ponto 1: ações eleitorais – continuação ponto 2...

24
DIREITO ELEITORAL 1 DIREITO ELEITORAL PONTO 1: Ações Eleitorais continuação PONTO 2: Representação de captação ilícita de sufrágio PONTO 3: Condutas Vedadas aos Agentes Públicos PONTO 4: Representação para apurar condutas em desacordo com a Lei 9.504/97 – art. 30-A PONTO 5: Ação de Impugnação de Mandato Eletivo PONTO 6: Nulidades PONTO 7: Fases do Processo Eleitoral 1. Ações Eleitorais – continuação: Representações por descumprimento a Lei 9504/97. Também são ações tendo em vista os ilícitos eleitorais. 2. Representação de captação ilícita de sufrágio – art. 41-A, Lei 9504/97: - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN 3592) Surgiu com a Lei 9840 e 1999 de um projeto de Lei (Lei da Compra de Votos) Antes da existência desse tipo de ação, o candidato que comprasse votos seria responsabilizado penalmente. Na esfera eleitoral teria que utilizar as ações genéricas. O problema era a potencialidade lesiva. Essa representação veio dar eficácia punitiva na compra de votos eleitorais. Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n o 64, de 18 de maio de 1990 . (Incluído pela Lei nº 9.840, de 28.9.1999) Muito se discutiu sobre sua constitucionalidade, uma vez que o afastamento da pessoa equivaleria uma ilegitimidade, a qual deveria ser criada por LC ou CF e, no caso, foi criado por lei ordinária. Tese nunca acolhida pelo TSE. STF, ADI 3592, Rel. Min. Gilmar Mendes, assentou que é constitucional.

Upload: vannhan

Post on 19-Jan-2019

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

1

DIREITO ELEITORAL

PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2: Representação de captação ilícita de sufrágio PONTO 3: Condutas Vedadas aos Agentes Públicos PONTO 4: Representação para apurar condutas em desacordo com a Lei 9.504/97 – art. 30-A PONTO 5: Ação de Impugnação de Mandato Eletivo PONTO 6: Nulidades PONTO 7: Fases do Processo Eleitoral

1. Ações Eleitorais – continuação:

Representações por descumprimento a Lei 9504/97.

Também são ações tendo em vista os ilícitos eleitorais.

2. Representação de captação ilícita de sufrágio – art. 41-A, Lei 9504/97:

- Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN 3592)

Surgiu com a Lei 9840 e 1999 de um projeto de Lei (Lei da Compra de Votos)

Antes da existência desse tipo de ação, o candidato que comprasse votos seria

responsabilizado penalmente. Na esfera eleitoral teria que utilizar as ações genéricas. O

problema era a potencialidade lesiva.

Essa representação veio dar eficácia punitiva na compra de votos eleitorais.

Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei nº 9.840, de 28.9.1999)

Muito se discutiu sobre sua constitucionalidade, uma vez que o afastamento da pessoa

equivaleria uma ilegitimidade, a qual deveria ser criada por LC ou CF e, no caso, foi criado por

lei ordinária. Tese nunca acolhida pelo TSE. STF, ADI 3592, Rel. Min. Gilmar Mendes,

assentou que é constitucional.

Page 2: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

2

- Prazo: para ajuizamento até a data da diplomação - Art. 41-A, §3º1.

- Bem jurídico: a vantagem dessa representação que essa ação trabalha com um bem jurídico

diverso da normalidade e da legitimidade das eleições.

O bem jurídico tutelado é a vontade do eleitoral, TSE, RESP 9553. Logo, é suficiente

para procedência da ação que haja comprovação da compra de voto, sem necessidade de

potencialidade lesiva.

- Prova (para a procedência): é necessária a prova da conduta, participação direta ou indireta

ou anuência do candidato a terceiro.

Além disso, pe preciso que essa conduta seja dirigida a um eleitor na plenitude do gozo

dos direitos políticos e que vote na circunscrição que se está corrompendo. Essa conduta tem

que ser subjetiva, ou seja, tem que ser feita com o fim de obter votos.

Relação jurídica personalizada a qual possui dois pólos contrapostos – o corruptor e o

corrupto. Ocorre a doação ou promessa de vantagem com a obtenção de voto ou promessa de

voto.

A ação deve ser dirigida a eleitor determinado ou determinável. Ou seja, se a promessa

for feita para uma multidão é diferente que compra de voto. Não precisa ser identificado o

eleitor em particular.

É fundamental conduta e responsabilização da conduta do candidato de forma pessoal,

não é possível a condenação do candidato como mero beneficiário.

Era exigido que fosse um pedido explicito. Porém, atualmente, como vivemos num

mundo dissimulado não há como exigir esse pedido explícito. Portanto, surgiu o art. 41-A,

§1º2, Lei 9504, bastando e evidência do dolo consistente no especial fim de agir.

1 Art. 41- A, § 3o A representação contra as condutas vedadas no caput poderá ser ajuizada até a data da diplomação. 2 Art. 41-A, § 1o Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir.

Page 3: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

3

- Competência: regra das ações eleitorais – art. 863, CE.

- Procedimento:

O procedimento é do art. 22 da LC 64/90.

- Legitimados (ativo e passivo)

- Ativo: MPE, candidatos, partidos e coligação.

- Passivo: TSE entendeu que só o candidato que pode ser legitimado passivo nessa

ação.

O terceiro não será sujeito passivo, sendo punido no direito penal.

Art. 41-A, §2º4, LE – tipo especial de captação de sufrágio - extrapenal. Importaram do

art. 3015 do CE.

- Lapso de incidência da norma:

Desde o registro da candidatura até a data da eleição - possui um lapso de incidência

material delimitado.

- Sanção (a inelegibilidade da Ficha-Limpa)

- Cassação do registro (antes da eleição) ou diploma (depois eleição)

- multa

Após a lei da ficha-limpa, a pessoa condenada tem também uma inelegibilidade

especifica – art. 1º, I, “j6”.

3 Art. 86. Nas eleições presidenciais, a circunscrição serão País; nas eleições federais e estaduais, o Estado; e nas municipais, o respectivo município. 4 Art. 41-A, § 2o . As sanções previstas no caput aplicam-se contra quem praticar atos de violência ou grave ameaça a pessoa, com o fim de obter-lhe o voto. 5 Art. 301. Usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos: Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa 6 Art. 1º São inelegíveis:

Page 4: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

4

- Procedimento: art. 22 da LC 64/90.

- Recurso: prazo e efeitos

Prazo: antes de 2009, da LC 234/09, havia o entendimento de que o prazo para

recurso contra sentença proferida contra juiz eleitoral era 24 horas.

Atualmente, o art. 41-A, §4º7, estabelece que o prazo para recurso será de 3 dias a

contra da data de publicação do julgamento no diário oficial.

Porém, não há como contar nas eleições municipais, uma vez que não há diário oficial.

RESP 26.118 – Relator Min. Geraldo – inclui a compra de abstenção de voto. Ou seja,

também responde pelo art. 41-A.

3. Condutas Vedadas aos Agentes Públicos:

- Fundamento legal: art. 73, 74, 75 e 77 LE.

- Hipóteses de cabimento:

No art. 73 há 9 hipóteses de condutas vedadas.

Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: I - ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de convenção partidária; II - usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legislativas, que excedam as prerrogativas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram; III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado; IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público;

I - para qualquer cargo: j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 7 Art. 41-A, § 4o O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.

Page 5: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

5

V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados: a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança; b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República; c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo; d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo; e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários; VI - nos três meses que antecedem o pleito: a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública; b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral; c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo; VII - realizar, em ano de eleição, antes do prazo fixado no inciso anterior, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição. VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir do início do prazo estabelecido no art. 7º desta Lei e até a posse dos eleitos.

Inciso I – bens da administração publica – genérica.

Inciso II – é vedado o uso acima do permitido. Ou seja, vedado o excesso das prerrogativas,

seja quantitativamente, seja qualificativamente.

Art. 74. Configura abuso de autoridade, para os fins do disposto no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, a infringência do disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, ficando o responsável, se candidato, sujeito ao cancelamento do registro ou do diploma.

Se algum candidato violar o princípio da impessoalidade também acaba cometendo

uma conduta vedada.

Art. 75. Nos três meses que antecederem as eleições, na realização de inaugurações é vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos.

Art. 77. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o pleito, a inaugurações de obras públicas.

Todas as situações devem ter taxatividade, ou seja, adequação típica.

- Bem jurídico: o princípio da isonomia – art. 73, caput, Lei 9504.

Não há que se falar em potencialidade ofensiva.

Page 6: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

6

- Sanção (a inelegibilidade da Ficha-Limpa):

A regra é que o bem jurídico é a isonomia. A regra adaptada a lei:

- O art. 73 terá como sanções a cassação do registro ou diploma + previsão multa + exclusão

dos recursos do fundo partidário.

- Arts. 74, 75 e 77 – só tem previsão de cassação do registro ou do diploma. Ou seja, é uma

sanção ou absolvição. Sem haver meio termo.

A conseqüência desse tratamento desigual da lei:

- Art. 73 (multiplicidade de sanções e proporcionalidade)- toda ofensa desse artigo é, como

regra, procedente o pedido. Adotará na aplicação da sanção um critério de proporcionalidade.

Como há multiplicidade de sanções, como regra, será aplicação de multa. Aplica-se a cassação

de registro ou diploma nos casos mais graves, dependendo da conduta.

- Arts. 74, 75 e 77 - (unicidade de sanção e “potencialidade”) – depende da gravidade da

conduta. Nestes casos, temos a cassação do registro ou diploma ou nada.

O TST em relação aos artigos 74, 75 e 77 para evitar a punição desarrazoada ou por

fatos menores, entendeu quando houver unicidade de sanção tem que exigir a potencialidade

lesiva.

- Prazo: art 73, §128, LE.

Pode ser ajuizada essa representação até a data da diplomação.

A procedência do pedido tem a possibilidade do art. 1º, I, “j”, LC 64/90. Como é

possível a proporcionalidade deve cuidar.

- Competência: art. 86, LE.

- Procedimento: art. 22 da LC 64/90 – art. 73, §12, LE.

8 Art. 73, § 12. A representação contra a não observância do disposto neste artigo observará o rito do art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, e poderá ser ajuizada até a data da diplomação.

Page 7: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

7

- Legitimados (ativo e passivo):

Ativo:

MPE, candidatos, partidos e coligação.

Passivo:

Nas hipóteses dos artigos 74, 75 e 77 é o candidato.

No art 73 o legitimado passivo é o agente público (definição no art. 73, §1º9). Portanto,

poderá ser candidato, agente público que praticou o ato e a coligação ou partido.

- Recurso: prazo e efeitos.

Prazo: 3 dias conforme art. 73, §1310.

4. Representação para apurar condutas em desacordo com a Lei 9.504/97 - Art. 30-A:

Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

Vulgarmente conhecido como caixa 2.

Trata-se de uma representação por descumprimento da Lei 9.504/97.

- Legitimidade:

A Lei prevê legitimidade para qualquer partido político ou coligação.

O TSE entende que a omissão quanto ao MP é indiferente, uma vez que possui

legitimidade prevista na CF, no art. 12711.

9 Art. 73, § 1º Reputa-se agente público, para os efeitos deste artigo, quem exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta, ou fundacional. 10 Art. 73, § 13. O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial. 11 Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Page 8: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

8

Mas em relação ao candidato, o TSE tem entendido que o silencio do legislador é

eloqüente. Não sendo o candidato parte legitima para ajuizar ação do art. 30-A.

- Hipóteses de cabimento

- captação ilícita de recursos;

- gastos ilícitos com recursos.

O art. 2412 da LE tem grande relação com art. 30-A, pois estabelece as fontes vedadas

de recursos.

- Sanções (a inelegibilidade da Ficha-Limpa):

Não tem previsão de multa – art. 30-A, §2º13.

- Bem jurídico:

O bem jurídico é o princípio da moralidade – Recurso Ordinário 1540 Rel Felix

Fischer. Conseqüência: como não há potencialidade lesiva, em principio, qualquer gasto

poderia promover a ação. Porém, para que não entre nessa congruência, o relator mencionou

que para procedência deve haver prova da proporcionalidade ou relevância jurídica entre o

ilícito praticado pelo candidato e a sanção.

- Prazo:

15 dias da diplomação. Pode ajuizar antes da diplomação (não possui o requisito de

ajuizar após diplomação).

12 Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de: I - entidade ou governo estrangeiro; II - órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenientes do Poder Público; III - concessionário ou permissionário de serviço público; IV - entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória em virtude de disposição legal; V - entidade de utilidade pública; VI - entidade de classe ou sindical; VII - pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior. VIII - entidades beneficentes e religiosas; (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006) IX - entidades esportivas; (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) X - organizações não-governamentais que recebam recursos públicos; (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006) XI - organizações da sociedade civil de interesse público. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006) 13 Art. 30, § 2o Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

Page 9: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

9

- Recurso:

Prazo: 3 dias – art. 30-A, §3º14 - a contar da publicação do diário oficial.

5. Ação Rescisória Eleitoral – art. 22, I, j, CE: Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: I - Processar e julgar originariamente: j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado.(ADI 1459-5).

- Hipótese de cabimento:

Só para desconstituir decisão de inelegibilidade.

- Prazo:

120 dias a contar da decisão que constituiu a inelegibilidade.

- Competência: exclusiva e privativa do TSE.

A expressão “possibilitando-se o exercício do mandato até seu trânsito em julgado”-

ADIN 1459-5: inconstitucionalidade parcial.

6. Nulidades:

- Art. 224 CE.

Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.

- Nova Eleição:

O entendimento do TSE é de quem deu causa a nulidade da eleição não pderá

participar da próxima.

Entende também que para fim de anulação da eleição deve-se distinguir voto nulo de

voto anulável - o STF (MS 23.234-8, Pertence) e o TSE (RESP 25.937, Min. Delgado). 14 Art. 30-A, § 3o O prazo de recurso contra decisões proferidas em representações propostas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.

Page 10: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

10

Só vale o voto para fins de nova eleição o voto que o Juiz reconheceu como nulo. O

voto nulo por opção do eleitor ou erro não vale como nulo.

Somente aqueles votos que eram válidos originariamente e acabaram sendo

considerados nulos por abuso de poder ou corrupção do candidato. Art. 22215 CE. Só há nova

eleição neste caso. TSE (RESP 25.937, Min. Delgado).

Nova eleição no segundo biênio do mandato e a eleição indireta (aplicação do art. 81

CF): sim (RESP 21.308, Raphael de Barros, j. 18.12.2003) vs não (AgRgMS 3427, Gomes de

Barros, j. 09.03.2006 – fundamento: art. 81 CF é somente para causa não-eleitoral; logo, aplica

o 224 CE).

A participação de quem deu causa à nulidade: possibilidade (RESP 25.127, Gomes de

Barros); impossibilidade (MS 3.413, Marco Aurélio)

7. Fases do Processo Eleitoral:

Fases do processo eleitoral: preparatória (convenções; registro; propaganda); votação-

totalização; diplomação.

► Convenção partidária - arts. 7°16 e 8°17 LE:

- normas para escolha de candidatos e coligações (autonomia partidária).

- Prazo para realização: entre 10 a 30 de junho do ano das eleições.

- Candidatura nata: art. 8º, §1º18, LE. Este artigo está com a eficácia suspensa. O STF

na ADI 2530-9, entendeu que há violação do princípio de igualdade de concorrência dos

candidatos. 15 Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei. 16 Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei. 17 Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 de junho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral.

Page 11: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

11

► Registro de Candidato: arts. 10-16 LE:

- número de candidatos (art. 10, §§1°-3°19): partido isolado e coligação (dobra).

- percentual de vagas por sexo (art. 10, §3°, LE): a interpretação do “preencherá”(RESP nº

784-32, Versiani, j. 12.08.10).

A regra é que o candidato tem que passar por convenção. Há duas exceções:

- vagas remanescentes (art. 10, §5°20, LE).

- substituição – art. 1321, LE.

Nestes casos, a escolha feita pelo órgão diretivo.

- Prazo (art. 11, “caput22” e §4°23, LE): o registro do candidato deve ser efetuado até o dia 5 de

julho do ano da eleição.

18 Art. 8º, § 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados. (Vide ADIN - 2.530-9) 19 Art. 10, § 1º No caso de coligação para as eleições proporcionais, independentemente do número de partidos que a integrem, poderão ser registrados candidatos até o dobro do número de lugares a preencher. Art. 10, § 2º Nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não exceder de vinte, cada partido poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital até o dobro das respectivas vagas; havendo coligação, estes números poderão ser acrescidos de até mais cinqüenta por cento. Art. 10, § 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo. 20 Art. 10, § 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo de candidatos previsto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até sessenta dias antes do pleito. 21 Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado. 22 Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 5 de julho do ano em que se realizarem as eleições. 23 Art. 11, § 4o Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral.

Page 12: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

12

A regra é que o partido faça o registro do candidato. No caso do partido esquecer de

efetuar o registro do candidato, o candidato poderá fazer individualmente no prazo de 48

horas seguintes das publicações das listas – art. 11, §4º, LE.

- Documentos (art. 11, §1°24, LE):

Cada registro de cada candidato tem que ser instruído com documentação.

Se o candidato não apresentar toda essa documentação, Juiz dará 72 horas para suprir a

falta. No caso de não suprir, o Juiz indefere o pedido.

- Quitação eleitoral (art. 11, §7º25, LE):

A rejeição e não-apresentação de contas (Res. 23.217/10: art. 26, §4º e 6º): o

entendimento atual do TSE (RESP 4223-63, Versiani):

A prestação de contas pode ser julgada regular ou irregular, havendo a certidão de

quitação eleitoral. TSE definia a quitação eleitoral por resolução, até 2008 entendi que abrangia

a provação das prestações de contas.

Atualmente, há lei 9504 definindo no art 11, §7º26 - basta a apresentação das contas de

campanha, não precisa da aprovação. Introduzido pela lei 12.234/09.

- Diligências (art. 11, §3°27, LE).

24 Art. 11, § 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos: I - cópia da ata a que se refere o art. 8º; II - autorização do candidato, por escrito; III - prova de filiação partidária; IV - declaração de bens, assinada pelo candidato; V - cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo previsto no art. 9º; VI - certidão de quitação eleitoral; VII - certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual; VIII - fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º do art. 59. IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da República. 25 Art. 11, § 7o A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral. 26 Art. 11, § 7o A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral.

Page 13: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

13

► Propaganda:

A propaganda política é o gênero.

As espécies: propaganda eleitoral, partidária e intrapartidária.

Espécies:

- Propaganda partidária: art. 17, §3º28, CF assegura o direito aos partidos políticos ao direito

de antena.

Esse artigo é regulamentado na lei dos partidos políticos – Lei 9096/95, arts. 45 a 49.

- Objetivo: art. 45 define o objetivo da propaganda partidária.

Art. 45. A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao vivo, efetuada mediante transmissão por rádio e televisão será realizada entre as dezenove horas e trinta minutos e as vinte e duas horas para, com exclusividade: I - difundir os programas partidários; II - transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, dos eventos com este relacionados e das atividades congressuais do partido; III - divulgar a posição do partido em relação a temas político-comunitários. IV - promover e difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento). (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Propaganda partidária é aquela prevista aos filiados ou simpatizantes com vistas a

angariar mais e mais filiados.

- Vedação em ano eleitoral (art. 36, §2°29, LE): limite da propaganda partidária. Suspensão do

tempo em que teria direito da propaganda partidária no semestre seguinte.

- Gratuidade e compensação fiscal (art. 52, parágrafo único30, LPP): é gratuita para os partidos

– art. 45. Já as emissoras de radio e televisão terão compensação fiscal.

27 Art. 11, § 3º Caso entenda necessário, o Juiz abrirá prazo de setenta e duas horas para diligências. 28 Art. 17, § 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. 29 Art. 36, § 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. 30 Art. 52. Parágrafo único. As emissoras de rádio e televisão terão direito a compensação fiscal pela cedência do horário gratuito previsto nesta Lei.

Page 14: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

14

- Sanção (art. 45, §2°31, LPP; art. 36, §3°32, LE).

- Propaganda intrapartidária (art. 36, §1°33, LE)

Realizada para o público interno do partido político com o fim de obter indicação

como candidato para a eleição.

Não poderá chegar ao público, sob pena de fazer propaganda partidária antecipada

com multa.

- Propaganda eleitoral:

Objetivo: fim obter o voto do eleitor e conquistar mandato eletivo.

Prazo inicial (art. 36, “caput34”, LE): após o dia 5 de julho. O art. 36 da LE derrogou o

art. 240, caput do CE.

Propaganda extemporânea (art. 36, §3°, LE) – em tese lícito, sem vinculação a

candidatura futura. – TSE caracteriza como propaganda extemporânea toda aquela que leva ao

conhecimento geral a candidatura, a ação política que se pretenda desenvolver ou as razões que

levam a concluir que o beneficiário é o mais apto para exercer a função.

31 Art. 45, § 2o O partido que contrariar o disposto neste artigo será punido: I - quando a infração ocorrer nas transmissões em bloco, com a cassação do direito de transmissão no semestre seguinte; II - quando a infração ocorrer nas transmissões em inserções, com a cassação de tempo equivalente a 5 (cinco) vezes ao da inserção ilícita, no semestre seguinte. 32 Art. 36, § 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. 33 Art. 36, § 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. 34 Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.

Page 15: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

15

Promoção pessoal - Introduziu o art. 36-A – estipula quatro hipóteses em que não se

configura a propaganda antecipada.

Art. 36-A. Não será considerada propaganda eleitoral antecipada: (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, desde que não haja pedido de votos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, planos de governos ou alianças partidárias visando às eleições; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) III - a realização de prévias partidárias e sua divulgação pelos instrumentos de comunicação intrapartidária; ou (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se mencione a possível candidatura, ou se faça pedido de votos ou de apoio eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

Procedimento e prazo de apuração da propaganda irregular

Obrigatoriedade da legenda (art. 24235 CE): toda propaganda deve ter legenda para

prevenir responsabilidade.

- Propagandas vedadas (art. 24336 CE): rol.

- Modalidades de propaganda eleitoral

Outdoors:

- conceito (art. 13, parágrafo único, Res. 22.261/06): engenho publicitário explorado

comercialmente.

- Lei 11300/06: vedação (art. 39, §8°37, LE); sanção (multa e retirada).

35 Art. 242. A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais. 36 Art. 243. Não será tolerada propaganda: I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes; II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou contra elas, ou delas contra as classes e instituições civis; III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens; IV - de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública; V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza; VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou abusos de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda; VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a posturas municiais ou a outra qualquer restrição de direito; IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública.

Page 16: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

16

- TSE e o tamanho das placas (Consulta 1274, Min. Ayres Britto).

Propaganda em bens particulares (art. 37, §2°, LE):

Art. 37, § 2o Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições, desde que não excedam a 4m² (quatro metros quadrados) e que não contrariem a legislação eleitoral, sujeitando-se o infrator às penalidades previstas no § 1o.

- “Espontânea e gratuita” (art. 37, §8º38, LE).

- Dano e competência.

- Limitação a 4m² (art. 37, §2º, LE).

Propaganda em bens públicos e de uso comum (art. 37, caput, LE)

Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder Público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados.(Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)

- Lei 11.300/06

- Exceção: cavaletes, bonecos, cartazes, etc. (art. 37, §6°39) e a mobilidade (7º, LE) e

não dificultem o andamento do trânsito.

- Conceito de bens de uso comum (art. 37, §4º, LE): para fins eleitorais tem conceito

mais abrangente que o CC.

Art. 37, § 4o Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pela Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil e também aqueles a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada.

37 Art. 39, § 8o É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, sujeitando-se a empresa responsável, os partidos, coligações e candidatos à imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de 5.000 (cinco mil) a 15.000 (quinze mil) UFIRs. 38 Art. 37, § 8o A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade. 39 Art. 37, § 6o É permitida a colocação de cavaletes, bonecos, cartazes, mesas para distribuição de material de campanha e bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.

Page 17: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

17

Propaganda nas dependências do Poder Legislativo (art. 37, §3°40, LE):

Admissível. Fica a critério da mesa diretora.

Propaganda em recinto aberto ou fechado (art. 3941 LE):

-Requisito: comunicação à autoridade policial.

Se faz acordo para evitar judicialização.

Propaganda mediante panfletagem (art. 3842, LE):

- Dia da eleição (crime).

- Requisitos: indicação da legenda; identif. Responsável (CNPJ ou CPF); quem

contratou e tiragem (art. 38, §1º43, LE): para controle de gastos na prestação de contas.

- Panfleto apócrifo.

Brindes Eleitorais: art. 39,§ 6º44, LE (redação da Lei nº 11.300):

Vedados.

Propaganda mediante alto-falantes (art. 39, §3°45, LE):

40 Art. 37, § 3º Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da Mesa Diretora. 41 Art. 39. A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, não depende de licença da polícia. 42 Art. 38. Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou candidato. 43 Art. 38, § 1o Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ ou o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem. 44 Art. 39, § 6o É vedada na campanha eleitoral a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006) 45 Art. 39, § 3º O funcionamento de alto-falantes ou amplificadores de som, ressalvada a hipótese contemplada no parágrafo seguinte, somente é permitido entre as oito e as vinte e duas horas, sendo vedados a instalação e o uso daqueles equipamentos em distância inferior a duzentos metros: I - das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros estabelecimentos militares; II - dos hospitais e casas de saúde; III - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.

Page 18: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

18

- Horário: regra geral e comício (§4°46).

- Vedação (art. 39, §3°, LE): distância mínima (200 m.).

- Sanção e limite (art. 39, §9º47, LE).

Comícios (art. 39, §4°, LE):

Horário e prazo limite (art. 240, p. u., CE).

Showmício:

Vedação (art. 39, §7º48, LE) e evento assemelhado. Para evitar gastos abusivos na

campanha.

Trios-elétricos:

Vedado. Salvo para sonorização de comícios (art. 39, §10º49, LE). Ou seja, parado o

caminhão de som.

Propaganda na imprensa escrita (art. 4350 LE):

- Requisito: “paga”; visibilidade do valor pago pela inserção (art. 43, §1º51).

- Prazo final (Lei 11300/06): até a ante-véspera da eleição.

- Limite: até 10 anúncios por veículo, por candidato. Pagos – anunciado o preço.

- Espaço máximo: - jornal padrão (1/8 por página). Ex: Folha de São Paulo. 46 Art. 39, § 4o A realização de comícios e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa são permitidas no horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas. (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006) 47 Art. 39, § 9o Até as vinte e duas horas do dia que antecede a eleição, serão permitidos distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos. 48 Art. 39, § 7o É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006) 49 Art. 39, § 10. Fica vedada a utilização de trios elétricos em campanhas eleitorais, exceto para a sonorização de comícios. 50 Art. 43. São permitidas, até a antevéspera das eleições, a divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de página de revista ou tabloide. 51 Art. 43, § 1o Deverá constar do anúncio, de forma visível, o valor pago pela inserção.

Page 19: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

19

- revista/tablóide (1/4 por página). Ex: Zero Hora.

- Sanção e responsabilidade do meio de comunicação (limite, e não conteúdo).

- “Posicionamento favorável” (art. 27, §4°, Res. 23.191).

- Colunista de jornal e afastamento: desnecessidade (TSE – Res. 14683).

Horário normal no rádio e televisão:

É vedado.

- Propaganda eleitoral: restrição ao horário gratuito (vedação propaganda paga - art.

4452 LE).

- Limites (a partir de 01.07): vedação à tratamento desigual (art. 4553 LE).

- STF (ADIN 4451, Ayres Britto): suspensão art. 45, II; interpret. cfe. CF art. 45, III;

suspensão §§4º e 5º54.

- Sanção: multa e retirada da emissora do ar (pelo tempo da infração).

52 Art. 44. A propaganda eleitoral no rádio e na televisão restringe-se ao horário gratuito definido nesta Lei, vedada a veiculação de propaganda paga. 53 Art. 45. A partir de 1º de julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário: I - transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados; II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito; III - veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus órgãos ou representantes; IV - dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação; V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos; VI - divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou com a variação nominal por ele adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro. 54 Art. 45, § 4o Entende-se por trucagem todo e qualquer efeito realizado em áudio ou vídeo que degradar ou ridicularizar candidato, partido político ou coligação, ou que desvirtuar a realidade e beneficiar ou prejudicar qualquer candidato, partido político ou coligação. Art. 45, § 5o Entende-se por montagem toda e qualquer junção de registros de áudio ou vídeo que degradar ou ridicularizar candidato, partido político ou coligação, ou que desvirtuar a realidade e beneficiar ou prejudicar qualquer candidato, partido político ou coligação.

Page 20: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

20

- Apresentador e comentarista: afastamento (Lei 11300) e sanção (emiss.).

Debates (art. 4655 LE):

- Obrigatoriedade: partidos c\ representação Câmara de Deputados; momento de

verificação: eleição (art. 30, §2º, Res. 23191).

- Facultatividade: demais partidos.

- Regras: acordo entre partidos e a pessoa jurídica realizadora do evento (ciência à JE);

critério de aprovação das regras = 2/3 dos candidatos (art. 46, §5º56).

- Sanção: suspensão (24 hs.)

- Debate sem candidato (art. 46, §1°57, LE): comprovação convite (anteced. 72 hs.)

- Conversão em entrevista (art. 31, III, Res. 23191).

Entrevistas: ausência de proibição; igualdade oportunidades.

Propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV:

- Obrigatoriedade (art. 4758 LE): canais abertos; TV em VHF e UHF; canais assinatura

responsabilidade Legislativo.

55 Art 46. Independentemente da veiculação de propaganda eleitoral gratuita no horário definido nesta Lei, é facultada a transmissão, por emissora de rádio ou televisão, de debates sobre as eleições majoritária ou proporcional, sendo assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação na Câmara dos Deputados, e facultada a dos demais, observado o seguinte: I - nas eleições majoritárias, a apresentação dos debates poderá ser feita: a) em conjunto, estando presentes todos os candidatos a um mesmo cargo eletivo; b) em grupos, estando presentes, no mínimo, três candidatos; II - nas eleições proporcionais, os debates deverão ser organizados de modo que assegurem a presença de número equivalente de candidatos de todos os partidos e coligações a um mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar-se em mais de um dia; III - os debates deverão ser parte de programação previamente estabelecida e divulgada pela emissora, fazendo-se mediante sorteio a escolha do dia e da ordem de fala de cada candidato, salvo se celebrado acordo em outro sentido entre os partidos e coligações interessados. 56 Art. 46, § 5o Para os debates que se realizarem no primeiro turno das eleições, serão consideradas aprovadas as regras que obtiverem a concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) dos candidatos aptos no caso de eleição majoritária, e de pelo menos 2/3 (dois terços) dos partidos ou coligações com candidatos aptos, no caso de eleição proporcional. 57 Art. 46, § 1º Será admitida a realização de debate sem a presença de candidato de algum partido, desde que o veículo de comunicação responsável comprove havê-lo convidado com a antecedência mínima de setenta e duas horas da realização do debate.

Page 21: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

21

- Forma: bloco (art. 47, §1°59, LE) seg a sábado ) e inserção (art. 5160 LE) – todos os

dias, inclusive domingo.

58 Art. 47. As emissoras de rádio e de televisão e os canais de televisão por assinatura mencionados no art. 57 reservarão, nos quarenta e cinco dias anteriores à antevéspera das eleições, horário destinado à divulgação, em rede, da propaganda eleitoral gratuita, na forma estabelecida neste artigo. 59 Art. 47, § 1º A propaganda será feita: I - na eleição para Presidente da República, às terças e quintas-feiras e aos sábados: a) das sete horas às sete horas e vinte e cinco minutos e das doze horas às doze horas e vinte e cinco minutos, no rádio; b) das treze horas às treze horas e vinte e cinco minutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte horas e cinqüenta e cinco minutos, na televisão; II - nas eleições para Deputado Federal, às terças e quintas-feiras e aos sábados: a) das sete horas e vinte e cinco minutos às sete horas e cinqüenta minutos e das doze horas e vinte e cinco minutos às doze horas e cinqüenta minutos, no rádio; b) das treze horas e vinte e cinco minutos às treze horas e cinqüenta minutos e das vinte horas e cinqüenta e cinco minutos às vinte e uma horas e vinte minutos, na televisão; III - nas eleições para Governador de Estado e do Distrito Federal, às segundas, quartas e sextas-feiras: a) das sete horas às sete horas e vinte minutos e das doze horas às doze horas e vinte minutos, no rádio, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 1/3 (um terço); (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) b) das treze horas às treze horas e vinte minutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte horas e cinquenta minutos, na televisão, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 1/3 (um terço); (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) c) das sete horas às sete horas e dezoito minutos e das doze horas às doze horas e dezoito minutos, no rádio, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 2/3 (dois terços); (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) d) das treze horas às treze horas e dezoito minutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte horas e quarenta e oito minutos, na televisão, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 2/3 (dois terços); (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) IV - nas eleições para Deputado Estadual e Deputado Distrital, às segundas, quartas e sextas-feiras: a) das sete horas e vinte minutos às sete horas e quarenta minutos e das doze horas e vinte minutos às doze horas e quarenta minutos, no rádio, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 1/3 (um terço); (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) b) das treze horas e vinte minutos às treze horas e quarenta minutos e das vinte horas e cinquenta minutos às vinte e uma horas e dez minutos, na televisão, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 1/3 (um terço); (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) c) das sete horas e dezoito minutos às sete horas e trinta e cinco minutos e das doze horas e dezoito minutos às doze horas e trinta e cinco minutos, no rádio, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 2/3 (dois terços); (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) d) das treze horas e dezoito minutos às treze horas e trinta e cinco minutos e das vinte horas e quarenta e oito minutos às vinte e uma horas e cinco minutos, na televisão, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 2/3 (dois terços); (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) V - na eleição para Senador, às segundas, quartas e sextas-feiras: a) das sete horas e quarenta minutos às sete horas e cinquenta minutos e das doze horas e quarenta minutos às doze horas e cinquenta minutos, no rádio, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 1/3 (um terço); (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) b) das treze horas e quarenta minutos às treze horas e cinquenta minutos e das vinte e uma horas e dez minutos às vinte e uma horas e vinte minutos, na televisão, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 1/3 (um terço); (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) c) das sete horas e trinta e cinco minutos às sete horas e cinquenta minutos e das doze horas e trinta e cinco minutos às doze horas e cinquenta minutos, no rádio, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 2/3 (dois terços); (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) d) das treze horas e trinta e cinco minutos às treze horas e cinquenta minutos e das vinte e uma horas e cinco minutos às vinte e uma horas e vinte minutos, na televisão, nos anos em que a renovação do Senado Federal se der por 2/3 (dois terços); (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) VI - nas eleições para Prefeito e Vice-Prefeito, às segundas, quartas e sextas-feiras: a) das sete horas às sete horas e trinta minutos e das doze horas às doze horas e trinta minutos, no rádio; b) das treze horas às treze horas e trinta minutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte e uma horas, na televisão; VII - nas eleições para Vereador, às terças e quintas-feiras e aos sábados, nos mesmos horários previstos no inciso anterior. 60 Art. 51. Durante os períodos previstos nos arts. 47 e 49, as emissoras de rádio e televisão e os canais por assinatura mencionados no art. 57 reservarão, ainda, trinta minutos diários para a propaganda eleitoral gratuita, a serem usados em inserções de até sessenta

Page 22: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

22

- Período (art. 4761 LE).

- Distribuição do tempo (art. 47, §2°62, LE): igualdade (1/3) e proporcionalmente ao nº

representantes CD, no momento da eleição (2/3).

- Utilização do tempo proporcional por majoritário (art. 53-A63 da LE).

- Participantes (art. 5464 LE): qualquer pessoa (salvo, filiado outro partido e mediante

remuneração).

- Extensão da vedação do art. 45 I e II e sanção (perda tempo equivalente).

- Obrigatoriedade LIBRAS ou legendas (art. 44, §1º, LE).

Propaganda TV à cabo: não exibem rede horário gratuito; tem vedação art. 45 LE.

segundos, a critério do respectivo partido ou coligação, assinadas obrigatoriamente pelo partido ou coligação, e distribuídas, ao longo da programação veiculada entre as oito e as vinte e quatro horas, nos termos do § 2º do art. 47, obedecido o seguinte: I - o tempo será dividido em partes iguais para a utilização nas campanhas dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, bem como de suas legendas partidárias ou das que componham a coligação, quando for o caso; II - destinação exclusiva do tempo para a campanha dos candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito, no caso de eleições municipais; III - a distribuição levará em conta os blocos de audiência entre as oito e as doze horas, as doze e as dezoito horas, as dezoito e as vinte e uma horas, as vinte e uma e as vinte e quatro horas; IV - na veiculação das inserções é vedada a utilização de gravações externas, montagens ou trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais, e a veiculação de mensagens que possam degradar ou ridicularizar candidato, partido ou coligação. 61 Art. 47. As emissoras de rádio e de televisão e os canais de televisão por assinatura mencionados no art. 57 reservarão, nos quarenta e cinco dias anteriores à antevéspera das eleições, horário destinado à divulgação, em rede, da propaganda eleitoral gratuita, na forma estabelecida neste artigo. 62 Art. 47, § 2º Os horários reservados à propaganda de cada eleição, nos termos do parágrafo anterior, serão distribuídos entre todos os partidos e coligações que tenham candidato e representação na Câmara dos Deputados, observados os seguintes critérios: I - um terço, igualitariamente; II - dois terços, proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados, considerado, no caso de coligação, o resultado da soma do número de representantes de todos os partidos que a integram. 63 Art. 53-A. É vedado aos partidos políticos e às coligações incluir no horário destinado aos candidatos às eleições proporcionais propaganda das candidaturas a eleições majoritárias, ou vice-versa, ressalvada a utilização, durante a exibição do programa, de legendas com referência aos candidatos majoritários, ou, ao fundo, de cartazes ou fotografias desses candidatos. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 64 Art. 54. Dos programas de rádio e televisão destinados à propaganda eleitoral gratuita de cada partido ou coligação poderá participar, em apoio aos candidatos desta ou daquele, qualquer cidadão não filiado a outra agremiação partidária ou a partido integrante de outra coligação, sendo vedada a participação de qualquer pessoa mediante remuneração.

Page 23: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

23

Propaganda na internet: art. 57-A até 57-H LE:

Prazo legal: inicial (art. 57-A65 LE) e final (no site do candidato até eleição – art. 7º Lei

12034).

Formas permitidas (art. 57-B66 LE): site candidato, partido ou coligação; mensagem

eletrônica; blogs, redes sociais e assemelhados.

Vedações (art. 57-C67): mediante pagamento; sites de pessoas jurídicas, com ou sem

fins lucrativos; sites oficiais ou hospedados por órgãos administração direta ou indireta.

Descadastramento das mensagens: art. 57-G68. Qualquer mensagem sem opção de

descadastramento sujeita a multa.

Dia da Eleição:

- crime qualquer divulgação de propaganda eleitoral (art. 39, §5°69, LE).

Por exceção se admite a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor

por partido político, coligação e candidato, revelado por bandeira, broche, entre outros - art.

39-A70 LE.

65 Art. 57-A. É permitida a propaganda eleitoral na internet, nos termos desta Lei, após o dia 5 de julho do ano da eleição. 66 Art. 57-B. A propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas seguintes formas: I - em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País; II - em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País; III - por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação; IV - por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural. 67 Art. 57-C. Na internet, é vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga. 68 Art. 57-G. As mensagens eletrônicas enviadas por candidato, partido ou coligação, por qualquer meio, deverão dispor de mecanismo que permita seu descadastramento pelo destinatário, obrigado o remetente a providenciá-lo no prazo de quarenta e oito horas. 69 Art 39, § 5º Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR: I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata; II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; III - a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos.

Page 24: PONTO 1: Ações Eleitorais – continuação PONTO 2 ...aulas.verbojuridico3.com/Regular2011/Direito_Eleitoral_Zilio... · - Constitucionalidade: doutrina e jurisprudência (ADIN

DIREITO ELEITORAL

24

- Aglomeração de pessoas e manifestação coletiva (art. 39-A, §1°71, LE) - vedado.

- Servidores da Justiça Eleitoral, mesários e escrutinadores (art. 39-A, §2°72, LE).

- Fiscais de partido (art. 39-A, §3°73, LE).

70 Art. 39-A. É permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos. 71 Art. 39- A, § 1o É vedada, no dia do pleito, até o término do horário de votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado, bem como os instrumentos de propaganda referidos no caput, de modo a caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos. 72 Art. 39-A, § 2o No recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras, é proibido aos servidores da Justiça Eleitoral, aos mesários e aos escrutinadores o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de partido político, de coligação ou de candidato. 73 Art. 39-A, § 3o Aos fiscais partidários, nos trabalhos de votação, só é permitido que, em seus crachás, constem o nome e a sigla do partido político ou coligação a que sirvam, vedada a padronização do vestuário.