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Page 1: Polícia investiga quinto suspeito de estupro coletivo no Rio · Polícia investiga quinto suspeito de estupro coletivo no Rio "O primeiro local fica na parte mais baixa do morro

Polícia investiga quinto suspeito de estupro coletivo no Rio

A Polícia Civil suspeita que um quinto criminoso pode ter participado do  estupro coletivo deuma jovem de 16 anosocorrido mês passado em uma favela na Zona Oeste do Rio. Segundo a delegada CristianaBento, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), que conduz a investigação, onovo suspeito é traficante no Morro da Barão, onde a vítima foi violentada.

Cristiana não quis detalhar a participação do quinto suspeito no crime. Nesta quinta-feira, aequipe da delegada esteve nos dois pontos onde a jovem passou no fim de semana do crime.O primeiro é conhecido como "cafofo". O outro, "abatedouro". A vítima esteve no cafofo comRaí de Souza, de 22 anos, Lucas Perdomo, de 20, e Joyce, de 18. Ela relatou em depoimento ter acordado em outra casa, o abatedouro.

O cafofo fica a quinze metros do local do baile funk onde a adolescente esteve na noite de 20de maio. A festa é chamada na favela de Baile da Assembleia, por ocorrer ao lado de umasede da Assembleia de Deus. O abatedouro fica a noventa metros do cafofo. Segundo adelegada, foi constatado que um homem, sozinho, não teria condições de carregar a vítimapara a segunda casa, se ela estivesse desacordada.

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Polícia investiga quinto suspeito de estupro coletivo no Rio

"O primeiro local fica na parte mais baixa do morro. O abatedouro fica no topo, perto da mata ena frente do QG do tráfico. Como há muitas escadas e o local é estreito, uma pessoa só nãoconseguiria carregá-la. Ou ela foi levada por mais pessoas ou foi andando, embriagada.Estamos investigando ainda". A delegada contou que os dois imóveis são sujos, com lixoacumulado, e abandonados. Ambos são frequentados por traficantes. Os investigadoresconcluíram que o abatedouro não tinha capacidade de comportar 30 pessoas, como acusou avítima em depoimentos.

Cristiana descartou a participação de Marcelo Miranda da Cruz Correa e Michel Brasil da Silvano estupro. Com as prisões decretadas, os dois estão foragidos. Eles são suspeitos de teremdivulgado nas redes sociais os vídeos em que a adolescente é agredida sexualmente.

A delegada já considera como envolvidos no estupro Raí, preso desde o dia 30; Raphael AssisDuarte Belo, que fez uma selfie com a jovem nua e desacordada, também preso; o traficanteapelidado de Perninha, que teria feito os vídeos; e Moisés de Lucena, o Canário, tambémvinculado ao tráfico na favela. Também é acusado Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa,chefe do tráfico no Morro do Barão. Já teve a prisão decretada e está foragido.

O jogador de futebol Lucas Perdomo, que chegou a ser preso no dia 30, foi solto há umasemana por não haver provas de que esteve no abatedouro. A delegada pretende ouvirnovamente a menina, por videoconferência, já que ela está em programa de proteção federal,fora do Rio.

A delegada questionará a jovem sobre as contradições em seus dois depoimentos. Noprimeiro, ao delegado Alexandre Thiers, então na Delegacia de Repressão aos Crimes deInformática, a vítima disse que foi estuprada por 33 traficantes armados. Em segundodepoimento, já na DCAV, ela não foi tão específica quanto ao número de agressores. Outradúvida é quanto à informação de que esteve desacordada da manhã de sábado até domingo. Apolícia suspeita que a versão é falsa.

Fonte: VEJA

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