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www.jornalpoiesis.com.br Página 6 Os novos rumos da narrativa nacional Conheça alguns princípios da Fé Bahá’í Página 6 Reprodução Divulgação Literatura, Pensamento & Arte Ano XXII- nº 226 - janeiro de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis Música O novo CD de Lulu Santos O escritor Marcio Paschoal apresenta uma análise do mais recente trabalho de Lulu Santos, destacando sua performance na guitarra. Página 7. Cinema Relembrando Chaplin Guido Bilharinho nos apresenta nes- ta edição uma homenagem ao cine- ma de Chaplin, através da apresenta- ção de um de seus maiores clássicos: Luzes da Cidade. Página 2. Saúde Os vilões do emagrecimento Se está dicil perder peso, preste atenção no que está comendo. Con- fira as dicas de alimentação do nutri- cionista Tury Souza. Página 2. Respeitável público, o teatro vai à rua em Araruama Camilo Mota Corpo & Mente Vivendo o tempo da delicadeza O escritor e psicanalista Camilo Mota fala so- bre as perdas e a maneira com que tratamos nossos senmentos. Página 7. O Grupo Teatrama realiza durante o mês de janeiro a IV Mostra Araruama de Teatro de Rua. O evento vai aconte- cer de quinta a domingo, na Praça Antônio Raposo, com entrada franca. Página 3. A caminho dos EUA Araruama atrai novos investidores Mesmo sem contar com benefícios fiscais como em cidades vizinhas, Araruama tem se des- tacado no cenário eco- nômico da Região dos Lagos como um polo atrator de novos inves- timentos. O perfil em- preendedor do prefeito Miguel Jeovani é um dos fatores responsáveis por esse movimento que está dando nova vi- talidade ao Condomínio Industrial. Em dezem- bro, foi inaugura uma adaptadora de veículos especiais, a GHJ, que vai gerar 50 empregos diretos e 50 indiretos. Página 4. Marcia Jeovani, um jeito novo de se fazer política na Alerj Regina Mota Regina Mota Marcelo Figueiredo Eleita com mais de 34 mil votos, a empresária Mar- cia Jeovani assume este ano seu primeiro mandato como deputada estadual. Em entrevista exclusiva ao Jornal Poiésis, ela fala sobre os direitos da mu- lher, cultura e sua visão de como a política deve ser conduzida de maneira in- dependente. Página 3. O jovem Murilo Augusto, de 18 anos, morador de Saquarema, viaja este mês para os EUA. Ele foi esco- lhido entre alunos da rede pública para integrar o Pro- grama Jovens Embaixado- res. Dos 13 mil escolhidos em todo o mundo, Murilo é um dos 50 brasileiros que farão parte do programa deste ano. Página 4.

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Edição de janeiro de 2015

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Page 1: Poiesis 226

www.jornalpoiesis.com.br

Página 6

Os novos rumos da narrativa nacional

Conheça alguns princípios da Fé Bahá’íPágina 6

Repr

oduç

ão

Divu

lgaç

ãoLiteratura, Pensamento & Arte

Ano XXII- nº 226 - janeiro de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

MúsicaO novo CD de Lulu Santos

O escritor Marcio Paschoal apresenta uma análise do mais recente trabalho de Lulu Santos, destacando sua performance na guitarra. Página 7.

CinemaRelembrando Chaplin

Guido Bilharinho nos apresenta nes-ta edição uma homenagem ao cine-ma de Chaplin, através da apresenta-ção de um de seus maiores clássicos: Luzes da Cidade. Página 2.

Saúde

Os vilões do emagrecimentoSe está difícil perder peso, preste atenção no que está comendo. Con-fira as dicas de alimentação do nutri-cionista Tury Souza. Página 2.

Respeitável público, o teatro vai à rua em AraruamaCamilo Mota

Corpo & MenteVivendo o tempo da delicadeza

O escritor e psicanalista Camilo Mota fala so-bre as perdas e a maneira com que tratamos nossos sentimentos. Página 7.

O Grupo Teatrama realiza durante o mês de janeiro a IV Mostra Araruama de Teatro de Rua. O evento vai aconte-

cer de quinta a domingo, na Praça Antônio Raposo, com entrada franca. Página 3.

A caminho dos EUA

Araruama atrai novos investidoresMesmo sem contar com benefícios fiscais como em cidades vizinhas, Araruama tem se des-tacado no cenário eco-nômico da Região dos Lagos como um polo atrator de novos inves-timentos. O perfil em-preendedor do prefeito Miguel Jeovani é um dos

fatores responsáveis por esse movimento que está dando nova vi-talidade ao Condomínio Industrial. Em dezem-bro, foi inaugura uma adaptadora de veículos especiais, a GHJ, que vai gerar 50 empregos diretos e 50 indiretos. Página 4.

Marcia Jeovani, um jeito novode se fazer política na Alerj

Regina Mota

Regina Mota

Marcelo Figueiredo

Eleita com mais de 34 mil votos, a empresária Mar-cia Jeovani assume este ano seu primeiro mandato como deputada estadual. Em entrevista exclusiva

ao Jornal Poiésis, ela fala sobre os direitos da mu-lher, cultura e sua visão de como a política deve ser conduzida de maneira in-dependente. Página 3.

O jovem Murilo Augusto, de 18 anos, morador de Saquarema, viaja este mês para os EUA. Ele foi esco-lhido entre alunos da rede pública para integrar o Pro-

grama Jovens Embaixado-res. Dos 13 mil escolhidos em todo o mundo, Murilo é um dos 50 brasileiros que farão parte do programa deste ano. Página 4.

Page 2: Poiesis 226

2 nº 226 - janeiro de 2015

O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

EXPEDIENTEDiagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 SAQUAREMA - RJ CEP 28990-970 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: [email protected] Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/jornalpoiesisDistribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

CARTA DO LEITORPensando a Educação

Olá Camilo, Excelentes ideias para

reflexão oportunizada por seu artigo “A mul-tiplicação do saber e os novos desafios da esco-la”, publicado no Poiésis 223 (outubro de 2014). O artigo, além de desta-car o papel da educação e de valorizar o educador, reforça a necessidade de o Estado olhar com mais responsabilidade e cuidado para uma área de suma importância ao desenvolvimento socioe-conômico do país.

Poiésis, ao abrir espaço para esse tipo de conteú-do, contribui, sem dúvi-da, para o exercício críti-co - atitude fundamental à qualquer nação que se pretende desenvolver, so-bretudo, na perspectiva de atender as necessida-des reais de seu povo.

Aproveito a oportuni-dade para desejar a você e a seus familiares um 2015 encharcado de ter-nura, de boa literatura!

Fraterno abraço,Dino GilioliFlorianópolis-SC

Sobre PoesiaCaro Gerson Valle,Obrigado pelo envio

dos 10 exemplares do Poiésis de dezembro. Obrigado também pela publicação do poema “Antielegia” e pela ci-tação do meu nome na sua resenha sobre o livro de Ivan Marinho. Aliás, ficou excelente seu tra-balho sobre os quatro li-

vros de poemas. Além do Sortilégio Possível, li e amei A Sinfonia do Tem-po, de Daniel Mazza, que gentilmente me enviou um exemplar. Aproveito para desejar a você e sua família um Feliz Natal e um bom Ano-Novo. Boas Festas! Fraternalmente,

José Carlos TaveiraBrasília-DF

Guido Bilharinhoa d v o g a d o atuante em U b e r a b a --MG, editor da revista internacional de poesia Di-mensão de 1980 a 2000 e autor de livros de literatura, cinema, história do Brasil e regional, entre eles, Brasil: Cinco Séculos de História, inédito.

Em Luzes da Cidade (City Lights, EE. UU., 1931), inci-dem fortemente as principais características da filmogra-fia de Chaplin: romantismo, prevalência da estória sobre a forma ou linguagem cinema-tográfica, do que decorrem o convencionalismo, a lineari-dade narrativa e a protagoni-zação do vagabundo Carlitos como núcleo de universo sen-timental, emotivo e sempre individualista.

Observa-se, ainda, a mi-tigação da violência, notada também em outros de seus filmes dessa época. Nesse principalmente, Carlitos é pa-cífico e terno, pouco sofrendo e menos ainda reagindo à vio-lência do meio. Quanto mais aumenta o sentimentalismo de Chaplin menos ocorrem as agressões físicas e morais contra o vagabundo.

A ação concentra-se em torno da descoberta e do amor do protagonista pela bela e cega florista. Até sua sincopada amizade com o milionário abandonado pela esposa é submetida e posta a serviço do atendimento desse relacionamento amoroso.

À semelhança de toda a

CINEMAO CENTENÁRIO CINEMA DE CHAPLIN: LUZES DA CIDADE

filmografia de Chaplin, res-salvado algum isolado curta--metragem que se desconhe-ça, Luzes da Cidade nada apresenta de formalmente autoral e inventivo, limitan-do-se o cineasta à narrativa temática, objetivo e finalida-de da realização.

A romantização da realida-de patenteia-se claramente. Não só pela natureza e conte-údo do amor de um vadio por pobre e desvalida cega, mas, também, pela maneira de se lidar com os acontecimentos, emergindo das maiores di-ficuldades sempre fato meio miraculoso que resgata ou livra as personagens de suas dificuldades e agruras.

Por sua vez, os momentos mais delicados da trama, a exemplo da exaltação amo-rosa da moça e sua felicidade em meio à cegueira, são ba-nhados por acentuada emo-tividade, convenientemente dosada para encantar e con-

quistar os espectadores.Contudo, de tudo isso, de

toda essa negatividade, sal-va a presença e atuação de Carlitos, não nas passagens dramáticas e melindrosas, meras apelações sentimenta-lóides, porém, nas cenas de alta comicidade que aconte-cem no filme. Apenas nelas porque outras existem, aqui e ali, mas, que representam o padrão corriqueiro da per-sonagem, com seus truques, habilidade manual, raciocí-nio rápido e não menos veloz movimentação gestual e cor-poral.

Destaca-se, nesse caso, por exemplo, a sequência no restaurante luxuoso, para onde Carlitos, devidamente encasacado, é levado pelo seu recente e ciclotímico amigo. Em série perfeita de cenas, Chaplin compõe verdadeira sinfonia de gestos e atitudes, tanto de Carlitos quanto de seu eventual companheiro. A

finalidade hilariante é plena-mente atingida. Na festa que o embriagado milionário dá em sua mansão também se verificam cenas cômicas ela-boradas e pertinentes. A se-quência da luta de box inclui--se nessa relação, por suas evidenciadas comicidade e precisão de movimentos.

No mais, no seu núcleo temático, Luzes da Cidade não passa de conto de fadas moderno, no qual o “prínci-pe” salva a heroína e com ela deverá repartir as alegrias e felicidades do amor.

Por ser moderno (e conto de fadas) e, ainda, competen-temente aviado e dirigido, é filme amado e cultuado pelos espectadores que se compra-zem com os elementos con-vocados à sua feitura.

(do livro Clássicos do Cine-ma Mudo. Uberaba, Institu-to Triangulino de Cultu-ra, 2003)

SAÚDE

Tury SouzaNutricionista

Se você pre-tende perder peso, é impor-tante que saiba em primei-ro lugar o porque de você ganhar peso. Vou dar uma explicação resumida para que fique bem entendido: Quando você consome ali-mentos de alto índice gli-cêmico, ou seja, alimentos que tem a propriedade de subir o açúcar no sangue mais do que o natural do organismo, é liberado pelo seu corpo grandes quan-tidades de um hormônio chamado insulina. A insu-lina é um hormônio ana-bólico, ela tem algumas funções no organismo, en-tre elas, ela inibe a enzima que queima gordura e pega o açúcar circulante no san-gue e armazena na forma de triglicerídeos (gordura).

Quanto maior o seu con-sumo destes alimentos, mais o seu corpo vai ar-mazenar gordura. Quanto mais gordura você arma-zena, mais peso você ga-nha. Mas não para por aí. Depois que este excesso de açúcar do sangue é arma-zenado, ainda permane-cem grandes quantidades de insulina circulante, e isto faz com que o açúcar no seu sangue fique abai-xo dos padrões naturais do organismo, causando hipo-glicemia.

Como mecanismo de de-fesa da hipoglicemia o seu organismo vai enviar sinais de fome para o seu cérebro, e você vai querer comer mais alimentos ricos em

Os 6 vilões do Emagrecimento: Dieta Low Carb

açúcar para normalizar sua glicemia. E assim o ciclo começa novamente, e você nunca para de comer e en-gordar, engordar e comer...

Mas existe uma forma de romper com este ciclo vicioso. É fazer uma dieta Low Carb. Uma dieta Low Carb se trata de uma dieta com baixa quantidade de carboidratos, e os poucos carboidratos que estão in-cluídos são de baixo índice glicêmico. Esta dieta man-tém a glicemia controlada em níveis fisiológicos, evi-tando a hipoglicemia, o ex-cesso de insulina circulante e também o armazenamen-to de gordura.

Assim o seu corpo co-meça a queimar gordura naturalmente, você perde o peso que sempre quis per-der, comendo a quantidade que achar necessário dos alimentos corretos. O pro-cesso está explicado, mas ainda falta uma informação muito importante: Quais são estes 6 grupos de ali-mentos que nunca vão deixar você perder peso? O trigo e todos os seus de-rivados; O Açúcar e todos os seus derivados; Arroz branco; Batata inglesa; To-das as farinhas (Amido de milho, fécula de batata, fa-rinha de arroz, farinha de mandioca, etc.) e também frutas de alto índice glicê-mico como banana e a me-lancia.

Retire estes alimentos da sua alimentação e já estará fazendo uma ótima dieta! Procure um profissional habilitado para fazer um acompanhamento e come-ce a perde peso já!

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POLÍTICA

Araruama terá Mostra de Teatro de Rua

Camilo Mota

O Grupo Teatrama realiza a IV Mostra Ara-ruama de Teatro de Rua no período de 8 de ja-neiro a 1º de fevereiro, com várias apresenta-ções gratuitas na Pra-ça Antônio Raposo, no Centro. As peças serão encenadas de quinta a domingo às 19h30.

Apesar das dificulda-des, da falta de apoio e do Teatro Municipal que continua fechado, o Teatrama tem se manti-do firme no propósito de desenvolver seus proje-tos. A ideia em 2015 é realizar a mostra a céu aberto e com espetácu-los exclusivos do grupo.

“As atrações são para toda a família, com en-trada gratuita, mas quem quiser pode co-laborar com o grupo ao final dos espetáculos, quando passamos o cha-péu. Agradecemos a to-dos os patrocinadores, apoiadores, amigos e incentivadores que tor-naram possível essa re-alização”, disse Alexan-dre Marinho, diretor do Teatrama.

Outra novidade deste ano é que o último es-petáculo, em fevereiro, será escolhido por vo-tação do público. Mais um bom motivo para as-

sistir a todas as peças e ainda pedir bis. Confira a programação comple-ta.

1a semana08/01 – ALGUMAS

DO ARISTEU09/01 – PRÍNCIPE

DE PAPEL10/01 – BICHO HÔMI11/01 – JOÃO E O PÉ

DE FEIJÃO

2a semana15/01 – TEATRO DE

BRINQUEDO16/01 – BICHO HÔMI17/01 – ALGUMAS

DO ARISTEU18/01 – PRÍNCIPE

DE PAPEL

3a semana22/01 – JOÃO E O PÉ

DE FEIJÃO23/01 – A FARSA DO

ADVOGADO PATHE-LIN

24/01 – BICHO HÔMI

25/01 – TEATRO DE BRINQUEDO

4a semana29/01 – PRÍNCIPE

DE PAPEL30/01 – BICHO

HÔMI31/01 – A FARSA DO

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01/02 – A ser defini-da pelo público

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A primeira mulher da Região dos Lagos a ocu-par uma das cadeiras da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro – ALERJ, Marcia Cristina Araújo Jeovani, 50, sagrou-se vi-toriosa ao receber 34 mil 870 votos pelo Partido da República – PR nas últi-mas eleições.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Poiésis, ela fala das suas lutas, vitórias e planos para desenvolver no novo cargo político. Uma das suas prioridades é trazer para a região um hospital de referência da mulher e da criança. Ao recordar as 416 emendas parlamentares feitas pelo esposo Miguel Jeovani, prefeito de Araruama, en-quanto deputado estadual, ela reforça seu anseio de continuar a luta para con-quistar aquelas reivindica-ções.

Poiésis – O que signifi-ca ter vencido as elei-ções?Marcia Jeovani - Esses dias eu estava falando que foi um gosto duplo de vitó-ria. Porque foi bom poder ter conseguido alcançar meus objetivos, mas foi melhor ainda a população de Araruama ter mostrado que continua acreditando na família Jeovani, con-tinua dando voto de con-fiança na família Jeovani. Depois de tudo que Miguel passou, eu consegui me eleger, então eu só tenho a agradecer à população de Araruama, de toda a Re-gião dos Lagos e de vários municípios do estado por essa confiança deles terem renovado esse contrato de amizade, essa aliança. Foi muito bom mesmo.

Poiésis – Como a se-nhora vê a luta das mu-lheres pela igualdade de gênero?Marcia Jeovani - Eu vejo com muito otimismo. Eu noto que nós mulheres estamos procurando cada dia mais ocupar o nosso espaço. Estamos nos pre-parando cada dia mais. A gente está procurando se aprofundar em estudo, em conhecimento. Então eu tenho uma expectati-va muito boa e acho que a cada ano a tendência é me-lhorar.

Poiésis – Como acha pode ser melhorada a situação das mulhe-res?Marcia Jeovani - Eu acho que a gente precisa acreditar um pouquinho mais na gente. Quando eu vim candidata muita gen-te falava assim para mim: olha, não quero te desa-nimar não, mas eu vou te falar uma coisa, mulher não vota em mulher. Aí eu falava: pois eu vou provar que é diferente, e a maio-ria das mulheres esteve ao meu lado durante essa caminhada me dando todo apoio, todo suporte e eu acredito nessa união das mulheres para poder mu-dar o nosso futuro. Então eu acho que temos real-mente que estar unidas, uma brigando pela ou-

Marcia Jeovani: “sou mais de construir pontes do que muro”todos os municípios, não somente de Araruama, mas como também de todo o estado do Rio de Janei-ro, independente de quem seja o prefeito que estiver sentado na cadeira, por-que independente daque-la cidade que eu tive um voto, ou da que tive mil, ou da que tive dez mil, não importa, eu fui eleita com esse montante. Um pou-quinho de cada um foi o que levou a Marcia Jeovani até a ALERJ. Então estou disposta a ajudar, a dar o meu melhor por cada um desses municípios.

Poiésis – Com relação à cidade de Ararua-ma especificamente, que é uma das cidades mais bonitas da região e que ainda tem algu-mas necessidades a se-rem priorizadas, o que pode nos falar?Marcia Jeovani - A ci-dade ficou muito abando-nada. Tem praticamente quatro anos que Araruama não recebeu um quilôme-tro de asfalto. Então eu costumo falar o seguinte: que política é essa? É a política que eles vêm aqui, buscam o voto e depois di-zem que o prefeito não é do partido deles e que por isso não vão mandar obras? E a população que votou? Dias atrás peguei as emendas parlamentares que Miguel Jeovani havia escrito, en-quanto deputado estadu-al, onde constam diversas ruas de Araruama e de ou-tros municípios também com necessidade de asfal-to, ainda falei: dá-me isso aqui que vou botar debaixo do braço e vou levar, por-que vou tentar buscar. Eu brinco dizendo que sou mais de construir pontes do que muro, então a gente vai tentar sim, porque acho que é um direito nosso, in-dependente de eu ser de um partido de oposição, a minha cidade precisa, ou-tras também. Eles tiveram votos, o governador teve votos na nossa cidade, en-tão ele tem compromisso com Araruama. É por isso que vou lutar também pe-las emendas impositivas, para não concentrar obras nas mãos de dois ou três deputados. As emendas impositivas são da mesma forma que é em Brasília, onde um orçamento anual e é dividido entre os de-putados federais, os quais indicam as cidades que querem beneficiar. Eles entram em contato com os prefeitos para saber das suas prioridades, se é a saúde, saneamento ou asfalto, aí as emendas vão para as cidades. Com isso não acontecerá o que ocor-reu com Miguel Jeovani quando deputado estadu-al, que fez 416 emendas e elas não vieram, ou quan-do vêm, chegam em nome de outro deputado. Então é algo mais justo para o de-putado e para o povo, fica muito mais transparente. Acho as emendas impositi-vas a grande solução, como já acontece em outros es-tados. Eu acho que vai ser muito positivo e acho que iremos conseguir, eu tenho muita esperança, pois não sou de desistir fácil.

tra, uma lutando em prol da outra. A gente precisa desse apoio. Essa semana aconteceram Os 16 Dias de Ativismo da Luta Contra a Violência Doméstica, que é de grande importância. A mulher tem que parar de achar que é sempre cul-pada por ter que trabalhar fora e ter que deixar os fi-lhos em casa ou na creche, porque não conseguiu dar conta de todos os afazeres de casa, porque precisou trabalhar fora. Nós não somos culpadas de nada, nós somos auxiliadoras também. Temos que dei-xar essa culpa um pouco de lado e passar a pensar mais na gente.

Poiésis – Em Ararua-ma ainda não há uma Delegacia para Mu-lheres, a senhora já pensou em trazer uma para a cidade?Marcia Jeovani - Já sim. Porque hoje o atendimen-to que temos na delegacia ainda constrange muito a mulher. Nem toda mu-lher se sente à vontade de entrar numa delegacia de polícia. Ela já entra como se já fosse a culpada. Al-guns perguntam: se você foi estuprada, que roupa estava usando? O que você fez para acontecer isso? Então, é uma carga muito grande. Parece que esta-mos há quantos séculos atrás? Tudo é culpa da mu-lher? Se você é assediada, a culpa é sua? Se o seu mari-do te espanca, perguntam: o que você fez para ele fa-zer isso com você? Se o seu marido joga a sua autoes-tima lá embaixo, a culpa é sua? A gente precisa olhar essas mulheres com mui-to mais carinho, com mais atenção, porque nós somos guerreiras do dia a dia. Eu acho que essas mulheres vítimas de violência têm que ter um acompanha-mento psicológico, jurídi-co, com pessoas que real-mente as entendam. Não é o mesmo perfil o de um policial para um assisten-te social, ou um advogado. Ele tem que realmente en-tender um pouquinho de mulher para poder dar esse suporte para ela. Temos acompanhado o trabalho que é feito aqui na Setid (Secretaria Municipal da Terceira Idade), onde fica a Coordenadoria da Mulher de Araruama, e vemos que muitas não têm coragem de denunciar o seu agres-

sor, mas é por vergonha, por medo de ser censura-da e por essa falta de aco-lhimento. Nesse momento em que a mulher está tão frágil o que ela quer mes-mo é ser acolhida, porque ela já foi agredida na rua, em casa e vai ser mal rece-bida ainda no local em que ela foi buscar apoio?

Poiésis – Qual sua vi-são em relação à cultu-ra?Marcia Jeovani - Eu acho que a cultura está fi-cando muito de lado. A gente precisa ter um pla-no, um estudo. As pessoas pensam na cultura como uma coisa supérflua. Às ve-zes mistura um pouquinho a cultura com a educação. Falta um pouco de interes-se. Eu acredito que preci-samos ouvir bastante as pessoas, montar um plano, um projeto realmente vol-tado para a cultura, porque o nosso povo precisa ter uma visão mais ampla do mundo, de tudo o que pode nos proporcionar. Isso é a cultura quem faz. Penso em fazer isso enquanto de-putada estadual. Eu não sei ainda em quais comissões irei ficar como membro ou presidente, não ficou nada decidido ainda, mas eu pretendo participar de um maior número possí-vel, mesmo como membro, porque é muito bom a gen-te poder ouvir e participar. Durante a campanha ca-minhamos e participamos de reuniões com mulheres, médicos, com o pessoal da cultura, entre outros, então temos muita coisa a acrescentar e continuar ouvindo a população. Acho que o deputado foi eleito para isso, para ser repre-sentante do povo, logo, ele tem que continuar essa li-gação para que possa levar para a ALERJ as necessi-dades do povo. Muito inte-ressante isso, porque nun-ca ninguém me perguntou sobre cultura, a primeira é você. Todo mundo quer sa-ber da saúde, da educação, do transporte, mas sobre cultura ainda não haviam questionado. Até porque seu jornal é bem focado, na cultura.

Poiésis – Gostaria de deixar uma mensa-gem?Marcia Jeovani - Como eu repeti em várias vezes nas minhas reuniões, que eu estarei à disposição de

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4 nº 226 - janeiro de 2015

ECONOMIA

Se você não aguenta mais ser jogado de um lado pro outro pelo

SAC, ligue pra gente. Aqui, vamos ouvir e acompanhar suas

reclamações sobre leis que não estão sendo cumpridas

e até mesmo de serviços mal prestados por empresas privadas.

P i n g

P i n g

P O n g

P i n g

P i n g

P O n g

EDUCAÇÃOAraruama é polo de atração

de novos investimentos

O prefeito de Araru-ama, Miguel Jeovani, tem reforçado frequen-temente seu compro-misso em promover mais desenvolvimento econômico para o mu-nicípio, atraindo novos investidores. Seu per-fil empreendedor e sua visão empresarial têm sido fatores importan-tes para gerar confiança em empresários que en-contram em Araruama o apoio necessário para ampliar seus negócios.

“É importante acre-ditar na cidade, visua-lizar seu potencial eco-

Marcelo Figueiredo

Na inauguração da GHJ, o prefeito Miguel Jeovani destacou a importância da geração de empregos no município

nômico e investir em seu desenvolvimento. É através da geração de emprego e renda que conseguiremos melho-rar a qualidade de vida da população, que terá mais oportunidades no mercado de trabalho”, destaca o prefeito.

Em dezembro, mais uma nova empresa se instalou no município. A GHJ Rio – Marimar Veículos Especiais, es-pecializada na monta-gem de ambulâncias, consultórios médicos e odontológicos em ve-ículos como furgões e

ônibus, inaugurou sua sede no Condomínio Industrial, com previ-são de gerar 50 empre-gos diretos e 50 indire-tos.

Outras empresas também já estão se pre-parando para iniciar atividades no municí-pio, como a Zeex In-dústria e Comércio, a norueguesa Norsafe, a concessionária de ca-minhões Clark-Mardi-sa, além do shopping no bairro Parque Alves Branco, que deverá ge-rar cerca de 1500 em-pregos diretos.

Jovem de Saquarema fará parte do Programa Jovens Embaixadores

Murilo Augusto Bra-ga Ribeiro dos Santos, 18, é um dos jovens escolhidos para par-ticipar do Programa Jovens Embaixadores 2015, que existe desde 2002 e foi criado pela Embaixada dos Esta-dos Unidos da América no Brasil.

Aluno da Escola Téc-nica Estadual – ETE Helber Vignoli Muniz, FAETEC, de Bacaxá, Murilo foi escolhido entre treze mil e qui-nhentos estudantes da rede pública inscritos no programa. Dedica-ção aos estudos, deter-minação e respeito à família são suas maio-res dádivas.

Em carta datada de 6/11/2014, a Embaixa-da dos EUA frisa que o programa visa benefi-ciar alguns brasileiros de destaque na rede pública de ensino por seu perfil de liderança, atitude positiva, cons-ciência cidadã, exce-lência acadêmica e co-nhecimento da língua inglesa. “Buscamos com isso ampliar os ho-rizontes desses jovens e, ao mesmo tempo, valorizar e promover o fortalecimento da edu-cação pública por meio de vocês, transforman-do-os em modelos para

Regina Mota

Murilo (centro) viaja para os EUA em janeiro

os seus colegas e a sua comunidade”, relata a missiva.

No Brasil 50 jovens de vários estados fo-ram escolhidos. Cin-co grupos de 10 foram divididos para realiza-rem a jornada que ini-ciará em janeiro. A via-gem será no dia 6/01, incluindo a primeira parada em Brasília para treinamento de 4 dias, onde os jovens receberão as orienta-ções necessárias para a estadia nos EUA. De 10 a 14 de janeiro acon-tecerão visitas guiadas em pontos históricos e culturais em Washing-ton DC, inclusive em escolas e projetos so-ciais e participação em seminários e oficinas sobre justiça social e voluntariado.

De 15 a 27/01 eles

irão para o estado anfi-trião, Oklahoma, onde serão hospedados por famílias americanas e frequentarão aulas em escolas públicas da re-gião, participarão de atividades de volunta-riado e farão apresen-tações sobre o Brasil.

Já no dia 28/01par-ticiparão de uma reu-nião de avaliação em Washington DC e irão se preparar para a via-gem de volta ao Brasil. A volta está marcada para o dia 1/02. Des-pesas como visto de entrada nos EUA, pas-sagens, hospedagem e alimentação, tanto em Brasília quanto nos Es-tados Unidos e kit bási-co de inverno (casaco, luvas, gorro, cachecol e meias) são todas pagas pela Embaixada dos EUA.

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5nº 226 - janeiro de 2015

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Os poetas do Jornal PoiésisQuando o Jornal Poiésis surgiu em 1993, havia em seu cer-ne a formação de um conselho editorial. Aos poucos vieram sendo agregados poetas de várias linguagens, sujeitos pen-santes no caminho da palavra. Tivemos muitas oportunida-

des de nos reunirmos, ler poesia, discutir a pauta de dezenas de edições. Hoje nossas reuniões são virtuais, mas persiste em cada um o compromisso em trabalhar seu texto e sua linguagem, elaborar a vida que pulsa nas sílabas e seus si-

lêncios. Neste janeiro de 2015, apresentamos para nossos leitores os nossos trabalhos poéticos. Que sirvam de sinal para que a poesia persista em cada canto que este jornal estiver circulando. (Camilo Mota)

ABRAÇO VIRTUAL

Gerson Valle Ainda uma vez, coração, surges nas várzeas trazido pelos ventos.Vens por rumos de outros sumos.Que sei de tuas faces inefáveis?Podem ou não cruzar-mena utopia adiada,horizonte sempre em frentede mãos dadascom o nascente ou poente...Voltas coraçãoem cada abraço virtual das mensagens dos e-mails.Resto quieto sob teus braços fictíciospara não trair a comoçãodas batidas trazidas de vindas antigas.Esvoaçantes sensaçõesda paz procurada que passa ao largo,como se a vida prosseguisse sem estar mais presente...

PRAÇA DA REDENÇÃO

Camilo Mota

À tarde a menina sorri debruçada nos amigos— irá construir o novo mundo.Outra espanta as pombas— tênue limite da paz e da guerra.A menina lê ao meu lado— onde as palavras e os silêncios?Teria levado em seus olhos a minha história?Uma estátua paira como o instrumento à espera do toque,— o poema que perdeu as palavras.A vida a abriga nos olhos de quem passa.A menina é uma em seu vestido colorido— moço, compra uma bala, ela tem sabor de esperança.A estátua se move: o tempo ecoa o fim de tarde.Sua sombra esgueira à beira da noite.A praça dorme entre gorjeios.

ESCOLHAS

Charles O. Soares

Prefiro a fome. Impulsiona as víscerasMotriz dos desejos. ...A saciedade traz o confortoBerço da inércia.Prefiro a insôniaIncômoda e produtivaVerme roedor de limites. O sono acalma, Prende à normalidade, Lembra a morte.Certa, infalível, solução.Prefiro a vidaIncerta, indecisa, às vezes, indecente. ..Gosto de problemas.

RECORTE

Marcelo J. Fernandes

meu filho pequenome indaga, de golpe,em quantas casas vivi.“dezoito”, hesito.

remonto os ambientesfora de qualquer ordemremoo antigos cromosreúno laudas de memória,algumas já desfeitas, puídasde mágoas que não expiram.

faço contas.guardo relíquiaspreservo restos, rastros,lustro estojosque jamais retomareinem darei conta.

dezoito casas.meu filho não as concebeem seus números ainda pequenos.apuro o passoo mais que posso.então, uma dor oblíqua me assalta,amplia, dilata.Na velha gare,busco o futuro, em vão.“ passou há pouco” ,aponta, sobre o ombro,o chefe da estação.

IN-JUSTIÇA

Marco Aurêh

à amiga Andréa Pachá

A vida não é justa.Justo a vida que eu tanto prezo.Justamente ela que eu tanto endeuso.Injustiça dos deuses.Crueldade divina.

Vida, vida minha,livrai-me de seus julgamentos impiedosos,e saiba - se é que possa amenizar minha pena assinalada -,que te amo...te quero,e apesar de toda a sua injustiça,eu te venero!

MATANDO O TEMPO Sylvio Adalberto Sem ter o que fazer, matei o tempo.E por matar o tempo já não tenhotempo para fazer o que me empenho,e me contento com bem pouco tempo. Já tive na verdade tanto tempo,por não saber usá-lo é que hoje venholutando contra a falta desse engenhoque acaba sempre sendo um contratempo. Houve um tempo em que o tempo me sobrava,usei-o e gastei-o como pude,sem tempo de pensar no que o gastava. O tempo é essa estranha bizarriceque no tempo da nossa juventudenão nos fala do tempo da velhice.

ANTIUNIVERSO(excerto) Fernando Py Inaugura-se a manhãprimordial, a sempre-manhãda vida, do universo,da mulher que se inauguraem todo ato de amar,desta mulher presente semprejunto e dentro de mim,desta mulher que humilha as florescom sua graça interior,desta mulher que me conquistaa cada gesto, a cada noite,desta mulher que as outras vencena amizade e convivência,e abre, de amor, um céu azul,este caminho aurorealde um novo universo, por ondeo vago pensamento vai viajando.

(1974-1990)

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6 nº 226 - janeiro de 2015

LITERATURA

CAMINHOS DA LITERATURA NARRATIVA BRASILEIRAGerson Vallepoeta e escr i tor , m e m b r o da Aca-d e m i a Petropo-litana de Letras e do con-selho editorial do Jornal Poiésis.

2014 nos tirou o tal-vez mais representati-vo escritor brasileiro da pós-modernidade, João Ubaldo Ribeiro. O baiano pós-Jorge Amado tocava um neo-naturalismo de mãos dadas com um qua-se realismo mágico, tendo a obra-prima “Viva o Povo Brasileiro” nos redesper-tado para nossa realidade que muitas aproximações com correntes interna-cionais não nos permitem sempre perceber, não dei-xando de fora, no rastro da modernidade de Joyce ou Rosa, a criatividade lin-guística como em “Sargen-to Getúlio”. Nele as pos-sibilidades narrativas de nosso tempo conjugavam--se com nossa tradição cul-tural. Mas, por mais que se lamente a sua morte e as incertas transformações da era da internet, ele não foi, felizmente, o último de nossos talentos.

2014 nos trouxe o 5º romance do talento incon-testável (literário, teatral, musical...) de Chico Bu-arque, “O irmão alemão” (Companhia das Letras), tão fascinante que não consegui largá-lo antes de devorar suas 237 páginas de uma só vez. Há algo de instigante nele, para co-meçar, na forma em que a colocação memorialística e verdadeiramente histó-rica se misturam com a fantasia criativa sem ser propriamente do gênero nem das memórias cons-truídas nem do tradicio-nal romance histórico. São traços da realidade, e sobretudo da realidade do autor, que tem sua biogra-fia bem conhecida e assim desperta a curiosidade na-tural, que, no entanto, se mescla com a construção de uma narrativa descri-tiva de épocas diversas do século XX com personali-

dades fictícias. Essa semi--realidade começa com o nome do pai do narra-dor, Sérgio de Hollander, quando sabemos que seu pai foi o intelectual Sér-gio Buarque de Holanda. Ele, narrador, torna-se no Francisco de Hollander, que busca, ao longo do li-vro, encontrar o filho que o pai tivera com uma alemã, em 1930, quando estuda-ra na Alemanha. O fato foi verdadeiro. E o nazismo e depois a RDA dificultaram o conhecimento do destino do rapaz. Há, em determi-nada passagem a menção do narrador em querer algum dia escrever um ro-mance “à clef”. Seriam, de fato, todos os personagens deste livro referências a pessoas do círculo do au-tor? Mas, esta é mais uma curiosidade do romance, que, independentemente disto, mantém um quadro de personalidades bem representativas das socie-dades e épocas em que se passa. Parece-me que a re-lação de realidade e ficção se assemelhe à forma tão usada pelo gênio Thomas Mann (que é citado no livro como tendo sido entrevis-tado pelo pai do narrador). Um exemplo? Thomas Mann veraneou em Veneza com a mulher e os filhos, havendo no hotel em que se hospedaram um garo-to cuja beleza chamava a atenção de todos. Daí sur-giu a novela “Morte em Ve-neza”, em que o narrador coloca questões estéticas da preocupação do próprio Mann e a beleza do garoto aparece como uma obses-são do mesmo narrador. Outro: de uma visita à sua mulher internada num sa-natório na Suíça para res-tabelecer-se de um princí-pio de tuberculose, nascem as observações que susci-taram “A montanha mági-ca”. Tal método de criação, aliás, não aparece somente em Thomas Mann, sendo a origem das criações lite-rárias normalmente resul-tantes das experiências vi-vidas pelo autor. Mas, em Thomas Mann, como ago-ra no romance aqui apon-tado de Chico Buarque, as origens são mescladas en-tre a realidade confessada

e sua possível variante que é criada. E aqui não mais na maneira de verossimi-lhança inteiramente rea-lista, mas com dosagens de cortes na continuidade, so-nhos e mistura de gêneros literários, que nos colocam plenamente no pós-pós--modernismo do século XXI. Bem como nele con-correm, e em todos os ro-mances de Chico, visões um tanto expressionis-tas, aqui com a referência constante à quase fantas-magórica biblioteca do pai, sendo citadas inúmeras obras literárias que servem como ponte no gosto do fi-lho com o pai, cuja relação direta, tocando o absur-do, inexiste, simbolizando o distanciamento de pais ocupados, como era o do narrador-autor em seu es-critório e literatura, com relação ao desenvolvimen-to dos filhos...

Também não querendo ser um romance histórico (como foi seu primeiro su-cesso, “Boca do inferno”, e que também reviu o gênero no Brasil), Ana Miranda, em 2014, volta a seu poe-ta barroco (“Musa prague-jada - A vida de Gregório de Matos”, Record), numa biografia baseada em es-cassos dados existentes, mas com fôlego de grande romance, unindo-se os gê-neros literários de ensaio e ficção.

Na verdade, morre Ubaldo, mas a literatura brasileira segue com al-guns notáveis prosadores com tendências abarcando as conquistas do moder-nismo com possibilidades de a elas se agregarem tra-dições de sempre. Como Chico Buarque, destacam--se Milton Hatoum, Antô-nio Torres (que relançou

em 2014, pela Record, o terceiro livro de sua “trilo-gia sobre o suicídio” - “Pelo fundo da agulha” - iniciada em 1976 com um dos mais bem acabados romances de nosso pós-modernismo, “Essa terra”), Cristovão Te-zza, Dalton Trevisan, etc. Quero, ao menos, apontar duas obras das que agrade-ço a gentileza do envio dos autores:

1 - “Na linha da loucu-ra”, de Cristian L. Hrus-chka (Editora Minarete, Blumenau, SC, 2014) - É a estreia em livro próprio de um advogado catarinense que já vem participando de antologias e suplementos literários. Apesar de estre-ante, a narrativa é segura, a linguagem fluente, a in-ventiva excelente. Trata--se de uma novela que toca pontos da literatura poli-cial, sobretudo no que diz respeito ao constante sus-pense criado com soluções que apresentam sempre novos impactos para o lei-tor. Este, aliás, um gênero de muita aceitação popular exatamente por causa dis-to, e que, entre nós, tem um de seus melhores cultores em outro de nossos “notá-veis”, Rubem Fonseca (que se destaca pelo artesanato da narrativa de um rea-lismo chocante que beira o fantástico pela crueza e representatividade de submundos integrantes de nossa sociedade). Como bem ajustado no tempo da pós-pós-modernidade, não se pode, por outro lado, qualificá-lo propriamen-te como policial, quando abrange situações extrapo-lando o realismo comum ao gênero, no que pese conservar a naturalidade com que neste as situações são descritas. Como o ci-

tado Rubem Fonseca (que foi delegado), Hruschka usa de sua vivência advo-catícia para a construção da trama, que se envolve num literal pesadelo com crimes por cassinos do jogo proibido. A fabulação é de um autor que possui a chave para abrir novas cai-xas surpreendentes ao lei-tor contemporâneo. Faço fé que sua carreira literária nos traga outras obras de igual vigor e interesse;

2 - “Terra de demô-nios”, de Márcio Catunda (Ibis Libris, Rio de Janeiro, 2013) - Este é um exemplo da diversidade temática em nossa literatura atual. Seu autor é um diplomata com experiência em vários paí-ses, que traz aqui um lugar inventado, onde se reúnem todas as características ne-gativas de um país subde-senvolvido. Um verdadeiro inferno para o narrador, que é um funcionário de uma firma internacional lotado na “Ilha dos Patru-pachas”, onde todos os ha-bitantes são corruptos, to-dos os taxistas fraudam os preços das corridas, num trânsito constantemente engarrafado onde ninguém respeita regra alguma, os hotéis cobram valores es-corchantes que têm que ser pagos antecipadamente, e cujos contratos podem não ser cumpridos, alegando--se que fatos improvisados os obrigaram a alugar o quarto, que já estava pago, a outro cliente, o calor é insuportável e os ares con-dicionados estão sempre quebrando, cobrando for-tunas os técnicos para sua manutenção, os hospitais internam as pessoas para tratamentos que as pioram e encontram novas doen-ças, os mosquitos infer-

nizam em toda parte... As relações dentro da firma são tão angustiantes para o narrador quanto as difi-culdades passadas pela ma-landragem dos habitantes locais. O chefe é louco, com decisões impertinentes, e os colegas não demons-tram nunca solidariedade em coisa alguma. O pes-simismo e a descrença no ser humano chegam a ver-dadeiro paroxismo na nar-rativa. Por vezes, inclusive, se pode perguntar se o nar-rador só percebe atitudes demoníacas em toda parte por não compreender as pressões externas que for-çam o subdesenvolvimento e uma desenfreada compe-tição sem nenhuma con-sideração pela alteridade que pode ser alcançada se fossem ali permitidas ações sociais mais politizadas. Pode mesmo parecer que ele não possua um comum humanismo, não compre-endendo as diferenças de origem cultural, como ten-do preconceitos para com tradições aparentemente primitivas, não demons-trando amor por nada que contrarie seu antropocen-trismo e mesmo vivendo por anos numa assexuali-dade inexplicável de quase um autômato da educação. Mas, nessa atmosfera ka-fkiana é de se lembrar que o próprio Kafka mostrava a sociedade como uma massa opressora dentro do poder constituído sobre o indiví-duo, sem as explicações ló-gicas do procedimento que desespera o ser comum. E neste sentido o romance aponta para males verda-deiros dentro da miséria material e moral crescente na explosão demográfica mundial, trazendo por si uma abastardamento na colocação do indivíduo, que tem de lutar com as ar-mas da corrupção, egoisti-camente, para uma coloca-ção, por mais estreita que seja. E as imagens de um país distante aparecem na nossa literatura até como uma possível referência à corrupção e crescente desrespeito social, sobre-tudo no chamado terceiro mundo, que ameaçam nos-so tempo, onde se insere o Brasil...

Nascido em 1817, Bahá’u’lláh era membro de uma das destacadas famí-lias nobres da Pérsia (atu-al Irã) — uma família que podia traçar sua linhagem até as dinastias reinantes do passado imperial da Pérsia, sendo dotada de riqueza e vastas posses-sões. Pondo de lado a Sua posição na corte e as vanta-gens que esta Lhe oferecia, Bahá’u’lláh, se tornou co-nhecido por Sua generosi-dade e bondade, as quais O tornaram profundamente amado por Seus concida-dãos.

Fundador da Fé Bahá’í, ele foi sujeitado ao cativei-ro, à tortura e a uma série de exílios. O primeiro de-les foi para Bagdá, onde, em 1863, anunciou ser Ele próprio Aquele prometido

RELIGIÃO

Bahá’u’lláh e os ensinamentos para uma nova humanidadepelo Báb, que o antecedeu no anúncio desta Revela-ção. De Bagdá, Bahá’u’lláh foi desterrado para Cons-tantinopla, Adrianópolis e, finalmente, para `Akká, na Terra Santa, onde desem-barcou como prisioneiro em 1868.

De Adrianópolis e, mais tarde, de ̀ Akká, Bahá’u’lláh enviou uma série de car-tas aos governantes do Seu tempo, as quais se encon-tram entre os documentos mais notáveis da história religiosa. Elas proclama-vam a iminente unificação da humanidade e o surgi-mento de uma civilização mundial.

Os reis, imperadores e presidentes do século XIX foram convocados a recon-ciliar as suas divergências, reduzir os seus arsenais e

a devotar as suas energias ao estabelecimento da paz universal.

Bahá’u’lláh faleceu em Bahjí, ao norte de `Akká, e lá descansam os Seus restos mortais. Os Seus ensinamentos, então, já se

espalhavam para além dos confins do Oriente Médio, e o Seu Sepulcro é hoje o ponto focal da comunidade mundial que esses ensina-mentos trouxeram à exis-tência.

Bahá’u’lláh ensinou que

há somente um Deus e que as sucessivas revelações de Sua vontade à humanidade têm sido a principal força civilizadora da história. Os agentes deste processo têm sido os Mensageiros Divi-nos, a quem os homens têm considerado fundadores de sistemas religiosos separa-dos, mas cujo propósito co-mum tem sido conduzir a raça humana à maturidade moral e espiritual.

A humanidade agora está se aproximando do seu período de maturidade. É este fato que torna possí-vel a unificação da família humana e a edificação de uma sociedade pacífica e global. Entre os princípios que a Fé Bahá’í promove como vitais à conquista desta meta encontram-se os seguintes:

O Santuário de Bahá’u’lláh em ‘Akká, Israel, é um dos locais de peregrinação dos adeptos da Fé Bahá’í

• O abandono de todas as formas de preconceito.

• A plena igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres.

• O reconhecimento da unidade e da relatividade da verdade religiosa.

• A eliminação dos extre-mos de pobreza e riqueza.

• A concretização de uma educação universal.

• A responsabilidade de cada indivíduo na pesquisa independente da verdade.

• O estabelecimento de uma federação mundial de nações.

•O reconhecimento de que a verdadeira religião está em harmonia com a razão e com a busca do co-nhecimento científico.

Saiba mais sobre a Fé Bahá’í no site oficial em www.bahai.org.br.

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7nº 226 - janeiro de 2015

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O tempo da delicadezaCamilo Motapsicanalista, terapeuta ho-lístico, Mestre de Reiki, atua em consultório no Espaço Ela-boração, em Saquarema. (www.reikiadistancia.com.br), membro da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal, editor do Jor-nal Poiésis.

“Depois de te perder te encontro com certeza

Talvez no tempo da deli-cadeza

Onde não diremos nada, nada aconteceu

Apenas seguirei como encantado ao lado teu”

(Todo Sentimento. Chico Buarque – Cristóvão Bas-

tos)

O espectro da perda é uma constante na vida das pes-soas. A perspectiva de que estamos perdendo alguma coisa gera incerteza, causa incômodo e desestabiliza o humor, as emoções e até a própria saúde física. Tal sentimento está relacionado com a nossa necessidade de sermos amados, compreen-didos e aceitos, com a satis-fação plena de nossos dese-jos mais profundos. O medo de perder se reflete, hoje em dia, até no campo virtual, quando, por exemplo, surge aquele sentimento de que ninguém leu a sua postagem numa rede social, ou pouca gente curtiu aquela foto que para você é tão significativa.

A perda e o sentimento de posse andam de mãos dadas. Quando se estabelece uma relação com o outro tendo por base um vínculo em que o poder é mais importante do que o próprio afeto, qual-quer afastamento acarreta angústia, que na melhor das hipóteses se reverte em sau-dade. Ou, pior, se perde de vez no abismo insondável dos sentimentos mais tortu-osos: a angústia de separa-ção, ciúme, nostalgia mór-bida de um tempo que não

volta mais.Dentro desse contexto, é

importante a busca por uma integração maior entre as vá-rias partes da nossa própria construção psíquica, de ma-neira a compreendermos o quanto estamos vinculados a imagens que criamos para nossas fantasias e satisfações pessoais. Se nos prender-mos somente às imagens, às personas que criamos e as desconectamos da nossa integridade (Self), corremos o risco de cindirmos nos-sa própria individualidade, desenvolvendo sofrimento através de angústia, neurose, fobias e outros transtornos tão comuns em nosso tem-po.

Tudo aquilo que vivemos ao longo do tempo, nossas relações afetivas, nossos en-contros com outras pessoas, nossas experiências inter-pessoais são partes integran-tes de nossa estrutura global. Eu sou enquanto o outro também é, e no encontro destas duas almas se molda uma nova vida, que transfor-ma cada um dos envolvidos de uma maneira dinâmica. Quando ambos estão livres, libertos do jugo do poder, e podem se deixar envolver pela força do Amor, há um efetivo desenvolvimento hu-mano. Quando se desenvol-ve esta compreensão, o sen-tido de perda se desvanece. É como se o outro continuasse a viver dentro de nós, como parte integrante da nossa personalidade.

Se eu penso numa antiga namorada como parte inte-grante da minha formação afetivo-humana e a com-preendo como componente da minha vida, ela passa a

fazer parte do meu Self. Eu não a excluo da minha vida simplesmente porque a re-lação acabou num tempo passado. Ela continua vi-vendo em mim, assim como continuam em mim também todos aqueles que foram sig-nificativos em tempos diver-sos, mas que no “agora” não estão frente a frente comigo. Eles permanecem como for-ças integradoras da minha psique. Negar o outro é ne-gar a si mesmo. Não se pode simplesmente apagar de si tudo aquilo que se é sem se correr o risco de perder seu próprio significado, de per-der sua alma. E o mesmo é válido para todo sentimento que se reconheça como ne-gativo ou desintegrado de uma alguma expectativa so-cial. Como afirma Carl Jung, “você não pode se despir de seu pecado e lançar todo seu fardo de lado”.

Chegar ao tempo da de-licadeza é reconhecer em si a paz do encontro consigo mesmo, a plena realização do seu silêncio interior, quando as palavras já não são mais usadas para acu-sar, não estão mais a serviço do Super Eu. Nesse instan-te, tudo aquilo que estava inconsciente de si passa a ser esclarecido e o sofrimen-to não perdura. Não há mais perda, pois tudo é movi-mento e flui. Ainda segun-do Jung, “se o inconsciente pessoal for esclarecido, não haverá pressão alguma, e você não será aterrorizado; você fica sozinho, lê, cami-nha, fuma e nada acontece, tudo permanece ‘apenas como está’, uma vez que você está em acordo com o mundo”.

Reprodução

DANÇA

Regina Mota

Ricardo Coelho ingressa no Conselho Internacional de Dança

O bailarino e coreó-grafo Ricardo Coelho foi convidado para se tornar membro do Conselho Internacional de Dança (CID), organização ofi-cial que representa todas as formas de dança no mundo. O convite acon-teceu após análise do currículo do artista, que dirige em Saquarema o Fluxo Dança Contempo-rânea.

Fundado em 1973, o CID é reconhecido pela UNESCO e governos na-cionais e locais, tendo

entre seus membros fe-derações, associações, escolas, companhias e indivíduos de mais mais de 160 países.

Ricardo Coelho é também artista plásti-co com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV--RJ). Estudou dança na Escola de Ballet Da-lal Achcar (1980-1985) e atualmente tem se apresentado com sua companhia em diversos festivais nacionais e in-ternacionais de dança.

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MENOS THE VOICE, MAIS GUITARRAMarcio Paschoale s c r i t o r , autor da b i o g r a f i a de João do Vale e de “Sofá bran-co” (1996), “Horóscopo sexual para praticantes” (2001), “A maconha está bêbada e outras crônicas” (2009), entre outros.

Novo trabalho do Lulu Santos, também conheci-do por Luiz Maurício, vem com todos os seus costu-meiros apetrechos e capri-chos. No bom sentido, já que o disco é mesmo capri-chado, tanto nos arranjos quanto nos remixes. Mo-dernidades um tanto ex-cessivas à parte, algumas

faixas agradam. É o caso da que nomeia o cd, em boa levada pop e participa-ção do velho amigo Memê na programação percussi-va. A letra da maioria das canções tenta fluir como uma conversa informal, bem a marca do autor. A atual “Lava-Jato” (...on-tem nós choramos abraça-dos vendo o Jornal Nacio-nal..” ) está bem marcada por guitarra de Lulu, na base da stoniana Salt of the Earth. Ótimo o time de músicos que o acompanha, destaque para o craque Hi-roshi Mizutani no piano elétrico e programação de teclados. Aliás, o melhor do cd são as faixas instru-mentais. “Drones”, com arranjo de cordas e metais (sax de Zé Carlos Bigorna ,

trombone de Marlon Sette e trompete de Altair Mar-tins) , e “Bluesado” em que Lulu marca sua técnica de solo. Enfim, pode-se dizer muita coisa do Luiz Mau-rício, que ele está cada vez mais a cara do Jerry Lewis, que é apolítico, péssimo em Matemática e com a bola no chão um desastre, mas com a guitarra se vira bastante bem.

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8 nº 226 - janeiro de 2015

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Hollywood é Aqui - Assim se chamou o espetáculo de final de ano da Daumas Academia, dirigida por Rita Daumas. As coreogafias foram baseadas em filmes clássicos e moder-nos de Hollywood. O Teatro Mario Lago ficou pequeno para receber tanta gente que foi prestigiar os espetáculos. Para-béns à Rita e a toda a sua equipe, que tanto trabalhou para a realização do evento!

Conselho Comunitário de Segurança de Saquarema - Mar-cia Vidigal é advogada e já foi professora, tendo realizado trabalho na Febem do Rio. Ela tomou posse como presiden-te do conselho dia 17/12 no DER, com a presença do Secre-tário de Segurança, Mariano Beltrami. Na foto ela aparece ao lado do conceituado advogado Gilvandro Aguiar, da OAB/Saquarema, ele que já conseguiu mais de 8 mil assinaturas no abaixo assinado contra a liberação da maconha no país.

Recanto do Sol premia mais um cliente - A Vidraçaria Recanto do Sol sorteou mais uma moto 0 km no dia 22 de dezembro. Dessa vez o vencedor foi Ricardo Malheiro, de Vilatur. Sob a direção de Manoel, a loja tem a tradição de fazer o sorteio todo mês de dezembro. É uma maneira de cativar mais clien-tes e presentear um sortudo em toda véspera de Natal. Pa-rabéns, Manoel, pela iniciativa e Ricardo pelo belo presente!

Cantora Leticia Gabriely lança CD - A pequena notável lan-çou seu primeiro CD em 2014 com músicas evangélicas. Nós acompanhamos a carreira de Letícia desde que ela começou a cantar no Coral Escola Que Canta, sob a batuta do maestro Moisés Santos. Voz ímpar, límpida e agradável de se ouvir. De-sejamos sucesso em sua carreira! Esperamos ver sempre esse sorriso de menina em seu rosto!

Projeto Primeiro Passo - É sempre uma surpresa o espetáculo de final de ano do Projeto Primeiro Passo, de Saquarema. Sob a direção de Valéria, os bailarinos simplesmente arrasaram no Teatro Mario Lago. Bailarinas de Degas, Essa é a Nossa Onda e Prá Falar de Amor foram os três atos da apresentação que teve muita musicalidade diversificada. Parabéns a todos os bailarinos e aos organizadores!

Feira de artesanato - Os artesãos da Praça do Bem Estar, em Saquarema, realizaram em dezembro a última mostra dos seus trabalhos, com direito à música ao vivo de Leticia Ga-briely. Na foto, Joaninha Cândido, amiga que faz trabalhos belíssimos. Quem ainda não conhece a feira, vale à pena co-nhecer, fica próxima à Colônia de Pescadores.

Amigo Walmir promove festa de confraternização para funcionários da Câmara Municipal de Araruama

O vereador Amigo Walmir, que presidiu a Câmara dos Verea-dores de Araruama até dezembro/2014, pro-moveu no dia 11 de de-zembro uma animada festa de confraterniza-ção no Salão Imperial do Sitio Ilha do Lazer Miguel Jeovani, com direito a um excelen-te Buffet e a sorteio de brindes.

Além dos vereado-res, estiveram presen-tes também o prefeito Miguel Jeovani, a de-putada eleita Marcia Jeovani, funcionários e amigos. Amigo Wal-mir, através de um te-lão, mostrou algumas vitórias por ele alcan-çadas enquanto presi-dente da casa.

A festa contou ainda com shows de Juninho dos Teclados e banda MD3.

Fotos: Regina Mota

Feliz 2015!Desejo a todos os amigos e leitores os melhores votos de um feliz ano novo! Que nesta nova jornada no tempo, cada um consiga plantar as melhores sementes para colher os melhores frutos. Que 2015 seja rico

em saúde, harmonia, prosperidade e amor para cada um de vocês.

Saquá Instrumental: música de qualidade em Saquarema

Camilo Mota

Realizado no dia 27/12, o último Saquá Instrumental de 2014 foi um sucesso. Mo-radores e turistas que passa-vam pela Praça Antenor de Oliveira, também conhecida como Praça do Canhão, pa-ravam para ver o movimen-to feito pelos músicos que fizeram um show com duas horas de duração.

MPB, Rock, Blues, Jazz e

Baião foram alguns dos es-tilos tocados pelo grupo. O Saquá Instrumental iniciou em abril de 2012, quando então se chamava Encon-tros Musicais, feitos na va-randa do músico e instru-mentista Renato Barcelos, um dos fundadores do mo-vimento, juntamente com Thiago Perninha, Lucas Moreira e Alexandre Melo.

Nessa última edição eles receberam o apoio da Secre-taria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer de Saqua-rema, que cedeu a praça e o ponto de energia elétrica para que o evento fosse re-alizado. Vale lembrar que para 2015 vários encontros já estão sendo elaborados e deverão ir também para ou-tras cidades da região.

Convênio com a SEEDUC. Desconto especial para alunos da rede pública de ensino.