pontes rolantes, guindastes giratórios e acessórios 2017...

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas 2017 7 For Técnicas de Instalação, Operação, Manutenção, Testes e Inspeção: Eng. Lucas Pimentel Gobbo 1

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

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Técnicas de Instalação, Operação, Manutenção, Testes e Inspeção:

Eng. Lucas Pimentel Gobbo

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

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1. CONTEÚDO 2. Objetivo ................................................................................................................................................. 5

3. Introdução ............................................................................................................................................ 5

Vantagens da utilização de equipamentos de movimentação de cargas ............................................................. 9

4. Equipamentos de movimentação de carga.............................................................................11

Tipos de equipamentos ....................................................................................................................................................... 12

5. Guindastes Giratórios .....................................................................................................................17

Classificação ............................................................................................................................................................................ 17

Guindastes de Parede .......................................................................................................................................................... 17

Guindastes de Coluna .......................................................................................................................................................... 18

Componentes Básicos .......................................................................................................................................................... 19

6. Guindastes giratórios – especificação ...................................................................................... 24

Talhas – Especificação ......................................................................................................................................................... 24

7. Guindastes giratórios – instalação ........................................................................................... 25

Talhas – Instalação ............................................................................................................................................................... 25

8. Guindastes giratórios – inspeção .............................................................................................. 26

Talhas - Inspeção inicial ..................................................................................................................................................... 26

Inspeção ................................................................................................................................................................................... 26

9. Guindastes giratórios – manutenção ........................................................................................ 28

10. Guindastes giratórios – ensaios e testes ...........................................................................31

Talhas – Ensaio Operacionais ........................................................................................................................................... 31

11. Guindastes giratórios – recomendações de segurança ............................................... 33

12. Guindastes giratórios - Operação ......................................................................................... 34

Operadores .............................................................................................................................................................................. 34

Práticas operacionais............................................................................................................................................................ 35

Manipulação da carga .......................................................................................................................................................... 36

13. Pontes rolantes ...........................................................................................................................37

Tipos de pontes rolante ....................................................................................................................................................... 41

Ponte do tipo apoiada .......................................................................................................................................................... 41

a) Univiga .......................................................................................................................................... 41

b) Dupla-viga .................................................................................................................................... 42

Ponte rolante suspensa ....................................................................................................................................................... 42

Ponte rolante tipo console .................................................................................................................................................. 43

14. Pontes rolantes - Componentes ........................................................................................... 44

Ponte .......................................................................................................................................................................................... 44

Cabeceiras................................................................................................................................................................................ 44

Viga ............................................................................................................................................................................................ 44

Carro talha ............................................................................................................................................................................... 44

Talha .......................................................................................................................................................................................... 45

Trolley ........................................................................................................................................................................................ 45

Caminho de rolamento ........................................................................................................................................................ 45

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Botoeira pendente ................................................................................................................................................................. 45

Controle remoto ..................................................................................................................................................................... 46

Cabine........................................................................................................................................................................................ 46

Caixa de engrenagem .......................................................................................................................................................... 47

15. Pontes rolantes – inspeção e manutenção ........................................................................47

Estrutura de suporte ............................................................................................................................................................ 47

Trincas em soldas .................................................................................................................................................................. 48

Inspeção dos acoplamentos .............................................................................................................................................. 49

Caminho de rolamento ........................................................................................................................................................ 50

Inspeção do tambor.............................................................................................................................................................. 51

Maquinário da talha .............................................................................................................................................................. 52

Polias .......................................................................................................................................................................................... 52

Corrente de carga ................................................................................................................................................................. 53

Ganchos .................................................................................................................................................................................... 53

Moitão ........................................................................................................................................................................................ 55

Condutores elétricos ............................................................................................................................................................. 55

Dispositivos de comando .................................................................................................................................................... 57

16. Acessórios de movimentação de cargas ............................................................................57

17. Cordas ........................................................................................................................................... 60

18. CABOS DE AÇO ...........................................................................................................................61

Terminologia ........................................................................................................................................................................... 62

Arames ou fios ........................................................................................................................................................................ 62

Pernas (strand) ...................................................................................................................................................................... 62

Alma (core) .............................................................................................................................................................................. 63

Camada (layer) ...................................................................................................................................................................... 63

Construção ............................................................................................................................................................................... 63

Passo (pitch) ........................................................................................................................................................................... 63

Diâmetro de um cabo de aço ............................................................................................................................................ 64

Resistência dos arames (wire tensile) ........................................................................................................................... 64

Carga de ruptura efetiva (minimum breaking load) ................................................................................................. 64

Construção ............................................................................................................................................................................... 64

Relação pernas x arames ................................................................................................................................................... 65

Tipos de alma ......................................................................................................................................................................... 66

Torção ........................................................................................................................................................................................ 67

O cabo convencional x cabo não rotativo ..................................................................................................................... 68

Acabamento............................................................................................................................................................................. 69

Pré formação x pré esticamento ...................................................................................................................................... 69

Resistência dos arames ....................................................................................................................................................... 70

Composição ............................................................................................................................................................................. 71

Composições usuais ............................................................................................................................................................. 72

Especificação ........................................................................................................................................................................... 73

Seleção e uso .......................................................................................................................................................................... 74

Fatores de segurança ........................................................................................................................................................... 74

Freqüência de inspeção x vida útil .................................................................................................................................. 75

Cabos aplicados em Ponte Rolantes ............................................................................................................................... 76

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19. Cabos de aço - Inspeção ........................................................................................................ 77

Inspeção visual ...................................................................................................................................................................... 77

Arames rompidos .................................................................................................................................................................. 78

Defeitos ..................................................................................................................................................................................... 79

Inspeção Eletromagnética .................................................................................................................................................. 81

Vantagens ................................................................................................................................................................................ 82

20. cabos de aço - Manutenção ................................................................................................... 83

21. correntes ....................................................................................................................................... 88

Correntes para Lingas .......................................................................................................................................................... 88

Lingas de Correntes .............................................................................................................................................................. 88

Quadro de Cargas de Trabalho ......................................................................................................................................... 89

Como especificar uma linga de corrente?..................................................................................................................... 89

Sistema de Classifição em Grau ....................................................................................................................................... 92

Redução da Capacidade de Carga ................................................................................................................................... 93

Ângulo de Trabalho das Lingas ......................................................................................................................................... 94

Recomendações e Restrições de Uso ............................................................................................................................. 97

Corrente de rolos ................................................................................................................................................................... 98

Correntes de elos ................................................................................................................................................................ 101

22. CINTAS ........................................................................................................................................ 103

Padrão de cores ................................................................................................................................................................... 105

Tipos de cintas...................................................................................................................................................................... 106

Formas de Levantamento ................................................................................................................................................. 107

Fator de Segurança (FS)................................................................................................................................................... 108

Etiqueta de identificação ................................................................................................................................................... 108

Características gerais do poliéster ................................................................................................................................ 109

Cintas com proteção em Aramida ................................................................................................................................. 110

Dicas de utilização e inspeção de rotina ..................................................................................................................... 110

Inspeções ............................................................................................................................................................................... 111

Critérios básicos para inspeções de rotina ................................................................................................................. 112

23. Cintas - Recomendações de segurança ........................................................................... 112

Itens para um levantamento seguro ............................................................................................................................ 112

Condições de segurança ................................................................................................................................................... 113

24. Ganchos ...................................................................................................................................... 114

Inspeção ................................................................................................................................................................................. 114

25. SINALIZAÇÃO MANUAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA ..................................... 115

26. NR-11_Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais ................................... 119

Trechos da Norma Regulamentadora n° 11 (Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais) da Portaria n° 3.214, do MTb .................................................................................................................... 119

Análise Comentada – NR-11 ........................................................................................................................................... 120

27. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 128

28. SOBRE O AUTOR ..................................................................................................................... 129

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2. OBJETIVO

Este material didático foi desenvolvido com o fim específico de orientar e

permitir um aprendizado básico sobre técnicas de manutenção, inspeção,

especificação e operação de Guindastes giratórios, Pontes rolantes e Acessórios

de movimentação de carga para utilização no meio industrial.

Objetiva-se com esse treinamento, primeiramente apresentar os

elementos básicos que compõem o sistema de movimentação de cargas, bem

com sua função dentro de cada subsistema ou equipamento. Dentro de cada

equipamento ou item específico serão tratados os temas: Inspeção,

Manutenção, Especificação, Operação e Requisitos de Segurança, com um

enfoque direcionado as normas e boas práticas utilizadas atualmente no Brasil e

no mundo.

Busca-se como resultado de toda esta jornada aprimorar os conhecimentos

profissionais já existentes e somá-los aos novos conhecimentos, na intenção de

melhorar a qualidade dos serviços através da aplicação de procedimentos de

inspeção e manutenção mais adequados as características desta planta

industrial.

Essa condição proporciona, acima de tudo, a realização de trabalhos mais

seguros e eficientes para organização, garantindo maior confiabilidade aos seus

equipamentos, e por conseqüência mais economia.

3. INTRODUÇÃO

HISTÓRICO:

Seja na implementação das grandes obras ou na realização de trabalhos

simplificados, torna-se indiscutível a importância da movimentação de cargas

para o desenvolvimento da humanidade

Desde o início dos tempos o Homem convive, com a necessidade frequente

de mover e transportar objetos pesados e volumosos, além do limite de sua

capacidade física. Os registros históricos indicam evidências do uso de

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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equipamentos de movimentação de cargas

(guindastes) a partir do século I d.c, tendo

posteriormente seu uso mais difundido para

construções de grandes catedrais européias ainda

na idade média. Naquela época a força motriz

destes equipamentos era desenvolvida por

dezenas de homens ou animais, só sendo

substituída a partir do advento das máquinas a vapor;

O mais simples dos equipamentos de movimentação compunha-se apenas

de uma única estaca fincada no chão, que era erguida e sustentada por um par

de cabos amarrados em sua extremidade superior. Em seu topo, era fixada a

roldana por onde corria a corda utilizada para suspender os materiais, corda

esta, que era normalmente operada por um molinete fixo num dos lados da

estaca, junto à base.

Os equipamentos daquela época apresentavam grandes restrições de giro,

equilíbrio, altura de içamento e mobilidade, que foram com o decorrer das

experiências e dificuldades, superadas pouco a pouco.

CONSIDERAÇÕES GERAIS:

A técnica de movimentação de cargas compreende as operações de

elevação, transporte e descarga de objetos e/ou materiais, e pode ser efetuada

manualmente ou com recurso a sistemas mecânicos.

A aplicação sistêmica de recursos mecânicos permite que, de um modo

planejado e seguro se movimentem cargas de um determinado ponto para outro

com baixos níveis de força humana aplicada. Em outras palavras esses sistemas

podem ser entendidos como elementos multiplicadores de força e velocidade na

realização de operações.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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Os sistemas de movimentação de cargas incluem no seu grupo os

aparelhos e dispositivos que elevam e movimentam cargas cujas massas estão

abrangidas pelos limites das suas capacidades nominais.

Entende-se por carga ou capacidade nominal, a carga

máxima em operação que o aparelho de

suspender. Esta é definida ainda na etapa

elevação pode

de projeto do

dispositivo e nela encontra-se embutido todos os coeficientes

de segurança e critérios específicos de projeto do equipamento.

A eficiência operacional dos equipamentos de movimentação de cargas é

relação direta da especificação técnica adequada a cada uso particular. Os

sistemas selecionados para o desempenho das mais variadas

operações estão dependentes de muitos fatores, dentre os quais

devemos observar:

- O quê preciso transportar?

- Onde será realizada a movimentação?

- Com que velocidade pretendo movimentar a carga?

- Como pretendo movimentar a carga?

O quê? - A carga a ser movimentada deve ter todas as suas características

mapeadas, analisando-se: composição química, estado, físico, forma, textura,

tipo de embalagem, condições particulares de segurança, massa total,

fragilidade...

Onde? - É necessário conhecer, com precisão, o local da carga e descarga

e as respectivas particularidades destas locações (presença de ventos,

movimentação sobre processos, fluxo de pessoas, obstáculos aéreos...)

Com que velocidade? – Deve-se analisar quanto tempo será necessário

para efetuar o transporte da carga (velocidade de içamento, translação,

descarga, giro,...)

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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Como? –Quais serão os movimentos e os deslocamentos necessários para

a realização da movimentação da carga. (elevação, giro, translação,...)

Essas dentre outras análises, são bastante importante para evitar os super

dimensionamentos e/ou a subutilização dos equipamentos de movimentação de

cargas, bem como possibilitar trabalhos com padrões de segurança adequados.

RISCOS:

Em função da

elevada energia potencial (Quantidade de

movimentos e

alturas) envolvida nos processos de movimentação de cargas, todos os trabalhos

desenvolvidos em seus processos apresentam um alto grau de risco a vida e a

integridade das pessoas que o rodeam. Dentre os principais riscos podemos citar

o risco de morte ou lesões graves por esmagamento em função de:

a) Queda de objetos ou carga suspensa;

b) Agarramento ou arrastamento dos equipamentos;

c) Queda de mesmo nível ou em altura dos operadores;

d) Rompimento súbito de elementos de máquinas do equipamento;

e) Tombamento de estruturas;

ANÁLISE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE

MOVIMENTAÇÃO:

Na maior parte dos casos os estudos mostram boa a relação custo x

benefício na implantação de equipamentos de movimentação de cargas dentro

dos processos produtivos. Com a implantação obtêm-se oportunidades de

redução de custo: mão de obra, materiais e despesas gerais; aumento da

capacidade produtiva e melhoria nas condições de trabalho dando maior

segurança e reduzindo a fadiga dos funcionários. No entanto antes de qualquer

implantação faz-se necessário um estudo de viabilidade econômica para

comparar os investimentos de aquisição, manutenção (mão de obra,

ferramental, espaço físico, treinamento,...) e depreciação destes equipamentos,

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além disso, deve-se observar a possibilidade de se ter um capital mal aplicado

em função dos altos juros impostos pelos financiamentos, principalmente se

estes equipamentos forem subutilizados.

Estudos mostram que para as grandes demandas de movimentação os

ganhos em produtividade compensam substancialmente o investimento

atribuído a aquisição. Devido a isto eles se adaptaram muito bem em diversos

ramos da produção industrial como: automobilístico, aeronáutico, naval, têxtil,

etc. Assim o uso de equipamentos de movimentação nos processos industriais

deixou de ser novidade e passaram a ser essenciais para garantir alta

produtividade ganhando importância dentro da área de produção.

Com esta modificação a movimentação de material e cargas passou a ser

vista com outros olhos e tomar um rumo para o campo logístico da produção,

que engloba o suprimento de materiais, componentes, movimentação e o

controle de produtos. Os profissionais reconheceram a necessidade de se

estabelecer um conceito bem definido de logística industrial, uma vez que

começaram a compreender melhor o fluxo contínuo dos materiais, as relações

tempo-estoque na produção e na distribuição e os aspectos de fluxo de caixa no

controle de materiais. Com isto as empresas desenvolveram atividades de

controle global capaz de apoiar firmemente cada fase do sistema com um

máximo de eficiência e um mínimo de capital investido.

VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

A) Redução de Custos:

- Redução de custo de mão de obra: a utilização dos equipamentos de

manuseio vai implicar a substituição da mão de obra pelos meios mecânicos,

liberando esta mão de obra para outros serviços dentro da empresa, onde ela

não pode ser substituída, serviços esses que vão exigir esforço intelectual do

homem.

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- Redução de custo de materiais: com um transporte mais racional, o custo

de perdas durante a armazenagem é reduzido.

- Redução de custo de despesas gerais : racionalizando-se os processos de

transporte e estoque diminuem-se os custos de despesas gerais, facilitando a

desobstrução dos locais, evitando riscos de acidentes de pessoal e sinistro. O

processo adquire fluidez.

B) Aumento na capacidade produtiva

- Aumento de produção: o aumento de produção só é possível com a

intensificação no fornecimento da matéria-prima, o que é conseguido com a

introdução de equipamentos de transporte que permitam maior rapidez na

chegada dos materiais até as linhas de produção.

- Aumento da

permitem explorar

capacidade de estoque: os equipamentos para empilhar

ao máximo a altura disponível para armazenagem nos

edifícios,baumentando assim a capacidade de estocagem de produtos acabados.

Permitem também um melhor acondicionamento, contribuindo para o aumento

do espaço.

- Melhor distribuição de armazenagem: com a utilização de dispositivos

para formação de cargas unitárias e métodos para uma perfeita utilização dos

estoques é possível montar um sistema de armazenagem organizado, com a

utilização de métodos para uma perfeita utilização dos estoques.

C) Melhores condições de trabalho

- Maior segurança : com o uso de dispositivos destinados a cargas unitárias

e com a aplicação de equipamentos de manuseio, o risco de acidentes durante as

operações fica reduzido, desde que o sistema seja utilizado corretamente.

- Redução de fadiga / maior conforto para o pessoal : quando se trata de

manuseio por uma máquina, está liberando o homem para serviços nobres, o

que lhe diminui a fadiga. Ao mesmo tempo, os que continuam trabalhando em

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serviços de transporte e estocagem de cargas trabalham com muito mais

conforto, pois o equipamento faz serviço pelo homem.

D) Distribuição

- Melhoria na

circulação : com a criação de corredores

bem definidos,

endereçamento fácil e equipamentos eficientes, a circulação das mercadorias

dentro de um fábrica é sensivelmente melhorada. Quando se integra a unidade

produtora às unidades regionais de armazenagem de produtos acabados, para

distribuição aos pontos de venda, a utilização de métodos de carga e descarga de

mercadorias, bem como de estocagem altamente eficientes traz como

conseqüência melhor circulação entre estes pontos.

- Reposição de material : a aplicação de sistemas de manuseio torna viável

a criação de pontos de armazenagem em vários locais distantes da fábrica e que

estejam colocados estrategicamente próximos aos pontos consumidores. Tudo

isso só é possível graças à utilização de equipamentos de movimentação e

armazenagem, pois o uso de cargas unitárias minimiza os custos de processo.

- Melhoria dos serviços ao usuário: estando as mercadorias muito mais

próximas dos centros consumidores, a chegada até o usuário torna-se muito

mais rápida, com menos riscos de deterioração ou quebra e com menor custo,

ou seja, o consumidor pode adquirir as mercadorias em melhor estado e por

melhores preços.

- Maior disponibilidade: da mesma forma haverá sempre disponibilidade

de produtos em cada região.

4. EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

Movimentar materiais é uma tarefa que demanda grande esforço. A

utilização de equipamentos adequados para cada tipo de material a ser

transportado pode contribuir para uma melhor execução desta tarefa. Cada vez

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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mais, novos equipamentos, mais modernos e sofisticados, são introduzidos no

mercado, e a escolha do melhor equipamento depende de muitas variáveis,

como o custo, o produto a ser manuseada, a necessidade ou não de mão de obra

especializada, espaço disponível, entre outros.

São considerados equipamentos de movimentação de cargas ou materiais,

os equipamentos que levantam e movimentam para outros locais, materiais

diversos. Entre estes equipamentos destacam-se os elevadores de carga,

guindastes, monta-cargas, pontes-rolantes, talhas, guinchos, gruas, caminhões

tipo munck, etc.

Neste item, falaremos um pouco sobre os principais equipamentos

utilizados na movimentação de cargas aplicáveis as áreas industriais, ressaltando

suas vantagens e desvantagens.

TIPOS DE EQUIPAMENTOS

CARROS

MANUAIS DE CARGA:

São os equipamentos

mais simples.

Consistem em

plataformas com

rodas e um timão

direcional. Servem para movimentar materiais em pequeno volume e baixo peso.

Possuem vantagens como baixo custo, versatilidade, manutenção quase

inexistente. Desvantagens: Capacidade de carga limitada, baixa velocidade e

produção, exigem grande quantidade de mão-de-obra.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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PALETEIRAS:

movimentação de

São carros de

cargas com braços

metálicos em forma de garfo e e sistema de

elevação hidráulica. Vantagens: possibilidade

de trabalho com cargas unitizadas, operação

com esforço físico moderado, versatilidade.

Desvantagens: pequena altura de elevação,

restrições de uso em função do terreno.

EMPILHADEIRAS: podem ser elétricas ou de

combustão interna .São usadas quando o peso e

as distâncias são maiores (se comparadas com o

carrinho) As mais comuns são as frontais de

contrapeso. Vantagens: livre escolha do caminho,

exige pouca largura dos corredores, segurança ao

operário e à carga, diminui a mão-de-obra. Desvantagens: retornam quase

sempre vazias, exige operador especializado, exige paletização de cargas

pequenas.

PLATAFORMAS DE CARGA E

DESCARGA: utilizadas no recebimento e na

expedição de mercadorias, facilitando o

trabalho de carga e descarga de veículos e

containers. Geralmente são fixas.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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MESAS E PLATAFORMAS HIDRÁULICAS: usadas

basicamente na elevação da carga

processos de manutenção e

equipamentos.

para auxílio em

montagem de

GUINDASTES: usados em pátios, construção pesada, portos, plataformas

marítimas e oficinas de manutenção. Podem ser do tipo fixo ou móvel, com lança

treliçada ou telescópica. Opera cargas não paletizadas, grandes capacidades de

carga, versátil, alcança locais de difícil acesso, mas apresenta a desvantagem de

exigir espaço e ser lento.

GRUAS: Fixo a terra, as Gruas ou guindastes

de torre oferecem a melhor combinação de altura e

capacidade, e são usados geralmente na construção

de edifícios ou estruturas altas. Para conservar o

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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espaço de trabalho na obra, o eixo vertical do guindaste é construído

frequentemente dentro e ao centro da futura edificação, que é então, após o

termino da obra (quando o guindaste é desmontado) convertido ao vão por onde

passa o elevador. A estrutura horizontal contém uma espécie de trilho onde se

desloca o equipamento responsável pelo içamento. Esta estrutura é balanceada

assimetricamente com o auxílio de contrapesos.

STACKER CRANE: Consiste numa torre

apoiada sobre um trilho inferior e guiada por

um trilho superior muito utilizada a

almoxarifados e estoques de cargas unitizadas.

Pode ser instalada em corredores com menos

de 1 metro de largura e algumas torres atingem até 30m de altura. Exige alto

investimento, mas ocasiona uma grande economia de espaço.

PÓRTICOS E SEMIPÓTICOS: São

equipamentos de uma os duas vigas elevadas e

auto-sustentáveis sobre trilhos. Possuem

sistema de elevação semelhante ao das pontes

rolantes e comando desde o piso, por

botoeiras ou cabina, podendo esta ser fixa na

viga ou móvel junto

ao carro. Os pórticos

são utilizados no armazenamento em locais descobertos

e apresentam velocidades de elevação e translação de

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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acordo com as necessidades operacionais. Sua capacidade de carga pode chega

atingir 80 Ton e seu vão chega atingir 40m.

O pórtico, devido a seu tipo de construção, não precisa de nenhum apoio

como o semipórtico, para ser montado, por isso é a solução ideal para o

transporte de materiais em espaços livres ou em prédios

dimensionados para este fim.

que não foram

Vantagens: maior capacidade de carga que as pontes rolantes, não requer

estrutura. Desvantagens: menos seguro, interfere com o tráfego no piso, e é

mais caro.

. PONTES ROLANTES: Viga suspensa sobre um vão livre, que roda sobre

dois trilhos. São empregadas em fábricas ou depósitos que permitem o

aproveitamento total da

área útil Vantagens:

elevada durabilidade,

movimentam cargas

ultrapesadas, carregam e

descarregam em

posicionamento aéreo.

qualquer ponto,

Desvantagens: exigem estruturas, investimento elevado, área de

movimentação definida, profissional capacitado.

GUINDASTES GIRATÓRIOS:

Apresentam como característica

básica a condição de serem

equipamentos de área de

movimentação limitada para o

manuseio de materiais e visam

atender locais

específicos.

de trabalho

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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5. GUINDASTES GIRATÓRIOS

Os guindastes giratórios

com pontos de apoio fixos,

são guindastes

utilizados para

forma e local de instalação.

manuseio de cargas e materiais em áreas

restritas de movimentação. Apresentam

restrições angulares e de alcance em função da

CLASSIFICAÇÃO:

São subdivididos basicamente em duas classes: Os guindastes giratórios de

coluna e de parede, sendo o primeiro montado sobre colunas metálicas fixadas

ao piso e o segundo fixado em paredes ou colunas de concreto.

GUINDASTES DE PAREDE:

Por serem fixados a paredes ou colunas de concreto, os guindastes de

parede apresentam maiores restrições quanto a mobilidade em função dos

empecilhos impostos pelas paredes onde os mesmos são montados. Apresentam

normalmente restrições de giro não permitindo passeios com angulações

maiores do que 180°.

Em função do seu modo construtivo, necessitam de análise minuciosa e

criteriosa quanto a resistência estrutural da parede ou coluna de concreto que

vai recebê-lo antes de sua montagem, principalmente para as construções onde

não tenha sido previsto em seu projeto a sustentação deste tipo de

equipamento. Exige procedimento de fixação adequado, por profissionais

habilitados, através da aplicação de sapatas metálicas ou estruturas especiais em

função das cargas aplicadas. Como podemos observar abaixo apresentam

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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características construtivas diferenciadas em função das capacidades de cargas

desejadas.

GUINDASTES DE COLUNA:

São equipamentos de movimentação mono-apoiados em mancais de

deslizamento ou rolamento dispostos na estruturas das colunas metálicas.

Diferentemente dos guindastes de parede podem permitir giros de até 360°, a

depender dos obstáculos impostos pela vizinhança da instalação. Assim como o

guindaste de parede esta classe de equipamentos trabalham com a

movimentação de cargas unitizadas ou não, e são operados a partir do solo sob o

comando de joystick e/ou botoeiras de comando acionadas por operador

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

COMPONENTES BÁSICOS

COLUNA: Estrutura metálica, sob a qual a lança é instalada,

fabricada em aço estrutural através da união de partes metálicas por

solda e montada no sentido vertical. Responsável pela absorção de

esforços de flambagem e flexo-torção transmitidos pela carga

movimentada através da viga horizontal.

Normalmente construída por tubos ou união de perfis, apresentam

núcleo oco que proporciona leveza a estrutura e favorecem a resistência

a flambagem .

construída em aço,

LANÇA:

Estrutura

composta por perfis metálicos estruturais ou viga “tipo

caixão” fechada por solda. Responsável pela sustentação de todos os esforços de

flexão provocados pela movimentação espacial da talha em

carga sob movimentação.

conjunto com a

Encontra-se fixada a coluna ou a parede por meio de articulações com

pinos, tendo a outra extremidade livre de sustentação.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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TROLLEY: Unidade de translação horizontal composta por elemento

transportador responsável pela suportação da talha, composto por rodízios

metálicos montados em estrutura de chapas e eixos fechados e encaixados no

interior das vigas por onde percorrem transladando de uma extremidade a outra

da lança. Podem apresentar sistema de auto-propulsão através do uso de motor

elétrico e caixa de redução acoplada diretamente a estrutura do trolley.

TALHA: Montada sob o carro trolley, fixada através de gancho ou manilha,

é destinada basicamente ao deslocamento vertical de cargas,

e/ou deslocando-as por meio de cabos de aço ou correntes.

sustentando-as

A depender do modo de acionamento

podem ser subdivididas em três classes:

Talhas Manuais, Elétricas ou Pneumáticas.

TALHAS MANUAIS: Por apresentarem

dimensões portáteis as talhas manuais são

mais utilizadas para serviços leves de montagem e manutenção que necessitam

de baixa a moderada capacidade de carga. São isentas de sistema de propulsão

própria, mas podem ser instaladas em carros do tipo trolley para permitir a

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

movimentação em vigas com perfil tipo “I”. Com capacidades de carga que

variam de 250Kg a 6Ton e elevação média de 3m são compostas basicamente

por:

• Roda dentada de operação da corrente;

• Dispositivo limitador de sobrecarga que impede que a máquina eleve cargas

superiores à sua capacidade nominal.

• Corrente principal;

• Corrente de propulsão;

• Ganchos fabricados em aço-liga, tratados termicamente e dotados de trava de

segurança;

• Carcaça;

• Alavanca quando aplicável;

TALHAS ELÉTRICAS:

Apresenta seus movimentos de descida e subida

acionados por motor elétrico agregado a uma caixa de

redução, acionada por sistema de botoeira com fio ou

wireless. Ao contrário das talhas manuais apresentam

construções mais robustas e em função de sua mobilidade são

normalmente aplicadas em guindastes giratórios e pontes

rolantes para realização de trabalhos mais pesados que as manuais. Em função

da maior robustez e mobilidade são na maioria dos casos aplicadas em processos

de movimentação de carga, podendo realizar trabalhos com cargas de até 50 Ton

(talhas mais usuais) e alturas de elevação a depender das condições construtivas

do equipamento. São compostas basicamente pelos seguintes componentes:

• Joistick de comando;

• Motor elétrico;

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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• Caixa de redução;

• Dispositivo limitador de sobrecarga que impede que a máquina eleve cargas

superiores à sua capacidade nominal.

• Chaves fim de curso;

• Cadernal;

• Polias de carga;

• Tambor de enrolamento dos cabos;

• Cabo de aço de elevação;

• Ganchos fabricados em aço-liga, tratados termicamente e dotados de trava de

segurança;

• Carcaça;

• Trolley integrado

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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TALHAS PNEUMÁTICAS:

Apresenta seus movimentos

de descida e

subida acionados por motor pneumático integrado

ao corpo da talha, que acionado através da força de

impulsão do ar comprimido. Uma das principais

vantagens e a possibilidade utilização em áreas

classificadas (áreas que não podem ser submetidas a chamas

ou arcos elétricos).

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

6. GUINDASTES GIRATÓRIOS – ESPECIFICAÇÃO

TALHAS – ESPECIFICAÇÃO

Segue abaixo algumas características a serem observadas para a

especificação de talhas aplicadas aos guindastes giratórios e pontes rolantes

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE CABOS DE AÇO PARA TALHAS

Na seleção do

parâmetros:

sistema de cabos, devem ser considerados os seguintes

a) Tipo de serviço, caracterizado pelo grupo de classificação;

b) Diâmetro do cabo;

c) Diâmetro do tambor, polias de carga e polias compensadoras;

d) Ranhuras.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE MOTORES DE ELEVAÇÃO PARA TALHAS

Na seleção de motores de elevação e translação devem ser considerados

os seguintes parâmetros:

a) Regime de operação (períodos de utilização, intermitência no serviço,

duração das operações)

b) Potencia nominal necessária;

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE MOTORES DE TRANSLAÇÃO PARA TALHAS

Na seleção de motores de elevação e translação devem ser considerados

os seguintes parâmetros:

a) Regime de operação (períodos de utilização, intermitência no serviço,

duração das operações)

b) Potencial nominal necessária;

c) Conjugado necessário para vencer a inércia;

d) Conjugado de aceleração;

e) Tempo de aceleração;

f) Coeficiente de atrito e perdas por escorregamento;

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

7. GUINDASTES GIRATÓRIOS – INSTALAÇÃO

TALHAS – INSTALAÇÃO

ESTRUTURA SUPORTE

A estrutura suporte onde está instalada a talha, tal como monovia, braço

giratório, deve ser dimensionada considerando as cargas às quais devem ser

submetidas em função da utilização da talha.

Devem ser observadas, ainda as dimensões mínimas requeridas, assim

como as tolerâncias permissíveis (dimensão, forma, posição), valores esses a

serem indicados pelos fabricantes.

ELEMENTOS DE COMANDO

Os elementos de comando pendentes tais como botoeiras, devem ser

localizados a uma altura adequada para o operador.

ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA – TALHA ELÉTRICA

A linha de alimentação, a ser dimensionada conforme

indicações do

fabricante da talha, deve ser seccionável da rede por disjuntor ou chave

seccionadora de fácil acesso.

A seqüência de fazes deve ser respeitada para que a direção dos

movimentos (gancho, trole) coincida com a marcação dos elementos de

comando. Em caso de divergência, devem ser invertidas duas fazes na linha; não

é permitida qualquer modificação nas ligações do motor ou dos elementos de

comando.

O equipamento deve ser convenientemente aterrado.

ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA – TALHA PNEUMÁTICA

As talhas pneumáticas devem ser adequadamente ligadas às linhas de ar,

que devem suprir a vazão, pressão e características de ar compatíveis com a

talha, de acordo com as indicações do fabricante.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

POSTO DE OPERAÇÃO

Ao operador de talhas deve ser assegurado posto de operação seguro, do qual o

acesso à corrente ou alavanca de comando seja fácil, e que permita boa postura

e visão da talha e da carga.

8. GUINDASTES GIRATÓRIOS – INSPEÇÃO

TALHAS - INSPEÇÃO INICIAL

a) Todas as talhas devem ser inspecionadas pelo fabricante, antes do seu

fornecimento ao cliente; as talhas que tenham sido consertadas ou alteradas

devem ser inspecionadas antes da sua instalação, para garantir a conformidade

com a NBR 10981 e com as especificações do fabricante.

b) Nova inspeção visual deve ser efetuada pelo responsável da montagem antes

da instalação da talha, para certifica-se de que a talha e/ou seus acessórios não

foram danificados no transporte, armazenamento ou manuseio.

INSPEÇÃO

Inspeções freqüentes e periódicas do equipamento deverão ser inseridas

nos programas de manutenção do equipamento. Essa ação deverá ser tomada

tanto no sentido de fornecer subsídios para as ações de manutenção, como de

evitar que falhas ou defeitos não-detectados nas manutenções venham a se

converter em fatores de risco.

Após cada inspeção realizada é necessária a emissão

inspeção que deverá conter todos os itens avaliados

recomendações.

de relatório de

e respectivas

As inspeções podem ser classificadas em inspeção inicial de segurança,

inspeção diária e inspeção periódica de segurança.

INSPEÇÃO DIÁRIA

As inspeções diárias devem objetivar, no mínimo:

a) A constatação do correto funcionamento dos sistemas:

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

- Avaliar o correto funcionamento dos fins-de-curso;

- Avaliar a correta atuação dos comandos e de eventuais dispositivos de

proteção;

b) O exame visual do estado de conservação:

- Elementos de máquinas submetido a ação das cargas: (Parafusos, cabos,

correntes, porcas, pinos, eixos, polias, etc...)

- Ganchos, moitões e/ou dispositivos de carga, verificando a existência de

deformações ou outros danos.

NOTA: As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas, e corrigidas

e eliminadas as suas causas. Deformações excessivas do gancho geralmente

indicam que o sistema foi operado de forma imprópria e que pode ser induzido a

danos em outros componentes.

INSPEÇÃO PERIÓDICA:

As inspeções periódicas na talha devem ser completas, realizadas em

intervalos definidos, profissional habilitado dependendo da severidade do

serviço, das condições ambientais e das indicações específicas do fabricante.

Além das indicadas na seção.

As inspeções periódicas devem abranger, no mínimo, as partes do

equipamento, indicadas a seguir, constatando:

a) fixação e aperto de parafuso e/ou rebites;

b) desgaste das roldanas;

c) desgaste excessivo, corrosão, deformação ou ruptura de elementos, tais

como: rolamentos, eixos, engrenagens, pinos;

d) desgaste excessivo dos componentes do mecanismo de freio;

e) desgaste excessivo, corrosão, deformação ou trincas

carga;

na corrente de

f) estado do gancho: pelo menos uma vez por ano o gancho deve ser

inspecionado com líquido penetrante, ou outro meio apropriado, visando a

determinar a inexistência de fissuras;

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

g) estado da porca e trava do gancho dos elementos do moitão, tais como:

anéis de retenção, pinos, soldas ou rebites;

h) desgastes anormais ou deterioração dos componentes elétricos, em

especial contadores, chaves fim-de-curso

e) estado da botoeira de comando;

i) estado do trole, em especial das rodas, parafusos

fechamento e mecanismo de acionamento;

de fixação e/ou

j) estado das estruturas suporte, monovia e seus complementos e dos

elementos de fixação;

l) estado das

linhas de alimentação e do que possa influir na

operacionalidade do equipamento e na segurança do pessoal, tais como: limpeza

em geral e, em especial das botoeiras e demais mecanismos de controle,

mantendo os símbolos legíveis.

NOTA: As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas, e corrigidas

e eliminadas as suas causas. Protocolos das inspeções efetuadas devem ser

elaborados e assinados pelos responsáveis, ficando em fácil acesso para

realização de auditorias e análise dos resultados.

9. GUINDASTES GIRATÓRIOS – MANUTENÇÃO

Segue abaixo algumas recomendações e procedimentos a serem realizados

na manutenção das

giratórios:

talhas que equipam as pontes rolantes e os guindastes

a) as correntes de carga e de comando devem ser mantidas limpas e livres

de oxidação e de qualquer material abrasivo ou que possa se acumular na

corrente alterando o seu módulo ou reduzindo sua capacidade de articulação. O

processo de limpeza não deve provocar avarias nas correntes;

b) as correntes de carga articulam-se sob altas pressões específicas e

devem ser lubrificadas de acordo com as recomendações do fabricante da talha.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

Na falta dessas recomendações, lubrificar a corrente com óleo mineral de alta

viscosidade, aplicando em pequena quantidade, porém com grande freqüência,

visto que o óleo se dispersa com uso da talha.

Nota: As correntes de comando que atuam sob esforços reduzidos,

normalmente, não necessitam de lubrificação.

c) Recomenda-se o estabelecimento de um plano de manutenção preventiva,

devidamente desenvolvido por profissional habilitado, baseado nas

recomendações do fabricante e em análise criteriosa

operacionais dos equipamentos em questão.

das condições

PRECAUÇÕES NA MANUTENÇÃO

Antes do início dos reparos ou ajustes na talha, as seguintes precauções

devem ser tomadas.

a) Se a talha possui acionamento elétrico, o circuito deve ser

desenergizado através da chave seccionadora do suprimento de força

da talha, sendo que a referida chave deve ser bloqueada na posição

“desligada” através de cadeados ou similares.

b) Se a talha tiver acionamento pneumático, a válvula na linha de

fornecimento de ar deve ser fechada e bloqueada.

c) Placas contendo as indicações de “em reparo”, “manutenção” ou

similares devem ser colocadas na talha, de forma a ficar claramente

indicado que o equipamento não pode ser utilizado.

d) Após o término dos reparos e ajustes, a talha não deve ser posta em

funcionamento antes que todas proteções tenham sido reinstaladas, os

dispositivos de segurança reativados e todos os equipamentos de

manutenção removidos.

e) Se a talha bloqueou com uma carga suspensa, retirar a carga por

qualquer meio seguro antes de desmontar qualquer componente.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

LUBRIFICAÇÃO

Todas as partes móveis da talha, para as quais esteja especificada uma

lubrificação, devem ser lubrificadas periodicamente, nos intervalos indicados

pelo fabricante. Os pontos que devem ser lubrificados, assim como o tipo e

qualidade de lubrificante, devem seguir as indicações do fabricante. Devem ser

tomadas precauções equivalentes às descritas acima, quando a talha estiver em

lubrificação.

AJUSTES E REPAROS

a) Qualquer condição de insegurança ou não-conformidade determinada

pelas inspeções deve ser corrigida antes de pôr a talha novamente em

uso, salvo as condições que apresentem baixa criticidade ao

funcionamento do equipamento;

b) Alguns ajustes devem ser efetuados visando a garantir a boa operação

dos mecanismos, tais como: freios, catracas, mecanismos limitadores

(fins de curso);

c) Reparos ou substituições devem ser efetuadas oportunamente,

conforme requeridos para o correto funcionamento do equipamento.

d) Devem ser substituídas todas as peças vitais que apresentem desgaste

ou estejam deformadas, quebradas ou apresentem fissuras.

Nota: Soldas no ganchos ou elementos estruturais que compõem o

equipamento não devem ser realizas sem acompanhamento técnico de

um profissional habilitado;

TALHAS UTILIZADAS DE FORMA DESCONTÍNUA

As talhas utilizadas de forma descontínua, sujeitas à paralisação da ordem

de um mês ou mais, devem ser preparadas (trabalho de preservação) para os

períodos de paralisação, de forma adequada às condições ambientais, visando a

defendê-las da umidificação dos componentes elétricos e da corrosão de uma

forma geral. É recomendável, que pelo menos uma vez ao mês, seja simulado o

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

uso da talha. Recomenda-se também a continuidade de execução dos planos de

inspeção para estes equipamentos.

Nota: Nos casos em que os equipamentos tiverem passado mais 03 meses

parados recomenda-se a realização de uma inspeção conforme itens da inspeção

inicial e/ou periódica [Prática Recomendada]

10. GUINDASTES GIRATÓRIOS – ENSAIOS E TESTES

TALHAS – ENSAIO OPERACIONAIS

Cada talha deve ser ensaiada antes de sua entrada em serviço. O primeiro

ensaio, mesmo quando não realizado no estabelecimento do fabricante, deve ser

efetuado sob sua responsabilidade técnica (ART – Anotação de Responsabilidade

Técnica).

O fabricante deve fornecer ao comprador um certificado com os resultados

dos ensaios, atestando que a talha fornecida encontra-se conforme os requisitos

da Norma ABNT NBR 11327 e seus Anexos.

VERIFICAÇÕES

Antes da realização dos ensaios operacionais, os seguintes pontos devem

ser verificados:

a) apoios e/ou elementos de fixação;

b) batentes na monivia ou trave de ponte ou do braço giratório, conforme

o caso;

c) ligações elétricas ou pneumáticas, conforme o caso;

d) níveis de óleo e pontos de lubrificação;

e) condições da corrente e sua acomodação nas roldanas;

f) dispositivo fim-de-curso, se houver;

g) terminais da corrente.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

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PROCEDIMENTOS DE ENSAIO

Tanto as talhas novas como as que tenham sido reparadas ou modificadas,

bem como as que tenham permanecido inoperantes por mais de trinta dias,

devem ser ensaiadas sob a orientação de pessoa devidamente qualificada, antes

do início ou reinício da sua operação.

AVALIAÇÃO DE COMPATIBILIDADE

É necessário comprovar a compatibilidade da talha com os demais

equipamentos e com o local de operação. Deve-se avaliar as eventuais

obstruções fixas ou móveis no caminho da talha ou de seus acessórios, bem

como no caso da existência de desvios, sistemas de segurança, necessariamente

independente da atuação do operador ou de terceiros, devem impedir que a

telha tenha acesso a obstruções ou a descontinuidade da viga de rolamento.

ENSAIOS EM VAZIO

São efetuados para constatação de funcionamento e regularidade de

atuação de todos os comandos e funções, devendo ser ensaiados, no mínimo, os

seguintes itens:

a) os movimentos de subida e descida do gancho e de deslocamento do

trole, se houver, observando-se coincidência com as marcações;

b) a atuação dos freios;

c) a atuação dos dispositivos limitadores e de segurança.

ENSAIOS COM CARGA

Os ensaios com carga, tanto nas talhas novas como nas reparadas e cujo

meios de levantamento tenham sido substituídos ou alterados, devem atender

ao prescrito na NBR 10981 quanto aos ensaios dinâmicos e dos freios, com

exceção das medidas de velocidade e de percurso de frenagem, que podem ser

substituídos por controle visual, caso o ensaio inicial já tenha sido executado

pelo fabricante.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

Devem ser tomados, durante os ensaios, todos os cuidados exigidos em

operação normal acrescidos de cautela de içar inicialmente a carga na menor

altura possível, elevando-a, após constatação da correta atuação dos freios.

Uma sobrecarga de 25% acima da capacidade nominal deve ser elevada e

abaixada, com a alimentação de energia (tensão/pressão) nos valores nominais,

sem alteração expressiva das velocidades.

Condicionado

comprimido, esteja a que a alimentação de energia, seja

dentro dos valores nominais indicados; as

elétrica ou ar

velocidades de

elevação e abaixamento de uma carga correspondente a capacidade nominal da

talha, devem ser, no máximo, 5% menores ou maiores do que a velocidade

nominal indicada pelo fabricante. Nestas condições, nas talhas elétricas, a

corrente medida não deve ultrapassar a indicada pelo fabricante.

Ensaios estáticos não são usualmente realizados. Se solicitados, em casos

especiais devem ser objeto. de entendimento entre fabricante e consumidor.

Estes ensaios devem ser realizados com uma sobrecarga de até 50%. da

capacidade nominal, até a capacidade 80 t., e de até 40% acima desta.

11. GUINDASTES GIRATÓRIOS – RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA

a) A capacidade de carga das talhas deve estar claramente posicionada no

corpo da talha, bem como o trilho também deve ter assinalada sua capacidade

de carga;

b) As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes ou ao

trolley através de manilha ou gancho com travas que não permitam o escape da

talha;

c) As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso que

não permita ao cabo de aço sobre-enrolar no tambor, provocando o choque da

carga contra a estrutura da talha, e romper-se;

d) O botão de subida da talha deve ser projetado de forma que requeira

permanente pressão para levantar ou abaixar a carga;

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

e) Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de curso

para evitar a queda da talha;

f) O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do cabo

deve ser livre de projeções que possam danificar o cabo;

g) Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e demais

componentes em adequadas condições de uso;

h) Manter mãos e dedos distantes de pontos de fixação ou guias;

j) Não permanecer sob cargas suspensas;

l) Quando destinada ao manuseio de cargas de alto risco como, por

exemplo: metais em fusão e materiais radioativos a talha deve ser reclassificada,

pela redução em

classificação;

1/3 da sua capacidade nominal determinada em sua

m) O cabo elétrico da caixa de comando deve ser sustentado por um cabo

ou corrente paralela protegendo o cabo de possíveis esforços e danificações;

n) A talha deve ser aterrada de maneira a evitar possível choque elétrico no

operador em caso de falha do circuito;

o) Um mínimo de duas voltas de cabo deve permanecer no tambor quando

o bloco do gancho estiver no piso mais baixo do edifício onde a talha opera.

12. GUINDASTES GIRATÓRIOS - OPERAÇÃO

A operação deste tipo de equipamento requer muita atenção e

responsabilidade já que sua operação envolve bastante risco no que se refere a

segurança das pessoas e processos em volta de sua movimentação.

OPERADORES

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

São os profissionais habilitados a realizar as manobras e operações

referentes ao uso do equipamento. As talhas devem ser operadas somente pelas

seguintes pessoas:

a) Operadores especificamente designados e treinados para tais tarefas;

b) Pessoal de manutenção e testes, desde que necessário para o

cumprimento de suas funções;

c) Inspetores.

PRÁTICAS OPERACIONAIS

Na operação da talha, as seguintes práticas gerais devem ser observadas:

a) o operador deve evitar que, durante a operação com a talha, sua

atenção seja desviada por outras tarefas ou motivos;

b) caso tenham sido colocadas na talha placas indicativas de que a talha se

encontra em reparos, ajustes, etc., o operador não deve acioná-la, até que

pessoas responsáveis tenham terminado o serviço e retirado as placas

indicativas;

c) antes de comandar qualquer movimento da talha, o operador deve

certificar-se de que a operação não coloca em perigo pessoas que estão na área;

d) o operador deve familiarizar-se com o equipamento e com os cuidados a

serem tomados. Caso ajustes ou reparos tornem-se necessários, ou se danos lhe

forem conhecidos ou suspeitados, deve comunicá-los prontamente às pessoas

pertinentes. Em caso de troca de turno, deve ser informada ao novo operador

qualquer anomalia;

e) Todos os controles devem ser testados pelo operador antes de iniciar a

jornada. Caso algum controle não esteja funcionando satisfatoriamente, este

deve ser ajustado ou reparado antes de iniciar o serviço.

f) antes de operar a talha, o jogador deve assegurar-se de que as mãos

estejam afastadas das partes da talha que entrarão em movimento.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

QUALIFICAÇÃO E RESPONSABILIDADES INERENTES AOS OPERADORES

Os operadores selecionados devem ter alto grau de responsabilidade e

bom entendimento de equipamentos mecânicos.

Nota: O trabalho com talhas e equipamento similares

pode acarretar

situações de perigo, para pessoas e equipamentos, que somente podem ser

evitadas através de uma operação cuidadosa e responsável pelos operadores de

tais equipamentos.

Testes práticos, limitados ao equipamento específico a ser operado, devem

ser efetuados com o pessoal a ser selecionado.

MANIPULAÇÃO DA CARGA

Na manipulação da carga, devem ser observadas, no mínimo, as práticas e

as restrições descritas abaixo:

CAPACIDADE: Nenhuma talha deve ser carregada acima de sua capacidade

nominal, exceto para efeito de teste devidamente autorizado.

FIXAÇÃO: A corrente da talha não pode ser enrolada na carga. A carga deve

ser fixada ao gancho da talha através de laços ou outros meios adequados ao seu

manuseio, cuidando-se que não haja possibilidade de deslizamento, mesmo

quando a carga oscilar com os movimentos do trole.

MOVIMENTAÇÃO:

a) A carga não pode ser elevada mais do que uns poucos centímetros, até

se constatar que está devidamente balanceada nos laços ou nos meios

de manuseio da carga.

b) Deve-se cuidar, durante o içamento, para que:

• a corrente não esteja “dobrada” ou retorcida e, no caso de vários

ramais, que estes não estejam enrolados entre si;

• a carga não esteja impedida por qualquer obstrução.

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

c) A talha deve estar centralizada acima da carga de tal forma que o

içamento seja feito verticalmente, sem arrastes que possam danificar a

talha.

Nota: Somente em casos excepcionais e após verificar que tanto a talha

como a sua fixação não sofrerão danos, pode-se admitir um desvio desta regra.

d) talhas não devem ser utilizadas para o transporte de pessoas, a menos

que esteja especificamente autorizado pelo fabricante, e

devidamente aprovado pelas autoridades competentes;

o sistema seja

e) O operador não deve passar com cargas acima de pessoas. No caso de

serem utilizados dispositivos pega carga, tais como eletroímãs, sistema de vácuo

e similares, esta proibição é absoluta e extensiva a uma faixa de segurança a ser

determinada em cada caso;

f) Caso a talha opere regularmente com cargas pequenas em relação à sua

capacidade nominal, o operador deve testar os freios cada vez que operar com

uma carga próxima da capacidade nominal, levantando a carga um pouco acima

do piso ou do suporte da carga, e verificando a ação do freio. somente após

constatando o bom funcionamento do freio, pode ser feito o içamento da carga;

g) O operador deve evitar ligações desnecessárias do(s) motor(es) da talha,

a fim de evitar eventuais danos por excesso de ligações;

h) O operador não deve abandonar a carga suspensa pela talha, a menos

que sejam tomadas as devidas precauções;

i) Os meios de comando (por exemplo, botoeira) devem estar sempre ao

alcance da mão do operador quando estiver manipulado a carga;

j) Dispositivos de sobrecarga da talha não devem ser utilizados pelo

operador para limitar o percurso do gancho.

13. PONTES ROLANTES

As Pontes rolantes são equipamentos usados para transportar cargas

dentro de um espaço físico pré determinado. Tem o nome de "ponte rolante"

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Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

por ser constituída basicamente de uma viga principal apoiada em cada

extremidade por apoios rolantes que se deslocam sobre dois trilhos elevados e

paralelos afastados um do outro, o comprimento aproximado da viga.

Estes equipamentos se destinam à movimentação horizontal e vertical,

sendo geralmente

(equipamentos e

empregadas no transporte e elevação de cargas

materiais) em instalações indústria (fundições, usinas

siderúrgicas, linhas de montagem, em casas de máquinas de usina, elétricas, em

pátio de carga, depósitos, etc.) e nos canteiros de obras.

O deslocamento da viga

principal é no seu sentido

tranversal, tanto para a direita

como para a esquerda, pela

extensão dos trilhos e geralmente

em planos horizontais ou, em

casos especiais os trilhos podem

seguir trajetória curva e os planos

serem levemente inclinados.

Acrescentado à viga

principal geralmente existe um

guincho capaz de suspender as

cargas verticalmente do chão até aproximadamente a altura da viga principal.

Este guincho frequentemente está instalado sobre um carro

longitudinalmente através da viga principal.

que se desloca

A ponte rolante tem seus movimentos longitudinal, transversal e vertical

motorizados. Dependendo de seu tamanho e potência, tem os seus movimentos

comandados por um operador na cabina, ou por botoeira ao nível do piso.

O movimento longitudinal esquerdo ou direito é feito pelas rodas sobre os

trilhos. O transversal esquerdo ou direito é feito pelo carro sobre a ponte. O

38

Pontes Rolantes, Guindastes Giratórios e Acessórios de Movimentação de Cargas

20177

vertical ascendente ou descendente é feito pelo enrolamento ou

desenrolamento do cabo de aço ou corrente.

Os tipos de pontes rolantes variam em função dos fabricantes e são

grandes opções oferecidas. Sua capacidade podem variar de 0,5 à 300 toneladas,

porém de forma geral, as pequenas têm uma potência de carga até 3 toneladas e

as grandes podem chegar até 120 toneladas, podendo ser montadas em

pequenos vãos, de aproximadamente 6m, até em grandes vãos que chegam a

30m. Pontes com capacidade acima de 120 toneladas podem ser consideradas

como pontes de uso especial.

Convencionou-se dividir as pontes em grupos levando em consideração a

capacidade de carga:

- Grupo leve: Pontes rolantes de 3 à 15 ton;

- Grupo médio : Pontes rolantes de 15 às 50 ton;

- Grupo pesado: Pontes rolantes de 50 à 120 ton.

- Grupo extra pesado: Pontes rolantes com capacidade acima de 120 ton.

Diferentemente do grupo leve, os grupos de pontes médios e pesados são

equipados com dois sistemas de elevação no carro, sendo um deles o gancho

auxiliar, que permite maior versatilidade no levantamento da carga, pois opera

com maior velocidade.

Em função de capacidade de carga as pontes rolantes podem ser

constituídas de uma ou duas vigas principais suspensas, sobre um vão livre, e

apoiadas rigidamente sobre as cabeceiras (vigas testeiras) móveis. As cabeceiras

se deslocam sobre trilhos (caminhos de rolamento) apoiados sobre estruturas

metálicas ou de concreto.

Para aplicações que exigem menor capacidade de elevação e menores

áreas de varredura, utilizam-se pontes rolantes com talha móvel, que constam

de um viga “I”, em cuja aba inferior se apoia uma talha com trole.

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Outra possibilidade de classificação pode ser desenvolvida em função do

fator de utilização da ponte rolante. Podemos classificá-las como uso:

a) ocasional – com duas a cinco operações a plena carga por hora, a

velocidades baixas, usadas em usinas de força;

b) leve – de cinco a dez operações a plena carga por hora, a baixa

velocidades, em oficinas mecânicas e armazéns;

c) moderado – trabalham em regime de 10 a 20 operações horárias, a

velocidades médias, em fundições leves e pátios de carga;

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d) constante – funcionam de 20 a 40 vezes por hora, a plena carga, a

velocidade mais elevada, principalmente linhas de montagem e fundições

pesadas;

e) pesado – conjugam elevadas velocidades com grande capacidade,

realizando mais de 40 operações por hora.

TIPOS DE PONTES ROLANTE:

Com base em

subdivididas em:

1) Apoiada

suas características construtivas as pontes rolantes são

a) Univiga

b) Dupla-viga

2) Suspensa

3) De console

PONTE DO TIPO APOIADA

A viga da ponte rolante corre por cima dos trilhos do caminho de

rolamento. Estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio ou,

no caso do projeto do prédio não ter previsto a instalação de uma ponte rolante,

colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.

A) UNIVIGA

A ponte rolante apoiada univiga é

constituída por duas cabeceiras, uma

única viga e um ou dois carros trolley

que sustentam a(s) talha(s). O carro

trolley corre na aba inferior

da viga da ponte rolante. Dependendo

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da capacidade do vão, as vigas principais podem ser constituídas de viga tipo “I”

laminada ou viga tipo “caixão” soldada. Geralmente este tipo de ponte é aplicada

para capacidade de cargas que podem chegar a até 15 toneladas.

B) DUPLA-VIGA

A ponte rolante apoiada

dupla-viga é constituída por duas

cabeceiras, duas vigas e um ou

dois carros trolley que sustentam

a(s) talha(s). O carro trolley corre

em trilhos que são normalmente

fixados na parte superior

da viga da ponte rolante.

O aproveitamento da altura é particularmente vantajoso nessa construção

podendo o gancho de carga ser içado entre as duas vigas principais da ponte

rolante. Geralmente são fabricadas para aguentar cargas de até 50 toneladas.

Em comparação as pontes do tipo univiga, apresentam maior capacidade

de carga em função do uso de duas vigas.

PONTE ROLANTE SUSPENSA

Transladam na aba inferior da viga de rolamento que é montada

diretamente na estrutura do prédio, aproveitando assim o máximo de altura

disponível e eliminando a necessidade de estrutura auxiliar no piso.

A viga da ponte rolante corre por baixo dos trilhos das vigas do caminho de

rolamentos. Estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio

ou, no caso do projeto do prédio não ter previsto a instalação de uma ponte

rolante, colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.

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As aproximações laterais do gancho são menores do que qualquer outro

tipo de construção de ponte rolante, pois a viga principal avança além do vão do

caminho de rolamento, possibilitando o máximo aproveitamento da largura do

prédio. Outra particularidade dessa construção de ponte rolante é a

possibilidade de combinação com outras pontes rolantes ou monovias

utilizando-se de um único mecanismo de elevação e translação da carga. Em

geral

suportam

até 10000

kg.

PONTE ROLANTE TIPO CONSOLE

A ponte rolante tipo console movimenta-se em um nível próprio, debaixo

das grandes pontes rolantes. Com isso, ela proporciona um fluxo de materiais

sem atritos através de possibilidades de movimentação adicionais para outras

áreas de produção de forma conseqüente.

Com coordenadas de ângulos retos, ela pode, nesse caso, atender a

mais de um local de trabalho. As pontes rolantes do tipo console tipo console são

geralmente encontradas para capacidades de até 5t e comprimentos de lança de

até 10m.

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14. PONTES ROLANTES - COMPONENTES

PONTE

É a estrutura principal propriamente dita. Suporta maior parte dos

componentes e realiza o movimento de translação da ponte rolante que cobre o

vão de trabalho. Uma ponte rolante é constituída por duas cabeceiras e uma uni-

viga ou dupla-viga.

CABECEIRAS

Estão localizadas nas extremidades da viga. Nas cabeceiras estão fixadas as

rodas, uma das quais geralmente é acionada por uma caixa de engrenagem, que

por sua vez é acionada por um motor elétrico, o que permite o movimento de

translação da ponte rolante. Estas rodas se movem por sobre os trilhos que

compõem o caminho de rolamento.

VIGA

É a viga principal da ponte rolante. Quando o projeto da ponte

rolante utiliza apenas uma viga tem-se uma ponte chamada de uni-viga, e

quando o projeto da ponte rolante utiliza duas vigas tem-se uma ponte chamada

de ponte dupla-viga. Sobre ou sob esta viga, dependendo do tipo de ponte

rolante desloca-se o carro da talha.

CARRO TALHA

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O carro talha se movimenta sobre as vigas principais da ponte e é o

mecanismo onde se localiza o sistema de elevação (talha). É responsável pelo

deslocamento transversal e vertical da carga.

A talha pode ser montada no carro ponte e é

resposável pelo movimento de elevação da carga.

Geralmente a talha utiliza um cabo de aço para

TALHA

levantar um bloco de gancho ou dispositivo de

elevação. Para parar o movimento de elevação é

utilizado um motor elétrico com freio

eletromagnético chamado de motofreio. A talha também pode ser montada sob

a viga principal da ponte com o auxílio de um Trolley para poder se deslocar na

transversal da ponte, não sendo necessário o carro ponte.

TROLLEY

O trolley movimenta a talha sob a viga da ponte rolante. Geralmente o

movimento do trolley é realizado por um motor elétrico que aciona uma caixa

de engrenagens.

CAMINHO DE ROLAMENTO

Trata-se de um par de trilhos ferroviários, normalmente fixados nas vigas

laterais do edifício, que servem como caminho para o deslocamento longitudinal

da Ponte Rolante. Esse par de trilhos é posicionado abaixo das rodas da

cabeceira e deve ser cuidadosamente calculado para resistir aos esforços

existentes no trabalho deste equipamento.

BOTOEIRA PENDENTE

A botoeira pendente é a forma mais tradicional de controlar os

movimentos de uma ponte rolante. Entretanto, como a botoeira pendente é

ligada ao painel elétrico da ponte rolante através de um

contribuir para: aumentar o risco da operação (devido a

cabo, ela pode

proximidade do

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operador com a carga que está sendo movimentada), diminuir a produtividade (o

operador pode ter dificuldade em se movimentar por entre máquinas e

materiais, pois está preso a ponte rolante pela botoeira pendente) e aumentar

os custos de manutenção (pois o cabo está sujeito a enroscar em algo e a

botoeira pendente está sujeita a golpes e pancadas).

CONTROLE REMOTO

Outra maneira de controlar os movimentos de uma ponte rolante é através

do uso de um controle remoto via rádio frequência. Este tipo de equipamento é

composto por um receptor de rádio frequência conectado eletricamente ao

painel da ponte rolante, um transmissor portátil para seleção dos movimentos,

carregador de baterias e bateria (química). O uso do controle remoto

via rádio frequência oferece algumas vantagens sobre a botoeira pendente:

O transmissor do controle remoto é portátil, assim, assegura um melhor

posicionamento do operador em relação a carga que está sendo movimentada,

ou seja, mais segurança na operação da ponte rolante.

O controle remoto permite que o operador se posicione a uma distância

segura do receptor que está conectado ao painel da ponte rolante, ou seja, o

operador pode escolher a melhor e mais eficiente rota dentro da configuração

de instalação de fábrica para se locomover, aumentando a produtividade.

Com o uso do controle remoto, a botoeira pendente pode ser retirada ou

pode continuar instalada atuando como reserva do controle remoto. Em ambos

os casos o desgaste dos cabos será mínimo, reduzindo os custos

de manutenção da ponte rolante.

CABINE

Outra maneira de controlar os movimentos da uma ponte rolante é através

de uma cabine de operação que é localizada na própria ponte rolante. Este tipo

de controle é utilizado quando o ambiente abaixo da ponte é muito agressivo

e/ou quando o operador precisa visualizar a operação pelo

exemplo, a movimentação de um container (transporte).

alto, como, por

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CAIXA DE ENGRENAGEM:

Composta por engrenagens de dentes

retos ou oblíquos, de funcionamento

silencioso e construção leve, fornecem a

necessária resistência ao momento de

torque de acionamento. Estão disponíveis

quatro relações de transmissão diferentes por modelo

15. PONTES ROLANTES – INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO

ESTRUTURA DE SUPORTE

CHECANDO APERTO NOS PARAFUSOS:

Note o acúmulo de sujeira e/ou tinta

Trincas na pintura ou acúmulo de sujeira geralmente são causados por

parafusos folgados.

1. Verifique todos os parafusos quanto à folga, a falta

quebrados.

ou a parafusos

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2. Uma boa dica é verificar se há trincas na pintura em torno do parafuso, o

que mostra que houve movimento.

3. Às vezes um acúmulo de sujeira ou graxa pode fazer a mesma coisa.

4. Usar uma chave de torque para verificar o aperto nem sempre funciona,

pois a corrosão poderia lhe dar uma leitura falsa.

5. Substitua um parafuso solto ou deformado, em vez de apertá-lo. É muito

provável que tenha sido danificado.

6. Se houver

substitua todos.

por perto outros parafusos que mostrem sinais de folga,

TRINCAS EM SOLDAS

INSPEÇÃO DE TRINCAS EM SOLDAS:

1. Verifique se existem trincas na estrutura e em todas as soldas.

2. Uma trinca na solda terá sempre início na superfície e caminhará ao

longo de toda solda até falhar completamente.

3. Muitas vezes, uma trinca na pintura vai ser uma pista para uma solda

que está falhando.

4. Se diagnosticada no início, a trinca pode muitas vezes ser removida e

reparada.

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5. Antes de soldar qualquer parte da ponte rolante, verifique se você tem

um soldador certificado, e se esta parte for uma parte estrutural da ponte

rolante, deve-se obter os procedimentos do fabricante, ou especificá-los através

de um profissional habilitado;

6. Além disso, em primeiro lugar tente determinar a razão da trinca. A

ponte rolante esta sendo sobrecarregada ou utilizada indevidamente?

INSPEÇÃO DOS ACOPLAMENTOS

1.Checar o acoplamento quanto a:

- presença de parafusos folgados;

- presença de folgas excessivas nos contatos do acoplamento;

- presença de trincas;

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CAMINHO DE ROLAMENTO

Avaliar a possível presença de desgaste na superfície do caminho de rolamento e

desgaste e no flange da roda. (O desgaste pode se dá em ângulo ou centralizado,

a depender do alinhamento da ponte em relação ao caminho de rolamento);

A escala de avaliação do desgaste deverá ser classificada em: Leve,

moderado ou severo;

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INSPEÇÃO DO TAMBOR

Hoist drum: tambor da talha

Wire rope: cabo de aço

Rope clamp: braçadeira para cabos

Seizings: tipo de nó de junção

1. Verificar o estado do enrolamento do cabo de aço no tambor.

2.Verificar o estado da lubrificação dos mancais do tambor.

3. Verificar a fixação do cabo no tambor.

4. Nunca desça a talha até um ponto em que fique menos de 2 voltas

faltando no tambor

5. Verificar o estado de lubrificação do cabo sob o tambor.

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MAQUINÁRIO DA TALHA

1. Verificar o desgaste nos sulcos do tambor;

2.Verificar o desgaste nas roldanas;

3.Verificar desgaste da manilha de sustentação;

4.Verificar o funcionamento dos fins de curso;

POLIAS

1. Verificar o seu desgaste e lubrificação.

2. Verificar os flanges e as bandas.

3. Avaliar o processo desgaste do sulco utilizando o calibre de roldanas.

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CORRENTE DE CARGA

Na talha deve ser verificado o seguinte: 1. Presença de deformação do tipo torção; 2. Alongamento dos elos; 3. Corrosão; 4. Desgaste laterais e nas uniões dos elos;

GANCHOS

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Procurar por: (Desgaste, Deformação, Rachaduras,..)

1.Verificar a funcionalidade das Travas de segurança

2. Ganchos com

periodicamente.

rosca e porcas precisa ter tópicos inspecionados

3. Ganchos só podem ser reparados por procedimentos do fabricante.

4. A trava de segurança do gancho deve estar presentes e funcionar

adequadamente.

5. Um aumento na abertura da garganta do gancho de mais de 15% é motivo de

remoção.

6. Qualquer torque no gancho de mais de 10% é motivo de remoção.

1. abertura da garganta.

2. gancho retorcido.

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MOITÃO

1.Verificar o aperto dos parafusos da placa lateral do moitão;

2.Verificar a folga do pino da polia e rolamento do distocedor;

3.Verificar o funcionamento da trava de segurança do gancho;

CONDUTORES ELÉTRICOS

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1. Verificar o estado das terminações dos cabos;

2. Verificar a livre circulação do carrinho;

3.Verificar o estado dos isoladores;

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4. Verificar o aperto dos conectores elétricos;

5. Verificar a existência de corrosão nas terminações elétricas;

6.Verificar a presença de parafusos ou elementos soltos;

7.Verificar a tensão da mola de retorno;

DISPOSITIVOS DE COMANDO

1. Certifique-se de que todos os botões estão marcados e legíveis.

2. Verifique se há botões que estão quebrados ou avariados.

3. Verifique o funcionamento do botão de parada de emergência.

16. ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Qual acessório para qual aplicação?

Para movimentar cargas se faz necessária a utilização de acessórios com

meios de interligação entre as cargas e os equipamentos de movimentação.

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Dentre estes acessórios podemos citar: as Lingas

de cabo de aço e corrente, as cintas, as cordas, os

travessões, os ganchos, os moitões, etc...

A escolha dos acessórios deveria ser feito pela

engenharia de produção ou pelo planejamento, no

entanto, mas na maioria das vezes, quem tem de

escolher é o próprio movimentador. Por isso iremos

apresentar algumas informações relevantes quanto a

escolha e ao uso de alguns desses acessórios de

movimentação. Seguem os acessórios e suas respectivas

aplicações:

• Cabos de Aço: Utilizado para cargas com superfície lisa, oleosa ou

escorregadia, assim como laços de cabo de aço com ganchos para

aplicação nos olhais da carga.

• Correntes: Utilizada para materiais em altas temperaturas e cargas

que não tenham chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho

podem ser acoplados aos olhais da carga.

• Cintas e Laços Sintéticos: Utilizados para cargas com superfícies

extremamente escorregadias ou sensíveis, como por exemplo,

cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e pintadas.

• Cordas de Sisal e Sintéticas: Utilizadas para cargas com superfície

sensível, de baixo peso, como tubos, peças de aquecimento e

refrigeração ou outras peças passíveis de amassamento.

• Combinação Cabo e corrente: Utilizado para o transporte de perfis

e trefilados. Neste caso a corrente deve ficar na área de desgaste

onde possivelmente existam cantos vivos e o cabo fica nas

extremidades exercendo função de suporte

passagem da Linga por baixo das cargas.

e facilitando a

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RECOMENDAÇÕES GERAIS:

• Para o transporte de chapas na perpendicular devemos usar

grampos pega-chapa.

• Desde abril de 1979 é obrigatório que estes ganchos tenham uma

trava. A pega (abertura) do grampo deve ser indicada na própria

peça.

• Para o transporte de chapas devemos usar sempre dois grampos

que tenham uma pega compatível com a espessura da chapa. Os

dois grampos são necessários para que se garanta a estabilidade da

carga, pois, se a chapa balança, as ranhuras da garra desgastam

rapidamente, podendo se quebrar nos cantos.

• Antes de movimentar, sempre travar os grampos.

• Para o transporte de perfis existem diversos tipos de dispositivos de

movimentação, os quais nem sempre são dotados de travas que

não permitam que a carga se solte.

• Estes dispositivos são projetados para cargas específicas e só devem

ser usados para as quais foram construídos.

• Também para movimentar as chapas na horizontal, devemos usar

grampos com trava, pois chapas finas tendem a se dobrar o que

pode fazer com que se soltem dos grampos e caiam.

UTILIZAÇÃO INADEQUADA:

• Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas

temperaturas.

• Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.

• Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em altas

temperaturas.

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17. CORDAS Os mais antigo e simples acessório de amarração e movimentação de

cargas é a corda. Elas são produzidas a partir de fibras, naturais ou artificiais, que

são torcidas, trançadas ou encapadas. Antigamente as fibras que se utilizavam na

fabricação de cordas eram fibras naturais como Sisal ou Cânhamo. Hoje estas

fibras são substituídas por fibras

sintéticas como Poliamida,

Poliester ou Polipropileno que às

vezes são comercializadas com

nomes comerciais como nylon,

diolen, trevira e outros.

COMO DIFERENCIAR AS

DIVERSAS FIBRAS:

Uma vez

diversos tipos

que existem

de fibras com

diferentes capacidades, é

necessário que se saiba qual é a

fibra para se conhecer sua

capacidade de carga.

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Em cordas, a partir de 3mm de diâmetro devemos ter uma filaça de uma

determinada cor para identificar a fibra mas, cordas abaixo de 16mm de

diâmetro, são muito finas e não devem ser utilizadas para movimentação. Em

cordas a partir de 16mm deveria haver identificação do fabricante e do ano de

fabricação. Por normalização internacional as cores que identificam as fibras são:

Cânhamo -------------------------------------------- Verde

Sisal --------------------------------------------- Vermelho

Cânhamo de Manilha ----------------------------- Preto

Poliamida -------------------------------------------- Verde

Poliester ----------------------------------------------- Azul

Polipropileno-------------------------------------- Marrom

A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser confundida

uma vez que o cânhamo tem um acabamento rústico e a

acabamento muito liso.

poliamida um

18. CABOS DE AÇO:

A utilização de cabos de aço é bastante diversificada, seja como elemento

estrutural, comandos em equipamentos ou para transporte de cargas e pessoas.

Este componente está presente, por exemplo, na sustentação de grandes

pontes, acionamento de “flaps” em aeronaves e em guindastes de aplicações on

e offshore, e em todos os casos a importância dos trabalhos de inspeção deve

sempre ser considerada.

Diversas são as ações demandas mesmo antes da instalação do

componente, como garantir a rastreabilidade de fornecimento, realizar

inspeções de recebimento, prever a disponibilidade de acessos nos

equipamentos, presença de pessoal treinado para manutenção e etc... A falha de

um cabo de aço pode trazer consequências graves para empresas,

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interrompendo processos e causando prejuízos de ordem material e pessoal,

poderiam ser evitados com custos bastante reduzidos.

Este material foi estruturado visando fornecer informações básicas sobre

cabos de aço, relacionadas à sua construção e características operacionais,

formando uma base para seleção e uso adequado destes componentes.

TERMINOLOGIA:

Estão relacionados a seguir os termos mais utilizados em literaturas

técnicas sobre cabos de aço, a denominação em inglês é largamente utilizada

para alguns, sendo, portanto interessante que nos familiarizemos com as

mesmas.

ARAMES OU FIOS:

Material metálico obtido

através do processo de trefilação,

que assume a função de estrutura

básica para a formação dLe cabo de D

aço. É assim classificado em função

da seguinte relação geométrica entre

seu comprimento e diâmetro:

PERNAS (STRAND):

Conjunto de arames trançados

em forma de hélice e dispostos em

internas.

camadas sobre a alma do cabo, ou

sobre outra camada de pernas

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ALMA (CORE):

Núcleo em torno do qual as pernas são torcidas e ficam dispostas em

forma de hélice. Sua função principal é fazer com as pernas sejam posicionadas

de forma uniforme permitindo a distribuição equalizada dos níveis de tensão no

interior de cada perna.

CAMADA (LAYER)

do cabo de aço.

Conjunto

de pernas de um

mesmo nível em

relação ao núcleo

CONSTRUÇÃO

Constituição de um cabo de aço

quantidade / tipo de arames e pernas.

em termos de

PASSO (PITCH)

Corresponde a distância medida no cabo de aço para realização de uma

volta completa da perna em torno do núcleo.

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DIÂMETRO DE UM CABO DE AÇO

O diâmetro real do cabo, deve ser obtido medindo-se em uma parte reta

de aço, em 2 posições com espaçamento mínimo de 1m. Em cada posição,

devem ser efetuadas duas medições, com defasagem de 90º, do diâmetro do

círculo circunscrito. A média dessas 4 medições deve ser o diâmetro real.

RESISTÊNCIA DOS ARAMES (WIRE TENSILE)

Medida expressa em unidade de pressão, relativa a resistência a tração dos

arames empregados na confecção das pernas de um cabo de aço.

CARGA DE RUPTURA EFETIVA (MINIMUM BREAKING LOAD)

Medida expressa em unidade de força, correspondente ao valor mínimo da

carga que o cabo deve suportar anteriormente ao rompimento em um ensaio de

tração.

CONSTRUÇÃO:

A diversidade de construções de cabos de aço disponíveis no mercado

atualmente é bastante elevada, de modo a atender as exigências de cada 5

aplicação, como as citadas na introdução efetuada anteriormente. O nosso

enfoque abordará aquelas mais utilizadas no processo de movimentação de

cargas.

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RELAÇÃO PERNAS X ARAMES

A quantidade de pernas presentes em um cabo de aço pode ser indicada pelo

primeiro algarismo situado a esquerda da letra “x”, e o número de arames de

cada perna corresponderá ao algarismo situado à direita da mesma letra. Por

exemplo:

6 x 19 – cabo de aço de 6 pernas,

dotada de 19 arames;

com cada uma

19 x 7 – cabo de aço de 19 pernas, com um totalde 7

arames por perna.

Esta forma de denominação é empregada em cabos que seguem a norma

API SPEC 9A1 (Specification for wire ropes), mas não é necessariamente adotada

por outras normas, como por exemplo, do sistema BSI2. A relação entre a

quantidade de pernas e performance de um cabo de aço pode ser bem

visualizada pelo seguinte exemplo: consideremos dois cabos de mesmo

diâmetro, com mesma quantidade de pernas mas diferenciadas pela quantidade

de arames nas pernas, um possui 7 e outro 25. No primeiro, o diâmetro dos

arames das pernas seria obrigatoriamente maior que os arames do cabo de 25

pernas, o que lhe atribuiria uma maior resistência ao desgaste, tanto por abrasão

como por corrosão. Por outro lado, o segundo cabo apresentaria uma maior

flexibilidade. A seleção da construção a ser empregada depende

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fundamentalmente da aplicação a que se destina o componente, como veremos

mais à frente de forma semelhante para outras características construtivas.

TIPOS DE ALMA

O núcleo do cabo de aço pode ser constituído de diferentes materiais e

estruturas, mas com um mesmo objetivo de dar suporte as demais pernas do

cabo. Vejamos os tipos mais usuais:

Alma de aço (AA) – o elemento central é uma perna idêntica

as demais que constituem as camadas do cabo. Mas utilizada

em cabos de pequeno diâmetro.

Alma de aço de cabo independente (AACI) – a

composição da perna central não corresponde a das demais

pernas que constituem as camadas.

sisal.

Alma de fibra (AF) – fabricada em fibra natural como

Alma de fibra artificial (AFA) – confeccionada em

material artificial como polipropileno.

A seleção de cada tipo de alma influenciará em determinadas

características operacionais do cabo de aço, por exemplo, a maior flexibilidade

pelo emprego das almas de fibra pode ser interessante, mesmo diante da menor

resistência mecânica do mesmo. Em alguns casos a necessidade de utilização de

várias camadas de cabo, por exemplo, em um tambor, demanda a necessidade

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de uma maior resistência à compressão disponibilizada pelas

mesmo que os esforços de tração não sejam elevados.

almas de aço,

TORÇÃO

Os arames podem ser torcidos em torno de uma perna e esta em torno da

alma para direita ou para esquerda; isto resulta em pelo menos quatro

possibilidades de montagem, considerando-se um mesmo sentido de torção para

as diferentes camadas:

A - Arames das pernas para esquerda e pernas para a direita em torno do

núcleo.

B - Arames das pernas para direita e pernas para esquerda em torno do

núcleo.

C - Arames trançados para direita nas pernas e estas trançadas para direita

em torno do núcleo;

D - Idem, desta vez com arames e pernas trançadas para esquerda;

A B C D

Aos cabos com torção de arames e pernas de mesma orientação

denominaram-se como de torção LANG. Logo os cabos C e D são

respectivamente LANG a direita e LANG a esquerda.

Para o caso de orientações opostas entre os trançados dos arames nas

pernas e destas em relação ao núcleo, identificaram-se a torção como REGULAR.

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A orientação da torção da perna determina a denominação do cabo, onde acima

temos A como REGULAR a direita e B, como regular a esquerda.

A estabilidade de um cabo de aço quando submetido ao carregamento

também é uma característica a ser avaliada na seleção do tipo de torção de um

cabo de aço. Por exemplo, percebermos a maior tendência do destrançamento

dos cabos LANG, diante de uma montagem onde uma das extremidades é fixa, e

a outra livre para ser carregada. Por outro lado, este mesma torção atribui ao

cabo uma maior resistência ao desgaste, uma vez que se verifica uma maior área

metálica exposta dos arames.

O CABO CONVENCIONAL X CABO NÃO ROTATIVO

Nas montagens acima o mesmo sentido de

torção das pernas das camadas foi mantido

para os diferentes níveis em relação ao

núcleo. Consideremos agora a alternância

de sentidos, ou seja, as pernas da camada

mais interna são torcidas para direita e a seguinte para esquerda.

Esta variação é característica de cabos denominados como NÃO

ROTATIVOS, enquanto nos referiremos daqui em diante para os

demais como convencionais. Como resultado desta montagem,

podemos visualizar uma tendência menor ao destrançamento das

pernas quando o cabo é submetido ao carregamento. Isto é

fundamental, por exemplo, em aplicações onde várias linhas de cabo

são utilizadas em um mesmo moitão ou catarina, pois reduziria a

tendência das pernas ao entrelaçamento. Além das diferentes torções entre as

camadas, os cabos não rotativos apresentam uma elevada quantidade de pernas,

por exemplo, 18x7 ou 34x7, o que permite identificá-los facilmente. Estes cabos

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apresentavam tradicionalmente valores de resistência a tração inferiores a dos

cabos convencionais, mas atualmente com o advento do cabo “compactado”

temos verificado o oposto, com diferenças de capacidades da ordem de 30%.

ACABAMENTO

Os cabos de aço podem receber proteção anticorrosiva por galvanização,

aplicada aos arames anteriormente a montagem das pernas a quente ou

eletrolicamente. Diante da ausência desta proteção os cabos são denominados

polidos e em geral, atualmente, não se verificam diferenças de resistência

mecânica entre os cabos polidos e galvanizados.

PRÉ FORMAÇÃO X PRÉ ESTICAMENTO

É comum confundir pré-formação com pré- esticamento, em

função da pouca utilização da expressão “cabos de aço pré -

esticados”. Vejamos, portanto o que significa cada ação:

Pré-formação – os cabos de aço são

submetidos a cortes para realização de

montagens em diferentes sistemas, e era

comum a abertura abrupta das pernas ou arames das

pernas neste momento, uma vez que a tensão resultante

da torção em hélice era liberada.

A pré-formação reduz o nível de tensão entre os arames, conformando-os

em hélice. As vantagens desta operação não

se limitam ao descrito acima, podemos ainda

citar a redução dos atritos internos entre

arames, além da

manuseio do cabo.

maior facilidade do

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Pré-esticamento – em algumas aplicações não devem ser toleradas

deformações de comprimento do cabo quando em serviço, desta forma o cabo é

submetido a um carregamento superior a carga de trabalho, mas dentro do

limite elástico do material por algumas horas. Máquinas de tração utilizadas em

testes de carga são utilizadas, tracionando trechos do cabo em toda sua

extensão.

RESISTÊNCIA DOS ARAMES

O agrupamento das resistências dos arames normalmente empregado por

fabricantes de cabo de aço, é efetuado conforme a TABELA 1 a seguir.

A seleção da resistência dos arames influenciará diretamente na resistência

a ruptura do

cabo de aço, como pode ser visto no comparativo apresentado na TABELA

2.

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COMPOSIÇÃO

NÚMERO DE OPERAÇÕES:

No princípio, a montagem de um cabo de aço era efetuada em mais de

uma operação, onde as pernas da camada interna eram torcidas em torno do

núcleo, sendo posteriormente torcida uma segunda camada sobre a primeira e

assim sucessivamente. Por exemplo: a descrição 1 + 6/14 significa que 1 arame

deve ser “coberto” por 6 arames trançados em forma de hélice, e esta camada

resultante recebe a cobertura de mais 14 arames em uma segunda operação

semelhante .

Atualmente um cabo de aço pode

ser composto em uma única operação

dependendo das quantidades de

arames envolvidas na montagem, estas

por sua vez das características que se

deseja obter. Na FIGURA ABAIXO

podemos visualizar uma linha de

montagem de um cabo de aço.

POR QUE MENOS OPERAÇÕES?

Quando a relação de quantidade

de pernas não é adequada a montagem

em uma operação, ocorre a defasagem

entre os passos das pernas entre

camadas e conseqüentemente seu

cruzamento, sujeitando o cabo a ocorrência de danos como “nicking” e

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desgastes causados por atritos internos. A FIGURA ABAIXO mostra as possíveis

ocorrências resultantes de quantidades diferentes de operações para montagem

de um cabo de aço.

COMPOSIÇÕES USUAIS

CABO TIPO FILLER:

Esta composição apresenta fundamentalmente

arames de “enchimento” de menor diâmetro que os

demais em uma perna, cujo objetivo é permitir uma

melhor acomodação dos arames que efetivamente são

sujeitos ao carregamento, reduzindo atritos e desgastes

internos. Estes arames menores não são considerados como contribuintes para

resistência mecânica do cabo de aço. Notemos que esta composição também é

mais resistente a esforços de compressão pela ocupação dos

arames.

vazios entre os

CABO TIPO SEALE:

A presença de camadas com mesma quantidade de

arames, apesar dos diferentes diâmetros é a característica

desta composição, sendo que nesta montagem os arames

menores contribuem para a resistência mecânica do cabo,

e permitem ainda a melhor acomodação interna do cabo. A camada dotada de

arames de maior diâmetro irá apresentar uma maior resistência ao desgaste, por

exemplo, por abrasão.

CABO TIPO – WARRINGTON:

A alternância de diâmetros entre arames de uma

mesma camada marca esta composição. Os dois diâmetros

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utilizados fazem com esta composição apresente uma boa resistência à fadiga, e

mesmo a desgastes por abrasão.

CABO TIPO - WARRINGTON-SEALE

A combinação das composições acima é comum,

originando cabos warrington-seale, de modo a obterem-se

características como melhor resistência a abrasão e fadiga.

ESPECIFICAÇÃO

Uma vez apresentadas as diferentes características construtivas que de um

cabo de aço, é necessário poder relacioná-las de maneira adequada, por

exemplo, para permitir a sua aquisição junto aos diversos fabricantes. A seguir,

apresentamos a sequência usualmente utilizada para descrever um cabo de aço.

a) Diâmetro;

b) Construção;

c) Composição;

d) Torção;

e) Alma;

f) Resistência dos

arames;

g) Acabamento;

h) Carga de ruptura.

INTERPRETAÇÃO:

No exemplo a seguir

podemos visualizar trecho de

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tabela típica de um fabricante de cabos de aço. Nesta vemos como são

apresentadas algumas das diferentes características de cabos de uma mesma

construção.

Para chegar a esta tabela foi necessário previamente estabelecer alguns

itens de interesse por parte do usuário, como a construção e tipo de alma. A

torção dos arames, composição e acabamento, como em geral não influenciam

na resistência do cabo podem ser definidas posteriormente, em função apenas

da disponibilidade na linha de produção do fabricante.

SELEÇÃO E USO:

EM FUNÇÃO DO SERVIÇO

Conforme citado anteriormente, o sistema onde o componente será

utilizado é que determina as características que serão necessárias ao cabo.

Tomemos como exemplo a montagem onde o percurso implicará em passagem

por diversas polias, neste caso é imediata à identificação da necessidade de

emprego de um cabo flexível. A fixação de queimadores de gás em plataformas

de produção sugere maior resistência corrosão – portanto galvanização, e por

tratar-se de um cabo estático, a construção lang poderia ser cogitada. Portanto a

construção e composição de um cabo de aço devem ser rigorosamente avaliadas

quanto a adequabilidade para uma determinada aplicação, uma vez que a

seleção equivocada

instalações.

pode trazer prejuízos a curto ou médio prazo para as

FATORES DE SEGURANÇA

Os cabos de aço são utilizados com cargas inferiores a sua resistência

máxima, o quanto inferior dependerá da aplicação, mais especificamente do

risco potencial presente em seu emprego. Na tabela abaixo

exemplos de fatores de segurança frequentemente utilizados.

relaciona alguns

TABELA – Fatores de segurança p/ serviços com cabos de aço

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Consideremos o seguinte exemplo: o cabo de um elevador tem resistência

a ruptura da ordem de 10 toneladas, e opera com uma carga de 0,5 toneladas.

Podemos constatar a aplicação de um fator de segurança de 20.

FREQÜÊNCIA DE INSPEÇÃO X VIDA ÚTIL

A determinação da frequência de inspeção de um cabo de aço dependerá

da observação inicial do sistema. A coleta de dados como média horária de

operação, nível de carregamento e histórico de vida útil são ações fundamentais

para equipamentos de movimentação de carga, visando a definição da

periodicidade de inspeção. A determinação da vida de um cabo de aço deve ser

na realidade resultado do tratamento de dados de inspeção, que permitem

identificar a causa fundamental que causou a reprovação do componente em

serviço, entre diversos períodos de operação.

Na tabela a seguir apresenta um exemplo do acompanhamento de

performance de cabos de aço de um guindaste offshore.

TABELA – Acompanhamento de vida útil de cabo de aço

Atenção também dever ser dada a montagens estáticas, onde o principal

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fator que pode determinar grave comprometimento à vida do cabo de aço é

corrosão.

CABOS APLICADOS EM PONTE ROLANTES:

Segue abaixo as características técnicas de alguns cabos, recomendado por

um dos principais fabricantes de cabos do país:

A) Cabo de elevação

• 6x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-

formado, IPS.

• PowerPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2.

• ProPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2

B) Cabo para levantar cargas quentes

• 6x41Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-

formado, IPS.

• PowerPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2.

Observações:

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• Nas instalações que possuam dois ou mais cabos independentes poderão

ser utilizados torção direita e esquerda simultaneamente.

• Para trabalhos em atmosfera corrosiva, também é recomendado cabo de

aço com alma de aço (AACI).

19. CABOS DE AÇO - INSPEÇÃO:

INSPEÇÃO VISUAL

As ocorrências de danos em cabos de aço podem, em sua maioria, ser

detectadas através de uma simples inspeção visual. Os pontos críticos do sistema

devem ser investigados, de modo a sugerir a expectativa do tipo de dano a que o

componente está sujeito. O aspecto de quebra dos arames de um cabo pode ser

fundamental para a determinação da causa do ocorrido, como podemos ver na

FIGURA ABAIXO onde os arames romperam por fadiga. Neste tipo de ocorrência

os arames rompidos permanecem em suas posições originais, e a sua localização

exige uma atenção muito especial.

Na FIGURA A temos os aspectos característicos de rupturas de arames por:

abrasão (a partir da esquerda), onde se percebe a redução de espessura do

arame na região anterior à falha; por tração, neste a estricção da seção

transversal do arame antes do rompimento é bem nítida; por fadiga e também

por fadiga associada à corrosão.

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Figura - A

ARAMES ROMPIDOS:

Na tabela a

da norma CONTEC

seguir é uma transcrição

N-21613, onde estão

representadas as quantidades de arames rompidos consideradas como limite

para indicação de substituição de um o cabo de aço.

TABELA – Limite de arames rompidos em um cabo de aço

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Notemos que a tabela depende de informações fundamentais como a

construção e torção, independente do diâmetro ou da resistência do arame

utilizado. Como exemplo, consideremos um cabo 6 x 25 c/ torção regular, tipo

bastante utilizado em movimentações de carga, a identificação de 6 arames

rompidos em uma distância equivalente a 6d ou 13 arames em 30d indicariam a

retirada de operação do cabo.

DEFEITOS:

Um cabo pode ser reprovado para operação por danos que não

apresentem arames rompidos, mas que também comprometem, por exemplo, a

distribuição de esforços entre pernas e consequentemente a resistência a

ruptura do componente. As ilustrações apresentam alguns defeitos típicos e

permitem a percepção da afirmativa acima.

FIGURA A - “Gaiola de passarinho”, característico de um alívio brusco de tensão aplicada ao cabo.

FIGURA B – amassamentos, resultantes de esforços de compressão das camadas superiores de cabo alojadas em um tambor de um guincho.

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FIGURA C– abrasão, a redução de diâmetro do cabo em valores superiores a 10% determina a necessidade de substituição do cabo. Observemos a camada externa na ilustração.

FIGURA D – corrosão externa, o limite citado anterior – 10%, deve ser considerado também para esta ocorrência. Há inúmeros tipos de defeitos que podem determinar a substituição de cabos em serviço, como dobras, ruptura da alma, destrançamento de pernas e etc. A literatura técnica sobre o assunto é vasta, e indicamos neste trabalho referências importantes para eventuais consultas.

LIMITAÇÕES DO MÉTODO:

A ocorrência de corrosão interna em um cabo de aço é considerada grave,

pois pode levar o cabo a falha abrupta, com cargas bastante inferiores em

relação a sua carga de ruptura. Ocorre por lubrificação deficiente, e é comum

não ser anteriormente identificado indicio algum de comprometimento externo

que levasse a suspeita da presença de corrosão internamente ao cabo.

As figuras a e b ilustram bem o assunto.

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Figura- A Figura- B

Desta forma a inspeção visual nos deixa em situação desconfortável para

emissão de um parecer definitivo sobre a continuidade operacional de alguns

cabos, após longo tempo de exposição a ambientes corrosivos. Métodos

complementares de avaliação são utilizados, como o corte da extremidade do

cabo e avaliação de sua integridade interna, ou a abertura do mesmo através do

uso de ferramentas como ilustrado na FIGURA C. Mas com o advento do método

de inspeção eletromagnética, a ser visto a seguir, deu-se um grande salto para a

redução e mesmo eliminação de ocorrência de falhas de cabos em serviço,

causadas por corrosão interna.

INSPEÇÃO ELETROMAGNÉTICA:

PRINCÍPIO:

A indução de

um campo magnético em torno de um cabo de aço e a

captação das alterações causadas por defeitos como presença de arames

rompidos e perda de massa, causada por corrosão ou abrasão, tornam este

método uma grande opção para a emissão de um laudo sobre a condição física

de cabos de aço. O equipamento é um conjunto constituído de um cabeçote para

geração do campo eletromagnético, que envolve trecho do cabo de aço, e de um

console que recebe os sinais a proporção que o cabo é movimentado através do

cabeçote e os plota em um gráfico.

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Figura- A

Figura-B

Neste pode-se verificar o tipo de defeito, a distância a partir do cabeçote

onde este está localizado e, em caso de perda de massa, avaliá-la

quantitativamente. Voltemos a ilustração acima, nesta podemos perceber a

alteração da curva inferior mais a direita do gráfico, representando uma redução

de massa que poderia ocorrer por corrosão interna, notemos também que a

curva superior apresenta no mesmo trecho a ocorrência de “ruídos”

característicos da presença de arames rompidos. Quanto aos arames, a inspeção

visual complementaria a avaliação, uma vez que não é possível efetuar a

contagem dos mesmos apenas com o aparelho.

A calibração dever ser efetuada para cada tipo de cabo a ser inspecionado,

considerando-se dados como área metálica do cabo e sua construção.

VANTAGENS:

Não há dúvida que a identificação de ocorrência de corrosão interna é a

principal vantagem do método, mas podemos citar também:

• A possibilidade de identificação de defeitos sem a remoção em

excesso da lubrificação aplicada para proteção do cabo – uma vez

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que tal ação seria restrita as regiões onde foram constatados sinais

de defeitos;

• Mapeamento de defeitos de forma precisa para monitoração

periódica de cabos.

Contudo não devemos considerar que este método substitua a inspeção

visual, pois ainda há a dependência da mesma para a constatação quantitativa

dos arames rompidos, e que tão pouco reduza o tempo de inspeção dos cabos,

pois na prática tem-se constatado que pela indicação de diferentes níveis de

defeito, a pesquisa visual tem tomado mais tempo. A definição de um plano de

inspeção eletromagnética deve ser considerado, com a frequência de

intervenções a ser definida da mesma forma descrita no item 7.3, acrescendo-se

dos resultados das primeiras inspeções realizadas por este método.

20. CABOS DE AÇO - MANUTENÇÃO:

Os cuidados requeridos por cabos de aço são relativamente simples e

podem estender significativamente a vida útil destes componentes.

Consideremos as indicações a seguir:

NO RECEBIMENTO:

O cabo de aço pode ser entregue pelo fornecedor simplesmente enrolado,

o que ocorre em geral quando se trata de comprimento reduzido, ou

acondicionado em uma bobina, sendo esta a maneira mais adequada. Em ambas

as situações deve ser evitar desenrolar o cabo de aço pelo piso, como nas

FIGURAS abaixo, uma vez que a sujeira pode contaminar a lubrificação aplicada e

até danificar os arames quando em serviço, por exemplo, na passagem em

roldanas ou mesmo no contato entre as voltas em um tambor.

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É comum também verificarmos o desenrolar de cabos de aço a partir de

rolos o u bobinas apoiadas no piso (FIGURAS C e D).

Figura- C Figura- D

Tal ação é extremamente inadequada, pois certamente poderá induzir a

torções no cabo e, conseqüentemente, a formação de nós nas regiões indicadas.

A maneira correta é o posicionamento do cabo enrolado ou bobina sobre uma

mesa rotativa (FIGURA E), sendo que diante de cabos de grande diâmetro ou

extensão provenientes em bobinas o uso de um cavalete passa a ser

imprescindível (FIGURA F).

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NA INSTALAÇÃO:

Quando a retirada do cabo de aço é seguida diretamente da montagem em

um equipamento de movimentação de cargas, por exemplo, em um tambor de

um guincho, se deve atentar para o cuidado com a torção do cabo.

Consideremos a bobina posicionada a frente ao tambor, se o cabo deixa a bobina

na parte superior em direção ao guincho e é ancorado na parte inferior do

tambor FIGURA abaixo teremos a inversão da torção utilizada na acomodação

fornecida pelo fabricante, uma vez que a ancoragem deveria ocorrer na parte

superior do tambor FIGURA abaixo. Quando posto em serviço o cabo tenderá a

se acomodar como originalmente entregue, ou mesmo durante a própria

operação de montagem o que poderá resultar em danos como dobras ou

amassamentos entre voltas no tambor.

Em alguns casos anteriormente a retirada do cabo destinado a

substituição, o mesmo é utilizado como guia para o novo cabo, ou se lança mão

de um cabo de menor diâmetro para tal função. Atenção especial deve ser dada

para que a união efetuada não danifique o novo cabo, assim como para que não

ocorra a transferência de torção inadequada do cabo guia para aquele em

instalação. Em substituição a pontos de solda entre as extremidades dos cabos

em questão, é bastante comum o emprego do “chapéu chinês” (FIGURA I), pois

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além de permitir a visualização do nível de torção transferida ao cabo novo, é de

fácil instalação.

Figura- I

Outro aspecto importante na montagem em tambores é a realização desta

tarefa com um nível de tensão da ordem de 1 a 2% da carga de ruptura do cabo,

o que garantirá o enrolamento adequado da primeira camada de cabo alojada no

tambor. Se isto não for efetuado, as voltas de cabo na camada seguinte, quando

carregadas, podem penetrar entre as voltas da camada inferior provocando

danos como amassamentos entre as diferentes voltas (FIGURA -J).

Figura- J

EM SERVIÇO:

A preservação de um cabo de aço é sem dúvida alguma fundamental para

este componente, como já citado anteriormente quando falamos de inspeção.

Não apenas para evitarmos a incidência de corrosão externa ou interna, mas

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também para atenuar a ocorrência de efeitos como abrasão

freqüência de aplicação do lubrificante deve ser efetuada de

ou desgaste. A

acordo com a

severidade operacional a que o equipamento está submetida, assim como a

seleção do tipo de lubrificante.

Vejam alguns exemplos:

– Para aplicação em guindastes, mas especificamente nos cabos de carga e

lança, atualmente tem sido empregada a graxa GCA, lubrificante à base de sabão

de cálcio, contendo grafite da LUBRAX INDUSTRIAL. Esta apresenta

características que lhe dão resistência à lavagem por água, com elevada

adesividade, permitindo o uso em grandes extensões, sem gotejamento.

– Para cabos estáticos expostos ao tempo, a LUBRAX INDUSTRIAL GBA-300,

lubrificante de base asfáltica, também possui características de adesividade e

resistência à lavagem por água, formando uma película flexível que permanece

aderida às superfícies lubrificadas mesmo em equipamentos expostos ao tempo.

Em função de sua viscosidade deve ser aquecida a cerca de 70ºC antes de ser

aplicada.

A aplicação pode ser efetuada manualmente ou através de emprego de

dispositivos de lubrificação pressurizada, como o apresentado na FIGURA A.

Semelhantemente ao cabeçote de inspeção eletromagnética, o dispositivo

“abraça” o cabo, recebendo graxa sob pressão.

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21. CORRENTES

CORRENTES PARA LINGAS

Correntes são fabricadas em diversas

formas e qualidades. Primeiramente os

elos são dobrados e depois soldados.

Posteriormente é feito o tratamento térmico (correntes de grau) e ensaio de

tração. Diversos testes são feitos durante e após a fabricação para que as

correntes sejam certificadas. Durante a produção, alguns elos são dobrados em

diversos sentidos para verificar a solda e após a produção e tratamento térmico,

são realizados testes de tração e ruptura.

O passo de um elo é o seu comprimento interno. Somente correntes que

tenham elos com passo igual a três vezes o seu diâmetro podem ser utilizadas

para movimentação e amarração de cargas. Esta regra se explica pelo fato de

que correntes assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos se

apoiamos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se dobre. As correntes

podem ser fabricadas através do processo de soldagem ou forjamento

LINGAS DE CORRENTES

• Lingas simples - em

aço forjado usadas em

fundições, Pontes

rolantes, Empreiteiros

de Construção e para

todos

onde

os trabalhos

se tornam

necessários Guindastes para remoção de material, como cargas e

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descargas de navios e caminhões. Segue tabela de cargas de

trabalho.

QUADRO DE CARGAS DE TRABALHO

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COMO CORRENTE?

ESPECIFICAR UMA LINGA DE

1. Identifique o peso da

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carga a ser movimentada.

2. Verifique se a carga possui pontos de içamento adequados.

3. Leve em consideração a altura do pé direito de suas instalações.

4. Verifique o dimensional do gancho da ponte rolante, guindaste ou

dispositivo no qual a linga será acoplada, para garantir a compatibilidade com o

elo de sustentação.

5. Escolha a linga com os componentes que mais se

operação.

adequam à sua

6. Se a carga for assimétrica, possuir cantos vivos, ou for movimentada em

ambientes com temperaturas mais elevadas considere o fator

carga.

de redução de

7. Defina o número de ramais e o comprimento total de acordo com o

detalhamento abaixo:

1 ramal

1 RAMAL

2 ramais 3 ramais

Recomenda-se comprimento

1000mm.

4 ramais

mínimo de

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2 RAMAIS

É preciso levar em consideração a maior

distância entre os pontos de içamento, conforme a

figura abaixo.

A = abertura máxima entre os pontos de içamento

Pode-se aplicar uma fórmula simplificada, multiplicando a distância entre

os pontos de içamento por 0,85. O resultado é o comprimento mín. da linga com

ângulo ß até 45°.

Exemplo

L = 1000 x 0,85 =

850mm

(850mm é igual ao

comprimento mínimo da

linga ß<= 45°)

4 RAMAIS

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É preciso levar em consideração a maior

distância entre os pontos de içamento, conforme a

figura abaixo.

A = abertura máxima entre os pontos de içamento

Pode-se aplicar uma fórmula simplificada, multiplicando a distância entre

os pontos de içamento por 0,95. O resultado é o comprimento mín. da linga com

ângulo ß

Exemplo

até 45°.

L = 1000 x 0,95 =

950mm

(950mm é igual ao

comprimento mínimo da

linga ß<= 45°)

Por fim, recomendamos o mínimo de 30% acima do comprimento indicado

pelo cálculo, de modo a aumentar a versatilidade da linga.

SISTEMA DE CLASSIFIÇÃO EM GRAU

A classificação do grau da corrente é conferida de acordo com a tensão de

ruptura, ou seja, a capacidade da corrente.

A corrente grau 8 é aquela que suporta de 800N/mm2 ou mais.

A corrente grau 10 é a corrente que suporta 1000N/mm2 ou mais.

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A corrente grau 12 é a corrente que suporta 1200N/mm2 ou mais.

Exemplo: Grau de qualidade x Carga de trabalho

Este sistema de classificação em graus também é aplicado a ganchos, elos,

conectores, manilhas e outros acessórios, indicando a compatibilidade destes,

em termos de resistência, com o grau apropriado da corrente.

REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA

TEMPERATURA:

Entre -40°C e 200°C: Não há alteração na capacidade de carga.

Entre 200°C e 300°C: Redução de 10%.

Entre 300°C e 400°C: Redução de 25%

CANTOS VIVOS:

Redução da capacidade de carga em 20%. Considera-se canto vivo, quando

o raio é menor que o diâmetro nominal da corrente.

O que chamamos de canto vivo:

Raio no canto da peça menor do que o diâmetro nominal da linga.

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CARGAS ASSIMÉTRICAS: Redução da capacidade de

quando o içamento ocorrer com lingas de 2 ou mais ramais.

carga em 50%

O que chamamos de cargas assimétricas:

assimétrico simétrico

ÂNGULO DE TRABALHO DAS LINGAS

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Exemplos:

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Içamento com

linga de um r mal,

sem inclinação,

força aplicada ao

ramal corresponde

ao peso da carga.

Içamento com lin a de dois

ramais, ângulo de 45°, força

aplicada em cada ramal

aproximada de 70% do peso

da carga.

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Normas brasileiras foram desenvolvidas pela ABNT (Associação Brasileira

de Normas Técnicas) com base nas normas internacionais,

aplicáveis:

sendo estas as

- NBR ISO 1834: Corrente de elos curtos para elevação de cargas -

condições gerais de aceitação.

- NBR ISO 3076: Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Grau T

(8), não calibrada, para lingas de correntes, etc.

- NBR ISO 15516-1: Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas

de correntes parte 1: Requisitos e métodos de ensaio.

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Içamento com linga de dois ramais, ângulo de 60°, força aplicada

em cada ramal correspondente ao peso da carga.

Içamento com linga de dois ramais, ângulo de 80°, força aplicada

em cada ramal superior ao peso da carga.

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- NBR ISO 15516-2: Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas

de correntes parte 2: Uso, manutenção e inspeção.

- NR-11 – Norma regulamentadora de segurança e medicina do trabalho.

INSPEÇÕES DE CORRENTES:

As correntes utilizadas em movimentação de cargas devem ser

inspecionadas pelo menos

vez por ano e, dependendo do tipo de trabalho, semestralmente.

Substituições de correntes devem ser feitas quando seu diâmetro médio

(dm) em

qualquer ponto tenha sofrido redução igual ou superior a 10% do diâmetro

nominal.

Para esta conclusão, deve-se adotar a seguinte fórmula:

Devem também ser substituídas as correntes que apresentarem

deformação por dobra ou torção, amassamento, entalhamento, trinca ou

alongamento no comprimento externo maior que 3%, o que corresponde a um

alongamento no passo interno maior que 5%, caracterizando, assim,deformação

plástica. Em caso de dúvidas, solicite mais informações ao nosso departamento

de assistência técnica.

RECOMENDAÇÕES E RESTRIÇÕES DE USO:

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Lingas de corrente e acessórios não devem:

• Ser submetidas a meios ácidos ou alcalinos.

• Ser zincadas, galvanizadas, receber tratamento de superfície que

envolva ácidos, bases e alta temperatura. Tais processos, quando

necessários, devem ser feitos exclusivamente pelo fabricante.

• Ser submetidas, pelo usuário, a nenhuma espécie de tratamento

térmico, termoquímico e soldas.

• Ser submetidas a temperaturas superiores a 400°C. Tal situação

compromete permanentemente a capacidade de carga.

• O fabricante deverá ser consultado quando as correntes forem

submetidas a produtos químicos de alta concentração.

Antes de qualquer uso, verifique:

• Capacidade de carga indicada na plaqueta de identificação.

• Danos visíveis ou sinais de desgaste que possam comprometer a

capacidade de carga.

• Se a corrente está livre de torções ou nós.

• A presença de pontos de içamento adequados na carga.

CORRENTE DE ROLOS

INSPEÇÃO

A corrente de rolos deve ser inicialmente inspecionada ainda montada na

talha. Para inspecionar a corrente quanto ao desgaste ou alongamento, proceda

de acordo com as instruções do fabricante da talha. Na falta dessas instruções,

proceda como indicado nas alíneas abaixo:

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- Caso sejam detectados alongamentos

maiores do que 2%, a corrente deve ser

substituída.

- Inspecionar a corrente quanto à torção,

conforme ilustrado na Figura ao lado. Se

verificado que num trecho de 1,5 m da corrente

suspensa verticalmente, sem carga, a deflexão

excede 15º, a corrente deve ser substituída.

- Inspeciona a corrente quanto à flexão,

conforme ilustrado na Figura ao lado. Se

pontos e eventuais defeitos:

a) pinos frouxos;

verificado que num trecho de 1,5 m da corrente

suspensa verticalmente, sem carga, a deflexão no

sentido perpendicular das articulações excede 6

mm, a corrente deve ser substituída.

- Uma inspeção mais meticulosa da corrente

deve ser feita, removendo-a da talha, limpando-a

com solvente neutro e verificando os seguintes

b) rolos presos, que não sejam facilmente girados com os dedos;

c) articulações

mãos;

que não possam ser facilmente movimentadas com as

d) chapas laterais abertas;

e) corrosão;

f) estrias, mossas e outras avarias.

SUBSTITUIÇÃO

A corrente deve ser substituída caso se apresente fora

dos limites de

tolerância em qualquer das constatações feitas conforme os itens abaixo:

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a) a existência de qualquer dos defeitos mencionados na alínea “e” da

seção 6.1.8.1 é motivo suficiente para questionar se a corrente tem condições de

uso e cogitar da sua substituição;

b) a nova corrente a ser instalada deve ser idêntica à fornecida com a talha,

quanto às dimensões, tipo e material, a não ser que diversamente recomendado

pelo fabricante da talha, em virtude de condições de trabalho diversas das

originalmente previstas;

c) ao instalar a nova corrente, deve-se ter cuidado de não torcer, sujar ou

danificar, e observar que ela circule livremente nas roldanas de tração e livres (

se houver). Todas as ligações e terminais devem ser adequadamente fixados;

NOTA: As instruções do fabricante da talha devem também ser seguidas

em relação à escolha e às instalações dos elementos de interligação.

d) ao instalar uma nova corrente, devem ser desmontadas e inspecionadas

e, se necessário, substituídas as peças nas quais a corrente se encaixa ou desliza.

MANUTENÇÃO

Na manutenção deve ser verificado o seguinte:

a) as correntes de rolos devem ser mantidas limpas e livres de oxidação.

Correntes excessivamente sujas podem ser lavadas por imersão em solvente

neutro, agitando-as para assegurar que todas as juntas sejam livres e isentas de

corpos estranhos;

b) tanto em operação, como após as limpezas, as correntes de rolos devem

ser lubrificadas de acordo com as recomendações do fabricante da talha. Na falta

dessas recomendações, a corrente pode ser lubrificada com óleo automotivo de

grau SAE 20-40. Nunca aplique graxa à corrente, a não ser

recomendado em 6.1.3.

para atender ao

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CORRENTES DE ELOS

INSPEÇÃO

Seguem os itens que devem ser realizados ou avaliados na inspeção destes

componentes:

a) ensaiar os movimentos de subida e descida da carga na talha,

observando a atuação da corrente de carga na roldana de tração. A corrente

deve entrar e sair suavemente da roldana. Se a corrente

prender, saltar ou produzir ruído, verificar em primeiro

lugar se ela está limpa e corretamente lubrificada. Se o

defeito persistir, verificar as peças nas quais a corrente se

encaixa, quanto ao desgaste, deformação ou outra avaria;

b) examinar visualmente suas condições quanto a

estrias, mossas ou entalhes, respingos de soldas, corrosão

ou deformação de elos, uma vez que a inspeção da

corrente requer a sua prévia limpeza. Afrouxar a corrente

e deslocar elos adjacentes para o lado, para inspecionar as

faces de contato dos elos quanto ao desgaste. Se for

observado desgastes ou houver suspeita de alongamento,

a corrente deve ser medida de acordo com as instruções do fabricante da talha.

Na falta dessas instruções, proceder à medição como indicado a seguir:

- Selecionar uma extensão da corrente raramente solicitada, por exemplo:

na extremidade, junto à ancoragem;

- Suspender a corrente verticalmente, tensioná-la com uma pequena carga

da ordem de 5 % a 10% da carga de trabalho e medir um comprimento razoável

(se possível, de 7 a 11 elos) com um paquímetro;

- Medir o mesmo número de elos no trecho mais solicitado da corrente,

sob as mesmas condições, e calcular o percentual de aumento do comprimento.

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SUBSTITUIÇÃO

- A corrente deve ser substituída se ela exceder ao comprimento máximo

recomendado pelo fabricante da talha para um número dado de elos. Na falta

desta recomendação, a corrente deve ser substituídas se o trecho mais solicitado

estiver 2,5%, ou mais, mais longo que o do trecho não solicitado.

- A existência seja de estrias, mossas, entalhes, defeitos de solda e elos

deformados, é motivo suficiente para questionar se a corrente tem condições de

uso e cogitar a sua substituição.

Uma decisão segura, nesses casos,

depende principalmente do

adequado julgamento quanto à

extensão e conseqüência do

defeito por pessoa experiente e

qualificada.

- A nova corrente que for instalada deve ser idêntica em dimensões, tipo e

grau (referente às características do material) à fornecida com a talha, a não ser

se diversamente recomendado pelo fabricante da talha em virtude das condições

de trabalho diversas das originalmente previstas.

Os elos da corrente, que passam na roldana de tração em sentido vertical,

perpendicular ao eixo, devem ser instalados com as emendas (soldas) para fora

da roldana, conforme ilustrado na Figura. Esta precaução é desnecessária nas

roldanas livres.

- A corrente

extremidades.

deve ser instalada sem qualquer torção entre suas

- Ao instalar uma nova corrente, devem ser demonstradas e inspecionadas,

se necessário substituídas, as peças nas quais a corrente se encaixa ou desliza.

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- Ao instalar a nova corrente, deve-se ter cuidado de não a torcer, sujar ou

danificar, observar que ela circula livremente nas roldanas de tração ou livres, se

houver. Todas as ligações e terminais devem ser adequadamente fixados.

- As instruções do fabricante de talha devem também ser seguidas em

relação à escolha e instalação dos elementos de interligação.

NOTA: Uma decisão segura, nesses casos, depende principalmente do

adequado julgamento quanto à extensão e conseqüências do defeito por pessoa

experiente e qualificada.

MANUTENÇÃO

A corrente deve ser mantida limpa e livre de oxidação

e de qualquer

material abrasivo, ou que possa se acumular alterando o seu módulo ou

reduzindo sua capacidade de articulação. Correntes excessivamente sujas podem

ser lavadas por imersão em solvente neutro, agitando-as para assegurar-se de

que todas as juntas estão livres e isentas de corpos estranhos.

limpeza não deve provocar avarias.

O processo de

A corrente articula-se sob altas pressões específicas e deve ser lubrificada

de acordo com as recomendações do fabricante da talha. Na falta dessas

recomendações, a corrente pode ser lubrificada com óleo automotivo de grau

SAE 30-40 aplicando em pequena quantidade, porém, com muita freqüência,

visto que o óleo se dispersa com o uso da talha.

NOTA: Nunca aplique graxa à correntes que trabalharão no interior das

talhas.

22. CINTAS:

Cada vez mais, as cintas de

poliéster são encaradas como opção

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prática e de baixo custo, substituindo, em 80% dos casos, as antigas correntes e

cabos de aço. Todos os segmentos de comércio e serviços que dependem de

processos de logística – sobretudo a área portuária, indústrias, transporte

rodoviário e ferroviário e construção civil – e utilizam as cintas para movimentar

cargas.

O poliéster é uma das principais matéria-prima das cintas de elevação e

amarração. É a mais forte das fibras sintéticas e apresenta alta capacidade de

absorção de força, além de excepcional resistência a sucessivos carregamentos.

Durabilidade, segurança no manuseio, fácil transporte e baixo custo são

fatores que tornam as cintas de elevação e amarração uma opção interessante

para as empresas que têm a necessidade de movimentar cargas até 100 mil kg.

Testes convencionais de abrasão demonstram que as cintas têm vida útil

superior às outras do grupo das sintéticas. Eleva sua carga com segurança

protegendo-a contra amassamentos, riscos ou danos. As cintas oferecem uma

capacidade de CARGA MÁXIMA por uma LARGURA MÍNIMA. Seguem algumas

características das cintas de poliéster:

- Ponto de fusão 260º C

- Temperatura limite de utilização: -40° à 100° C

- Ponto de amolecimento: 235° C a 240° C

- Inflamabilidade: Poliéster não propaga a combustão, mas queima em

contato com a chama. Porém a combustão se extingue imediatamente

assim que se elimina o contato com a mesma.

O destaque fica por conta da trama especial desenvolvida para garantir o

máximo em segurança, resistência e flexibilidade, especialmente nas operações

de elevação de cargas. Por isso, as cintas de movimentação oferecem capacidade

de carga máxima por uma largura mínima. A textura e a costura das cintas não

marcam ou riscam superfícies polidas ou acabadas dos materiais a serem

movimentados. São leves, extremamente flexíveis e permitem um manuseio fácil

e rápido, ao contrário dos cabos, correntes ou cordas. Além disso, ajustam-se

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perfeitamente ao contorno da carga. As cintas são produzidas de acordo com o

Padrão Internacional de Cores e apresentam Fatores de Segurança 7:1 (elevação)

e 2:1 (amarração), que atendem as especificações recomendadas pela

Comunidade Européia – EN 1492- 1/2 e EN 121/95. Isso é garantia de máxima

segurança na utilização em relação à capacidade de peso e estabilidade.

As cintas de movimentação possuem, ainda, total aprovação nos mais

rigorosos testes, com garantia de total absorção de esforços e resistência a

sucessivos carregamentos. Testes convencionais de abrasão demonstram que as

cintas de movimentação de poliéster têm vida útil superior às outras do grupo

das sintéticas.

Tal característica permite elevar e amarrar a carga

protegendo-a contra amassamentos, riscos ou danos.

com segurança,

As cintas sintéticas são produzidas com equipamentos e tecnologia mais

modernas e avançados disponíveis no mercado mundial, o que garante ótima

aplicação sob condições severas. Apresenta, ainda, baixa absorção de líquidos

penetrantes, sem degradação nem encharcamento mesmo durante períodos

prolongados de uso na movimentação em ambientes úmidos ou tanques.

Nas operações de elevação de cargas com revestimento usinado, pintado

ou delicado, as cintas são bem leves e flexíveis e superam em muito as cordas,

correntes e cabos de aço para esse tipo de serviço. Nas cintas podem ser

utilizados diversos olhais ou outros acabamentos, de acordo com a necessidade

e características do modal a ser usado.

PADRÃO DE CORES

As cintas devem ser produzidas de acordo com o Padrão Internacional de

Cores , garantindo assim a máxima segurança na utilização das cintas em relação

à sua

capacidade de

carga.

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TIPOS DE CINTAS

As cintas para elevação são produzidas de acordo com as Normas

Internacional EN 1492 e Nacional NBR 15637:2008, garantindo assim a máxima

segurança na utilização das cintas em relação à sua capacidade de carga. Para

garantirem a máxima segurança, as cintas devem ser aprovadas nos mais

rigorosos testes, com total absorção de esforços e resistência a sucessivos

carregamentos. Leves e extremamente flexíveis, são ideais para içamento de

cargas de material delicado, superando em muito cordas, correntes e cabos de

aço.

As cintas de amarração são compostas por catracas e presilhas para

amarração de cargas tensionadas: amarração rápida, prática e mais segura. Evita

tombamentos, quedas e deslizes durante o percurso, conferindo maior valor

agregado às cargas transportadas. Para serem certificadas, as cintas de

amarração devem atender a Norma Internacional EN 12195 partes 1 e 2.

As cintas de amarração podem ser utilizadas com diversos tipos de

terminais de fixação e ancoragem, de acordo com a necessidade e características

específicos.

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Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar

revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em especial de poliuretano.

Normalmente estes de perfis são ajustáveis à cinta.

Utilizadas tanto na amarração, como na elevação de cargas, têm a função

de proteger as cintas durante a movimentação quando estão expostas a cortes

ou abrasão. Com diversos modelos e tipos, as proteções podem ser aplicadas nas

mais variadas posições e comprimentos, prolongando substancialmente a vida

útil das cintas.

FORMAS DE LEVANTAMENTO

As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas

diferentes de levantamento ilustrado .Algumas cintas são especificamente

designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento.

As formas mais comuns de cintas são:

• Cesto sem fim

• Com olhais sem reforço

• Com olhais reforçados

• Com terminais metálicos

No caso de terminais metálicos, eles devem ser feitos de forma que seja

possível passar um pelo outro para que se possa fazer uma laçada.

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FATOR DE SEGURANÇA (FS)

É a relação entre o limite de carga de trabalho especificado e a carga de

ruptura mínima efetiva da Cint. É usado nos ensaios laboratoriais (planejamento

da construção do produto), para atender a legislação e garantir a sua segurança

na hora da movimentação.

Sendo assim: Nunca exceda a capacidade da cinta na realização de

trabalhos de amarração e elevação de cargas.

ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO

Toda e qualquer cinta em utilização

deverá apresentar fixada em seu corpo uma

etiqueta de identificação onde deverá ser

apresentada todas as suas características

básicas. Devido ao envelhecimento das fibras,

em especial quando usadas ao ar livre ou em

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banhos químicos, a data de fabricação das cintas deve estar na etiqueta.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO POLIÉSTER

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CINTAS COM PROTEÇÃO EM ARAMIDA

ARAMIDA é um tecido resistente, criado com base na pesquisa avançada

de teias de aranha. Cientistas analisaram a aparente resistência dos finos fios das

teias que resistiam a

grandes impactos.

Tal resistência levou

as fabricas a

utilizarem a

ARAMIDA na

confecção de roupas

à prova de balas.

DICAS DE UTILIZAÇÃO E INSPEÇÃO DE ROTINA

a) Inspecionar as cintas antes de cada uso

(observando se há danos) e assegurar que

a identificação e a especificação estão

corretas (etiqueta do produto);

b) Inspecionar todos os encaixes e acessórios

usados em conjunto com a cinta;

c) Nunca utilizar cintas danificadas;

d) Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar

danos à cinta;

e) Proteger as cintas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se

reforços e proteções complementares, de modo a garantir a segurança

e vida útil da cinta;

f) Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga;

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g) As áreas de movimentação devem propiciar condições de forma que o

trabalho seja realizado com total segurança e serem

forma adequada, na vertical e no piso;

sinalizadas de

h) Obter catálogos técnicos, para melhorar o entendimento sobre o

produto;

i) Consultar a empresa fabricante para esclarecimentos adicionais,

quando houver dúvida no procedimento a ser realizado.

INSPEÇÕES

A inspeção preventiva é de fundamental importância para a manutenção

dos níveis de segurança e economia. As cintas devem ser examinadas em

intervalos regulares, dependendo da freqüência de uso, por pessoa qualificada.

Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um

ponto de desgaste que diminui o coeficiente de segurança da cinta, tornando seu

uso precário à segurança. Em situações de desgaste excessivo por abrasão,

solicitar proteções.

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Não utilizar cintas onde o desgaste por abrasão seja maior que 10% da

espessura original da cinta. (Ocorre geralmente quando a cinta é utilizada em

contato com área não plana da carga)

Nunca utilizar cinta sem proteção em carga que tenha a largura inferior à

da cinta. Na ocorrência de corte no sentido longitudinal, onde o corte ultrapasse

10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso. (Ocorre quando a cinta

sofre tensão desequilibrada ou contato com cantos vivos, agudos ou abrasivos)

Nunca utilizar sem proteções a cinta em contato com cantos vivos, agudos

ou abrasivos. Na ocorrência de corte no sentido transversal, onde o corte

ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso.

CRITÉRIOS BÁSICOS PARA INSPEÇÕES DE ROTINA

• Colocar a cinta em uma superfície plana;

• Examinar com atenção ambos os lados;

• Examinar cuidadosamente os olhais;

• Examinar cuidadosamente as proteções e os acessórios se houver;

• Todo o pessoal envolvido com o uso e as inspeções deve ser

treinado.

23. CINTAS - RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA

ITENS PARA UM LEVANTAMENTO SEGURO:

1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e

estabilidade.

2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação.

3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar

desgaste do

equipamento e acidentes.

4. Nunca use cintas avarariadas.

5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil

remoção, após o uso.

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6. Não deixe a

descarregá-la para

carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao

melhor poder elevá-la.

7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.

8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”, de seção lisa

e redonda.

9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho.

10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o

total do peso

está bem distribuído na tensão dos vértices da cinta.

CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

• Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga.

• Verificar condições de embalagem ou de amarração da carga.

• Se necessário, preparar proteções para cantos vivos.

• Preparar local de destino.

• Colocar o gancho de elevação perpendicularmente sobre o centro

de gravidade da carga.

• Não exceder as especificações técnicas.

• Não sobrecarregar o sistema ou equipamento de elevação.

• Posicionar a cinta corretamente na carga.

• Verificar se a carga está livre para movimentação.

• Verificar o balanceamento da carga.

• Em longos percursos de movimentação ou para cargas assimétricas,

utilizar guia não metálica na condução.

• Se a carga pender, baixá-la imediatamente.

• Evitar a colocação de mais de um par de cintas no mesmo gancho.

• Operar

bruscos.

a movimentação com suavidade, evitando movimentos

• Nunca utilize cintas avariadas

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• Sinalize o local de movimentação.

• Avise a todos os envolvidos e todos que estiverem na área de risco.

• Saia da área de risco.

• A sinalização ao operador deve ser feita por uma única pessoa.

24. GANCHOS Elemento de fixação da carga ao equipamento de

movimentação de carga. Normalmente fabricado em aço alta

liga através de processo de forjamento.

INSPEÇÃO:

- Devem ser substituídos os ganchos que apresentam qualquer um dos

defeitos a seguir:

a) deformações:

aumento em 10% da abertura da garganta do gancho;

torção em mais de 10% do plano do gancho;

Nota: Os valores mencionados aplicam-se exclusivamente aos ganchos

fabricados em aço de classe de resistência “M”, conforme a NBR 10070.

b) desgastes:

Desgaste de mais de 5% na base do gancho;

Desgastes na porca de fixação ou nos elementos de trava de fixação do

gancho;

c) corrosão:

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Alteração de mais de 5% nas dimensões da rosca da porca do gancho;

Alteração das medidas do gancho acima das tolerâncias originais

determinadas pelo fabricante;

d) fissuras superficiais:

No caso de fissuras superficiais que não podem ser

ultrapassar as tolerâncias permissíveis referentes às medidas

gancho deve ser substituído.

eliminadas sem

construtivas, o

- Recomenda-se a realização de END´s (LP ou PM) periodicamente para

avaliação dos ganchos de carregamento para detecção de trincas a fim de

detectarem possíveis deformidades.

-A inspeção visual de todos os ganchos deverá ser realizada em paralelo

com inspeção mensal de cabos de aço e estropos.

25. SINALIZAÇÃO MANUAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA No Brasil todo sinaleiro e operador deve ser treinado e passar por

reciclagem continua sobre o conteúdo da norma ABNT NBR- 11436.

O sinaleiro precisa ser capaz de se comunicar de forma rápida e eficiente

com o operador, para que este possa fazer o que exatamente precisa ser feito.

Felizmente para que esta comunicação seja feita de forma clara e segura, existe

uma linguagem universal para orientar os movimentos do guindaste. São os

sinais manuais. Estes mesmos sinais são usados oficialmente em todo o mundo,

mas aqui no Brasil, vemos algumas variações bastante criativas, por isto sempre

que um sinaleiro entra em um canteiro de obras este deve conversar com o

operador e os demais sinaleiros sobre as praticas locais, pois, estas variações são

regionais e de empresa para empresa.

RESPONSABILIDADES DO SINALEIRO:

O SINALEIRO SE TORNA AOS OLHOS DO OPERADOR DO EQUIPAMENTO:

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Muitas vezes, o operador não pode ver a carga, seja ao longo de um

telhado plano ou do outro lado de uma parede, etc... As vezes a carga está na

sua frente, e o operador não pode ver através dela e prever onde possa haver

um obstáculo.

O SINALEIRO DEVE TER CONSCIÊNCIA DE CADA MOVIMENTO QUE A

CARGA FARÁ A CADA SINAL:

Os sinais para guindaste destinam-se a dizer ao operador do equipamento

de movimentação o que ele deve fazer e em qual direção a carga irá. Um sinal faz

com que o equipamento se mova, gire suba e desça carga.

A elevação e transporte de cargas por aparelhos de elevação devem ser

regulados por um código de sinalização que comporte, para cada manobra, um

sinal distinto feito, de preferência, por movimentos dos braços ou das mãos,

devendo os sinaleiros ser facilmente identificáveis à vista.

Abaixo serão apresentados os sinais utilizados para movimentação de

cargas utilizados para movimentação com pontes rolantes e guindastes

giratórios.l

ABAIXE CARGA- Com o braço estendido para baixo e o

dedo indicador apontado para o solo, movimente a mão em

pequenos círculos horizontais.

ELEVE A CARGA- Com o antebraço na vertical e o dedo

indicador apontando para cima, movimente as mãos em

pequenos círculos horizontais.

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PARE- Com o braço na horizontal e a mão espalmada para

baixo, faça movimentos para a esquerda e para a direita.

rapidamente.

FAÇA MOVIMENTOS LENTAMENTE- Com a mão espalmada,

sobre a outra mão que está sinalizando. No exemplo: Eleve a carga

lentamente.

PARE O EQUIPAMENTO - Com o braço estendido para a

frente, mão aberta e levemente levantada, faça o movimento

empurrando na direção do equipamento. Com o guindaste em

movimento parar.

AMARRE TUDO (Catraca esticadores etc.)- Cruze as mãos

em frente ao corpo.

EMERGÊNCIA “PARE”- Com os dois braços estendidos na

horizontal e as mãos espalmadas para baixo, movimente

horizontalmente os braços para a esquerda e direita

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deslocamento.

MOVIMENTE O TROLLEY (Ponte rolante ou pórticos)- Com

o antebraço na vertical, indique com o polegar o sentido do

MOVIMENTE A PONTE OU O PÓRTICO- Com o braço

estendido na horizontal e a mão espalmada com os dedos

deslocamento.

apontados para cima, faça movimentos

MÚLTIPLOS TROLLEYS- Indique com um

no sentido do

dedo o trolley

assinalado com o número 1 e com dois dedos o trolley 2.

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26. NR-11_TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

Com base nos assuntos discutidos neste curso, foram retirados trechos da

Norma Regulamentadora nº 11 para comentários e discussão:

TRECHOS DA NORMA REGULAMENTADORA N° 11 (TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS) DA PORTARIA N° 3.214, DO MTB

11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,

transportadores industriais e máquinas transportadoras.

11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de

materiais, tais

como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, pontes rolantes,

talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes, transportadoras de diferentes

tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias

garantias de resistência e segurança, e conservados em perfeitas condições de

trabalho.

11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes,

roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente,

substituindo-se as suas partes defeituosas.

11.1 .3.2. Em todo equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima

de trabalho permitida.

11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o

operador deverá receber um treinamento específico, dado pela empresa, que o

habilitará nessa função.

11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de

advertência sonora (buzina).

11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente

inspecionados; e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser

imediatamente substituídas.

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ANÁLISE COMENTADA – NR-11

A Norma Regulamentadora 11, cujo título é Transporte, Movimentação,

Armazenagem e Manuseio de Materiais, estabelece os requisitos de segurança

mínimos a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao

transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto

de forma mecânica

trabalho.

quanto manual, de modo a evitar acidentes no local de

Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes, causados

pelos equipamentos de içamento e transporte de materiais, ocorridos com a

crescente mecanização das atividades que motivaram um aumento da

quantidade de materiais movimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem a

sua existência jurídica assegurada no nível de legislação ordinária, nos artigos

182 e 183 da CLT.

Para uma melhor interpretação seguem algumas perguntas e respostas da

NR-11 referentes aos nossos objetos de estudo neste curso comentadas:

A. QUAIS OS CUIDADOS ESPECIAIS QUE SE DEVE TOMAR NA OPERAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS?

Segundo o item 11.1 da NR 11, os equipamentos utilizados na

movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,

guindastes, monta-cargas, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos,

esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e

construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e

segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho:

1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas

e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as

suas partes defeituosas;

2. Em todo o equipamento será indicada, em lugar visível, a carga máxima

de trabalho permitida;

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• Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador

deverá receber um treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará

nessa função;

• Os equipamentos de transporte motorizados deverão

advertência sonora (buzina);

possuir sinal de

• Todos os transportadores industriais serão permanentemente

inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão

ser, imediatamente, substituídas;

B. COMO SÃO CLASSIFICADOS OS EQUIPAMENTOS DE IÇAMENTO?

Os equipamentos de içamento podem ser classificados como: talhas

manuais e elétricas, pontes-rolantes, guindaste de cavalete, de torre, de cabeça

de martelo, lança horizontal e móvel sobre rodas ou esteiras.

C. QUAIS OS RISCOS NA ATIVIDADE DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?

As operações envolvendo estes equipamentos representam um risco

adicional no local de trabalho. É importante que a operação de içamento seja

coordenada com o resto do trabalho e que seja dada especial atenção à

possibilidade de queda de objetos. A movimentação de carga sobre locais onde

circulam pessoas implica em riscos adicionais, que devem ser evitados isolando-

se a área onde esteja ocorrendo a operação. Desta forma, não deve ser

permitida a movimentação onde pessoas executem outras atividades, sendo esta

uma condição de grave risco de acidentes fatais.

D. QUAIS OS SINAIS UTILIZADOS NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?

Os trabalhos que envolvam gruas e guindastes móveis elevados sempre

serão executados sob a supervisão de uma pessoa qualificada e experiente. É

importante incluir, no treinamento, os seguintes procedimentos de sinalização

para movimentação de cargas:

• Subir - Com o antebraço na vertical e o indicador apontando para cima

mover a mão em pequenos círculos horizontais.

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• Baixar - Com o braço estendido para baixo e o indicador apontando para

baixo, mover a mão em pequenos círculos horizontais.

• Deslocar a Ponte - Com o braço estendido para frente, mão aberta e

ligeiramente levantada, fazer movimentos de empurrar

movimento.

na direção do

• Deslocar o Carro - Palma da mão para cima, dedos fechados, polegar

apontando na direção do movimento, sacudir a mão horizontalmente.

• Carros Múltiplos - Levantar um dedo para o gancho número 01 e dois

dedos para o gancho número 02.

• Parar - Com

posição rigidamente.

o braço estendido, palma da mão para baixo, manter a

• Mover Levemente - Usar uma mão para dar qualquer sinal de

movimentação e colocar a outra mão parada em frente da

realizando o sinal de movimento.

mão que está

• Parada de Emergência - Com o braço estendido e palma da mão para

baixo, executar movimentos para esquerda e direita.

• Eletroímã Desligado - O pontoneiro abre os braços, com as palmas das

mãos para cima.

E. QUAIS SÃO OS PONTOS CRÍTICOS A SEREM VERIFICADOS NO

TRABALHO DE INSPEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE

MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?

As inspeções periódicas devem ser executadas com especial atenção à

verificação da sustentação da estrutura da grua, testes para determinar a rigidez

das correntes ou cordas, lubrificação e ajuste dos freios. Os pontos críticos para

inspeção e controle são:

• Sensor de sobrecarga para guinchos grandes;

• Dispositivos para evitar que a carga entre em contato com o

equipamento, saia do lugar ou se choque com outro equipamento;

• Freios para os controles dos acessórios de içar;

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• Ganchos com travas para que o olhal ou laço do cabo não escorregue

(ganchos abertos devem ser proibidos).

F. QUAIS SÃO AS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT A SEREM USADAS COMO

REFERÊNCIA NA INSPEÇÃO DE CABOS DE AÇO UTILIZADOS EM

EQUIPAMENTOS DE IÇAMENTO DE CARGA?

A revisão da NR 22 trouxe grande contribuição para estabelecer os

requisitos técnicos para o uso e inspeção de cabos, correntes e outros meios de

suspensão ou tração e suas conexões conforme estabelece o item 11.1.3.1 da NR

11.

Os cabos de aço devem ser projetados, especificados, instalados e

mantidos em poços e planos inclinados, conforme as instruções dos fabricantes e

o estabelecido nas normas da ABNT, em especial:

• NBR 6327 - Cabo de aço para uso geral: requisitos mínimos;

• NBR 11900 - Extremidades de laços de cabos de aço;

• NBR 13541 - Movimentação de carga: laço de cabo de aço: especificação;

• NBR 13542 - Movimentação de carga: anel de carga;

• NBR 13543 - Movimentação de carga: laços de cabo de aço: utilização e

inspeção;

• NBR 13544 - Movimentação de carga: sapatilho para cabo de aço;

• NBR 13545 - Movimentação de carga: manilhas.

As inspeções freqüentes consistem na avaliação visual por pessoa

qualificada e familiarizada antes do início de cada trabalho de modo a detectar

possíveis danos no cabo de aço que possam causar riscos durante o uso, como

seguem abaixo:

• Distorções no cabo, tais como: dobras, amassamentos, alongamento do

passo, gaiola de passarinho, perna fora de posição ou alma saltada;

• Corrosão em geral;

• Pernas rompidas ou cortadas;

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• Número, distribuição e tipo de ruptura dos arames visíveis.

• Redução por Desgaste.

G. EXISTE ALGUMA CERTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA OS

EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?

Os cabos, correntes e outros meios de suspensão ou tração e suas

conexões devem ser previamente certificados por organismo credenciado pelo

Inmetro ou por instituição certificadora internacional.

H. COMO SE DEVE PROCEDER ÀS INSPEÇÕES DOS EQUIPAMENTOS E

ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA?

As inspeções freqüentes e periódicas não precisam ser realizadas em

intervalos iguais e devem ser mais freqüentes quando se aproxima o final da vida

útil do cabo de aço. As inspeções periódicas devem ser realizadas por pessoa

qualificada.

Recomenda-se que sejam feitas inspeções diárias, realizadas pelo

operador, antes do início de cada turno. Os operadores serão treinados para

identificar visualmente os defeitos, devendo existir uma lista de verificação para

que seja possível registrá-los.

I. QUAIS OS CUIDADOS A SEREM TOMADOS NAS INSPEÇÕES DE CABOS?

Esta inspeção abrangerá o comprimento total do cabo. Os arames externos

das pernas devem estar visíveis ao inspetor durante a inspeção. Qualquer dano

no cabo que resulte em perda significativa da resistência original deverá ser

registrado e considerado o risco implicado na continuidade do uso deste cabo,

tais como:

• Todos os itens listados na inspeção freqüente;

• Redução do diâmetro do cabo abaixo do seu diâmetro nominal, devido à

deterioração da alma, corrosão interna / externa ou desgaste dos arames

externos;

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• Corrosão acentuada ou arames rompidos junto aos terminais;

• Terminais mal instalados, desgastados, tortos, trincados ou com

corrosão;

Devem ser tomados cuidados especiais para se inspecionar trechos do

cabo que

possam sofrer deterioração muito rápida, conforme segue:

• Trechos em contato com selas de apoio, polias equalizadoras ou outras

polias nas quais o percurso do cabo é limitado;

• Trechos do cabo junto ou próximo aos terminais onde possam aparecer

arames oxidados ou rompidos;

• Trechos sujeitos a flexões alternadas;

• Trechos do cabo que fiquem apoiados nos beirais das platibandas dos

edifícios, ou ainda, trechos torcidos como “parafusos”;

• Trechos do cabo que normalmente ficam escondidos durante a inspeção

visual, tais como as partes que ficam sobre as polias.

J. QUANDO SE DEVE SUBSTITUIR UM CABO DE AÇO?

Para que se possa ter dados para decidir o momento adequado da

substituição de um cabo de aço, deve ser mantido um registro de toda inspeção

realizada. Neste registro, deverão constar os pontos de deterioração listados

anteriormente e as substituições realizadas.

Não existe uma regra precisa para se determinar o momento exato da

substituição de um cabo de aço, uma vez que diversos fatores estão envolvidos.

A possibilidade de um cabo permanecer em uso dependerá do julgamento de

uma pessoa qualificada. Deverá ser avaliada a resistência remanescente do cabo

usado, em função da deterioração detectada pela inspeção. A continuidade da

operação do cabo dependerá da sua resistência remanescente.

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NR-11 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

• As normas técnicas da ABNT NBR 13543 e NBR 6327, que tratam dos

aspectos técnicos envolvidos na utilização de equipamentos para movimentação

de materiais e cabos de aço, devem ser consultadas.

• Os equipamentos de içamento de cargas devem ser projetados para o

uso seguro, em todas as condições operacionais, possuindo todos os dispositivos

de segurança necessários. Devem ser inspecionados periodicamente e passar por

manutenções preventivas e corretivas. Estes equipamentos são constituídos,

principalmente, de:

_ Guinchos (gaiolas de içar, plataformas e cubas);

_ Gruas, elevador, blocos de roldana ou outros dispositivos com ganchos;

_ Acessórios, tais como: correntes, ganchos, garfos, elevadores, grampos,

caixas para elevação de materiais e equipamentos similares.

• O gancho, apesar de merecer uma atenção especial, pois é a parte mais

fraca do sistema de içamento, não quebra de repente. Ele sofre uma

deformação, que pode ser acompanhada nas inspeções periódicas. Sempre que

possível, deve ser usado gancho de segurança com trava ou gancho específico

para o serviço a ser feito.

• Os cabos de

merecem inspeções

aço são muito utilizados nas operações industriais e

rigorosas e freqüentes. Sinais de deterioração indicam a

necessidade de troca imediata. O mais grave deles é a corrosão, principalmente

quando a mesma se inicia no interior do cabo. Outras causas freqüentes de

desgaste incluem: fadiga do material, sobrecarga, falta de lubrificação e dobras.

• As inspeções dos cabos de aço podem ser subdivididas em freqüentes e

periódicas.

• No caso de se detectar um dano no cabo de aço, o mesmo deverá ser

retirado de

qualificada.

serviço ou submetido a uma inspeção por uma pessoa

• As inspeções devem ser determinadas pelo engenheiro responsável pela

obra ou pessoa qualificada e que seja responsável pela manutenção e instalação

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dos cabos de aço, baseando-se em fatores tais como: a expectativa de vida do

cabo determinada pela experiência anterior ou em instalações similares;

agressividade do meio ambiente; relação entre a carga usual de trabalho e a

capacidade máxima do equipamento; e freqüência de operações e exposição a

trancos.

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27. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

API- 2C

Manual Técnico de Cabos – CIMAF

NBR 4309 (Equipamento de movimentação de carga, cabo de aço,

cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte)

NBR-11436 (Sinalização manual para movimentação de carga por

meio de equipamento mecânico de elevação)

NBR-13541 (Movimentação de Carga - Laço de

Especificação)

NBR-13543 (Movimentação de Carga - Laço de

Utilização e Inspeção)

Cabo de Aço -

Cabo de Aço -

NBR-13129 (Cálculo da carga do vento em guindaste)

NBR-8400 (Calculo de Equipamento Para Levantamento e

Movimentação de Carga)

NR-11 (Transporte, movimentação, armazenagem

materiais)

e manuseio de

NBR-9974 – Talhas De Cabo Com Acionamento Motorizado

NBR-9986 - Talhas Em Geral

NBR-9967 - Talha Com Acionamento Motorizado

NBR- 9968 – Talhas com acionamento manual – Classificação

NBR-9986 – Talhas em geral – Terminologia

NBR-10401 – Talhas de corrente com acionamento manual –

Especificação

NBR-10402 – Talhas de corrente com acionamento manual –

Ensaios mecânicos – Método de ensaio;

NBR 10070 – Ganchos haste forjados para equipamentos de

levantamento e movimentação de cargas –

propriedades mecânicas – Padronização;

Dimensões e

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