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POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS Lei 12.334/2010 Lígia Maria Nascimento de Araujo Workshop SNISB e Classificação Workshop SNISB e Classificação de Barragens de Barragens Brasília, 16 – 18 de julho de 2013.

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Page 1: POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS Lei 12.334/2010 Lígia Maria Nascimento de Araujo Workshop SNISB e Classificação de Barragens Brasília, 16 –

POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DE

BARRAGENS

Lei 12.334/2010

Lígia Maria Nascimento de Araujo

Workshop SNISB e Classificação de BarragensWorkshop SNISB e Classificação de Barragens

Brasília, 16 – 18 de julho de 2013.

Page 2: POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS Lei 12.334/2010 Lígia Maria Nascimento de Araujo Workshop SNISB e Classificação de Barragens Brasília, 16 –

I - Sistema de classificação de barragens por categoria de risco e por dano potencial associado;

II - Plano de Segurança de Barragem;

– Inspeções Regulares e Especiais

– Plano de Ações de Emergência – PAE

– Revisão periódica de segurança

III - Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);

IV - Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (Sinima);

V - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;

VI - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais;

VII - Relatório de Segurança de Barragens.

Instrumentos da Lei 12.334/2010

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15 m

etro

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anda

res

I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a 15m (quinze metros);

Características da barragem para enquadramento na Lei 12.334/2010II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000m³ (três milhões de metros cúbicos);

20 campos de futebol com profun-didade média de 15 m

Barragem de rejeitos

III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis;

IV - categoria de dano potencial associado, médio ou alto, em termos econômicos, sociais, ambientais ou de perda de vidas humanas, conforme definido no art. 6º (7º)

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ÓRGÃOS FISCALIZADORES

ANEEL

ANA ou órgãos estaduais de RH

DNPM

Órgãos Ambientais

USOS MÚLTIPLOS

HIDRELÉTRICA

RESÍDUOS INDUSTRIAIS

REJEITOS DE MINERAÇÃO

SNISB

Info

rmaç

ões

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• 4 entidades federais: ANAANEELIBAMADNPM

• 27 órgãos gestores estaduais de RH (20 são também de MA)• 7 órgãos gestores estaduais de MA (MA separado de RH)

Entidades fiscalizadoras de Segurança de Barragens

38 entidades Federais

+ Estaduais

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Art. 7º As barragens serão classificadas pelos agentes fiscalizadores, por categoria de risco, por dano potencial associado e pelo seu volume, com base em critérios gerais estabelecidos pelo CNRH

Art 16. O órgão fiscalizador, no âmbito de suas atribuições legais, é obrigado a:

• Manter cadastro (base de dados) de barragens sob sua jurisdição, para fins de incorporação ao SNISB

• Exigir do empreendedor a ART/CREA dos documentos relativos a segurança de barragens

• Exigir do empreendedor o cumprimento das recomendações dos documentos de segurança de barragens

• Articular-se com envolvidos com implantação e operação de barragens no âmbito da bacia hidrográfica

• Exigir do empreendedor o cadastramento e atualização de informações para o SNISB

Informar imediatamente à ANA e à Defesa Civil qualquer não conformidade que implique risco imediato à segurança ou qualquer acidente ocorrido nas barragens sob sua jurisdição (art.16 par. 1º)

Regulamentar:

– Planos de Segurança de Barragens (Art. 8º)

– Inspeções de Segurança Regular e Especial (Art. 9º)

– Revisões Periódicas de Barragens (Art. 10)

– Planos de Ações Emergenciais (Art. 11 e 12)

Responsabilidades das entidades fiscalizadoras

Conteúdo mínimo e periodicidade de apresentação ou atualização condiconados pela classificação da barragem

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Além do papel de entidade fiscalizadora

Tem as atribuições de:• organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informações

sobre Segurança de Barragens (SNISB);

• promover a articulação entre os órgãos fiscalizadores de barragens;

• coordenar a elaboração do Relatório de Segurança de Barragens e encaminhá-lo, anualmente, ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), de forma consolidada.

Responsabilidades da ANA como gestora do Sistema de Segurança

de Barragens

Co-responsabilidade com os demais órgãos fiscalizadores

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RESPONSABILIDADES

Equipe de Segurança de BarragemEmpreendedor

Plano de Segurança de Barragem

Inspeções periódicas de Barragem

Revisões periódicas de segurança

ANA(coordena o SNISB)

EMPREENDIMENTO ÓRGÃO FISCALIZADOR

Demais órgãos

Fornece informações (cadastro e Plano

Segurança)

Troca de informações

O empreendedor é o responsável legal pela segurança da barragem!!!

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Empreendedor:

Agente privado ou governamental:

• com direito real sobre as terras onde se localizam a barragem e o reservatório; ou

• que explore a barragem para benefício próprio ou da coletividade.

Mudança de atitude e cultura dos empreendedores, públicos ou privados! (Responsabilização x $$$)

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Art. 17. O empreendedor da barragem obriga-se a:

I - prover os recursos necessários à garantia da segurança da barragem;

II - providenciar, para novos empreendimentos, a elaboração do projeto final como construído;

III - organizar e manter em bom estado de conservação as informações e a documentação referentes ao projeto, à construção, à operação, à manutenção, à segurança e, quando couber, à desativação da barragem;

IV - informar ao respectivo órgão fiscalizador qualquer alteração que possa acarretar redução da capacidade de descarga da barragem ou que possa comprometer a sua segurança;

V - manter serviço especializado em segurança de barragem, conforme estabelecido no Plano de Segurança da Barragem;

VI - permitir o acesso irrestrito do órgão fiscalizador e dos órgãos integrantes do Sindec ao local da barragem e à sua documentação de segurança;

VII - providenciar a elaboração e a atualização do Plano de Segurança da Barragem, observadas as recomendações das inspeções e as revisões periódicas de segurança;

Responsabilidades do Empreendedor

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VIII - realizar as inspeções de segurança previstas no art. 9o desta Lei;

IX - elaborar as revisões periódicas de segurança;

X - elaborar o PAE, quando exigido;

XI - manter registros dos níveis dos reservatórios, com a respectiva correspondência em volume armazenado, bem como das características químicas e físicas do fluido armazenado, conforme estabelecido pelo órgão fiscalizador;

XII - manter registros dos níveis de contaminação do solo e do lençol freático na área de influência do reservatório, conforme estabelecido pelo órgão fiscalizador;

XIII - cadastrar e manter atualizadas as informações relativas à barragem no SNISB.

Parágrafo único. Para reservatórios de aproveitamento hidrelétrico, a alteração de que trata o inciso IV também deverá ser informada ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Responsabilidades do Empreendedor - continuação

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Espelhos d’água artificiais com mais de 20 ha

~7.000

UF Total ANEEL ANA ESTADO

AC 13 0 0 13

AL 43 0 3 40

AM 31 2 1 28

AP 4 1 0 3

BA 232 12 4 216

CE 1.194 1 5 1.188

DF 6 1 4 1

ES 30 2 0 28

GO 254 19 9 226

MA 68 1 4 63

MG 328 50 5 273

MS 66 7 1 58

MT 243 22 5 216

PA 78 2 3 73

PB 432 0 37 395

PE 224 1 9 214

PI 85 1 2 82

PR 52 19 0 33

RJ 12 5 0 7

RN 559 0 27 532

RO 38 4 8 26

RR 17 1 0 16

RS 2.457 13 3 2.441

SC 44 19 0 25

SE 21 1 1 19

SP 227 49 4 174

TO 102 6 0 96

TOTAL 6.860 239 135 6.486

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Espelhos d’água artificiais com mais de 20 ha, por UF

13 43 31 4

232

1.194

6 30

25468

328

66243

78

432

22485 52 12

559

38 17

2.457

44 21

227102

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

AC AL

AM AP

BA

CE

DF

ES

GO

MA

MG

MS

MT

PA

PB

PE PI

PR RJ

RN

RO

RR

RS

SC

SE

SP

TO

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Espe

lhos

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ste

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Distribuição dos espelhos d’água por área alagada

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Barragens constantes em cadastros oficiais – por UF

~ 13 mil

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Espelhos d’água x

cadastros oficiais

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• CNRH publicou as resoluções 143/12 regulamentando o art. 7º (sistema de classificação de barragens) e o art. 20 (diretrizes para implementação dos instrumentos da PNSB).

• ANA já regulamentou Inspeções de Segurança Regulares (Resolução ANA nº 742/2011), Plano de Segurança de Barragens e Inspeções Periódicas (Resolução ANA nº91/2012).

• DNPM publicou portaria nº 416/2012, tratando de inspeções e plano de segurança de barragens.

• Em âmbito estadual, INEMA/BA e ADASA/DF já publicaram regulamentos.

• Os regulamentos do CNRH aplicam-se a todas as barragens enquadradas na lei.

• Os regulamentos dos órgãos estaduais ou federais só se aplicam às barragens por eles outorgadas / licenciadas.

O PROCESSO DE REGULAMENTAÇÃO DA LEI

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• A lei 12.334/2010 veio suprir uma lacuna quanto à definição de responsabilidades relacionadas à segurança de barragem.

• O empreendedor é o responsável legal pela segurança de sua barragem.

• Definiu os responsáveis pela fiscalização, de acordo com as características da barragem.

• Para efetivação da Lei, necessita de grande articulação entre os diversos órgãos envolvidos para:– Regulamentações não conflitantes

– Troca de informações

– Alertas rápidos

CONCLUSÕES

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• Dar ampla divulgação à Lei da PNSB e trabalhar para que seja efetiva.

• Criar uma cultura de ações de prevenção e monitoramento em segurança de barragens!

• Criar uma massa crítica nos órgãos públicos, empreendedores e sociedade civil para conseguir implementar a Política Nacional de Segurança de Barragens.

DESAFIOS

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Eventos realizados – capacitação e workshops

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Lígia Maria Nascimento de [email protected]

2109-5361

BEM VINDOS AO WORKSHOP SNISB E CLASSIFICAÇÃO DE

BARRAGENS!