ponto 4 - esclarecimento quanto à discrepância de horas extraordinárias

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Maria de Fátima da Graça Ventura Brás-Professora do Grupo 110 Escola Básica Artur Patrocínio- de Azueira Agrupamento de Escolas Professor Armando de Lucena- Malveira V.ª Referência: Proc. Q-5072/12 (A4) Of. 004628 de 22ABR2013 Ex.ª Senhora Provedora Adjunta: Serve a presente comunicação apenas para esclarecer alguns pormenores constantes do Ofício suprarreferido, pois que se torna inevitável a não alteração da posição tomada por essa Provedoria quanto ao arquivamento da Queixa referida. O desenvolvimento de todo o processo tem sido acompanhado por inúmeros professores nas redes socias que, tal como eu, esperaram outro desenvolvimento. Mas decidiram V.as Ex.as ignorar o facto de os horários serem elaborados partindo da noção errada por parte de estruturas como a IGEC do que é trabalho individual; decidiram V.as Ex.as ignorar a comunicação de informações inverídicas por parte da Direção do Agrupamento e partir do pressuposto de que os professores não vão às escolas nas interrupções letivas, que não fazem formação, que não participam em reuniões infindáveis de avaliação de alunos, de planos e projetos, de articulação de ciclos ... ... enfim, que não têm hoje exatamente as mesmas pausas que os outros funcionários públicos. Em setembro p.f., lá voltaremos à mesma situação, às mesmas considerações. Para mim, não há qualquer problema. Trabalho diariamente oito/nove (ou mais) horas consecutivas, se esse trabalho for necessário ao sucesso escolar dos meus alunos. Lamento apenas que, por inércia e má interpretação da lei, haja muitos lugares que não são criados, haja tantos professores desempregados, e, nas escolas, os que lá estão se vejam sobrecarregados, doentes e impacientes. Lamento ainda, que, havendo uma constatação de que se trabalha demais, os Diretores “cortem” horas essenciais ao bom funcionamento das estabelecimentos, como aconteceu no caso do Agrupamento onde leciono, em que se reduziu o tempo de atendimento aos pais, por exemplo. Passo então a esclarecer o ponto 4 da vossa comunicação para que não restem dúvidas acerca da veracidade do que afirmei e afirmo.

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Page 1: Ponto 4 - esclarecimento quanto à discrepância de horas extraordinárias

Maria de Fátima da Graça Ventura Brás-Professora do Grupo 110 Escola Básica Artur Patrocínio- de AzueiraAgrupamento de Escolas Professor Armando de Lucena- Malveira

V.ª Referência:Proc. Q-5072/12 (A4)

Of. 004628 de 22ABR2013 Ex.ª Senhora Provedora Adjunta:

Serve a presente comunicação apenas para esclarecer alguns pormenores constantes do Ofício suprarreferido, pois que se torna inevitável a não alteração da posição tomada por essa Provedoria quanto ao arquivamento da Queixa referida.

O desenvolvimento de todo o processo tem sido acompanhado por inúmeros professores nas redes socias que, tal como eu, esperaram outro desenvolvimento. Mas decidiram V.as Ex.as ignorar o facto de os horários serem elaborados partindo da noção errada por parte de estruturas como a IGEC do que é trabalho individual; decidiram V.as Ex.as ignorar a comunicação de informações inverídicas por parte da Direção do Agrupamento e partir do pressuposto de que os professores não vão às escolas nas interrupções letivas, que não fazem formação, que não participam em reuniões infindáveis de avaliação de alunos, de planos e projetos, de articulação de ciclos ... ... enfim, que não têm hoje exatamente as mesmas pausas que os outros funcionários públicos.

Em setembro p.f., lá voltaremos à mesma situação, às mesmas considerações. Para mim, não há qualquer problema. Trabalho diariamente oito/nove (ou mais) horas consecutivas, se esse trabalho for necessário ao sucesso escolar dos meus alunos. Lamento apenas que, por inércia e má interpretação da lei, haja muitos lugares que não são criados, haja tantos professores desempregados, e, nas escolas, os que lá estão se vejam sobrecarregados, doentes e impacientes. Lamento ainda, que, havendo uma constatação de que se trabalha demais, os Diretores “cortem” horas essenciais ao bom funcionamento das estabelecimentos, como aconteceu no caso do Agrupamento onde leciono, em que se reduziu o tempo de atendimento aos pais, por exemplo. Passo então a esclarecer o ponto 4 da vossa comunicação para que não restem dúvidas acerca da veracidade do que afirmei e afirmo.

- Resultando da minha ação e da Petição apresentada na Assembleia da República, as horas destinadas a trabalho de estabelecimento foram sendo reduzidas : observação de 3(três) professores das AEC ,por mês, passou para 1(um)-

- menos 2 (duas) horas; reunião com professores AEC passou a ser em estabelecimento-

- menos 1(uma)hora; supervisão das AEC – passou de 2(duas) horas para uma hora-

- menos 1(uma) hora; Conselho de Departamento- deixou de ser mensal- menos 2/3horas horas...

Eis o motivo da discrepância entre as13/14 horas extraordinárias por mês que tinham sido inicialmente assinaladas e as 7 horas mencionadas aquando da elaboração do Ofício a vós enviado.

Com os melhores cumprimentos.