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www.jornalpoiesis.com.br Página 3 Saquarema ganha nova escola no Palmital O legado de Vanja Orico para a cultura nacional Página 2 Divulgação Divulgação Literatura, Pensamento & Arte Ano XXII- nº 228 - março de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis Um novo ano começa em 21 de março No Brasil, costuma-se dizer que o ano só começa mesmo depois do carnaval. A ironia da frase, no entanto, tem uma conotação diferente em outras culturas. Em diver- sas tradições, o ano começa realmente em março, quan- do o sol entra no signo de Áries. Assim é com a Fé Bahá’í, religião surgida na antiga Pérsia, atual Irã, em 1844, e que comemora no próximo dia 21 o início de seu 172º ano de existência. Tendo como um de seus pilares a ideia de que a revelação divina é progressiva, sendo trazida para a humanidade através de manifestantes de acordo com as necessidades espirituais de cada época, os bahá’ís seguem princípios como a unidade do gênero humano, o fim dos preconceitos, a igualdade de direitos entre ho- mens e mulheres, a educação compulsória, entre outros. Página 7. Creche e UBS são inauguradas em Araruama Página 3 Charlie, a irracionalidade e a violência dos dias atuais Página 6 France Diplomaque Marcelo Figueiredo Dia da Mulher terá atividades na Praça Antônio Raposo Página 3 Regina Mota

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Edição de março de 2015

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Page 1: Poiesis 228

www.jornalpoiesis.com.br

Página 3

Saquarema ganha nova escola no Palmital

O legado de Vanja Orico para a cultura nacionalPágina 2

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ãoLiteratura, Pensamento & Arte

Ano XXII- nº 228 - março de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

Um novo ano começa em 21 de março

No Brasil, costuma-se dizer que o ano só começa mesmo depois do carnaval. A ironia da frase, no entanto, tem uma conotação diferente em outras culturas. Em diver-sas tradições, o ano começa realmente em março, quan-do o sol entra no signo de Áries. Assim é com a Fé Bahá’í,

religião surgida na antiga Pérsia, atual Irã, em 1844, e que comemora no próximo dia 21 o início de seu 172º ano de existência. Tendo como um de seus pilares a ideia de que a revelação divina é progressiva, sendo trazida para a humanidade através de manifestantes de acordo

com as necessidades espirituais de cada época, os bahá’ís seguem princípios como a unidade do gênero humano, o fim dos preconceitos, a igualdade de direitos entre ho-mens e mulheres, a educação compulsória, entre outros. Página 7.

Creche e UBS são inauguradas em Araruama

Página 3

Charlie, a irracionalidadee a violência dos dias atuais

Página 6

France DiplomatiqueMarcelo Figueiredo

Dia da Mulher terá atividadesna Praça Antônio Raposo

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Regina Mota

Page 2: Poiesis 228

2 nº 228 - março de 2015

O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

EXPEDIENTERua das Bougainvilleas, 4 - Rio do Limão - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: [email protected] Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/jornalpoiesisDistribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

CINEMA E MÚSICAVANJA ORICO – UMA ESTRELA

O OCASO, O DESCASO E O ADEUSMarcio Paschoal e s c r i t o r , autor da b iograf ia do cantor e compo-sitor João do Vale ( w w w .marciopaschoal.com)

Uma entrevista para a biografia do cantor e com-positor maranhense João do Vale foi a razão para que eu fosse apresentado por Je-sus Chediak a uma mulher arrebatadora, simpática e falante e que, de cara, con-quistava as pessoas. Falo de Evangelina Orico, conheci-da como Vanja Orico.

O que dizer de uma ar-tista que, adolescente, é descoberta por Fellini, depois vira musa do cine-ma novo, grava sucessos no país e no exterior, tem ativa participação político-

-cultural, e acaba comple-tamente esquecida? Nosso país está se tornando espe-cialista nesses casos de es-quecimentos e deméritos midiáticos, e Vanja Orico não seria uma exceção.

Filha do diplomata e es-critor Osvaldo Orico, mo-rou em vários países, em decorrência da função do pai. Assim, aprendeu lín-gua estrangeira e também se habituou a diferentes gêneros musicais. Sem-pre antenada e carismáti-ca, em 1950, morando em Roma e estudante de mú-sica, chamou a atenção dos cineastas Federico Fellini e Alberto Lattuada, que a convidaram para cantar no filme “Luci del Varietà” (no Brasil com o título Mu-lheres e Luzes). A canção escolhida foi “Meu Limão, Meu Limoeiro”.

De volta ao Brasil, apa-receria no filme “O Canga-ceiro”, com roteiro e dire-

ção de Lima Barreto, e que ganharia a Palma de Ouro, em Cannes. Resultado: re-cebeu o epíteto de musa dos sertões e destaque do ciclo do cangaço no Cine-ma Novo, durante os anos 50 e 70. Vanja ainda fil-maria: “Lampião, o Rei do Cangaço”, em 1964; “Can-gaceiros de Lampião”, em 1967; e “Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro”, em 1972.

Paralelamente aos tra-balhos como atriz (também

atuou em “Independência ou Morte”, de 1972, no pa-pel da Baronesa de Goyta-cazes; e em “Ele, o boto”, em 1987), Vanja Orico desenvolveu importante carreira de cantora, com apresentações em diferen-tes partes do mundo, prin-cipalmente na França, onde alcançou relativo sucesso.

Mesmo com sua carrei-ra expressiva no cinema, a paixão maior de Vanja era mesmo a música. Sem

atingir tanta repercussão, ainda assim, destacou--se na gravação de alguns sucessos, como o clássico “Mulher Rendeira”, e tam-bém com “Sodade, meu bem, sodade”, de Zé do Norte. Ambos gravados pelo selo Sinter, gravação de 1953, 78 rotações.

Algumas gravações de Vanja: “Acender as Ve-las”, (Zé Kéti); “Maria Moita”(Carlos Lyra e Vini-cius de Moraes); “Danda-ra”, (Jorge Benjor); “Vê”, (Geraldo Vandré e Fer-nando Lona); “Canoeiro do Itapicuru”,(Reginaldo Nascimento) e “O Nordeste Não Se Rende”, (Catulo da Paula).

No teatro, Vanja ensaiou alguns passos, como na montagem de Stanislaw Ponte Preta (Sergio Porto), da peça “Vanja Vai, Vanja Vem”, ao lado de Grande Otelo, no teatro Miguel Le-mos, em Copacabana. Van-

ja também receberia um prêmio no Festival de Kar-lovy Vary, na Checoslová-quia, por “A Rosa dos Ven-tos” (episódio brasileiro dirigido por Alex Viany).

Sua única experiência como diretora de cinema foi no longa-metragem, “O Segredo da Rosa”, em 1973, que jogava luzes sobre o problema social da infância abandonada. Como se pode notar, Pelé não estava assim tão soli-tário na declaração do mi-lésimo gol. Mas isso é ou-tra história.

Já abalada pelo come-ço dos sintomas do Mal de Alzheimer, Evangelina Orico nos deixou em 28 de janeiro, aos 85 anos, vítima de um câncer no intestino.

Para o cinema e a músi-ca, uma perda; para mim, a saudade da artista vi-brante e um ser humano adorável.

POLÍTICAAs ideias de Kropotkin

Anarquista Russo defendeu a “Ajuda Mútua”Francisco Pontes de Miranda Ferreira

Piotr Kroptkin foi geógra-fo e escritor russo, pensador do anarquismo no século XIX. Foi um dos primeiros estudiosos do ecossistema ártico da Tundra. Aproxi-mou-se em suas viagens dos camponeses miseráveis da Rússia e da Finlândia. Suas ideias contêm elementos muito próximos dos mo-vimentos contemporâneos como economia solidária, cooperação, permacultura, ecoanarquismo. Ele defen-dia a extinção do sistema de salários e a distribuição livre de bens e serviços. Kropo-tkin foi contra o Estado e defendia a formação de co-munas, unidades adminis-trativas e cooperações. Con-testou as ideias de Huxley e Spencer baseadas na seleção natural e no darwinismo so-cial. Kropotkin defendia o mutualismo em contraposi-ção à competição. Para ele, a sobrevivência da socieda-de e das próprias espécies como os insetos, aves, ma-míferos e roedores depende do apoio mútuo. Quando ele descreve o comportamento animal lembra muito as te-orias de hoje sobre auto-or-ganização e controle natural. Para o autor a ajuda mútua está diretamente relaciona-da à segurança da espécie, ao desenvolvimento de há-bitos sociais, à evolução da inteligência e ao trabalho comum. As chances de so-brevivência das espécies que se associam são muitos maiores, afirma o autor.

Kropotkin ressalta tam-bém o conceito de um “senso coletivo de justiça”. “Felizmente, a competição não é a regra no mundo ani-mal, nem na humanidade” (KROPOTKIN, 2009: 65). Ele também não separa so-ciedade de natureza e critica os historiadores pessimistas que enfatizam na humani-dade apenas as guerras e a opressão. Discorda assim com as teorias de Hobbes. Kropotkin ainda afirma no seu texto que o individu-alismo desenfreado é um produto da modernidade e elogia o espírito cooperati-vo das civilizações indíge-nas. O autor russo enfatiza que as tribos asiáticas que migraram para a Europa e se estabeleceram, foram as que criaram as comuni-dades aldeãs. Nas comuni-dades aldeãs mencionadas pelo Kropotkin as planta-

ções eram coletivas e as atividades agrícolas reali-zadas em trabalho comu-nitário. A posse comum da terra incentiva hábitos mais cordiais, afirma o autor. Se-gundo Kropotkin a comu-nidade aldeã é resultado da organização interna entre famílias e da necessidade de acolher estrangeiros. Ou seja, teriam origem na di-versidade. O escritor russo ressalta que na Idade Média muitas formas cooperativas se desenvolveram. A criati-vidade artística, arquitetô-nica e científica do período medieval é destacada pelo autor. Assim o escritor rus-so trava uma posição muito crescente entre os historia-dores hoje. A Idade Média não é mais colocada como período das trevas. Essa no-ção foi desenvolvida pelo mercantilismo e pelo ca-pitalismo para justificar a

expansão burguesa, a colo-nização e o mercado. Foi no final do período medieval que começaram a emergir comunas quase anarquistas que foram massacradas pela burguesia ascendente. Kro-potkin destacou que o erro maior das cidades foi buscar sua riqueza no comércio e na indústria em detrimento da agricultura. Critica muito também o Estado autoritá-rio e que serve os interesses da indústria e do comércio. O período pré-capitalista e moderno justamente afastou o rural e o sentido de aldeia para criar a soberania da má-quina, do consumo e da vida urbana individualista. A cri-se atual começa justamente a questionar esse modelo e propor alternativas em que se defende um retorno ao rural, natural, selvagem e comunitário. Associações, conselhos, comitês, fóruns de economia solidária e ou-tras formas de organização também emergem hoje em resposta ao modelo moder-no. Afinal, “Nem os pode-res esmagadores do Estado centralizado, nem os ensi-namentos de ódio e de luta impiedosa, disfarçados de atributos de ciência, vindos de filósofos e sociólogos serviçais, conseguem elimi-nar o sentido de solidarieda-de profundamente enraizada no coração e na mente dos seres humanos” (pg. 225).

Referência Bibliográfica:KROPOTKIN, P.A. (2009). Ajuda Mútua: um fator de evolução, A Senhora Edito-ra, São Sebastião

Liderança Nua e Crua: decifrando o lado masculino

e feminino de liderar

LIVROS

O mundo dos negó-cios está conhecendo na última década a atuação efetiva da mulher em pos-tos de decisão nas orga-nizações. Entender esta prática da liderança utili-zando a lente feminina se torna essencial para todo profissional que busca de boas perspectivas neste mundo contemporâneo organizacional.

Este não é um livro (Li-derança Nua e Crua – de-cifrando o lado masculino e feminino de liderar, de Livia Mandelli. Petrópo-lis, Vozes, 2015, 192 p., R$ 28) sobre mulheres ou para mulheres, e sim uma visão sobre o lado femi-nino do comportamento organizacional refletido diretamente em todas as atitudes dentro das em-presas e consequente-mente na sua cultura.

Afinal, muito se sabe sobre as práticas e com-portamentos masculinos ao exercer a liderança, mas cada dia mais per-cebem-se traços de com-portamento femininos presentes nas lideranças de sucesso. A interposi-ção dos comportamentos feminino e masculino é a melhor pratica para se obter sucesso como líder.

Os resultados de estu-dos realizados no Brasil e na Europa mostram que o impacto deste compor-tamento da liderança não está claramente definido nem para os líderes nem para seus seguidores, mas identificam diferen-ças substanciais entre a

prática exercida pela li-derança feminina e pela liderança masculina. Dados comprovam que certas particularidades, comprovadamente femi-ninas, trazem grandes benefícios às equipes se usadas com a devida pro-priedade organizacional. Perceber, entender e apli-car estes conceitos trará grandes benefícios ao lí-der em busca de autoco-nhecimento e desenvolvi-mento de seus potenciais.

Livia Mandelli é Só-cio - Consultora na área de gestão de pessoas na Mandelli & Loriggio Con-sultores Associados, de São Paulo, empresa de consultoria dedicada ao desenho e à condução de processos de mudança em organizações. Mestre em Liderança pela Uni-versity of Gloucestershire na Inglaterra, Psicope-dagoga Organizacional, MBTI Step I & II Practio-ner, Coach pela Graduate School of Master Coach/Sociedade Brasileira de Coaching e Administra-dora. Articulista da re-vista NRespostas, revista distribuída em Brasília. Atuou nos últimos 6 anos em formação de times de alto desempenho em em-presas de porte médio na Inglaterra. Anteriormen-te, atuou na indústria de turismo e hotelaria bra-sileira desenvolvendo papéis de liderança tan-to em gestão de pessoas como consultora na área de implantação e desen-volvimento.

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3nº 228 - março de 2015

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O bairro de Bananeiras, no distrito de Iguabinha, em Araruama, recebeu no dia 27 de fevereiro sua primeira Unidade Básica de Saúde, inaugurada em solenidade que contou com a presença do prefeito Miguel Jeovani e da primeira dama e deputa-da estadual Marcia Jeovani. Na mesma ocasião, foram inauguradas as novas insta-lações da Creche Municipal Ilca Maria Duarte.

A unidade de saúde atenderá nas especiali-dades de clínica médica, ginecologia e pediatria, oferecendo ainda trata-mento odontológico, ina-lações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, encaminha-

Na primeira semana de atuação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a deputada estadual Marcia Jeovani (PR) protocolou seis indi-cações importantes para a garantia da segurança e mobilidade urbana dos moradores da Região dos Lagos.

Todas as proposições foram encaminhadas ao governador do estado Luís Fernando Pezão e anteci-padamente oficializadas junto ao presidente do DER, Dr. Ângelo Montei-ro, já que a parlamentar esteve em audiência no ór-gão para pedir a conclusão antes do Carnaval da obra de construção de um trevo na Rodovia Amaral Peixo-to, na subida da Serra com a entrada de Ponta Negra, no município de Maricá.

Atendendo às reivindi-cações dos moradores e condutores de veículos que trafegam na Rodovia Ama-ral Peixoto, a deputada so-licitou ainda a instalação de um redutor de velocida-de com fiscalização eletrô-

UBS e creche são inauguradas em AraruamaFotos: Marcelo Figueiredo

mentos e fornecimento de medicação básica. Com área total de 283 metros quadrados, a UBS é ponto de apoio fundamental na atenção básica ao cidadão, descentralizando o atendi-mento médico.

O prefeito Miguel Jeova-ni destacou os investimen-tos que vêm sendo feitos nas áreas de saúde e edu-cação.

“Estive em Brasília esta semana em busca de recur-sos para a saúde e a educa-

ção. Em breve, o ministro da Saúde estará visitando nosso município para co-nhecer o espaço da Casa da Caridade, onde iremos ins-talar o hospital da mulher e da criança”, disse.

O prefeito destacou ain-

da o cinturão de obras que já está beneficiando a popu-lação.

“É um momento de mui-ta alegria chegar em Ba-naneiras e entregar uma creche totalmente remode-lada, uma UBS e em breve

uma quadra poliesportiva coberta, que já está sendo construída. A escola Alte-vir Barreto também será remodelada. Estamos fa-zendo um cinturão de obras para a saúde com as futuras construções das UBS do Mutirão, Fazendinha, Igua-binha, Fonte Limpa, Jarcim Califórnia, Parati e Praia do Hospício”, ressaltou.

A Creche Municipal Ilca Maria Duarte também foi remodelada, com acrés-cimo de duas novas salas com banheiros, totalizan-do oito salas de aula, além de lactário, pátio com gra-ma sintética, cozinha e re-feitório ampliados e refor-ma geral de pisos, pintura, rede elétrica e hidráulica.

Marcia Jeovani solicita construção de rotatória na entrada de Praia Seca

A deputada apresentou ao presidente do DER, Ângelo Monteiro, as várias indicações de melhorias para Araruama que fez em sua

primeira semana de mandato na ALERJ

Divulgação

nica, a pintura da sinaliza-ção asfáltica e a construção de uma rotatória na altura do Km 74 (entrada de Praia Seca), na divisa dos muni-cípios de Araruama e Sa-quarema. Recentemente, uma família de Petrópolis sofreu um acidente grave na localidade, com vítimas fatais.

A deputada pediu tam-bém a construção de uma passarela na altura do Pos-to Capri Lagos na Rodovia Amaral Peixoto, no bairro Vila Capri, em Araruama, pelo fato de ter instalada na região uma unidade de ensino que atende em

grande parte os alunos da comunidade e que colocam a vida em risco ao atraves-sarem a pista.

Também foram indica-das a construção de um viaduto na Rodovia RJ 124, no bairro Itatiquara, na altura do Km 34 (Ave-nida Gladstone de Olivei-ra com a entrada de Mor-ro Grande), assim como a ampliação da Rodovia RJ 136 que liga o distrito de Morro Grande, em Ara-ruama, locais em que o tráfego diário coloca em perigo os pedestres que necessitam atravessar a via.

Projeto Mais Leiturafica em Araruama até dia 6

Prefeitura de Saquarema inaugura nova escola em Palmital

A Prefeitura de Saquare-ma inaugurou em fevereiro a nova Escola Municipa-lizada Beatriz do Amaral, na Estada Latino Melo, no Palmital. A unidade con-ta com seis salas de aula, refeitório, sala de leitura, sala de informática, se-cretaria e sala de recurso, atendendo do infantil até o quinto ano do ensino fun-damental.

A secretária de Educa-ção, Ana Paula Giri For-tunato, destacou a obra como uma conquista para a comunidade e convocou

todos a zelarem por ela.A prefeita Franciane

Motta ressaltou o cumpri-mento do compromisso as-sumido com a comunidade escolar quando visitou o local antes da reforma.

“E hoje estamos aqui,

inaugurando esta belíssi-ma obra. Meu lema sempre foi não prometer o que não posso cumprir. Prometi a reforma da Escola e hoje ela está aqui, para que to-dos os alunos possam des-frutar e aprender”, disse.

Divulgação

CULTURA

Com apoio da Prefeitu-ra de Araruama, através da Secretaria Municipal de Educação, o Projeto Mais Leitura estará na Praça do Mataruna de 2 a 6 de março, com livros vendidos a 2 e 4 reais.

Desenvolvido pela Im-prensa Oficial do Governo do Estado, o projeto está pela segunda vez no mu-nicípio. No ano passado, foram vendidos mais de 7 mil livros em apenas cinco dias.

Desde que foi criado, o Mais Leitura já vendeu mais de 2,5 milhões de li-

Marcelo Figueiredo

vros, beneficiando cerca de 600 mil pessoas em todo o Estado do Rio. Na estrutura montada na Praça do Mata-runa, os leitores encontra-

rão obras infantis, livros técnicos e científicos, além de romances, biografias, livros de poesia, religião, saúde e autoajuda.

O Dia Internacional da Mulher será celebrado em Araruama com uma série de atividades que serão re-alizadas na Praça Antonio Raposo, sob a coordenação da Secretaria Municipal da Terceira Idade e Desen-volvimento Humano, em parceria com várias secre-tarias. O início será às 8h com passeio ciclístico e au-lão de Yoga. Às 10h haverá a apresentação do Grupo Abadá de Capoeira.

Paralelamente a essas atividades no período ma-tutino, a partir das 9h, acontece mostra de qua-dros confeccionados por mulheres, artesanatos dos CRAS – Centros de Refe-rência e Assistência Social, massoterapia, queek mas-sage, orientação social, ju-rídica e psicológica para mulheres e idosos, aferição de pressão, verificação de glicose e auriculoterapia. Também estão programa-dos orientação sobre saúde bucal, nutrição e bolsa fa-mília. O MAMAS Itinerante também estará presente.

Dia Internacional da Mulher tem programação variada em Araruama

As vereadoras do muni-cípio participarão através da Câmara Itinerante, bem como a Ordem dos Advo-gados do Brasil/Araruama. As participantes poderão ainda se maquiar em uma das barracas que estarão expostas na praça no horá-rio de 9h ao meio dia.

No período vespertino, às 14h, haverá um aulão de capoeira com o Grupo Abadá. Às 16h acontece a apresentação da Orques-tra de Flauta. O Grupo Te-atrama fará uma esquete às 17h, seguido pelo Balé

da Coordenadoria da Ju-ventude. Às 18h será a vez do Carimbó da Setid se apresentar e dentro desse ciclo de apresentação de dança as crianças que par-ticipam de projetos da Se-cretaria de Política Social também subirão ao palco. A Caravana de Esmeralda de Gaya fará mostras de dança cigana.

Às 19h30 o Coral da Ter-ceira Idade, sob a regência dos maestros Rafael An-drade e Denise Andrade, homenageará as Cantoras do Rádio.

Regina Mota

Além de atividades culturais e esportivas, o evento contará com serviços nas áreas de saúde e direito

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Dicas de Saúde e Qualidade de Vida.

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O silêncio como processo de curaCamilo Motap s i c a n a l i s -ta, terapeu-ta holístico, membro da A s s o c i a ç ã o Brasileira de Psicanálise Transpessoal, atende em consultório em Araruama e Saquarema (www.camilomota.com.br)

Vivemos numa socieda-de tecnológica na qual o ruído predomina sobre o silêncio. Desde a Revolu-ção Industrial vimos assis-tindo a um aumento gra-dativo dos níveis das mais diversas interferências em nosso meio ambiente. Se no início o som das máqui-nas a vapor, dos primeiros automóveis e das sirenes das fábricas conduziam o homem a um novo estágio de adequação mental, as-sistimos hoje a uma rever-beração desses sons sob a forma de informações múltiplas transmitidas pe-los tantos meios que nos ligam ao mundo e aos de-mais seres (tablets, smar-tphones, mídias sociais, redes de TV...). Tornamo--nos agentes deste pro-cesso, incorporando-nos à grande legião de homens e mulheres produtores de ruídos. O resultado disso é um emaranhado de for-mas-pensamentos-emo-ções que se solidificam no imaginário das pessoas de modo a provocar alguns descompassos, elevan-do os níveis de ansiedade ou causando um cansaço inexplicável que pode le-var a estados depressivos.

O descompasso parece estar vinculado a uma fal-ta de compreensão sobre o valor do silêncio. Quando

paramos para escutar uma sinfonia de Mozart, pode-mos nos encantar com a força de um tema. E assim ficamos enlevados, exta-siados, tocados pelo abs-trato dos acordes. A beleza da música está na maneira como o silêncio interca-la as notas. Assim como a sombra completa a luz, também o silêncio é o com-plemento do som. Quando passamos a valorizar so-mente o efeito sonoro (que elevado ao excesso pode se tornar ruído), deixamos de lado o alento fortalecedor daquilo que o anima, ou seja, a sua ausência, aquele intervalo entre uma nota e outra, às vezes imperceptí-vel, noutras quase um de-safio. O mesmo se aplica ao mundo das informações, notícias e possibilidades de compartilhamentos que hoje as mídias nos propor-cionam. De tanto querer se mostrar e ser visto, o ho-mem se torna cego. De tan-to querer ser ouvido, ele se torna surdo, não ouvindo o outro e não se permitindo ouvir em seu anseio mais puro.

O ritmo desenfreado de nossos dias fornece em si seu próprio remédio. Cada vez mais pessoas parecem estar se voltando para uma revalorização da natureza (ao menos no nível do dese-

jo). É importante verificar que há uma diferença en-tre o silêncio e o desejo de silêncio. Enquanto aquele é o resultado do processo interior de conhecimento e de concentração no mo-mento presente, este é jus-tamente a projeção daquilo que se anseia como o ideal de silêncio, aquilo venha calar as pulsões que opri-mem e angustiam. Se vi-vemos num ambiente com muito ruído, o próprio cor-po anseia por seu oposto. Quando percebemos isso, temos a chance de iniciar a busca pelo silêncio. De início, é a força do dese-jo que nos move. Quando conseguimos deixar que o silêncio flua, aí sim estare-mos dentro da força da re-alização do prazer de estar bem consigo mesmo, inde-pendente de a nossa volta estar rolando um funk no último volume ou apenas o farfalhar do vento nas folhas das árvores. Se seu silêncio é de paz tudo que se movimenta ao redor não causa perturbação.

O cultivo do silêncio in-terior é um caminho de cura. É ouvindo os interva-los entre o que somos e o que está a nossa volta, que podemos perceber a me-lodia de nossas vidas nos convidando a viver o mo-mento presente.

Claudio FeldmanProfessor apo-sentado de língua e lite-ratura, autor de 51 livros, entre os quais “Gomos de uma laranja ácida” (2014)

“O Processo”, de Franz Kafka, foi escrito na época da 1ª Guerra Mundial, mas só publicado, postumamen-te, em 1925, pelo amigo Max Brod, que contrariando a vontade do ficcionista não queimou este e outros origi-nais.

“Der Process”, como o res-tante da obra do tcheco, tem desafiado tanto a sagacidade dos críticos literários como de psicólogos, filósofos, soci-ólogos e até teólogos.

Daí a imensa bibliografia de variadas interpretações que tentam alcançar a com-plexidade da obra, vasto símbolo, parábola, alegoria.

Porém estas formas figu-radas postulam, por defini-ção, um significante e um significado. Qual o signifi-cante não é difícil saber.

Joseph K., o anti-herói, é um jovem de vida banal, ho-nesto e honrado. De repente, torna-se um acusado, com um processo sobre os om-bros: não sabe de quê nem por quem ou perante qual tribunal. Irá buscar intermi-navelmente uma elucidação do mistério de sua culpa, dos termos exatos de seu “crime”, procurar Aquilo ou Aquele que mantém sua vida em suspenso. E nada nem ninguém consegue esclare-cê-lo: polícias, advogados, oficiais de diligências e juízes de instrução não passam de autoridades subalternas.

Os Juízes do Supremo — ou o Juiz Supremo — nin-guém o viu e, pelo ritmo que as coisas vão, ninguém os verá. Só resta a notificação.

O acusado passa e repas-sa, sem cessar, por um la-birinto de repartições, onde se administra uma estranha justiça e onde formigam os

O Processo de Kafkaréus de toda espécie. Joseph K. bate a todas as portas que possam dar abertura para o Tribunal da Última Instân-cia. Em vão.

Desconhecida e implacá-vel, a acusação continua a dilatar-se sobre o pobre, até o desfecho, absurdo, em que morre “como um cão”, numa pedreira, às mãos de dois enigmáticos carrascos.

Que significa esta estra-nha história, que, antes do desenlace, os episódios po-deriam se multiplicar, em sua teia, indefinidamente? Começam aqui as dificulda-des.

Há a interpretação psica-nalítica/psiquiátrica, a so-ciológica e a metafísica.

A vida e o destino de Ka-fka foram dominados pela figura do Pai, um homem implacável, autoritário, se-guro de si, sem crença nem em Deus nem no Diabo, mas também sedutor — ambíguo —, à frente do qual se move o filho, condenado como um “ser débil, incerto, temeroso e inquieto”.

Segundo a explicação psi-canalítica, o “caso” de “O Processo” seria apenas a his-tória, objetivada em mito, de um recalcadíssimo comple-xo de culpa, da culpa existen-cial de um débil frente a um forte. Um fraco que procura igualar-se àquele que, para ele, é “a medida de todas as coisas”, de um débil cuja força consiste em interrogar sem a obtenção de uma res-posta, de um frágil que toda vida se sentirá interpelado: “Tu quem és?”.

Para outros, toda a ques-tão e todo clima de “O Proces-so, essa sufocante atmosfera em que o real e o imaginário parecem se confundir no mesmo absurdo e na mesma fluidez sem contornos, teria a sua explicação no contexto histórico de Praga do tempo dos Habsburgos.

Na absurda cidade pro-vinciana da dupla monar-quia austro-húngara, com seu exército de burocratas, solenes e pegajosos, com a

sua espionagem, com seu imperador macróbio e au-sente, com as comunidades, separadas pela língua, raça, religião, usos e costumes, em particular o gueto judaico, Kafka se sente condenado a viver uma situação de acusa-do pelos antissemitas, explí-citos ou implícitos.

Daí a sutilíssima narrativa de “O Processo”, ouso dizer, uma premonição profética do universo concentracio-nário em que o homem se converte em objeto para o homem, algo risível, jogue-te sem respeito, dignidade e nome.

Em terceiro lugar, a inter-pretação metafísica.

Nela, duas orientações opostas: a dos que, em “O Processo”, nada mais en-contram do que o símbolo da condição humana como total absurdo — tal como em Sartre e Camus — e a dos que na obra descortinam a pará-bola do dogma do pecado original, admitindo, portan-to, um sentido altamente re-ligioso, como, entre outros, Max Brod, o principal artífi-ce da glória de Kafka.

As três interpretações (psicanalítica/psiquiátrica, sociológica e metafísica), é bom frisar, podem coexis-tir e ser verdadeiras. Não, evidentemente, enquanto exclusivas. Verdadeiras em planos não somente super-postos, mas interferentes.

Enfim, Kafka, judeu de origem e de educação, teve sua fé bastante abalada pe-las circunstâncias de sua vida, mas não a perdeu to-talmente e o levou, através de suas experiências com o absurdo, a procurar um sentido para a sua existên-cia. Foi ela que lhe deu âni-mo para escrever no final de “O Processo”: “A lógica é na verdade inabalável, mas não resiste a um ho-mem que quer viver. Onde estava o juiz que ele nunca tinha visto? Onde estava o alto tribunal que ele nunca alcançara? Levantou a mão e estendeu os dedos”.

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5nº 228 - março de 2015

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na estradaque o homem percorreháum filete de terratão estreitoum filete de terratão discretoum filete de terratão ocultoque ninguém afiançaque, por ele,outra estrada avançae o percorreoutro tipo de homem

Júlio Polidoro reside em Juiz de Fora-MG, autor de “Orla dos signos”, entre outros.

O TIRAR DAS MÁSCARAS

Elson Jacinto

Olhe dois homens se beijandoNa escuridãoPorque é carnavalMeu irmão

Veja José cutucandoA mulher do JoãoPorque é carnavalMeu irmão

Olha o pacífico com uma arma na mãoNão se espanteÉ carnaval meu irmão

Olha o padre com libido no salãoPorque é carnavalMeu irmão

Olha a dama seminua a se exibirDeixe-a é carnavalEla quer se divertir e o caretaCom um cigarro manual a se descontrairA desculpa é carnavalEle quer se expandir

Olhe o civilizadoVestido de índioParecendo um canibalEle criticou o selvagem e a desculpa é o carnaval

Olhe Fulano dando uma de homemE Cicrano de mulherÉ carnavalEle quer mostrar o que não é

Olhe o Judas verdadeiroE o Tomé cheio de féÉ carnavalEle quer mostrar o que não é

Veja a ilusãoQue já passouOlhe os coloridos em rebotalhosQue se fantasiouE os fadigados à espera da escola em primeiraQue desfilou

Cala a boa irmãoQuero dormirJá é quarta-feira

Elson Jacinto é poeta, reside em Araruama-RJ.

TERRA, terra

Dilermando Rocha

Matéria é matéria mais poesiaParacelso

Algum dia eles serão terra,será areia,serei pedraalgum dia seremos todos pócomo hoje são poeiras nossos antepassados;enquanto não chegar essa noite (clara ou escura?)sou apenas mais um homem predestinado a escreverpredestinado a sentir e sorrir, sofrer e morrer para talvez ser esquecido;o que ficou guardado no profundo mar da retinae o que serei não sou bastante bruxo pra imaginá-lomas é possível que eu seja rebelde cachoeiranas verdes montanhas de Minas Gerais;ou é possível que seja só uma árvore solitária— umbuzeiro ou algarobo — no infinoto pampaargentino, uruguaio e do Sul brasileiro...ontem como sempre caminhando despreocupadopela rude estada da vida tropecei numa pedra e lhe pedi perdão:podia ser um parente não muito distante

Dilermando Rocha mora em Juiz de Fora-MG. O poema acima faz parte da antologia “50 poemas escolhidos pelo autor” (Rio de Janeiro, Galo Branco, 2010).

A SECO

Leila Míccolis

Tem coisas que a gente só diz de porre, se não o outro corre; mas passada a bebedeira, a gente acha que fez besteira, não devia ter falado, que se expôs adoidado, à toa e foi tolice. Finge-se então que se esquece o que disse, culpa-se a carência, a demência, a em-briaguez responsáveis por tamanha estupidez. E é aceitando este estranho cabedal que quando se volta ao “estado nor-mal”, cada vez mais sós, na defensiva, corroídos morremos de cirrose... afetiva.

Leila Míccolis mora em Maricá-RJ, tem 30 livros publicados, entre os quais a reunião poética “Desfamiliares” (Ed. Annablume, 2013).

CANTAR DO PALÁCIO MARMÓREO

Aluizio P. Valle

Sou casa do rei sou casa do sobado morubixaba do imperadordo faraó do czar, emir, xá, xeque,fui feita para pouso do que mandaenquanto houver aqui a voz a mandarsou casa em que ninguém deve morar.

Sou solene sou festa no princípio,cansativa e monótona depois;desiluda escravizo desnorteioenvaideço corrompo e desengano;simbolizo o poder, sou ilusóriasou mármores com vidros: irrisão.

Minhas rampas conduzem a esperançano sempiterno trânsito da História;multidões glorificam seus eleitoscondenando-os aos meus salões marmóreos.Sou polo igual a paços de mil cortes:déspotas, visionários me ambicionam.

Sou lágrima de heróis de fâmulosexulto cortesão mato ideaisnas pomposas estranhas do poder.Ledo engano, sustento eternidadeiludo o povo a pátria a humanidadepresido o amor à paz inacessível.

ALUIZIO VALLE escreveu este poema na dé-cada de 80, quando exercia o jornalismo no Palácio do Planalto, credenciado por vários órgãos de imprensa, rádio e TV.

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6 nº 228 - março de 2015

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JE NE SUIS PAS CHARLIEGerson VallePoeta e escri-tor, membro da Academia Petropolitana de Letras

A leitura, seja em qual-quer espécie de narrativa - literária, teatral, cinema-tográfica, televisiva (das novelas e séries)... - se dá, para cada pessoa, de forma diferenciada, na depen-dência não só da sensibi-lidade, formação cultural, inteligência, mas mesmo de percepção do significa-do da ficção perante nossos valores da realidade. É co-mum - e já vi isto ocorrer com pessoas bem instruí-das - confundir-se o perso-nagem com a o ator/atriz que o interpreta, havendo quem o vaie quando o en-contra ao vivo. Periga até de ser linchado. Confusão mais comum ainda se dá entre a criação que toca personagens e fatos violen-tos, imorais, canalhas, que procura reproduzir realida-des vivas, com o incitamen-to à violência, imoralidade, canalhice. Lembro-me de um dos mais emblemáticos filmes que previa o futuro londrino (aos moldes da ficção científica) como de extrema violência e amo-ralidade por grande parte de seus cidadãos, “Laranja mecânica”, de Stanley Ku-brick. Muita gente o criti-cou como sendo uma pro-pagação da irracionalidade violenta. Realmente, há ce-nas de extrema violência, que servem para alertar o perigo de certas tendên-cias claras em nossa civili-zação, como já fizera, por exemplo, a literatura de um Aldous Huxley em “Admi-rável mundo novo” ou de George Orwell em “1984”. Um filme ou um romance

não têm como fazer o leitor ou espectador refletirem sobre a existência senão por ações. Não é do feitio mais criativo de uma obra de arte a formulação explí-cita de moralidades exem-plares, idealizadas, de um pregador religioso p. e.

O recente filme argen-tino “Relatos selvagens”, de Damián Szifron, é uma obra-prima com suas seis narrativas muito bem cons-truídas e filmadas que re-tratam sobretudo o caráter vingativo como tendência de nosso tempo, que faz uma pessoa responder a um insulto impensado no trânsito de uma estrada com uma perseguição que levará ao aniquilamento do agressor e do agredi-do... Como a mosca que cai numa sopa leva a raiva numa família, e esta raiva se propaga à vizinhança, ao país inteiro, e finalmente ao mundo, que arreben-ta numa explosão nuclear num roteiro de Ionesco para um filme francês da década de 60. Um crescen-do da ira a exemplificar a irracionalidade de nós, hu-manos...

Na saída do cinema des-te recente filme argentino, ouvi muitos comentários de pessoas revoltadas pela propagação de tanta violên-cia. Mas o diretor não pro-paga a violência. Tal como Dostoiévski ao descrever as obsessões de seus persona-gens não deseja transferi--las para o comportamento do leitor. Szifrón, no filme, critica a violência através de sua manifestação num mundo cada vez menos racional, com as pessoas sendo educadas para rivali-zarem entre si. E o faz com uma criatividade magnífi-ca, com leve reminiscência da originalidade de um fil-

me de Pedro Almodóvar, não havendo nenhum mo-mento que deixe o interes-se do espectador de lado, sendo sempre cinemato-graficamente bem acabado.

Bem acabados cinemato-graficamente são também os filmes de Quentin Taran-tino. E aí eu vejo uma outra confusão muito comum em espectadores. Neste caso, os mais amantes do cinema admiram Taranti-no sem considerarem que os meios técnico-artísticos não podem ser totalmen-te isolados do significado inerente em qualquer obra de arte. A manifestação do mal apenas para a criação do impacto e da constru-ção de uma narrativa bem montada, como se estivesse glorificando o mal na base do entretenimento é uma forma de alienação, poden-do influir na sociedade (e acredito que tenha contri-buído para isto no mundo atual) com o distanciamen-to da dor alheia (seguindo a baixaria dos “westerns spa-guettis”). Tal como faziam os romanos nas arenas... Num filme de Tarantino, Hitler é mostrado carica-turalmente, um estereóti-po do mal, o inimigo dos super-heróis das histórias em quadrinhos, sem ne-nhum compromisso com a História verdadeira, como uma realidade distante, datada e localizada. Como, enfim, não houvesse mais este tipo de maldade ago-ra em seu país. E sabemos, pelo mesmo já citado Stan-ley Kubrick, em “Dr. Stran-gelove”, o quanto tal país admite violências e discri-minações próximas a dos nazistas... É curiosa, aliás, a admiração que parece haver de Tarantino pela composição formal de um Kubrick, sem, no entanto,

parecer compreender-lhe o sentido por trás da forma.

As bobajadas sempre levadas na TV Globo, so-bretudo do cinema norte-americano mais comercial, habituam as pessoas com a violência inconsequente, não como reflexão de nos-sas calamidades, mas como distração mesmo, esporte, brincadeira... Apreciam--se bandidos matando com requinte de crueldade no cinema, mas revolta-se quem tem o filho usado pela violência de bandidos. Parece-me evidente a con-sequência da apreciação da violência pura e simples, sem a reflexão de seu signi-ficado mas sim como atra-ção, na sua manifestação a todo lado!

Quando estudei na Fran-ça, chocava-me em sua no-tável cultura coexistirem tolices como o pasquim “Le Canard Enchaîné”. O tipo de piadas inconsequentes, de fazer rir pelo deboche de defeitos físicos de pes-soas, de condições raciais, sociais, sexuais (como se gozar do “gay”), culturais (como religiosas, etc.) tor-nou-se ainda mais acentu-ado noutro pasquim, o he-bdomadário “Charlie”.

Fazer piada sobre a raça de alguém ou sua preferên-cia sexual, hoje em dia, é até crime entre nós. Mas, o “Charlie” tudo pode! Por que? Aliás, independen-temente da questão legal, de ser crime ou não, o ato que despreza a alteridade, a diferença entre as pes-soas, o respeito ao outro, é, antes de mais nada, um atentado de mau gosto! Na época em que estudei na França havia no Brasil o “Pasquim”, mas suas pia-das desrespeitosas (como sobretudo as do Henfil) ti-nham a desculpa máxima

no fato de vivermos uma ditadura desrespeitosa a todos os direitos indivi-duais que nos fazia tomar atitudes extremas para sa-lientar tais absurdos. Na França, entretanto, o que move tais publicações? A simples manifestação da li-berdade sem limites, irres-ponsabilidade anarquista, comportamento existen-cialista? Mas, há uma con-traditória consequência em tudo isso...

Por outro lado, no livro dos muçulmanos, o Corão, Maomé prescreve o com-bate aos infiéis até a morte. O Pentateuco também era inclemente aos não-judeus. Porém, houve um judeu chamado Emanuel que, há dois mil anos, reconheceu o anacronismo e impiedade de tais princípios, e a toda hora refazia o dito antigo pelo que sua época escla-recia. Não havendo uma renovação entre os muçul-manos desde o século de Maomé, seus princípios de uma política teocrática não perceberam a necessária laicidade da convivência democrática, e alguns de-les levaram o Corão ao ex-tremo, ignorando ciências e humanismos. Não me consta que em Israel, por mais detestáveis que sejam suas características dis-criminatórias e belicosas, haja lei que mande ape-drejar a “mulher adúltera” (e nunca é demais lembrar que o “pecado” do adulté-rio masculino não era su-ficientemente grave para ser incriminado da mes-ma forma...). Mesmo não admitindo as renovações de Cristo, a modernidade fez ultrapassados antigos princípios religiosos. Mas, entre os muçulmanos, não. E há uma tendência de es-ticarem a “vendetta” dos

povos primitivos a todos os que se opõem a seus antro-pocentrismos.

Assim, numa civilização mais esclarecida, tal “jus-tiça vingativa” não se jus-tifica. Porém, não é afron-tando o primitivismo dos seguidores extremistas de uma religião que se pode convencê-los a uma “atua-lização” comportamental. Não se debocha de crenças e culturas alheias simples-mente por elas terem idios-sincrasias anacrônicas. Isto é desrespeito e ignorância ante as diferenças. Muitos, no mundo, querem se soli-darizar ao “Charlie Hebdo” por ter sofrido um ataque de tais bárbaros anacrô-nicos. E se identificaram dizendo serem o jornal agredido. Eu não sou este jornal. Não aceito a for-ma como desrespeitaram a crença alheia, como não admito a resposta violenta dos crentes extremistas de princípios anacrônicos.

O sábio papa Francisco, da religião que admite as renovações de posições por se basear nos ensinamen-tos de um reformador, ape-sar deste reformador ter pregado o oferecimento da outra face a todo agressor, aludindo ao caso das agres-sões “intelectuais” do jor-naleco francês lembrou que se alguém xinga sua mãe ele responde com um tapa. Parece pouco cristã tal afir-mativa. Mas, não. Ela se re-porta à consideração maior de que não se deve agredir. É como se perguntar: por que xingar a mãe de quem quer que seja? E nesta per-gunta há motivos para re-flexões mais humanistas, muito mais de acordo com a convivência pacífica de respeito à alteridade, es-sencial para um mundo melhor.

Fiperj quer ampliar estatística pesqueira para 23 cidades no EstadoO presidente da Funda-

ção Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Essiomar Gomes, recebeu representantes da Fundação de Desenvol-vimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) no dia 24/02. O encontro serviu para estreitar a par-ceria com a instituição que, entre outros serviços de consultoria, vem auxilian-do a Fiperj na elaboração e captação de recursos para projetos de fomento ao se-tor pesqueiro e aquícola. Um deles é o Projeto de Monitoramento da Ativida-de Pesqueira (PMAP), cuja proposta de financiamento será encaminhada à Petro-bras em março.

O projeto visa ampliar o monitoramento conhecido como Estatística Pesquei-ra e já realizado pela Fiperj em alguns locais de desem-barque dos municípios de Paraty e Angra dos Reis (na Costa Verde); Rio de Janei-ro, Niterói e São Gonçalo (na Região Metropolitana); Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e Cabo Frio (nas Baixadas Litorâ-neas); e São Francisco de Itabapoana, São João da

ECONOMIA

Barra, Campos dos Goyta-cazes e Macaé (no Norte Fluminense). Com o novo recurso, será possível incluir no levantamento mais sete municípios: Mangaratiba (na Costa Verde); Itaguaí, Duque de Caxias, Magé, Itaboraí e Maricá (na Re-gião Metropolitana); e Rio das Ostras (nas Baixadas Litorâneas), além de mais pontos nos já contemplados com a estatística pesqueira.

Com a nova proposta, o monitoramento iniciado em 2010 em cinco municí-pios e hoje realizado em 16, contemplará 23 cidades do litoral fluminense inseridas na área de abrangência das atividades de exploração e produção da Petrobras nas bacias de Santos e Campos. A ação é em atendimento ao Parecer Técnico 284/12 e ao Termo de Referência 016/13 da CGPEG/Dilic/Ibama (Coordenação-Geral de Petróleo e Gás da Di-retoria de Licenciamento Ambiental do Instituto Bra-sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re-nováveis), com vistas ao licenciamento dessas ativi-dades.

Censo Pesqueiro - A proposta segue os mesmos trâmites do Projeto de Ca-

racterização Socioeconômi-ca da Pesca e da Maricultu-ra - que originou o primeiro Censo Pesqueiro no estado do Rio. Realizado de maio a novembro de 2014, o levan-tamento é uma exigência do Ibama para a licença de ati-vidades no Polo Pré-sal da Bacia de Santos, integrada por outros três estados bra-sileiros: São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Com ex-ceção da costa catarinense, cuja pesquisa é de respon-sabilidade da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), a Fundepag foi contratada pela Petrobras para coor-denar o projeto nos outros três estados, contratando no Rio a Fiperj para execu-tá-lo. No litoral fluminense, o levantamento foi aplicado nos 18 municípios que inte-

gram a Bacia de Santos (de Paraty a Cabo Frio), além de Armação de Búzios que, mesmo fora dessa faixa - pertence à Bacia de Campos -, foi incluído no programa com recursos próprios da Fiperj por sua importân-cia no segmento da pesca e maricultura (produção arti-ficial de seres aquáticos em

ambientes marinhos).O estudo - que visa iden-

tificar aspectos sociais e econômicos, como grau de instrução e renda mensal dos pescadores, além de da-dos sobre a produção, fro-ta e outros - está na fase de conclusão do relatório final, que deverá ser apresentado em meados de março à Pe-

trobras, com a proposta do novo projeto de monitora-mento.

Participaram da reunião o coordenador de relações corporativas e institucio-nais da Fundepag, Átila Bankuti, com a consulto-ra Solange Ferreira. Pela Fiperj, acompanharam o encontro os diretores Au-gusto Pereira (Pesquisa e Produção) e Jorge Irineu da Costa (Administração e Finanças); as coordena-doras Maria de Fátima Va-lentim (Extensão) e Marina Bez (Pesca); as assessoras Natalia Machado (Proje-tos, Convênios e Captação de Recursos) e Ana Caro-lina Iozzi (da Diretoria de Pesquisa e Produção); e o gerente executivo do proje-to de Caracterização, Davi Alcântara.

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7nº 228 - março de 2015

RELIGIÃO

Ano novo bahá’í é comemorado no dia 21 de marçoO dia 21 de março de

2015 dará início ao ano 172 da Era Bahá’í. O Badí, calendário bahá’í, é base-ado no ano solar, e con-siste em 19 meses de 19 dias, mais os quatro “dias intercalares” que comple-tam os 365 dias do ano. Foi adotado em 1844 quan-do o Báb, precursor da Fé Bahá’í, anunciou uma nova era, que teve início com a vinda de Bahá’u’lláh. As-sim como foi Jesus Cristo, Buda, Zoroastro, Maomé e todos os grandes líderes religiosos, os bahá’ís acre-ditam que Bahá’u’lláh é o mensageiro de Deus para essa época.

Já na Pérsia antiga, o dia 21 de março era co-nhecido como Naw-Rúz, que significa “novo dia” em persa, e segundo a tra-dição, data de 3 mil anos. Os reis da antiga civiliza-

Casa Universal de Justiça, em Haifa, Israel, é a sede mundial da Fé Bahá’í, cujos 7 milhões de seguido-res celebram o ano novo que dá início ao 172º ano desta religião que teve origem na Pérsia em 1844

ção persa destinavam este dia à audiência pública e recebiam o povo na sua corte com maior conside-ração. Durante milhares de anos foi comemorado como o dia de fraternida-de, júbilo e alegria, dia de grande festa. O Naw-Rúz é tradicionalmente come-morado ainda hoje no Irã e também em outros pa-íses do Oriente Médio e Ásia Central, além de ser celebrado por indivíduos espalhados por diversos países.

Para os bahá’ís, o Naw--Rúz é um dia sagrado, e um dos motivos que o tor-na uma data especial é a combinação com o fim do período do jejum, que se inicia no dia 2 de março e termina na véspera do ano novo. O jejum é realizado entre o nascer e o pôr do sol (no calendário bahá’í

O fato do dia 21 de mar-ço ser identificado desde épocas remotas como um dia muito especial do pon-to de vista astronômico também tem importância na Fé Bahá’í. Nesta data, o sol ilumina os dois he-misférios de forma igual e pelo mesmo ângulo, dan-do início à primavera no hemisfério norte e outono no hemisfério sul. Assim como a Terra passa pelo equinócio, e o equilíbrio de luz e calor faz com que a natureza física se renove, os bahá’ís acreditam que uma vida nova se insufla em cada ser humano.

Os principais ensina-mentos da Fé Bahá’í se fundamentam na unidade: unidade de Deus, unidade da religião, unidade da hu-manidade. Mais informa-ções podem ser obtidas no site www.bahai.org.br

os dias começam e termi-nam ao pôr do sol) como forma de purificação do corpo, reflexão e fortale-

cimento do espírito para o novo ano que se inicia-rá. No dia 20, os cerca de 7 milhões de bahá’ís es-

palhados pelo mundose reúnem com familiares e amigos para fazer orações e festejar.

ECONOMIAPrograma voltado ao artesão fluminense é

prioridade do governo estadual

Incentivar os artesãos fluminenses é uma das prioridades da nova gestão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regio-nal, Abastecimento e Pes-ca (Sedrap). Para tanto, o secretário Zé Luiz Anchite e a chefe de gabinete Nea Mariozz abraçaram o Ar-tesanato em Movimento - um dos projetos existentes na secretaria - e já buscam ações que permitam a sua ampliação.

Implantado em setem-bro de 2013 como forma de identificar, recuperar e va-lorizar o artesanato flumi-nense, o projeto já passou por cerca de 20 municípios (como Nova Friburgo, Ita-peruna, Campos, Cabo Frio e Nova Iguaçu) e cadastrou quase 500 artesãos, desen-volvendo ações que visam ampliar a divulgação e a comercialização dos tra-balhos. Um exemplo é a participação de artistas em feiras (como a da Rua do Lavradio, na Lapa) e expo-sições em espaços como a Casa do Artesão, em Bota-fogo, Zona Sul do Rio.

Entre os artesãos ca-dastrados pelo projeto em Niterói está Cristina Alves de Carvalho que, com o marido Daniel e os filhos Júnior, de 20 anos, e Feli-

pe, de 18, tem a atividade como única fonte de renda. Reutilizando vidros que embalam azeite, esmalte e bebidas, eles dão vida a peças bem diferentes, como bonecas decorativas. Em busca de novidades até para manter a cliente-la, a família (que participa da Feira de Artesanato do Campo de São Bento, em Icaraí) investe agora em placas personalizadas e quadros com base de acrí-lico e desenhos insperados em criações de Romero Brito (pintor, escultor e se-rígrafo brasileiro radicado nos Estados Unidos) que retratam pontos turísticos do Rio e Niterói, como o Corcovado e o MAC.

- Estamos trabalhando para expandir o Artesa-nato em Movimento, com foco em dar mais condi-ções ao artesão de investir em seu trabalho, mostrar as belezas e a rica diversi-dade do artesanato flumi-nense e, realmente, viver de sua arte - adianta Nea Mariozz, chefe de gabinete da Sedrap.

Autodidata, Bruna Pre-bay, de 32 anos, descobriu o artesanato há menos de um ano e também tem a atividade como única fonte de renda. Para ela, o Arte-

sanato em Movimento é uma ótima oportunidade de visibilidade e expansão de negócios.

- O projeto é um exce-lente recurso de divulga-ção. Graças a ele participei da exposição da Copa do Mundo na Casa do Arte-são; da mostra “Arte e Sus-tentabilidade” na Galeria de Arte La Salle e depois da Feira do Lavradio, co-nhecidíssimo evento no mundo das artes. Busquei o artesanato porque esta-va desempregada e acabei aprendendo a técnica de cartonagem com a ajuda da internet. Hoje ajudo até nas contas de casa - conta Bruna, que produz carteiras de diferentes materiais.

Sedrap no Lavradio - A primeira participação da Sedrap na Feira do La-vradio foi em novembro de 2013, com bolsas, cintos, brincos e outras peças de escamas, couro e outros descartes do peixe, produ-zidas por artesãos de co-munidades pesqueiras de São Gonçalo e Cabo Frio. O Artesanato em Movimento retornou outras quatro ve-zes à feira com artesãos do Rio, Nova Iguaçu, Niterói e também de São Gonçalo. (Jeline Rocha/Sedrap)

Divulgação/Sedrap

Micro e pequenas empresas se destacamna geração de emprego na Região dos Lagos

As micro e pequenas empresas (MPE) da Re-gião dos Lagos foram as principais respon-sáveis pela geração de empregos na região em 2014. De acordo com estudo do Observatório Sebrae-RJ, produzido com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Ca-ged), do Ministério do Trabalho e Emprego, as MPE criaram 2843 em-pregos, enquanto as mé-dias e grandes empresas (MGE) fecharam 425 postos. Somadas as 184 vagas disponibilizadas na administração públi-ca, a Região dos Lagos encerrou o ano com um saldo líquido de 2602 vagas. O resultado pra-ticamente se igualou ao de 2013, quando foram criados 2665 vagas na região.

Saquarema foi a prin-cipal responsável por este resultado. Lá, as mi-cro e pequenas empresas geraram 957 vagas. Cabo Frio e São Pedro da Al-deia também se destaca-ram, com 815 e 754 pos-tos novos criados pelas MPE.

O movimento positi-vo das micro e empresas da Região dos Lagos se repetiu no Rio de Janei-ro e na média nacional. As MPE do estado gera-ram 59.021 novas vagas , enquanto as MGE fe-charam 24.276 postos de trabalho. Mesmo com algumas regiões apresen-tando queda do desem-penho de 2014 em rela-ção a 2013, em todas as regiões do estado o saldo líquido de empregos ge-rados pelas MPE no ano passado foi positivo. Já entre as MGE apenas as regiões Baixada Flumi-nense II, Serrana II, Cos-ta Verde e Noroeste Flu-minense apresentaram saldo positivo.

Os setores de servi-ços e comércio foram os responsáveis pelo maior número de carteiras as-

sinadas em todo o estado em 2014, criando 35.747 e 7.217 vagas, respecti-vamente. Na análise se-gundo o porte, entre as micro e pequenas em-presas, apenas a indús-tria de transformação fechou postos em 2014. Os destaques novamente ficaram com os setores de serviços, construção civil e comércio, que juntos geraram 60.078 postos de trabalho.

“Aqui na Região dos Lagos temos acompa-nhado o crescimento de novos empreendimen-tos, o que tem dinami-zado a construção civil , e a melhora dos serviços e do comércio, que todo ano crescem com o ve-rão. Também vemos as micro e pequenas em-presas se esforçando para se profissionalizar. Os atendimentos do Se-brae crescem a cada ano na região e é uma satis-fação ver as empresas buscando se estruturar, seja fazendo cursos, consultorias de gestão ou mesmo se associan-do em busca de empo-deramento e melhorias. Vemos isso no turismo e no segmento de moda praia, por exemplo”, ex-plicou Ana Claudia Viei-ra, coordenadora regio-nal do Sebrae.

O investimento na educação continua se mostrando um bom alia-do na hora de conquis-tar vagas no mercado. A grande maioria das vagas criadas pelas mi-cro e pequenas empre-sas do estado (89%) foi ocupada por trabalhado-res que possuem ensino médio completo ou estão cursando ou terminaram o ensino superior.

Neste sentido, o Se-brae-RJ procura auxiliar as empresas locais com um programa extenso de treinamento, que en-volvem desde oficinas de gestão (de compras, pla-nejamento financeiro, pessoal) até cursos ela-

borados com objetivo de mudar completamente a competitividade da em-presa, a exemplo do Em-pretec e do Ferramentas de Gestão Avançada.

“No dia 12 de março, vamos fazer uma pa-lestra gratuita em Cabo Frio para explicar o mo-delo do Empretec a to-dos os interessados em empreender. Trata-se de uma das mais impor-tantes ferramentas de capacitação empresa-rial disponíveis no país para quem ter sucesso trabalhando por conta própria. O seminário foi desenvolvido pela ONU e quem faz acaba provo-cando alterações muito significantes em seus negócios. Hoje temos na região empresas que até mudaram seu perfil de negócio depois desta ex-periência. Sabemos que esse é um ano difícil e a criatividade será funda-mental para manter os bons resultados”, com-pletou Ana Claudia.

Em março, o Sebrae/RJ também vai lançar, na Região dos Lagos, mais uma solução de gestão empresarial: Ferramen-tas de Gestão Avançada, FGA, uma metodologia inovadora que promo-ve a implantação de um modelo de gestão base-ado em indicadores e metas. O programa tem duração de 14 meses e é dividido em quatro fases, que incluem diag-nóstico da empresa , desenvolvimento de um plano empresarial, ela-boração de estratégias e composição de um novo ciclo de planejamento. . A aula inaugural é dia 12 de março. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 22.2643-0805, pelo email [email protected] e, preferencial-mente, no escritório, para que os interessados possam obter maiores informações do progra-ma.

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8 nº 228 - março de 2015

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Solidariedade - Policiais Militares do Posto 11 do Batalhão de Polícia Rodoviária de Araruama fizeram no dia 28/02 a do-ação de um carrinho de bebê para o pequeno Matheus, de 7 meses, atendendo ao pedido de uma integrante do coral da Igreja de São Sebastião. Durante o evento, Frei Leonardo abençoou a entrega do carrinho. Na pessoa do Subtenente Rezende, chefe do Posto, parabenizamos a todos os militares que foram sensíveis ao apelo.

Academia - Literatos, intelectuais, artistas, professores e pes-soas da comunidade estiveram presente em fevereiro na Bi-blioteca Municipal de Araruama para conversarem sobre a criação de uma Academia de Letras e Artes. O novo secretá-rio de Cultura, Moacir Gomes, também prestigiou o evento. A próxima reunião já está marcada para o dia 17/03, às 19hs.

Guarda Civil de Araruama - Anderson Ruiter comanda a Guarda Civil de Araruama e relata que esse ano o Carnaval foi super tranquilo. As pulseiras colocadas nas crianças para identificação foi o trabalho que mais se destacou. Foram di-versos grupamentos como o peracional, do canil e trânsito que foram espalhados pelos distritos, dando uma segurança maior à população. Homenagens foram feitas na Câmara dos Veradores pelos trabalhos realizados. Parabéns!

Aniversário de Terezinha Ruade - A querida amiga foi rodea-da por amigos e familiares no dia 28/02 para comemorar seu aniversário. Ela que passou por momentos difícieis mostrou que é forte e guerreira. Comemoramos com muita alegria os seus 60 anos de idade muito bem vividos. A equipe do Jornal Poiésis lhe deseja muitos anos de vida! Que você possa conti-nuar essa pessoa maravilhosa que é. Parabéns!

Conselho Tutelar recebe restante do kit - O Movimento Ar-ticulado de Mulheres e Amigas de Saquarema - MAMAS plei-teou junto ao deputado federal Edson Santos, através de uma emenda parlamentar, a aquisição de um automóvel e um kit multimídia ao Conselho Tutelar. O veículo foi entregue em 2014 e o restante do kit veio recentemente para a cidade. Pa-rabéns ao Mamas e à Joana Darc do Conselho Tutelar, que esteve presente nesse momento tão especial.

Mulheres que brilham - Fica aqui a homenagem pelo Dia In-ternacional da Mulher a essas três mulheres guerreiras que lutam em prol da classe feminina e também em prol do povo de Araruama: Rejane Silva (Secretária de Saúde), Marcia Jeo-vani (Deputada Estadual) e Lourdes Belchior (Secretária da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano). Parabéns!!!

Amigos de Iguabinha - Sob a coordenação do verador Amigo Walmir centenas de pessoas foram para a avenida, levando o bloco mais bonito do Carnaval/2015. O parlamentar foi o que mais apoiou os blocos esse ano. Parabéns!

Carnaval da SETID - A Secretaria da Terceira Idade e Desenvol-vimento Humano de Araruama realizou no dia 13/02 o tradi-cional Baile à Fantasia “Nos Embalos das Antigas Marchinhas”. Foi um dia que ficará para a história. Todos brincaram muito e

Guarda Municipal de Saquarema apresenta dados positivos sobre o Carnaval 2015

De acordo com in-formações de Marcelo Marreto Ramos, coman-dante da Guarda Muni-cipal de Saquarema, o Carnaval deste ano foi tranquilo e com núme-ros menores de notifi-cações em relação aos anos anteriores. Agentes de trânsito foram con-tratados para dar maior aparato ao evento, o que resultou em um trânsito com mais ordem.

O total de autos de infrações foi de 236, in-cluindo a apreensão de 25 carros e 16 motocicle-tas. Em 2014 os núme-ros foram bem diferen-tes com 300 apreensões de motocicletas e 84 de carros, somando um to-tal de 384 veículos com irregularidades.

“A iniciativa da pre-feita Franciane Motta de criar o carnaval da famí-lia tem sido um sucesso

total para as forças de segurança. Lembrando que os agentes de trânsi-to contratados pela pre-feitura contribuíram de forma significativa para o sucesso do nosso tra-balho”, disse o coman-dante Ramos que ressal-tou ainda a importância da presença do secretá-rio de segurança João Carlos da Silva Araújo que esteve presente to-dos os dias no evento.

Bingolosona Daumas

A Daumas Academia realiza um bingoloso em sua sede no dia 13 de março, sexta-feira, a partir das 19 horas. O evento tem por objetivo angariar fundos para 2 viagens nacionais e 1 in-ternacional do grupo em 2015. Participe e dê seu apoio aos artistas de Sa-quarema. Mais informa-ções pelo telefone (22) 2655-3654.

se alegraram com a festa organizada especialmente para eles, que dedicaram suas vidas ao trabalho e às suas famílias. E vem muito mais por aí. O ano de 2015 promete ainda muitos encontros mágicos como esse. Aguardem!