pool in vivo et al. - portal da uece · mitocôndrias são as organelas mais evidentes e são...

59
17 1. INTRODUÇÃO Os caprinos são considerados animais economicamente atrativos por serem importantes fontes de carne, leite e pele. Além de estarem presentes em todos os continentes, no Brasil, eles desempenham importantes papéis econômico e social, especialmente na região nordeste do país. Nas últimas décadas, uma quantidade significativa de pesquisas tem sido realizada na área de reprodução animal, visando aumentar o potencial reprodutivo de caprinos de alto valor zootécnico ou em via de extinção. O grande desafio destes estudos é aumentar o número de descendentes de fêmeas de alto valor genético, pois até o momento, um número relativamente pequeno tem sido obtido. Ao nascimento, o ovário dos mamíferos contém milhares de folículos primordiais, os quais são considerados o pool de estoque de folículos ovarianos. No entanto, poucos folículos primordiais desenvolvem-se até o estádio de folículo pré-ovulatório, pois a grande maioria morre por atresia após iniciar o crescimento in vivo (Figueiredo et al., 2002). Neste contexto, torna-se prioritário o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para uma melhor compreensão dos processos relacionados com a formação, crescimento e maturação dos oócitos inclusos em folículos ovarianos caprinos. A biotécnica de MOIFOPA (Manipulação de Oócitos Inclusos em Folículos Ovarianos Pré-antrais) surge então como uma importante ferramenta para esse estudo, dando suporte necessário para a elucidação dos mecanismos que envolvem a foliculogênese inicial. Até o momento, sabe-se que durante os estádios iniciais da foliculogênese, os fatores de crescimento localmente produzidos exercem um papel determinante na manutenção da viabilidade e do crescimento folicular (Fortune, 2003). No entanto, o ambiente ovariano que propicia o desenvolvimento folicular é regulado pelos hormônios folículos estimulante (FSH) e luteinizante (LH), também conhecidos como gonadotrofinas. As gonadotrofinas são indispensáveis para o desenvolvimento de folículos antrais, e seu papel sobre a foliculogênese inicial ainda não está claro (Fortune, 2003). Desta forma, a realização de estudos in vitro para avaliar o efeito destes hormônios poderá contribuir para uma melhor compreensão dos diversos componentes implicados na foliculogênese e no processo de atresia folicular nesta espécie. Para um maior esclarecimento da importância deste trabalho, a revisão de literatura a seguir aborda aspectos relacionados ao ovário mamífero, foliculogênese e características dos folículos ovarianos, importância das gonadotrofinas para o crescimento folicular, população e atresia folicular, bem como aos modelos utilizados para estudo da foliculogênese in vitro. Os

Upload: dinhthu

Post on 09-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

17

1. INTRODUÇÃO

Os caprinos são considerados animais economicamente atrativos por serem

importantes fontes de carne, leite e pele. Além de estarem presentes em todos os continentes,

no Brasil, eles desempenham importantes papéis econômico e social, especialmente na região

nordeste do país. Nas últimas décadas, uma quantidade significativa de pesquisas tem sido

realizada na área de reprodução animal, visando aumentar o potencial reprodutivo de caprinos

de alto valor zootécnico ou em via de extinção. O grande desafio destes estudos é aumentar o

número de descendentes de fêmeas de alto valor genético, pois até o momento, um número

relativamente pequeno tem sido obtido.

Ao nascimento, o ovário dos mamíferos contém milhares de folículos primordiais, os

quais são considerados o pool de estoque de folículos ovarianos. No entanto, poucos folículos

primordiais desenvolvem-se até o estádio de folículo pré-ovulatório, pois a grande maioria

morre por atresia após iniciar o crescimento in vivo (Figueiredo et al., 2002). Neste contexto,

torna-se prioritário o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para uma melhor

compreensão dos processos relacionados com a formação, crescimento e maturação dos

oócitos inclusos em folículos ovarianos caprinos. A biotécnica de MOIFOPA (Manipulação

de Oócitos Inclusos em Folículos Ovarianos Pré-antrais) surge então como uma importante

ferramenta para esse estudo, dando suporte necessário para a elucidação dos mecanismos que

envolvem a foliculogênese inicial. Até o momento, sabe-se que durante os estádios iniciais da

foliculogênese, os fatores de crescimento localmente produzidos exercem um papel

determinante na manutenção da viabilidade e do crescimento folicular (Fortune, 2003). No

entanto, o ambiente ovariano que propicia o desenvolvimento folicular é regulado pelos

hormônios folículos estimulante (FSH) e luteinizante (LH), também conhecidos como

gonadotrofinas. As gonadotrofinas são indispensáveis para o desenvolvimento de folículos

antrais, e seu papel sobre a foliculogênese inicial ainda não está claro (Fortune, 2003). Desta

forma, a realização de estudos in vitro para avaliar o efeito destes hormônios poderá

contribuir para uma melhor compreensão dos diversos componentes implicados na

foliculogênese e no processo de atresia folicular nesta espécie.

Para um maior esclarecimento da importância deste trabalho, a revisão de literatura a

seguir aborda aspectos relacionados ao ovário mamífero, foliculogênese e características dos

folículos ovarianos, importância das gonadotrofinas para o crescimento folicular, população e

atresia folicular, bem como aos modelos utilizados para estudo da foliculogênese in vitro. Os

18

benefícios oriundos de uma melhor compreensão do desenvolvimento folicular para a

melhoria da eficiência reprodutiva dos caprinos também são enfatizados.

19

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Ovário mamífero

Como na maioria das espécies mamíferas, o ovário caprino é composto de uma medula

e um córtex circundado pelo epitélio germinal. A medula ovariana consiste de um arranjo

irregular de tecido conjuntivo fibroelástico e um extensivo tecido nervoso e vascular que

chega ao ovário através do hilo. O córtex contém folículos ovarianos e corpos lúteos em

vários estádios de desenvolvimento ou regressão. O tecido conectivo do córtex consiste de

fibroblastos, colágeno e fibras reticulares (Silva, 2005).

Os eventos que marcam a formação do ovário fetal incluem a sua colonização por

células germinativas primordiais (CGP) e associação das células germinativas com células

somáticas, formando assim os folículos primordiais. Além disso, observa-se o

desenvolvimento de uma complexa rede vascular intra-ovariana em ovinos (Juengel et al.,

2002). Entre os dias 18 e 28 do desenvolvimento embrionário, as células germinativas

primordiais migram para a base do mesentério dorsal e a gônada indiferenciada surge entre os

dias 23-24 de vida embrionária, sendo evidenciada como um espessamento do epitélio

celômico na porção medial do mesonéfron. Simultaneamente com a sua formação, a gônoda

começa a sofrer mudanças estruturais associadas com o processo de diferenciação sexual (dias

32-35 da vida embrionária), observando-se atividade esteroidogênica neste estádio em ovinos

(Lun et al., 1998; Quirk et al., 2001).

Após chegarem ao ovário, as CGP sofrem sucessivas mitoses e após uma

reorganização das organelas e crescimento celular as CGP transformam-se em oogônias

(Russe, 1983). Embora as oogônias continuem proliferando até o dia 100, o número máximo

de células germinativas é alcançado aos 75 dias de desenvolvimento embrionário. A partir do

75º dia inicia-se uma redução da população de oogônias, sendo que no dia 90, mais de 75%

das células germinativas são perdidas por apoptose (Smith et al., 1993). Quando as oogônias

iniciam a primeira divisão meiótica, ocorre a transformação destas células em oócitos. Em

seguida, uma camada de células somáticas planas, conhecidas também como células da pré-

granulosa, originárias do epitélio celômico, circundam os oócitos formando assim os folículos

primordiais, iniciando a foliculogênese. Após a formação dos folículos primordiais, as células

da pré-granulosa param de se multiplicar e entram num período de quiescência. Os oócitos

primários inclusos nesses folículos encontram-se na fase de prófase I da meiose. A progressão

20

da divisão meiótica ocorre somente na puberdade, com a liberação do pico pré-ovulatório de

FSH e LH (Erickson, 1986).

2.2 Foliculogênese e características dos folículos ovarianos

A foliculogênese, evento iniciado na vida pré-natal na maioria das espécies, pode ser

definida como o processo de formação, crescimento e maturação folicular, iniciando-se com a

formação do folículo primordial e culminando com o estádio de folículo pré-ovulatório (Van

Den Hurk & Zhao, 2005).

O folículo ovariano é formado por vários tipos celulares, sendo composto por um

oócito circundado por células da granulosa. Durante a foliculogênese, a morfologia folicular é

alterada, uma vez que o oócito cresce e as células circundantes se diferenciam (Bristol-Gould

& Woodruff, 2006). O folículo é considerado uma unidade morfológica e funcional do ovário

mamífero, cuja função é proporcionar um ambiente ideal para o crescimento e maturação do

oócito (Cortvrindt & Smitz, 2001), bem como produzir hormônios como o estrógeno, e

peptídeos como inibina A e B, ativina e folistatina (Adashi, 1994). De acordo com o grau de

evolução, os folículos podem ser classificados em primordiais, primários, secundários e

antrais.

2.2.1. Folículos primordiais

Os gametas femininos são estocados no ovário principalmente na forma de folículos

primordiais. Tais folículos são constituídos de um oócito imaturo, circundado por uma

simples camada de células da pré-granulosa de formato pavimentoso (Hutt et al., 2006). Em

caprinos, os folículos primordiais são constituídos por um oócito quiescente, esférico ou oval,

circundado por 1 a 14 células da granulosa. O núcleo do oócito é relativamente grande e

ocupa uma posição central a excêntrica mostrando seu nucléolo evidente. As organelas são

uniformemente distribuídas no citoplasma ou, às vezes, mais próximas ao núcleo. As

mitocôndrias são as organelas mais evidentes e são predominantemente arredondadas,

normalmente apresentando poucas cristas, organizadas paralelamente à superfície externa da

membrana mitocondrial. No entanto, um pequeno número de mitocôndrias alongadas pode ser

observado. Alguns retículos endoplasmáticos lisos e complexos de Golgi são observados

associados a um número variável de vesículas distribuídas pelo citoplasma. A zona pelúcida

21

nesse estádio ainda não é observada, sendo observado apenas uma justaposição do oócito e

células da granulosa, sem nenhuma junção específica (Lucci et al., 2001).

Os folículos primordiais permanecem quiescentes até seu recrutamento para o grupo

de folículos em crescimento (Van Den Hurk & Zhao, 2005 ). Durante toda a vida da fêmea,

um pequeno grupo de folículos são gradualmente estimulados à crescer, constituindo a etapa

de ativação folicular (Fair, 2003). O primeiro sinal de ativação dos folículos primordiais é a

retomada da proliferação das células da granulosa, o que pode acontecer dias, meses ou anos

após a sua formação (Hirshfield, 1991). Uma vez ativados, os folículos entram em um curso

pré-programado de desenvolvimento e maturação que são necessários para o sucesso da

ovulação e fertilização, ou alternativamente são perdidos por atresia (Fair, 2003).

2.2.2 Folículos primários

Os folículos primários são assim chamados quando uma camada simples de células da

granulosa circundando o oócito torna-se cubóide. Tais folículos são circundados por 5 a 26

células da granulosa de formato cubóide dispostas em uma única camada, com as quais o

oócito mantém um estreito contato. A comunicação entre o oócito e células da granulosa é

mediada por endocitose. A membrana plasmática do oócito apresenta projeções que penetram

entre as células da granulosa adjacentes, e algumas microvilosidades aparecem na superfície

oocitária. Da mesma forma que observado em folículos primordiais, é possível observar

mitocôndrias arredondadas e, com o desenvolvimento folicular, estas se tornam alongadas

(Lucci et al., 2001). Na espécie caprina, os folículos primários possuem diâmetro médio de

34,7 µm e sua formação ocorre ao redor do 71° dia de gestação (Bezerra et al., 1998).

À medida que os folículos iniciam o crescimento, as proteínas que irão formar a zona

pelúcida começam a ser sintetizadas (Lee, 2000). A multiplicação das células da granulosa

dos folículos primários leva à formação de várias camadas destas células ao redor do oócito,

formando os folículos secundários.

2.2.3. Folículos secundários

Nesses folículos, os oócitos são circundados por 13 a 114 células da granulosa de

formato cubóide, formando duas ou mais camadas de células da granulosa com as quais o

oócito mantém íntimo contato. O núcleo do oócito assume uma posição excêntrica e as

organelas começam a mover-se para a periferia. O número de retículos endoplasmáticos lisos

22

aumenta e a grande maioria das mitocôndrias apresenta-se alongada. Com o desenvolvimento

dos folículos, também aumenta o número de microvilos e inicia-se a formação da zona

pelúcida (Lucci et al., 2001). Neste estádio, a zona pelúcida é claramente identificada ao redor

do oócito (Parrot & Skinner, 1999). Os folículos secundários são observados em ovários de

fetos caprinos, ovinos e bovinos aos 80, 120 e 210 dias de gestação, respectivamente (Rüsse,

1983; Bezerra et al., 1998; McNatty et al., 1999). Nessa fase, inicia-se a formação das células

da teca externa a partir do estroma intersticial (Van Den Hurk & Zhao, 2005). As células da

teca interna são definidas quando os folículos apresentam 4 ou mais camadas de células da

granulosa (Lucci et al., 2001). Os folículos secundários não são bem vascularizados, o que

indica que fatores endócrinos têm pouca importância no seu desenvolvimento. Vários

experimentos in vivo e in vitro têm mostrado, no entanto, que um grande número de folículos

secundários em desenvolvimento, e as taxas de atresia são influenciados por gonadotrofinas.

O FSH é um fator predominante de sobrevivência folicular e tem mostrado estimular a

formação das junções GAP nas células da granulosa (Van den Hurk et al., 1997, 2000).

Apesar de serem responsivos às gonadotrofinas, os folículos secundários podem desenvolver-

se até o estádio antral com uma quantidade mínima de FSH circulante (Van den Hurk et al.,

2000; McGee & Hsueh, 2000). O LH parece ter uma maior importância para o

desenvolvimento de folículos secundários que o FSH. Os receptores de LH são demonstrados

nas células da teca de folículos secundários iniciais e a ligação do LH ao seu receptor é

responsável pela biossíntese de andrógenos pela teca, que por sua vez estimula a formação de

receptores de FSH nas células da granulosa, amplificando o efeito do FSH sobre os folículos

secundários (Van den Hurk et al., 2000).

2.2.4. Folículos antrais

Com o crescimento dos folículos secundários e organização das células da granulosa

em várias camadas, ocorre a formação de uma cavidade repleta de líquido denominada antro.

A partir deste estádio, os folículos passam a ser denominados terciários ou antrais. A

formação dos folículos antrais em caprinos, ovinos e bovinos é observada aos 110, 135 e 230

dias, respectivamente (Rüsse, 1983; Bezerra et al., 1998; McNatty et al., 1999). Em caprinos,

o menor diâmetro observado em folículo terciário de fetos foi de 130 µm (Bezerra et al.,

1998). A partir deste estádio de desenvolvimento folicular, o diâmetro dos folículos aumenta

acentuadamente devido ao crescimento do oócito, multiplicação das células da granulosa, da

teca e aumento do fluido antral (Driancourt, 2001). Tal fluido pode servir como uma

23

importante fonte de substâncias reguladoras derivadas do sangue ou secreções das células

foliculares, i.e., gonadotrofinas, esteróides, fatores de crescimento, enzimas, proteoglicanas e

lipoproteínas. Durante o desenvolvimento folicular, a produção de fluido antral é intensificada

pelo aumento da vascularização folicular e permeabilidade dos vasos sangüíneos, os quais

estão fortemente relacionados com o aumento do folículo antral (Van Den Hurk & Zhao,

2005). O estímulo inicial para a formação do antro não é bem compreendido. Estudos in vitro

mostram que o LH (Cortvrindt et al., 1998 a, b) é um dos responsáveis pela formação do

antro.

Pequenos folículos antrais podem ser similares aos folículos secundários quanto ao

diâmetro (~200 µm), mas eles aumentam rapidamente em tamanho com o contínuo acúmulo

de fluido folicular (Bristol-Gould & Woodruff, 2006). Os grandes folículos antrais geralmente

possuem diâmetro acima de 3mm e contêm células da granulosa diferenciadas em células do

cumulus e células murais, muitas camadas de células tecais, um grande espaço contendo

líquido folicular e um oócito. O desenvolvimento dos folículos antrais é caracterizado por

uma fase de crescimento, recrutamento, seleção e dominância (Van Den Hurk & Zhao, 2005)

sendo a formação de folículos pré-ovulatórios um pré-requisito para a ovulação e formação do

corpo lúteo, bem como manutenção da fertilidade (Drummond, 2006).

No último estádio do desenvolvimento folicular, o folículo pré-ovulatório é

caracterizado por um oócito circundado por células da granulosa especializadas que são

denominadas de células do cúmulus. As células da granulosa de folículos pré-ovulatórios

param de se multiplicar em resposta ao hormônio luteinizante e iniciam o programa final de

diferenciação. A ovulação do oócito e células do cúmulus ocorre em resposta ao pico de LH.

Em todas as espécies, a formação de folículos pré-ovulatórios ocorre geralmente a partir da

puberdade (Driancourt, 2001).

2.3 Importância do FSH e LH no controle da foliculogênese em ruminantes

A regulação da proliferação celular, diferenciação e atresia, relacionadas com a

foliculogênese, é resultado de uma complexa interação entre fatores locais e endócrinos (Silva

et al., 2006). Nesse contexto, observa-se uma grande importância das gonadotrofinas no que

se refere tanto ao desenvolvimento folicular normal, como a esteroidogênese (Levi-Setti et al.,

2004). As gonadotrofinas apresentam uma maior importância nos estádios mais avançados do

desenvolvimento folicular. Entretanto, uma grande quantidade de mudanças foram observadas

na população de folículos pré-antrais de camundongas hipofisectomizadas (Edward et al.,

24

1977) e ovelhas (Dufour et al., 1979) evidenciando que as gonadotrofinas afetam os estádios

de desenvolvimento pré-antral. Mais recentemente novos modelos de estudo da

foliculogênese inicial em camundongas transgênicas demonstraram que a mutação de genes

que controlam a expressão das gonadotrofinas, bem como de seus receptores, afeta

diretamente não só a ovulação e formação de corpo lúteo, mas também o processo de

formação de folículos primordiais, crescimento folicular e atresia (Barnett et al., 2006).

2.3.1 Hormônio Folículo Estimulante (FSH)

O hormônio gonadotrófico FSH é crítico regulador da função ovariana. A ligação do

FSH é restrita às células da granulosa e resulta em uma variedade de reações, tais como a

estimulação da proliferação celular, síntese de esteróides e expressão de receptores para Fator

de Crescimento Epidermal (EGF) e LH. Entretanto, estudos mais recentes têm demonstrado a

presença de receptores de FSH também em oócitos, sugerindo um efeito adicional do

hormônio no ovário (Méduri et al., 2002). Sabe-se que as gonadotrofinas são necessárias para

o desenvolvimento de folículos antrais, mas ainda não está claro se o FSH afeta o

desenvolvimento de pequenos folículos pré-antrais.

A expressão de receptores de FSH nas células da granulosa de folículos primários,

secundários e antrais bovinos, bem como em oócitos de folículos primordiais de animais de

laboratório, reforçam a idéia da ação do FSH sobre o crescimento dos folículos pré-antrais

(Wandji et al., 1992; Roy, 1993). Durante o cultivo de pequenos folículos pré-antrais (30-70

µm) bovinos, o FSH promoveu um aumento do diâmetro folicular (Hulshof et al., 1995).

Após seis dias de cultivo na presença de FSH, folículos primários e secundários (60-179 µm),

isolados enzimaticamente de ovários de fetos bovinos, aumentaram o diâmetro, a

sobrevivência folicular, bem como a secreção de progesterona e estradiol, (Wandji et al.,

1996). Gutierrez et al. (2000) isolaram folículos secundários bovinos e, após cultivo de 28

dias, observaram que o FSH promoveu o crescimento folicular e aumentou as taxas de

formação de antro. Por outro lado, o FSH não afetou o diâmetro folicular e oocitário, bem

como, o número de células da granulosa durante cultivo de fragmentos ovarianos bovinos

(Braw-Tal & Yossefi, 1997). Além disso, a adição de 5 ng/ml de FSH (Derrar et al., 2000),

bem como de outras concentrações de FSH (1, 10 ou 100 ng/ml) não teve efeito sobre os

folículos pré-antrais bovinos cultivados por 7-14 dias (Fortune et al., 1998). Nuttinck et al.

(1996) cultivaram pequenos folículos pré-antrais bovinos (30-70 µm) por 7 dias e observaram

que o FSH aumentou a degeneração oocitária. Em suínos, o FSH está envolvido na

25

proliferação e diferenciação de células da granulosa de folículos pré-antrais (Hirao et al.,

1994). Em caprinos, a adição de 50 ng/mL de FSH ao meio de cultivo de folículos pré-antrais

inclusos em tecido ovariano foi responsável pela preservação da viabilidade folicular,

aumento dos diâmetros folicular e oocitário bem como pela manutenção da integridade ultra-

estrutural dos folículos (Matos et al., 2007).

Vários estudos também mostraram que o FSH pode promover o desenvolvimento de

folículos pré-antrais de animais de laboratório. Em hamsters, pequenos folículos pré-antrais

mostraram ser dependentes de FSH, pois esse hormônio reduziu significativamente a

percentagem de folículos atrésicos (Roy & Greenwald, 1989). Qvist et al. (1990) mostraram

que o crescimento de folículos primários é criticamente dependente, ou exige uma adequada

concentração de FSH. Liu et al. (1999) observaram que o FSH promoveu o crescimento de

folículos pré-antrais (95–120 µm) isolados de ovários de camundongas adultas. Nesta mesma

espécie, o FSH aumentou a sobrevivência e proliferação das células da granulosa, a formação

do antro e a secreção de estradiol e inibina em folículos isolados (95-142 µm) (Cortvrindt et

al., 1997). Por outro lado, Hartshorne et al. (1994) observaram que, em camundongos, após

cultivo por quatro dias, o FSH promoveu um aumento do crescimento folicular e da formação

do antro em folículos maiores de 200 µm, mas não naqueles menores de 200 µm de diâmetro.

Folículos (160-200 µm) isolados de ratas pré-púberes também não cresceram com a adição de

FSH ao meio de cultivo (McGEE et al., 1997). Outros estudos realizados com camundongos

mostraram que o FSH é indispensável somente para a formação do antro (Nayudu & Osborn,

1992).

O FSH pode ainda desempenhar um efeito indireto no desenvolvimento de folículos

iniciais através da indução da liberação de fatores de crescimento pelos grandes folículos

antrais e células do estroma. Por exemplo, o FSH promove a proliferação de células da

granulosa através de fatores parácrinos como o IGF-1 (Fator de Crescimento Semelhante à

Insulina-1) e ativina (Van Den Hurk & Zhao, 2005). Adicionalmente, o FSH regula a

expressão do Kit Ligand (KL), Fator de Crescimento e Diferenciação-9 (GDF-9) e Proteína

Morfogenética do Osso-15 (BMP-15) em folículos murinos (Joyce et al., 1999, Thomas et al.,

2005). Esses fatores têm sido implicados na ativação de folículos primordiais (Van Den Hurk

& Zhao, 2005).

2.3.2 Hormônio Luteinizante (LH)

26

O hormônio luteinizante (LH) é uma glicoproteína secretada pela hipófise anterior,

junto com o FSH, sendo um regulador primário da função ovariana. O LH pode apresentar

múltiplos papéis sobre o desenvolvimento folicular, porém grande parte dos estudos têm

focado sua ação em folículos em estádios mais avançados de desenvolvimento, durante a fase

pré-ovulatória (Wu et al., 2000). O LH tem um papel bem estabelecido e essencial na síntese

de esteróides e na ovulação. Enquanto a ocorrência da ovulação normal é impossível na

ausência do LH (Weiss et al., 1992; Toledo et al., 1996) o papel específico deste hormônio na

foliculogênese inicial, bem como na maturação oocitária ainda é pouco conhecido. Sabe-se

que as células da teca expressam receptores para LH (LHR), e a ligação hormônio/receptor

estimula a síntese de substratos androgênicos desde a vida fetal até o final da vida reprodutiva

de fêmeas mamíferas (Adashi, 1994; Gougeon, 1996). As células da granulosa adquirem seus

próprios receptores para LH em meados da fase final de desenvolvimento folicular sob

influência do FSH (Erickson et al. 1979). Nesse estádio o FSH e o LH agem sinergicamente

para promover o desenvolvimento folicular, aumentando a atividade da aromatase, a produção

de inibina, bem como preparando o folículo pré-ovulatório para o pico de LH (Levy et al.,

2000).

Embora receptores não-funcionais de LH tenham sido detectadas em gônadas de

roedores mesmo antes da formação folicular, o primeiro receptor funcional para LH foi

demonstrado em ovários de camundongas 5 dias após o nascimento (O’Shaughnessy et al.,

1997). Isto coincide com o período de diferenciação morfológica das células intersticiais da

teca de folículos primários em crescimento e com a capacidade de expressão da

esteroidogênese basal. O FSH e LH utilizados isoladamente têm demonstrado suportar o

crescimento folicular in vitro (Nayudu & Osborn, 1992; Cortvrindt et al., 1998a). Wu et al.,

2000), realizando experimentos com camundongas, mostraram que o LH é necessário para o

desenvolvimento in vitro de pequenos folículos pré-antrais. Além disso observaram que os

folículos isolados com diâmetro entre 150-160 µm cresceram até o estádio antral na presença

de soro e FSH, mas os folículos isolados com 85-100 µm, desenvolveram o antro somente na

presença de soro, FSH e LH (10 UI/mL). Outro estudo relatou que 70% dos folículos pré-

antrais alcançaram o estádio de metáfase II quando o cultivo foi realizado por 13 dias em

meio contendo FSH e LH juntos (Cortvrindt et al., 1998b). Anteriormente, o LH introduzido

ao meio no sexto dia de cultivo, induziu a ovulação in vitro de folículos pré-antrais de

camundongas cultivados por 5 dias em FSH (Boland et al., 1993). Apesar da ação do LH ser

direcionada para o estádio final da foliculogênese, sua ação conjunta com o FSH auxilia na

proliferação celular, diferenciação, produção de estrógeno e posterior maturação (Qvist et al.,

27

1990). Recentemente, Braw-Tal & Roth (2005), demonstraram a presença de receptores para

LH na teca interna de folículos pré-antrais em estádios mais avançados e tais receptores estão

diretamente relacionados à viabilidade folicular, sendo sua presença progressivamente

reduzida com a atresia. Além da necessidade da obtenção de conhecimentos acerca da

importância do LH sobre folículos pré-antrais, torna-se necessário conhecer as concentrações

ideais no cultivo “in vitro” de tais folículos.

2.4 População e atresia folicular

Conforme observado, a foliculogênese é um processo complexo que envolve a

interação de diferentes hormônios e fatores de crescimento. Como conseqüência, a maioria

dos milhares de folículos presentes nos ovários mamíferos ao nascimento não ovula, mas

morrem por um processo conhecido por atresia.

A população folicular é estabelecida ainda na vida fetal (primatas e ruminantes –

Betteridge et al., 1989) ou em um curto período de tempo após o nascimento (roedores –

Hirshfield, 1991). Entretanto, recentemente trabalhos têm demonstrado mecanismos

envolvidos na formação, após o nascimento, de novas células germinativas e folículos na

mulher (Bukovski et al., 2004) e camundonga adultas (Johnson et al., 2004). Os folículos pré-

antrais representam 90% do total de folículos e constituem o estoque de gametas femininos

durante a vida reprodutiva do animal (Liu et al., 2001). O número de folículos pré-antrais por

ovário varia entre espécies, sendo de aproximadamente 1.500 na camundonga (Shaw et al.,

2000); 33.000 na ovelha (Amorim et al., 2000); 35.000 na cabra (Lucci et al., 1999) e

aproximadamente 2.000.000 na mulher (Erickson, 1986).

Durante a vida reprodutiva da fêmea, ocorre uma redução ordenada, geralmente

exponencial, no número de folículos pré-antrais (Shaw et al., 2000). Essa redução é devida a

dois fenômenos que ocorrem naturalmente no ovário: (i) a ovulação e (ii) a atresia ou morte

folicular. A atresia pode ocorrer por via degenerativa (Saumande, 1981) e/ou apoptótica

(Figueiredo et al., 1995). A degeneração pode ser observada após os procedimentos de

preservação in vitro, quando ocorrem alterações no fornecimento de oxigênio e nutrientes

para o ovário. Nesta situação, a isquemia pode ser uma das principais causas do

desencadeamento da morte folicular (Farber, 1982), resultando em alterações na

permeabilidade da membrana celular. Essas alterações podem levar ao aumento de água

intracelular e do volume celular, vacuolização citoplasmática e, conseqüentemente,

degeneração (Barros et al., 2001). Análises histológicas e ultra-estruturais de folículos

28

primordiais e primários degenerados, mostraram oócito retraído com núcleo picnótico e

numerosos vacúolos no ooplasma, sendo estes os principais sinais de degeneração Tipo 1,

(degeneração ocorrida apenas no oócito). Já em folículos secundários, alterações tanto no

oócito quanto nas células da granulosa são mais freqüentes, sendo observada uma baixa

densidade de células e aumento de volume, caracterizando assim uma degeneração do Tipo 2

(Silva et al., 2001).

Já a apoptose é um processo de morte celular individual e ativo, caracterizado pela

fragmentação nuclear e pela formação de corpos apoptóticos (Rachid et al., 2000). O processo

de apoptose é altamente dependente da expressão de genes (Barnett et al., 2006). O balanço

estabelecido entre o produto dos genes pró-apoptóticos e anti-apoptóticos pode determinar a

morte celular (Hurwitz & Adashi, 1992). A progressão da apoptose pode ser dividida nas

fases de iniciação, execução e terminação. A fase de iniciação pode ser promovida por fatores

qua ativam a via extrínseca (receptores de morte localizados na membrana celular), tais como

citocinas (ex. Fator de Necrose tumoral-α, Fas ligand) e proteínas virais ou pela remoção de

fatores de crescimento. A morte celular também pode ser induzida por fatores que ativam a

via intrínseca (mitocondrial), tais como o estresse oxidativo ou irradiação. Independentemente

dos tipos de fatores envolvidos, ocorre o envolvimento de uma ou mais caspases de iniciação

(caspase 8, caspase 9) (Morita & Tilly, 1999; Johnson & Bridgham, 2002). A fase de

execução é caracterizada por mudanças na membrana celular, fragmentação nuclear,

condensação da cromatina e degradação do DNA. Esta fase é considerada irreversível e

ocorre devido à ativação das caspases efetoras (caspases 3, 6 e 7). Finalmente, a fase de

terminação consiste na fagocitose de corpos apoptóticos fragmentados através de um processo

não inflamatório. No sentido de evitar a morte celular por apoptose, existem processos de

sobrevivência celular que promovem a transcrição de várias proteínas anti-apoptóticas, tais

como os membros da família Bcl-2, que bloqueiam a progressão da apoptose em diferentes

etapas ao longo deste processo (Johnson et al., 2003).

2.5 Sistema de cultivo in vitro de folículos pré-antrais

Para evitar a enorme perda folicular que ocorre naturalmente “in vivo”, vem sendo

desenvolvida a biotécnica MOIFOPA que é constituída pelas fases de isolamento,

conservação e cultivo folicular “in vitro”. No tocante ao cultivo “in vitro”, vários sistemas

têm sido desenvolvidos e os resultados são dependentes do tipo de meio utilizado e da espécie

animal (Eppig e Schoeder, 1989, Boland et al., 1994, Fortune, 2003).

29

Para o cultivo “in vitro” de folículos pré-anrais, especialmente nos estádios de

folículos primordiais e primários, existem dois sistema bem definidos (Van den Hurk et al.,

2000). O mais utilizado envolve o cultivo de pequenos fragmentos de tecido ovariano, cultivo

“in situ”, no qual a integridade estrutural folicular é mantida e as interações entre as células

foliculares e células do estroma são permitidas. Através desse método, folículos primordiais

de caprinos, bovinos (Braw-tal e Yossefi, 1997) e humanos (Hovatta et al., 1997; Wright et

al., 1999; Louhio et al., 2000; Scott et al., 2004 e Zhang et al., 2004) cresceram até folículos

secundários. Folículos humanos permaneceram viáveis por quatro semanas quando cultivados

em sistema “in situ” (Hovatta et al., 1997).

Já o segundo sistema de cultivo folicular envolve o isolamento, mecânico ou

enzimático dos folículos ovarianos pré-antrais (Abir et al., 1999, 2001b). As técnicas de

isolamento desenvolvidas possibilitam a recuperação de milhares de folículos pré-antrais a

partir de um único ovário (Figueiredo et al., 2002). Além disso, o cultivo de folículos isolados

permite o monitoramento diário do crescimento folicular in vitro (Abir et al., 2001a).

Os maiores avanços do cultivo folicular foram obtidos em roedores, tendo sido obtido

o nascimento de crias viáveis a partir do cultivo de oócitos provenientes de folículos pré-

antrais de camundongas, nos quaia o oócito adquiriu competência para maturação, fertilização

e desenvolvimento embrionário (O’ Brien et al., 2003). Tal crescimento foi obtido através de

dois sistemas de cultivo. O primeiro consistiu no cultivo de ovários inteiros para obtenção da

transição de primordial para primário. O segundo consistiu no isolamento e cultivo de

folículos primários e secundários. Provavelmente essa estratégia é necessária para promover o

crescimento de folículos primordiais de espécies domésticas e primatas (Silva et al., 2006).

No entanto, o tamanho dos ovários dos animais domésticos impede seu cultivo inteiro, sendo

necessária a fragmentação do córtex ovariano. Embora a utilização de fragmentos ovarianos

no cultivo, permita a ativação folicular (Hovatta et al., 1999), a variedade de células presentes

no cultivo in situ torna o sistema pouco definido e impede estudos mais detalhados sobre a

biologia dos oócitos e da foliculogênese nos estádios iniciais de desenvolvimento (Muruvi et

al., 2005). O presente desafio é determinar condições de cultivo apropriadas para dar suporte

à transição de folículos primários para secundários “in vitro”.

30

3. JUSTIFICATIVA

Os folículos primordiais constituem o pool de reserva de folículos quiescentes e

compreendem cerca de 90 a 95% de toda população folicular presente no ovário mamífero.

No entanto, para que estes folículos possam entrar em fase de crescimento (intermediário,

primário, secundário, terciário e/ou pré-ovulatório), é preciso que sejam ativados, ou seja,

retomem a proliferação das células da granulosa, bem como aumentem os volumes

citoplasmático e nuclear do oócito. Neste contexto, sabendo-se do grande valor econômico

que a espécie caprina representa para o Nordeste brasileiro, é de extrema importância o

desenvolvimento de um sistema de cultivo in vitro capaz de ativar esses folículos e assegurar

seu posterior crescimento e maturação in vitro, otimizando o aproveitamento do potencial

oocitário desses animais e incrementando a eficiência da reprodução animal. Além disso, o

desenvolvimento de um sistema de cultivo eficiente poderá fornecer subsídios para uma

melhor compreensão acerca dos fatores que regulam a foliculogênese na fase pré-antral,

fatores esses necessários para a sobrevivência, a ativação e o início do crescimento folicular.

Estudos referentes aos fatores e mecanismos envolvidos na regulação e ativação dos

folículos primordiais são escassos, especialmente em animais de produção, como os caprinos.

Desse modo, diversos autores têm investigado o efeito de vários componentes no cultivo de

folículos pré-antrais tanto de animais de laboratório como de animais domésticos como vaca,

cabra e ovelha. Substâncias como soro fetal, FSH, estradiol, EGF são largamente utilizadas.

Entretanto, os efeitos de diferentes concentrações de LH, bem como sua interação com o FSH

não tinham sido testadas no cultivo in vitro de folículos pré-antrais caprinos. Além disso, não

eram conhecidos os efeitos deste cultivo sobre as características estruturais e ultra-estruturais

de folículos pré-antrais caprinos. Assim, a utilização da microscopia eletrônica de transmissão

para determinar a qualidade de folículos pré-antrais caprinos cultivados in vitro pode fornecer

dados precisos sobre a qualidade folicular.

Desta forma, a realização deste trabalho contribuirá para a compreensão da

foliculogênese caprina, o que poderá no futuro, trazer benefícios para otimização da produção

de embriões caprinos em larga escala.

31

4. HIPÓTESE CIENTÍFICA

O FSH e o LH podem influenciar positivamente na ativação e crescimento in vitro de

folículos pré-antrais caprinos.

EXPERIMENTOS

O presente trabalho foi dividido em dois experimentos, a saber:

EXPERIMENTO I: Cultivo in vitro de oócitos inclusos em folículos pré-antrais caprinos

utilizando diferentes concentrações de LH.

EXPERIMENTO II: Avaliação da interação do LH e do FSH no cultivo in vitro de oócitos

inclusos em folículos pré-antrais caprinos.

32

5. OBJETIVOS

EXPERIMENTO I: Cultivo in vitro de oócitos inclusos em folículos pré-antrais caprinos

utilizando diferentes concentrações de LH.

Objetivo Geral

- Estudar o efeito do LH sobre o cultivo de folículos pré-antrais caprinos in vitro.

Objetivos Específicos

- Estabelecer a melhor concentração de LH para o cultivo de folículos pré-antrais

caprinos, tendo como parâmetros a viabilidade, a ativação e o crescimento de folículos pré-

antrais;

- Analisar morfológica e ultra-estruturalmente os folículos pré-antrais caprinos

cultivados in vitro com LH.

EXPERIMENTO II: Avaliação da interação FSH e LH no cultivo in vitro de oócitos

inclusos em folículos pré-antrais caprinos.

Objetivo Geral

- Cultivar in vitro folículos pré-antrais caprinos utilizando o FSH sozinho ou em

associação ao LH em diferentes concentrações.

Objetivos Específicos

- Verificar o efeito do FSH isoladamente ou em associação ao LH sobre a viabilidade,

ativação e crescimento in vitro de folículos primordiais caprinos;

- Analisar morfológica e ultra-estruturalmente os folículos pré-antrais caprinos

cultivados in vitro com LH e FSH.

33

6. Capítulo 1

Influence of different concentrations of Luteinizing Hormone (LH) and Follicle Stimulating

Hormone (FSH) on caprine preantral follicle development

O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do LH, FSH e a interação de ambos sobre o crescimento de folículos pré-antrais caprinos cultivados in vitro. Para realização do experimento oito pares de ovários provenientes de cabras adultas sem raça definida foram coletados de abatedouros locais e transportados até o laboratório. Cada par de ovário foi dividido em 11 fragmentos e, um deles foi imediatamente fixado, para constituir o grupo controle, e os demais foram cultivados em meio essencial mínimo MEM+ na ausência ou presença de LH nas concentrações 1, 5 ,10, 50 ou 100 ng/ml (Experimento 1), ou nas mesmas concentrações associadas ao FSH 50 ng/mL (Experimento 2). O cultivo foi realizado por 1 e 7 dias à 39 °C em atmosfera de 5% CO2. Ao término desse período, proporções relativas de folículos primordiais, primários e secundários foram calculadas e comparadas com aquelas em tecido não cultivado. A morfologia folicular foi analisada por histologia clássica e microscopia eletrônica e os folículos foram classificados em degenerados, de acordo com o grau de comprometimento do oócito e células da granulosa. Os resultados mostram que após 7 dias de cultivo a presença de LH (10, 50 ou 100 ng/mL) no meio de cultivo aumentou significativamente a percentagem de folículos em desenvolvimento. Em adição, os fragmentos cultivados em meio suplementado com FSH sozinho ou associado ao LH aumentaram as taxas de folículos em desenvolvimento após um dia de cultivo (P<0,05), mas no dia sete não foram verificadas diferenças significativas (P>0,05). Ao final do período de cultivo, o LH 1, 5 e 10 ng/mL aumentaram o diâmetro oocitário em relação ao controle, mas apenas o LH 1 e 5 ng/mL aumentaram o diâmetro folicular em relação ao MEM (P<0,05). Em associação ao FSH, estas mesmas concentrações de LH (1 e 5 ng/mL) aumentaram o diâmetro folicular no dia 7 em relação ao MEM. Referente à sobrevivência folicular, a concentração mais baixa de LH (1 ng/mL) manteve a viabilidade semelhante ao grupo controle e ao MEM (P>0,05) após 7 dias de cultivo. Contudo, as concentrações mais altas de LH (5, 10, 50 e 100 ng/mL) induziram atresia dos folículos caprinos cultivados. Após 7 dias, os folículos cultivados em meio suplementado com FSH sozinho ou associado ao LH 1 ng/mL mantiveram as características ultra-estruturais similar ao dia 0. Em conclusão, a adição de baixas concentrações de LH (1 ng/mL) associado ou não ao FSH, mantiveram a integridade ultra-estrutural de folículos pré-antrais caprinos, mas o LH em concentrações superiores a 5 ng/mL induziu a atresia destes folículos.

PALAVRAS-CHAVE: Folículo, pré-antral, caprino, cultivo in vitro, LH, FSH.

34

Influence of different concentrations of Luteinizing Hormone (LH) and Follicle Stimulating

Hormone (FSH) on caprine primordial follicle development

M.V.A. Saraivaa, J.J.H. Celestinoa, R.N. Chavesa , F.S. Martinsa, J.B. Bruno, I.B. Lima

Verdea, M.H.T. Matosa, G.M. Silvaa; E. P. Porfiriob, S.N. Báob, C.C. Campelloa, J.R.V. Silvaa,

J.R. Figueiredoa

aFaculty of Veterinary Medicine, LAMOFOPA, PPGCV, State University of Ceara, Fortaleza,

CE, Brazil

bLaboratory of Electron Microscopy, Department of Cell Biology, University of Brasilia,

Brasilia, DF, Brazil

*Corresponding address:

Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV)

Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Pré-Antrais (LAMOFOPA)

Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Av. Paranjana, 1700, Campus do Itaperi.

Fortaleza – CE – Brasil. CEP: 60740-000

Tel.: +55.85.3101.9852; Fax: +55.85.3101.9840

E-mail address: [email protected] (M.V.A. Saraiva)

35

Abstract

The roles of gonadotropins in the regulation of primordial follicle development remain poorly

understood. The aims of the present study were to investigate the effects of Luteinizing

Hormone (LH) alone or in association with Follicle Stimulating Hormone (FSH) on survival,

activation and growth of caprine primordial follicles using histological and ultrastructural

studies. To this end, pieces of caprine ovarian cortex were cultured for 1 or 7 days, at 39oC in

an atmosphere containing 5% CO2, in Minimum Essential Medium (MEM - control medium)

supplemented with different concentrations of LH (0, 1, 5, 10, 50 or 100 ng/mL – experiment

1). In experiment 2, control medium was supplemented with FSH (50 ng/mL) and different

concentrations of LH (0, 1, 5, 10 or 50 ng/mL). Small fragments from non-cultured ovarian

tissue as well as from those cultured for 1 or 7 days in a specific medium were processed for

classical histology and transmission electron microscopy (TEM) to evaluate follicular

integrity and to calculate the percentages of normal follicles. Additionally, effects of FSH on

oocyte and follicle diameter of cultured follicles were evaluated. The results showed that after

7 days of culture, the presence of LH (10, 50 or 100 ng/mL) in culture media significantly

increased the percentages of developing follicles (P<0,05). In addition, fragments cultured in

media supplemented with FSH alone or FSH plus LH had higher percentage of developing

follicles after one and seven days culture compared with control (P<0,05). At the end of

culture period, 1 and 5 ng/mL LH increased follicular diameter, while addition of 1, 5 or 10

ng/mL LH increased oocyte diameter (P<0,05). In association with FSH, LH (1 and 5 ng/mL)

increased follicular diameter (P<0,05). With regard to follicle survival, low doses of LH (1

ng/mL) kept follicle viability similar to control medium after 7 days culture. However, higher

concentrations of LH (5, 10, 50 and 100 ng/mL) induced atresia in goat follicles. Culture of

ovarian cortex for 7 days in medium supplemented with FSH or LH 1 ng/mL alone or FSH

36

plus 1ng/mL LH kept ultrastructural characteristics of follicles similar to day 0. In conclusion,

addition of low concentrations of LH (1 ng/mL) associated or not with FSH maintain goat

follicles ultrastructural integrity, but LH in doses higher than 5 ng/mL induces atresia in goat

preantral follicles.

Keywords: Caprine, Primordial Follicles, Culture, LH, FSH.

1. Introduction

It is well established that gonadotropins are required for antral follicle development,

but not for the development of preantral follicles (primordial, primary and secondary

follicles). However, large quantitative changes in the population of preantral follicles after

hypophysectomy of mice (Edwards et al., 1977) and ewes (Dufour et al., 1979) provide

evidence that gonadotropins do affect the development of follicles at preantral stages. Effects

of FSH on preantral follicles from humans and domestic species were also observed. When

Wright et al. (1999) added FSH to cortical pieces from human ovaries the percentage of

atretic follicles was decreased and follicle diameter increased during a 15-day culture period.

In contrast, the addition of FSH at 5 ng/ml (Derrar et al., 2000) or graded doses of FSH

(Fortune et al., 1998) had no effect on follicular populations during longer cultures (7-14

days) of bovine cortical pieces. However, a recent study with caprine follicles showed that, at

a concentration of 50 ng/mL FSH is able to promote the activation of primordial follicles and

further growth of activated follicles (Matos et al., 2007). Receptors of FSH are expressed in

granulosa cells (Ulloa-Aguirre et al., 1995; O’Shaughnessy et al., 1997) from primary

follicles and more recent reports indicate its presence in oocytes (Méduri et al., 2002).

37

Regarding to LH, much less is known about its potential effects on growth of preantral

follicles. Experiments accomplished by Wu et al. (2000) indicated that in mice LH is need for

in vitro development of preantral follicles to antral stages. Large preantral follicles (150-160

µm) developed to antral follicles in presence of FSH and serum, but addition of LH, together

with serum and FSH, was important to promote the development of small preantral follicles

(85-110 µm) to the antral stage. Liu et al. (2002) developed a culture system that allows the

maturation of preantral follicles in vitro with recombinant gonadotropins. Receptors of LH

have a more widespread distribution and are also found in non gonadal tissues (Reshef et al.,

1990; Reiter et al., 1995). In the ovary, LH receptors are found primarily in the interstitial

(McFarland et al., 1989) and thecal cells, and only in the mid-follicular phase, granulosa cells

acquire LH receptors (Zeleznick and Hillier, 1984; Yamoto et al., 1992) as well as in the

preovulatory follicle and the corpus luteum (Zeleznick et al., 1974; McFarland et al., 1989).

The acquisition of LH receptors by granulosa cells depends upon the actions of FSH and

estradiol together. FSH induces the expression of LH receptors in granulosa cells by

increasing transcription of the LH receptor gene (Segaloff, 1996).

Although the importance of FSH and LH for antral follicle development in vivo is well

know, the effects of both hormones on primordial follicle growth during culture of caprine

ovarian cortex was not yet evaluated. Thus, the goal of the present study was to investigate

whether LH alone or in combination with FSH, have a beneficial role in the survival,

activation and further growth of in vitro cultured goat primordial follicles enclosed in ovarian

cortex. To this aim, both histological and ultrastructural studies were performed to investigate

and compare the morphology of follicles before and after culture for 1 or 7 days in the

absence or presence of LH at different concentrations (1, 5, 10, 50 or 100 ng/ml) alone, or

associated with FSH (50 ng/mL).

38

2. Material and Methods

2.1. Source of ovaries

Ovaries (n = 8 for experiment 1, n = 8 for experiment 2) from eight adult non-pregnant

mixed-breed goats were collected at a local slaughterhouse. The animals were cyclic and in

good body condition. Then, the ovaries were washed and transported in MEM (Minimum

Essential Medium) to the laboratory in thermo flasks with water at 33oC within 30 minutes.

2.2. Culture medium

The control medium was Minimum Essential Medium (Cultilab, Rio de Janeiro, Brazil)

supplemented with ITS (insulin 6.25 µg/mL, transferrin 6.25 µg/mL, and selenium 6.25

ng/mL), 0.23 mM pyruvate; 2 mM glutamine; 2 mM hypoxanthine; 1.25 mg/mL BSA, 100

µg/mL penicillin, 100 µg/mL streptomycin (Vetec, Rio de Janeiro, Brazil) (MEM+). This

control medium (MEM) was supplemented with porcine FSH (50 ng/mL) and/or porcine LH

(1, 5, 10, 50 or 100 ng/mL) (both provided by Dr. J.F. Beckers, Liège, Belgium). All chemicals

used in the present study were purchased from Sigma Chemical Co. (St. Louis, MO, USA)

unless otherwise indicated.

2.3. Experimental protocol

In experiment one, goat ovaries (n = 8) were collected and stripped of surrounded fat

tissue and ligaments, and cut in half, after the medulla, large antral follicles and corpora lutea

were removed. Following this, the ovarian cortex was divided into 11 fragments of

39

approximately 3 x 3 mm (1 mm thick). One fragment was immediately fixed for classic

histological studies (non-cultured controls) while a smaller fragment (1 mm3) was randomly

collected and subsequently fixed for ultrastructural examination. The other fragments of

ovarian cortex were individually cultured in vitro in 1 mL of culture medium supplemented

with different concentrations of porcine LH (1, 5, 10, 50 or 100 ng/mL). To evaluate the

interaction between FSH and LH (experiment 2), 8 ovaries were collected and the fragments

obtained of ovarian cortex were individually cultured in vitro in 1 mL of culture medium

supplemented with porcine FSH (50 ng/mL) alone or associated to LH (1, 5, 10 or 50 ng/mL).

The culture was performed for 1 or 7 days at 39°C with 5% CO2 in air using a 24-well culture

dish. Every two days, the culture medium was replaced by fresh medium. Each treatment was

repeated four times using the ovaries of four different animals for each experiment.

2.2. Histological analysis and assessment of in vitro follicle growth

For both experiments, to evaluate the morphology of caprine follicles after 1 or 7 days

of culture, a small part (1 mm3) from each fragment was randomly removed for TEM studies,

while the remainder was fixed in Carnoy for 12 h for histological studies. After fixation, the

tissue fragments were dehydrated in graded series of ethanol, clarified with xylene and

embedded in paraffin wax. For each piece of ovarian cortex, 7µm sections were mounted on

slides, stained with periodic acid Schiff and hematoxylin (PAS staining system, Sigma, Inc.,

St. Louis, MO, USA), and examined by light microscopy (Zeiss, Germany) at 100X and 400X

magnification.

The follicles were classified as primordial (one layer of flattened granulosa cells

around the oocyte), or developing follicles i.e., intermediate (one layer of flattened to cuboidal

granulosa cells around the oocyte), primary (a single layer of cuboidal granulosa cells around

40

the oocyte), or secondary (oocyte surrounded by two or more layers of cuboidal granulosa

cells). These follicles were classified individually as histologically normal (1) when an intact

oocyte was present, i.e. an oocyte without a pyknotic nucleus, surrounded by granulosa cells

which are well organized in one or more layers and that have no pyknotic nucleus or (2).

degenerated follicles were defined as those with a retracted oocyte, which have a pyknotic

nucleus, and/or are surrounded by disorganized granulosa cells, which are detached from the

basement membrane. From each medium and culture period, approximately 120 follicles were

randomly evaluated.

To evaluate follicular activation and growth, only intact follicles with a visible oocyte

nucleus were recorded, and the proportion of primordial and growing follicles were calculated

at day 0 (controls) and after 1 or 7 days of culture in the various media tested. Major and

minor axes of each oocyte and follicle were measured with the aid of an ocular micrometer.

The averages of the minor and major axes were reported as oocyte and follicle diameters,

respectively. These values were used to assess the effect of the hormonal treatment on

follicular growth.

2.3. Ultrastructural analysis

For ultrastructural analysis, small pieces of ovarian cortex were fixed in 2%

paraformaldehyde, 2.5% glutaraldehyde, and 0.1 M sodium cacodylate buffer, pH 7.2. After

washing the ovarian pieces with sodium cacodylate buffer, they were post-fixed in 1%

osmium tetroxide, 0.8% potassium ferricyanide and 5 mM CaCl2 in 0.1 M sodium cacodylate

buffer. Subsequently, samples were dehydrated in graded series of acetone and embedded in

Spurr´s epoxy resin. Firstly, semi-thin sections (3 µm) were cut on an ultramicrotome

(Reichert Supernova, German) for light microscopy studies and stained with toluidine blue.

41

Subsequently, follicles classified as histologically normal in semi-thin toluidin blue stained

sections were submitted to ultrastructural analysis. For that purpose, thin sections (70 nm)

were cut and then contrasted with uranyl acetate and lead citrate, and examined using a Jeol

1011 (Jeol, Tokyo, Japan) transmission electron microscope.

2.4. Statistical analysis

Data for follicles and oocytes diameters were analyzed statistically as follows.

Kolmogorov-Smirnov and Bartlett’s tests were applied to confirm normal distribution and

homogeneity of variance, respectively. Analysis of variance was then made using GLM

procedure of SAS (1999) and Dunnett’s test was applied for comparison of control groups

against each treatment tested (Steel et al., 1997), whilst Student’s t-test was used to compare

means between one and seven days of cultivation. Differences among groups were considered

significant when P<0.05 and results were expressed as means ± standard deviation. Chi-

square test was used to compare percentages of viable follicles among the days.

3. Results

3.1. Effects of FSH and LH on primordial follicle activation

The percentage of primordial and developing follicles in goat ovarian tissue before and

after culture in media supplemented with LH is shown in Table 1. Growth was evaluated only

for follicles considered morphologially normal during culture (Figure 1A). After one day

culture in medium containing 10 ng/mL LH, a significant reduction of primordial follicles and

concomitant increase of developing follicles was observed when compared to day 0 (non-

42

cultured control). However, no significant differences were observed among treatmens. At

day 7 of culture, the presence of 10, 50 or 100 ng/mL of LH in culture media significantly

increased the percentages of developing follicles in relation to day 0, and follicles cultured in

MEM (P<0,05). Cultured ovarian tissue in MEM or MEM plus 1 or 5 ng/mL LH had similar

percentages of developing follicles when compared to day 0. Increasing the culture period

from 1 to 7 days, higher percentages of developing follicles was observed in ovarian tissue

cultured in media supplemed with 50 or 100 ng/mL LH (P<0,05).

The effects of both FSH and LH on primordial follicle development are shown in

Table 2. After one and seven days culture, all treatments showed a significant reduction in the

percentage of primordial follicles that was followed by a significant increase of developing

follicles when compared to day 0, except for tissue cultured in FSH plus and 10 ng/mL LH for

one day. Cortical tissue cultured in media supplemented with FSH alone or FSH plus LH (all

concentrations) had higher percentage of developing follicles, as well as lower percentage

primordial follicles than MEM after one day culture. After 7 days culture, significant

differences were observed among the treatments compared to day 0. When the culture period

was increased from 1 to 7 days, ovarian tissue cultured in FSH plus LH 10 ng/mL had higher

percentage of developing follicles, as well as lower percentage of primordial follicles (Table

2).

3.2. Effects of FSH and LH on oocyte and follicle diameters

After one day culture in all media, oocyte and follicle diameters were similar to day 0,

and no differences were observed among treatmens and MEM (Table 3). After 7 days culture

of ovarian tissue in medium supplemented with LH (1, 5, 10, 50, 100) ng/mL a significant

increase in oocyte and follicle diameters was observed when compared to day 0, except for

43

oocyte diameter in tissue cultured in MEM plus 50 and 100 ng/mL LH. When follicles were

cultured for 7 days in MEM plus 1 or 5 ng/mL LH that had higher diameter when compared

to MEM. When the culture period was increased from 1 to 7 days, a significant increase in

follicle and oocyte diameter was observed after culture in MEM or MEM plus 1, 5 and 10

ng/mL LH, except for oocyte diameter in tissue cultured in MEM alone (Table 3).

Table 4 shows the effects of FSH alone or the interaction between FSH and LH on

oocyte and follicle diameters. After one day, ovarian tissue cultured in all media had similar

oocyte and follicle diameters when compared to day 0. Similar results were observed for

oocyte diameter at day 7 of culture. In contrast, a significant increase in follicle diameter was

observed after 7 days culture in medium supplemented with FSH or FSH plus LH, when

compared to day 0. In addition, cortical tissue cultured for 7 days in FSH plus and 1 or 5

ng/mL LH had significantly higher diameter than MEM and FSH (P<0,05 – Table 4).

3.3. Effects of FSH and LH on follicle survival

Cortical tissue cultured for one day in MEM or MEM plus 1 ng/mL LH kept the

percentages of normal follicles (Figure 1A) similar to day 0. Degenerated follicle is shown in

Figure 1B. After 7 days, tissues cultured in all tested media had significantly lower

percentages of normal follicles when compared to day 0 (non-cultured control). After 1 or 7

days culture, addition of 5, 10, 50 or 100 ng/mL LH to culture medium promoted a significant

reduction of normal follicles was observed when compared to day 0, MEM or MEM plus 1

ng/mL LH (Table 5). When the culture period was increased from 1 to 7 days, a significant

reduction of normal follicles in tissues cultured in MEM plus LH at 5, 10 and 50 ng/mL. With

regard to the effect of the interaction between FSH and LH, cortical tissue cultured for one

day in MEM or MEM plus FSH kept the percentages of normal follicles similar to day 0.

44

After 7 days, tissues cultured in all tested media had significantly lower percentages of normal

follicles when compared to day 0. After 1 day culture, addition FSH + LH (1, 5, 10 or 50

ng/mL) together significantly reduced the percentage of normal follicles when compared to

MEM or MEM plus FSH alone. Similar results were observed after 7 days, except for FSH

plus 1 or 5 ng/mL LH (Table 6). With the increased of culture period from 1 to 7 days, a

significant reduction of normal follicles was observed in tissues cultured in all media, except

for FSH + LH 50 ng/mL.

3.4. Ultrastructural characteristics of cultured follicles

Based on histological results, ultrastructural evaluation was performed in non-cultured

tissue and in tissue cultured for 7 days in MEM supplemented or not with 1 ng/mL LH, as

well as in FSH plus and LH (1 or 5 ng/mL). Follicles cultured for 7 days in MEM plus 1

ng/mL LH and in MEM plus FSH and LH (1 ng/mL) had ultrastructural characteristics similar

to day 0 (non-cultured control). In contrast, follicles cultured in MEM alone or MEM plus

FSH and LH (5 ng/mL) had signs of degeneration. Normal follicles had intact oocyte showing

nuclear membranes, unpacked nuclear chromatin and cytoplasm rich in organelles

(Figure 2A). The cytoplasm contained numerous rounded mitochondria with peripheral cristae

and continuous mitochondrial membranes (Figures 2A, B and C). In all the oocytes, a large

number of vesicles spread throughout the cytoplasm were observed, but Golgi complexes

were rarely seen. Both smooth and rough endoplasmic reticulum was present, either as

isolated aggregations or as complex associations with mitochondria. Granulosa cells had

irregularly-shaped nuclei, and the cytoplasm contained a great number of elongated

mitochondria with lamellar cristae and well-developed rough endoplasmic reticulum (Figure

2C). Degenerated follicles had low cytoplasm density in oocyte and granulosa cells, as well as

45

broken oocyte and nuclear membranes (follicles cultured for 7 days in MEM plus FSH and

LH (5 ng/mL) - Figure 2D).

4. Discussion

This study showed for the first time the effect of different concentration of LH, alone

or in association with FSH, on primordial follicle development and viability after culture of

goat ovarian cortical tissue in vitro.

Higher percentages of primordial follicle activation were observed in ovarian cortex

cultured for 7 days in medium supplemented with high concentration of LH (10, 50 or 100

ng/mL). Flaws et al. (1997) demonstrated that high levels of LH can stimulate growth of

primordial follicle and their transition to primary and secondary stages. In our study, when

associated to FSH, LH (1, 5, 10 or 50 ng/mL) did not increase primordial follicle activation.

According to Médure et al. (2002), transition from primordial to primary follicle stage is not

directly dependent of FSH. In addition, Silva et al. (2004) did not observe effect of FSH

(100ng/mL) on goat primordial follicle activation in vitro. On the other hand, addition of

50ng/mL FSH increased goat primordial follicle activation and growth after 1 day culture

(Matos et al., 2007). FSH can act indirectly, since it regulates the production of prarcrine

factors, such as kit ligand, BMP-15 and GDF 9, which promote oocyte development (Thomas

et al., 2005) and primordial follicle activation (Elvin et al., 1999; Vitt et al., 2000; Kingler

and Felici, 2002). Additionally, during follicle development, gonadotropins promote growth

and differentiation of granulosa cells, as well as oocyte growth and maturation (Cortvrindt et

al., 1998a,b).

After 7 days culture, 1, 5 and 10 ng/mL LH increased oocyte diameter, while addition

only of LH 1 or 5 ng/mL increased follicular diameter. Furthermore, in association with FSH,

46

LH (1 and 5 ng/mL) increased follicular diameter. In mice, addition of both FSH and LH to

culture medium also increased follicular growth (Cortvrindt et al., 1997, 1998a,b; Liu et al.,

2002). In the ovary, LH receptors are expressed in interstitial cells (McFarland et al., 1989),

as well as theca and granulosa cells (McFarland et al., 1989). Probably, these cells are

stimulated by LH and then secrete factors that promote preantral follicle growth. To support

this hypothesis, Liu et al. (2002) showed that in absence of LH no proliferation of granulosa

cells is observed in vitro. With regard to FSH, its receptor is expressed in oocyte (Méduri et

al., 2002) and granulosa cells (Xu et al., 1995) of preantral follicles. Studies in vitro showed

that FSH stimulates oocyte growth in preantral follicles (caprine: Matos et al., 2207; bovine:

Itoh et al., 2002; murine: Cortvrindt et al., 1998a). In addition, FSH, together with estradiol,

activates granulosa cell proliferation, increase aromatase activity and promote expression of

LH receptors in granulosa cells (Zeleznik et al., 1974; Carson and Smith, 1986; Xu et al.,

1995).

With regard to follicular survival, low doses of LH (1 ng/mL) kept follicle viability

similar to control medium after 7 days culture. However, higher concentrations of LH (5, 10,

50 and 100 ng/mL) induced atresia in up to 85% (LH 100 ng/mL) of follicles. The presence of

both FSH and LH (1 and 5 ng/mL) kept follicle survival similar to control. Flaws et al. (1997)

demonstrated that high levels of LH promote depletion of primordial follicle population.

According to this author, elimination of primordial follicles in mice can be due to the fact that

(1) LH, in high levels, stimulates primordial follicle growth and transition to primary and

secondary stages (2) or induces apoptosis of primordial follicles. In addition, Simplício (1985)

showed that plasmatic level of LH in goats ranges from 0,41 to 4 ng/mL during anestrous and

from 6,1 to 28,0 ng/mL during estrus. In human, during the period of perimenopause, the loss

of primordial follicles accelerates at a rate twice that seen previously (Richardson et al.,

1987). If not for this acceleration, women would remain fertile well into their eighties (Faddy

47

et al., 1992). During perimenopause, women experience transient elevations in the levels of

both LH and FSH (Sherman et al., 1976; Marcus et al., 1993). This altered endocrine milieu

exerts a toxic effect on the primordial follicle pool, accelerating its depletion (Richardson et

al., 1987). Studies with transgenic mice also demonstrated that high levels of LH rapidly

reduces the pool of primordial follicles (Barnett et al., 2006). The effects of FSH and LH on

follicle viability can be via glucose metabolism, since gonadotropins significantly influence

several regulators enzymes of glicolysis and Krebs cycle may be influenced differently by

FSH and LH, and the influence varies with the maturation status of the follicles (Roy and

Terada, 1999).

In this study, medium supplemented with FSH alone or FSH plus 1ng/mL LH kept

ultrastructural characteristics of 7-day cultured follicles. Recently, Matos et al. (2007) showed

similar results after culturing ovarian tissue in medium containing FSH alone. In contrast,

follicles cultured with FSH and 5 ng/mL LH had various signs of degeneration, such as

numerous vacuoles in the ooplasm. These vacuoles are the first signs of degeneration

observed in atretic follicles and may represent endoplasmic reticulum swelling or altered

mitochondria (caprine: Silva et al., 2002; ovine: Jorio et al., 1991). Normal follicles had their

ultrastructure similar to that previously described for goat (Lucci et al., 2001) and other

species (bovine: Van Wezel and Rodgers, 1996; swine: Greenwald and Moor, 1989, human:

Oktay et al., 1997). Round or elongated mitochondria were abundant in the ooplasm of goat

follicle. The round shape of the mitochondria, indicate immaturity (Perkins and Frey, 2000),

in accordance with the quiescent stage of primordial follicle oocytes. In these follicles the

round mitochondria were the vast majority in the oocyte cytoplasm, being gradually replaced

by elongated mitochondria in the oocytes of primary and secondary follicles (Lucci et al.,

2001).

48

In conclusion, addition of FSH (50 ng/mL) associated or not with low concentrations

of LH (1 ng/mL) maintain goat primordial follicles ultrastructural integrity after cultured

follicles. However, LH in doses higher than 5 ng/mL induces atresia and reduces primordial

follicle population in cultured goat cortical tissue. Further studies on the effects of LH in the

modulation of paracrine growths factors are still needed to understand the effects of LH on

early folliculogenesis in goats.

Acknowledgements

This work was supported by CAPES. Márcia Viviane Alves Saraiva is a recipient of a grant

from CAPES (Brazil). We would like to acknowledge the generous donation of FSH and LH

by Dr. Jean-François Beckers of the University of Liège, Belgium.

References

BARNETT, K.R., SCHILLING, C., GREENFELD, C.R., TOMIC, D., FLAWS, J.A., 2006.

Ovarian follicle development and transgenic mouse models. Hum. Reprod. Update. 12,

537 – 555.

CARSON, R., SMITH, J., 1986 Development and steroidogenic activity of preantral follicles

in the neonatal rat ovary. J. Endoc. 110, 87-92.

CORTVRINDT, R.G., HU, Y., LIU, J. & SMITZ, J.E., 1998a. Timed analysis of the nuclear

maturation of oocytes in early preantral mouse follicle culture supplemented with

recombinant gonadotrophin. Fertil. Steril. 70, 1114-1125.

49

CORTVRINDT, R., HU, Y., SMITZ, J. 1998b. Recombinant Luteinizing Hormone as a

survival and differentiation factor increases oocyte maturation in recombinant follicle

stimulating hormone-supplemented mouse preantral follicle culture. Human Reprod. 13,

1292-1302.

CORTVRINDT, R., SMITZ, J. VAN STEIRTEGHEM, A.C. , 1997. Assesment of the need

for follicle stimulating hormone in early preantral mouse follicle culture in vitro. Human

Reprod. 12, 759-768.

DERRAR, N., PRICE, C.A., SIRARD, M.A., 2000. Effect of growth factors and co-culture

with ovarian medulla on the activation of primordial follicles in explants of bovine

ovarian cortex. Theriogenology. 54, 587-598.

DUFOUR, J.; CAHILL, L.P.; MAULEON, P. , 1979. Short and long-term effects of

hypophysectomy and unilateral ovariectomy on populations follicular in sheep. J.

Reprod. Fert. 7, 301-309.

EDWARDS, R.G., FOWLER, R.E., GORE-LANGTON, R.E., GOSDEN, R.G., JONES,

E.C., READHEAD, C., ,STEPTOE, C., 1977. Normal and abnormal follicular growth in

mouse, rat and human ovaries. J. Reprod. Fertil. 51, 237-263.

ELVIN, J.A., YAN, C.N., WANG, , NISHIMORI, K., MATZUK, M.M., 1999. Molecular

characterisation of the follicle defects in the growth differentiation factor 9-deficient

ovary. Mol. Endocrinol. 13, 1018–1034.

FADDY, M. J., GOSDEN, R. G., GOUGEON, A, RICHARDSON, S. J., NELSON, J. F., 1992.

Accelerated disappearance of ovarian follicle sinmid-life:implications for fore casting

menopause. Human Reprod. 7, 1342–1346.

FLAWS, J.A., ABBUD, R., MANN, R.J., NILSON, J.H., HIRSHFIELD, A.N., 1997.

Chronically elevated luteinizing hormone depletes primordial follicles in the mouse

ovary. Biol. Reprod. 57, 1233.

50

FORTUNE, J.E., KITO, S, WANDJI, S.A. & SRSEN., 1998. Activation of Bovine and

Baboon Primordial Follicles in vitro. Theriogenology. 49, 441-449.

FUKU, E., XIA, L., DOWNEY, B.R., 1995. Ultrastructural changes in bovine oocytes

cryopreserved by vitrification. Cryobiology. 32, 139-156.

GREENWALD, G.S., MOOR, R.M., 1989. Isolation and preliminary characterization of pig

primordial follicles. J. Reprod. Fert. 87, p 561-571.

ITOH, T., KACCHI, M., ABE, H., SENDAI, Y., HOSHI, H., 2002.Growth, antrum

formation, and estradiol production of bovine preantral follicles cultured in a serum-free

medium. Biol. Reprod. 67, 1099-1105.

JORIO, A., MARIANA, J.C., LAHLOU-KASSI, A.,1991. Development of the population of

ovarian follicles during the prepubertal period in D’man and Timahdit shee. J. Reprod.

Fert. 26, 239-250.

KLINGER, F.G., DE FELICI, M., 2002. In vitro development of growing oocytes from fetal

mouse oocytes: Stage-specific regulation by stem cell factor and granulosa cells. Dev.

Biol. 244, 85-95

LIU, H.C., ZHIYING, H., ROSENWAKS, Z., 2002. In vitro culture and in vitro maturation

of mouse preantral follicles with recombinant gonadotropins. Fert. Ster. 77, 373-383.

LUCCI, C.M., SILVA, R. CARVALHO, C.A., FIGUEIREDO, R., BÁO, N., 2001. Light

microscopical and ultrastrutural characterization of goat preantral follicles. Small Rum.

Res. 41, 61-69.

MARCUS, M., GRUNFELD, L., BERKOWITZ, G., KAPLANP GODBOLD J., 1993.

Urinaryfollicle-stimulating hormone as a biological marker of ovarian toxicity. Fert.

Ster. 59, 931-933.

MATOS, M.H.T., LIMA-VERDE, I.B., LUQUE, M.C.A., MAIA Jr, J.E., SILVA, J.R.,

CELESTINO, J.J.H., MARTINS, F.S., BÁO, S.N., LUCCI, A.M., FIGUEIREDO, J.R.,

51

2007. Essential role of follicle stimulating hormone in the maintenance of caprine

preantral follicle viability in vitro. Zygote. 15, 173-182.

McFARLAND, K.C, SPRENGEL, R., PHILLIPS, H.S., KOHLER, M., ROSEMBLIT, N.,

NIKOLICS, K., SEGALOFF, D.L., SEEBURG, H. , 1989. Lutropin-choriogonadotropin

receptor: an usual member of the G protein-coupled receptor family. Science. 245, 494-

499.

MÉDURI, G., CHARNAUX, N., DRIANCOURT, M.A., COMBETTES, L., GRANET, ,

VANNIER, B., LOOSFELT, H., MIGROM. E., 2002. Follicle-stimulating hormone

receptors in oocytes? The Journal of Clinical. Endocrinol. Metabol. 87, 2266-2276.

OKTAY, K., BRIGGS, D., GOSDE, R.G., 1997. Ontogeny of follicle-stimulating hormone

receptor gene expression in isolated human ovarian follicles. Journal Clinic Endocrinol.

Metabol. 82, 3748-3751.

O’SHAUGHNESSY, J., McLELLAND, D., McBRIDE, M.W., 1997. Regulation of

Luteinizing Hormone Receptor and Follicle-Stimulanting Hormone-Receptor messenger

ribonucleic acid levels during development in the neonatal mouse ovarian. Biol. Reprod.

57, 602-608.

PERKINS, G.A., FREY, T.G., 2000. Recent structural insight into mitochondria gained by

microscope. Micron. 31, 97-111.

REITER, E., McNAMARA. M., CLOSSET. J., HENNEN. G., 1995. Expression and

functionality of luteinizing hormone/chorionic gonadotrophin receptor in the rat

prostate. Endocrinology. 136, 917-923.

RESHEF, E., LEI, Z.M., RAO, C., PRIDHAM, D.D. CHEGINI, N., LUBORSKY, J.L., 1990.

The presence of gonadotrophin receptors in non-pregnant human uterus, human

placenta, fetal membranes and deciduas. J. Clin. Endocrinol. Metabol. 70, 421-430.

52

RICHARDSON, S. J., SENIKAS, A., NELSON, J. E., 1987. Follicular depletion during

themenopausal transition: evidence for accelerated loss and ultimate exhaustion. J. Clin.

Endocrinol. Metabol. 65, p 1231-1237.

ROY, S.K., TERADA, D.M., 1999. Actives of glucose metabolic enzymes in human preantral

follicles: In vitro modulation by Follicle-Stimulating Hormone, Luteinizing Hormone,

Epidermal Growth Factor, Insulin-Like Growth Factor 1, and Transforming Growth

Factor α1. Biol. Reprod. 60, 763-768.

SEGALOFF, D.L., 1996. Regulation of the LH receptor in the ovary during follicular

development. In: FILICORE, M., FLAMIGNI, C. Editors. The ovary: Regulation,

dysfunction and treatment. Amsterdã: Elsevier. 23-28.

SHERMAN, B. M., WEST, J. H., KORENMAN, S. G.,1976. The menopausal

transition:analysis of LH, FSH, estradiol, and progesterone concentrations during

menstrual cycles of older women. J. Clin. Endocrinol. Metabol. 42, 629- 636.

SILVA, J.R., BAO, S.N., LUCCI, C.M., CARVALHO, F.C., ANDRADE, E.R. FERREIRA,

M.A., FIGUEIREDO, J.R., 2001. Morphological and ultrastructural changes occurring

during degeneration of goat preantral follicles preserved in vitro. Anim. Reprod. Scien.

66, 209-223.

SILVA, J.R.V, FERREIRA, M.A.L., COSTA, S.H.F., SANTOS, R.R., CARVALHO, F.C.A,

RODRIGUES, A.R., LUCCI, C.M., BÁO, S.N., FIGUEIREDO, J.R., 2002.

Degeneration rate of preantral follicles in the ovaries of goats. Small Rumin. Res.,

43:203-209.

SILVA, J. R., VAN DEN HURK, R., MATOS, M. H. T., SANTOS, R. R., PESSOA, C.,

MORAED, M. O., FIGUEIREDO, J. R., 2004. Influences of FSH and EGF on

primordial follicles during in vitro culture of caprine ovarian cortical tissue.

Theriogenology. 61, 1691-1704.

53

SIMPLÍCIO, A.A., 1985. Reproduction in three native genotypes of goats under two feeding

management systems in northeast Brazil, and progesterone and Luteinizing hormone

profiles during the estrous cycle and seasonal anestrus in Spanish goats in the United

States. Dissertation of Doctor Philosophy, Utah State University, Logan-Utah, XII.

STEEL, R. G. D., TORRIE, J. H., DICKEY, D., 1997. A. Principles and procedures of

statistics: a biometrical approach. 3rd Ed. McGraw-Hill, New York, NY, 666p.

THOMAS, F.H., ETHIER, J.-F., SHIMASAKI, S., VANDERHYDEN, B.C., 2005. Follicle-

stimulating hormone regulates oocyte growth by modulation of expression of oocyte and

granulosa cell factors. Endocrinology. 146, 941-949.

ULLOA-AGUIRRE, A., MIDGLEY, A.R. JR., BEITINS, I.Z., PADMANABHAN, 1995.

Follicle-stimulating isohormones: characterization and physiological relevance. Endocr.

Rev. 16, 765-787.

VAN WEZEL, I., RODGERS, R.J., 1996. Morphological characterization of primordial

follicles and their environment in vivo. Biol. Reprod. 55, 1003-1010.

VITT, U.A., HAYASHI, M., KLEIN, C., HSUEH, A.J., 2000. Growth differentiation factor-9

stimulates proliferation but suppresses the follicle- stimulating hormone- induced

differentiation of cultured granulosa cells from small antral and preovulatory rat

follicles. Biol. Reprod. 62, 370-377.

WRIGHT, C.S., HOVATTA, O., MARGARA, R., TREW, G, WINSTON, R.M.L.,

FRANKS, S., HARDY, K., 1999. Effects of follicle-stimulating hormone and serum

substitution on the in-vitro growth of human ovarian follicles. Human Reprod. 14, 1555-

1562.

WU, J.,NAYUDU, L., KIESEL, S., MICHELMANN, H.W., 2000. Luteinizing Hormone has

a stage-limited effect on preantral follicle development in vitro. Biol. Reprod. 63, 320-

327.

54

XU, Z., GARVERICK, A., SMITH, G.W., SMITH, M.F., AMILTON, S.A., YOUNQUIST,

R., 1995. Expression of Follicle –Stimulating Hormone and Luteinizing hormone

receptor messenger Ribonucleic Acids in bovine follicles during the first follicular

wave. Biol. Reprod. 53, 951-957.

YAMOTO, M., SHIMA, K., NAKANO, R., 1992. Gonadotrophin receptors in human ovarian

follicles and corporea lutea throughout the menstrual cycle. Horm. Res. 37, 25-11.

ZELEZNICK, A.J., HILLIER, S.G., 1984. The role of goadotrophins in the selection of the

preovulatory follicle. Clin. Obst. Ginecol. 27, 927-940.

ZELEZNICK, A.J., MIDGLEY, A.R., REICHERT, L.E., 1974. Granulosa cell maturation in

the rat: increased binding of human chorionic gonadotrophin following treatment with

follicle-stimulating hormone in vivo. Endocrinology. 95, 818-824.

Table 1. Percentages of primordial or developing follicles in non-cultured tissue (day 0) and

in tissues cultured in MEM alone or supplemented with diffferent concentrations of LH (1, 5,

10, 50 or 100 ng/mL) for 1 and 7 days.

% Primordial follicles % Growing follicles

Treatments Day 1 Day 7 Day 1 Day 7

Control -day 0 44,21 55,26

MEM 34,21 Aa 30,91 Aa 65,79 Aa 69,09 Aa

LH 1 34,42 Aa 43,64 Aa 65,57 Aa 56,369 Aa

LH 5 38,30 Aa 28,57 Aa 61,70 Aa 71,43 Aa

LH 10 25,49 Aa* 17,39 Ba* 74,51 Aa* 82,61 Ba*

LH 50 37,04 Aa 11,76 Bb* 62,96 Ab 88,24 Ba*

LH 100 30,56 Aa 5,00 Bb* 69,44 Ab 95,00 Ba* * Differs significantly from control A, B Different letters denote significant differences from MEM (Test of X2 P<0,05) a, b Different letters denote significant differences between culture periods (Test of X2 P<0,05)

55

Table 2. Percentages of primordial or developing follicles in non-cultured tissue (day 0) and

in tissues cultured in MEM alone or supplemented with FSH or FSH associated with

diffferent concentrations of LH (1, 5, 10 or 50 ng/mL) for 1 and 7 days.

% Primordial follicles % Growing follicles

Treatments Day 1 Day 7 Day 1 Day 7

Control -day 0 55,70 44,33

MEM 83,46Aa* 31,42Ab* 16,54 Ab* 68,57 Aa*

FSH 36,14Ba* 32,31Aa* 63,86 Ba* 67,69 Aa*

FSH + LH 1 32,88Ba* 21,21Aa* 67,12 Ba* 78,79 Aa*

FSH + LH 5 32,91Ba* 20,00Aa* 67,09 Ba* 80,00 Aa*

FSH + LH 10 50,00Ba 26,00Ab* 50,00 Bb 74,00 Aa*

FSH + LH 50 30,23Ba* 26,08Aa* 69,76 Ba* 73,91 Aa* * Differs significantly from control A, B Different letters denote significant differences from MEM (Test of Dunnett; P<0,05) a, b Different letters denote significant differences between culture periods (Test t of Student; P<0,05)

Table 3. Follicle and oocyte diameters in non-cultured tissue (day 0) and in tissues cultured in

MEM alone or supplemented with diffferent concentrations of LH (1, 5, 10, 50 or 100 ng/mL)

for 1 and 7 days.

Oocyte diameter (µm) Follicle diameter (µm)

Treatments Day 1 Day 7 Day 1 Day 7 Control -day 0 38,01 ± 6,02 50,98 ± 8,56

MEM 39,09 ± 5,33 Aa 42,80 ± 6,97 Aa 49,11 ± 4,93 Ab 57,83 ± 6,23 Aa

LH 1 38,47 ± 6,14 Ab 46,04 ± 6,48 Aa* 54,48 ± 7,30 Ab 71,69 ± 7,47 Ba*

LH 5 40,48 ± 5,39 Ab 48,41 ± 7,11 Aa* 54,89 ± 5,83 Ab 68,91 ± 9,98 Ba*

LH 10 42,18 ± 6,67 Ab 47,43 ± 8,16 Aa* 54,69 ± 8,69 Ab 63,50 ± 7,26 Aa*

LH 50 42,45 ± 6,74 Aa 41,87 ± 6,61 Aa 55,23 ± 7,30 Aa 62,42 ± 8,12 Aa*

LH 100 38,78 ± 5,62 Aa 42,33 ± 5,85 Aa 53,61 ± 7,72 Aa 58,25 ± 7,91 Aa* * Differs significantly from control A, B Different letters denote significant differences from MEM (Test of Dunnett; P<0,05) a, b Different letters denote significant differences between culture periods (Test t of Student; P<0,05)

56

Table 4. Follicle and oocyte diameters in non-cultured tissue (day 0) and in tissues cultured in

MEM alone or supplemented with FSH and FSH with diffferent concentrations of LH (1, 5,

10 or 50 ng/mL) for 1 and 7 days.

Oocyte diameter (µm) Follicle diameter (µm)

Treatments Day 1 Day 7 Day 1 Day 7 Control - day 0 40,63 ±6,97 53,46 ± 9,30

MEM 41,25 ± 6,04 Aa 44,03 ± 7,22 Aa 55,46 ± 6,83 Aa 59,64 ± 7,84 Aa

FSH 40,48 ± 5,29 Aa 43,10 ± 6,38 Aa 56,55 ± 7,30 Aa 61,34 ± 10,09 Aaβ* FSH + LH 1 39,40 ± 6,64 Ab 45,89 ± 6,82 Aa 56,39 ± 8,26 Ab 70,45 ± 7,67 Baα*

FSH + LH5 42,02 ± 5,88 Ab 46,35 ± 4,69 Aa 56,70 ± 7,04 Ab 69,37 ± 9,64 Baα*

FSH + LH 10 42,18 ± 6,67 Ab 45,66 ± 5,86 Aa 54,69 ± 8,69 Ab 64,58 ± 7,89 Aaβ*

FSH + LH 50 43,26 ± 7,50 Aa 42,18 ± 6,36 Aa 58,40 ± 9,18 Aa 62,57 ± 8,20 Aaβ* * Differs significantly from control A,B Different letters denote significant differences from MEM (Test of Dunnett; P<0,05) a, b Different letters denote significant differences between culture periods (Teste t of Student; P<0,05) α, β Different letters denote significant differences from MEM (Test of Dunnett; P<0,05)

Table 5. Percentages of morphologically normal follicles in non-cultured tissue (day 0) and in

tissues cultured in MEM alone or supplemented with diffferent concentrations of LH (1, 5,

10, 50 or 100 ng/mL) for 1 and 7 days.

% Normal follicles Treatments Day 1 Day 7

Control -day 0 65,90 ± 4,22 MEM 59,95 ± 6,70 Aa 33,32 ± 6,55 Ab* LH1 56,63 ± 5,77 Aa 30,60 ± 9,88 Aa* LH5 39,97 ± 8,18 Ba* 14,00 ± 6,52 Bb* LH10 38,87 ± 5,09 Ba* 17,02 ± 5,48 Bb* LH50 37,77 ± 6,92 Ba* 12,80 ± 7,39 Bb* LH100 29,37 ± 10,87 Ba* 15,36 ± 6,82 Ba* * Differs significantly from control A,B Different letters denote significant differences from MEM (Test of Dunnett; P<0,05) a, b Different letters denote significant differences between culture periods (Teste tof Student; P<0,05)

57

Table 6. Percentages of morphologically normal follicles in non-cultured tissue (day 0) and in

tissues cultured in MEM alone or supplemented with FSH and diffferent concentration of LH

(1, 5, 10 or 50 ng/mL) for 1 and 7 days.

% Normal follicles Treatments Day 1 Day 7

Control -day 0 77,6

MEM 78,39 Aa 57,85 Ab*

FSH 68,60 Aa 54,17 Ab* FSH + LH1 59,84 Ba* 54,10 Ab*

FSH + LH5 64,23 Ba* 50,00 Ab* FSH + LH10 56,20 Ba* 40,98 Bb*

FSH + LH50 37,39 Ba* 40,00 Ba* * Differs significantly from control A,B Different letters denote significant differences from MEM (Test of Dunnett; (Test of Dunnett; P<0,05) a, b Different letters denote significant differences between culture periods (Test t of Student; P<0,05)

Figure 1. Histologically normal (A) and (B) degenerated follicles after in vitro culture (400x).

O: oocyte; Nu: nucleus; GC: granulosa cell;

A B

GC

GC

O O

Nu Nu

58

Figure 2: Electron micrography of follicles before and after 7 days culture (A) Normal follicle

from day 0 (non-cultured control) (10000x); (B) normal follicle after culture in medium

containing 1 ng/mL LH (8000x); (C) or FSH plus 1 ng/mL LH (15000x) and (D) degenerated

follicles after 7 days culture in medium supplemented with FSH and 5 ng/mL LH (5000x). O:

oocyte; Nu: nucleu; GC: granulosa cell; M: mitochondria; ER: endoplasmic reticulum.

A B

D

A

C D C D

Nu GC

M

O

Nu

GC

GC

O

ER

D

O

GC

59

7. CONCLUSÕES

• O LH em baixa concentração (1 ng/mL) associado ou não ao FSH promove a

manutenção da morfologia folicular garantindo também a integridade ultra-estrutural

dos folículos pré-antrais caprinos cultivados in situ por 7 dias, além de influenciar

positivamente o crescimento folicular;

• Em todas as concentrações testadas o LH associado ao FSH aumenta as taxas de

ativação folicular;

• Quando adicionado em concentrações acima de 5 ng/mL, o LH promove altos níveis

de atresia folicular contribuindo desta forma para uma drástica redução da população

de folículos primordiais caprinos cultivados in vitro, sendo este um importante dado

para o estudo da foliculogênese inicial.

60

8. PERSPECTIVAS

• O estudo dos folículos pré-antrais isolados em diferentes estádios de desenvolvimento

em meio contendo LH e FSH deverá ser realizado com o objetivo de estabelecer as

necessidades das gonadotrofinas nos diferentes estádios da foliculogênese inicial;

• Além disso, estudos adicionais sobre a influência do LH na modulação de substâncias

(hormônios e fatores de crescimento) que interferem no desenvolvimento folicular e

atresia ainda são necessários para a compreensão da foliculogênese em caprinos.

61

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

ABIR, R.; FISCH, B.; NAHUN, R.; ORVIETO, E.; NITKE, S.; OKON, E.; BEN-

RAFAEL,Z. Turner`s syndrome and fertility: Current status and possible future propects.

Human Reproduction. v. 7, p. 603-610, 2001a.

ABIR, R.; FISCH, B.; NITKE, S.; OKON, E.; RAZ, A.H.; BEN-RAFAEL, Z. Morphological

study of fully and partially isolated early human follicles. Fertility and Sterility. v. 75, p.

141-146, 2001b.

ABIR, R.; ROIZMAN, P.; FISCH, B.; NITKE, S.; OKON, E.; ORVIETO, E.; BEN-

RAFAEL, Z. Pilot study of isolated early human follicles cultured in collagen gels for 24 h.

Human Reproduction. v. 14, p. 1299-1301, 1999.

ADASHI, E.Y. Endocrinology of the ovary. Human Reproduction.v. 9, p. 815-827, 1994.

AMORIM, C.A., RODRIGUES, A.P.R., LUCCI, C.M., FIGUEIREDO, J.R., GONÇALVES,

P.B.D. Effect of sectioning on the number of isolated ovine preantral follicles. Journal Small

Ruminant Research. v. 37, p. 269-277, 2000.

BARNETT, K.R.; SCHILLING, C.; GREENFELD, C. R.; TOMIC, D.; FLAWS, J.A.;

Ovarian follicle development and transgenic mouse models. Human Reproduction. p. 1-19,

2006.

BARROS, L.F.; HERMOSILLA, T.; CASTRO, J. Necrotic volume increase and the early

physiology of necrosis. Comparative Biochemistry and Physiology, v. 130, p. 401-409,

2001.

BETTERIDGE, K.J.; SMITH, C.; STUBBINGS, R.B.; XU, K.P.; KING, W.A. Potential

genetic improvement of cattle by fertilization of fetal oocytes in vitro. Journal Reproduction

and Fertility. v. 38, p. 87-98, 1989.

62

BEZERRA, M.B.; RONDINA, D.; OLIVEIRA, L.C.; LIMA, A.K.F.; CECCHI, R.; LUCCI,

C.M.; GIORGETTI, A.; FIGUEIREDO, J.R. Aspectos quantitativos da foliculogênese na fase

pré-natal na espécie caprina. Ciência Animal. v.8, p.30-41, 1998.

BOLAND, N.I, GOSDEN, R.G. Effects of epidermal growth factor on the growth and

differentiation of cultured mouse ovarian follicles. Journal of Reproduction and Fertility.

v. 101, p. 369-74, 1994.

BOLAND, NI, Humpherson, PG, Leese, HJ, Gosden, RG. Pattern of lactate production and

steroidogenesis during growth and maturation of mouse ovarian follicles in vitro. Biology of

Reproduction. v. 48, p.798-806, 1993.

BRAW-TAL, R, ROTH, Z. Gene expression for LH receptor, 17 alpha-hydroxylase and StAR

in the theca interna of preantral and early antral follicles in the bovine ovary. Reproduction.

v. 129. p.453-461, 2005.

BRAW-TAL, R., YOSSEFI, S. Studies in vivo and in vitro on the initiation of follicle growth

in the bovine ovary. Jounal of Reproduction and Fertility. v.109, p.165–171, 1997.

BRISTOL-GOULD, S., WOODRUFF, T.K. Folliculogenesis in the domestic cat (Felis

catus). Theriogenology. 2006. in press.

BUKOVSKI, A., CAUDLE, M.R., SVETLIKOVA, M., UPADHYAYA, N.B. Origin of germ

cells and formation of new primary follicles in adult human ovaries. Reproductive Biology

and Endocrinology. v. 4, p. 2-20, 2004.

CARSON, R., SMITH, J.; Development and steroidogenic activity of preantral follicles in the

neonatal rat ovary. Journal Endocrinology. v. 110, p. 87-92, 1986.

CORTVRINDT, R.G., HU, Y., LIU, J. & SMITZ, J.E. Timed analysis of the nuclear

maturation of oocytes in early preantral mouse follicle culture supplemented with

recombinant gonadotrophin. Fertility and Sterility. v. 70, p. 1114-1125, 1998a.

63

CORTVRINDT, R. SMITZ, J. VAN STEIRTEGHEM, A.C. Assesment of the need for

follicle stimulating hormone in early preantral mouse follicle culture in vitro. Human

Reproduction. v. 12, p. 759-768, 1997.

CORTVRINDT, R., HU, Y., SMITZ, J. Recombinant Luteinizing Hormone as a survival and

differentiation factor increases oocyte maturation in recombinant follicle stimulating

hormone-supplemented mouse preantral follicle culture. Human Reproduction. v. 13,

p.1292-1302, 1998b.

CORTVRINDT, R., SMITZ, J.E.J. In vitro follicle growth: Achievements in mammalian

species. Reproduction Domestic Animal. v.36, p. 3-9, 2001.

DERRAR, N., PRICE, C.A., SIRARD, M.-A. Effect of growth factors and co-culture with

ovarian medulla on the activation of primordial follicles in explants of bovine ovarian cortex.

Theriogenology. v. 54, p. 587-598, 2000.

DRIANCOURT, M.A. Regulation of ovarian follicular dynamics in farm animals.

Implications and for manipulation of reproduction. Theriogenology. V. 55, p. 1211-1239,

2001.

DRUMMOND, A.E. The role of steroids in follicular growth. Reproductive Biology and

Endocrinology. v. 4, p. 1-11, 2006.

DUFOUR, J.; CAHILL, L.P.; MAULEON, P., Short and long-term effects of

hypophysectomy and unilateral ovariectomy on populations follicular in sheep. Journal of

Reproduction and Fertility, v. 7, p. 301-309, 1979.

EDWARDS, R.G.; FOWLER, R.E.; GORE-LANGTON, R.E.; GOSDEN, R.G.; JONES,

E.C.; READHEAD; C.; ,STEPTOE, P.C. Normal and abnormal follicular growth in mouse,

rat and human ovaries. Journal of Reproduction and Fertility. v. 51, p. 237-263, 1977.

ELVIN, J.A.; YAN, C.N.; WANG, P.; NISHIMORI, K., MATZUK, M.M. Molecular

characterisation of the follicle defects in the growth differentiation factor 9-deficient ovary.

Molecular Endocrinology.v. 13, p.1018–1034, 1999.

64

EPPIG, JJ, SCHROEDER, AC. Capacity of mouse oocytes from preantral follicles to undergo

embryogenesis and development to live young after growth, maturation, and fertilization in

vitro. Biology Reproduction. v. 41, p. 268-276, 1989.

ERICKSON, G.F. Analysis of follicles development and ovum maturation. In: Seminars in

Reproductive Endocrinology, san Diego-California, p.233-254, 1986.

ERICKSON, G.F.; WANG, C.; HSUEH, A.J.W. FSH induction of functional LH receptors in

granulosa cell cultured in a chemically definined medium. Nature. V. 279, p. 336-338, 1979.

FADDY, M. J.; GOSDEN, R. G.; GOUGEON, A, RICHARDSON, S. J.; NELSON, J. F.

Accelerated disappearance of ovarian follicle sinmid-life:implications for fore casting menopause.

Human Reproduction. v. 7, p.1342–1346,1992.

FAIR, T. Follicular oocyte growth and acquisition of developmental competence. Animal

Reproduction Science. v. 78, p. 203-216, 2003.

FARBER, J.L. Membrane injury and calcium homeostasis in the pathogenesis of coagulative

necrosis. Lab. Invest., v. 47, p. 114-123, 1982.

FIGUEIREDO, J.R.; HULSHOF, S.C.; THIRY, M.; VAN DEN HURK, R.; BEVERS, M.M.;

NUSGENS, B.; BECKERS, J.F. Extracellular matrix proteins and basement membrane: their

identification in bovine ovaries and significance for the attachment or cultured preantral

follicles. Theriogenology. v. 5, p. 845-858, 1995.

FIGUEIREDO, J.R.; RODRIGUES, A.P.R.; AMORIM, C.A.; Manipulação de Oócitos

Inclusos em Folículos Ovarianos Pré-antrais – MOIFOPA. In: GONÇALVES, P.B.D.;

FIGUEIREDO, J.R.; FREITAS, V.J.F. Biotécnicas Aplicadas à Reprodução Animal. São

Paulo: Livraria Varela, p. 227-256, 2002.

FLAWS, J.A.; ABBUD, R.; MANN, R.J.; NILSON, J.H.; HIRSHFIELD, A.N.; Chronically

elevated luteinizing hormone depletes primordial follicles in the mouse ovary. Biology of

Reproduction. v. 57, p. 1233, 1997.

65

FORTUNE, J.E. The early stages of follicular development: activation of primordial follicles

and growth of preantral follicles. Animal Reproduction Science. v. 78, p. 135-163, 2003.

FORTUNE, J.E., KITO, S, WANDJI, S.A. & SRSEN, V. Activation of Bovine and Baboon

Primordial Follicles in vitro. Theriogenology. v. 49, p. 441-449, 1998.

FUKU, E., XIA, L., DOWNEY, B.R. Ultrastructural changes in bovine oocytes cryopreserved

by vitrification. Cryobiology. v. 32, p. 139-156, 1995.

GOUGEON, A. Regulation of ovarian follicular development in primates-facts and

hypothesis. Endocrinology Rev. v. 17,

p. 121-155, 1996.

GREENWALD, G.S.; MOOR, R.M. Isolation and preliminary characterization of pig

primordial follicles. Journal of Reproduction and Fertility, v. 87, p 561-571, 1989.

GUTIERREZ, C.G., RALPH, J.H., TELFER, E.E., WILMUT, I. & WEBB, R. Growth and

antrum formation of bovine preantral follicles in long-term culture in vitro. Biology of

Reproduction. v. 62, p. 1322-1328, 2000.

HARTSHORNE, G.M., SARGENT, I.L., BARLOW, D.H. Growth rates and antrum

formation of mouse ovarian follicles in vitro in response to follicle-stimulating hormone,

relaxin, cyclic AMP and hypoxanthine. Human Reproduction. v. 9, p. 1003-1012, 1994.

HIRAO, Y., NAGAI, T., KUBO, M., MIYANO, T., MIYAKE, M. & KATO, S. In vitro

growth and maturation of pig oocytes. Journal Reproduction Fertility. v. 100, p.333-339,

1994.

HIRSHFIELD, A.N. Development of follicles in the mammalian ovary. International

Review of Cytology. v. 124, p. 43-101, 1991.

HOVATTA, O.; SILY, R; ABIR, R.; KRAUSZ, T.; WINSTON, R.M.L. Extra cellular matrix

improves the survival of human primordial and primary fresh and frozen-thawed ovarian

follicles in long-term culture. Human Reproduction. v.12, p. 1032-1036, 1997.

66

HOVATTA, O.; WRIGHT C, KRAUZ T, HARDY K, WINSTIN RM. Human primordial,

primary and secondary ovarian follicles in long-term culture: effect of partial isolation.

Human Reproduction. v. 14, p. 2519-2524, 1999.

HULSHOF, S.C.J.; FIGUEIREDO, J.R.; BEKERS, J.F.; BEVERS, M.M.; VAN DER

DONK, J.A. Effects of fetal bovine serum, FSH and 17β-estradiol on the culture of bovine

preantral follicles. Theriogenology. v. 44, p. 217-226, 1995.

HURWITZ, A.; ADASHI, E.Y. Ovarian follicular atresia as an apoptotic process: a paradigm

for programmed cell death in endocrine tissues. Molecular and Cellular Endocrinology. v.

84, p. 19-23, 1992.

HUTT, K.J.; MCLAUGHLIN, E.A.; HOLLAND, M.K. KIT/KIT Ligand in Mammalian

Oogenesis and Folliculogenesis: Roles in Rabbit and Murine Ovarian Follicle Activation and

Oocyte Growth. Biology of Reproduction. v. 75, p. 421 – 433, 2006

ITOH, T., KACCHI, M., ABE, H., SENDAI, Y., HOSHI, H. Growth, antrum formation, and

estradiol production of bovine preantral follicles cultured in a serum-free medium. Biology of

Reproduction, v. 67, p. 1099-1105, 2002.

JOHNSON, A.L.; BRIDGHAM, J.T. Caspase-mediated apoptosis in the vertebrate ovary

Reproduction. v. 124, p. 19-27, 2002

JOHNSON, C.D.; BALAGURUNATHAN, Y.; LU, K.P.; TADESSE, M.;

FALAHATPISHEH, M.H.; CARROLL, R.J.; DOUGHERTY, E.R.; AFSHARI, C.A.;

RAMOS, K.S.; Genomic profiles and predictive biological networks in oxidant-induced

atherogenesis. Physiol Genomics. v. 13, p. 263, 2003.

JOHNSON, J.; BAGLEY, J.; SKAZNIK-WIKIEL, M.; LEE, H.J.; ADAMS, G.B.;

NIIKURA, Y., TSCHUDY, K.S.; TILLY, J.C.; CORTES, M.L.; FORKERT, R.; SPITZER,

T.; IACOMINI, J.; SCADDEN, D.T.; TILLY, J.L. Oocyte generation in adult mammalian

ovaries by putative germ cells in bone marrow and peripheral blood. Cell. v. 122, p. 303-315,

2004.

67

JORIO, A.; MARIANA, J.C.; LAHLOU-KASSI, A. Development of the population of

ovarian follicles during the prepubertal period in D’man and Timahdit sheep. Journal of

Reproduction and Fertility. v. 26, p. 239-250, 1991.

JOYCE, I.M., PENDOLA, F.L., WIGGLESWORTH, K., EPPIG, J.J.,Oocyte regulation of

Kit ligand expression in mouse ovarian follicles. Development Biology. v.214, p. 342–53,

1999.

JUENGEL, J.L; SAWYER, H.R,; SMITH, P.R.; QUIRKE, L.D.; HEATH, D.A,; LUN, S.;

WAKEFIELD, S.J.; MCNATTY, K.P. Origins of follicular cells and ontogeny of

steroidogenesis in ovine fetal ovaries. Molecular and Cellular Endocrinology. v. 191 p. 1-

10, 2002.

KLINGER, F.G.; DE FELICI, M. In vitro development of growing oocytes from fetal mouse

oocytes: Stage-specific regulation by stem cell factor and granulosa cells. Development

Biology. v. 244, p. 85-95, 2002

LEE, V.H. Expression of Rabbit Zona Pellucida-1 Messenger Ribonucleic Acid During Early

Follicular Development. Biology of Reproduction. v. 63, p. 401, 2000.

LEVI-SETTI, PE; CAVAGANA, M.;BAGGIANI,A.;ZANONNI,E.; COLOMBO,G.V.;

LIPRANDI, V. FSH and LH together in ovarian stimulation. European Journal of

Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology. v.115, p. 34-39, 2004.

LEVY, D.P.; NAVARRO, J.M.; GLENN, L.S.; DAVIS, O.K.; ROSENWAKS. Z. Debate:

The role of LH in ovarian stimulated exogenous LH: Let’s design the future. Human

Reproduction. v. 15, p 2258-2265, 2000.

LIU, H.C.; HE, Z.; ROSENWAKS, Z. Application of complementary DNA microarray (DNA

chip) technology in the study of gene expression profiles during folliculogenesis. Fertility

and Steriliy. v. 75, p. 947-955, 2001.

68

LIU, H.C.; ZHIYING, H.; ROSENWAKS, Z. In vitro culture and in vitro maturation of

mouse preantral follicles with recombinant gonadotropins. Fertility and Sterility.v. 77, p.

373-383, 2002.

LIU, X., ANDOH, K., ABE, Y., KOBAYASHI, J., YAMADA, K., MIZUNUMA, H.,

IBUKI, Y. A comparative study on transforming growth factor-β and activin A for preantral

follicles from adult, immature, and diethylstilbestrol-primed immature mice. Endocrinology.

v. 139, p. 2480-2485, 1999.

LOHIO, H.; HOVATTA, O.; SJOBERG, J.; TUURI, T. The effect of insulin and insulin-like

growth factor 1 and 2 on human ovarian follicles in long-term culture. Mollecular Human

Reproduction. v. 6, p. 694-698, 2000.

LUCCI, C.M., AMORIM, C.A., BÁO, S.N., FIGUEIREDO, J.R., RODRIGUES, A.P.R.,

SILVA, J.R., GONÇALVES, P.B.D. Effect of the interval of serial sections of ovarian in the

tissue chopper on the number of isolated caprine preantral follicles. Animal Reproduction

Science. v. 56, p. 39-49, 1999.

LUCCI, C.M.; SILVA, R.V. CARVALHO, C.A.; FIGUEIREDO, R.; BÁO, N. Light

microscopical and ultrastrutural characterization of goat preantral follicles. Small Ruminant

Research. v. 41, p. 61-69, 2001.

LUN, S.; SMITH, P.; LUNDY, T.; O'CONNELL, A.; HUDSON, N.; MCNATTY, K.P.

Steroid contents of and steroidogenesis in vitro by the developing gonad and mesonephros

around sexual differentiation in fetal sheep. Journal of Reproduction and Fertility.v. 114,

p. 131-139, 1998.

MARCUS, M.; GRUNFELD, L.; BERKOWITZ, G.; KAPLANP GODBOLD J.

Urinaryfollicle-stimulating hormone as a biological marker of ovarian toxic-ity. Fertilitity

and Sterility. v. 59, p. 931-933, 1993.

MATOS, M.H.T.; LIMA-VERDE, I.B.; LUQUE, M.C.A.; MAIA Jr, J.E.; SILVA, J.R.V.;

CELESTINO, J.J.H.; MARTINS, F.S.; BÁO, S.N.; LUCCI, A.M.; FIGUEIREDO, J.R.

69

Essential role of follicle stimulating hormone in the maintenance of caprine preantral follicle

viability in vitro. Zygote. v. 15, p. 173-182, 2007

McFARLAND, K.C; SPRENGEL, R.; PHILLIPS, H.S.; KOHLER, M.; ROSEMBLIT, N.;

NIKOLICS, K.; SEGALOFF, D.L.; SEEBURG, P.H. Lutropin-choriogonadotropin receptor:

an usual member of the G protein-coupled receptor family. Science. v. 245, p. 494-499, 1989.

McGEE, E.; SPEARS, N.; MINAMI, S.; HSU, S.Y.; CHUN, S.Y.; BILLIG, H.; HSUEH, A.J.

Preantral ovarian follicles in serum-free culture: suppression of apoptosis after activation of

the cyclic guanosine 3’,5’-monophosphate pathway and stimulation of growth and

differentiation by follicle-stimulating hormone. Endocrinology. v. 138, p. 2417-2424, 1997.

McGEE, E.A.; HSUE. A.J. Initial and cyclic recruitment of ovarian follicles.Endocrine

Review. v. 21, p. 200-214, 2000.

McNATTY, K.P.; HEATH, D.A.; LUNDY, T.; FIDLER, A.E.; QUIRKE, L.; O`CONELL, A.

Control of early ovarian follicular development . Journal of Reproduction and Fertility. v.

54, p. 3-16, 1999.

MÉDURI, G., CHARNAUX, N., DRIANCOURT, M.-A., Combettes, L., Granet, P., Vannier,

B., Loosfelt, H.; Migrom, E. Follicle-stimulating hormone receptors in oocytes? The Journal

of Clinical. Endocrinology & Metabolism. v. 87, p. 2266-2276, 2002.

MORITA, Y. & TILLY, J.L. Oocyte apoptosis: Like sand through and hourglass.

Developmental Biology. v.213, p. 1-17, 1999.

MURUVI, W.; PINCTON, H.M.; RODWAY, R.G.; JOYCE, I.M. In vitro growth of oocytes

from primordial follicles isolated from frozem-thawed lamb ovaries. Theriogenology. v. 64,

p. 1357-1370, 2005.

NAYUDU, P.L.; OSBORN, S.M. Factors Influencing the Rate os Preantral and Antral

Growth of Mouse Ovarian Follicles in Vitro. Journal Reprodution Fertility. v. 95, p. 349-

362, 1992.

70

NUTTINCK, F., COLLETTE, L., MASSIP, A., DESSY, F. Histologic and autoradiographic

study of the in vitro effects of FGF-2 and FSH on isolated bovine preantral follicles:

preliminary investigation. Theriogenology. v. 45, p. 1235-1245, 1996.

O`BRIEN, M.J.; PENDOLA, J.K.; EPPIG, J.J. A revised protocol for in vitro development of

mouse oocytes from primordial follicles dramatically improves their development

competence. Biology of Reproduction, v. 8, p. 1682-1686, 2003.

O’SHAUGHNESSY, P.J.; McLELLAND, D.; McBRIDE, M.W. Regulation of Luteinizing

Hormone Receptor and Follicle-Stimulanting Hormone-Receptor messenger ribonucleic acid

levels during development in the neonatal mouse ovarian. Biology of Reproduction. v. 57, p.

602-608, 1997.

OKTAY, K.; BRIGGS, D.; GOSDE, R.G. Ontogeny of follicle-stimulating hormone receptor

gene expression in isolated human ovarian follicles. Journal Clinic Endocrinology

Metabolism. v. 82, p.3748-3751, 1997

PARROT, J.A.; SKINNER, M.K. Kit ligand/stem cell factor induces primordial follicle

development and initiates folliculogenesis. Endocrinology. v. 140, p. 4262-4271, 1999.

PERKINS, G.A.; FREY, T.G. Recent structural insight into mitochondria gained by

microscope. Micron. v.31, p. 97-111, 2000.

QUIRK, S.M.; PORTER, D.A.;,HARMAN, R.M.; COWAN, R.G. Susceptibility of ovarian

granulosa cells to apoptosis differs in cells isolated before or after the preovulatory LH surge.

Molecular and Cellular Endocrinology. v. 176, p. 13-20, 2001.

QVIST, R.; BLACKWELL, L.F.; BOURNE, H.; BROWN, J.B. Development of Mouse

Ovarian Follicles from Primary to Ovulatory Stages in Vitro. Journal Reproduction

Fertility. v. 89, p. 169-180, 1990.

RACHID, M.A.; VASCONCELOS, A.C.; NUNES, V.A. Apoptosis in the lymphoid

depletion induced by T-2 toxin in broiler chicks. Histopmorphometry of the bursa of

Fabricius. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. v. 52, p. 6, 2000.

71

REITER, E.; McNAMARA. M.; CLOSSET. J.; HENNEN. G.; Expression and functionality

of luteinizing hormone/chorionic gonadotrophin receptor in the rat prostate. Endocrinology.

v.136, p. 917-923, 1995.

RESHEF, E.; LEI, Z.M.; RAO, C.V.; PRIDHAM, D.D. CHEGINI, N.; LUBORSKY, J.L.

The presence of gonadotrophin receptors in non-pregnant human uterus, human placenta, fetal

membranes and deciduas. Journal Clinic Endocrinology & Metabolism. v. 70, p 421-430,

1990.

RICHARDSON, S. J.; SENIKAS, V.; NELSON, J. E. Follicular depletion during

themenopausal transition: evidence for accelerated loss and ultimate ex-haustion. Journal

Clinic Endocrinology & Metabolism. v. 65, p 1231-1237, 1987

ROY, S.K. & GREENWALD G.S. Hormonal requirements for the growth and differentiation

of hamster preantral follicles in long-term culture. Journal of Reprodution and Fertility. v.

87, p.103–114, 1989.

ROY, S.K. Epidermal growth factor and transforming growth factor-β modulation of follicle-

stimulatinh hormone-induced deoxyrribonucleic acid synthesis in hamster preantral and early

antral follicles. Biolology of Reproduction. v. 48, p. 552-557, 1993.

ROY, S.K.; TERADA, D.M. Actives of glucose metabolic enzymes in human preantral

follicles: In vitro modulation by Follicle-Stimulating Hormone, Luteinizing Hormone,

Epidermal Growth Factor, Insulin-Like Growth Factor 1, and Transforming Growth Factor

β1. Biolology of Reproduction. v.60, p. 763-768, 1999.

RUSSE, I. Oogenesis in cattle and sheep. Bibliotheca Anatomical. v. 24 p. 77-92, 1983.

SAUMANDE, J.; CAHILL, L.P.; RAVAULT, J.P.; BLANC, M.; THIMONIER, J.;

MARIANA, J.C. Hormonal and follicular relationships in ewes of high and low ovulation

rates. Journal of Reproduction and Fertility, v. 62 p. 141-150, 1981.

72

SCOTT, J.E.; CARLISSON, I.B.; BAVISTER, B.D.; HOVATTA, O. Human ovarian tissue

cultures: Extra cellular matrix composition coating density and tissue dimensions.

Reproduction Biomedicine On Line. v. 9, p. 287-293, 2004.

SEGALOFF, D.L. Regulation of the LH receptor in the ovary during follicular development.

In: FILICORE, M.; FLAMIGNI, C. Editors. The ovary: Regulation, dysfunction and

treatment. Amsterdã: Elsevier. p.23-28, 1996.

SHAW, J.M.; ORANRATNACHAI, A.; TROUNSON, A.O. Fundamental cryobiology of

mammalian oocytes and ovarian tissue. Theriogenology, v. 53, p. 59–72, 2000.

SHERMAN, B. M.; WEST, J. H.; KORENMAN, S. G. The menopausal transition:analysis of

LH, FSH, estradiol, and progesterone concentrations during menstrual cycles of older women.

Journal Clinic Endocrinology & Metabolism. v. 42, p. 629- 636,1976.

SILVA, J. R. V., VAN DEN HURK, R., MATOS, M. H. T., SANTOS, R. R., PESSOA, C.,

MORAED, M. O., FIGUEIREDO, J. R. Influences of FSH and EGF on primordial follicles

during in vitro culture of caprine ovarian cortical tissue. Theriogenology. v. 61, p.1691-1704,

2004.

SILVA, J.R.; BAO, S.N.; LUCCI, C.M.; CARVALHO, F.C.; ANDRADE, E.R. FERREIRA,

M.A.; FIGUEIREDO, J.R. Morphological and ultrastructural changes occurring during

degeneration of goat preantral follicles preserved in vitro. Animal Reproduction Science.

v.66, p.209-223, 2001.

SILVA, J.R.; VAN DEN HURK, R.; FIGUEIREDO, J.R. Expression of mRNA and protein

localization of epidermal growth factor and its receptor in goat ovaries. Zygote, v. 14, p. 107-

117, 2006.

SILVA, J.R.V, FERREIRA, M.A.L., COSTA, S.H.F., SANTOS, R.R., CARVALHO, F.C.A,

RODRIGUES, A.P.R., LUCCI, C.M., BÁO, S.N., FIGUEIREDO, J.R. Degeneration rate of

preantral follicles in the ovaries of goats. Small Ruminant Reseanch. v. 43, p.203-209, 2002.

73

SILVA, J.R.V. Growth factors in gota ovarios and the role of activina-A in the development

of esrly-staged follicles. Phd Thesis. Utrecht University, Faculty of Veterinary Medicine.

p.142, 2005.

SMITH, P.O.; HUDSON, W.S.; SHAW, N.L.; HEATH, D.A.; CONDELL, L’; PHILLIPS,

D.J.; MCNATTY, K.P. Effects of the Booroola gene (FecB) on body weight, ovarian

development and hormone concentrations during fetal life. Journal of Reproduction and

Fertility. v. 98, p. 41-54, 1993.

THOMAS, F.H., ETHIER, J.-F., SHIMASAKI, S., VANDERHYDEN, B.C., Follicle-

stimulating hormone regulates oocyte growth by modulation of expression of oocyte and

granulosa cell factors. Endocrinology. v. 146, p. 941-949, 2005.

TOLEDO, S,P.A.; BRUNNER, H.G.; KRAAIJ, R. An inactivating mutation of the

Luteinizing hormone receptor causes amenorrhea in a 46, XX female. Journal and Clinic

Endocrinology and Metabolism. v. 81, p. 3850-3854, 1996.

ULLOA-AGUIRRE, A., MIDGLEY, A.R. JR., BEITINS, I.Z., PADMANABHAN, V.

Follicle-stimulating isohormones: characterization and physiological relevance. Endocr. Rev.

v. 16, p. 765-787, 1995.

VAN DEN HURK, R. ZHAO, J. Formation of mammalian oocytes and their growth,

differentiation and maturation within ovarian follicles. Theriogenology. v.63, p. 1717-1751,

2005.

VAN DEN HURK, R., BEVERS, M.M.; BECKERS, J.F. In vivo and in vitro development of

follicles preantral. Theriogenology. v. 47, p. 73-82, 1997.

VAN DEN HURK, R., SPEK, E.R., HAGE, W.J., FAIR, T., RALPH, J.H., SCHOTANUS,

K. Ultrastructure and viability of isolated bovine preantral follicles. Human Reproduction.v.

4, p. 833-841, 1998.

74

VAN DEN HURK, R.; ABIR, R.; TELFER, E.E.; BEVERS, M.M. Primate and bovine

immature oocytes and follicles as sources of fertilizable oocytes. Human Reproduction

Update, v.5, p. 457-474, 2000.

VAN WEZEL, I.; RODGERS, R.J. Morphological characterization of primordial follicles

and their environment in vivo. Biology of Reproduction. v. 55, p. 1003-1010, 1996.

VITT, U.A.; HAYASHI, M.; KLEIN, C.; HSUEH, A.J. Growth differentiation factor-9

stimulates proliferation but suppresses the follicle- stimulating hormone- induced

differentiation of cultured granulosa cells from small antral and preovulatory rat follicles.

Biology of Reproduction. v. 62, p. 370-377, 2000.

WANDJI, S.; FORTIER, M.A.; SIRARD, M. Differential response to gonodotrophins and

prostaglandin E2 in ovarian tissue during prenatal and postnatal development in cattle.

Biology of Reproduction. v. 46, p. 1034-1041, 1992.

WANDJI, S.A., SRSEN, V., VOSS, A.K., EPPIG J.J. & FORTUNE, J.E. Initiation in vitro of

growth of bovine primordial follicles. Biology of Reproduction. v. 55, p. 942-948, 1996.

WEISS, J.; AXELROD, L.; WHITCOMB, R.W.; HARRIS, P.E.; CROWLEY, W.F.;

JAMESON, J.L. Hypogonadism caused by a single amino acid substitution in the beta subunit

of luteinizing hormone. England Journal Mededic. Jan 1992; 326: 179 - 183.

WRIGHT, C.S., HOVATTA, O., MARGARA, R., TREW, G, WINSTON, R.M.L., Franks,

S., Hardy, K. Effects of follicle-stimulating hormone and serum substitution on the in-vitro

growth of human ovarian follicles. Human Reproduction. v.14, p. 1555-1562, 1999.

WU, J.;NAYUDU, P.L.; KIESEL, P.S.; MICHELMANN, H.W. Luteinizing Hormone has a

stage-limited effect on preantral follicle development in vitro. Biology of Reproduction. v.

63, p. 320-327, 2000.

XU, Z.; GARVERICK, A.; SMITH, G.W.; SMITH, M.F.; AMILTON, S.A.; YOUNQUIST,

R. Expression of Follicle –Stimulating Hormone and Luteinizing hormone receptor

75

messenger Ribonucleic Acids in bovine follicles during the first follicular wave. Biology of

Reproduction. v. 53, p. 951-957, 1995.

YAMOTO, M.; SHIMA, K.; NAKANO, R. Gonadotrophin receptors in human ovarian

follicles and corporea lutea throughout the menstrual cycle. Hormone Res. v. 37, p 25-11,

1992.

ZELEZNICK, A.J.; HILLIER, S.G.; The role of goadotrophins in the selection of the

preovulatory follicle. Clinical Obstetrics & Ginecology. v. 27, p. 927-940, 1984.

ZELEZNICK, A.J.; MIDGLEY, A.R.; REICHERT, L.E. Granulosa cell maturation in the rat:

increased binding of human chorionic gonadotrophin following treatment with follicle-

stimulating hormone in vivo. Endocrinology. v. 95, p. 818-824, 1974.

ZHANG, P.; LOUHIO, H.; TUURI, T.; SJOBERG, J.; HEINSSON, J.; TELFER, E.E.;

HOVATTA, O. In vitro effect of cyclic adenosine 3`,5`-Monophosphate (cAMP) on early

human ovarian follicles. Journal Assisted Reproduction Genetic. v. 21, p. 301-306, 2004.