popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

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POPULAÇÕES Profª. Andréa Bezerra de Castro Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA Instituto de Saúde e Produção Animal Disciplina: Zoologia

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Page 1: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

POPULAÇÕES

Profª. Andréa Bezerra de Castro

Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRAInstituto de Saúde e Produção Animal

Disciplina: Zoologia

Page 2: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Características gerais

• É um grupo de organismos de uma dada espécie isolado em certo grau de indivíduos da mesma espécie por barreiras geográficas ou topográficas: uma ilha, uma cadeia de montanhas, ou por limite estabelecido.

Ex: moscas que atacam plantações de feijão, lagartas em uma certa lavoura, ratos em um silo, etc.

Page 3: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

• O isolamento pode ser temporário: indivíduos alados

Ex: roseiras infestadas por pulgões parecem ter população isoladas.

Page 4: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Biologia da Espécie

tamanho; ciclo de vida (psilideos- 200 - 800 ovos/fêmea); hábitos (comportamento).

Aspectos da fisiologia dos organismos:

Proporção sexual; Distribuição etária; Padrão genético da população.

Page 5: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Dinâmica de Populações

• É o estudo das variações no número de indivíduos da população e dos fatores que influenciam essas variações;

Page 6: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

• Os fatores que interferem na dinâmica das populações

• BIÓTICOS relações entre os seres vivos:

Competição por alimento;

Por abrigo;

Predação;

Canibalismo;

Page 7: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

• Os fatores que interferem na dinâmica das populações

• ABIÓTICOS fatores do ambiente:

Temperatura;

Umidade relativa do ar;

Pluviosidade;

pH do solo.

Page 8: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Em estudos de Dinâmica populacional de pragas, deve-se levar em conta:

• a identificação da(s) espécie (s)• determinação do ciclo e número de gerações• fatores chaves de controle de populações• organismos úteis ao manejo da praga• plantas hospedeiras• distância do vôo e forma de disseminação• Razão sexual (RS), cuja fórmula é;

RS = n° de machos + n° de fêmeasn° de fêmeas

Page 9: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

PRAGA

• Qualquer animal que venha a competir com o homem pelo alimento por ele produzido é considerado praga.

• Os animais são considerados pragas quando sua densidade populacional acarreta perdas econômicas ao homem.

• Nível de Dano Econômico (NDE), consiste na menor densidade populacional de um animal que poderá causar dano econômico.

O animal é considerado praga só a partir desse nível.

Page 10: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

As pragas podem ser dos seguintes tipos:

Pragas constantes ou pragas-chave Estão sempre presentes na cultura e causam danos econômicos a cada ano, pois seus níveis populacionais variam pouco de ano para ano.

Exemplo: moleque-da-bananeira, moscas-das-frutas, percevejo da soja, etc..

moscas-das-frutasmoleque-da-bananeira percevejo da soja

Page 11: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Pragas ocasionais

Apresentam normalmente baixo nível populacional, todavia condições ambientais favoráveis podem propiciar um aumento rápido da população.

Exemplo: lagartas-dos-cafezais, coleobrocas-dos-citros, curuquerê-dos-capinzais etc..

curuquerê-dos-capinzais e milho

coleobrocas-dos-citros

lagartas-dos-cafezais

Page 12: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Pragas secundárias

Ocorrem em nível populacional baixo, mas podem tornar-se de importância econômica, em função de algum desequilíbrio ecológico ou fatores ambientais.

Exemplos: psilideos (vetor-citros), vaquinhas, bicho-do-cesto, etc..

bicho-do-cestopsilideos vaquinhas

Page 13: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Vetores

Mesmo com baixa densidade são capazes de causar dano econômico, pela transmissão de fïtopatógenos que acarretam doenças às plantas.

Exemplos: cigarrinhas, pulgões, tripés, etc..

cigarrinhas pulgões tripes

Page 14: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Ameixa (Prunus sp.), Damasco (Prunusarmeniaca), Maça (Malus sp.), Marmelo (Cydonia oblonga), Nectarina (Prunuspersica var. nucipersica), Pêra (Pyrussp.)e Pêssego (Prunus persica).

Cydia pomonella maçã

Hospedeiros primários: Carambola (Averrhoa carambola), Goiaba (Psidiumguajava), Jambo vermelho (Syzygiummalaccensis).

Hospedeiros secundários: Acerola (Malpighia puncifolia), Tangerina (Citrusreticulata) e Tomate (Licopersicumesculentum).

Bactrocera carambolae – mosca da

carambola

PRAGAS CULTURAS QUE ATACAM

Page 15: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

As pragas são criadas pelo homem

Características que favorecem o desenvolvimento das pragas em:

Sistemas de monocultura• alimento praticamente ilimitado;• apresentam populações vegetais homogêneas (espécie, a cultivar e a idade)• sincronismo nos processos fenológicos (como crescimento, floração, frutificação, etc..)

Page 16: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Ecossistemas

• apresentam continuidade no tempo e no espaço;

• apresentam uma grande diversidade de espécies vegetais,

com várias idades;

• raro sincronismo dos processos fenológicos;

• levaram dezenas de milhares de anos para se formar.

Page 17: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Características importantes das pragas: oportunistas ou colonizadoras

• pequeno porte;

• alta mobilidade;

• tendência a imigração

• amadurecimento sexual rápido, início precoce da reprodução;

• produção de uma grande prole por indivíduo;

• gerações curtas.

• animais adaptados a habitats instáveis como os sistemas de monocultura e considerados r-estrategistas.

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a. ovo; b. 1º instar; c. 2º instar; d. 3º instar; e. pupa

adulto Ovos em espiral

Adulto recém eclodido

Brotações de citros infestadas de mosca negra

Mosca negra em citros

Page 19: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Características das pragas adaptadas a habitats estáveis:

• baixa tendência a imigração;

• amadurecimento sexual mais lento;

• início mais tardio da reprodução;

• produção de pequena prole por indivíduo;

• gerações mais longas;

• são considerados animais K-estrategistas.

Page 20: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Tipos de danos causados pelas pragas

• Ao mastigar folhas, gemas, talos ou frutos das plantas. Os danos causados consistem em arrancar as partes externas de uma planta;

• Ao sugar a seiva das folhas, gemas, talos e frutos. Consiste em perfurar a epiderme e sugar a seiva das células do interior

• Ao bloquear o caule, talo, ramos, frutos e sementes, ou viver entre as folhas se alimentando do mesofílo (minadores).

Nemátode

Joaninha

Lagarta

Page 21: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

• Ao provocar crescimentos cancerosos sobre as plantas que vivem ou se alimentam (animais galhadores);

• Ao atacar as raízes e talos subterrâneos;

• Ao depositar seus ovos em alguma parte das plantas (postura endofïtica);

Nematóides

Page 22: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

• Ao transportar e estabelecer outros animais nas plantas;

• Ao disseminar patógenos (bactérias, protozoários, vírus ou fungos) infectando os tecidos das plantas;

Produção de mudas sem qualidadeTransporte de fungos em restos de culturas

Ácaro vermelho das palmeiras – Raoiella indica

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Métodos de Controle de Pragas

a) Controle legislativo Consiste em medidas de caráter legal com a finalidade de impedir a introdução de novas pragas no país, evitar ou retardar a disseminação nas diferentes regiões.

Moco da bananeira: Ralstonia solanacearum

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b) Controle mecânico Consiste na coleta e destruição dos animais em suas diversas fases do desenvolvimento. Inclui a catação, esmagamento, enterrio de partes vegetais atacadas, etc.

Caramujo: Achatina fulica

Page 25: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

c) Controle cultural Refere-se ao uso de tratos culturais, quando realizados no momento oportuno. Pode incluir rotação de culturas,, aração, adubação entre outros.

Desbaste Sacos de polietileno para proteção contra insetos

Limpeza

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d) Controle físico Caracteriza-se no uso de processos físicos na diminuição dos níveis populacionais de uma certa praga. Inclui a inundação, drenagem, radiações, variações de temperatura, entre outras.

Arroz irrigado – controle de plantas daninhas por inundação.

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e) Controle Biológico

Os patógenos são representados por: vírus, bactérias, fungos, protozoários, nematóides.

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Temos como exemplo:

• O controle da lagarta da soja Anticarsia gemmatalis pelo vírus Baculovirus anticarsia;

• A utilização de fungos como Metharizium anisopliae no controle de cigarrinhas das pastagens;

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O fungo Nomuraea rileyi no controle da lagarta da soja;

• Bauveria bassiana no controle de vários insetos, como o moleque da bananeira (Cosmopolites sordidus);

Page 30: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

A utilização de Nosema locustae(protozoário) no controle de gafanhotos;

O uso do nematóide Deladenus siricidicola no controle da vespa da madeira (Sirex noctilio)

Page 31: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Como principais predadores temos:

Ácaros pertencentes a Phytoseidae;

Aranhas como Euophrys sutrix

predadora de moscas-das-frutas;

Louva a deus;

Percevejos;

Crisopídeos;

Page 32: Popula+ç+òes e din+émica de popula+ç+òes para floresta

Como principais predadores temos:

Besouros;

Moscas;

Vespas;

Aves.

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Bibliografia consultada

Flávio Roberto Mello Garcia. Zoologia Agrícola: Manejo Ecológico de Pragas. 3 ed. Ampl. – Porto Alegre: Editora Rígel. 256p. 2008