ponto motor do braço

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Descrição do ponto motor do braço

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  • 1MANUAL DO EQUIPAMENTO

    STIMULUS-R

    Reviso: 02

    HTM Indstria de Equipamentos Eletro-Eletrnicos Ltda.Av. Carlos A. do A. Sobrinho, 186 CEP:13901-160 Amparo SP BrasilTel/Fax (19) 3807-7741 CNPJ: 03.271.206/0001-44 IE: 168.041.609.112http://www.htmeletronica.com.br Autoriz. Func. ANVISA: U9M2213X0165

    Eng Tc. Resp.: Paulo G. S. Lopes CREA/SP. n 50.604.839-88Tc. Resp. Subst.: Adriano P. de Moraes CREA/SP. n 50.623.806-47

    REGISTRO ANVISA no 80212480011

  • 2NDICE1APRESENTAO

    1.1 CARO CLIENTE ................................................................... 91.2 O MANUAL ............................................................................ 91.3 SOBRE OS EQUIPAMENTOS STIMULUS-R ................... 10

    2CUIDADOS NECESSRIOS COM O EQUIPAMENTO

    2.1 CUIDADOS TCNICOS .................................................... 112.2 CUIDADOS COM A LIMPEZA ............................................. 112.3 CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO ................................. 122.4 CUIDADOS NO TRANSPORTE ........................................ 12

    3ACESSRIOS QUE ACOMPANHAM O EQUIPAMENTO

    3.1 ACESSRIOS DO EQUIPAMENTO STIMULUS-R .......... 13

    4INSTALAO

    4.1 INSTALAO DO EQUIPAMENTOSTIMULUS-R ............ 154.2 CONSIDERAES SOBRE O SISTEMA

    DE ALIMENTAOINSTALAO ...................................... 154.3 INTERFERNCIA ELETROMAGNTICA ......................... 16

  • 3NDICE5CONSIDERAES SOBRE MDIA FREQUNCIA

    5.1 ESTIMULAO RUSSA - 2.500 Hz ................................... 175.2 ESTIMULAO HETERDINA - 4.000 Hz ....................... 225.3 MDIA FREQUNCIA NO TREINO DE FORA ............... 23

    5.3.1 Aumento da Fora Muscular ................................ 245.3.2 Adaptao nas Caracter. Fibras Musculares ..... 25

    5.4 PROCESSO DE CONTRAO MUSCULAR ................... 295.5 INDICAES DA ESTIM. MDIA FREQUNCIA..................345.6 CONTRA-INDICAES DA MDIA FREQUNCIA .......... 355.7 ORIENTAES E PRECAUES DA M. FREQUNCIA 355.8 TCNICAS DE APLICAO DA MDIA FREQUNCIA ... 36

    5.8.1 Tcnica Ponto Motor ............................................. 365.8.2 Localizando o Ponto Motor ................................... 365.8.3 Tcnica Bipolar ..................................................... 375.8.4 Contrao Muscular Voluntria ............................ 37

    5.9 MAPA DE PONTOS MOTORES ......................................... 385.10 COLOCAO DE ELETRODOS - M. FREQUNCIA .... 43

    6CONSIDERAES SOBRE O SISTEMA LINFTICO

    6.1 MORFOLOGIA .................................................................... 466.2 SISTEMA LINFTICO - ILUSTRAO .............................. 496.3 EFEITOS FISIOLGICOS DA DRENAGEM LINFTICA .. 50

    6.3.1 Efeitos Diretos ...................................................... 506.3.2 Efeitos Indiretos .................................................... 50

    6.4 INDICAES DA DRENAGEM LINFTICA ...................... 516.5 ORIENTAES E PRECAUES NA DRENAGEM ....... 526.6 TCNICAS DE APLICAO .............................................. 526.7 COLOCAO DE ELETRODOS - DRENAGEM .............. 53

  • 4NDICE7CONSIDERAES SOBRE CORRENTE GALVNICA

    7.1 DEFINIO ........................................................................ 577.2 GERAO DA CORRENTE GALVNICA ......................... 577.3 EFEITOS DA CORRENTE GALVNICA ............................ 577.4 INDICAES DA CORRENTE GALVNICA .................... 617.5 CONTRA-INDICAES DA COR. GALVNICA ............... 617.6 ORIENTAES PARA O USO DA COR. GALVNICA ...... 627.7 POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS - GALVNICA ... 627.8 PROCESSO DE APLICAO DA COR. GALVNICA ....... 62

    8CONSIDERAES SOBRE A IONTOFORESE

    8.1 DEFINIO ........................................................................ 648.2 INDICAES DA IONTOFORESE .................................... 698.3 CONTRA-INDICAES DA IONTOFORESE ................... 698.4 TCNICAS DE APLICAO DA IONTOFORESE ............. 708.5 DESINCRUSTE ................................................................. 718.6 INDICAES DO DESINCRUSTE ................................... 728.7 CONTRA-INDICAES DO DESINCRUSTE .................. 728.8 TCNICAS DE APLICAO DO DESINCRUSTE ........... 72

    9CONSIDERAES SOBRE A ELETROLIPLISE

    9.1 DEFINIO ........................................................................ 749.2 EFEITOS FISIOLGICOS DA ELETROLIPLISE ........... 769.3 INDICAES DA ELETROLIPLISE ............................... 779.4 CONTRA-INDICAES DA ELETROLIPLISE .............. 779.5 COLOCAO DE ELETRODOS - ELETROLIPLISE .... 78

  • 5NDICE10CONSIDERAES SOBRE TENS

    10.1 DEFINIO ...................................................................... 7910.2 EFEITOS DA TENS .......................................................... 7910.3 INDICAES DA TENS .................................................. 8010.4 CONTRA-INDICAES DA TENS .................................. 8110.5 POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS ........................ 82

    10.5.1 Posies para Colocao dos Eletrodos ........ 8410.6 PROCESSO DE APLICAO DA TENS .......................107

    10.6.1 Preparao da Regio a Ser Tratada .............10710.6.2 Fixao dos Eletrodos .....................................10710.6.3 Realizao da Aplicao ..................................10710.6.4 Avaliao da Aplicao .....................................10810.6.5 Precaues .......................................................108

    11CONSIDERAES SOBRE FES

    11.1 DEFINIO .................................................................... 11011.2 EFEITOS DA FES ........................................................... 11011.3 INDICAES DA FES .................................................... 11111.4 CONTRA-INDICAES DA FES ................................... 11111.5 SITUAES QUE PODEM TER SUA

    CARACTERSTICAS ALTERADAS PELA FES ....................11211.6 POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS ...................... 11211.7 PROCESSO DE APLICAO DA FES .......................... 113

    6.7.1 Preparao da Regio a Ser Tratada ............... 1136.7.2 Fixao dos Eletrodos ........................................ 1136.7.3 Realizao da Aplicao .................................... 113

  • 6NDICE12DOSIMETRIA DA TENS

    12.1 TENS NORMAL .............................................................. 11412.2 TENS CONVENCIONAL ................................................ 11412.3 TENS COM PULSOS MODULADOS (BURST) ............ 11512.4 TENS PARA ACUPUNTURA .......................................... 11512.5 TENS BREVE E INTENSO ............................................ 11512.6 TENS VARIAO DE FREQNCIA (CF) .................... 11612.7 TENS VARIAO DE INTENSIDADE

    E FREQNCIA (VIF) .................................................... 11612.8 CONSIDERAES ....................................................... 11612.9 TEMPO DE APLICAO E AO .................................. 11712.10 NMERO DE APLICAES ....................................... 117

    13DOSIMETRIA DA FES

    13.1 FORTALECIMENTO MUSCULAR ................................. 11813.2 FACILITAO NEUROMUSCULAR .............................. 11913.3 CONTROLE DA ESPASTICIDADE ................................ 11913.4 AMPLITUDE DE MOVIMENTO E CONTRATURAS ......120

    14COMANDOS E INDICAES DO EQUIPAMENTO STIMULUS-R

    14.1 PAINEL DO EQUIPAMENTOSTIMULUS-R ....................................................................122

  • 7NDICE14.1.1 Descrio dos Comandos e Indicaes

    do Equipamento STIMULUS-R ..........................12214.2 PARTE LATERAL DO EQUIPAMENTO

    STIMULUS-R ................................................................12414.2.1 Descrio das Sadas da Parte Lateral

    do Equipamento STIMULUS-R .......................12414.3 PARTE POSTERIOR DO EQUIPAMENTO

    STIMULUS-R ................................................................12514.3.1 Descrio do Comando e da Entrada

    da Parte Posterior doEquipamento STIMULUS-R ............................125

    15OPERAO DO EQUIPAMENTO

    15.1 OPERAO DO EQUIPAMENTOSTIMULUS-R ..................................................................126

    16MANUTENO DO EQUIPAMENTO

    16.1 MANUTENO CORRETIVA ........................................16816.2 MANUTENO PERIDICA .........................................16916.3 ENVIO DE EQUIPAMENTO

    ASSISTNCIA TCNICA ...............................................169

    16.4 MEIO AMBIENTE ............................................................170

    17ESPECIFICAES TCNICAS DO EQUIPAMENTO STIMULUS-R

    17.1 CARACTERSTICAS TCNICAS DOEQUIPAMENTO STIMULUS-R .....................................171

  • 8NDICE17.2 EMISSES ELETROMAGNTICAS PARA O

    STIMULUS-R ................................................................17517.3 IMUNIDADE ELETROMAGNTICAS PARA O

    STIMULUS-R ................................................................17617.4 DISTNCIA DE SEPARAO RECOMENDADA

    ENTRE EQUIPAMENTOS DE COMUNICAODE RF, PORTTIL E MVEL E OSTIMULUS-R ................................................................179

    17.5 FUNCIONAMENTO DO EQUIPAMENTOSTIMULUS-R ................................................................18116.5.1 Diagrama em blocos do

    Equipamento STIMULUS-R ............................18117.6 CLASSIFICAO DO EQUIPAMENTO

    STIMULUS-R QUANTOA NORMA NBR IEC 60601-1 E IEC 60601-2-10 ........181

    17.7 DESCRIO DAS SIMBOLOGIAS UTILIZADASNO EQUIPAMENTO ......................................................182

    17.8 DESCRIO DAS SIMBOLOGIAS UTILIZADASNA EMBALAGEM ...........................................................183

    17.9 ESQUEMAS DE CIRCUITOS, LISTA DE PEAS,COMPONENTES E INSTRUESDE CALIBRAO .........................................................184

    17.10 DECLARAO DE BIOCOMPATIBILIDADE ...............184

    18CERTIFICADO DE GARANTIA

    18 CERTIFICADO DE GARANTIA ........................................185

  • 9APRESENTAO

    1.1 CARO CLIENTE

    Parabns!!, voc agora possui um equipamento de altatecnologia e de qualidade excepcional, que aliado a seusconhecimentos produziro excelentes resultados em seu

    trabalho.Porm, para que voc possa explorar ao mximo os recursos

    do equipamento, garantindo sua segurana e a de seuspacientes, imprescindvel que voc leia este manual e siga

    corretamente suas instrues. Feito isso, voc estar pronto adesempenhar a funo de um profissional com elevado

    padro de atendimento.Ns da HTM Eletrnica estamos prontos a esclarecer

    quaisquer dvidas quanto as operaes do equipamento, bemcomo receber crticas e sugestes sobre o mesmo.

    1.2 O MANUAL

    Este manual descreve todo processo de instalao, montagem, operaoe caractersticas tcnicas do equipamento STIMULUS-R, alm deapresentar consideraes sobre a ESTIMULAO RUSSA, a correnteHETERDINA, a DRENAGEM (2.500 e 4.000 Hz), a corrente GALVNICA,a ELETROLIPLISE, o TENS e o FES, no que diz respeito a formas deonda, indicaes, contra-indicaes, colocao de eletrodos, etc.

    Este manual contm as informaes necessrias para o usocorreto do equipamento STIMULUS-R. Ele foi elaborado por

    profissionais treinados e com qualificao tcnica paradesenvolver este tipo de equipamento.

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  • 10

    1.3 SOBRE O EQUIPAMENTO STIMULUS-R

    O STIMULUS-R um dos mais completos equipamentos com correnteexcitomotora. Foi desenvolvido para agregar os principais tratamentosda eletroestimulao. Possui a CORRENTE RUSSA, a CORRENTEHETERDINA, a DRENAGEM SEQUENCIAL, o FES, o TENS, aCORRENTE GALVNICA e a ELETROLIPLISE e sua operao prtica e objetiva. Caracteriza-se por apresentar as seguintesvantagens:

    um equipamento extremamente leve e porttil.

    Capaz de fornecer doses de 200mA, em 100 ohms, nos dez canaissimultaneamente, o que permite ESTIMULAO RUSSA em grandesreas.

    desenvolvido com a mais alta tecnologia digital, obtendo umelevado rendimento.

    Microcontrolado com controles de parmetros digitais.

    Possui recurso para realizao de DRENAGEM SEQUENCIAL comduas frequncias de emisso: 2.500 e 4.000 Hz.

    Apresenta dois canais com CORRENTE GALVNICA.

    Possui programa para a ELETROLIPLISE com agulhas oueletrodos transcutneos.

    Traz o recurso de ESTIMULAO RUSSA FACIAL.

    Equipamento projetado para atender as necessidades referente aterapia para estimulao neuromuscular, atendendo a Norma GeralNBR IEC 60601-1 e Norma Especfica NBR IEC 60601-2-10 ambasexigidas pelo Ministrio da Sade.

  • 11

    CUIDADOS NECESSRIOS COM O EQUIPAMENTO

    2.1 CUIDADOS TCNICOS

    Antes de ligar o equipamento, certifique-se que est ligando-o con-forme as especificaes tcnicas localizadas na etiqueta do equipa-mento ou no item Especificaes Tcnicas do EquipamentoSTIMULUS-R. No abra o equipamento em hiptese alguma, pois, alm de perdera garantia, voc estar pondo em risco a sua sade. Qualquer defeito,envie o equipamento Assistncia Tcnica Autorizada HTM Eletrnicamais prxima de sua cidade.

    No substitua o fusvel por outro de valor diferente do especificadono item Especificaes Tcnicas do Equipamento STIMULUS-R ouna etiqueta do equipamento.

    Nunca desconecte o plug da tomada puxando pelo cabo de fora.

    No utilize o equipamento empilhado ou adjacente a outroequipamento.

    Para aumentar a vida til dos cabos, no desconecte-os doequipamento ou dos eletrodos puxando pelos fios.

    2.2 CUIDADOS COM A LIMPEZA

    Aps a utilizao dos eletrodos de silicone, lave-os com guacorrente e sabo neutro. Aps a utilizao dos eletrodos com esponja vegetal, lave-os comgua corrente.

    Para limpar o equipamento e seus acessrios, utilize um pano seco.Agindo assim voc estar conservando seu equipamento.

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  • 12

    2.3 CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO

    No armazene o equipamento em locais midos ou sujeitos acondensao. No armazene o equipamento em ambiente com temperatura su-perior a 60C ou inferior a -20C.

    No exponha o equipamento direto aos raios de sol, chuva ouumidade excessiva.

    2.4 CUIDADOS NO TRANSPORTE

    Se houver necessidade de transportar o equipamento, utilize omesmo processo de embalagem utilizado pela HTM Eletrnica. Pro-cedendo desta forma, voc estar garantindo a integridade doequipamento. Para isso, aconselha-se que a embalagem doequipamento seja guardada.

    Na remessa de equipamento entre localidades, recomendamos ouso de transportadoras para os seguintes modelos:- DIATHERAPIC MICROWAVE- DIATHERAPIC SHORTWAVE- BEAUTY DERMO- BEAUTY STEAM.Demais equipamentos podem ser transportados, tambm, pelosCorreios.

    importante enfatizar o uso dos materiais de embalagem emtodos os casos de transporte do equipamento.

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    3 ACESSRIOS QUE ACOMPANHAM O EQUIPAMENTO3.1 ACESSRIOS DO EQUIPAMENTO STIMULUS-R

    01 CD com o Manual de Instrues do equipamento STIMULUS-R.

    05 Cabos para aplicao 01 Cabo para aplicao com

    com pino banana. garra de jacar (Galvnica).

    4 Eletrodos alumnio com esponja vegetal 8 cm x 10 cm (Galvnica).

    20 Eletrodos 8 cm x 5 cm.

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    04 Cintas Elsticas Grandes e 01 Cabo de Fora06 Cintas Elsticas Pequenas

    01 Caneta para estimulao facial com eletrodos

    3.2 ACESSRIOS OPCIONAIS DO EQUIPAMENTO STIMULUS-R(NO ACOMPANHAM O EQUIPAMENTO)

    Kit Facial Eletrodo para Eletroliplise

    Kit para Eletroliplise com Agulhas

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    INSTALAO

    4.1 INSTALAO DO EQUIPAMENTO STIMULUS-R

    1) Conecte o cabo de fora no equipamento e na tomada (certifique-se que o valor da tenso da tomada encontra-se dentro da faixa de110V a 220V e que a mesma possua terminal de aterramento).2) Conecte os cabos para aplicao nas sadas do equipamento,respeitando as cores por dos cabos com seus respectivos canais.

    3) Conecte os cabos de aplicao nos orifcios dos eletrodos. Os pinosdos cabos para aplicao devem ser introduzidos completamente noseletrodos. Para CORRENTE GALVNICA conecte a garra de jacarnos eletrodos de alumnio.

    4.2 CONSIDERAES SOBRE O SISTEMA DE ALIMENTAO

    Se a tenso de alimentao, nas suas instalaes, varia na faixade 110V a 220V, o equipamento est apto a trabalhar, sem alterarsuas caractersticas. Motivo pelo qual tambm no necessita utilizarestabilizador de tenso. O equipamento no necessita ser ligado com filtro de linha pois omesmo possui filtro interno.

    Utilize sempre um aterramento de boa qualidade para ligar aoequipamento (consulte um eletricista de sua confiana). Isto garantirsua segurana.

    O uso de instalaes eltricas precrias podem causar riscos desegurana.

    Recomenda-se que o equipamento seja instalado em lugares quetrabalham de acordo com a norma NBR 13534, que diz respeito ainstalaes de clnicas e hospitais.

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    4.3 INTERFERNCIA ELETROMAGNTICA

    O equipamento STIMULUS-R no causa interferncia significativa emoutros equipamentos, porm, pode sofrer interferncia e ter suasfunes alteradas se submetido a campo eletromagntico de grandeintensidade. Com base nesta informao devemos tomar as seguintesprecaues:

    O STIMULUS-R no deve ser ligado fisicamente prximo aequipamentos de Diatermia e Motores Eltricos.

    O sistema de alimentao (fases e neutro) do STIMULUS-R deveser separado do sistema utilizado pelos equipamentos de Diatermia eMotores Eltricos.

    O equipamento STIMULUS-R requer precaues especiais emralao a sua COMPATIBILIDADE ELETROMAGNTICA e precisa serinstalado e colocado em funcionamento de acordo com as informaessobre COMPATIBILIDADE ELETROMAGNTICA fornecidas nestemanual.

    Equipamentos de RF mveis e portteis podem afetar o equipamentoSTIMULUS-R.

    O uso de cabos e acessrios diferentes daqueles especificados nomanual pode resultar em aumento da emisso ou diminuio daimunidade do equipamento.

    NOTA!

    Ateno: Equipamento pretendido para uso somente por profissionais.Este equipamento pode causar rdio interferncia ou pode interrompera operao de equipamentos prximos. Pode ser necessrio tomarmedidas mitigatrias, como re-orientao ou re-locao doequipamento ou blindagem do local.

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    5 CONSIDERAES SOBRE A MDIA FREQNCIA5.1 ESTIMULAO RUSSA - 2.500 Hz

    A utilizao das correntes polarizadas para estimulao muscularpossui a inconvenincia de promover a polarizao sob os eletrodos,devido ao fluxo inico irregular. Temos o exemplo da corrente fardica,caracterizada por um pulso exponencial polarizado e uma larguragrande, aproximadamente 1 milisegundo. Esta largura responsvelpelo desconforto, uma vez que o limiar doloroso vai ser atingido comuma menor amplitude do sinal e, simultaneamente, sua forma de ondanecessita de uma alta amplitude de corrente de sada para promover acontrao motora.A eletroestimulao neuromuscular a aplicao da corrente eltrica,a qual visa promover uma contrao muscular, o tratamento dahipotrofia muscular, o controle da espasticidade, facilitao decontraturas e fortalecimento, alm de programas especficos para otreinamento de atletas, gerando um aumento no torque isomtrico deat 44% (PICHON et al., 1995). A estimulao com mdia freqncia,complementada pela cinesioterapia, um dos melhores recursos parao fortalecimento e a hipertrofia muscular.A corrente Russa de 2.500 Hz e a corrente Heterdina (mdiafreqncia) apresentam vrias vantagens em relao a corrente debaixa freqncia.Uma das vantagens est relacionada resistncia interna (impednciacapacitiva), isto , a resistncia que os tecidos oferecem conduoda corrente eltrica. Como a impedncia do corpo humano capacitiva,e em sistemas capacitivos, quanto maior a freqncia, menor ser aresistncia presente, as correntes de mdia freqncia oferecem umaagradvel sensao no estmulo.Considerando, tambm, a menor resistncia oferecida pelo corpohumano passagem da corrente, a estimulao nos nveis muscularesser bem mais profunda.

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    O sucesso nos programas de estimulao depende amplamente dacorreta programao dos parmetros da estimulao, onde oprofissional deve dominar todos os parmetros e saber quando e comoadapt-los a um tratamento do paciente.A corrente Russa apresenta um sinal senoidal ou quadrado comfreqncia de emisso de 2.500 Hz, modulada por uma freqncia debatimento de 50 Hz e Duty Cycle de 50%, obtendo-se com isso trensde pulso com tempo ON e OFF de 10 ms cada. Especificamente paraa estimulao mioeltrica esta forma de pulso muito superior acorrente fardica, no sentido em que seu componente contnuo(propriedade galvnica) zero, inexistindo a ionizao da pele sob oseletrodos, alm do estmulo sensrio-motor ser mais agradvel.Segundo CABRIC et al. (1988), alguns autores dizem encontrarmodificaes morfofuncionais (aumento na poro nuclear) emmsculos eletroestimulados. Pesquisas sobre os efeitos da estimulaocom mdia freqncia e altas intensidades concluram que:- a eletroestimulao leva hipertrofia das fibras musculares (tipo II -50 % e tipo I - 20%);- o volume nuclear interno teve um aumento tecidual de 25%;- o tamanho e o volume das fibras esto completamente relacionadoscom o volume dos mioncleos;- o aumento da atividade das clulas leva hipertrofia celular,paralelamente ao aumento da atividade nuclear;- fibras maiores significam menos fibras por unidade de volume e derea, ento o nmero de ncleos por fibra deve estar aumentado, e oaumento do volume nuclear indica o aumento do nmero de ncleos,individualmente, durante a estimulao;- o tipo e a freqncia da estimulao so essenciais para os efeitosnos mioncleos;- o aumento na poro mitocondrial foi muito maior nas fibras tipo II, doque nas fibras tipo I, isto pode demonstrar que o regime de estimulaocom mdia freqncia e alta amplitude de corrente estaria maisorientado para potncia que para resistncia e, em geral, correntes demdia freqncia com alta intensidade tem maior efeito sobre as fibrasdo tipo II.

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    De acordo com VILLAR et al. (1997), a eletroestimulao uma tcnicautilizada para reeducao muscular, retardamento da atrofia, inibiotemporria de espasticidade, reduo de contraturas e edemas, sendotil, tambm, para aumentar a fora muscular, em que unidadesmotoras maiores so recrutadas preferencialmente. Muitos autoresconstataram atravs de bipsia muscular, pr e ps-tratamento coma eletroestimulao, a hipertrofia da fibra muscular.Hipertrofiar um msculo aumentar o seu poder motor, com o aumento donmero de sarcmeros em paralelo, aumentar o dimetro das fibrasmusculares individuais e o nmero total de miofibrilas (que entram no jogoda contrao) e aumentar os mecanismos nutridores para sua manuteno(ATP-Adenosina Trifosfato / PC-Fosfato de Creatina, glicognio, etc.).A hipertrofia resulta de uma atividade muscular vigorosa, contra-resistida. Assim, no h efeito trfico sobre o msculo se ele norealizar trabalho, a eletroestimulao deve trabalhar a contra-resistnciade uma carga e com intensidade suficiente para promover contraesmusculares potentes.A eletroestimulao pode ser efetivamente utilizada para assistir aospacientes em exerccios ativos, contra-resistidos ou simplesmentecontra a gravidade. Algumas precaues devem ser tomadas paraque o msculo no seja fatigado, em demasia, por um programa deeletroestimulao muito intenso. O nmero de contraes que omsculo desenvolve deve ser controlado, a modulao em rampa, avariao da freqncia e a intensidade da corrente so fatores a seremconsiderados. Assim, muitos programas podem intercalar aeletroestimulao com a contrao muscular voluntria ou mesmorealiz-las concomitantemente.Esses protocolos podem ser mais efetivos para pacientes quenecessitem fortalecer grupos musculares especficos, por exemplo,os msculos abdominais, o msculo vasto medial, etc. A contraonormal das fibras musculares esquelticas comandada pelos nervosmotores. Estes nervos ramificam-se dentro do tecido conjuntivo doepimsio, onde cada nervo origina numerosas ramificaes. Uma fibranervosa pode inervar uma nica fibra muscular ou ento se ramificar einervar at 150 ou mais fibras musculares.

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    No local de inervao, o nervo perde sua bainha de mielina e formauma dilatao, como uma depresso da superfcie da fibra muscular.Essa estrutura denominada de ponto motor ou juno mioneural.Os pontos motores so as reas timas para a estimulao dosmsculos esquelticos. O estmulo limiar para o msculo ser menornestes pontos. Eles esto usualmente localizados na rea onde o nervopenetra no epimsio.Uma vez que o msculo pode ser dividido em unidades motoras, isto, o conjunto de fibras musculares inervadas por uma nica fibranervosa, o disparo de uma nica clula nervosa determina umacontrao cuja fora proporcional ao nmero de fibras muscularesinervadas pela unidade motora. Deste modo, o nmero de unidadesmotoras acionadas e o tamanho de cada unidade motora controlam aintensidade da contrao do msculo.Os mapas de pontos motores, apresentados neste manual, mostramsuas localizaes aproximadas, porm certa explorao local deveser efetuada para o conhecimento de sua localizao individual.Quando no se tem o devido conhecimento da localizao dos pontosmotores, recomenda-se a aplicao da tcnica mioenergtica, da qualconsiste da localizao de dois eletrodos do tipo placa sobre cadaextremo do ventre muscular a ser estimulado, de modo que a correnteatravesse o msculo em todo seu comprimento.De maneira geral, as mudanas produzidas no msculo pelaeletroestimulao so semelhantes quelas produzidas pelascontraes voluntrias: h um aumento do metabolismo muscular, umamaior oxigenao, a liberao de metablitos, uma dilatao dearterolas e um conseqente aumento da irrigao sangnea nomsculo.A contrao muscular eletricamente provocada, metabolicamentemais desgastante e fatigante, que a contrao muscular gerada pelaatividade fisiolgica voluntria.A eletroestimulao provoca uma contrao sincrnica de algumaspoucas unidades motoras, enquanto que a contrao voluntriamobiliza uma populao maior de unidades motoras ativas, em baixafreqncia e de forma assincrnica.

  • 21

    Desta forma, preconiza-se o uso de trens de pulsos para que oaparecimento da fadiga muscular seja adiado, visto que o msculotrabalha em um ciclo de contrao-relaxamento. A sugesto para arelao entre o tempo ON e o OFF de 1:2, para msculos com baixotrofismo no apresentar fadiga precocemente.Outro detalhe a ser destacado so as diferentes freqncias debatimento, disponveis no STIMULUS-R. Nos programas defortalecimento muscular a eleio da freqncia de vital importnciauma vez que, pode-se obter contrao muscular no tetnica comfreqncias inferiores a 10 Hz e tetnica um pouco acima deste valor.Como resultado, a fora total da contrao aumenta progressivamentecom o aumento da freqncia de estimulao at atingir um limitemximo prximo a freqncia de 50 Hz. Mesmo utilizando-se defreqncias superiores a 50 Hz no se produzir aumento adicionalda fora de contrao. Durante a contrao tetnica a tenso musculardesenvolvida cerca de quatro vezes aquela desenvolvida pelos abalosmusculares nicos.A freqncia tambm interfere no limiar sensitivo, sendo quefreqncias maiores desencadeiam percepes menores, uma vezque diminuem a capacidade de resistncia da epiderme passagemda corrente.As freqncias adequadas para cada tipo de fibra dividem-se em:- Fibras tnicas ou vermelhas (Tipo I) so fibras lentas e resistentes fadiga: freqncia indicada de 20 a 30 Hz;- Fibras intermedirias ou mistas so fibras mescladas de fibrastnicas e fsicas: freqncia de 50 Hz;- Fibras fsicas ou brancas (Tipo II) so fibras rpidas, de exploso,porm menos resistentes fadiga. Nessas fibras encontra-se a flacidezesttica visvel: freqncias de 100 a 150 Hz.

  • 22

    5.2 ESTIMULAO HETERDINA - 4.000 Hz

    Iniciamos o assunto utilizando a feliz comparao de Nelson et al.,que cita a contrao voluntria com poucas diferenas da contraoeliciada eletricamente. Se as respostas fisiolgicas podem serconsideradas iguais entre os dois tipos de contraes, comentaremosas variaes metablicas entendendo que tambm no existemdiferenas, independente do estmulo, seja eltrico ou voluntrio.A eletroestimulao pode ser considerada mais eficaz que a contraovoluntria na ativao de unidades motoras. Porm, pode ter o mesmoefeito que a contrao muscular voluntria no que diz respeito oaumento temporrio no metabolismo muscular. Kotz, cientista russo,em suas investigaes argumentou que o uso da eletroestimulaopode ser uma alternativa combinada com exerccios voluntrios parase alcanar objetivos no desempenho atltico. comum usar ematletas de alto rendimento a freqncia portadora de 4.000 Hz. Estudosatualizados so sugeridos, pois, o provvel item a gerar fadiga, podeestar relacionado a altas foras contrteis que precisam ser geradaspara aumentar fora muscular, este tipo de contrao, porm muitofatigante se o perodo de repouso for muito curto.Brasileiro et. al., citam em sua reviso que o tempo total para oreabastecimento de fosfagenase de 60 segundos, sendo interessanteum tempo similar de repouso para evitar a fadiga pela depledao totalde fosfagenase e Kotz colocou em seu trabalho a recomendao deum perodo de 10 segundos ON, seguidos de 50 segundos OFF, visandoo fortalecimento muscular.Evangelista et al., que com um trabalho isomtrico de contrao tetnicacom parmetros de modulao visando fibras vermelhas (tipo I), afreqncia 30 Hz pode adiar a fadiga e mesmo que o trabalho vise asfibras do tipo II, a extino de ATP CP pode no ser a causa cabal paraa fadiga.Casey, em seu experimento afirma que as fibras tipo II fadigam maisfacilmente. Entretanto estudos em seres humanos relatam que aexausto no pode ser atribuda a concentraes criticamente baixasde fosfagnios no msculo.

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    Em outro estudo realizado no msculo sartrio da r isoladamentepercebeu-se que a maior queda na concentrao de ATP e PC ocorrianos dois primeiros minutos da contrao, antes de haver um declniona tenso mxima do msculo. Quando o msculo se apresentavaplenamente fatigado aps 15 minutos de contrao, ainda havia 76%da concentrao de repouso de ATP disponvel para o msculo. Almdisso, a concentrao tanto de ATP quanto de PC aumentavarapidamente no transcorrer dos primeiros minutos de recuperao,porm a fora muscular no sofria modificao significativa.Isto um indicativo que a disponibilidade de fosfagnio no relacionada ao processo de fadiga muscular. A escolha da fibra para otrabalho isolado, fenmeno que a freqncia de pulso permite, deveestar inteiramente ligada ao tempo de repouso respeitando o tempohbil para a ressntese de ATP.Uma das mudanas metablicas mais evidentes que ocorrem com otreinamento um desvio no sentido de uma maior capacidade oxidativae um maior potencial. Esse desvio na direo de uma maior capacidadeoxidativa verdadeiro para todos os tipos de fibras, sendoacompanhado por aumentos da densidade do volume mitocondrial nasproximidades do sarcolema.A variao metablica vai depender do tipo de fibra trabalhada, portanto,quando trabalhamos fibras do tipo IIB, por exemplo, o volume demitocndrias e a concentrao enzimtica mitocondrial encontram-se reduzidos, isto nos leva ao entendimento que sustentaesprolongadas nas fibras tipo II podem levar a fadiga mais facilmente.Desta forma, o tempo de repouso nestas fibras deve ser mais longo,em geral, 10 segundos para contrao e 60 segundos para o repouso.

    5.3 MDIA FREQNCIA NO TREINO DE FORA

    Muitas pesquisas foram realizadas, buscando conhecer o efeito decorrentes eltricas nas fibras musculares. Os estudos se concentramem duas hipteses principais:- Aumento da fora muscular;- Mudana no tecido muscular.

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    5.3.1 Aumento da Fora Muscular

    A freqncia descrita por Evangelista como eficaz para treinamentode fora 4.000 Hz modulados em 50 Hz.Se o atleta no capaz de executar uma contrao muscular voluntria,isto pode ser realizado com o auxlio da eletroestimulao. Determina-se que a modulao do nervo motor alfa e no o neurnio despolarizado, como no caso do movimento ativo. Esta forma artificialde despolarizao torna possvel, em teoria, ativar todas as unidadesmotoras simultaneamente. Sob condies normais, o msculo podeativar de 30-60% de suas unidades motoras dependendo da extensodo treinamento. Contudo, pode ser observado que medida que aintensidade da corrente aumenta, a contrao aumenta em fora.Autores citam que durante uma contrao muscular voluntria, asunidades motoras so recrutadas de uma maneira dessincronizada,isto , unidades motoras no so todas ativadas simultaneamente.Outros estudiosos explicam que uma razo para a estimulao sermais eficaz aos pacientes do que apenas o exerccio, reside nadiferena nos padres de recrutamento e de acionamento (disparo)entre a eletroestimulao e as contraes musculares voluntrias. Jno incio de uma reabilitao, o treinamento tpico com exercciosnormalmente envolve um peso mais baixo, para evitar o estresseexcessivo da articulao selecionada. Desta forma as fibras tipo IIBseriam recrutadas apenas com esforo suplementar, segundo oprincpio do tamanho de Henneman, portanto, seriam poucos os efeitosdo treinamento em virtude deste exerccio.Comparando-se o treinamento com a eletroestimulao, os efeitosso positivos, visto que a articulao pode ser estabilizada e o trabalhode fora pode ser realizado isoladamente, mesmo num perodo recenteps-cirrgico.Esta afirmao apia-se na inclinao de Starkey (2001), que relataque a eletroestimulao estimula os nervos motores de grande dimetrodo tipo IIB a se contrarem antes das fibras do tipo I, portanto conclui-se que o vigor da contrao aumenta, considerando-se que as fibrasdo tipo IIB so capazes de produzir mais fora.

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    Quanto ao aumento de massa muscular com a prtica deeletroestimulao, possumos pouqussimas informaes, mas marcante o aumento de fora em indivduos diferentes, em estudosselecionados. Separando alguns destes estudos, a mdia de ganhode fora devido eletroestimulao apresenta um percentual de 20%em aproximadamente um ms.Hoogland (1988) confirma a importncia da estimulao eltrica noganho de fora quando define alguns benefcios extras:- Consegue-se ativar 30% a 40% a mais das unidades motoras com aeletroestimulao do que nos exerccios fsicos comuns e nostratamentos convencionais. Devido a modulao do nervo motor alfae no despolarizao do neurnio, como no movimento ativo, tendoassim, caractersticas de despolarizao artificial tornando possvelativar todas as unidades motoras simultaneamente.- Aumento de fora em curto prazo.- Melhora da estabilidade articular durante a fase de imobilizao.

    As afirmaes citadas por Hoogland (1988), corroboram para osaspectos eletrofisiolgicos, definindo uma hiptese que no estcompletamente resolvida, apesar de muitos estudos cientficos.Contudo, estudos extensos sobre o assunto e a experincia de vriosautores, definem, provisoriamente, que o aumento de fora induzidaeletricamente pode ocorrer. Se pelo aumento da seco transversaou por mecanismos neurais ainda no est completamente resolvido.

    5.3.2 Adaptao nas Caractersticas das Fibras Musculares

    Foi estabelecido por alguns autores que a estrutura das fibrasmusculares mudam aps estimulao por um longo perodo comcorrentes eltrica. Durante dois anos de trabalhos em atletas com acorrente russa, Evangelista percebeu melhoras interessantes nascaractersticas atlticas de corredores amadores.Essa mudana depende, primariamente, da freqncia com que onervo motor despolarizado pela corrente eltrica. Na maioria doscasos, a velocidade de ativao das clulas musculares se reduz.

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    A fibra muscular se torna mais vermelha (tnica) e a capilarizaoaumenta. A clula muscular tambm se toma mais sensvel. A fibramuscular assume, ento, um carter de fibra tnica.Esta mudana no sempre desejvel, particularmente em msculosque devem ser capazes de trabalhar dinamicamente. A mudana naestrutura da fibra muscular reversvel, a estrutura da fibra muscularse adapta funo conforme o msculo utilizado funcionalmente.Tambm foi citado com propriedade que a freqncia de despolarizaodo nervo motor um dos fatores determinantes no desenvolvimentoda fibra muscular.Conclumos, com isso, que a freqncia de despolarizao da fibramuscular o fator determinante para as propriedades caractersticasda fibra muscular.Contudo, a denervao do msculo tambm produz os mesmosresultados. Uma eletroestimulao com freqncia aproximada de 100Hz, faz com que o msculo se torne branco e uma freqncia maisbaixa de estimulao, aproximadamente 20 Hz, os tornam vermelhos.Em experimentos com fibras musculares denervadas, a mudana parafibras brancas mais bvia que com fibras musculares inervadas.Pode-se concluir a partir da literatura disponvel que a plasticidade estligada freqncia de estimulao e que uma propriedade inerentedas clulas musculares. Nem mesmo parece ser necessrio evocarum potencial de ao na clula muscular.A transformao das f ibras musculares tambm ocorre comestimulao subliminar. Isto mostra tambm uma dependncia similar freqncia.A conservao da mudana na estrutura da fibra muscular principalmente determinada pelo uso funcional do msculo. Se a funono se adequou estrutura da fibra muscular, ento esta se adaptarapidamente. Isto se aplica particularmente para as fibras muscularesbrancas fsicas.Esta uma razo para a hiptese de que, principalmente um atleta(p.ex.: jogador de futebol), pode aumentar seu tempo de vida til noesporte, haja vista que medida que a pessoa envelhece perde fibrasdo tipo II principalmente da terceira para a stima dcada.

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    proporo que o tipo de fibras II parecia diminuir de uma maneiralinear, os subtipos I permaneceram inalterados. As fibras do tipo IIexibem o mximo de atrofia durante o processo de envelhecimento,com perdas concomitantes na capacidade oxidativa.Em ltima anlise essas modificaes pode ser um reflexo do desusoprogressivo que ocorre medida que as pessoas tanto propositaisquanto involuntariamente, passam a participar de atividades menosvigorosas com o passar dos anos.Essa atitude pode levar a uma degenerao seletiva dos motoneurnioscondutores mais volumosos e mais rpidos, que inervam as fibras dotipo II de alto limiar. Isto demonstra que medida que o atleta envelheceperde sua capacidade atltica. Baseado em autores e estudiosos sobreestes assuntos, pesquisas voltadas para a melhora na desempenhodo atleta com a eletroestimulao um dado valioso na manutenoda capacidade desportiva por mais tempo alm do que j previsto.Para tal argumento, estudamos e propomos que com o uso daeletroestimulao se consiga, mais facilmente, as mudanas nascaractersticas das fibras. Segundo Hoogland, as fibras podem sermodif icadas quando recebem estmulos eltricos sobre osmotoneurnios correspondentes ao tipo de fibra. Esta modificao dependente principalmente da freqncia que se despolariza o nervomotor por meio da corrente eltrica.Hoogland (1988) menciona que 50 a 150 Hz ideal para trabalharmsculos dinmicos (fsicos) e/ou garantir que as fibras tornem-sebrancas. E que 20 a 30 Hz - ideal para trabalhar msculos estticos(tnicos) e/ou garantir que as fibras brancas tornem-se vermelhas.Alguns citam a estimulao a 10 Hz. A mudana nas caractersticasbioqumicas e fisiolgicas das fibras musculares pode ocorrer tambmpelo treinamento ou inatividade do mesmo.Uma das mudanas metablicas mais evidentes que ocorrem com otreinamento um desvio no sentido de uma maior capacidade oxidativae um maior potencial. Esse desvio na direo de uma maior capacidadeoxidativa verdadeiro para todos os tipos de fibras, sendoacompanhado por aumentos da densidade do volume mitocondrial nasproximidades do sarcolema.

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    Isso nos leva a pensar o que poderia ser feito por meio do treinamentopara alterar o tamanho e a estrutura interna das fibras j existentespara atender melhor as necessidades especficas dos diferentesdesportos. Essa a direo que comporta o maior potencial deaplicao, razo pela qual consideramos um aspecto muito importante.Qual seria a influncia positiva da eletroestimulao para a melhorado desempenho por meio da adaptao de fibras musculares?Como conhecemos, medida que a pessoa envelhece perde massamuscular, isto , a idade afeta diretamente o tamanho dos msculos esuas funes, em particular as fibras do tipo II.A partir de pensamentos e paradigmas atuais, filosofamos que atletascom idades avanadas, alm das convencionais, podem continuarativamente no esporte, desde que sejam respeitados as leis da sadee um trabalho intensivo seja realizado como preveno diminuiodas fibras tipo II. Em nossa opinio, se um trabalho contnuo for realizadopara a manuteno das fibras rpidas medida que a pessoaenvelhece, esta pode se manter por mais tempo no esporte e com umcorpo bem mais preparado. Opinamos inclusive que as leses ematletas com idades consideradas avanadas podem ser precavidascom interveno eletroteraputica. Estudamos que, com umafreqncia portadora de 4.000 Hz possvel adaptar as fibras tanto deTipo I para Tipo II e vice versa, respeitando obviamente as modulaesem baixa freqncia ideal para cada tipo de fibra. Compreende-se queesse processo vivel pela informao fornecida s unidades motorasatravs da freqncia que lhe comum.Outra rea atuante da mdia freqncia a eletroanalgesia. Para dorescrnicas, utilizar a eletroestimulao com a freqncia emissora de4.000 Hz, modulada pela freqncia de batimento em 5 a 10 Hz (similarao TENS acupuntura) e para dores agudas, utilizar a freqncia debatimento de 100 Hz (similar ao TENS convencional) (BORGES, 2006).

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    5.4 PROCESSO DE CONTRAO MUSCULAR

    5.4.1 Potencial de ao neural

    Os sinais nervosos so transmitidos atravs dos potenciais de ao.Iniciam-se do repouso negativo normal para um potencial positivo eterminam com uma variao rpida, voltando ao potencial negativo.Na etapa de repouso a membrana est polarizada devido ao potencialde membrana negativo (-90mV) (GUYTON & HALL, 2002).A despolarizao da membrana ocorre quando h o influxo de sdio,deixando-a positiva. A repolarizao quando ocorre a difuso dopotssio para o exterior da clula, deixando a membrana novamentenegativa (GUYTON & HALL, 2002).

    5.4.2 Juno neuromuscular

    As fibras nervosas, aps penetrar no ventre muscular se ramificam eestimulam as fibras musculares. Cada uma das terminaes nervosasforma uma juno neuromuscular (GUYTON & HALL, 2002).As placas motoras so estas terminaes ramificadas que seinvaginam na membrana plasmtica, onde existe uma concentraoalta de acetilcolina (GUYTON & HALL, 2002).

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    Ilustrao da juno neuromuscular

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    5.4.3 Fisiologia do Msculo Esqueltico

    Os msculos esquelticos so constitudos por inmeras fibras quepossuem subunidades sucessivamente menores. As estruturas so:sarcolema, miofibrilas, filamentos de activa e miosinasarcoplasma eretculo sarcoplasmtico (GUYTON & HALL, 2002).O msculo sofre adaptaes fisiolgicas quando for realizada aeletroestimulao prolongada. Se utilizar a eletroestimulao deelevada amplitude e poucas repeties (10-15 ciclos de contrao)ocorre um aumento da fora muscular e provoca a hipertrofia. Aeletroestimulao aplicada acima de 3 semanas utilizando baixaamplitude e elevado nmero de repeties (10 contraes) produzaumento na resistncia e modificaes bioqumicas como o aumentoda atividade oxidativa de mioglobina, mitocndrias e do nmero decapilares, fazendo com que ocorra a transformao temporria dasfibras musculares rpidas para lentas (AGNES, 2004).

    5.4.4 Mecanismo da contrao muscular

    10 - Potencial de ao se d ao longo do nervo motor at suasterminaes nas fibras musculares;20 - Nervo secreta acetilcolina (substncia neurotransmissora);30 - Acetilcolina abre canais atravs de molculas proticas;40 - ons sdio fluem para o interior da membrana desencadeando opotencial de ao;50 - Potencial de ao se propaga;60 - Despolarizao;70 - Filamentos de actina e miosina deslizam entre si, ocorrendocontrao muscular;80 - Remoo dos ons clcio, cessando a contrao.

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    Ilustrao da contrao muscular

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    Segundo pesquisa realizada por Pires K.F (2004), foi analisada aatividade eltrica antes, durante e aps a eletroestimulaoneuromuscular com baixa e mdia freqncia. Os resultados indicaramdiferena estatisticamente significante (p

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    5.5 INDICAES DA ESTIMULAAO DE MDIA FREQNCIA

    Facilitao da contrao muscular: pode ajudar a obter umacontrao muscular voluntria, inibida pela dor ou por leso recente;

    Reeducao da ao muscular: o repouso prolongado ou o usoincorreto de uma musculatura pode afetar sua funcionalidade;

    Aprendizagem de uma ao muscular nova: aps transplantetendinoso ou aps cirurgias reconstrutivas, a eletroestimulao podeauxiliar no restabelecimento de um novo padro de movimentomuscular;

    Hipertrofia e aumento da potncia muscular: a sua aplicao emintensidades adequadas, contribui no processo de hipertrofiar e noganho de potncia de um msculo debilitado;

    Aumento da irrigao sangnea: a vasodilatao muscular e osreflexos de estimulao sensorial promovidos, propiciam uma melhorana irrigao sangnea local;

    Aumento do retorno venoso e linftico: ao promover sucessivascontraes e relaxamentos musculares e agir sobre os movimentosarticulares, favorece o retorno venoso e linftico. Esta ao maisefetiva se a estimulao for realizada com o segmento corpreo a sertratado na posio de drenagem linftica;

    Preveno e eliminao de aderncias: as contraes musculares,eletricamente provocadas, auxiliam na preveno de aderncias apshemorragias e tambm a eliminar aderncias msculo-tendinosas jformadas.

    Flacidez. A Estimulao Russa vem ampliando seu espao nostratamentos estticos com o objetivo de minimizar a flacidez. Ofortalecimento muscular visa o aumento do tnus, a melhoria dodesempenho e diminuio da flacidez.

    Ativao de fibras do grupo II que no respondem adequadamenteaos estmulos voluntrios.

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    5.6 CONTRA-INDICAES DA MDIA FREQNCIA

    Encurtamento funcional do msculo; Cncer;

    Incapacidade ou disritimia cardaca; Gravidez;

    Portadores de marcapasso; Epilepsia;

    Doena vascular perifrica; Nervo frnico;

    Hipertenso ou hipotenso; Seio carotdeo;

    Afeces em articulaes; Regio torcica;

    reas de infeco ativa; Pele desvitelizada;

    Sensibilidade alterada; Insuficincia renal;

    Traumas musculares; Tecido neoplsico;

    Prteses metlicas.

    5.7 ORIENTAES E PRECAUES DA MDIA FREQNCIA

    Em pacientes que nunca utilizaram a eletroestimulao, a intensidadedeve ser elevada gradativamente, pois a experincia sensorial novapode assust-los.

    A obesidade, pode isolar o nervo ou o ponto motor, exigindo altosnveis de intensidade para a eletroestimulao conseguir o efeitodesejado, alm de riscos de diminuio da eficcia do tratamento.

    Pacientes diabticos ou que apresentem neuropatias perifricas, aeletroestimulao pode no ser capaz de provocar a resposta musculardesejada.

    No utilize a eletroestimulao aps a aplicao de correntespolarizadas, sobre a rea que tenha sido submetida a essa aplicao.Em especial, no local em que estava o plo positivo, pois no nodo, acorrente aplicada aumenta o potencial de membrana, tornando-amenos permevel ao sdio, resultando no aumento da resistncia passagem da corrente.

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    No utilize tratamentos crioterpicos antes da eletroestimulao.Segundo LEHMANN et al. (1994), o resfriamento pode afetar aconduo nervosa atravs do nervo perifrico, tanto sensitivo quantomotor, bem como a transmisso dos impulsos nervosos atravs dajuno mioneural.

    5.8 TCNICAS DE APLICAO DA MDIA FREQNCIA

    Existem duas formas para realizar a eletroestimulao: a tcnica bipolare tcnica ponto motor, tambm conhecida como mioenergtica.

    5.8.1 Tcnica Ponto Motor

    O ponto motor o local onde o nervo penetra no epimsio e ramifica-sedentro do tecido conjuntivo, onde, cada fibra nervosa pode inervar umanica fibra muscular ou at mais de 150 fibras musculares.No local da inervao o nervo perde sua bainha de mielina e formauma dilatao que se insere numa depresso da fibra muscular.Denominamos, ento, ponto motor ou juno mioneural. O local doponto motor sempre menos sensvel, logo, a estimulao atravsdeles so melhores que em outras reas pr possibilitar o recrutamentode um nmero maior de fibras musculares.

    5.8.2 Localizando o Ponto Motor

    1) Envolva a ponta do eletrodo caneta (ativo) com algodo umedecidoem gua.

    2) Coloque o eletrodo passivo numa regio prxima da localizao.

    3) Com o eletrodo caneta (ativo), localize os pontos motoresmovimentando-o at visualizar a melhor contrao. A localizao corretado ponto motor acontece quando o paciente referir menor sensibilidadee a contrao ser bem visvel.

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    4) Utilize as ilustraes a seguir, mas note que, um msculo atrofiadoapresenta desvio do ponto motor, bem como, o excesso de camadaadiposa pode maquiar um ponto motor.

    5) Aps a localizao, marque os pontos localizados com lpisdermogrfico.

    6) Coloque os eletrodos sobre os pontos marcados utilizando um gelcondutor e prendendo os eletrodos com cintas elsticas.

    Como a corrente Russa bifsica, ela permite a colocao de umeletrodo sobre um ponto motor e outro sobre outro ponto motor, desdeque no seja o antagonista.

    5.8.3 Tcnica Bipolar

    A tcnica bipolar consiste na colocao dos eletrodos nos doisextremos de um msculo, um na origem e outro no ventre muscular.

    5.8.4 Contrao muscular voluntria

    A contrao muscular voluntria pode ser adicionada eletroestimulao para maximizar os resultados.Nesses casos, reduza o tempo de sustentao da rampa (Tempo ON)para 2 segundos e o tempo de respouso da rampa (Tempo OFF) para4 segundos (BORGES F, 2006).Recomenda-se que o tempo de aplicao, nesses casos, seja divididoem 2 grupos:

    - Musculaturas sedentrias: tempo de 10 a 20 minutos por grupomuscular.

    - Musculaturas ativas, como de atletas ou de praticantes regulares deatividade fsica e que exigem maior condicionamento: tempo de 30 a40 minutos por grupo muscular.

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    5.9 MAPA DE PONTOS MOTORES

    5.9.1 Face

    1-Temporal2- Nervo facial - ramo superior3-Orbicular da plpebra4-Nervo facial - tronco5-Nervo facial - ramo mdio6-Bucinador7-Masseter8-Nervo auricular posterior9-Nervo facial - ramo inferior10-Omohiodeo11-Externo cleido mastide12-Nervo espinhal13-Esplnio14-Angular da escpula15-Nervo frnico16-Trapzio superior (C2, C3)17-Ponto de Erb

    18-Frontal19-Supra orbital20-Piramidal21-Elevador comum da asa donariz e do lbio superior22-Tranverso do nariz23-Elevador do lbio superior24-Zigomtico25-Lbio superior26-Orbicular dos lbios27-Lbio inferior28-Depressor do lbioinferior29-Triangular30-Elevador do mento31-Externo cleido hiodeo(C1/C2/C3)

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    1-Trapzio superior (C3)2-Supra espinhoso (C5/C6)3-Trapzio mdio (C3)4-Deltide posterior (C5/C6)5-Infra-espinhoso (C5/C6)6-Pequeno redondo (C5/C6)7-Trapzio inferior (C3)8-Rombide (C5)9-Grande dorsal (C6/C7/C8)10-Gluteo mdio (L4/L5)11-Grande gluteo (L5/S1)

    12-Angular da escpula (C3/C4)13-Ponto de Erb14-Nervo do grande peitoral15-Deltide mdio (C5/C6)16-Deltide anterior (C5/C6)17-Grande peitoral (C5-C8/T1)18-Nervo Gde denteado (C5/C6)19-Grande denteado (C5/C6)20-Reto abdominal (T6 a T12)21-Reto oblquo (T6 a T12)22-Nervo crural23-Tensor do fascia lata (L4/L5)

    5.9.2 Tronco

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    5.9.3 Membro Superior - Anterior

    1 - Deltide2 - Msculo cutneo3 - Bceps4 - Coraco braquial5 - Braquial anterior6 - Radial7 - Mediano8 - Longo supinador9 - Pronador10 - Flexor comum profundo(metade interna)11 - Grande palmar12 - Pequeno palmar13 - Flexor comum superf.14 - Cubital anterior15 - Flexor longo do polegar16 - Mediano17 - Nervo cubital18 - Abdutor curto do polegar19 - Oponente do polegar20 - Flexor curto do V dedo21 - Palmar cutneo22 - Abdutor curto do V dedo23 - Flexor curto do polegar24 - Abdutor do polegar25 - Lumbricais internos26 - Lumbricais externos

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    5.9.4 Membro Superior - Posterior

    1 - Deltide2 - Pequeno redondo3 - Poro longa do trceps4 - Vasto externo5 - Vasto interno6 - 1 radial7 - Nervo cubital8 - Anconeo9 - Extensor comum10 - 2 radial11 - Cubital anterior12 - Cubital posterior13 - Extensor do indicador14 - Abdutor longo do polegar15 - Ext. curto polegar16 - Extensor do V dedo17 - Extensor longo do polegar18 - Abdutor curto do V dedo19 - Intersseos dorsais

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    1 - Nervo crural2 - Pectineo3 - Direito interno4 - Mdio adutor5 - Sartrio6 - Tensor do fascia lata7 - Direito anterior8 - Vasto externo9 - Vasto interno10 - Nervo SPE11 - Tibial anterior12 - Peroneiro longo13 - Extensor comum dos artelhos14 - Soleo15 - Peroneiro curto16 - Extensor prprio do I17 - Pediais18 - Flexor curto do V19 - Intersseos20 - Adutor do I

    5.9.5 Membro Inferior - Anterior

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    5.9.6 Membro Inferior - Posterior

    1 - Gluteo mdio2 - Tensor do fascia lata3 - Grande gluteo4 - Nervo citico5 - Grande adutor6 - Direito interno7 - Bceps longo8 - Semi-tendinoso9 - Semi-membranoso10 - Bceps curto11 - Nervo SPI12 - Nervo SPE13 - Gmeo interno14 - Gmeo externo15 - Sleo16 - Sleo17 - Flexor longo do I18 - Peroneiro curto19 - Nervo tibial posterior20 - Flexor curto do V

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    5.10 COLOCAO DE ELETRODOS - MDIA FREQNCIA

    5.10.1 Vista anterior

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    5.10.2 Vista posterior

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    6 CONSIDERAES SOBRE O SISTEMA LINFTICO6.1 MORFOLOGIA

    O sistema linftico consiste:a) Em um sistema vascular, constitudo por um conjunto particular decapilares, vasos coletores e troncos linfticos;b) por linfonodos, que servem como filtros do lquido coletado pelosvasos e;c) pelos rgos linfides, que incluem tonsilas, bao e o timo.O sistema linftico encarregado de recolher, na intimidade dos tecidos,o lquido intersticial e reconduzi-lo ao sistema vascular sangneo.Quando o lquido intersticial passa para dentro dos capilares linfticos,recebe a denominao de linfa.A linfa apresenta uma composio semelhante a do plasma sangneo:ela consiste principalmente de gua, eletrlitos e de quantidadesvariveis de protenas plasmticas que escaparam do sangue atravsdos capilares sangneos. A linfa difere do sangue principalmente pelaausncia de hemcias (GUIRRO e GUIRRO, 2002).O sistema vascular linftico possui dois subsistemas:- Superficial: localizado na derme, acima da fscia muscular, onde seencontra os capilares, pr-coletores e coletores superficiais;- Profundo: localizado abaixo da fscia dos msculos, composto pelosductos linfticos e coletores.Segundo MACHADO (1970), os vasos coletores linfticos subfasciais(profundos) so menos numerosos do que os superficiais e maisnumerosos do que os vasos sangneos que eles geralmenteacompanham. Os vasos profundos geralmente seguem as veiasprofundas, que caminham com as artrias. Os vasos superficiaispassam atravs da fscia superficial e os linfonodos relacionados sousualmente encontrados onde as grandes veias superficiais seanastomosam com as profundas.

  • 47

    Os capilares se apresentam com fundo cego, isto , so fechados esuas extremidades ligeiramente dilatadas sob a forma de pequenosbulbos, sendo ligeiramente encontrados na maioria das reas ondeesto situados os capilares sangneos. Portanto, o sistema linftico um sistema de mo nica, isto ele somente retorna o lquidointersticial para a corrente circulatria, e desta forma previne a formaode edema.Os capilares linfticos so compostos de um cilindro de clulasendoteliais que se unem ao tecido conjuntivo intercelular atravs dosfilamentos de proteo. Entretanto, no existem conexes entre asclulas endoteliais que formam a parede do capilar, elas se sobrepemem escamas.Este arranjo forma uma vlvula funcional de sentido nico. A pressodo lquido intersticial fora dos capilares linfticos empurra as margensdas clulas endoteliais para dentro, permitindo ao lquido penetrar noscapilares. Uma vez no interior dos capilares, esse lquido no podevoltar aos espaos por causa da presso no interior dos capilares,que fora as bordas das clulas endoteliais a se juntarem, fechando avlvula. Nesse arranjo estrutural, os capilares linfticos so maispermeveis que a maioria dos capilares sangneos.Os vasos linfticos possuem uma grande capacidade de reparao ede formao de novos vasos aps danos.Os novos vasos so formados inicialmente como slidos brotoscelulares, produzidos por diviso mittica das clulas endoteliais dosvasos existentes, tornando-se os brotos posteriormente canalizados.O linfngion caracterizado como parte de um vaso pr-coletor oucoletor linftico, situado entre duas vlvulas dotadas de uma terminaonervosa prpria e com automatismo prprio (LEDUC, 2000).O fluxo da linfa relativamente lento: aproximadamente trs litros delinfa penetram no sistema cardiovascular em 24 horas.Esse fluxo lento porque, ao contrrio do sistema cardiovascular, osistema linftico no possui um rgo central bombeador, portanto,alm da presso causada pela contrao intrnseca intermitente dasparedes do canal linftico, ele depende de fatores externos quecomprimam o vaso linftico com presso.

  • 48

    Essa presso deve ser, suavemente controlada, para causarbombeamento, tais como: a gravidade, os movimentos passivos, aeletroestimulao ou a massagem, alm das foras internas tais comoa contrao muscular, a pulsao das artrias prximas aos vasos, operistaltismo visceral e os movimentos respiratrios.A linfa absorvida nos capilares linfticos transportada para os vasospr-coletores e coletores, atravs de vrios linfonodos, sendo filtradae recolocada na circulao at atingir os vasos sanguneos.No membro superior tanto os vasos linfticos superficiais como osprofundos atingem os linfonodos axilares. No membro inferior os vasossuperficiais e profundos fluem para os linfonodos inguinais.No sistema linftico, a eletroestimulao um importante coadjuvanteno tratamento. Seu objetivo bsico drenar o excesso de fludoacumulado nos espaos intersticiais, e manter o equilbrio das pressestissulares e hidrostticas.

  • 49

    6.2 SISTEMA LINFTICO - ILUSTRAO

  • 50

    6.3 EFEITOS FISIOLGICOS DA DRENAGEM LINFTICA

    6.3.1 Efeitos Diretos

    Produo e renovao de clulas de defesa;

    Velocidade da filtrao da linfa: aumenta a velocidade com que alinfa passa pelo linfonodo onde ocorre a filtrao;

    Filtrao e absoro dos capilares sanguneos;

    Quantidade maior de linfa processada nos gnglios linfticos;

    Eliminao de substncias simpaticolticas no organismo.

    6.3.2 Efeitos Indiretos

    Aumento da quantidade de lquido eliminado;

    Melhora da nutrio celular;

    Melhora da oxigenao dos tecidos;

    Desintoxicao dos tecidos intersticiais;

    Eliminao do cido ltico da musculatura esqueltica;

    Absoro dos nutrientes do trato digestivo.

  • 51

    6.4 INDICAES DA DRENAGEM LINFTICA

    Eliminao do cido ltico da musculatura esqueltica;

    Acne;

    Enxertos;

    Obesidade;

    Queimaduras;

    Linfedemas e edemas;

    Insuficincia venosa crnica;

    Mastodinia (tenso mamria sentida durante a fase de ovulao);

    Paniculopatia Edemato Fibro Esclertica (PEFE - FEG - Celulite);

    Auxilia no pr e ps-cirrgico, alm de outros procedimentos naeletroterapia;

    Auxilia na reabsoro das toxinas dos lquidos no espao intersticial;

    Trabalha a estase circulatria (quando no h comprometimentopatognico e infeccioso);

    Beneficia a eliminao dos catablitos e a estimulao dometabolismo celular, diminuindo a fibrose tissular;

  • 52

    6.5 ORIENTAES E PRECAUES NA DRENAGEM LINFTICA

    Os melhores resultados so obtidos atravs da associao daeletroestimulao com o posicionamento correto do paciente (posiode drenagem).

    O sentido da estimulao deve ser sempre de distal para proximal,acompanhando o fluxo da circulao linftica e venosa.

    A drenagem por eletroestimulao pode ser associada com umenfaixamento compressivo. A intensidade da compresso decrescente da poro distal para a proximal, do segmento a ser tratado.Os eletrodos devem ser posicionados sob a bandagem.

    Na drenagem os eletrodos devem ser colocados para estimulargrupos musculares e no msculos especficos. Assim, a estimulaoexercer a funo de bomba, no sentido de distal para proximal.

    Recomenda-se que os eletrodos sejam dispostos no trajeto nervoso,relacionado com o grupo de msculos estimulados.

    A eletroestimulao, na FEG, alm de auxiliar a drenagem da reaacometida, exerce uma ao sobre a hipotonia muscular, quegeralmente, est associada ao FEG.

    6.6 TCNICA DE APLICAO

    A drenagem realizada atravs da eletroestimulao muscular,gerando contraes musculares seqenciais, como umbombeamento.A drenagem seqencial atravs de contrao muscular dinamiza acirculao eliminando as toxinas provenientes do metabolismo celular(SORIANO et al, 2000).

  • 53

    6.7 COLOCAO DE ELETRODOS - DRENAGEM LINFTICA

    6.7.1 Parte Superior - Vista anterior

    1

    2

    86 7

    45

    3

  • 54

    6.7.2 Parte Inferior - Vista anterior

    1

    2

    7

    3

    8

    4

    9

    5

    6

    10

  • 55

    6.7.3 Parte Inferior - Vista posterior

    1

    810

    79

    4

    2

    3

    5

    6

  • 56

    6.7.4 Face

  • 57

    7 CONSIDERAES SOBRE CORRENTE GALVNICA7.1 DEFINIO

    A corrente galvnica, tambm denominada, corrente contnua, define-se como aquela em que o movimento das cargas de mesmo sinal sedesloca no mesmo sentido e com uma intensidade fixa. O termo"contnua" indica que a intensidade de corrente constante em valor eem direo.A aplicao da corrente galvnica pode ser dividida em: galvanizaoe iontoforese (ionizao).

    7.2 GERAO DA CORRENTE GALVNICA

    A Corrente Galvnica pode ser gerada atravs de vrias formas decircuitos eltricos. No equipamento STIMULUS-R, sua obteno realizada pela retificao da tenso alternada, seguida de filtragem eregulao.

    7.3 EFEITOS DA CORRENTE GALVNICA

    7.3.1 Galvanizao

    A galvanizao o uso da corrente galvnica para obter os efeitos doponto de vista fisiolgicos: polares e interpolares, ambos desencadeiamdisfunes locais e a nvel sistmicos.Os efeitos polares se desencadeiam na superficie do corpo que ficasob os eletrodos.Em funo das propriedades dos tecidos biolgicos, que apresentamelevadas concentraes de ons positivo e negativo, podemos, por aode uma diferena de potencial aplicada sob a pele, realizar ummovimento inico dentro do tecido. Os importantes resultados destemovimento se do por meio dos seguintes efeitos:

  • 58

    Os tecidos biolgicos apresentam uma grande quantidade de onspositivos e negativos dissolvidos nos lquidos corporais, os quais podemser colocados em movimento ordenado por um campo eltricopolarizado, aplicado superfcie da pele. Este movimento dos onsdentro dos tecidos tem importantes conseqncias, primeiramentefsicas e posteriormente qumicas, sendo classificadas nas seguintescategorias:

    Efeitos eletroqumicos;

    Efeitos osmticos;

    Modificaes vasomotoras;

    Alteraes na excitabilidade;

    Ao lado desses efeitos polares de transferncia inica, ocorrem outrosefeitos denominados interpolares, tais como:

    Eletroforese

    Eletrosmose

    Vasodilatao da pele

    Eletrotnus

    Aneletrotnus

    Cateletrotnus

    7.3.2 Efeitos Interpolares

    EletroforeseSegundo DUMOULIN (1980), a migrao, sob influncia da C.C., desolues coloidais, clulas de sangue, bactrias e outras clulassimples, fenmeno este que se d por absoro ou oposio de ons.

  • 59

    EletrosmoseSob inf luncia da carga eltrica adquirida pelas estruturasmembranosas, produzida uma modificao da gua contida nostecidos.

    Vasodilatao da peleAs reaes qumicas e as alteraes de ligaes que ocorrem napresena da corrente contnua, liberam energia e altera a temperaturalocal.

    EletrotnusDenominam-se eletrotnus ou potencial eletrnico, as modificaeseltricas locais, produzidas pela corrente eltrica, no potencial derepouso das membranas celulares.

    AneletrotnusOcorre no plo positivo e se caracteriza por uma diminuio deexcitabilidade nervosa e pode, por exemplo, causar analgesia. Esseefeito pode ser indicado para utilizao de seu plo ativo na iontoforese,quando um paciente apresentar pele hipersensvel ou irritada.

    CateletrotnusOcorre no plo negativo e aumenta a excitabilidade nervosa. Pode serutilizado para peles desvitalizadas e que necessitam de algum tipo deestimulao.

    Quando no incio da aplicao, o paciente ir relatar uma sensaopequena de formigamento. Com o aumento gradativo da intensidade,a sensao passa para o formigamento mais intenso, com a sensaode "agulhadas", alm de ardncia e dor. A corrente galvnica, ao passarpelo tecido, transfere ons de um plo para outro. H uma dissociaoeletroltica do cloreto de sdio (NaCl) tissular, em ctions sdio (Na) enions cloreto (Cl). O nion cloro, como portador de carga negativa,migrar para o plo positivo do eletrodo, perdendo sua carga eltricanegativa e assim reagindo e transformando-se em cloro molecular (Cl2).

  • 60

    O mesmo ocorre com o sdio, que ao migrar para o plo negativo irperder seu eltron, reagindo e transformando-se em sdio metlico(Na).A corrente galvnica, agindo sobre os nervos vasomotores, torna ativaa hiperemia, pronunciando-se de forma mais significativa no plonegativo. Os nervos vasomotores permanecem hipersensibilizadospor considervel tempo. A hiperemia atinge tambm estruturas maisprofundas, por ao reflexa. Com isso h um aumento da irrigaosangunea, acarretando maior nutrio tecidual profunda (subcutneo,fscias e msculos superficiais).Decorrente da hiperemia, tm-se maior oxigenao, aumento dometabolismo e aumento das substncias metabolizadas.A presena dos metablitos produz, reflexamente, a vasodilatao dasarterolas e capilares, o que leva a um aumento do fluxo sangneo,maior quantidade de substncias nutritivas, mais leuccitos eanticorpos, facilitando a reparao da rea.A galvanizao pura pode ser utilizada em diversos transtornoscirculatrios, inflamatrios e dolorosos.

    7.3.3 Caractersticas dos plos da Corrente Galvnica

    Ctodo (plo negativo): Possui caractersticas irritantes e estimulantes;

    Vasodilatador, provoca hiperemia na pele;

    Capacidade de hidratar os tecidos;

    Amolece tecidos endurecidos por promover a liquefao destes.

    nodo (plo positivo): Possui caractersticas analgsicas e sedantes;

    Vasoconstritor, promovendo menor hiperemia na pele;

    Capacidade de drenar os tecidos.

  • 61

    7.4 INDICAES DA CORRENTE GALVNICA

    Analgesia atravs do efeito aneletrotnus;

    Anti-inflamatrio pela atrao dos fluidos corporais no plo negativo,em especial o sangue e seus elementos de defesa natural;

    Estimulante circulatrio atravs dos efeitos: cataforese e anoforese;

    Capacidade de reduzir sangramentos.

    7.5 CONTRA-INDICAES DA CORRENTE GALVNICA

    A CORRENTE GALVNICA no deve ser aplicada sobre as regiescarticas e globo-farngea.

    No deve ser utilizada CORRENTE GALVNICA em pacientesportadores de marca-passos ou outro dispositivo eletrnico implantado.

    A aplicao de CORRENTE GALVNICA em grvidas s deveocorrer com acompanhamento do mdico, sendo que os trs primeirosmeses totalmente desaconselhvel as aplicaes na regio lombare abdominal. Pacientes portadores de doenas cardacas no devem sersubmetidos a tratamento com CORRENTE GALVNICA.

    No deve ser utilizada CORRENTE GALVNICA sobre as plpebras.

    A utilizao da CORRENTE GALVNICA em crianas, epilticos epessoas idosas deve ser realizada com acompanhamento mdico.

    A utilizao de CORRENTE GALVNICA deve ser feita medianteindicao de um fisioterapeuta ou mdico.

    A aplicao da CORRENTE GALVNICA no paciente, simultneaou prxima de equipamentos de alta freqncia: Ondas Curtas,Microondas ou Bisturi Eltrico, pode resultar em queimaduras no localde aplicao dos eletrodos da CORRENTE GALVNICA, alm de podercausar danos ao equipamento.

  • 62

    7.6 ORIENTAES PARA O USO DA CORRENTE GALVNICA

    A intensidade de corrente no deve ultrapassar 0,1 a 0,5 mA/cm2 derea de eletrodo ativo.

    Aconselha-se utilizar um eletrodo maior no plo negativo, paraamenizar o desconforto da corrente.

    A umidificao do eletrodo, antes da aplicao, se faz necessriapara garantir um perfeito acoplamento do mesmo. Recomenda-sepreparar um soluo salina (1 litro de gua com uma pitada de sal).Evita-se assim, concentraes de correntes em pequenas reas deaplicao, que podem causar queimaduras.

    Jamais utilize eletrodos de borracha condutora na aplicao dacorrente galvnica. Utilize somente os eletrodos de alumnio queacompanham o equipamento.

    A utilizao de soluo eletroltica deve ser distribda uniformementesobre o eletrodo para evitar queimaduras. Da mesma forma, a limpezaposterior deve ser bem feita para garantir a remoo da soluopresente no eletrodo.

    Solues de continuidade (ferimentos, ulceraes etc.) podemconcentrar fluxo inico e causar queimaduras.

    Aps a ionizao, as almofadas devem ser lavadas em guacorrente, para remover os resduos qumicos utilizados.

    Experincias comprovam que a utilizao de baixas intensidadesapresenta maior eficincia como fora direcional.

    7.7 POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS

    O posicionamento dos eletrodos de fundamental importncia para oxito no tratamento. Na aplicao de CORRENTE GALVNICA, oeletrodo negativo dever ser posicionado na regio onde se desejaobter maior resultado. Os eletrodos a serem utilizados devem ser dealumnio com esponja vegetal de 8 x10 cm.

  • 63

    7.8 PROCESSO DE APLICAO DA CORRENTE GALVNICA

    7.8.1 Preparao da Regio a ser Tratada1) A regio onde ser aplicada a CORRENTE GALVNICA deve serlimpa com sabo antialrgico, de forma a facilitar a circulao decorrente do eletrodo para a pele.

    2) Se a regio a ser tratada possuir elevada densidade de plos, estespodem dificultar o contato dos eletrodos a pele do paciente.Recomenda-se nestes caso uma tricotomia superficial.

    7.8.2 Fixao dos Eletrodos1) Umidea os eletrodos de modo que toda a rea do eletrodopermanea em contato com a pele do paciente.

    2) Coloque os eletrodos na regio desejada. As orientaes quanto aoposicionamento dos eletrodos esto descritas no itemPOSICIONAMENTO DOS ELETRODOS.

    3) Fixe os eletrodos sobre a pele com cinta elstica.

    7.8.3 Realizao da Aplicao1) Informe ao paciente que a aplicao ir comear e que as sensaespor ele sentidas devem ser relatadas com fidelidade a voc.

    2) As orientaes quanto ao tempo de aplicao esto descritas noitem DOSIMETRIA.

    3) Aumente a dose lentamente questionando o paciente sobre asensao por ele sentida. Durante a aplicao o paciente dever sentirformigamento, no devendo em momento algum sentir dores.

    4) Aps completar o tempo de aplicao, desligue o equipamento.

  • 64

    8 CONSIDERAES SOBRE A IONTOFORESE8.1 DEFINIO

    A iontoforese o mtodo de administrao, transcutnea, com o usoda corrente galvnica, de substncias que sero utilizadas compropsito teraputico. Ela potencializa a penetrao de elementospolares sob um gradiente potencial constante. A iontoforese utilizadaa mais de meio sculo, sendo mencionada na literatura desde o sc.XVIII. As substncias utilizadas, na maioria das vezes, so elementosbsicos associados a diversos radicais de valor fisiolgico.A base do sucesso da transferncia inica est no princpio fsico bsico"plos semelhantes se repelem e plos opostos se atraem", portantoa seleo da polaridade inica correta e a colocao sob o eletrodocom polaridade semelhante so indispensveis.A finalidade teraputica da iontoforese depende das caractersticas dassubstncias utilizadas. Essas se encontram na forma de soluesionizveis e, diante do campo eltrico da corrente contnua, somovimentadas de acordo com sua polaridade e a do eletrodo ativo.Portanto, deve-se observar a polaridade do produto a ser ionizado(BORGES e VALENTIN, 2006; CICCONE, 2001).O uso da iontoforese apresenta cuidados que devem ser observadospara que o transporte transdrmico ocorra, incluindo a necessidadede baixo peso molecular, baixa dose e adequado equilbrio entre alipossolubilidade e hidrossolubilidade (coeficiente de proporo gua-lipdio), pois a substncia deve ser igualmente solvel em gua esolventes orgnicos (COSTELLO e JESKE, 1995).As principais vias de acesso dos ons transferidos por iontoforese soos poros de glndulas sudorparas, enquanto o extrato crneo, osfolculos pilosos e as glndulas sebceas pouco contribuem para apenetrao inica, uma vez que apresentam elevada impednciaeltrica relativa (LOW e REED, 2001; OLIVEIRA, GUARATINI ECASTRO, 2005).

  • 65

    Estudos realizados comprovam que a ao da iontoforese ocorre emnvel superficial variando de 6 a 20 mm de profundidade (STARKEYapud BORGES e VALENTIN, 2006). Segundo Prez, Fernndez eGonzlez (2004), a penetrao estimada da iontoforese de 1 a 5mm, alcanando maior profundidade no organismo graas a circulaocapilar e ao transporte de membrana. Relatam ainda que alguns autoresdefendem a idia de que a penetrao da substncia alcana at 5cm.Para introduzir o produto ionizvel a um nvel mais profundo, o eletrodopassivo, quando utilizado em tratamentos faciais, deve ser posicionadosob o ombro direito ou fixado no brao direito e nos tratamentoscorporais, ele deve ser acoplado em uma rea oposta quela que sertratada.A intensidade recomendada na iontoforese de 0,1 a 0,5 mA/cm2, ouseja, multiplique a intensidade recomendada pela rea de aplicao(eletrodo), considerando uma intensidade mxima total de 5 mA(OLIVEIRA, GUARATINI E CASTRO, 2005).A iontoforese associa os efeitos polares da corrente galvnica aosefeitos inerentes da droga utilizada, sendo utilizada em diversosprotocolos de tratamentos msculo-esquelticos e dermato-funcionais.Os efeitos fisiolgicos e teraputicos da iontoforese esto associadoss substncias utilizadas no tratamento.

    A seguir, descrevemos algumas substncias utilizadas na iontoforesee suas finalidades:

  • 66

    Indicao Substncia

    Flacidez cutnea

    Adstringente e anti-sptico

    Adstringente e anti-sptico

    Anti-edematoso

    Anti-inflamatrio

    Cicatrizante

    Cicatrizante e anti-sptico

    Desidratao

    Envelhecimento cutneo

    Envelhecimento cutneo -Hidratao

    Esclertico e bactericida

    Flacidez cutnea

    Fibro Edema Gelide

    Fibro Edema Gelide(anti-inflamatrio)

    Queda de cabelo

    Fibro Edema Gelide(despolimerizante)

    Queratinizao da pele eao sobre os fibroblastos

    Extrato de Hamamlis

    Infuso de Slvia

    Extrato de Hera

    Citrato Potssio - 2%

    xido de Zinco 2%

    Soluo Hidroetanlica 10% (Prpolis)

    Polister sulfrico demucopolissacardeo

    Fosfatase alcalina

    Cloreto de sdio

    Iodo 4%

    Polister sulfrico demucopolissacardeocido hialurnico ehexosamina 0,2%

    Endometacina C

    Benzedamina CIH

    Thiomucase

    cido pantotnico 5%

    Aminocidos

    Positiva

    Positiva

    Positiva

    Positiva

    Positiva

    Positiva

    Positiva

    Negativa

    Positiva

    Polaridade

    Algumas substncias utilizadas na iontoforese (BORGES e VALENTIN, 2006).

    Negativa

    Negativa

    Negativa

    Negativa

    Negativa

    Negativa

    Negativa

    Negativa

  • 67

    Indicao Substncia

    Capsulitesadesivas e

    outrasadeses dotecido mole

    Antibitico de amploaspectro. As aoesesclerticas do iodo

    no estocompletamente

    entendidas.

    IodoSoluo a5-10% oupomada

    Negativa

    PolaridadeObjetivo Mtodo

    Dor

    Inflamaodo tecido

    mole

    Dormuscular earticular emcondiesagudas ecrnicas

    Edemalocal

    (estgiossubagudo e

    crnico)

    Lidocana

    Salicilatos

    Hialuroni-dade

    Os efeitos analgsicoslocais produzem

    analgesia transitria.

    Drogas como Aspirinacom efeitos

    analgsicos e anti-inflamatrios.

    Aumenta apermeabilidade dotecido conjuntivo

    hidrolisando o cidohialurnico, diminuindoo encapsulamento e

    permitindo a dispersode edema local.

    Soluo a4-5% oupomada

    10% depomada desalicilato

    detrolamina

    ou 2-3% desoluosalicilatode sdio

    Reconstituircom 0,9%de cloretode sdio

    parafornecer

    umasoluo de150 mg/ml

    Positiva

    Negativa

    Positiva

    Medicaes primrias administradas pela iontoforese (CICCONE, 2001).

  • 68

    Espasmosmusculares

    Miosites

    Sulfato demagnsio

    O efeito relaxantemuscular pode ser

    devido excitabilidadediminuda da

    membrana musculare transmisso

    diminuda na junoneuromuscular

    Soluoaquosa a

    2% oupomada

    Positiva

    Indicao Substncia PolaridadeObjetivo Mtodo

    Espasmomsculo-

    esqueltico

    Infecesmicrobianas

    Inflamao

    Cloreto declcio

    Iodo

    Dexameta-sona

    Estabiliza asmembranas

    excitveis. Diminui olimiar de excitabiidadenos nervos perifricos

    e no msculoesqueltico.

    Antibitico de amploespectro. As aesesclerticas do iodo

    no estocompletamente

    entendidas.Agente anti-

    inflamatrio esteroidalsinttico.

    Soluoaquosa

    a2%

    Soluo a5-10% oupomada

    4mg/ml emsoluoaquosa

    Positiva

    Negativa

    Negativa

    Tendinitecalcificante

    Miositeossificante

    cidoactico

    Aumenta asolubilidade dso

    depsitos de clcionos tendes e em

    outros tecidos moles.

    Soluoaquosa a

    2-5%Negativa

    lceras depele,

    doenasdermatol-

    gicas

    xido dezinco

    Age como anti-spticogeral. Pode aumentar

    a cicatrizao deotecido.

    20% depomada

    Positiva

  • 69

    8.2 INDICAES DA IONTOFORESE

    Algumas indicaes da iontoforese e conforme a substncia utilizada: Tratamento da hiperidrose;

    Ao antibacteriana e anti-inflamatria;

    Alvio de dor crnica, especialmente neurognica;

    Reduo de edema;

    Cicatrizao de feridas crnicas;

    Aumento da extensibilidade das cicatrizes;

    Tratamento do tecido cicatricial e aderncias;

    Infeco fngica da pele;

    Alvio da dor.

    8.3 CONTRA-INDICAES DA IONTOFORESE

    Gravidez;

    Tecido neoplsico;

    Implantes metlicos

    Portadores de marcapasso.

    Dispositivo Intra-uterino (DIU).

    Alterao de sensibilidade na regio de tratamento;

    Hipersensibilidade corrente eltrica contnua ou substnciaionizvel;

    Tratamento em reas extensas para evitar efeitos sistmicos dasubstncia ionizada;

    Procedimentos como peelings, uso de cidos, leses cutneas ouqualquer outro fator que resulte em elevao da densidade da correntepodem aumentar o risco de queimaduras.

  • 70

    8.4 TCNICAS DE APLICAO DA IONTOFORESE

    Apesar de algumas pesquisas recomendarem somente a aplicaofixa, as aplicaes mveis (rolo facial) so bastante difundidas eutilizadas.Na aplicao mvel, o eletrodo ativo o rolo facial ou corporal, neleque coloca-se a substncia ionizvel. O eletrodo passivo o eletrodode alumnio, tipo placa, protegido pela esponja umedecida. Coloque oeletrodo passivo em uma regio prxima ao local de tratamento, comopor exemplo, sob a regio escapular se a aplicao for facial.Na aplicao fixa, os eletrodos so os eletrodos de alumnio, tipo placa,protegidos por esponja umedecida. O eletrodo ativo deve ser colocadosobre o local de aplicao desejado e o eletrodo passivo em um localprximo.Os eletrodos devem estar eqidistantes entre si, isto , a distnciaentre eles deve ser maior que a maior dimenso do eletrodo, isso evitaa "teoria das pontas" e o risco de irritao e/ou queimadura qumica. A pele deve ser adequadamente preparada para a realizao da tcnicade iontoforese. Este procedimento depender do tipo de pele a sersubmetido ao tratamento. Para peles lipdicas, pode ser realizadasdesincrustao e esfoliao para minimizar as barreiras fsicas que agordura determina penetrao do produto. Em peles alpicas pode-se utilizar aquecimento para facilitar o processo de absoro dasubstncia ionizvel, como vapor no-ozonizado, compressas quentese midas e massagem (Winter (2001)). A intensidade de corrente deve ser calculada de acordo com rea doeletrodo a ser utilizado, em cm2 e observando a tolerncia da pele dopaciente. Borges e Valentin (2006) relatam diversos estudos feitos paraa dosagem ideal da iontoforese entre 0,1 a 0,3 mA/cm2. Por exemplo,se o eletrodo tiver 50 cm2, a intensidade mxima ser de 5 mA (50 x0,1 = 5 mA). A intensidade indicada nunca dever ultrapassar o limiar doloroso dopaciente. Para reduzir os riscos de queimaduras, aconselha-se adiminuir a intensidade de corrente e aumentar o tempo de tratamento,proporcionalmente.

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    Observar sempre a polaridade do produto ser ionizado e sua corretacolocao no eletrodo ativo.O extrato crneo, correspondente a 10-20mm da epiderme, conhecido como a principal barreira transferncia transdrmica desubstncias. Durante a iontoforese, a concentrao de ons no extratocrneo aumenta e a resistncia da pele diminui, aumentando suapermeabilidade durante a passagem do campo eltrico (OLIVEIRA,GUARATINI e CASTRO, 2005).O tempo de durao varia conforme o modo de aplicao: fixo ou mvel.Com eletrodos fixos o tempo de aplicao deve ser menor, pois hmaior concentrao de corrente nos tecidos. J com o eletrodo mvel,alm da reduo na concentrao de corrente, deve-se levar emconsiderao a extenso da rea de tratamento. Borges e Valentin(2006) relatam que alguns autores calculam a dose da soluo ionizvelpela frmula mA x min. Por exemplo: se a dosagem recomendadapara uma certa substncia for de 50mA x min e a intensidade utilizadana aplicao for de 5 mA, o tempo de aplicao ser de 10 minutos(50 / 5 = 10).

    8.5 DESINCRUSTE

    Mtodo que utiliza a ao da corrente contnua, atravs do processoeletroqumico denominado eletrlise. Quando a corrente eltricacontnua aplicada sobre a superfcie corporal, os ons positivos(ctions) e negativos (nions) que esto dissolvidos nos fludoscorporais, so movimentados segundo sua polaridade.Os nions seguem em direo ao plo positivo (nodo) e os ctionsao plo negativo (ctodo). A concentrao de ons promove uma reaoqumica especfica sob cada eletrodo, com formao de cidos nonodo (liberao de oxignio) e de bases no ctodo (liberao dehidrognio) (LOW e REED, 2001). A funo desincrustao separa assubstncias lipdicas da pele com a ao do sdio, saponificando aoleosidade da epiderme (BORGES, 2006).

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    8.6 INDICAES DO DESINCRUSTE- Acnes e comedes;- Peles seborricas;- Preparao da pele para a introduo de substncias por iontoforese.

    Efeitos produzidos- Emolincia da epiderme;- Destamponamento pilo-sebceo;- Eliminao dos incrustados na superfcie epidrmica.

    8.7 CONTRA-INDICAES DO DESINCRUSTE

    As mesmas descritas na Iontoforese

    8.8 TCNICAS DE APLICAO DO DESINCRUSTE

    Utilize a caneta gancho como eletrodo ativo, envolvendo esse ganchoem algodo e umedecido numa soluo desincrustante. Jamais deixeo aplicador exposto, sem a cobertura do algodo, pois em contatocom a pele, pode causar queimaduras. O eletrodo passivo o eletrodode alumnio, tipo placa, protegido pela esponja umedecida.Coloque o eletrodo passivo numa regio prxima ao local de tratamento,como por exemplo, sob a regio escapular se a aplicao for facial.Como a soluo desincrustante, freqentemente, apresenta sdio emsua composio, a sua polaridade positiva. Segundo Borges (2006),a partir da eletrlise da soluo promovida pela corrente eltrica, existemduas tcnicas que podem ser utilizadas no processo de desincrustaoda pele:

    1) Utilizao do eletrodo ativo com polaridade negativa:

    Neste caso, o sdio presente no algodo do eletrodo ativo entra emcontato com o sebo da pele. Como os ons de sdio apresentampolaridade positiva, eles so atrados pelo eletrodo ativo, que negativo,fixando-se ao algodo.

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    2) Utilizao do eletrodo ativo com polaridade positiva:

    Neste caso, inicialmente a eletrlise isola o sdio que entra em contatocom a pele seborrica, produzindo o processo denominado de"saponificao". Em seguida, a polaridade deve ser invertida paranegativa. Dessa forma, a corrente eltrica atrair a soluodesincrustante que foi agregada ao sebo da pele.

    A intensidade de corrente deve ser compatvel com o limiar desensibilidade e segurana para o paciente.O tempo de tratamento indicado entre 4 a 5 minutos.A caneta aplicadora deve ser movimentada lentamente por todaextenso da rea seborrica.

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    9 CONSIDERAES SOBRE A ELETROLIPLISE9.1 DEFINIO

    O tecido adiposo, tambm denominado panculo adiposo ou telasubcutnea, um tipo especial de tecido conjuntivo onde se observa apredominncia de clulas adiposas denominadas adipcitos. (Junqueira& Carneiro - 1999).A tela subcutnea est localizada sob a pele, distribuda por todo ocorpo e seu acmulo em certas regies depende da idade e do sexo.Esta deposio seletiva de gorduras regulada pelos hormniossexuais e adrenocorticais.Alm do fornecimento energtico, o panculo adiposo apresentadiversas funes, tais como: modelar a superfcie corprea, realizar ocarreamento de certas vitaminas lipossolveis, reduzir o impacto dechoques, isolar termicamente o organismo, entre outros.Os nutrientes presentes na dieta responsveis pelo fornecimentoenergtico para a manuteno das funes orgnicas sopreferencialmente os carboidratos, seguidos pelos lipdios e protenas.Katch et al. (1998) afirmam que a gordura armazenada representa amais abundante fonte corporal de energia potencial. Em relao aosoutros nutrientes, a quantidade de gordura disponvel para a produode energia quase limitada.De acordo com Guyton & Hall (2002), diversos compostos qumicosso classificados como lipdios.Estes incluem os triglicerdios, fosfolipdios e colesterol, alm de outrassubstncias de menor importncia. Os triglicerdios so desintegradosem cidos graxos e glicerol, graas a uma enzima denominadalipoprotena lipase (LPL).Os cidos graxos so transportados para outros tecidos onde seroutilizados como fonte de energia, onde o glicerol captado pelo fgadoe reaproveitado (Junqueira & Carneiro, 1999).

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    A eletroliplise uma tcnica destinada ao tratamento das adiposidadeslocalizadas, atravs da aplicao de vrios pares de agulhas deacupuntura no tecido subcutneo, ligadas a corrente de baixaintensidade.A estimulao eltrica provoca diversas modificaes fisiolgicas noadipcito, dentre elas, o incremento do fluxo sangneo local,aumentando o metabolismo celular e facilitando a queima de calorias.A ao hidro-lipoltica da corrente se inicia com a estimulao do sistemanervoso simptico, provocando a liberao dos hormnios epinefrinae noraepinefrina pela supra-renal.Ambos se ligam aos receptores beta-adrenrgicos presentes namembrana celular dos adipcitos, provocando reaes bioqumicasque vo culminar com a ativao da enzima triglicerdeo lpase sensvela hormnio, a qual hidrolisa os triacilgliceris. Como resultado, hliberao de glicerol e cidos graxos.Os cidos graxos livres so transportados pela albumina no plasmaat as clulas, onde so oxidados para a obteno de energia. O glicerol,por sua vez, transportado pelo sangue at o fgado e pode ser usadopara formar triacilglicerol.O tratamento com a eletroliplise, portanto, precisa ser acompanhadonecessariamente de dieta e/ou exerccios fsicos, para que os cidosgraxos sejam utilizados como fonte de energia.Se o paciente no tiver um balano calrico negativo, eles no soconsumidos e retornam para o meio intracelular. Alm disso, emelevados nveis plasmticos de insulina e glicose, a triglicerdeo-lpasesensvel a hormnio torna-se inativa, acarretando na no-hidrlise dostriacilgliceris.Desde a dcada de 70, Pedini & Zaietta afirmavam que a estimulaoeltrica capaz de ativar a liplise, ao provocar aumento do glicerolsangneo e dos cidos graxos livres.Segundo os mesmos autores, isso ocorre devido mediao dascatecolanimas, uma vez que, ao se administrar um agente beta-bloqueador, observa-se uma reduo significativa da extenso dofenmeno.

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    Estudos bioqumicos recentes constataram que a liplise no umasimples via metablica estimulada por catecolaminas e inibida porinsulina. Novas descobertas na regulao da liplise envolvendo ahidrlise dos triacilgliceris constataram a existncia de outras vias.Inclusive, os passos envolvidos na desregulao da liplise emindivduos obesos foram parcialmente identificados.A eficcia da tcnica de eletroliplise, por sua vez, foi comprovada porParienti. Em seu estudo, realizou a dosagem do glicerol urinrio,constatando, aps 24 horas da aplicao da tcnica, um importanteincremento em sua eliminao a partir da sexta aplicao.Quanto aos parmetros adotados, existem divergncias entre algunsautores. A freqncia de aplicao, segundo Parienti, pode variar entre5 e 500 Hz. Porm, para Zaragoza & Rodrigo, esses valores devemser mais baixos, em torno de 5 a 50 Hz.Tambm no h consenso sobre o tamanho ideal das agulhas.Zaragoza e Rodrigo indicaram agulhas de acupuntura que medem 15cm de comprimento e 0,3 mm de dimetro.Silva aprovou o uso das agulhas com 4, 5, 7, 12 cm comprimento edistncia de 4 cm entre elas. Parienti preferiu agulhas de acupunturafeitas de ao inoxidvel ou prata, medindo 0,25 a 0,3 mm de dimetro,1 a 3 cm ou 10 a 12 cm de comprimento.Zaragoza & Rodrigo aconselham julgar os resultados aps 45 dias dotrmino do tratamento, pois os efeitos da corrente podem se prolongardurante as semanas subseqentes aplicao.

    9.2 EFEITOS FISIOLGICOS DA ELETROLIPLISE

    Vasodilatao local;

    Melhora do trofismo tissular e aumento do nvel de ATP por estimulara formao de protenas de colgeno e elastina;

    Alterao da estrutura da lipase para o estado ativo;

    Dissociao de ndulos adiposos;

    Promoo de analgesia.