funcionrios,
a destinar de 2% a 5% dos postos de trabalho para pessoas com
deficincia. o descumprimento ocorre mesmo com a previso de
multas, que variam de r$ 1,3 mil a r$ 132,9 mil, calculadas a partir de
variveis como tamanho da empresa e reincidncia da infrao.
o estado de So paulo apresenta a melhor mdia de observao
da lei de cotas no pas, com 39,7%. de acordo com o ministrio
do trabalho e emprego, o ndice nacional de apenas 15,4%. o
mesmo ministrio aponta que, entre 2000 e 2008, So paulo foi
responsvel por 43% da aplicao da medida em todo o pas.
uma das aes do governo do estado que contribui para tais ndices
o programa de apoio pessoa com deficincia (padef), da Secre-
taria de emprego e relaes do trabalho (Sert). a atuao do padef
abrange, alm de intermediao de mo de obra, a oferta de cursos de
qualificao e assessoria tcnica para as empresas interessadas.
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Segundo o secretrio da Sert, Guilherme afif domingos, o padef impor-
tante por proporcionar o encontro entre o trabalhador com deficincia e o
empregador. ele explica que nos processos de seleo so observados a
demanda, o perfil e o melhor ramo para a incluso da pessoa com deficincia
no mercado de trabalho. as empresas oferecem os servios de recrutamento
e seleo e promovem palestras para conscientizar os funcionrios sobre
a importncia de considerar a particularidade de cada candidato durante os
processos seletivos.
marinalva da Silva cruz, coordenadora do programa, afirma que o carter
multifacetado do padef objetiva trabalhar as diferenas de forma igual.
Buscamos conscientizar que todos tm direitos e deveres, tanto por parte
das empresas como das pessoas com deficincia.
o padef est disponvel em todos os postos de atendimento ao trabalhador
(pats), da Secretaria de estado do emprego. nesses locais, as pessoas com
deficincia fazem cadastro, passam por seleo e so encaminhadas para
o mercado de trabalho.
o programa tambm atende os empregadores. um dos pontos mais abor-
dados justamente o cumprimento da lei de cotas. ainda oferece asses-
soria tcnica s empresas em relao anlise de funes, acessibilidade
e estrutura do ambiente de trabalho.
o padef registra uma escala ascendente de contrataes de pessoas com
deficincia. Somente em 2008, foram admitidos 14 mil candidatos. trata-se
de um nmero trs vezes maior do que a soma de todos os anos anteriores
do programa.
toda vez que trazemoS a diverSidade para dentro do proceSSo, a socieDaDe sai ganhanDo Linamara rizzo battistella, secretria dos
direitos da pessoa com deficincia
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45
servio
no entanto, marinalva no pretende parar por a, demos um salto no decorrer dos anos.
fiquei muito feliz de j termos empregadas, no estado, 90 mil pessoas com deficincia,
segundo informaes do ministrio do trabalho. mas claro que ainda no estamos
totalmente satisfeitos. trabalhamos para esse quadro melhorar ainda mais.
com esse esprito que a lei de cotas pode avanar em todo o pas. na soma do
reconhecimento das melhorias, da vigilncia constante da legislao e da criao
de programas, por parte do poder pblico, para ampliar esse processo. S assim
ser possvel comemorar ano a ano a lei de cotas como um instrumento cada vez
mais efetivo na integrao da sociedade.
as pessoas com deficincia e os empregadores interessados no padef podem se
dirigir a um pat ou rua Boa vista, 170, 1o andar, centro, So paulo (Sp), portando
rG, carteira de trabalho e cpf. o telefone do padef 11 3241-7172. mais informa-
es no site www.emprego.sp.gov.br.
o padef importante por proporcionar o encontro entre o trabaLhaDor com Deficincia e o empregaDor guilherme afif Domingos, secretrio do emprego e relaes do trabalho
Shut
ters
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pioneiro DesDe 1991, o Cepam CoorDena os trabalhos Da Comisso De aCessibiliDaDe a eDifiCaes e meio, que realiza estuDos e Desenvolve normas para a assoCiao brasileira De normas tCniCas (abnt)
trabalho
Shut
ters
tock
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acessibilidade nos municpios como aplicar o Decreto 5.296/04
2a edio
Com extenSa produo sobre o tema da acessibilidade (38 ttulos), o
Cepam tornou-se referncia para todos aqueles que lutam por uma socie-
dade justa e solidria.
o ltimo lanamento, Acessibilidade nos Municpios Como aplicar o De-creto 5.296/04, j na segunda edio, um verdadeiro guia de acessibilida-de para os municpios.
prefeitos, vereadores, secretrios e agentes pblicos em geral encontram,
na publicao, todas as informaes necessrias para adequar os espaos
pblicos e equipamentos urbanos pessoa com deficincia ou com mobi-
lidade reduzida.
de forma simples e didtica, as exigncias legais, que so de competncia
municipal, so detalhadas por meio de comentrios e ilustraes. o livro
tambm apresenta solues tcnicas para eliminar as barreiras arquitetni-
cas e urbansticas nos transportes, e na comunicao e informao. aborda
tambm os aspectos e prazos para a elaborao do plano municipal de
acessibilidade, auxiliando os municpios a desenvolverem polticas pblicas
de incluso para garantir os direitos da pessoa com deficincia.
So mais de 200 pginas de conceitos fundamentais em acessibilidade: o
atendimento prioritrio; as Condies Gerais de acessibilidade; a Imple-
mentao da acessibilidade arquitetnica e urbanstica; a acessibilidade
aos Servios de transportes Coletivos; o acesso Informao e Comuni-
cao; ajudas tcnicas; e o programa nacional de acessibilidade; alm de
referncias e anexos com a legislao.
faa download Do livro no
portal Do Cepam aCeSSe www.Cepam.sp.gov.br
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Cepam
Na pgina principal do Cepam, clique em Acessibilidade. L possvel participar
da pesquisa para elaborao do Observatrio dos Direitos da Pessoa com
Deficincia. Tambm esto disponveis os contedos das oficinas, destinados
elaborao do Plano Municipal de Acessibilidade. Ainda pode ser acessado o
livro publicado pelo Cepam Acessibilidade nos Municpios Como Aplicar o Decreto 5.269/04.
www.cepam.sp.gov.br
SeCretaria doS direitoS da peSSoa Com defiCinCia O site disponibiliza informaes sobre cada um dos programas da pasta. Aborda temas como Desenho Universal, Educao
Inclusiva e Transporte Acessvel.
www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br.
portal mara Gabrilli
Apresenta dados sobre pessoas com deficincia, lista as diversas
legislaes sobre o tema e apresenta o Telelibras, um telejornal
inclusivo feito pela ONG Vez da Voz.
www.maragabrilli.com.br.
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na redebiblioteCa Virtual Disponibiliza, na seo Cidadania, uma srie de informaes e links para a pessoa com deficincia. Entre eles, esto bibliotecas em braile, como a do Centro
Cultural So Paulo e a de Campinas, instituies e rgos de apoio pessoa com
deficincia, oportunidades de emprego e renda, dados sobre a Lngua Brasileira de
Sinais (Libras), sobre transporte pblico e vagas em estacionamentos.
www.bibliotecavirtual.sp.gov.br
Guia braSil para todoS
A cadeirante Andrea Schwarz e seu marido, o publicitrio Jaques
Haber, elaboraram o Guia Brasil para Todos, com dicas tursticas e culturais para pessoa com deficincia em dez capitais brasileiras,
inclusive So Paulo.
www.brasilparatodos.com.br
Blog arquitetura aCeSSVelFeito pela arquiteta Thais Frota, o site frisa que se o lugar no est acessvel para todos, ento o lugar deficiente. Mostra
diversos exemplos prticos de arquitetura acessvel, incluindo uma
classificao por smbolos (no acessvel, acessvel para poucas
pessoas e acessvel).
http://thaisfrota.wordpress.com
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aSSoCiao naCional doS membroS do miniStrio pbliCo de defeSa doS direitoS doS idoSoS e peSSoaS Com defiCinCia (ampid)
Promove e defende os direitos da pessoa idosa e da pessoa com deficincia.
www.ampid.org.br
Blog do Jairo marqueSCadeirante desde a infncia, reprter do jornal Folha de S. Paulo h sete anos, j participou das mais diversas coberturas pelo Pas. Jairo ingressou
no peridico por meio do programa de treinamento da 27a turma, em 1999,
poucos meses aps se formar em jornalismo pela Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul. Depois de vrias andanas pelo Brasil, conhecendo
distintas realidades de vida, resolveu fazer ps-graduao em Jornalismo
Social, na Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (PUC-SP). Atualmente,
chefe de reportagem da Agncia Folha, e coordena a produo da equipe de
correspondentes nacionais e mais um grupo de reprteres na sede, em So
Paulo. Nasceu em Trs Lagoas (MS).
http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/
na rede