ponte rolante senai

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DENDEZEIROS OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA: Ponte rolante

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Page 1: Ponte Rolante Senai

DENDEZEIROS

OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOSDE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA:

Ponte rolante

Page 2: Ponte Rolante Senai

DENDEZEIROS

OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOSDE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA:

Ponte rolante

Salvador2007

Page 3: Ponte Rolante Senai

Copyright © 2007 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados

Área Tecnológica: Construção Civil

Elaboração: Labibe Silva Ribeiro

Revisão Técnica: Gleice Maria de Araújo Ribeiro e Labibe Silva Ribeiro

Revisão Pedagógica: Jaylene Fagundes Xavier Soares

Normalização: Núcleo de Informação Tecnológica - NIT

Catalogação na fonte (NIT – Núcleo de Informação Tecnológica)

_

SENAI- DR BA. Montador de Andaimes Qualificação: Módulo III – Teórico Específico. Salvador, 2007.99 f.: il. (Rev.01).

1. Flambagem 2. Andaime Tubular 3. Postes4. Longarinas I. Título

CDD 624 __

SENAI DENDEZEIROSAv. Dendezeiros do Bonfim, 99CEP: 40.415.006Tel.: (71)3310-9970Fax. (71)3314-9661Site: www.fieb.org.br/senaiE-mail: [email protected]

Page 4: Ponte Rolante Senai

Sumário

1. Norma Regulamentadora - 11................................................................................................ 6

2. Conceito............................................................................................................................... 8

3. Sistema de tração................................................................................................................ 10

4. Sistema de proteção............................................................................................................ 12

5. Acessórios........................................................................................................................... 15

6. Sistema de comandos......................................................................................................... 17

7. Operação ............................................................................................................................ 18

8. Inspeção do equipamento (check-list)................................................................................. 19

9. Transporte e movimentação de cargas............................................................................... 21

10. Práticas operacionais....................................................................................................... 23

11. Noções e defeitos mecânicos e elétricos.......................................................................... 24

12. Manutenção....................................................................................................................... 25

13. Normas de segurança........................................................................................................ 26

14. Operação e içamento de ligas e cabo de aço.................................................................... 28

15. Estrutura do cabo de aço................................................................................................... 29

16. Aplicação correta de grampos em laços............................................................................ 33

17. Utilização de cabos e lingadas para movimentação de cargas........................................ 34

18. Procedimentos de segurança............................................................................................ 35

19. Sinais convencionais “Manual”.......................................................................................... 39

20. Plano de contingência......................................................................................................... 42

21. Conceitos básicos SGA..................................................................................................... 43

Referências....................................................................................................................... 44

Anexo 1............................................................................................................................. 46

Anexo 2............................................................................................................................. 47

Anexo 3............................................................................................................................. 48

Page 5: Ponte Rolante Senai

APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão de qualidade e

produtividade da indústria, o SENAI BA desenvolve programas de educação profissional

e superior, além de prestar serviços técnicos e tecnológicos. Essas atividades, com

conteúdos tecnológicos são direcionadas as indústrias nos diversos segmentos, através de

programas de educação profissional, consultorias e informação tecnológica, para profissionais

da área industrial

ou para pessoas que desejam se profissionalizar visando a sua inserção no mercado de trabalho.

Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.

Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional,

apresentando uma linguagem simples e de fácil assimilação. Possibilita ao profissional da área

de movimentação de cargas a aquisição de conhecimentos técnicos, normativos e práticos,

contribuindo para a sua formação profissional.

O mercado cada vez mais competitivo está exigindo empresas e profissionais com habilidades

e atitudes diferenciadas. Busca-se continuamente a qualidade em produtos e serviços. Os

temas aqui abordados constituem conteúdo relevante na formação profissional do operador

de ponte rolante. Leia, estude, analise, tenha como objetivos compartilhar conhecimentos e

ser um bom profissional.

Page 6: Ponte Rolante Senai

1. Norma Regulamentadora - 11

1.1 NR-11 (Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais)

11.1 – Normas de Segurança para Operação de Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais

e Máquinas Transportadoras.

11.1.3 – Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como,

ascensores, elevadores de cargas, guindaste, monta-carga, pontes rolantes, talhas,

empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes e transportadores de diferentes tipos, serão calculados

e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança, e

conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1 – Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que

deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

11.1.3.2 – Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho

permitida.

11.1.3.3 – Para os equipamentos destinados 'a movimentação de pessoas serão exigidas condições

especiais de segurança.

11.1.5 – Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o operador deverá receber um

treinamento especifico dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

11.1.6 – Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e

só poderão operar e/ou dirigir o equipamento, se durante o horário de trabalho portarem cartão

de identificação, com o nome e fotografia em lugar visível.

11.1.6.1 – O cartão terá validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto e, para revalidação, o empregado

deverá passar por um exame de saúde completo, por conta do empregador.

11.1.8 – Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças

defeituosas, ou que apresentam deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.

1.2 NBR - 11095, Norma que regulamenta os critérios de utilização de talhas de cabo com acionamento motorizado.

1.2.1 Objetivo

Esta norma fixa as condições mínimas exigíveis para inspeção, instalação, ensaios operacionais,

6

Page 7: Ponte Rolante Senai

manutenção e operação de talhas de cabo com acionamento motorizado visando garantir

a segurança na sua utilização e fornecer aos usuários informações gerais sobre as características

e cuidados a dispensar a estes equipamentos.

1.2.2 Aplicação

Para aplicação da mesma é necessário consultar Normas Complementares, para cada caso

específico. Ex.: tipo, modelo de talha, tipo de serviço, local de instalação, ambiente de operação etc.

1.3 Orgão Fiscalizador

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e o Sistema Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial.

1.3.1 Origem

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CB – Comitê Brasileiro de Mecânica

CE – Comissão de Estudo de Talhas de Cabo

7

Page 8: Ponte Rolante Senai

riódicas e manutenção na estrutura das vigas

2. Conceito

A Ponte Rolante é um equipamento motorizado, destinado para transporte e movimentação de

cargas dentro de suas especificações e capacidades. É constituída de três elementos estruturais e

três sistemas básicos de tração.

2.1 Elementos estruturais

2.1.1 Vigas

É um componente estrutural que liga os dois truques e sobre o qual trafega o carro transportador,

fazendo com que a ponte possa executar transportes transversais.

O perfil das vigas pode ser constituído de várias formas, sendo os mais usuais a viga tipo caixão,

tubular e a viga em treliça.

Para permitir o movimento do carro transportador pelas vigas, são fixados em geral na parte

superior, dois trilhos formando a pista de rolamento do carro. Para permitir o acesso ao carro

transportador quando o mesmo estiver no meio do vão e para a cabine, foi construído um

passadiço que serve também para inspeções pe

2.1.2 Truques

Componente estrutural de ligação das vigas onde são montadas as rodas da ponte. Esta ligação é

feita por parafusos na parte superior e lateral interna dos truques, tendo como seu principal elemento

de fixação estrutural, os parafusos das partes superiores em função das pontes rolantes terem sido

projetadas para içamento de cargas e não para o arraste.

Nos truques ficam instalados os freios de estacionamento que são dispositivos mecânicos para

travar qualquer tentativa de arraste pela ação de elementos externos, como vento excessivo e

choque de outra ponte.

8

Page 9: Ponte Rolante Senai

2.1.3 Carro Transportador / Trolei

Componente que transporta o sistema de guincho e se desloca pelas vigas da ponte, acionando os

movimentos de subida e descida da carga, como também os movimentos transversais (Leste/Oeste).

2.1.4 COMPONENTES

Ganchos, Cabos de Aço, Polias, Freio de Elevação, Translação, Motores, Redutores, Vigas, Tambor

de Cabos de aço (Dromo), Condutores e Painéis Elétricos, Botoeira, Controle Remoto.

9

Page 10: Ponte Rolante Senai

3. Sistema de tração

3.1 Sistema de tração

É um sistema elétrico/mecânico de acionamento que permite a movimentação da ponte no sentido

longitudinal (Norte/Sul). Esse sistema pode ser realizado pôr um motor elétrico, e freiado pôr um

freio tipo expansão interno (Freio de segurança) instalado no meio da ponte, no passadiço

com acionamento das rodas motoras através de varão (Tubo mecânico) e mancais. Poderá

também ser realizado pôr dois motores independentes ou até mesmo por (04) quatro motores, um

em cada roda motora com sistema motoredutor com freio cônico acionados sincronamente.

3.2 Sistema de tração do carro transportador (TROLEI)

É um sistema de acionamento elétrico/mecânico que permite a movimentação do carro

transportador pelas vigas da ponte rolante no sentido transversal (Leste/Oeste), realizado

por dois motores independentes um em cada roda motora, também com sistema motoredutor,

freio cônico e acionados sincronamente.

3.3 Sistema de tração do guincho de elevação

É um sistema elétrico/mecânico de acionamento de um motoredutor que permite a movimentação

de cargas no sentido vertical, possibilitando os movimentos de subida e descida da carga. É

realizado pôr um motor elétrico e travado por um sistema de freio tipo expansão interna (Freio de

segurança), isto é, quando falta energia elétrica o freio se fecha não permitindo o seu

funcionamento. Componentes do guincho: motor, freio motor, eixo, freio de carga, dromo

(tambor), cabos de aço, polias, suportes, caixa de gancho, mancais e gancho.

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Page 11: Ponte Rolante Senai

3.4 Sistema de variação de velocidades

3.4.1 Banco de resistência/inversor de frequência

A variação de velocidades pode ser realizada através do Banco de Resistência, onde o

acionamento dos motores é executado com a energia elétrica passando primeiro através

de um banco de resistência, fazendo com que, para se obter os pontos de velocidade menor

acrescenta-se mais placas de resistência, consumindo energia sem transformá-la em potência

para os motores e vice- versa quando necessitamos de maior velocidade, isto é, menos placas de

resistência mais energia elétrica para os motores, transformando em maior velocidade. Quanto ao

inversor de freqüência além

de não permite a inversão de sentido da ponte (REVERSÃO) e a redução brusca de velocidades,

elimina também os riscos de queimar o motor de translação, descarrilamento e balanço da carga.

3.4.2 Variador de frequência

O variador de freqüência faz a variação da velocidade através da variação de freqüência

das correntes elétrica que vão para os motores elétricos, fazendo com que os mesmos

mudem de velocidades.

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11

Page 13: Ponte Rolante Senai

4. Sistema de proteção

4.1 Limitador automático (Chave-limite)

Dispositivo localizado no guincho do trolei, que permite a paralisação total do gancho quando o

mesmo atinge a altura máxima de elevação, não permitindo que o guincho venha a romper os cabos

de aço, causando sérios danos ao equipamento e graves acidentes.

4.2 Pára-choque/batedores

Localizados nas extremidades dos truques e servem para amortecer o impacto da ponte contra os

batedores dos finais do caminho de rolamento, evitando o descarrilamento da ponte. Os

pára- choques podem ser hidráulicos, de molas, borracha ou madeira.

Batedor Pára-choque

12

Page 14: Ponte Rolante Senai

4.3 Chave geral

Dispositivo localizado na cabine ou parte superior da ponte, que quando acionada, desliga totalmente

a ponte rolante. Quando o operada por botoeira ou controle remoto acionar o botão de emergência..

LIGA

DESLIGABotão de emergência

Chave geral

4.4 Freios

Dispositivos que servem para interromper os movimentos de translação da ponte. De acordo com

o modelo ou fabricante o tipo de freio que pode ser eletro-magnético, hidráulico, magnético

ou mecânico.

Porcas de ajustagem de entreferro

Barra de torque

Porca trava (1)

Tampão de fricção

Polia de freio

Porca de ajustagem da molaGarfo Porca de trava (2)

Entreferro “S”

Armadura

Parafuso de ajustagem e porca de trava (3) para equalização das sapatas

Page 15: Ponte Rolante Senai

13

Page 16: Ponte Rolante Senai

4.5 Extintor de incêncio (gás carbônico)

Equipamento utiliza3do geralmente nas pontes com cabine em elevação.4

2

5 1 – Difusor

6 2 – Mangueira

73 – Trava de Segurança

4 – Gatilho8

5 – Alça9

6 – Válvula de Descarga1

7 – Cinta

8 – Cilindro

9 – Selo ABNT

14

Page 17: Ponte Rolante Senai

5. Acessórios

Dispositivos utilizados para transportar e movimentar cargas dentro de suas especificações ecapacidades.

Tipos utilizados: eletroímã, tenaz, cintas, estropos, balancim, dinamômetro, moitão, gancho

balança, garra hidráulica.

Eletroimã Tenaz

Balancim

Cinta

15

Page 18: Ponte Rolante Senai

Estropos

Dinamômetro

MoitãoGancho Balança

Garra Hidráulica

16

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6. Sistema de comandos

Os comandos das Pontes Rolantes podem ser operados através da Cabine (Manetes, Joystck),

Botoeira e Controle Remoto.

Sobedesce

Sobe desce

Gancho Principal

Gancho Auxiliar

EsquerdaDireita Trolei

NorteSul Ponte

Botoeira

Controle remoto

17

Page 20: Ponte Rolante Senai

7. Operação

a) As pontes rolantes e talhas devem ser operadas somente por Operadores especificamente

treinados ou designados para tais tarefas.

b) Os operadores selecionados devem ter alto grau de responsabilidade e bom entendimento de

equipamento mecânico. Cabe observar que o trabalho com pontes rolantes, talhas

e equipamentos similares pode acarretar situações de perigo para pessoas e equipamentos,

que somente podem ser evitados através de uma operação cuidadosa e responsável

pelos operadores.

Ponte com controle remoto

18

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8. Inspeção do equipamento (check-list)

Antes de iniciar a jornada de trabalho, o operador deve fazer a manutenção diária (check-list) e

preencher a ficha de inspeção da ponte rolante verificando:

Uso do EPI correto e adequado;

Testar os comandos da botoeira, manetes, joystck ou controle remoto, observando

qualquer tipo de danos;

Testar o botão de emergência do comando e/ou chave-geral;

As condições de uso dos cabos de aço do guincho de elevação;

Testar o freio limite do guincho de elevação (superior e inferior);

Testar o freio do guincho:

Testar o freio dos movimentos de translação;

Testar o freio dos movimentos do trólei (carrinho):

Verificar a existência dos batedores e pára-choques da ponte, das laterais do prédio e do trólei;

Testar o sistema de alarme (sino ou sirene);

Verificar vazamentos de óleo nos redutores e batedores;

Verificar a existência de portas abertas nos painéis elétricos e bancos de resistência;

Verificar os parafusos do eixo das rodas de tração dos truques e trolei (ponte c/cabine

em elevação);

Verificar o extintor de incêndio (cabine em elevação);

Verificar a existência de objetos e materiais diversos sobre a estrutura da ponte;

Testar a iluminação;

Inspecionar as condições de uso dos acessórios e dispositivos para movimentação de cargas.

Page 22: Ponte Rolante Senai

19

Page 23: Ponte Rolante Senai

CHECK LIST

DATA

TURNO

01 02 03 04 05 06 07

A B C A B C

Itens a seremInspecionados

h00-08

h08-16

h16-00

H00-08

h08-16

h16-00

h00-08

h08-16

h16-00

h00-08

h08-16

h16-00

h00-08

h08-16

h16-00

h00-08

h08-16

h16-00

h00-08

h08-16

h16-00

Verificar caixa redutora(trincas, fixação,

vazamentos)

Verificar as condições do cabo de aço do guincho

Verificar botões da botoeira (fixação, placas

indicadoras)Testar botão de

emergência (pressionado a ponte não funciona).

Testar sirene.

Testar iluminação.

Testar movimento translação (ruído, freio).

estar movimento direção(ruído, freio).

Testar limites do carro(movimentar totalmente

para esquerda e para direita, vê parar antes de se chocar com batentes).erificar se o cabo de aço

da suspensão se está orretamente nas roldanas o guincho de suspensão.

Testar movimento de suspensão (ruído, freio)

estar chave-limite (elevar o guincho totalmente que

deverá parar automaticamente).

NOME DO OPERADOR RESPONSÁVEL

N Normal/ Com defeito, sem afetar operação da ponteX Com defeito, afetando a operação da ponte

8.1 Formulário de inspeção

LEGENDA

20

Page 24: Ponte Rolante Senai

9. Transporte e movimentação de cargas

9.1 Elevação de Cargas

Quando se tem tudo pronto para elevar uma carga, o operador deve acionar o primeiro estágio de

velocidade do comando da botoeira, para tirar a folga dos cabos de aço. Esse procedimento

evitará o puxão e possivelmente a deformação dos cabos de aço.

Quando o cabo de aço estiver esticado, acionar lentamente o comando até que a carga comece a

se mover. Em seguida acionar o comando do primeiro para o segundo estágio de velocidade, para

elevar definitivamente a carga.

Obs: Em toda e qualquer elevação de carga, deve-se tomar cuidado de verificar se o freio do guincho,

é capaz de sustentar a carga suspensa. Para isso o operador deve elevar a carga a

alguns centímetros do piso (5 a 10cm) e observar. Caso contrário, baixar a carga novamente e

solicitar reparos à oficina de manutenção. Como também manter uma distancia mínima de dois

metros entre o operador e carga e o máximo de cinco metros.

Ao elevar a carga, o motor do guincho trabalha contra a ação da gravidade, e por isso, deverá

dispensar um maior esforço para deslocar uma carga pesada do que uma leve, sua velocidade

será mais lenta com a carga pesada do que com a leve.

O freio do guincho se solta quando o motor é acionado e atua para sustentar a carga em

qualquer posição quando pára. Este freio é automático e, por ser provido de molas, atua

instantaneamente quando há falta de energia.

9.2 Transporte

Em todo transporte de carga é importante que o operador antes da movimentação, acione a

sirene para alertar as pessoas que estão em volta e/ou próximas do equipamento, em seguida

verificar se o acessório utilizado é adequado ao tipo de carga e se o engate está perfeito, antes da

elevação total da mesma. A altura segura de transporte de uma carga é de 20 a 50cm do piso ou

de acordo com as regras e normas de segurança estabelecida pela empresa.

Para o transporte de cargas especiais as empresas normalmente, possuem normas e regras próprias

de movimentação e utilização dos acessórios individuais. Procure conhecê-las e utilizá-las em seu

trabalho, pois assim você estará contribuindo para melhor utilização da ponte e de sua segurança.

9.3 Descida de Carga

Quando o guincho desce a gravidade é favorável ao motor, de modo que as condições são

exatamente opostas ao da elevação, isto é, uma carga pesada requer menos força para descer que

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21

Page 26: Ponte Rolante Senai

uma leve, e portanto, desce mais rapidamente.

Para evitar a descida muito rápida de uma carga pesada, existem dois sistemas que, por serem

automáticos, não causam preocupação ao operador. Um dos sistemas consiste em um freio de

carga mecânica que é montado dentro do mecanismo do dromo, para limitar a velocidade do

motor sob quaisquer condições. Este sistema, porém, por ser primitivo, tem sido substituído

pela “descida dinâmica” um circuito todo elétrico provido de controle. Ambos os sistemas

são automáticos e seguros.

Quando se baixa uma carga, ao aproximá-la do piso, o operador deve reduzir a velocidade e

colocar o comando na posição neutra. Em seguida, baixar cuidadosamente, até que a mesma

fique totalmente apoiada no piso.

Ao realizar movimentos fracionários para baixar uma carga em um ponto desejado, move-

se o controle para a posição neutra, evitando os movimentos rápidos e excessivos do controle

entre os dois pontos. A operação muito rápida não dá tempo para que o magnetismo do sistema

elétrico atue devidamente a ponto de soltar o freio. A operação morosa pode fazer a carga descer

muito longe do ponto desejado. Os movimentos curtos, além de proporcionarem segurança,

eliminam também o desgaste desnecessário dos controles da ponte.

9.4 Balanço da carga

O balanço da carga é o resultado da conexão flexível entre a ponte rolante e a carga através dos

cabos de aço, formando um ângulo com a perpendicular durante os movimentos de translação

e/ou transversal. Para evitar o pêndulo, ou seja, o balanço da carga, o operador deve reduzir a

velocidade, desligando o comando do movimento da ponte antes do local de descarga. Quando a

carga balançar, acionar os movimentos da ponte acompanhando o balanço da carga de maneira

que, tanto a ponte como a carga possam ter seus movimentos simultaneamente interrompidos,

quando atingirem o local

de descarga.

diminuir a marcha neste ponto

inicioponto de descarga

fim

mover rapidamente até este ponto

evitar isso

pararexatamente neste ponto

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22

Page 28: Ponte Rolante Senai

10. Práticas operacionais

a) Não balance ou dê arrancos na carga;

b) Antes de comandar qualquer movimento da ponte ou talha, o operador deve certificar-se de que

a operação não coloca em perigo as pessoas que estão na área;

c) Nunca deixe a botoeira balançando com a ponte em movimento, além de danos materiais, pode

atingir pessoas e o próprio operador;

d) Durante o içamento de cargas manter os cabos na verticalidade;

e) Manter a distância mínima de 1,5 m entre uma ponte e outra;

f) Manter a distancia mínima de 2,0m entre o operador e carga e a máxima de 5,0m (Controle

Remoto e Botoeira);

g) Não empurrar ou bater uma ponte contra a outra;

h) Não transportar cilindros de gases com a ponte rolante;

i) Não transportar cargas acima da capacidade nominal da ponte;

j) Não balance a carga para depositá-la à distância;

k) As cargas devem ser transportadas a uma altura de aproximadamente 20 a 50cm do piso, de

acordo com as condições da área, ou as normas de segurança exigida pela empresa;

l) Antes de transportar a carga, levantar um pouco e verificar o equilíbrio. Não havendo, poderá

ocorrer acidentes ou avarias com a carga.

10.1 Falhas operacionais

10.1.1 Quando em cargas presas

a) O cabo de aço ou correntes pode danificar e até mesmo arrebentar;

b) A caixa de engrenagens quebrar;

c) O motor e resistências podem queimar;

d) A estrutura da ponte pode empenar ou curvar-se;

e) Alterar o ângulo de abertura do gancho ou quebrar;

f) Deformação do carrinho (trólei) acarretando graves defeitos na instalação elétrica;

23

Page 29: Ponte Rolante Senai

11. Noções e defeitos mecânicos e elétricos

11.1 Defeitos Mecânicos

a) A carga desce mesmo que o comando da botoeira seja desligado;

b) O cabo não segue as ranhuras do tambor;

c) Guia do cabo e do esticador danificados;

d) Caixa de engrenagem com defeito;

e) Polia defeituosa;

f) Pastilha de freio gasta.

11.2 Defeitos Elétricos

a) Falta de corrente na linha de

alimentação. b) Fases trocadas.

c) Ligações soltas, circuito aberto, chave limite aberta, fio quebrado na botoeira, bobina

queimada.

d) Queima de fusíveis (fusíveis fracos, fiação aterrada, ligações erradas no motor, estator

queimado, contactores defeituosos, carga excessiva).

24

Page 30: Ponte Rolante Senai

12. Manutenção

12.1 Manutenção Preventiva

Deve ser estabelecido e seguido pelo usuário um programa de manutenção preventiva, baseado nas

recomendações do fabricante.

Obs.: A preventiva deve ser realizada por pessoal treinado e qualificado para este serviço (técnicos).

12.2 Inspeções

As inspeções freqüentes e periódicas do equipamento inserem-se nos programas de manutenção,

tanto no sentido de fornecer subsídios, como de evitar que falhas ou defeitos não detectados na

manutenção, venham a se converter em fatores de riscos graves.

As inspeções freqüentes (diárias) devem obedecer no mínimo:

a) A constatação do correto funcionamento dos sistemas:

de freio

de fins-de-curso

de comando e de eventuais dispositivos de

proteção. b) O exame visual do estado de conservação:

Dos meios de carga, em especial do cabo de aço, da qual a segurança vai depender do

bom julgamento do operador que vai determinar a capacidade remanescente de carga do

cabo.

Dos ganchos, moitões e/ou dispositivos de carga, verificando a inexistência de deformações

ou outras.

Obs.: As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas e corrigidas, eliminando as

suas causas. Deformações excessivas do gancho, geralmente indicam que o sistema foi operado

de forma imprópria, o que pode ter induzido danos em outros componentes.

As inspeções periódicas por serem completas devem ser realizadas por técnicos, em intervalos

definidos dependendo da severidade do serviço, das condições ambientais e das especificações

do fabricante.

Page 31: Ponte Rolante Senai

25

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13. Normas de segurança

Apresentamos a seguir as recomendações de segurança que farão parte do Programa deComportamentos Seguros de todas as áreas onde existem pontes rolantes, de qualquer tipo ou capacidade.

1. O operador é responsável pela segurança do pessoal e dos equipamentos existentes no piso.

2. Fazer a inspeção diária antes de iniciar a etapa de trabalho.

3. Verificar a capacidade nominal de cargas estipulada pelo fabricante.

4. Não elevar cargas com os cabos de aço e/ou correntes fora da verticalidade.

5. Não arrastar cargas durante o transporte.

6. Não transportar pessoas com a ponte ou talhas elétricas.

7. Não transportar cargas sobre pessoas ou equipamentos.

8. Cargas muito pesadas (próximo do limite da capacidade nominal) devem ser transportada no

mínimo possível de altura e de preferência no lado oposto ao barramento de eletrificação.

9. Verificar periodicamente os caminhos de rolamentos da ponte e do carrinho (trólei) antes de iniciar

o serviço.

10. Especial atenção deverá ser dada ao retirar e colocar cargas em veículos.

11. Não tencione ou alivie bruscamente os cabos de aço, pois poderá danificá-lo.

12. Não use o limitador para interromper o sistema de elevação do gancho sob condições normais

de trabalho.

13. Não dar reversão no motor para interromper o movimento da ponte (salvo em casos de

emergência).

14. Não elevar cargas e ao mesmo tempo movimentar o sistema de translação, transversal e

elevação da ponte.

15. Obedeça as normas de segurança estabelecidas nesse regulamento, e nos manuais de

segurança.

16. Só operar pontes se estiver habilitado e qualificado formalmente. A confirmação será

feita mediante apresentação de crachá atualizado. O operador só poderá executar as

atividades que estejam explicitadas no crachá.

17. Conhecer a capacidade de cargas e características da ponte que estiver operando. Conhecer

o tipo e peso da carga a ser movimentada. A confirmação será efetuada através de

perguntas específicas, relacionadas com o tipo de ponte.

18. Conhecer o sistema de sinalização de pontes (cabine/ botoeira/controle remoto).

19. Inspecionar e preencher corretamente o check-list da ponte no início de cada turno. Para os itens

críticos, paralisar a operação. Para os demais itens providenciar a manutenção.

20. Ficar atento às pessoas e equipamentos na área de movimentação da ponte.

21. Transportar cargas a uma altura superior a 20 cm e inferior a 50 cm, ou de acordo com as normas

de segurança especificada pela empresa.

22. Não utilizar todos os recursos dos comandos ao mesmo tempo, durante o transporte e

movimentação de cargas perigosas. Só é permitido este tipo de operação nas atividades

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26

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comprovadamente necessárias, e que não venha afetar a segurança da operação e sobrecarga

no sistema elétrico.

23. Conhecer os dispositivos de emergência das pontes (chave ou botão de emergência, chave

geral).

24. Não abandonar a ponte com o comando geral ou botão de emergência ligado.

25. Nas pontes rolantes operadas através de controle remoto, nunca deixar a chave no controle após

a operação e mantenha sempre uma bateria carregada.

26. Utilizar os alarmes das pontes durante o transporte (sonoro ou luminoso) de cargas.

27. Conhecer e seguir os procedimentos operacionais indicados para cada tipo de ponte.

28. Utilizar os equipamentos de proteção individual recomendados pela empresa.

29. Conhecer e respeitar os riscos inerentes a cada área de atuação das pontes rolantes.

30. Conhecer e inspecionar os dispositivos de içamento antes de utilizar, e saber inspecionar cabos

de aço e lingadas.

31. Evitar solavancos, sobrecarregamento, balanço de cargas e cargas inclinadas.

32. Proteger os cantos vivos da carga antes do içamento com lingadas.

33. Nos casos de emergência na fábrica, que exijam abandono de área, em que o operador

esteja efetuando operação da ponte pela botoeira ou controle remoto, o operador deve descer

a carga sobre o piso, acionar o botão de emergência e logo em seguida abandonar a ponte,

em qualquer local das unidades de produção.

34. Nos casos de emergência na fábrica, que exijam abandono de área, em que o operador

esteja operando pela cabine, o operador deve parar a atividade ou simplesmente a ponte,

descer a carga sobre o piso, desligar a chave-geral e abandonar a ponte através da escada.

Quando o operador

de ponte com cabine tiver dificuldade de abandono, deverá acionar o alarme da ponte, de forma

intermitente (semelhante ao abandono de área), até que chegue o auxílio externo.

35. Quando ocorrer alguma situação de risco operacional (ex.: a ponte descarrilar) o operador

deverá agir conforme as ações do Plano de contingência previstas nas práticas operacionais.

36. Nos casos de abandono de área decorrente de alguma emergência interna ou externa, o líder do

turno deverá assegurar-se que não ficou nenhum operador no interior das pontes.

37. Acionar a sirene antes de efetuar qualquer tipo de movimentos com a ponte rolante.

38. Manter a distancia mínima de dois metros entre o operador e carga e o máximo de cinco metros

(Pontes com Controle Remoto e Botoeira).

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8

14. Operação e içamento de ligas e cabo de aço

14.1 Objetivo

Capacitar os usuários a inspecionar, utilizar e substituir Cabos e Lingas de Aço.

14.2 Lingas (Estropos)

Dispositivos utilizados para amarração, transporte e movimentação de cargas dentro de

suas especificações e capacidades. As lingas podem ser fabricadas com: cabos de aço,

correntes, cintas e cordas de nylon. A capacidade de cargas das lingas empregadas na

movimentação de cargas deve ser dimensionada de acordo com a quantidade de laços e o ângulo

de inclinação (45º a 60º).

Os cabos e laços devem ser inspecionados visualmente quanto a defeitos ou deterioração, antes de

cada série de movimentação e intervalos adequados. Devem também sofrer uma inspeção completa

de rotina por pessoa qualificada.

Havendo dúvidas quanto às condições de segurança do laço este deve ser colocado fora de serviço

imediatamente e deverá ser submetido à inspeção completa.

14.3 Normas

Referência: ASME B. 30. 9ABNT NBR 13543

Presilha

Cabo

Presilha

Olhal

4 4250kg

BR 05411

3 000kg

GanchoPlaqueta de identificação

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15. Estrutura do cabo de aço

Alma

Fios ou Arames

Perna

Cabo de aço

15.1 Construção do Cabo de Aço:

Alma: É o núcleo do cabo de aço. Pode ser de Fibra (AF), Aço (AA) ou Alma de Aço com cabo

independente (AACI).

Um cabo de aço é feito com diversas pernas ao redor de um núcleo ou alma.

Perna: É um agrupamento de arames torcidos de um

cabo. Ex: Leitura de um cabo de 6 x 19.

O primeiro número (6) representa a quantidade de pernas que é constituído.

O segundo número (19) especifica a quantidade de arames que compõe cada perna.

Portanto um cabo de 6x19 tem seis pernas, tendo cada perna 19 fios ou arames e um total de 114 fios.

15.2 Tipos de torção

Os cabos de aço além do tipo de alma e o número de pernas, possuem também o tipo de torção, que podem ser torção à direita e torção à esquerda, sendo Regular (EM CRUZ) e em Paralelo (LANG LAY). Geralmente o tipo de torção utilizado nas pontes rolantes é o regular em cruz à direita.

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TORÇÃO REGULAR (em cruz)

à Esquerda à Direita

15.3 Inspeção de lingas (chek-list)

O objetivo da inspeção é para detectar deformações que possam causar riscos de acidentes imediatos à operação ou a cada utilização.

a) Arames partidos;

b) Distorção do cabo (ex.: pernas, nós e amassamentos);

c) Danos no trançamento;

d) Desgaste excessivo;

e) Danos por calor;

f) Corrosão.

As inspeções devem ser feitas no comprimento total do laço, incluindo o trançado terminais e acessórios.

15. 4 Critério da substituição

Estão listadas a seguir algumas condições que são suficientes para comprometer a segurança de

um laço e, portanto, devem ser consideradas para sua substituição.

1. Dez arames rompidos distribuídos aleatoriamente em um passo do cabo de aço, ou cinco arames rompidos em uma mesma perna dentro de um passo do cabo, ou mais de um arame rompido no interior do cabo dentro de um passo.

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Passo

2. Mais de um arame partido na união do cabo de aço com a presilha;

3. Redução de 10% do diâmetro nominal do cabo;

4. Corrosão acentuada no cabo de aço e/ou acessórios. O efeito da corrosão é identificado

facilmente com a perda da flexibilidade e o aumento da rugosidade;

5. Dobras, amassamento, gaiola de passarinho, colapso da alma ou qualquer outro tipo de dano

que tenha resultado na distorção da estrutura do cabo de aço;

6. Danos por alta temperatura. Evidência de superaquecimento pode ser a descoloração dos

arames, perda de lubrificação da alma ou vestígio de arco elétrico.

7. Danos nos acessórios, presilhas ou trançados:

8. Ruptura do cabo de aço que soltou da polia e ficou dobrado e preso no eixo da mesma.

9. Cabo que sofreu amassamento e tomou a forma de espiral por enrolamento desordenado em

tambor de pequenas dimensões, carga elevada e passagem por um sistema múltilo de polias.

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a) Evidências de abertura, distorção ou trincas no gancho (deformação de mais de 10% da

abertura do gancho);

b) Distorção e desgaste do anel de carga ou fechamento de sapatilhas;

c) Trincas na presilha;

d) Abrasão ou amassamento severo da presilha ou do trançado;

e) Presilha ou trançado se soltando;

f) Rompimento da base do olhal devido ao uso de pino de diâmetro excessivo ou certos tipos de

sapatilha;

g) Arames partidos na superfície externa do olhal, causados, por exemplo, pelo uso de pino de

pequeno diâmetro e olhal sem sapatilha;

h) Efeito de fricção na superfície de contato do olhal sem sapatilhas;

i) Grampos aplicados incorretamente na amarração dos olhais.

ESPESSURA DO CABO DE AÇO(POL)

CAPACIDADE(KG)

¼¨ 5255/16¨ 8153/8¨ 1.170½¨ 2.0605/8¨ 3.200¾¨ 4.5807/8¨ 6.1901¨ 8.030

11/8¨ 10.1201.1/4¨ 12.4201.3/8¨ 14.9801.1/2¨ 17.7001.5/8¨ 20.6001.3/4¨ 23.7001.7/8¨ 27.120

2¨ 30.7402.1/8¨ 34.3402.1/4¨ 38.3602.1/2¨ 50.000

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16. Aplicação correta de grampos em laços

Certo

Errado

Errado

DIÂMETRO DO CABONÚMERO MÍNIMO

DE GRAMPOS

ESPAÇAMENTO ENTRE

GRAMPOS EM mm

Em mm Em pol.

4.8 3/16 ““. 3 29

6.4 1/4 ““. 3 38

8.0 5/16 ““. 3 48

9.5 3/8 ““. 3 57

11.5 7/16 ““. 3 67

13.0 ½ ““. 3 76

16.0 5/8 ““. 3 95

19.0 ¾ ““. 4 114

22.0 7/8 ““. 4 133

26.0 1 ““. 5 152

29.0 1 1/8 ““. 6 172

32.0 1.1/4 ““. 6 191

35.0 1.3/8 ““. 7 210

38.0 1.1/2 ““. 7 229

42.0 1.5/8 ““. 7 248

45.0 1.3/4 ““. 7 257

52.0 2 ““. 8 305

56.0 2.1/4 ““. 8 343

Nota: Os grampos deverão ser reapertados após o início de uso de cabo de aço.

Havendo dúvidas quanto às condições de segurança do laço, este deve ser colocado fora de

serviço e encaminhado a uma pessoa qualificada.

33

Page 44: Ponte Rolante Senai

17. Utilização de cabos e Lingadas para movimentação de cargas

a) Os laços devem ser escolhidos na tabela de cargas conforme o tipo de carga, amarração e

ambiente de trabalho (ver tabela);

b) O peso da peça a ser levantada deve ser compatível com a carga de trabalho do laço;

c) O comprimento dos laços não deve ser encurtado ou alongado através de nós, grampos (clips)

ou qualquer outro método que não seja aprovado pelo fabricante do laço;

d) Laços danificados não devem ser utilizados a não ser que tenham sido inspecionados e

aprovados;

e) O laço deve ser levantado de forma que se tenha controle da carga;

f) Os cantos vivos, em contato com o laço, devem ser protegidos com material de resistência

suficiente para minimizar o dano do laço;

Obs.: Limitar ângulo com vertical até 60º. Acima, só com aprovação da ENGEMAN.

g) Os laços de um conjunto devem ter comprimento suficiente para manter o ângulo adequado

para uma determinada carga de trabalho;

h) Os laços não devem sofrer atrito com o chão ou qualquer superfície abrasiva;

i) Num sistema de amarração tipo Forca, os laços devem ter comprimento para o que

o acessório (gancho corrediço) da Forca fique em contato com o corpo do cabo e nunca

contra outro acessório;

j) Os cabos com alma de fibra não devem ser desengraxados com solventes, devido à

possibilidade de danificar a alma;

k) Os laços trançados a mão podem ser destrançados pela rotação, deve-se tomar precauções

para minimizar a rotação do laço;

l) Nenhum objeto a ser fixado no olhal de um laço deve ter largura superior à metade do

comprimento deste olhal;

m) O laço não pode ser puxado de baixo da carga quando esta estiver apoiada pelo laço;

n) Os laços devem ser armazenados em áreas onde não estejam sujeitos a deformações, ações

corrosivas, umidades, altas temperaturas e dobramentos;

o) O enrolamento e dobramento dos laços entre si devem ser evitados;

p) A carga deve ser centralizada na base do gancho para se evitar carga na ponta do mesmo, a

não ser que o gancho tenha sido especificamente projetado para isso.

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Page 46: Ponte Rolante Senai

18. Procedimentos de segurança

a) Nenhuma parte do corpo humano deve ficar entre o laço e a carga ou entre o laço e o gancho;

b) As pessoas devem se manter afastadas de cargas suspensas;

c) As pessoas não podem se pendurar nos laços;

d) Devem ser evitados trancos na carga;

e) Durante o levantamento dos laços, com ou sem carga, deve-se estar alerta contra o

travamento dos mesmos;

f) Nos sistemas de amarração tipo vertical duplo, a carga deve estar balanceada para evitar

escorregamento;

g) Os laços de um conjunto devem estar presos de forma a manter o controle da carga durante a

sua movimentação;

h) Nunca se devem inspecionar os laços passando as mãos, sem proteção, pelo cabo; os

arames partidos podem furar as mãos;

i) Utilizar um código de sinais reconhecido e entendido por todos os envolvidos;

j) Certificar-se de que não há nada que impeça o livre movimento da carga (ex.: parafusos ou

juntas segurando a carga);

k) Verificar para que não haja obstáculos como cabos ou tubos que possam ser esbarrados e/ou

derrubados e que haja altura suficiente para o levantamento da carga;

l) Todas as pessoas envolvidas na operação possam se ver e se comunicar;

m) A carga deve ser levantada ou abaixada uniformemente;

n) Observar para que o laço não fique preso sob a carga (se necessário deve-se colocar calços,

evitando que a carga ou os laços sejam danificados).

18. 1 Informações Técnicas

Como selecionar Lingas de Cabos de Aço

Propriedades dos Laços de Cabos de Aço

18.2 Carga de Trabalho

A carga de trabalho dos laços estão definidas conforme Tabelas Técnicas da ABNT de cargas de trabalho, e se estão baseadas nos seguintes fatores:

a) Carga de ruptura mínima efetiva do cabo de aço;

b) Eficiência do laço;

c) Fator de Segurança;

d) Não devem ser usados ângulos menores que 30º e maiores que 60º medidos com a horizontal;

e) Tipo de amarração da carga, ou seja, vertical simples, forca vertical duplo;

f) Ângulo de carregamento;

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Page 47: Ponte Rolante Senai

Ângulo de Forca e Proteção dos canos vivos

Uso do Cabo de Controle

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Page 48: Ponte Rolante Senai

Correto Incorreto

60º45º

Incorreto Correto

Ângulo maior que 60º

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Page 49: Ponte Rolante Senai

Método

TIPOS DE LAÇOS

LAÇOS SIMPLES CONJUNTO LANCES SEM FIMcom um laçosimples

com dois laçossimples

de dois laçoscom umlaços

com doislaços

FixaçãoDireta

MétodoForca

Método Forca com duas voltas

MétodoCesta

Método Cesta com duas voltas

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Page 50: Ponte Rolante Senai

19. Sinais convensionais “Manual”

Subir o gancho

Deslocar a ponte no sentido indicado

Descer o gancho

Deslocar o trolei no sentido indicado(Direita/Esquerda)

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Page 51: Ponte Rolante Senai

Movimentar o gancho Principal

Subir lentamente o gancho

Movimentar o gancho Auxiliar

Elevar os dois ganchos simultaneamente

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Page 52: Ponte Rolante Senai

Parar o movimentosolicitado

Parada de emergência

Eletroimã desligado

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Page 53: Ponte Rolante Senai

20. Plano de contingência

EVENTO MEDIDAS PREVENTIVAS AÇÕES DE CONTINGÊNCIAS

1) Deslocamento da cabine sobre materiais depositados no piso.

Manter a cabine afastada de materiais depositados no piso.

Parar a ponte e providenciar a retirada do material.

2) Obstrução dos corredores.

Evitar passar a cabine sobre materiais no

Retirar o material imediatamente

3) Choque entre equipamentos e/ou pessoas.

Fazer deslocamento da ponte tocando a sirene; Evitar acionar dois

comandos simultaneamente

Parar a ponte imediatamente;Prestar primeiros socorros,

se necessário;Registrar o

incidente/acidente e fazer 4) Choque de carga com o piso.

Transportar cargas com altura de 20 a

50 centímetros

Parar a ponte imediatamente;Acionar o responsável

pela área.5) Socorro em situação de emergência durante a manutenção sobre a ponte.

Desenvolver dispositivo da maca de emergência.

Treinar socorristas efazer simulado.

Prestar primeiros socorros e acionar emergências médicas.

6) Cabos sair das roldanas Içar cargas com os cabos somente na vertical.

Parar a ponte imediatamente e acionar manutenção.

7) Choque da ponte com os batedores no final da sala.

Ficar aproximadamente dez metros de distância da ponte, quando operando através do controle remoto.Aproximar dos

batentes em primeira

Acionar manutenção para avaliar a situação dos batedores e trilhos.

8) Descarrilamento da ponte do caminho de rolamento(trilho).

Antes de entrar com a ponte no pórtico de transferência, verificar alinhamento e travamento.Sempre entrar no

pórtico com a ponte em primeira

Parar imediatamente a ponte acionando a emergência. Informar aos responsáveis e

fazer a investigação.

9) Incêndio Seguir rigorosamente plano de manutenção. Evitar materiais de

fácilcombustão na parte superior próximo aos

Quando possível conduzir a ponte para local seguro; desligar comandos elétricos; informar e acionar plano de emergência, isolar a área.

10) Falta de freiro de translação.

Fazer o check-list garantir a manutenção preventiva.

Parar imediatamente a ponte e comunicar à manutenção.

11) Situação de emer- gência que exige o abandono de área.

Ficar atento aos toquesde alarmes de emergência

Descer a carga sobre opiso, desligar a chave-geral ou botão de emergência abandonar a área.

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Page 54: Ponte Rolante Senai

21. Conceitos Básicos SGA

21.1 Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA)

Inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidade, práticas,

procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente

e manter a política ambiental.

21.2 Política Ambiental

Declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho

ambiental.

21.3 Objetivo Ambiental

Propósitos ambientais global, decorrentes de política ambiental, que uma organização se propõe a

atingir.

21.4 Meta Ambiental

Requisito de desempenho detalhado, quantificado sempre que possa ser atingido e aplicável

à organização.

21.5 Meio Ambiental

Circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo o ar, água, solo, recursos naturais,

flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. Neste contexto, circunvizinhança estende-se do

interior das instalações para o sistema global.

21.6 Desempenho Ambiental

Resultados mensuráveis do Sistema de Gerenciamento Ambiental, relativos ao controle de uma

organização sobre seus aspectos ambientais, com base na sua política, seus objetivos e metas

ambientais.

21.7 Melhoria Contínua

Processo de aprimoramento do Sistema de Gerenciamento Ambiental, visando atingir melhoras no

desempenho ambiental global, de acordo com a política ambiental da organização.

21.8 Prevenção da Poluição

Uso de processos, práticas, materiais ou produtos que evitem, reduzem ou controlem a poluição, os

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quais podem incluir reciclagem, tratamento, mudanças no processo, mecanismos de controle, uso

eficiente de recursos e substituição de materiais. Os benefícios potenciais de prevenção de

poluição incluem a redução de impactos ambientais adversos, a melhoria da eficiência e a

redução de custos.

21.9 Aspecto Ambiental

Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio

ambiente.

21.10 Impacto Ambiental

Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte em atividades, produtos

ou serviços de uma organização.

21.11 Incidente Ambiental

Eventos de curta duração como:

i Lançamentos repentinos;

i Violação da licença de operação;

i Não atendimento à legislação;

i Violação de padrões.

21.12 Parte Interessada

Indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental de uma

organização. Veja exemplos de:

ASPEC T O AMBIEN T AL IM P AC T O AMBIEN T AL

- Emissões gasosas - Poluição atmosférica

- Emissões Líquidas - Poluição dos rios

- Uso de toalhas recicláveis - Redução da poluição dos solos e rios

INCIDENTE AMBIEN T AL

- Vazamento de cloro

- Vazamento de fluido térmico

- Não cumprimento da legislação ambiental

- Tonel de óleo com vazamento

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Referências

ANBT. NR 11: Manual de Segurança e Medicina do Trabalho. São Paulo, 1987.

________. Manual de Normas Técnicas. São Paulo, 1987.

SEGURANÇA, oeperação e Manutenção de Ponte Rolante. Disponível em: <www..tem.gov.br>.

Acesso em: 20 jun. 2006.

SENAI – SP. Manual de Segurança para operador de Ponte Rolante. São Paulo, 1994.

VILLARES. Normas de Segurança, Operação e Manutenção Preventiva de Ponte Rolante. São

Paulo, 1989.

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