política internacional e cafeicultura

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AGRO PECUÁRIO ESTADO DE MINAS S E G U N D A - F E I R A , 2 7 D E A G O S T O D E 2 0 0 7 2 AGRO PECUÁRIO ESTADO DE MINAS S E G U N D A - F E I R A , 2 7 D E A G O S T O D E 2 0 0 7 11 O site da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) na internet tem duas novas publicações dis- poníveis para os inte- ressados em aumentar seus conhecimentos so- bre produção de tomate para processamento e cenoura. O boletim de pesquisa e desenvolvi- mento Efeito da época de suspensão da irriga- ção na produção e qua- lidade de frutos de to- mate para processa- mento traz informa- ções detalhadas sobre um estudo que avaliou o efeito da época de sus- pensão das irrigações por aspersão na produ- ção, qualidade de frutos e uso de água do toma- teiro para processa- mento nas condições do Cerrado do Planalto Central. A publicação contém os principais re- sultados dessa pesquisa, em linguagem técnico- científica, e pode ser uma boa fonte de infor- mação para estudantes, técnicos e pesquisado- res. Já a circular técnica Irrigação da cultura da cenoura aborda, em lin- guagem simplificada, todas as principais questões sobre esse as- sunto. Os interessados vão conhecer as princi- pais características, van- tagens e desvantagens dos sistemas de irriga- ção por aspersão, gote- jamento e por sulco. BIBLIOTECA DO CAMPO Tomate e cenoura ARTIGO * O interessado pode acessar, imprimir ou baixar gratuitamente essas e outras publicações da Embrapa Hortaliças lançadas desde 2004, no endereço www.cnph.embrapa.br AGRO OPORTUNIDADES SEMENTES MUDAS TOUROS ADUBOS FERTISOLO Temos também: Uréia pecuária, Defensivos Agricolas, Sementes de Milho, Sorgo e Forrageiras Peletizadas. Promoção da Semana: Sulfato de Amônia. Sc 50 Kg R$28,50 Fone: (31) 3592-0393 Da fábrica para o consumidor: ADUBOS MUDAS DE CANA FORRAGEIRA GIR LEITEIRO Política internacional e cafeicultura SEGURO RURAL Cobertura atinge 8% das terras MARA LUIZA GONÇALVES FREITAS* Os prognósticos mais pessimistas afirmam que o grande gargalo da cafei- cultura brasileira nos próximos 100 anos está relacionado às mudanças cli- máticas do planeta. Contudo, creio que o gargalo, ou melhor, os gargalos, para o agronegócio café, nas próximas duas décadas, centram-se em três aspectos determinantes: as condições macroeco- nômicas brasileiras, a intensificação dos acordos multilaterais e a emergência do continente africano como fronteira agrícola no médio prazo, impulsionada por investimento asiático. É visível que no atendimento a con- ceitos como sustentabilidade, rastreabi- lidade e segurança do alimento, os membros do agronegócio café brasilei- ro estão à frente, em razão das exigên- cias do mercado internacional. A con- vergência com o Codex Alimentarius em todo o seu aparato legal relaciona- do à saúde e à agricultura e respectiva capacidade de inovação na criação de sistemas de certificação de fronteira, co- mo o Programa de Qualidade do Café da Associação Brasileira da Indústria de Café (PQC Abic) e a Indicação Geográfi- ca Café do Cerrado, consolidam a per- cepção de que vocacionados estamos para a produção da qualidade tecnica- mente e mercadologicamente adequa- das. O país atualmente é uma das na- ções selecionadas pela Organização In- ternacional do Café (OIC) para testar a metodologia do Código Comum para a Comunidade Cafeeira (4C): 500 mil sa- cas já foram colhidas nesta safra sob a égide desse procedimento. Contudo, essa sólida construção po- de não ser suficiente frente a questões que não dependem de segmentos em- presariais nacionais: dependem funda- mentalmente da vontade do Estado, que delibera e coordena de maneira so- berana, o modus vivendi do cidadão e dos empreendimentos. E o Estado, nes- se sentido, tem demonstrado total inge- rência na defesa dos interesses dos seg- mentos economicamente ativos: a co- meçar pela falta de infra-estrutura dos aeroportos nacionais e a malha viária depauperada, observa-se na política cambial uma de nossas inúmeras vul- nerabilidades. Ao mesmo tempo, a falta de pressa dos segmentos públicos é de- salentadora e desestimulante, quando percebida da perspectiva profissional. Não há choque de gestão visível e prati- cado, capaz de preparar, pelo menos as * Pesquisadora, especialista em cafeicultura empresarial e mestre em administração [email protected] bases do agronegócio café, para uma massiva abertura de mercado. Falo aqui de pequenos e médios produtores e in- dustriais, com limite de capitais de giro e investimento principalmente. Se a Área de Livre Comércio das Américas tivesse saído do papel cinco anos atrás, certamente, não mais com- praríamos café processado por indús- trias nacionais, presas a defasagem do aparato legal que coordena o país e da burocracia que engessa a possibilidade de uso de mecanismos que ampliem a agressividade empresarial, tal como o drawback hoje. Compraríamos grandes volumes de café canadense e estaduni- dense e quiçá, mexicano e colombiano, que há muito já aproveitam a vocação natural do continente americano em produzir cafés de altíssima qualidade, inclusive do Brasil. Mas se ela, a Alca, consolidar-se, por exemplo, num espa- ço de duas décadas, a contar de hoje, cer- tamente nem matéria-prima brasileira será possível consumir por aqui. Mes- mo que o mercado brasileiro torne-se lí- der mundial no consumo per capi- ta/ano, importar será um procedimen- to atrativo para o varejo e os segmentos cervejeiro, de pastifícios e tecelagem têm muito a nos contar sobre suas ex- periências ao longo dos anos 1990. Das 1,2 mil torrefações brasileiras atualmente em funcionamento, so- mente 10 têm perfil para competição in- ternacional e somente uma, de capital nacional, está entre os 10 maiores em- preendimentos torrefadores do mundo. Ressalta-se que entre esse grupo de 10 empresas, duas organizações são multi- nacionais. Isso quer dizer que abertura de mercado para esse segmento é letal, porque em 10 anos, num ambiente de alta competição, mantidas as condições econômicas de hoje, não mais que 10 torrefações nacionais têm condições de sobreviver. Como conseqüência, perece a produção de café que depende do bom funcionamento do segmento torrefador brasileiro para sobreviver, considerando que o perfil predominante de produto- res são pequenos e médios, uma parcela significativa deles não está organizada em cooperativas; portanto não têm vo- lume para a exportação e o mercado in- terno responde atualmente pelo proces- samento e consumo de 51% da produ- ção nacional de café. Com o crescimento geométrico da população asiática, especialmente a chi- nesa e indiana, empresários dessas eco- nomias emergentes têm adquirido as baratas e férteis terras existentes em to- do o continente africano, para a produ- ção de alimentos. Considerando que possuímos (a) condições climáticas si- milares, (b) que tanto o arábica quanto o conillon são originários daquele conti- nente, (c) que a produção de cafés com irrigação começa a atingir o seu ápice dentro de no máximo quatro anos de- pois do plantio e (d) que a África possui mão-obra barata e abundante, final- mente, depois de quase três séculos de liderança, o Brasil pode realmente estar diante de um gigante adormecido na produção de café, capaz de levá-lo a bancarrota pela superação de suas van- tagens competitivas e comparativas. Esses são prognósticos bastante alar- mantes, mas factíveis, principalmente de- pois da decodificação do genoma do café e o domínio das técnicas de melhoria ge- nética dos cafeeiros, consolidada por gê- nios brasileiros no último século 20. Finalizando, é válido lembrar que com a ciência e com capital abundante, a juros baratos, tudo se faz. Ressalta-se também que no que tange à tradição oriental, a superação dos melhores é uma regra historicamente construída. E a história é uma relatora implacável: basta lembrar que a cafeicultura no cer- rado mineiro existe hoje por que um dia caiu uma geada negra no Oeste pa- ranaense em 1975. Conduzir o rumo da escrita, portanto, é uma atribuição pre- sente de todos. SÉRGIO MORAES/REUTERS - 9/8/05 Das 1,2 mil torrefações brasileiras atualmente em funcionamento, somente 10 têm perfil para competição internacional REPRODUÇÃO DA INTERNET/WWW.CNPH.EMBRAPA.BR - 22/8/07 A contratação do seguro ru- ral para as lavouras que são for- madas no período agrícola co- nhecido como safra de verão (ar- roz, feijão, milho, soja, algodão etc.) começou este mês com perspectivas de crescimento. Na avaliação de Welington Soares de Almeida, diretor do Departa- mento de Gestão de Risco Rural (Deger), da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agri- cultura, 2007 deverá ser um mar- co na consolidação do seguro ru- ral no Brasil, já que a capacidade de contratações foi triplicada. Ele estima que será possível fazer seguro rural para 5 milhões de hectares na safra 2007/08, que começa a ser cultivada em se- tembro. No ano passado, a área coberta foi de 1,5 milhão de hec- tares para 46,16 milhões de hec- tares cultivados. O aumento é re- sultado da maior oferta de recur- sos para subvenção: R$ 100 mi- lhões este ano contra R$ 31,1 mi- lhões liberados no ano passado. A expectativa é de que 70 mil apó- lices sejam contratadas, ante 21,8 contratos em 2006. “Como a área ocupada com agricultura tempo- rária e permanente é de 63 mi- lhões de hectares, cerca de 8% da área cultivada deverá ser coberta pelo seguro rural privado neste ano”, comentou Almeida. Estão habilitadas para ope- rar no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSPSR), em 2007, as segurado- ras AGF Seguros, Aliança do Brasil, Mapfre Seguradora, No- bre Seguradora e Seguradora Brasileira Rural. O Deger está analisando ainda o pedido de habilitação de mais duas segu- radoras: Porto Seguro e Itaú XL. Plantação de arroz, uma das culturas beneficiadas pelo seguro FERNANDO SOUZA/ESPECIAL PARA O EM - 14/4/05

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Artigo publicado no jornal O Estado de Minas em 27 de agosto de 2007.

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Page 1: Política internacional e cafeicultura

A G R O P E C U Á R I O

E S T A D O D E M I N A S ● S E G U N D A - F E I R A , 2 7 D E A G O S T O D E 2 0 0 7

2 A G R O P E C U Á R I O

E S T A D O D E M I N A S ● S E G U N D A - F E I R A , 2 7 D E A G O S T O D E 2 0 0 7

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O site da EmbrapaHortaliças (Brasília-DF)na internet tem duasnovas publicações dis-poníveis para os inte-ressados em aumentarseus conhecimentos so-bre produção de tomatepara processamento ecenoura. O boletim depesquisa e desenvolvi-mento Efeito da épocade suspensão da irriga-ção na produção e qua-lidade de frutos de to-mate para processa-mento traz informa-ções detalhadas sobreum estudo que avaliouo efeito da época de sus-pensão das irrigaçõespor aspersão na produ-ção, qualidade de frutose uso de água do toma-teiro para processa-mento nas condiçõesdo Cerrado do PlanaltoCentral. A publicaçãocontém os principais re-sultados dessa pesquisa,em linguagem técnico-científica, e pode seruma boa fonte de infor-mação para estudantes,técnicos e pesquisado-res. Já a circular técnicaIrrigação da cultura dacenoura aborda, em lin-guagem simplificada,todas as principaisquestões sobre esse as-sunto. Os interessadosvão conhecer as princi-pais características, van-tagens e desvantagensdos sistemas de irriga-ção por aspersão, gote-jamento e por sulco.

BIBLIOTECADO CAMPO

Tomate ecenoura

AARRTTIIGGOO

* O interessado pode acessar, imprimirou baixar gratuitamente essas e outraspublicações da Embrapa Hortaliçaslançadas desde 2004, no endereçowww.cnph.embrapa.br

A G R O O P O R T U N I D A D E S

SEMENTESMUDAS

TOUROS

ADUBOS FERTISOLO

Temos também: Uréia pecuária, Defensivos Agricolas, Sementes de Milho, Sorgo e Forrageiras Peletizadas.

Promoção da Semana: Sulfato de Amônia. Sc 50 Kg R$28,50Fone: (31) 3592-0393

Da fábrica para o consumidor:

ADUBOS MUDAS DE CANAFORRAGEIRA

GIR LEITEIRO

Política internacional e cafeiculturaSSEEGGUURROO RRUURRAALL

Cobertura atinge 8% das terrasMARA LUIZA GONÇALVES FREITAS*

Os prognósticos mais pessimistasafirmam que o grande gargalo da cafei-cultura brasileira nos próximos 100anos está relacionado às mudanças cli-máticas do planeta. Contudo, creio queo gargalo, ou melhor, os gargalos, parao agronegócio café, nas próximas duasdécadas, centram-se em três aspectosdeterminantes: as condições macroeco-nômicas brasileiras, a intensificação dosacordos multilaterais e a emergência docontinente africano como fronteiraagrícola no médio prazo, impulsionadapor investimento asiático.

É visível que no atendimento a con-ceitos como sustentabilidade, rastreabi-lidade e segurança do alimento, osmembros do agronegócio café brasilei-ro estão à frente, em razão das exigên-cias do mercado internacional. A con-vergência com o Codex Alimentariusem todo o seu aparato legal relaciona-do à saúde e à agricultura e respectivacapacidade de inovação na criação desistemas de certificação de fronteira, co-mo o Programa de Qualidade do Caféda Associação Brasileira da Indústria deCafé (PQC Abic) e a Indicação Geográfi-ca Café do Cerrado, consolidam a per-cepção de que vocacionados estamospara a produção da qualidade tecnica-mente e mercadologicamente adequa-das. O país atualmente é uma das na-ções selecionadas pela Organização In-ternacional do Café (OIC) para testar ametodologia do Código Comum para aComunidade Cafeeira (4C): 500 mil sa-cas já foram colhidas nesta safra sob aégide desse procedimento.

Contudo, essa sólida construção po-de não ser suficiente frente a questõesque não dependem de segmentos em-presariais nacionais: dependem funda-mentalmente da vontade do Estado,que delibera e coordena de maneira so-berana, o modus vivendi do cidadão edos empreendimentos. E o Estado, nes-se sentido, tem demonstrado total inge-rência na defesa dos interesses dos seg-mentos economicamente ativos: a co-meçar pela falta de infra-estrutura dosaeroportos nacionais e a malha viáriadepauperada, observa-se na políticacambial uma de nossas inúmeras vul-nerabilidades. Ao mesmo tempo, a faltade pressa dos segmentos públicos é de-salentadora e desestimulante, quandopercebida da perspectiva profissional.Não há choque de gestão visível e prati-cado, capaz de preparar, pelo menos as

* Pesquisadora, especialista em cafeicultura

empresarial e mestre em administração

[email protected]

bases do agronegócio café, para umamassiva abertura de mercado. Falo aquide pequenos e médios produtores e in-dustriais, com limite de capitais de giroe investimento principalmente.

Se a Área de Livre Comércio dasAméricas tivesse saído do papel cincoanos atrás, certamente, não mais com-praríamos café processado por indús-trias nacionais, presas a defasagem doaparato legal que coordena o país e daburocracia que engessa a possibilidadede uso de mecanismos que ampliem aagressividade empresarial, tal como odrawback hoje. Compraríamos grandesvolumes de café canadense e estaduni-dense e quiçá, mexicano e colombiano,que há muito já aproveitam a vocaçãonatural do continente americano emproduzir cafés de altíssima qualidade,inclusive do Brasil. Mas se ela, a Alca,consolidar-se, por exemplo, num espa-ço de duas décadas, a contar de hoje, cer-tamente nem matéria-prima brasileiraserá possível consumir por aqui. Mes-mo que o mercado brasileiro torne-se lí-der mundial no consumo per capi-ta/ano, importar será um procedimen-to atrativo para o varejo e os segmentoscervejeiro, de pastifícios e tecelagemtêm muito a nos contar sobre suas ex-periências ao longo dos anos 1990.

Das 1,2 mil torrefações brasileirasatualmente em funcionamento, so-

mente 10 têm perfil para competição in-ternacional e somente uma, de capitalnacional, está entre os 10 maiores em-preendimentos torrefadores do mundo.Ressalta-se que entre esse grupo de 10empresas, duas organizações são multi-nacionais. Isso quer dizer que aberturade mercado para esse segmento é letal,porque em 10 anos, num ambiente dealta competição, mantidas as condiçõeseconômicas de hoje, não mais que 10torrefações nacionais têm condições desobreviver. Como conseqüência, perecea produção de café que depende do bomfuncionamento do segmento torrefadorbrasileiro para sobreviver, considerandoque o perfil predominante de produto-res são pequenos e médios, uma parcelasignificativa deles não está organizadaem cooperativas; portanto não têm vo-lume para a exportação e o mercado in-terno responde atualmente pelo proces-samento e consumo de 51% da produ-ção nacional de café.

Com o crescimento geométrico dapopulação asiática, especialmente a chi-nesa e indiana, empresários dessas eco-nomias emergentes têm adquirido asbaratas e férteis terras existentes em to-do o continente africano, para a produ-ção de alimentos. Considerando quepossuímos (a) condições climáticas si-milares, (b) que tanto o arábica quanto oconillon são originários daquele conti-

nente, (c) que a produção de cafés comirrigação começa a atingir o seu ápicedentro de no máximo quatro anos de-pois do plantio e (d) que a África possuimão-obra barata e abundante, final-mente, depois de quase três séculos deliderança, o Brasil pode realmente estardiante de um gigante adormecido naprodução de café, capaz de levá-lo abancarrota pela superação de suas van-tagens competitivas e comparativas.

Esses são prognósticos bastante alar-mantes, mas factíveis, principalmente de-pois da decodificação do genoma do cafée o domínio das técnicas de melhoria ge-nética dos cafeeiros, consolidada por gê-nios brasileiros no último século 20.

Finalizando, é válido lembrar quecom a ciência e com capital abundante,a juros baratos, tudo se faz. Ressalta-setambém que no que tange à tradiçãooriental, a superação dos melhores éuma regra historicamente construída. Ea história é uma relatora implacável:basta lembrar que a cafeicultura no cer-rado mineiro existe hoje por que umdia caiu uma geada negra no Oeste pa-ranaense em 1975. Conduzir o rumo daescrita, portanto, é uma atribuição pre-sente de todos.

SÉRGIO MORAES/REUTERS - 9/8/05

Das 1,2 mil torrefações brasileiras atualmente em funcionamento, somente 10 têm perfil para competição internacional

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A contratação do seguro ru-ral para as lavouras que são for-madas no período agrícola co-nhecido como safra de verão (ar-roz, feijão, milho, soja, algodãoetc.) começou este mês comperspectivas de crescimento. Naavaliação de Welington Soares deAlmeida, diretor do Departa-mento de Gestão de Risco Rural(Deger), da Secretaria de PolíticaAgrícola, do Ministério da Agri-cultura, 2007 deverá ser um mar-co na consolidação do seguro ru-ral no Brasil, já que a capacidadede contratações foi triplicada.

Ele estima que será possívelfazer seguro rural para 5 milhõesde hectares na safra 2007/08, quecomeça a ser cultivada em se-tembro. No ano passado, a áreacoberta foi de 1,5 milhão de hec-tares para 46,16 milhões de hec-tares cultivados. O aumento é re-

sultado da maior oferta de recur-sos para subvenção: R$ 100 mi-lhões este ano contra R$ 31,1 mi-lhões liberados no ano passado. Aexpectativa é de que 70 mil apó-lices sejam contratadas, ante 21,8contratos em 2006. “Como a áreaocupada com agricultura tempo-rária e permanente é de 63 mi-lhões de hectares, cerca de 8% daárea cultivada deverá ser cobertapelo seguro rural privado nesteano”, comentou Almeida.

Estão habilitadas para ope-rar no Programa de Subvençãoao Prêmio do Seguro Rural(PSPSR), em 2007, as segurado-ras AGF Seguros, Aliança doBrasil, Mapfre Seguradora, No-bre Seguradora e SeguradoraBrasileira Rural. O Deger estáanalisando ainda o pedido dehabilitação de mais duas segu-radoras: Porto Seguro e Itaú XL. Plantação de arroz, uma das culturas beneficiadas pelo seguro

FERNANDO SOUZA/ESPECIAL PARA O EM - 14/4/05