pontes - vigas em seção t
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍCENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS
PONTES – NOTAS DE AULAPONTE EM VIGA DE SEÇÃO T
SUPERESTRUTURA – ELEMENTOS PRINCIPAIS
Pedro Wellington G. N. Teixeira
Teresina – PI
Junho de 2003
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SUMÁRIO
1. Introdução
2. Dados gerais da obra
3. Ações
4. Dimensionamento das longarinas
Anexo 1
Anexo 2
Anexo 3Bibliografia
2
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1. Introdução
Neste trabalho, apresenta-se roteiro de cálculo para projeto de viaduto
rodoviário em concreto armado de acordo com as normas brasileiras. Trata-
se de material didático, apresentado aos alunos da Disciplina Pontes, do
nono período do curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade
Federal do Piauí.
A Disciplina Pontes tem como pré-requisitos Hiperestática II e Concreto II.
Portanto, os conhecimentos de determinação de esforços em estruturas
hiperestáticas, linhas de influência e envoltórias, e dimensionamento de
elementos de concreto armado já devem ser conhecidos pelo aluno .
O projeto que se apresenta neste trabalho é desenvolvido ao longo do
semestre letivo, compreendendo cálculo das ações, determinação dos
esforços devidos às ações permanentes e variáveis e dimensionamento dos
elementos principais e secundários da estrutura. Nesta primeira parte,
estudam-se apenas o cálculo das ações e o dimensionamento das
longarinas.
Convém lembrar que o conteúdo deste trabalho é complementado por
informações apresentadas aos alunos nas aulas teóricas. Devido a isso,
outros leitores podem vir a ter dúvidas ao utilizarem o presente trabalho.
Nesse caso, esclarecimentos adicionais podem ser obtidos no endereço
abaixo.
O autor deste trabalho agradece antecipadamente por críticas e sugestões
que possam contribuir para aprimorá-lo.
Endereço para correspondência:
Pedro Wellington G. N. TeixeiraProfessor Adjunto
Universidade Federal do PiauíCentro de Tecnologia – Departamento de Estruturas
Câmpus Ministro Petrônio Portela – S/No – Bairro Ininga – CEP 64000-000Teresina, Piauí
e-mail: [email protected]
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2. Dados gerais da obra
Trata-se de viaduto rodoviário, Classe 45, conforme definição da NBR 7188
– Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre. A obra tem30m de comprimento. O gabarito transversal apresenta duas pistas de
rolamento com 3,00m de largura cada, dois acostamentos com 1,50m de
largura cada e duas barreiras laterais tipo New Jersey , compreendendo
assim 9,80m de largura no total (Fig.1).
O sistema estrutural é em viga simplesmente apoiada com balanços. O vão
central da viga é de 20m e os balanços têm 5m cada, totalizando ocomprimento de 30m.
Na extremidade dos balanços, encontram-se transversinas extremas que
servem como arrimo para o aterro de acesso (Fig.2).
A superestrutura do viaduto apresenta seção transversal tipo T com duas
longarinas. As longarinas têm altura de 2,00m e largura variável,
aumentando de 40cm no vão para 80cm sobre os apoios. A função desse
alargamento é fornecer maior área de contato nos apoios e também
aumentar a resistência da viga a momentos fletores negativos. (Fig.3).
A solução de se projetar viadutos com extremos em balanço tem como
motivo principal, propiciar economia para a obra por meio da eliminação de
encontros de grande porte nos acessos à ponte. Os encontros são obras
muito caras – de custo unitário geralmente superior ao custo da ponte
propriamente dita. Cumpre observar que tal solução não deve ser usada em
pontes se houver risco do nível da água atingir a saia do aterro.
Com a solução de extremos em balanço consegue-se reduzir bastante os
empuxos de terra dos aterros de acesso, pois o talude da estrada é
projetado sob a ponte. Porém, a manutenção desse aterro em boas
condições pode ser uma tarefa difícil.
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1500
6 0 0
CL3000
1500
2 0 0
m>1,5
1
8 7
4040 150
180
2 6
1 0
54040
1 4 5
2 5
18040
2 0
3 5 1
8
300 300 150
80 80 2 0 0
980
Figura 1. Vista longitudinal do viaduto e seção no meio do vão
300 180 40 540 40 180 300
5 0
2 0 0
980
Figura 2. Seção transversal na extremidade
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170 440100 170100
980
8 7
2 6
2 0
ATERRO
80 460 80
Figura 3. Seção transversal nos apoios
Não são raros exemplos de obras com extremos em balanços que
apresentam erosão no aterro de acesso, chegando em alguns casos àinterrupção do tráfego. Tais problemas ocorrem principalmente devido a
deficiências do sistema de drenagem de águas pluviais, na transição da obra
de terra para a obra de arte. Como agravante, há ainda o fato de que as
extremidades dos balanços apresentam vibração com a passagem da carga
móvel. Recomenda-se não utilizar balanços muito longos. Em geral adotam-
se balanços com extensão de 15% a 20% do comprimento, limitando-se
ainda ao máximo de 6m. Para minimizar os problemas nos aterros deacesso deve-se:
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• executar e manter em boas condições de conservação juntas de
vedação adequadas na transição da estrada para o viaduto;
• executar de maneira adequada os aterros de acesso;• executar dreno na cortina;
• executar e manter desobstruídos drenos na ponte;
• executar meio-fio com sarjeta e canaleta de drenagem na obra de
terra próximo à ponte, conduzindo a água de chuva para locais
adequados e seguros contra erosão;
• proteger a saia do aterro contra erosão causada por água, vento ou
até mesmo vandalismo – nesse caso, a proteção mais eficaz se dácom grama, o que não é possível debaixo da ponte devido à sombra
criada pela estrutura, originando-se necessidade de proteção com
concreto;
Além disso, é indispensável a existência de placas de aproximação que
complementam o sistema de proteção contra erosão. Originalmente
projetadas para reduzir o impacto de veículos na transição da estrada para a
ponte, as placas de aproximação – ou lajes de transição – têm em muitoscasos funcionado como “ponte” sobre vazios criados no aterro de acesso
pela ação erosiva da água.
Na Figura 4, apresentam-se, esquematicamente, os artifícios que podem
amenizar os problemas no aterro de acesso. Porém, deve-se sempre
lembrar que a manutenção preventiva é um complemento também
indispensável para que a obra apresente bom desempenho.
A seqüência construtiva para esse tipo de obra consiste em primeiro
executar a estrutura e posteriormente os aterros. Dessa maneira, os pilares
estarão sujeitos também a empuxos de terra, além da cortina. Porém ainda
assim o empuxo é consideravelmente menor que o que se obteria com
encontros nos acessos.
De acordo com o Item 7.1.4 da norma NBR-7187, na consideração dos
empuxos de terra, deve-se prever o empuxo atuando apenas em uma
extremidade.
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COMPACTADABRITA GRADUADA JUNTA
CAMADA DRENANTE DRENO
PROTEÇÃO COM CONCRETO
LAJE DE TRANSIÇÃO
PAVIMENTO
COM DECLIVIDADE
ATERRO DE ACESSO
DEFENSA MALEÁVEL
Figura 4.
Nas figuras a seguir, complementam-se as informações necessárias para
desenvolvimento do projeto, no tocante às características geométricas daobra.
2 6
8 7
1 5
2 5
4 7
17.5 5 17.5
40
PINGADEIRA
i = 20%
Figura 5. Detalhe da defensa tipo New Jersey
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25
25
80
120
8 0
500 1000
415 415
8 0
8 0
3 0 0
4 0
1 4 0
4 0
5 4 0
4 0
1 4 0
4 0
3 0 0
6 0 0
15001000
650500
350
LC
CL
8 0
2 0 0
Figura 6. Meio corte longitudinal e meia vista inferior do tabuleiro (laje detransição não representada)
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1500
500
1 5 8 0
500 250
TUBOS DE
250
DRENAGEM
Figura 7. Meia vista superior do tabuleiro
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Os apoios são formados por pilares isolados de concreto armado, com
seção transversal circular, com diâmetro de 100cm, engastados na base e
articulados no topo.O sistema construtivo previsto é moldagem no local, devendo-se para isso
desenvolver projeto de cimbramentos, plano de concretagem, dispositivos de
descimbramento e plano de de descimbramento.
Os materiais empregados serão:
• Concreto C-25
• f ck = 25MPa
• f ctk = 2,2MPa• Ec = 23800MPa
• Aço CA-50/A:
• f yk = 500MPa
• ∆f sd = 180MPa para barras retas e 90MPa para estribos, com
raio de dobramento r = três vezes o diâmetro da barra.
• ηb ≥ 1,5
• Es = 205000MPaOs coeficientes a serem utilizados na determinação dos valores de cálculo
das resistências dos materiais serão:
• γs = 1,15
• γc = 1,5
3. Ações
3.1. GeneralidadesDe acordo com a Norma de Ações e Segurança, NBR 8681, as ações
podem ser classificadas em:
• Ações permanentes;
• Ações variáveis;
• Ações excepcionais
As ações permanentes a serem consideradas no projeto de pontes são
definidas no Item 7 da NBR 7187 e relacionadas abaixo:• Peso próprio de elementos estruturais;
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• Peso próprio de elementos não estruturais;
• Empuxos de terra e líquidos;
• Forças de protensão;• Deformações impostas, isto é, as provocadas por fluência e
retração do concreto, variações de temperatura e deslocamentos
de apoio;
De acordo com a mesma norma, são as seguintes as ações variáveis a
serem consideradas:
• Cargas móveis e seus efeitos:
• Efeitos dinâmicos, simulados com uso do coeficiente deimpacto;
• Força centrífuga, para pontes em curva;
• Choque lateral;
• Efeitos da frenação e aceleração;
• Cargas de construção;
• Forças devidas ao vento;
• Pressão da água em movimento;Relacionam-se ainda na NBR 7187 as ações excepcionais, definidas como
ações que ocorrem em circunstâncias anormais, como por exemplo:
• Choques de objetos móveis;
• Explosões;
• Fenômenos naturais pouco freqüentes, como ventos ou enchentes
catastróficas e sismos entre outros;
Note-se que é necessário definir o que se considera pouco freqüente a fimde que o projetista faça as considerações adequadas de cálculo. Isso deve
ser feito a critério do proprietário da obra.
As ações determinadas com seus valores característicos, devem ser
combinadas, nas situações normais, com uso da Eq.1, reproduzida do Item
10.2.1 da NBR 7187:
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Equação 1
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ∑>
++ ××+×+×+×+×=1
1 5,005,105,10,19,02,100,135,1i
qik k qk tecscc pk gk d F F F F F F
Os valores entre parênteses devem ser usados quando a ação produzir
efeito favorável.
3.2. Ações permanentes
3.2.1. Peso próprio de elementos estruturais (G1)
O peso próprio de elementos estruturais é calculado considerando-se o peso
específico do concreto armado (γc) de 25kN/m3, e será denominado G1.
No que segue, calcula-se o valor desse carregamento sobre cada pórtico do
sistema estrutural, formado por longarina e pilar.
• Carregamento correspondente ao peso das lajes e longarinas (g1a)
g1a = 0,5 x Aseção x γconc
g1a = 0,5 x 3,948m2 x 25kN/m3 ≅ 50kN/m
• Carregamento correspondente ao alargamento das longarinas
sobre os pilares (g1b)
g1b = Aalargamento x γconc
g1b = 0,4m x 1,75m x 25kN/m3 = 17,5kN/m
• Carregamento correspondente ao peso próprio dos pilares (g1c)
g1c = Apilar x γconc
g1c = 0,79m2 x 25kN/m3 ≅ 20kN/m
• Carregamento correspondente ao peso da cortina (G1a)
G1a = 0,5 x Vcortina x γconc
G1a = 0,5 x 7,98m3 x 25kN/m3 ≅ 100kN
• Carregamento correspondente ao peso das transversinas (G1b)
G1b = 0,5 x Vtransversina x γconc
G1b = 1,9575m3 x 25kN/m3 ≅ 25kN
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3.2.2. Peso próprio de elementos não estruturais (G2)
O peso próprio dos elementos não estruturais corresponde ao pavimento, às
defensas e à carga de recapeamento. O pavimento será em concretosimples, com peso específico de 24kN/m3. O recapeamento será
considerado de acordo com a NBR 7187, como uma carga uniforme de
2kN/m2, distribuída no tabuleiro.
A partir dessas definições calcula-se o valor de g2, carregamento
correspondente a todos os elementos não estruturais:
• g2 = 0,5x(Apav x 24kN/m3 + Lpav x 2kN/m2 + 2 x Adefensa x 25kN/m3)
g2 = 0,5x(0,81m2
x 24kN/m3
+ 9m x 2kN/m2
+ 0,464m2
x 25kN/m3
)g2 ≅ 25kN/m
3.2.3. Empuxos de terra
Os empuxos de terra serão calculados com as seguintes hipóteses:
• γsolo = 18kN/m3 (peso específico do solo)
• φ = 30o
(ângulo de atrito interno do solo)• c = 0 (coesão do solo)
• ka1 = 1/3 (coeficiente de empuxo ativo para o terrapleno em nível);
• ka2 = 0,75 (coeficiente de empuxo ativo para o terrapleno inclinado)
Com esses dados chega-se aos seguintes valores:
• E1 = 0,5 x (ka1) x γsolo x h1
2
= 12kN/m• E2 = 0,5 x (ka2) x γsolo x h2
2 ≅ 61kN/m
Os valores acima são dados por metro de largura do paramento. No caso do
empuxo atuante na cortina a largura corresponde à largura da ponte. No
caso do empuxo atuante no pilar, toma-se uma largura fictícia de três vezes
a largura real do pilar, devido ao efeito de arqueamento do solo.
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3.2.4. Deformação imposta ao tabuleiro por retração do concreto (εcs)
A deformação por retração do concreto (εcs) será adotada com valor de -15 x
10-5, de acordo com indicações da NBR 7187. Convém lembrar que, empeças com taxas de armadura pequena – menores que 0,5% – deve-se
adotar valores maiores. De qualquer maneira, estimativas mais precisas
desse valor podem ser obtidas com uso das recomendações da NBR-7197.
A retração corresponde a uma diminuição no volume da peça de concreto.
Devido às características geométricas da obra, porém, será considerado
apenas o efeito da retração na direção longitudinal do viaduto.
Com o valor de εcs citado acima, o encurtamento do tabuleiro será de0,15mm/m. Devido à restrição imposta pelos apoios à livre deformação do
tabuleiro, surgem forças longitudinais horizontais aplicadas no topo dos
apoios (Hcs).
3.2.4. Deformação imposta ao tabuleiro por variação de temperatura
Apesar da variação de temperatura se constituir em ação variável, neste
trabalho serão consideradas as definições da NBR 7187, que enquadra avariação de temperatura entre as ações permanentes. Deve ser considerada
uma variação uniforme de ± 15o C. Combinada com essa variação, deve ser
considerada ao longo da altura de cada seção transversal, a distribuição de
temperatura definida na figura 1 da norma e reproduzida na Figura 8.
A variação uniforme de temperatura irá causar efeitos análogos aos da
retração, já comentados no Item 3.2.3. Considerando-se uma barra de
comprimento L, uma variação uniforme de temperatura (∆T), irá causarvariação do comprimento da estrutura, dado pela conhecida fórmula da
física:
∆L=α x L x ∆T
Como o coeficiente de dilatação térmica do concreto (α) é de 10-5 oC-1,
aplicando-se na fórmula acima esse valor e uma redução de temperatura de
15o C, tem-se
∆L=(10-5 oC-1) x L x (-15oC)
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ou seja
∆L/L = -15 x 10-5 = ε∆T
O que é análogo ao caso da retração (εcs = -15 x 10-5). No caso de aumentoda temperatura, a única diferença é que o valor de ε será positivo.
O gradiente de temperatura poderá causar esforços longitudinais e
transversais. No caso específico deste projeto, como o sistema estrutural é
isostático e a seção transversal aberta, tais efeitos não serão considerados.
O gradiente de temperatura ao longo da altura pode ser linearizado,
utilizando-se o Item 7.1.9.2 da NBR 7187, para determinação das
solicitações.
T1
T2
T3 h 3
h 2
h 1
h
h1 = 0,3h > 0,15m
h2 = 0,3h
h3 = 0,3h
< 0,10m
> 0,25m
> h - h1 - h2
> 0,10m + hpav
h (m) T1 T2 T3( C)o ( C)o ( C)o
0,2<
0,4
0,6
0,8
8,5
12,0
13,0
13,5
3,5
3,0
3,0
3,0
0,5
1,5
2,0
2,5
Figura 8. Gradiente de temperatura de acordo com a NBR 7187
3.2.5. Esquema de carregamento no pórtico
A partir dos dados calculados anteriormente, chega-se ao esquema de
carregamento permanente mostrado na Figura 9.
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G1a
Hcs
g1a
g2
g1b
E1
E2
G1a G1bG1b G1b
G1b
g1b
Hcs
g1c g1c
(a)
g1b
(b)
Figura 9. Carregamento permanente no viaduto: (a) esquema geral; (b)
esquema para cálculo de g1b.
3.2. Ações variáveis3.2.1. Carga móvel e seus efeitos
A carga móvel será calculada de acordo com as indicações da NBR 7188. A
classe do viaduto é 45, e portanto o carregamento será formado por um
veículo tipo com peso bruto total (Q) de 450kN e carga de multidão (q) de
5kN/m2.
As dimensões do veículo tipo são apresentadas na Figura 10. De acordo
com a NBR 7188, o veículo tipo deverá ser sempre orientado na direção dotráfego, e colocado na posição mais desfavorável para cálculo de cada
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elemento, não se considerando a porção do carregamento que provoque
redução de solicitações. A carga de multidão deve atuar em toda a pista. Os
coeficientes de impacto serão determinados conforme indicação da NBR7187, com a Eq.2.
Equação 2
l×−= 007,04,1φ
sendo que o valor de l é dado em metros e corresponde ao vão do elemento
estrutural considerado. No caso de balanços, adota-se o dobro do
comprimento do balanço na Eq.1. O posicionamento da carga móvel para
cálculo das solicitações nas longarinas é detalhado no Anexo 1.
150 150 150 150
5 0
3 0 0 2 0 0
600
5 0
2020 2020 2020
3 , 0
m
6,0m
q=5kN/m2
VEÍCULO
150kN 150kN 150kN
Figura 10. Carga móvel (dimensões em cm)
18
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A força de frenagem (F) é suposta atuando no pavimento, na direção
longitudinal, em qualquer sentido, com valor dado pela Eq.3. No caso em
questão, o valor da força de frenagem será de F = 135 kN (0,3 x Q).
Equação 3
×
×≥
Q
A F
tabuleiro
3,0
05,0
A carga móvel, produz também empuxo de terra, que será calculado como
se mostra na Figura 11.
900
300
Eq
q Q q
q1
Figura 11. Esquema para cálculo do empuxo de terra
causado por carga móvel (Eq)
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O valor de Eq será dado por:
• Eq = ka1 x q1 x h
O valor de q1 é obtido uniformizando-se a carga móvel. O valor total de Eq será de:
• Eq = (1/3) x 11,7kN/m2 x 2m ≅ 8kN/m
Na Figura 12, apresenta-se esquema de carregamento variável devido à
carga móvel na estrutura.
3.2.1. Ação do vento
A ação do vento deve ser calculada de acordo com os critérios da NBR 6123 – Forças devidas ao vento em edificações (1988). Porém, neste trabalho, a
ação do vento será simulada de maneira simplificada por meio de
carregamento transversal com valor de 1,0kN/m2 no caso de ponte
carregada, e 1,5kN/m2 no caso de ponte descarregada (Fig. 13). No caso de
ponte carregada, utilizar-se-á altura de obstrução, causada pelos veículos,
de 2m contados a partir da altura da pista de rolamento.
EqF
ØQ1 ØQ2 ØQ3Øq1
Øq2
Figura 12. Esquema da carga móvel e seus efeitos (v. Anexo 1)
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W2=1,5kN/m2
W1=1kN/m2
2 8 7
2 0 0
8 0 0 6
0 0
Figura 13. Esquema de cálculo da ação do vento
4. Dimensionamento das longarinas4.1. Cálculo dos esforços
Devido às características geométricas da estrutura e ao fato da ligação viga
pilar ser articulada, a superestrutura pode ser analisada como viga
simplesmente apoiada com balanços, sob ação dos carregamentos verticais,
permanentes ou variáveis. Isso não irá introduzir nenhum erro de cálculo.
As forças horizontais, decorrentes de ação permanente ou variável, não
causarão efeitos significativos nas longarinas e serão desprezadas nessaanálise. O mesmo não pode ser feito na análise dos apoios, pois nesses
elementos as forças horizontais irão causar esforços significativos, como se
verá no terceiro volume deste trabalho.
Efetuando-se dessa maneira o cálculo dos esforços devidos à carga
permanente, chegou-se aos valores apresentados na Tabela 1 e Tabela 2. A
carga permanente foi simplificada, tomando-se a resultante de g1b e das
forças concentradas G1b e dividindo-a pelo comprimento da ponte.
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Para análise da estrutura sob ação do trem-tipo, devem ser traçadas as
linhas de influência das seções que se pretende estudar. Para facilitar o
cálculo, preparou-se programa que determina as envoltórias de momentofletor e força cortante na viga, para um determinado trem-tipo. O programa é
fornecido no disquete anexo a este trabalho. Utilizando-se o programa,
foram obtidos os valores apresentados na Tabela 1 e Tabela 2.
Tabela 1. Momentos fletores na longarina (unidade kN.m)
SEÇÃO x
(m)
Mgk φMqkmáx φMqkmín Mg+φMqkmáx Mg+φMqkmín
1 0 0 0 0 0 0
2 2,5 -515,6 0 -800 -515,6 -1315,6
A 5 -1562,5 0 -2443 -1562,5 -4005,5
3 7 -32,5 1431 -2124 1398,5 2156,5
4 9 1157,5 2509 -1934 3666,5 -776,5
5 11 2007,5 3259 -1744 5266,5 -263,5
6 13 2517,5 3735 -1554 6252,5 963,5
7 15 2687,5 3900 -1364 6587,5 1323,5
Tabela 2. Esforços cortantes na longarina (unidade kN)
SEÇÃO x
(m)
Vgk φVqkmáx φVqkmín Vg+φVqkmáx Vg+φVqkmín
1 0 -100 0 -217 -100 -317
2 2,5 -312,5 0 -465 -312,5 -777,5
Aesq 5 -525 0 -727 -525 -1252
Adir 5 850 838 -116 1688 734
3 7 680 724 -119 1404 561
4 9 510 615 -129 1125 381
5 11 340 513 -172 853 168
6 13 170 418 -247 588 -77
7 15 0 329 -329 329 -329
Obs.: Os valores de esforços causados pela carga permanente apresentados na Tabela 1 e na Tabela 2, foram
obtidos com carga uniforme de 85kN/m ao longo de todo o comprimento da viga e duas forças concentradas nas
extremidades dos balanços, com valor de 100kN cada.
22
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85 kN/m100 kN 100 kN
1562 kN.m
2687 kN.m850 kN
1562 kN.m
850 kN
525 kN
525 kN
Mg
Vg
Figura 14. Esforços na longarina para carga permanente
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162,9kN
26,2kN/m
9,9kN/m
Ø = 1,26 PARA O VÃOØ = 1,33 PARA O BALANÇO
162,9kN 162,9kN
838 kN
2443KN.m
3900 kN.m
838 kN
2443KN.m
727 kN
727 kN
ØMq
ØVq
Figura 15. Esforços na longarina para carga móvel
24
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4.2. Cálculo das armaduras
4.2.1. Cálculo da armadura longitudinal (As)
A armadura longitudinal (As), destinada a combater as tensões de traçãodecorrentes de momento fletor, serão compostas bor barras retas. Calculada
a armadura As, necessária para resistir aos momentos fletores de cálculo,
deve-se determinar posteriormente a variação das tensões na armadura
(∆σs) sob ação dos momentos fletores máximo e mínimo, para verificar a
segurança com relação á fadiga. Isso deve ser feito porque os momentos
devidos à carga móvel ocorrem com número de repetições muito grande, e
como se sabe, a resistência do aço é reduzida devido ao grande número deciclos de carregamento.
De acordo com a NBR 7187, estima-se número de repetições de
carregamento – carga móvel – da ordem 2 x 106 ciclos.
As tensões máxima e mínima serão calculadas conforme Item 10.11.1.1 da
NBR 7187. Será considerada a seção em Estádio II, e serão utilizadas as
fórmulas simplificadas abaixo (Eq.4, Eq.5 e Eq.6), extraídas de PFEIL
(1985).
A Eq.4 deve ser usada quando se tem seção retangular, com altura útil d,
com armadura simples, de área As, e a armadura está tracionada pelo
momento fletor Md,uti,máx.
A Eq. 5 deve ser utilizada no caso de seção retangular se a armadura As
estiver comprimida pelo momento fletor Md,uti,mín. Nessa equação, o valor αe
representa a relação entre os módulos de deformação longitudinal do aço
(Es) e do concreto (Ec). Simplificadamente, adotou-se um valor médio de
αe=10. W representa o módulo resistente de seção e pode ser adotado com
o valor b x h2 / 6. Um procedimento mais rigoroso pode ser utilizado para
cálculo da tensão na armadura comprimida, porém neste trabalho adota-se o
procedimento simplificado que resulta na Eq.5.
A Eq.6, deve ser usada para seção T, com a mesa comprimida e com
armadura simples, tracionada sob ação de Md,uti,máx, sendo d a altura útil da
seção e hf a espessura da mesa.
25
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Equação 4
s
máxutid
máx s
Ad
M
××=
85,0
,,,σ
Equação 5
se
mínutid
mín s AW
M
××=
ασ ,,
,
Equação 6
s
f
máxutid
máx s
Ah
d
M
×−
=
)2
(
,,,σ
Para ilustrar o cálculo da armadura longitudinal, serão apresentados
exemplos de duas seções.
a) Seção no meio do vão da longarina
Os esforços mostrados na Figura 14 e na Figura 15 são
Mgk = 2687,50kN.m
φMqk,máx = 3900kN.m
φMqk,mín = -1364kN.m
Combinando-se esses esforços com uso da Eq.1, chega-se a
Md,máx = 1,35x2687,5 + 1,5x3900 = 9478kN.m
Md,mín = 1,0x2687,5+1,5x(-1364) = 641,5kN.m
Nota-se que haverá apenas momento fletor positivo na seção do meio do
vão. O cálculo da armadura é feito considerando-se a largura colaborante
26
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fornecida pela laje, que pode ser calculada com o Item 11.4.2.1 da NBR
7187
bf = bw + 0,20 x L0 = 40cm + 0,20 x 1200 = 280cm
A altura útil da seção (d), será adotada como
d = 200 – 15 = 185cm
Utilizando-se a tabela apresentada no Anexo 2, extraída de PINHEIRO(1986), chega-se a
Kc = 280 x (1,4/1,5) x 1852 / 947800 = 9,44
Ks = 0,024 x=18,5cm < hf = 25cm (ok)
As = 0,024x947800/185 = 123cm2
Para a seção em estudo, efetuando-se o cálculo das tensões máxima e
mínima (Eq.6), chega-se a
σs,máx = (268750+0,8x390000)/((185-12,5)x123)=27,37kN/cm2
σs,mín = (268750-0,8x136400)/((185-12,5)x123)=7,52kN/cm2
A variação de tensões será portanto de
∆σs = 27,37 – 8 = 19,85kN/cm2
O valor de ∆σs calculado é superior à resistência à fadiga considerada no
projeto:
∆f sd = 18kN/cm2
Dessa maneira, é necessário corrigir a armadura calculada, utilizando-se o
procedimento usual
27
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Kfad = ∆σs / ∆f sd = 1,10
As,fad = kfad x As = 1,10 x 123 = 135,6cm2 = 27 φ 25mm
b) Seção sobre o apoio
Na seção sobre o apoio, os momentos são negativos e a alma da viga é que
resiste à compressão. Portanto, tem-se seção retangular. A armadura que
ancora no apoio poderia ser levada em consideração como armadura de
compressão, porém, será desconsiderada no cálculo.
Assim como foi feito para a seção do meio do vão, será inicialmentecalculada a armadura necessária e depois será verificada a fadiga. O cálculo
é descrito a seguir.
Mgk = -1562,5kN.m
Mqk,máx = 0
Mqk,mín = -2124,4kNm
Só há necessidade de armadura negativa.
Md,mín = 5296kN.m
KC = 80 x (1,4/1,5) x 1852 / (529600) = 4,87
KS = 0,025
AS = 0,025 x 529600/185 = 72cm2
Procedendo-se à verificação de fadiga (Eq.4), chega-se a:
∆σs = (0,8x212440)/(0,85x185x72) = 18,76 kN/cm2
kfad = 18,76/18 = 1,04
As,fad = 1,04x72 = 75cm2
28
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c) demais seções
Para as demais seções, automatizou-se o cálculo de As, com a verificação
de fadiga, no programa fornecido no disquete em anexo. Note-se que oprograma tem como limitação a seção trabalhando sempre em domínios 2
ou 3. Além disso, resolve-se apenas seção retangular com armadura
simples. Para a seção T, pode-se utilizá-lo desde que a linha neutra fique na
mesa comprimida.
Os resultados são apresentados na forma de gráfico (Figura 17).
4.2.2. Cálculo da armadura transversal (Asw) A armadura transversal (Asw), destinada a combater as tensões de tração
causadas pela força cortante V, será constituída exclusivamente por estribos
verticais.
Tomando-se a seção à direita do apoio, tem-se os seguintes valores de
esforços cortantes:
Vg = 850kN
φVq,máx = 838kN
φVq,mín = -116kN
O esforço cortante máximo na seção será
Vd,máx = 1,35x850 + 1,5x838 = 2404,5kN
De acordo com o Item 10.8.2 da NBR 7187, nos elementos de concreto com
armadura para força cortante – excluindo-se os casos de elementos com
armadura de protensão não aderente – a verificação de segurança consiste
em satisfazer simultaneamente às desigualdades
Vsd ≤ VRd2 nas faces dos apoios
29
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Vsd ≤ VRd3 nas seções situadas a uma distância igual a d da face dos
apoios, desde que a armadura para a força cortante aí calculada seja
estendida até o apoio.
Calculando-se o valor de VRd2, conforme a norma, chega-se a
VRd2 = 0,30 x f cd x bw x d = 0,30 x (2,5kN/cm2/1,5) x 80 x 185
VRd2 = 7400kN « Vd,máx = 2404,5kN
Esse valor é bastante superior ao Vd,máx calculado anteriormente.Calculando-se o valor de VRd3, conforme a norma, chega-se a
VRd3 = Vwd + Vcd
Sendo
Vwd
= (Asw
/s) x 0,9 x d x f ywd
Vcd = 2,5 x τRd x bw x d
O valor de τRd é apresentado na Tabela 7 da NBR 7187, em função das
categorias do concreto. Para a categoria C-25, τRd = 0,30MPa.
Esse valor deve ser inferior ao valor de VSd a uma distância d da face do
apoio. Nessa seção, tem-se praticamente os seguintes valores
Vgk = 680kN
φVqk,máx = 724kN
Vd,máx = 1,35x680+1,5x724=2004kN
Efetuando-se os cálculos, chega-se a Asw= 16,19cm2/m, considerando-se bw
= 60cm, como se mostra a seguir.
30
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Vwd = (16,19/100) x 0,9 x 185 x 43,47kN/cm2 = 1172kN
Vcd = 2,5 x 0,03kN/cm2 x 60 x 185 = 832kN
VRd3 = 2004kN
Portanto, as duas desigualdades são satisfeitas. Resta verificar a fadiga da
armadura transversal. Considerando-se que não há inversão dos esforços
cortantes em serviço – como pode ser visto na Tabela 2 – utiliza-se a Eq. 7,
adaptada a partir de PFEIL (1985). Caso exista inversão do valor do esforço
cortante em serviço, as tensões nos estribos variam entre zero e o valordado na Eq.8.
Equação 7
)8,0(9,0
)(8,0)5,08,0( ,,
q g sw
mínqmáxqcd q g
swV V d A
V V V V V
××+×××
×−××××−××+=∆
φ
φφφσ
Equação 8
d A
V V V
sw
cd q g
máxest ××
×−××+=
9,0
5,08,0,
φσ
Nesse caso o valor da variação de tensão será de
∆σsw = (680+724-0,5x555)x(724+119)/(0,9x0,1619x185x(680+724))=16,75kN/cm2
O valor acima calculado para a variação de tensões nos estribos é superior à
resistência à fadiga adotada para os estribos, de 9kN/cm2, e portanto, deve-
se corrigir a armadura, da maneira convencional.
No caso dessa seção, tem-se:
Kfad = 16,75 / 9 = 2,09
Asw,fad = 2,09 x 16,19 = 33,89cm2
31
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O cálculo deve ser repetido para as demais seções. Os resultados
encontrados são:
SEÇÃO 4
32,31 cm2/m
SEÇÃO 5
25,93 cm2/m
SEÇÃO 6
17,03 cm2/m
SEÇÃO 76,00 cm2/m (armadura mínima)
A definição precisa da armadura transversal, em termos de diâmetro e
espaçamento das barras, deverá ser feita quando forem calculadas as
armaduras necessárias para combater a flexão transversal da alma, o que
será visto no volume 2 deste trabalho.
4.3. Dados adicionais para o arranjo das armaduras
4.3.1. Ancoragem no apoio
De acordo com LEONHARDT (1979), deve-se estender ao apoio, armadura
longitudinal capaz de ancorar uma força de 0,7V onde V seria o cortante
máximo, calculado no Item anterior. Dessa maneira, efetuando-se o cálculo,
chegas-se a
As,cal = 0,7 x 2404 / 43,47 = 38,7cm2
ou seja, 8 barras de 25mm. Essas barras devem ser ancoradas além da face
do apoio. O comprimento de ancoragem sem ganchos, considerando-se
concreto Categoria C-25 e região de boa aderência, é de 38φ = 95cm
(PINHEIRO, 1986). No caso, há espaço suficiente para muito mais que
95cm, devido ao balanço da longarina.
32
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De acordo com a NB-1, deve-se estender aos apoios extremos, no mínimo
1/3 de armadura do vão, ou seja, pelo menos nove barras.
4.3.2. Armadura transversal
LEONHARDT (1979), cita que a melhor forma da armadura transversal na
alma é a em forma de estribos que, embaixo envolvam a armadura do banzo
e, em cima, sejam ancorados na laje através de ganchos abertos ou
fechados (Figura 16). Estribos fechados em cima não são necessários se o
diâmetro do estribo for menor que 1/20 da espessura da mísula da laje.
Junto aos apoios, o espaçamento dos estribos é pequeno, geralmentemenor que 10cm, e devem ser usados quatro ramos, devido à grande
largura da alma da viga.
Figura 16. Forma do estribo (armadura da laje não representada)
4.3.3. Armadura longitudinal
a) Armadura inferior (positiva)
A armadura inferior será disposta em camadas, sendo que a partir da
segunda camada serão utilizadas menos barras para a passagem do
vibrador durante a concretagem. Consideram-se nesse caso emendas com
luvas, com resistência à fadiga a ser comprovada por testes realizados pelofabricante. As barras devem cobrir a envoltória de armaduras apresentada
33
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na Figura 16, com decalagem de 0,75d. No apoio, as barras serão cintadas
com estribos pequenos para melhorar as condições de ancoragem. Esses
estribos são calculados, conforme SUSSEKIND (1989), para absorver 50%da força a ancorar no apoio. Daí a área necessária é de 19,35cm2.
Considerando-se que as barras da primeira camada encontram-se cintadas
pelos estribos existentes, adota-se metade dessa área como cintamento da
segunda camada. Essa armadura será disposta no trecho de 120cm do
bloco sobre o apoio e pode ser constituída por 12 estribos de 10mm (Figura
17).
Como a viga foi dimensionada como viga T considerado-se a larguracolaborante fornecida pela laje, deve-se verificar a resistência dos planos de
ligação entre a mesa e a alma, de acordo com o Item 10.8.10 da NBR 7187.
Calcula-se a força tangencial nesse plano (vsd) com a Eq.11, a partir da força
cortante vertical atuante (Vsd). Esse valor de vsd deve ser inferior ao limite
dado pela Eq.10. Além dessa verificação, deve-se dimensionar armadura de
ligação, com a Eq.9.
Equação 9
yd
f Rd sd
f
sf
f
hv
s
A ××−≥
τ5,2
Equação 10
f cd sd h f v ××≤ 3,0
Equação 11
tot
sd sd
A
A
Z
V v 1×=
Na Eq.11, o valor de A1 representa a área de concreto da mesa situada deuma lado da alma e Atot é a área da mesa comprimida.
34
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Efetuando-se os cálculos, chega-se à armadura de ligação (também
denominada armadura de costura) mínima necessária
vsd = 5,99 kN/cm0,30 x f cd x hf = 12,5kN/cm (OK)
(Asf /s) ≥ 10,8cm2/m
Adotou-se Z = (d – hf /2) = 185 – 12,5 = 172,5 e, nesse caso, A1/Atot =
0,43.
35
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C L
A
s
A
s , f a
d
Figura 16. Envoltória de armadura longitudinal
36
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Figura 17. Estribos de cintamento no apoio (pode ser incorporado à
armadura de fretagem, não representada)
Na seção do meio do vão, o arranjo da armadura positiva é como se
apresenta na Figura 18.
As(+)=27Ø25=135cm2
2 7 Ø 2 5
40
9.3
5.25
5.95.95.95.95.9
5.25
3 5
. 2 5
7 . 5
7 . 5
7 . 5
7 . 5
5 . 2
5
Figura 18. Arranjo da armadura positiva no meio da vão (cobrimento da
armadura = 3cm)
b) Armadura superior (negativa)
A armadura negativa calculada no apoio de 75cm2 será distribuída entre a
alma e a mesa da viga T, formada pela laje. A NBR 7187 recomenda que
40% a 60% da armadura tracionada seja disposta na laje, de um ou de
ambos os lados da alma, conforme o caso. Deve-se lembrar que pelo menos
duas barras devem ser posicionadas na alma, com espaçamento não maior
que 20cm. As barras dispostas na laje devem ter diâmetro menor que 1/10
da espessura dessa laje, e não devem distar mais do que 0,25 x bf da face
37
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mais próxima da alma, sendo no caso bf = 230cm para o balanço, conforme
calculado anteriormente.
Deve ser calculada armadura de ligação mesa-alma conforme o Item 10.8.10da NBR 7187, descrito anteriormente. Na Eq.11, A1 representa a área da
armadura situada de um lado da alma e Atot é a área total da armadura de
tração. A armadura de 10,80cm2/m, já calculada anteriormente é suficiente.
Como a mesa funciona como laje, a armadura de flexão da laje, que
atravessa o plano de ligação mesa-alma pode ser considerada como
armadura de costura, devendo apenas ser complementada, quando for o
caso. A armadura da laje será calculada no segundo volume deste trabalho.O arranjo da armadura negativa é apresentado na Figura 19. Optou-se por
reduzir o diâmetro das barras, à medida que a armadura se distancia da
alma da viga. A extremidade das barras dispostas na laje, determinada com
a consideração da envoltória de armadura deslocada e do comprimento de
ancoragem necessário, deve ainda ser prolongadas de um comprimento
igual à distância horizontal existente entre a barra em questão e a face mais
próxima da alma. Isso é feito com base na hipótese de que as bielas de
compressão na mesa inclinam-se a 45º
4Ø20
13
16
4Ø25
4Ø25
3Ø16 4Ø20
101010 10 10 10 10 10
3Ø16
10107
As(-)=8Ø25+8Ø20+6Ø16=77,2cm2
Figura 19. Arranjo da armadura negativa no apoio (armadura da laje nãorepresentada)
38
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c) Armadura de pele
Complementando as armaduras dos banzos, superior e inferior, deverá ser
disposta a armadura de pele, conforme Figura 20.
3 Ø 1 2
. 5
1 5
2 7 Ø 2 5
3 5 . 2 5
3 Ø 1 6
1 5
1 5
1 0
1 0
2 Ø 1 0
. 0
2 0
2 0
2 0
Figura 20. Armadura de pele no vão (cobrimento da armadura=3cm)
No apoios, a armadura de pele será mantida com espaçamento uniforme,
como se apresenta na Figura 21.
d) Considerações finais
Os detalhes apresentados nesse item servem como diretrizes para o
desenho completo da armadura da longarina, mas devem ser ajustados porquestões de ordem prática. Cabe ao engenheiro utilizar seu bom senso, para
conciliar todas as armaduras calculadas e produzir um detalhamento que
atenda os requisitos do projeto. Essa consideração final tem por objetivo
lembrar ao leitor que o projeto envolve bem mais que a utilização de
fórmulas existentes em normas ou em programas de computador.
Na Figura 21, apresenta-se de maneira esquemática o desenvolvimento da
armadura em elevação.
39
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5 0 0
1 0 0 0
1 5 0 0
C L
200
Figura 21. Esquema da armadura na longarina
40
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ANEXO 1
TRAÇADO DAS ENVOLTÓRIAS DE ESFORÇOS
41
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Neste Anexo, apresenta-se programa desenvolvido para cálculo das
ordenadas das envoltórias de esforços, momento fletor e força cortante, em
vigas isostáticas submetidas à carga móvel.Para cálculo dos esforços nas longarinas causados por carga móvel, dividiu-
se a análise em duas fases. Primeiro é feita a distribuição transversal da
carga móvel entre as longarinas, calculando-se o trem-tipo (Figura A1.1). Na
segunda fase, é feita análise longitudinal da viga sob ação do trem-tipo.
Esse procedimento é uma simplificação de cálculo, usual em projetos de
pontes com duas vigas com pequena rigidez à torção. Dessa maneira, a
análise pode ser dividida em cálculo transversal e cálculo longitudinal.
Q/6
q
Q/6Q/6 Q/6
LIR(A)
1,0+++
q
q
200 580 200
Figura A1.1. Cálculo do trem-tipo
Na Figura A1.2, apresenta-se o posicionamento do trem-tipo na longarina
para cálculo dos valores extremos do momento fletor na seção 7, no meio dovão. Deve-se pesquisar a posição mais desfavorável para o trem-tipo a fim
42
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de se determinar os valores máximo e mínimo do momento fletor naquela
seção. Repetindo-se o procedimento para as demais seções, obtém-se os
pontos da envoltória de momentos.Na Figura A1.3 e na Figura A1.4, apresentam-se telas do programa
ENVELOPE, elaborado para determinar as envoltórias de momento fletor,
força cortante e calcular as reações de apoio máxima e mínima em viga
simplesmente apoiada com balanços de ponte rodoviária. Pode-se entrar
com os valores das cargas do trem-tipo, ou como alternativa, pode-se
fornecer os dados da seção transversal da ponte – no caso de seção T com
duas longarinas – e a classe para que o programa calcule o trem-tipo. Casose forneça o trem-tipo diretamente deve-se especificar classe 0. As unidades
do programa são tf (1tf=10kN) e metros como unidades de comprimento
ØqL2ØQ1 ØQ2
ØqL1
ØQ3
LIM(S7)
ØqL1
ØQ2ØQ1 ØQ3
ØqL2
ØqL2
Figura A1.2. Linha de influência de momento fletor na seção 7, com
posicionamento da carga móvel para cálculo de Mmáx e Mmín
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Figura A1.3. Tela inicial do programa ENVELOPE
Figura A1.4. Tela do programa ENVELOPE com os resultados
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ANEXO 2
TABELA PARA CÁLCULO DE ARMADURAS
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Na Figura A2.1, apresenta-se tabela, extraída de PINHEIRO (1986) para
cálculo de armaduras em seção retangular de concreto armado com
armadura simples, sob ação de momento fletor. As unidades adotadas sãokN (1kN=0,1tf) e centímetros. Deve-se entrar com o valor de cálculo do
momento fletor (Md). Para elaboração da tabela, de acordo com PINHEIRO
(1986), adotou-se diagrama retangular de tensões de compressão no
concreto. Além disso, utilizou-se γs = 1,15 e γc = 1,4. Caso se adote outro
valor de γc, por exemplo γc = 1,5, pode-se utilizar a tabela adotando-se
largura fictícia para a viga, dada pelo valor bw,fic = bw x (1,4/1,5). Foi o que se
fez neste trabalho.
FLEXÀO SIMPLES EM SEÇÀO RETANGULAR - ARMADURA SIMPLES
KC=bd2/Md (cm2/KN) Ks=Asd/Md (cm2/KN)ßX=x/d
C-10 C-15 C-20 C-25 C-30 C-35 C-40 C-45 C-50 CA-25 CA50A CA50B CA60B D O M ,
0,02 103,8 69,2 51,9 41,5 34,6 29,6 25,9 23,1 20,8 0,046 0,023 0,023 0,019
0,04 52,3 34,9 26,2 20,9 17,4 14,9 13,1 11,6 10,5 0,047 0,023 0,023 0,019
0,06 35,2 23,4 17,6 14,1 11,7 10,0 8,8 7,8 7,0 0,047 0,024 0,024 0,020
0,08 26,6 17,7 13,3 10,6 8,9 7,6 6,6 5,9 5,3 0,048 0,024 0,024 0,020
0,10 21,4 14,3 10,7 8,6 7,1 6,1 5,4 4,8 4,3 0,048 0,024 0,024 0,020
0,12 18,0 12,0 9,0 7,2 6,0 5,1 4,5 4,0 3,6 0,048 0,024 0,024 0,020
0,14 15,6 10,4 7,8 6,2 5,2 4,5 3,9 3,5 3,1 0,049 0,024 0,024 0,020
0,16 13,7 9,2 6,9 5,5 4,6 3,9 3,4 3,1 2,7 0,049 0,025 0,025 0,020
0,18 12,3 8,2 6,2 4,9 4,1 3,5 3,1 2,7 2,5 0,050 0,025 0,025 0,021
0,20 11,2 7,5 5,6 4,5 3,7 3,2 2,8 2,5 2,2 0,050 0,025 0,025 0,021
0,22 10,3 6,8 5,1 4,1 3,4 2,9 2,6 2,3 2,1 0,050 0,025 0,025 0,021
0,24 9,5 6,3 4,7 3,8 3,2 2,7 2,4 2,1 1,9 0,050 0,025 0,025 0,021
0,26 8,8 5,9 4,4 3,5 2,9 2,5 2,2 2,0 1,8 0,051 0,026 0,026 0,021
2
0,28 8,3 5,5 4,1 3,3 2,8 2,4 2,1 1,8 1,7 0,052 0,026 0,026 0,022
0,30 7,8 5,2 3,9 3,1 2,6 2,2 1,9 1,7 1,6 0,052 0,026 0,026 0,022
0,32 7,4 4,9 3,7 3,0 2,5 2,1 1,8 1,6 1,5 0,053 0,026 0,026 0,022
0,34 7,0 4,7 3,5 2,8 2,3 2,0 1,8 1,6 1,4 0,053 0,027 0,027 0,022
0,36 6,7 4,5 3,3 2,7 2,2 1,9 1,7 1,5 1,3 0,054 0,027 0,027 0,022
0,38 6,4 4,3 3,2 2,6 2,1 1,8 1,6 1,4 1,3 0,054 0,027 0,027 0,023
0,40 6,1 4,1 3,1 2,5 2,0 1,8 1,5 1,4 1,2 0,055 0,027 0,027 0,023
0,438 5,7 3,8 2,8 2,3 1,9 1,6 1,4 1,3 1,1 0,056 0,028 0,028 0,023
3
0,44 5,7 3,8 2,8 2,3 1,9 1,6 1,4 1,3 1,1 0,056 0,028 0,028 0,023
0,462 5,5 3,6 2,7 2,2 1,8 1,6 1,4 1,2 1,1 0,056 0,028 0,028 0,024
0,48 5,3 3,5 2,7 2,1 1,8 1,5 1,3 1,2 1,1 0,057 0,028 0,029 0,025
0,52 5,0 3,3 2,5 2,0 1,7 1,4 1,2 1,1 1,0 0,058 0,029 0,031 0,0270,56 4,7 3,2 2,4 1,9 1,6 1,4 1,2 1,1 1,0 0,059 0,030 0,033 0,029
0,60 4,5 3,0 2,3 1,8 1,5 1,3 1,1 1,0 0,9 0,061 0,030 0,035 -
0,628 4,4 2,9 2,2 1,8 1,5 1,3 1,1 1,0 0,9 0,061 0,031 0,037 -
0,64 4,3 2,9 2,2 1,7 1,4 1,2 1,1 1,0 0,9 0,062 - - -
0,68 4,2 2,8 2,1 1,7 1,4 1,2 1,0 0,9 0,8 0,063 - - -
0,72 4,0 2,7 2,0 1,6 1,3 1,2 1,0 0,9 0,8 0,065 - - -
0,76 3,9 2,6 2,0 1,6 1,3 1,1 1,0 0,9 0,8 0,066 - - -
0,772 3,9 2,6 1,9 1,5 1,3 1,1 1,0 0,9 0,8 0,067 - - -
4
Figura A2.1. Tabela tipo k para cálculo de armadura longitudinal em seção
retangular com armadura simples (PINHEIRO, 1986)
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ANEXO 3
PROGRAMA PARA CÁLCULO DE ARMADURAS
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Apresenta-se programa para cálculo das armaduras longitudinais em seção
retangular com armadura simples e verificação de fadiga da armadura
(Figura A3.1). O programa é limitado aos domínios de deformação 2 e 3.Caso a seção seja T, com mesa comprimida sob ação de M, pode-se utilizar
o programa tratando-a como seção retangular com largura bw = bf , desde
que a linha neutra esteja na mesa comprimida.
Figura A3.1. Tela do programa para cálculo das armaduras
A listagem dos resultados é apresentada a seguir e foi utilizada para traçado
da envoltória de armaduras.
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--------------------------------------------------------------------
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
CALCULO DE VIGA T
--------------------------------------------------------------------
# DADOS DO MATERIAL
fck do Concreto (Mpa) : 25,00
Coeficiente de minoração da resistência do concreto : 1,50
Classe do Aço : A
fyk do Aço : 500,00
Coeficiente de minoração da resistência do Aço : 1,15
Resistência caracteristica do aço a fadiga (MPa) : 180,00
Coeficiente de segurança a fadiga : 1,00
********** COMBINAÇÃO DE AÇÕES DE ACORDO COM A NBR 7187 ************
# RESULTADO POR SEÇÃO
Número de Seções analisadas : 7
--------------------------------------------------------------------
# SEÇÃO : 1
Largura da alma (cm) : 60
Altura da seção (cm) : 200
Largura da mesa (cm) : 230
Espessura da mesa (cm) : 25
Altura útil adotada (cm) : 185
Momento de cálculo máximo (tf.cm) : -18960,60
Valor de bx=x/d no ELU1 : 8,431391E-02
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 15,598073
Aramdura calculada (cm²) : 24,39539
k de fadiga da armadura calculada : 1,00
Armadura com fadiga (cm²) : 24,39539
Momento de cálculo mínimo (tf.cm) : -4640,40
Valor de bx=x/d no ELU1 : 0,000000E+00
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
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Posição da LN (cm) : 0,000000
Aramdura calculada (cm²) : 0,00000
k de fadiga da armadura calculada : 1,00
Armadura com fadiga (cm²) : 0,00000
--------------------------------------------------------------------
# SEÇÃO : 2
Largura da alma (cm) : 80
Altura da seção (cm) : 200
Largura da mesa (cm) : 230
Espessura da mesa (cm) : 25
Altura útil adotada (cm) : 185
Momento de cálculo máximo (tf.cm) : -57738,75
Valor de bx=x/d no ELU1 : 2,024671E-01
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 37,456421
Aramdura calculada (cm²) : 78,10912
k de fadiga da armadura calculada : 1,00
Armadura com fadiga (cm²) : 78,10912
Momento de cálculo mínimo (tf.cm) : -14062,50
Valor de bx=x/d no ELU1 : 0,000000E+00
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 0,000000
Aramdura calculada (cm²) : 0,00000
k de fadiga da armadura calculada : 1,00
Armadura com fadiga (cm²) : 0,00000
--------------------------------------------------------------------
# SEÇÃO : 3
Largura da alma (cm) : 60
Altura da seção (cm) : 200
Largura da mesa (cm) : 230
Espessura da mesa (cm) : 25
Altura útil adotada (cm) : 185
50
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Momento de cálculo máximo (tf.cm) : -32298,75
Valor de bx=x/d no ELU1 : 1,474825E-01
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 27,284263
Aramdura calculada (cm²) : 42,67259
k de fadiga da armadura calculada : 1,59
Armadura com fadiga (cm²) : 67,77233
Momento de cálculo mínimo (tf.cm) : 21172,50
Valor de bx=x/d no ELU1 : 2,396216E-02
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 4,432999
Aramdura calculada (cm²) : 26,57731
k de fadiga da armadura calculada : 3,15
Armadura com fadiga (cm²) : 83,63527
--------------------------------------------------------------------
# SEÇÃO : 4
Largura da alma (cm) : 40
Altura da seção (cm) : 200
Largura da mesa (cm) : 280
Espessura da mesa (cm) : 25
Altura útil adotada (cm) : 185
Momento de cálculo máximo (tf.cm) : 53261,25
Valor de bx=x/d no ELU1 : 5,004187E-02
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 9,257746
Aramdura calculada (cm²) : 67,56921
k de fadiga da armadura calculada : 1,22
Armadura com fadiga (cm²) : 107,40848
Momento de cálculo mínimo (tf.cm) : -18592,50
Valor de bx=x/d no ELU1 : 1,262041E-01
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 23,347750
Aramdura calculada (cm²) : 24,34392
k de fadiga da armadura calculada : 1,00
51
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Armadura com fadiga (cm²) : 24,34392
--------------------------------------------------------------------
# SEÇÃO : 5
Largura da alma (cm) : 40
Altura da seção (cm) : 200
Largura da mesa (cm) : 280
Espessura da mesa (cm) : 25
Altura útil adotada (cm) : 185
Momento de cálculo máximo (tf.cm) : 75986,25
Valor de bx=x/d no ELU1 : 7,204011E-02
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 13,327420
Aramdura calculada (cm²) : 97,27240
k de fadiga da armadura calculada : 1,33
Armadura com fadiga (cm²) : 128,90177
Momento de cálculo mínimo (tf.cm) : -8092,50
Valor de bx=x/d no ELU1 : 5,329419E-02
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 9,859425
Aramdura calculada (cm²) : 12,00000
k de fadiga da armadura calculada : 1,00
Armadura com fadiga (cm²) : 12,00000
--------------------------------------------------------------------
# SEÇÃO : 6
Largura da alma (cm) : 40
Altura da seção (cm) : 200
Largura da mesa (cm) : 280
Espessura da mesa (cm) : 25
Altura útil adotada (cm) : 185
Momento de cálculo máximo (tf.cm) : 90011,25
Valor de bx=x/d no ELU1 : 8,582399E-02
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
52
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Posição da LN (cm) : 15,877439
Aramdura calculada (cm²) : 115,88413
k de fadiga da armadura calculada : 1,18
Armadura com fadiga (cm²) : 136,27053
Momento de cálculo mínimo (tf.cm) : -652,50
Valor de bx=x/d no ELU1 : 4,212616E-03
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 0,779334
Aramdura calculada (cm²) : 12,00000
k de fadiga da armadura calculada : 1,00
Armadura com fadiga (cm²) : 12,00000
--------------------------------------------------------------------
# SEÇÃO : 7
Largura da alma (cm) : 40
Altura da seção (cm) : 200
Largura da mesa (cm) : 280
Espessura da mesa (cm) : 25
Altura útil adotada (cm) : 185
Momento de cálculo máximo (tf.cm) : 94781,25
Valor de bx=x/d no ELU1 : 9,054933E-02
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 16,751626
Aramdura calculada (cm²) : 122,26454
k de fadiga da armadura calculada : 1,11
Armadura com fadiga (cm²) : 135,62641
Momento de cálculo mínimo (tf.cm) : 3727,50
Valor de bx=x/d no ELU1 : 0,000000E+00
Valor de bxlim. 3/4 : 0,6283219
Posição da LN (cm) : 0,000000
Aramdura calculada (cm²) : 0,00000
k de fadiga da armadura calculada : 1,00
Armadura com fadiga (cm²) : 0,00000
53
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BIBLIOGRAFIA
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Projeto e execução de pontes de concreto armado e protendido. Rio
de Janeiro, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 7188.
Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestres. Rio de
Janeiro, 1982.
BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual de
projeto de obras-de-arte especiais. Rio de Janeiro, 1996. 225p. (IPR.
Publ., 698).
BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual de
construção de obras-de-arte especiais. 2 ed. Rio de Janeiro, 1995.
206p. (IPR. Publ., 602).
EL DEBS, M. K & TAKEYA, T. Pontes de concreto – notas de aula.
Publicação da EESC-USP. São Carlos, 1995.
LEONHARDT, W. (1979) Construções de concreto, v.6: princípios básicos
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PINHEIRO, L. M. (1986). Concreto armado: tabelas e ábacos. Publicação
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