políticas públicas e novas tecnologias

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Políticas públicas e novas tecnologias

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Page 1: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas e novas

tecnologias

Page 2: Políticas públicas e novas tecnologias

Leitura

pontos de discussão

Não existem políticas públicas neutras, elas carregam concepções científicas, ideologias, correlações de forças.

As políticas públicas carregam ideários de realidade, visões sobre o mundo e sobre o que precisa ser criado ou modificado nele.

Page 3: Políticas públicas e novas tecnologias

Leitura

pontos de discussão

Há políticas públicas que não atendem aos interesses públicos, mas a grupos particulares (relação público x privado).

Temos duas grandes fontes influência nas políticas públicas: os países centrais com suas políticas de manutenção econômica e os organismos internacionais que as direcionam.

Page 4: Políticas públicas e novas tecnologias

Leitura

pontos de discussão

Esta é a divisão econômica do mundo nos anos 2000. Quanto maior o país, maior a sua renda por habitante.

Notemos como os países da Europa, os EAU e o Japão/Coreia do Sul concentram a maior parte das riquezas do planeta, liderando também as políticas públicas nos países periféricos (em azul).

http://3.bp.blogspot.com/_HmdL3r6mgg0/TFT7xAlkgbI/AAAAAAAACBc/NdP1GuFMabc/s1600/world_economy_cartogram__httpmaps__grida__nogographicworld_economy_cartogram.png

Page 5: Políticas públicas e novas tecnologias

Leitura

relações de força (organismos internacionais,

movimentos sociais e empresas privadas)

Políticas públicas

EmpresasOrganismosinternacionais

Movim. sociais

Page 6: Políticas públicas e novas tecnologias

Leitura

pontos de discussão

Nos anos 80 começa a promoção do neoliberalismo nos países periféricos:

- Estado Mínimo (redução de investimentos sociais).

- Livre mercado e competição.

- Liberdade individual, mas pouca preocupação com o coletivo.

Os autores alertam que a economia foi posta a frente na determinação de políticas públicas para a educação, a partir da influência de organismos internacionais como FMI e Banco Mundial.

Page 7: Políticas públicas e novas tecnologias

Leitura

relações de força no neoliberalismo

(algumas charges)

https://apropositodesmith.files.wordpress.com/2015/01/capitalismo-imagen.jpg

Page 8: Políticas públicas e novas tecnologias

Leitura

relações de força no neoliberalismo

(algumas charges)

http://elpresente.net/wp-content/uploads/2014/12/neoliberalismo-1000x500.jpg

Page 9: Políticas públicas e novas tecnologias

Fases das TICs na Educação

(modelo idealizado)

Page 10: Políticas públicas e novas tecnologias

Leitura

consultas opcionais

MORAES, M. C.

Informática educativa no Brasil: uma história vivida, algumas lições aprendidas.

Artigo completo disponível em PDF:

http://www.inf.ufsc.br/sbc-ie/revista/nr1/mariacandida.html

SANTOS, Edméa.

A Informática na Educação antes e depois da web 2.0: relatos de uma docente-pesquisadora.

In: RANGEL, Mary; FREIRE, Wendel. (Org.). Ensino-Aprendizagem e Comunicação. 1 ed. Rio de Janero: Wak Editora, 2010, v. 1, p. 107-129.

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TICs nas escolas

Fase 1 (anos 80 e 90)

A informática instrumental

Computador isolado, em laboratórios de informática e não conectado.

Informática pensada como disciplina em si mesma.

Falta de integração pedagógica, computador visto como instrumento a ser aprendido em suas funções.

Foco em softwares de escritório, linguagens de programação e alguns jogos educacionais.

Page 12: Políticas públicas e novas tecnologias

TICs nas escolas

Fase 2 (anos 80 e 90)

A informática se torna educativa

Início da Web 1.0 e da conexão dos computadores.

Integração do laboratórios às outras atividades da escola.

Primeiras especializações em informática educativa e denúncia do tecnicismo.

Projetos e conteúdos escolares pensados, pouco a pouco, com o uso dos computadores.

Page 13: Políticas públicas e novas tecnologias

TICs nas escolas

Fase 2 (anos 80 e 90)

A informática se torna educativa

Expande-se a indústria de softwares educacionais e multimídia.

Ao lado, um exemplo de software para Educação Infantil, simulando atividades de colorir.

Page 14: Políticas públicas e novas tecnologias

TICs nas escolas

Fase 3 (final dos anos 90 e início dos anos 2000)

Expansão da internet e limites da info. educativa

Momento de transição para a Web 2.0 (blogs, wikis, chats, AVAs) e primeiras experiências.

Os softwares educativos se esgotam rapidamente e professores se cansam de buscar reposição.

Alunos, em casa, passam a acessar computadores e internet.

Os alunos ultrapassam os professores em habilidades informáticas.

A internet converge a multimídia e o software educativo vai perdendo função.

Page 15: Políticas públicas e novas tecnologias

TICs nas escolas

Fase 3 (final dos anos 90 e início dos anos 2000)

Expansão da internet e limites da info. educativa

Surgem os portais educacionais e os AVAs(Ambientes Virtuais de Aprendizagem)

Ao lado, um exemplo de portal educacional voltado a professores do Ensino Fundamental – a MultiRio.

Page 16: Políticas públicas e novas tecnologias

TICs nas escolas

Fase 3 (final dos anos 90 e início dos anos 2000)

Expansão da internet e limites da info. educativa

Entre os diversos recursos que migram para a internet, saindo dos CD-ROMs, estão os dicionários.

Ao lado, um exemplo de dicionário de Libras-Língua Portuguesa.

http://www.acessibilidadebrasil.org.br/libras/

Page 17: Políticas públicas e novas tecnologias

TICs nas escolas

Fase 4 (metade dos anos 2000)

Descentralização, Web 2.0 e mobilidade

Expansão da Web 2.0 e seus sites (blogs, wikis, redes sociais), cada vez mais acessados.

A produção própria de textos, vídeos e imagens e sua publicação não dependem mais de alto conhecimento técnico.

A EaD via internet ganha força com os AVAs, que convergem ferramentas diversas.

Cresce o incentivo à produção de Recursos Educacionais Abertos.

Page 18: Políticas públicas e novas tecnologias

TICs nas escolas

Fase 4 (metade dos anos 2000)

Descentralização, Web 2.0 e mobilidade

A internet se torna um grande AVA, com redes sociais, publicação de vídeos, fotos, slides e textos em blogs.

As comunidades de aprendizagem podem se concretizar nestes novos ambientes online (a inteligência coletiva imaginada nos anos 90)

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TICs nas escolas

Fase 4 (metade dos anos 2000)

Descentralização, Web 2.0 e mobilidade

Os Desktops (computadores de mesa) dos laboratórios de informática, presos a uma sala fixa, cedem lugar para os dispositivos móveis (celulares, notebooks e tablets).

Surgem os estudos sobre computação ubíqua e aprendizagem ubíqua/móvel.

http://i.telegraph.co.uk/multimedia/archive/03020/education-ipads-hi_3020605b.jpg

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Algumas políticas públicas no BR

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Políticas públicas

PROINFO

Programa Nacional de Informática na Educação

Criado em 1997 pelo MEC.

Tem como objetivo universalizar o uso das TICs nas escolas públicas de ensino fundamental e médio.

Criam-se os Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) para a introdução das TICs e formação de professores.

Mantém a política de implantação dos Laboratórios de Informática (5 mil até 2004).

http://4.bp.blogspot.com/-LBfnvTo3U9Q/UYBUY7K91QI/AAAAAAAAAlI/fsAYP4vkk1c/s1600/2013-04-30-1299.jpg

Page 22: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas

PROINFO

Programa Nacional de Informática na Educação

O governo federal coordena, mas a operacionalização é feita por estados e municípios (descentralização).

Os NTEs acompanham todas as fases de implementação das TICs nas escolas. São difundidos por todo território brasileiro (eram 437 em 2008).

Os professores foram formados em curso de especialização em tecnologia educacional / informática educativa.

Page 23: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas

PROINFO

Programa Nacional de Informática na Educação

Cria-se o CETE (Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional) no MEC para apoiar as ações do ProInfo.

http://1.bp.blogspot.com/-TKikM3omIVI/VRB79C65xJI/AAAAAAAAAqk/otoECNWAUMw/s1600/1DSCN7173.jpg

Page 24: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas

PROINFO Integrado

Programa Nacional de Formação Continuada

em Tecnologia Educacional

O programa continua ativo e com distribuição de equipamentos de informática nas escolas.

Oferece cursos de formação continuada aos professores no âmbito das TICs, com ênfase no software livre (Linux Educacional, LibreOfficee outros) e aprendizagem por projetos.

Usa o Portal do Professor para difusão de conteúdos e recursos multimídia, como os criados por professores, atendendo à lógica dos Portais Educacionais.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/

Page 25: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas

PROINFO Integrado

Programa Nacional de Formação Continuada

em Tecnologia Educacional

Usa a plataforma e-Proinfo, um AVA para atividades de EAD e complementação de atividades presenciais.

http://e-proinfo.mec.gov.br/

Page 26: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas

UCA

Projeto Um Computador por Aluno

É o Projeto Um Computador por Aluno, iniciado em 2006.

Ele rompe com a lógica do Laboratório de Informática. Derivado do projeto OLPC proposto pelo MIT.

Os alunos recebem diretamente o equipamento para uso na escola, um notebook que permite mobilidade.

http://profsoniazani.blogspot.com.br/2014/07/projeto-uca-um-computador-por-aluno.html

Page 27: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas

UCA

Projeto Um Computador por Aluno

No INES a ideia de um computador por aluno veio através da distribuição e tablets a alunos do EF, EM e Ensino Superior.

Dessa forma, os alunos podem ter um equipamento com seus dados, materiais de estudo e produções individuais.

http://canaldacidadania.org.br/wp-content/uploads/2014/10/ipad_tvines.png

Page 28: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas

UAB

Universidade Aberta do Brasil

A UAB é criada em 2006 e centraliza as ações de EaD de aproximadamente 80 universidades públicas que aderiram ao projeto.

O objetivo central da UAB é a interiorização do ensino superior em locais pouco atendidos no Brasil.

Para isso, foram criados polos de apoio presenciais com salas de aula, biblioteca e administração local.

http://www.clickfozdoiguacu.com.br/static/image/uab.jpg

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Políticas públicas

UAB

Universidade Aberta do Brasil

Em 2015 há 648 polos de apoio presencial cadastrados na UAB.

Podem ser consultados no endereço: http://uab.capes.gov.br/index.php/polos

Entre as categorias de profissionais atuantes no modelo UAB, temos:

• Professores autores

• Coordenadores de polo

• Tutores

• Técnicos

http://uabpolobalsamo.blogspot.com.br/

Page 30: Políticas públicas e novas tecnologias

Políticas públicas

pontos críticos

Podemos levantar alguns pontos críticos gerais das políticas de TICsna Educação:

1. Foco na distribuição de equipamentos (UCA e Proinfo) e atendimento ao ritmo de lançamentos da indústria da informática (PCs, laptops, tablets...).

2. Discurso de desenvolvimento de competências em alunos e professores e acesso à sociedade da informação via TICs. Isso resolveria a exclusão digital, social e econômica do país.

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Políticas públicas

pontos críticos

3. O acesso e interiorização da educação superior se resolveria com a EaD e da educação básica com a formação massiva de docentes (diretrizes internacionais pelo déficit de docentes).

4. Substituição da presença do professor por conteúdos criados e distribuídos via internet e com assessoria de tutores (separação do fazer docente em blocos distintos).

Questão a se pensar: que tipos de futuros imaginários as políticas públicas partem na introdução das tecnologias digitais na educação?

Plataforma AVA

Tutor bolsistaPolo

presencial

Pesquisa e planejamento (conteudista)

Aplicação do curso (tutores)

Gestão dos alunos (coord. e AVA)