por que falar disso? por que falar disso? sÓ parar gerar ansiedade????

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Page 1: POR QUE FALAR DISSO? POR QUE FALAR DISSO? SÓ PARAR GERAR ANSIEDADE????
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POR QUE FALAR DISSO?

SÓ PARAR GERAR ANSIEDADE????

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MAS POR QUE FALAR DISSO MESMO?Uma epidemia mundial*Não importa se rico ou pobre, a ansiedade ataca todos os países do mundo em maior ou menor grau

5% Egito5% México5% Equador6% Etiópia7% Turquia

13% Alemanha16% Arábia Saudita

19% China20% Holanda

20% Inglaterra21% Canadá

23% África do Sul23% Brasil

24% Colombia25% EUA

28% Paquistão

* Em porcentagem de pessoas que têm ao menos um transtorno de ansiedade ao longo da vida.Fonte Organização Mundial da Saúde – Cross-national comparisons of the prevalences and correlates of mental disorders, 2000 e 2004.

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MAS POR QUE FALAR MAIS DISSO MESMO?

- A investigação sobre os transtornos de ansiedade na infância e adolescência é relativamente recente;- Taxas de prevalências elevadas;- Por ocupar um lugar de destaque na compreensão da psicopatologia infanto-juvenil;- Em termos psicopatológicos = dificuldade em distinguir a ansiedade normal da patológica;*No caso da criança, esta dificuldade cresce devido aos aspectos evolutivos.

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Um breve históricoExistem relatos de casos desde os séculos que antecedem o nascimento de Cristo. (Pereggino, 1997)Grécia clássica – primeiros registrosO termo em si é novo, tem pouco mais de 100 anos de idade.

A palavra ansiedade: Primeiro do alemão: Angst; depois do grego antigo: ; e do latim: angor. E angor, por sua

vez, procedeu da palavra egípcia ankh. No Egito antigo, esse era o nome dado ao símbolo do sopro da vida, que

tinha origem na primeira tomada de ar de um bebê na hora do nascimento. Ou seja, já na raiz mais remota, a

ansiedade estava relacionada à respiração – ou à falta dela.

Mais comum: deriva do grego - significado "estrangular, sufocar, oprimir". (Graeff, et al. 1999)

Sigmund Freud, no fim do século 19 - Definição bem pouco precisa: ansiedade é o medo de “algo incerto, sem objeto”.

Atualmente (1947) - "Idade da Ansiedade". Pois, viver ansiosamente passou a ser considerada uma condição da qual, de certa forma, todos estão atrelados . Ballone, 2005).

Aubrey Lewis, 1967 - O significado mais aceito hoje em dia > “Um estado emocional com a qualidade do medo, desagradável, dirigido para o futuro, desproporcional e com desconforto subjetivo”.

Os primeiros relatos de casos clínicos de crianças com sintomas de ansiedade datam do início do século XX. Em 1909, Freud publicou o caso do pequeno Hans, um menino de cinco anos que apresentava um quadro de neurose fóbica.

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Toda época tem seus motivos de preocupação e de incômodos dos homens ao longo dos tempos

PASSADOPredadoresNa Pré-História, qualquer truque para escapar de predadores era bem-vindo. Foi principalmente nessa época que a ansiedade definia quem iria sobreviver e quem não. Os mais preocupados fugiam rapidinho, e os distraídos viravam presa fácil.ReligiãoAntes do Iluminismo, era comum acreditar que qualquer deslize de comportamento poderia determinar se a pessoa ia para o céu ou para o inferno depois de morrer. Imagine a ansiedade de quem achava que havia alguém o vigiando o tempo todo?DoençasAté a descoberta do antibiótico, uma pneumonia ou uma diarréia podiam matar um homem adulto a qualquer instante. Toda gripezinha boba, então, era motivo de preocupação constante, porque era impossível prever se ela seria fatal ou não.

PRESENTE Emprego Desde a Revolução Industrial, ter um emprego

significa ter recursos para sobreviver. Além de pagar as contas, quer emos qualidade de vida, ser reconhecido e estar satisfeito no trabalho.

Amor Achar um parceiro compreensível , legal e

apaixonado. Muita gente perde boas noites de sono de preocupação.

Sucesso Somos bombardeados com histórias de pessoas

lindas e bem-sucedidas nas novelas ou na capa de revistas. E sempre saímos perdendo. Por que todo mundo não é tão vitorioso?

• Informação• A internet e a TV são um prato cheio para causar

ansiedade. Há tanta coisa acontecendo ao redor do mundo que fica difícil acompanhar todas as notícias. Achar tempo para pensar e formar opiniões sobre todos os assuntos é impossível – e frustrante.

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DEFINIÇÃO ATUAL

A ansiedade é um estado de humor desconfortável, uma inquietação e uma apreensão interna em relação ao futuro. Manifestações estas que levam a respostas somáticas, fisiológicas e psíquicas (e comportamentais). (Segundo Dalgalarrondo, 2000) Respostas => objetivo de proteção

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Prevalência dos Transtornos de Ansiedade (TAs)

-São reconhecidos como alguns dos transtornos mentais mais prevalentes em crianças e adolescentes, atrás apenas do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e do Transtorno de Conduta (Asbahr, 2004).

-Estudos epidemiológicos em populações americanas indicaram prevalência estimada de 8 a 12% em infanto-juvenis (Costello, 1989; Spence, 1998).

-No Brasil, um estudo populacional - prevalência de 4,6% em crianças e 5,8% entre os adolescentes (Fleitlich-Bilyk & Goodman, 2004).

-Na Inglaterra, Ford, Goodman e Meltzer (2003) observaram índices de morbidade similares aos encontrados na pesquisa brasileira e indicaram prevalência de 3,4% em crianças e 5,04% em adolescentes.

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Manifestações1) Podem gerar importantes prejuízos no funcionamento normal do indivíduo (Last, Perrin, Hersen & Kazdin, 1996).

2) Leva ao desenvolvimento de estratégias compensatórias para evitar o contato com aquilo que lhe causa temor.

3) Implicações de médio e longo prazo: diminuição de auto- estima e o desinteresse pela vida (APA, 2000).

4) Quando é presente na infância ou na adolescência e não há tratamento adequado, há incremento na possibilidade do progressivo agravamento da condição mórbida ao longo da vida (Walkup & cols ., 2008).

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Manifestações clínicas

Sintomas somáticos autonômicos: taquicardia, vasoconstrição, sudorese, aumento do peristaltismo, piloereção, midríase;

Musculares: dores, contraturas, tremores;

Cenestésicos: parestesias, calafrios, dormências;

Respiratórios: taquipnéia, sufocação, afogamento;

Psíquicas: tensão, nervosismo, mal estar indefinido, insegurança, dificuldade de concentração, sensação de estranheza ou despersonalização.

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Classificações DSM IVSão classificados como transtornos de ansiedade:- O ataque de pânico;- O transtorno de pânico com ou sem agorafobia; - As fobias específicas e fobia social; - O transtorno obsessivo-compulsivo; - O transtorno de ansiedade generalizada; - O transtorno de estresse pós-traumático; - O transtorno de estresse agudo; - O TA devido a uma condição médica, induzido por alguma substância ou sem outra especificação.

Tanto a criança quanto o adolescente podem receber qualquer um destes diagnósticos (Spence & cols., 2001).

O Transtorno de Ansiedade de Separação é o único definido como exclusivo da infância e adolescência (APA, 2000).Só em 1975 entra na Classificação Internacional de Doenças (CID-9)

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Transtorno de Ansiedade de SeparaçãoCaracteriza-se pela experimentação de ansiedade excessiva em função do afastamento de casa ou de figuras de vinculação. A reação emocional fazer parte do funcionamento normal de crianças muito pequenas até a idade pré-escolar.

Pelo menos, três sintomas:-sofrimento excessivo e recorrente frente à ocorrência ou previsão de afastamento; -preocupação persistente e excessiva acerca de perigos envolvendo os pais ou a si próprio; -recusa ou relutância a ir para a escola, ou para outros lugares, desacompanhado; -temor excessivo de ficar sozinho em casa;- dificuldades para adormecer sem uma figura de vinculação ou para dormir fora de casa; -pesadelos frequentes envolvendo o tema separação e queixas somáticas persistentes.Pode ocorrer no sono ou vigília e associados a sintomas somáticos

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Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social

Vivência exagerada e persistente de ansiedade a estranhos. Crianças com até 2,5 anos de idade e deve ser entendido como parte do desenvolvimento infantil normal. Entretanto, após este período, se o estranhamento persistir e interferir na construção de uma vida social, é possível que este desconforto tenha se tornado patológico (Chavira & Stein, 2005).

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Não respeitar a crianças;Expor à estranhos;Exagerar nos temores;Ficar repetindo o problema;Valorizar a situação de estranhamento;Desvalorizar as pessoas;Ser muito desconfiado.

Trabalhar a fé (na vida, nas pessoas, nela, na família);Conter o ciúme;Valorizar suas aproximações – orientando;Ajudá-la a superar as dificuldades

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Transtorno de Ansiedade Generalizada

O TAG caracteriza-se pela presença de preocupações excessivas e incontroláveis sobre diferentes aspectos da vida. Incluem ansiedade e preocupação excessiva e de difícil controle com diversos eventosApresentar três de seis sintomas físicos tais como: inquietação; fadigabilidade; dificuldade de concentração; irritabilidade; tensão muscular ou perturbações do sono. Maior incidência em crianças a partir de 12 anos

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Características comuns nos paciente-Subestimam a própria capacidade de lidar com as situações cotidianas, em especial as que envolvem a avaliação de terceiros.

-Apresentam uma autocrítica exagerada, são perfeccionistas.

-São capazes de cometerem distorções cognitivas que tornam um pequeno erro um fracasso enorme.

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Algumas Dicas

Valorizar os acertos e qualidades verdadeiros;

Ser modelo de SER HUMANO que também erra;

Evitar criticas à ela, à familiares (pais separados),

Evitar demonstrar preocupação exagerada;

Evitar dividir assuntos, informações (filmes, jogos, outros) acima da idade indicada.

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AnsiedadeEpisódica

Fásica: Transtorno do pânico

Tônica: Transtorno de ansiedade generalizada

Situacional ou flutuante: associada a eventos, situações ou objetos

Habitual: traço de personalidade

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Estudos prospectivos mostram:

-A ansiedade de separação e as fobias - são mais comuns na criança mais nova, -Ansiedade exagerada no final da infância,-Fobia social no adolescente-Transtorno do pânico ao final da adolescência -Ansiedade generalizada e TOC no início da vida adulta

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Estudos prospectivos mostram:

As diferenças de gênero aparecem a partir dos 6 anos. A partir desta idade, todos os distúrbios de ansiedade, com exceção do TOC, são mais comuns em meninas

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PRECAUÇÕES

Quando os TAs não são devida e precocemente tratados, comorbidades como Abuso de

Substâncias, Depressão e Suicídio são apontados como os principais desfechos na vida adulta

(Ferdinand & Verhulst, 1995; Pina & cols., 2002).

Uma pesquisa retrospectiva brasileira revelou que 59,5% dos sujeitos em tratamento para Transtorno de Pânico apresentavam história de ansiedade na

infância, com considerável prevalência de TAG (Manfro & cols., 2002).

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Ansiedade X Medo

Medo: É um sentimento produzido pela percepção de um perigo presente ou iminente,sendo normal em situações apropriadas, OU sentimento de receio, temor ou susto

Ansiedade: sentimento de perturbação causada pela incerteza; “incerteza aflitiva”

* A Ansiedade é um sentimento mais complexo do que o Medo.

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MEDOS, MEDOS...

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Vale ressaltar que esses são medos considerados “naturais” e que passam

conforme o crescimento físico e emocional da criança.

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Medos Evolutivos

0 a 2 anos: perda brusca da base de sustentação, ruídos fortes, estranhos ,separação dos pais, feridas ,animais, escuridão3 a 5 anos: diminuem: perda de suporte, estranhos mantém:_ruídos fortes, separação, animais, escuridão Aumentam: feridas, pessoas fantasiadas6 a 8 anos: diminuem: pessoas fantasiadas, ruídos fortes mantém: separação, animais,escuridão,ferimentos aumentam: seres imaginários, tempestades, solidão,escola

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Medos Evolutivos

Reação a estranhos, ou estranhamento: as primeiras reações de ansiedade normal ocorrem aos 7 ou 8 meses de idade

Ansiedade de separação:sintomatologia mais exuberante; bebê demonstra medo intenso, ou desconforto ao ser deixado com estranhos. Pode indicar evolução posterior para distúrbio da ansiedade

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Medos Evolutivos

9 a 12 anos diminuem: separação, seres imaginários, escuro, solidãomantém: animais, ferimentos,tempestadesaumentam: escola (provas, suspensões), aspecto físico, relacionamentos, morte

13 a 18 anos diminuem: tempestadesmantém: animais, danos físicosAumentam: escola

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Fatores de proteçãoIdentificam como fatores de proteçãoFatores da própria criança-o temperamento positivo- a inteligência acima da média- a competência social (realização acadêmica, participação e competência em atividades- habilidade de se relacionar facilmente, alta auto-estima e senso de eficácia).

Fatores familiares -O suporte dos pais- a proximidade da família-um ambiente de regras adequado.

Fatores da comunidadeos relacionamentos que a criança apresenta com seus pares (fora da família)com outros adultos significativoscom instituições com as quais ela mantenha contato, dentre outros

Em tempos difíceis, a compreensão e construção de forças e virtudes, como: valores, perspectivas, integridade torna-se mais urgente. Neste sentido, as forças e virtudes funcionam como pára-choque contra o infortúnio e desordens psicológicas, e podem ser a chave para a construção da resiliência (Seligman, 2002).

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Tratamentos

MedicamentosoPsicológico (corporais, cognitivas, outras)Terapias (homeopatia, acupuntura)Atividades físicasRelaxamentoMeditação (pais, Mindfulness)Participação em grupos e sociais Outros

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Dicas