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www.jornalpoiesis.com.br Página 3 GM de Saquarema recupera carro roubado As parcerias de Chico Buarque e Edu Lobo Página 2 Divulgação Reprodução Literatura, Pensamento & Arte Ano XXI- nº 219 - junho de 2014 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis Reiki - Florais de Bach Psicanálise Integrativa Camilo de Lélis M. Mota Psicanalista Terapeuta Holístico, CRT 42617 ( (22) 99770-7322 / 2653-3087 www.reikiadistancia.com.br Atendimento terapêutico com hora marcada no espaço Elaboração - Terapias e Cursos Travessa Sigmund Freud, 1 - Porto da Roça Esquina com R. James Ward de Cavalho (rua em frente ao Mercado Gomes) Saquarema-RJ Aceitamos: através do PagSeguro UOL • Terapia individual Terapia floral • Técnicas de Relaxamento Mental • EFT - Acupuntura Emocional sem Agulhas Cursos de Reiki do nível 1 ao 3-B Literatura Infantil Contos de Ananda I Recém lançado em Saquarema, o livro “Contos de Ananda I”, de Radha Mata, traz para as crianças uma nova pers- pecva de enxergar a vida a parr de uma visão mais próxima da natureza.. Página 2. Cultura e Arte Oficinas de dança, música e teatro e curso de história da arte com inscrições abertas em Araruama e Saquarema A Prefeitura de Araruama está oferecendo curso de iniciação à História da Arte. Em Saquarema, a Casa de Cultura Walmir Ayala oferece vários cursos gratuitos. Página 3. Literatura A mulação de Machado de Assis A simplificação da obra de Machado de Assis proposta pela professora Pa- trícia Secco é o tema do ensaio do es- critor Gerson Valle. Página 6. Religião Confira a programação da Festa de Santo Antônio em Bacaxá A tradicional Festa de Santo Antônio aconte- ce em Bacaxá de 8 a 14 de junho. A progra- mação começa com a Procissão Luminosa e contará ainda com a missa dos namorados e shows da banda Trindade Santa e do cantor Jeferson Santos. Página 6. Grupo Teatrama está feliz da vida Camilo Mota Produzir teatro nunca foi uma tarefa fácil em nenhuma cidade do in- terior. E diferente não seria em Araruama, na Região dos Lagos. Mas a persistência e o amor à arte produzem frutos duradouros. É o caso do Grupo Teatrama, que este ano comemora nove anos de criação e vem acumulando prê- mios, como o recente Prêmio de Cultura do Governo do Estado. Nesta edição, seus fun- dadores Perla Duarte e Alexandre Marinho fa- lam sobre a trajetória do grupo e sua visão de construção de uma rea- lidade cultural baseada no afeto. Página 7. XIII Saquá Moto Rock acontece no final de junho Camilo Mota A Red&Blues Band é uma das atrações no dia 27 O Pecadores Motoclube realiza de 27 a 29 de junho, na Praça do Coração, em Saquarema, o XIII Saquá Moto Rock. O evento deste ano conta com feira temática, praça de alimentação e muitos shows. Entre as bandas convidadas estão Cabeça D4, Dona Kátia, Road Rock, Fugga e Sanctuariam, entre outras. Página 8. Divulgação O espaço da mulher na política é tema de seminário Representantes de 25 municípios esveram presentes no evento O Rio de Janeiro foi sede do Seminário Estadual de Formação de Facilitadoras: Empoderamento e Promo- ção Política das Mulheres, realizado de 20 a 23 de maio pela CEPIA - Cida- dania, Estudo, Pesquisa e Ação. Entre os temas abor- dados estava a participação política da mulher em di- versas áreas. Página 3. Um aventureiro no litoral do Brasil Desde menino o catarinense Paulo Stueber sonhava ter um veleiro. Mas ele se contentou com uma prancha de Stand Up Paddle e decidiu percorrer toda a costa brasi- leira, partindo de Santa Catarina até chegar a Belém do Pará. A aventura começou em janeiro deste ano, e no fi- nalzinho de maio ele já estava passando por Saquarema, onde ficou hospedado por alguns dias antes de seguir viagem rumo ao Nordeste. Página 3. Regina Mota Alunos da rede municipal de Araruama têm aulas de tecelagem Fotos: Camilo Mota O projeto desenvolvido pelo Nós da Trama, em parceria com a Prefeitura de Araruama e Con- cessionária Águas de Juturna- íba, está proporcionando aulas de artesanato para alunos da Escola Municipal Joaquina de Oliveira Rangel. Professores da rede pública também estão sen- do beneficiados através de ofici- nas. Página 4.

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Edição de junho de 2014.

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Page 1: Poiesis 219

www.jornalpoiesis.com.br

Página 3

GM de Saquarema recupera carro roubado

As parcerias de Chico Buarque e Edu LoboPágina 2

Divu

lgaç

ão

Repr

oduç

ãoLiteratura, Pensamento & Arte

Ano XXI- nº 219 - junho de 2014 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

Reiki - Florais de Bach Psicanálise Integrativa

Camilo de Lélis M. MotaPsicanalista

Terapeuta Holístico, CRT 42617

( (22) 99770-7322 / 2653-3087www.reikiadistancia.com.br

Atendimento terapêutico com hora marcada no espaço Elaboração - Terapias e Cursos

Travessa Sigmund Freud, 1 - Porto da Roça Esquina com R. James Ward de Cavalho

(rua em frente ao Mercado Gomes)Saquarema-RJ

Aceitamos:

através do PagSeguro UOL

• Terapia individual• Terapia floral• Técnicas de Relaxamento Mental• EFT - Acupuntura Emocional

sem Agulhas• Cursos de Reiki do nível 1 ao 3-B

Literatura InfantilContos de Ananda I

Recém lançado em Saquarema, o livro “Contos de Ananda I”, de Radha Mata, traz para as crianças uma nova pers-pectiva de enxergar a vida a partir de uma visão mais próxima da natureza.. Página 2.

Cultura e ArteOficinas de dança, música e teatro

e curso de história da arte com inscrições abertas

em Araruama e SaquaremaA Prefeitura de Araruama está oferecendo curso de iniciação à História da Arte. Em Saquarema, a Casa de Cultura Walmir Ayala oferece vários cursos gratuitos. Página 3.

LiteraturaA mutilação de Machado de Assis

A simplificação da obra de Machado de Assis proposta pela professora Pa-trícia Secco é o tema do ensaio do es-critor Gerson Valle. Página 6.

ReligiãoConfira a programação

da Festa de Santo Antônioem Bacaxá

A tradicional Festa de Santo Antônio aconte-ce em Bacaxá de 8 a 14 de junho. A progra-mação começa com a Procissão Luminosa e contará ainda com a missa dos namorados e shows da banda Trindade Santa e do cantor Jeferson Santos. Página 6.

Grupo Teatrama está feliz da vidaCamilo Mota

Produzir teatro nunca foi uma tarefa fácil em nenhuma cidade do in-terior. E diferente não seria em Araruama, na Região dos Lagos. Mas

a persistência e o amor à arte produzem frutos duradouros. É o caso do Grupo Teatrama, que este ano comemora nove anos de criação e

vem acumulando prê-mios, como o recente Prêmio de Cultura do Governo do Estado. Nesta edição, seus fun-dadores Perla Duarte e

Alexandre Marinho fa-lam sobre a trajetória do grupo e sua visão de construção de uma rea-lidade cultural baseada no afeto. Página 7.

XIII Saquá Moto Rockacontece no final de junho

Camilo Mota

A Red&Blues Band é uma das atrações no dia 27

O Pecadores Motoclube realiza de 27 a 29 de junho, na Praça do Coração, em Saquarema, o XIII Saquá Moto Rock. O evento deste ano conta com feira temática, praça de alimentação e muitos shows. Entre as bandas convidadas estão Cabeça D4, Dona Kátia, Road Rock, Fugga e Sanctuariam, entre outras. Página 8.

Divulgação

O espaço da mulher na política é tema de seminário

Representantes de 25 municípios estiveram presentes no evento

O Rio de Janeiro foi sede do Seminário Estadual de Formação de Facilitadoras: Empoderamento e Promo-ção Política das Mulheres, realizado de 20 a 23 de

maio pela CEPIA - Cida-dania, Estudo, Pesquisa e Ação. Entre os temas abor-dados estava a participação política da mulher em di-versas áreas. Página 3.

Um aventureirono litoral do Brasil

Desde menino o catarinense Paulo Stueber sonhava ter um veleiro. Mas ele se contentou com uma prancha de Stand Up Paddle e decidiu percorrer toda a costa brasi-leira, partindo de Santa Catarina até chegar a Belém do Pará. A aventura começou em janeiro deste ano, e no fi-nalzinho de maio ele já estava passando por Saquarema, onde ficou hospedado por alguns dias antes de seguir viagem rumo ao Nordeste. Página 3.

Regina Mota

Alunos da rede municipal de Araruama têm aulas de tecelagemFotos: Camilo Mota

O projeto desenvolvido pelo Nós da Trama, em parceria com a Prefeitura de Araruama e Con-cessionária Águas de Juturna-íba, está proporcionando aulas de artesanato para alunos da Escola Municipal Joaquina de Oliveira Rangel. Professores da rede pública também estão sen-do beneficiados através de ofici-nas. Página 4.

Page 2: Poiesis 219

2 nº 219 - junho de 2014

O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

EXPEDIENTEDiagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 SAQUAREMA - RJ CEP 28990-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 E-mail: [email protected] Site: www.jornalpoiesis.com.br. Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

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Em boa hora o relança-mento de um ótimo traba-lho que reúne a pianista Sheila Zagury e a canto-ra Marianna Leporace. O repertório também não enseja dúvidas, as peças musicais para teatro e balé de Chico Buarque e Edu Lobo. Estive sábado no show que comemo-rava o relançamento na Sala Baden Powell, numa noite emocionante com a apresentação das duas (em grande fase e super entrosadas), acompanha-das pelos músicos que participaram da gravação do cd, Fernando Lepora-ce (baixo), Mila Schiavo (percussão) e José Stane-ck (gaita). O disco traz momentos interes-santes como “Abandono” (quando Marianna desfi-la sua emoção e afinação comoventes) e o “Tango de Nancy” (perfeita in-

SÃO BONITAS AS CANÇÕES

As parcerias para teatro de Edu Lobo e Chico Buarque

terpretação de Sheila, dando um toque dramáti-co sem exageros e com o sentimento que a canção pede).

As 14 músicas do dis-co remetem ao melhor de Edu e Chico para as peças “O Grande Cir-co Místico” (1982), “O Corsário do Rei” (1985) e “Dança da Meia-Lua” (1987) que se transfor-maram em clássicos , como Beatriz, A História de Lilly Braun e Choro Bandido. Os homenagea-dos participam nas faixas “Tororó”(Chico) e “Na Ilha de Lia, no Barco de Rosa” (Edu). Para quem não conhecia vale a pene conferir esse retorno mais que bem-vindo.

Márcio Paschoal é escri-tor, autor da biografia de João do Vale, “Pisa na fulô mas não mal-trata o carcará” (www.marciopaschoal.com)

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Segurança em Araruama sempre foi uma das principais preocupações do prefeito eleito Miguel Jeovani

POLÍTICA

É notório que bandi-dos estão saindo do Rio de Janeiro para se insta-larem em várias cidades da Região dos Lagos, que sempre foi considerada pacata e tranquila para se viver. Tendo em vista essa realidade, o prefeito elei-to de Araruama, Miguel Jeovani, sempre procurou buscar formas e novas ma-neiras de trabalhar a segu-rança da cidade.

Ele deixou isso claro ao participar da reunião que aconteceu no Teatro Muni-cipal Átila Soares da Costa, de São Pedro da Aldeia, quando também estive-ram presentes a chefe da Polícia Civil, a delegada Martha Rocha e o Secretá-rio Estadual de Segurança, José Mariano Beltrame. Muito embora o evento tenha acontecido no início

Paulo Porto / 02-04-2013

A delegada Martha Rocha e o prefeito Miguel Jeovani durante cerimônia no Teatro Municipal de São Pedro da Aldeia

de maio de 2013, a realida-de não mudou.

Naquela ocasião a reu-nião se deu pela implanta-ção do Núcleo de Homicí-dios da Região dos Lagos. Foi um momento de mui-tos questionamentos por parte dos repórteres que estiveram presentes no au-ditório do teatro. Por não

ter números concretos na época, o secretário Beltra-me descartou a hipótese dessa mudança de residên-cia dos criminosos, afir-mando que a maioria dos crimes ocorridos na região eram cometidos por mora-dores do próprio local.

Miguel Jeovani se posi-cionou a favor da implanta-

ção do Núcleo Integrado de Homicídios, que tem por objetivo auxiliar nas ocor-rências deste tipo de crime na região. O setor funciona na sede da 125ª DP (São Pedro D’Aldeia) e atende as sete delegacias da re-gião: 118ª DP (Araruama), 124ª DP(Saquarema),125ª DP (São Pedro D’Aldeia), 126ª DP (Cabo Frio), 127ª DP (Armação de Búzios), 128ª DP (Rio das Ostras), 129ª DP (Iguaba) e 132ª DP (Arraial do Cabo).

Ainda em seu mandato como deputado estadual na Alerj, Miguel Jeovani foi incisivo em seu posi-cionamento contrário à instalação de um presí-dio em Araruama, o que causaria impactos sociais e não resolveria as ques-tões de segurança do mu-nicípio.

DANÇA

Projeto Primeiro Passo completa 5 anosApós apresentar inú-

meros espetáculos em Sa-quarema, sempre priman-do pela perfeição e beleza tanto de suas coreografias como do colorido dos seus figurinos, o Projeto Pri-meiro Passo comemora em junho cinco anos de exis-tência.

Dirigido por Valéria Bel-trão, o projeto que abriga crianças, adolescentes e adultos em várias moda-lidades de dança, além da capoeira, iniciou suas atividades na Colônia de Pescadores Z24, à beira da Lagoa de Saquarema.

Com o objetivo de aco-lher aquelas crianças que

queriam aprender a dan-çar desde o balé clássico ao jazz moderno, o Projeto Primeiro Passo abriu ins-crições com valores bem

irrisórios, que cabiam no bolso de todos, começan-do pelos filhos de pesca-dores e de estudantes de escolas municipais. Seus

encontros sempre se tor-nam uma grande festa, onde todos comemoram e celebram a vida e a arte de dançar.

Regina Mota

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no Facebookwww.facebook.com/jornalpoiesis

Com ilustrações de Claudio Krsnadeva, a escritora Radha Mata está lançando o livro infantil “Contos de Ananda I”, que já está à venda em Saquare-ma nas papelarias An-gel (Centro) e Mattos (Bacaxá). A obra traz, em linguagem simples e direta, o personagem Ananda, um menino que gosta de observar a natureza. Sua obser-vação, no entanto, não é passiva, mas indica

INFANTIL

Escritora de Saquarema lança livro infantilo caminho para uma integração maior com o ambiente em que se vive, trazendo para si o sentido de conhe-cer o mundo natural.

Autoestima, sereni-dade, concentração, inteligência e força são algumas das carac-terísticas que o perso-nagem inspira. Uma leitura leve para as crianças e que desper-ta o sentido de se es-tar mais atento à Vida.

(Camilo Mota)

Page 3: Poiesis 219

3nº 219 - junho de 2014

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A Prefeitura de Araru-ama, através da Secreta-ria de Cultura, realiza no mês de agosto, o curso de iniciação na História da Arte, coordenado pelo professor Jamil Abdalla Auhi.

Com duração de três meses, o curso é gratuito e tem o objetivo de abor-dar a história da arte no espaço local e temporal, segundo as manifesta-ções artísticas por ele-mento ou grupos sociais ou religiosos, como fenô-meno histórico-social no Brasil e no mundo. Se-rão abordados os temas: entendendo a Arte; Arte Pré-histórica, Arte Anti-ga, Arte Medieval, Arte Renascentista, Arte Mo-derna, Semana da Arte Moderna de 1922, Missão Francesa no Brasil, Arte Contemporânea e Pós-contemporânea.

As inscrições estão abertas. Os interessados em participar do cur-so deverão ter o ensino médio completo. Para realizar a inscrição bas-ta enviar um e-mail para “[email protected]” informando o nome completo, data do nasci-mento, grau de instrução, profissão, telefone e e--mail para contato.

Após a conclusão do concurso, os participan-tes receberão um certifi-cado. Maiores informa-ções através da página do Facebook ‘História da Arte – Araruama’.

A Cultura Walmir Ayala em Saquarema está com inscrições abertas para diversos cursos gratuitos. Os in-teressados devem com-parecer ao local para inscrever-se no horário de 9h às 16h30, de se-gunda a sexta-feira.

No local, estão sendo oferecidas aulas de vio-lão, contação de histó-rias, biscuit, artesanato com feltro, teatro, dan-ça livre, dança cigana, jazz, dança de salão e canto coral.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2651.2782.

Prefeitura de Araruama

promove curso gratuito

História da Arte

Seminário no Rio discute participação da mulher na políticaNuma realização da CE-

PIA – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação, com o apoio da WLP – Women’s Learning Par-tnership, da OAK Foun-dation e Global Fund for Women, foi realizado no Sesc de Copacabana, entre os dias de 20 a 23 de maio, o Seminário Estadual de Formação de Facilitado-ras: Empoderamento e Promoção Política das Mulheres.

O evento abordou te-mas envolvendo a atua-

Regina Mota e Lourdes Belchior representaram Saquarema e Araruama, respectivamente, no Seminário promovido pela CEPIA

ção política da mulher em diversas áreas, contando

com oficinas e dinâmicas de grupo. O enfrentamento

da violência contra a mu-lher e a lei Maria da Penha também foram assuntos de destaque.

O seminário, que contou com a presença de repre-sentantes de 25 municí-pios do estado do Rio, já foi traduzido para mais de vinte idiomas e através das parcerias já está sendo re-alizado em diversos países para oferecer treinamento de liderança e capacitação a milhares de mulheres na Ásia, África, Oriente Médio e na América Latina.

A escolha das partici-pantes foi feita de acor-do com critérios curri-culares e a partir de sua atuação em suas cidades de origem.O Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema – MAMAS foi represen-tado pela jornalista Re-gina Mota. Já Araruama, pela secretária municipal da Terceira Idade e De-senvolvimento Humano, Lourdes Belchior, que também é gestora de Polí-tica para Mulheres.

ESPORTE

Atleta faz viagem de stand up paddle pelo litoral do BrasilPaulo Stueber passou por Saquarema e agora segue até Salvador

Regina Mota

Paulo Stueber, 33, pas-sou pela capital do surf no final de maio remando, li-teralmente. O catarinense iniciou sua aventura no final de janeiro, partindo de Blumenau (SC), pelo Rio Itajaí-Açú. Em 26 de abril, chegou ao Rio de Ja-neiro, e, no caminho para Salvador (BA) passou por Saquarema, por onde ficou durante uma semana.

O que o fez permanecer na cidade foi o estado em que o mar se encontrava, com maré alta, de ondas chegando a cerca de dois metros, impedindo que ele seguisse caminho. “Che-guei a ir ver o mar por vá-rias vezes e não o achei em boas condições de ser en-carado”, disse.

Com uma prancha de surf de cerca de 4 me-tros, Paulo viaja remando.

“Essa é minha nona escala. Já viajei 1.100 quilômetros até agora. Dividi em três etapas: Blumenau ao Rio, Rio a Salvador e Salvador a Belém do Pará. Ainda devo passar nas próximas sema-nas em Arraial do Cabo, Búzios e Macaé. A previ-são de chegada em Belém do Pará será em março de 2015”, disse ele.

Acostumado a enfrentar diversos tipos de desafios pelo mar afora, Paulo Stue-

ber afirma: “Ventos a par-tir de seis metros por se-gundo ficam complicados de encarar. O maior risco no mar são as arrebenta-ções. Já remei com ondu-lações de dois metros, mas isso não é o ideal. O mais importante é conhecer na-vegação.”

Questionado sobre o que mais teme durante sua na-vegação ele quase se fecha, mas acaba confessando: “Trovoada com raios. Já

passei por situações assim, tive dificuldade de voltar à terra firme, mas consegui chegar. Não quero parecer sensacionalista falando so-bre esse assunto. Para mim o mais importante é chegar bem em terra.”

A escolha pelo Stand Up Paddle foi motivada pelo sonho de menino. Desde a infância Paulo sonhava crescer e ter um veleiro, mas por ser muito caro ele resolveu adaptar a si-tuação. Ele relata que não foram todos os dias que passou remando, foram quarenta dias até o Rio de Janeiro. “Eu paro em al-guns lugares. Nem sempre encontro pessoas recepti-vas. Alguns me olham com indiferença, mas não ligo, pois sei que muitas ou-tras pessoas me receberão bem”, afirmou.

Ao passar em Saquare-ma Paulo Stueber se hospe-

dou na Pousada Catavento, onde recebeu a equipe do Jornal Poiésis. Ele contou ainda que deixou esposa, filho, familiares e ami-gos em Blumenau e que os mesmos haviam fica-do assustados com a ideia de se aventurar pelo mar em cima de uma prancha. “Depois eles acabaram en-tendendo minha decisão. Hoje carrego comigo duas bolsas, um saco de dormir e uma barraca. Bebo água de 20 em 20 minutos. Mi-nha máquina fotográfica pifou, agora só tenho um celular, com o qual foto-grafo alguns momentos e compartilho no Facebook, envio para a Fan Page e co-loco via Instagram”, com-pletou.

Para quem quiser acom-panhar a viagem de Paulo, basta acessar: Sup Verde Mar (Instagram e Fan Page no Facebook).

Divulgação

Divulgação

Através do aplicativo gerenciado pela Secre-taria Nacional de Segu-rança Pública, o SINESP Cidadão, a Guarda Mu-nicipal de Saquarema conseguiu identificar e recuperar um veículo que havia sido roubado e abandonado em uma rua central de Bacaxá, através de denúncia fei-ta por moradores que desconfiaram do carro parado há mais de uma semana no local.

SEGURANÇA

GM de Saquarema recupera carro usando aplicativo de celular

O Corsa Wind, pra-ta, com placa de Itabo-raí havia sido roubado e abandonado na Rua Dalila Bravo, próximo

ao Hospital Municipal Nossa Senhora de Naza-reth e pertence a Mar-cos Mendes da Silva. Em patrulhamento no

local, os Guardas Mu-nicipais Renato Veras Albuquerque, Francisco Ednei de Oliveira e Fa-bio Marins Gomes fo-ram abordados por um morador que relatou o abandono do veículo.

O Consulta Veícu-lo é o primeiro módulo do aplicativo SINESP Cidadão que permite a consulta via celular que, através da placa do veículo, constata se o mesmo é roubado,

furtado ou clonado. A ferramenta, que é gra-tuita, já tem facilitado o trabalho da polícia na recuperação de veículos em todo o país. “Já se tem notícia de que mais de trinta mil veículos já foram recuperados no território nacional, graças ao auxilio desse aplicativo”, disse o sub--comandante da Guarda Municipal de Saquare-ma, Marcelo Ramos.

(Regina Mota)

Cursos Gratuitos em Saquarema

Page 4: Poiesis 219

4 nº 219 - junho de 2014

EDUCAÇÃO

Alunos e professores da rede municipal de en-sino de Araruama estão participando dos projetos Ecofibras Trama Cultural e Bioarte, desenvolvidos pela Cooperativa Nós da Trama, em parceria com a Concessionária Águas de Juturnaíba e Prefeitura de Araruama, através da Secretaria Municipal de Educação.

Os projetos promovem o contato inicial da po-pulação escolar com os trabalhos de tecelagem e cestaria. Através do Ecofi-bras, os professores parti-cipam de oficinas na sede do Nós da Trama, criando assim as condições para dialogar sobre o projeto com seus alunos. As crian-ças, por sua vez, inicia-rão, no segundo semestre deste ano, visitas guiadas para conhecer a dinâmica do trabalho artesanal.

O Bioarte leva aulas quinzenais de artesana-to para alunos da Escola Municipal Joaquina de Oliveira Rangel, localiza-da no distrito de São Vi-cente de Paulo. Além do uso de sementes da pró-pria região, valorizando o ambiente em que moram, eles também trabalham com fibras oriundas das

Aulas de artesanato desenvolvem valorização do meio ambiente em escolas de Araruama

plantas que são retiradas da Estação de Tratamen-to de Esgoto de Ponte dos Leites. As fibras são hi-gienizadas e secas e ficam prontas para manipulação

segura, o que gera susten-tabilidade através de uma ação de reciclagem através da produção cultural de peças de uso cotidiano.

“Tanto o Ecofibras quan-

to o Bioarte estimulam as crianças e os professores a valorizarem as questões ambientais, fazendo uso da reciclagem das fibras, além de conhecerem de perto como é feito o trabalho de criação de materiais do dia a dia a partir da manipula-ção de fios e fibras”, disse Miryam Inez de Lima, se-cretária municipal de Edu-cação.

Fundada em 1986, a co-operativa Nós da Trama desenvolve trabalho de criação, produção e comer-cialização de tecidos arte-sanais elaborados a partir de diferentes fios e fibras, como algodão, juta, rami, sisal, papiro, entre outros. Nos projetos desenvolvi-dos em parceria com a Se-cretaria de Educação, são ensinadas técnicas básicas para confecção de produ-tos como jogo americano, mantas, lixeira para auto-móveis, entre outros.

O trabalho da ONG tem sido reconhecido e valo-rizado por empresas que fazem encomendas perso-nalizadas. Recentemente o Nós Trama forneceu di-versos produtos manufa-turados para compor o fi-gurino de novelas da Rede Globo e Rede Record de Televisão.

A aluna da E.M. Joaquina de Oliveira Rangel usa o tear durante visita à sede da ONG Nós da Trama

Camilo Mota

A iniciativa é uma parceria entre Nós da Trama, Prefeitura Municipal e Águas de Juturnaíba

O distrito de Bacaxá, em Saquarema, recebeu no dia 12 de maio uma Academia ao Ar Livre, instalada no calçadão da Rua Professor Souza. O projeto foi desenvolvido pelo Governo do Estado do Rio através da Secreta-ria de Esporte e Lazer, em parceria com a Prefeitura de Saquarema.

Além da parte hexago-nal da academia, também há um anexo que conta com pesos, o que possibi-lita que qualquer pessoa, de qualquer idade pos-sa fazer exercícios com orientação de um pro-fissional. Saquarema é a primeira cidade, dentre os municípios que receberam a academia, a ter esse ane-xo, que receberá aulas de exercícios funcionais. Toda estrutura da construção é feita de alumínio, o que evita a corrosão e é o único projeto público do mundo que possuí televisão.

“É com um imenso prazer que estamos tra-zendo a academia para essa cidade e esperamos que esse projeto resulte

QUALIDADE DE VIDAAcademia ao ar livre

é inaugurada em Bacaxá

em benefícios para a po-pulação saquaremense”, disse Manoel Gonçalves, secretário de Estado de Esporte e Lazer.

Segundo a prefeita Franciane Motta, a ideia inicial era colocar a aca-demia no Centro, na Pra-ça do Bem Estar, onde já se desenvolvem projetos com idosos. No entan-to, devido à grande con-centração de moradores em Bacaxá, a Prefeitura optou por favorecer o se-gundo distrito.

“Em todas as inaugu-rações, eu peço para que a população zele pelas obras e com a academia não vai ser diferente, pois ela não foi feita para mim ou para o deputado [Pau-lo Melo], foi feita para vo-cês, a população. Por isso me ajudem a fiscalizar e manter inteiro o projeto”, destacou.

Para utilizar a acade-mia não é necessário fa-zer inscrições, ou seja, é aberta ao público e conta com um responsável para prestar auxílio a quem necessitar.

Deputado Paulo Melo, prefeita Franciane Motta e o secretário de Esporte, Amarildo Oliveira na inauguração realizada no dia 12 de maio

Regina Mota

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5nº 219 - junho de 2014

( (22)2653-3087

PSICANALISTA

Camilo de Lélis M. MotaPsicanalista Integrativo

Terapeuta Holístico, CRT 42617

Atendimento com Floraise Psicanálise Integrativa

em Saquarema

Melo ImóveisAdministração, Venda e Locação de ImóveisAdvocacia em Geral

( (22) 2653-5427 e (22) 2031-0838R. Prof. Souza, 34 lj 5 - Bacaxá (subida do Brizolão)

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Rua Água Marinha, 203 - Jardim IpitangasSaquarema-RJ

Informações: (22) 99218-9781 / 7812-0165

Facilitadora: Márcia de Simone, CRT 23828

A GENTE É MAIS BRASIL.—

A gente é mais Brasil quando bate recordes de produção no pré-sal.A nossa produção de petróleo está entre as que mais cresceram no mundo, nos últimos dez anos. Em maio de 2014, ultrapassamos a marca de 470 mil barris de petróleo por dia, somente no pré-sal.

A gente é mais Brasil quando constrói navios e plataformas aqui.Estamos criando novos empregos e oportunidades: hoje já são 80 mil trabalhadores na indústria naval. Até 2020, está prevista a entrega de 38 plataformas, 28 sondas, 88 navios e 146 barcos de apoio.

A gente é mais Brasil quando aumenta a produção das refinarias no país.Processamos, em março de 2014, mais de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia.

A gente é mais Brasil quando garante estrutura para entregar mais gás.Com o investimento em gasodutos e terminais de regaseificação, ultrapassamos a entrega de 100 milhões de metros cúbicos de gás natural em um único dia.

A gente é mais Brasil quando nosso valor de mercado aumenta seis vezes desde 2002.Nosso valor de mercado atual* é 104,9 bilhões de dólares, seis vezes maior do que em 2002, quando foi avaliado em 15,5 bilhões de dólares.*valor em 7 de maio de 2014.

A gente é mais Brasil fazendo mais, acreditando mais e crescendo mais.Em 2014, estamos investindo um total de 104 bilhões de reais para continuarmos crescendo. E até 2020 vamos duplicar a nossa produção de petróleo.

Saiba mais em petrobras.com.br/fatosedados

POEMAS

Tempos Pós Modernos Paulo Timm

Inspirado na obra de Elizabeth Rudinesco, psicanalista francesa.

Em lugar do sujeito,A lógica narcísica.Depois a história do sujeito inencontrável.Depois, a nostalgia do sujeito perdido.A depressão,Contorcendo-se impotente frente ao biopoder injetável.

Em lugar do desejo,A ciclópica compulsão.Depois a história do desejo corrompido.Depois, a nostalgia do brinquedo extraviado. O mercado,Plasmando-se como duto inflexível de fluxos manipulados.

Em lugar do amor ,O prazer alucinante.Depois a história do amor-perfeito.Depois, a nostalgia do amor desfeito.O sexo,Impondo-se como fatalidade despótica sobre corpos suplicantes.

Em lugar do nexo ,A racionalização resiliente.Depois a história do discurso sem sentido.Depois, a nostalgia do conteúdo perdido.A razão cativa,Ludibriando as mais ingênuas manifestações do humano amplexo.

Em lugar da energia,A velocidade vazia.Depois a história da energia devorada.Depois, a nostalgia do azul devastado.A entropia insinuante,Sobrepondo-se como uma sombra num planeta outrora ensolarado.

Em lugar da história,O fim da história.Depois do fim da história o nada.Depois a dor nostálgica da pristina flor.A saudade espiraladaCalando violácea sobre o verso triste do trovador.

Paulo Timm é economista, formado pela UFRGS. Atualmente, se dedica à pes-quisas históricas e à literatura, com um livro de Poesias - “ Canto dos Olhos” - pronto para publicar. (www.paulotimm.com.br)

CACÓFATOS DA COPAJorge Antunes

Tens um diploma de formado?Deformado.O que ficou de missão?Demissão.O que você vai sentir vendo a FIFA com o direito de testar?Detestar.Você reza para que bem resulte o direito de voto?Devoto.Como vai ficar a oportunidade de morar?Demorar.Como fica o povo com a força de pressão?Depressão.Que acontece quando ocorre pressão?Repressão.O que fica de legado?Delegado

Jorge Antunes é maestro,professor da UnB.

DEIR YASSIMClaudio Daniel

Nenhuma lápidepara os mortosem Deir Yassim

episódio rasurado da história

suas casas demolidassuas ruas desfiguradasrenomeadas em hebraico

120 homens e mulheresexecutados

pela garra curva de Molocho que tudo devora

na esquina dos ventosformigas míopes avançamem sentido anti-horário.

2014 (ano 66 da Nakba)

Claudio Daniel é poeta, jornalista, meste em literatura portuguesa (USP), reside em São Paulo-SP

O Museu de Conhe-cimentos Gerais, a As-sociação de Moradores e Amigos de Jaconé e o Movimento Ambiental Pingo d’Água promo-vem nos dias 5 e 6 de junho evento comemo-rativo ao Dia Mundial do Meio Ambiente nas dependências da Es-cola Municipal Ismê-nia de Barros Barroso, em Jaconé (Rua 96 nº 1266), Saquarema. Confira a programa-ção.

MEIO AMBIENTEDia Mundial do Meio Ambiente tem programação

especial em Jaconé Dia 05/06 - Evento

fechado para alunos e professores da escola (das 09 ás 16hs.):

- Exposição de parte do acervo do Museu de Conhecimentos Gerais

- Exposição Fotográ-fica “Um Olhar Sobre a Restinga”

- Palestras (10h30 com o biólogo Carlos Alexandre e o ambien-talista Luiz Lopes, 14h com alguns moradores antigos de Jaconé fa-lando sobre o passado

recente do bairro. Dia 06/06 - Evento

aberto ao público (das 9 às 16h):

- As exposições aci-ma.

- Palestras (10h30 com a Profª Maria Ali-ce dos Santos, Direto-ra do Departamento de Ecologia da UERJ, 14h com alguns mora-dores antigos de Ja-coné falando sobre o passado do Bairro.

- Encerramento

HAINETO Nº 20Ari Lins Pedrosa

À Lua

Rua nualadrinhoum trilho.

Trocadilho,nua ruade milho.

CaminhaSinhazinha.Lua na rua.

Ari Lins Pedrosa reside em Maceió-AL. O po-ema acima faz parte de seu livro “O veludo da uva” (São Paulo, Scortecci, 2013)

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6 nº 219 - junho de 2014

LITERATURA

COLUNA DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DA REGIÃO DOS LAGOS

ALEART

Rua da Independência, 135 - São Cristovão - Cabo Frio CEP 28909-460Telefone (22)2643 4412 e (22) 92565973

Facebook: /Academia-de-Letras-e-Artes-da-Região-dos-Lagos E-mail: [email protected]

O CRIME DE LESA-MACHADOGerson Valle

O humor de Machado de Assis é tido como inglês. E, na verdade, tem muito da linguagem literária de humor irônico do “Tristan Shandy” de Sterne, inclu-sive na forma de dialogar com o leitor, relativizar o texto com simplificações que podem ir à folha em branco, etc. Porém, sua ironia, parece-me, reve-la mais a ambiguidade de um povo miscigenado que a discriminação posicio-nada na ironia inglesa. É como se Machado defen-desse seu lado português e seu lado negro, simul-taneamente, sabendo que ambos se conflitaram com a escravidão e o mando senhorial. Visão abrangen-te dos contrários, em que cada parte, por compre-ensão do lado oposto, se autoironiza. Mas, apesar de todo o pessimismo que esta visão da Humanida-de em conflito acarreta, a existência de uma compre-ensão mútua abre caminho a uma possível, mesmo que não expressamente percebida, concórdia! E, nisto, Machado, é bem brasileiro, colocando-se na terra dos contrastes se interagindo. Que europeu ou mesmo norteamerica-no (com todo seu “melting pot”) apresenta esta dupla face civilizatória dos con-trários não se repelindo, se fundindo mesmo man-tendo seus antagonismos? Mulatice cultural!

E eis que apresento uma visão da obra de Machado sem me calcar em nada do que já li sobre ele. Há sem-pre novas facetas, que ge-ram artigos, livros, teses. Está-se sempre redesco-brindo Machado de Assis, porque sua obra é muito rica. E talvez, mesmo, por-que sua linguagem é cheia de alusões, de colocações não-expressas, de perso-nagens e situações que deixam a meditar, fazendo com que se renove a com-preensão de seus escritos. E, mais que isto, sua nar-

rativa, mesmo em seu perí-odo inicial romântico, não é a de aventuras rocam-bolescas, engrenagens de mistérios e surpresas poli-ciais, paixões fora de qual-quer contexto racional e explicável, mantendo uma relação com a realidade e a relatividade de perspec-tivas existenciais. A narra-tiva em seus romances vai eliminando, cada vez mais, o fato anedótico, a com-plexidade das situações inventadas, tornando-se numa projeção do quoti-diano sem grandes surpre-sas, com personagens em grande parte da classe mé-dia (havendo uma leve va-riante de mais ricos e mais pobres) em seu tempo (e a novela “O alienista” é uma grande exceção em sua obra, com ação no passado e sentido bem alegórico, afastando-se do seu usual realismo e Rio de Janeiro). Chega ao ponto de nos dois últimos romances, “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”, quase não ocorrer nada de relevante, a não ser a própria narrativa, isto é, sua forma de escrever, contar, ironizar, relacionar (e relativizar) posturas... Aí sim, ocorrem surpresas, invenções de grande habi-lidade, faturas geniais.

É claro que toda estru-tura da escrita machadia-na se atém, assim, à pró-pria escrita. Não existe um Machado de Assis fora do texto escrito por Machado de Assis. Pode-se até dizer que ocorrem tais ou quais situações em suas narra-tivas, que esse ou aquele personagem têm tais ou quais características como em muitos outros autores de seu tempo ou não. O que nele é absolutamente original (e genial) é que, através de sua narrativa, numa linguagem própria que não é preciosista mas que também não atenta às boas regras vernaculares (passando, como em tudo nele, o equilíbrio normal do quotidiano num bom nível de conhecimento cul-tural), ele perquire o ser

humano e a sociedade de forma aguda. Tirar, por-tanto, a narrativa de Ma-chado tal qual ele a deixou é anular seus escritos, é atentar contra ele.

Pois é exatamente isto que resolveu fazer a pro-fessora Patrícia Secco, sob a alegação de que (confor-me declara em entrevista para Chico Felitti): “En-tendo por que os jovens não gostam de Machado de Assis. Os livros dele têm cinco ou seis palavras que não entendem por frase. As construções são muito lon-gas. Eu simplifico tudo”. E o jornalista comenta: “E simplificou mesmo. Patrí-cia lançará em junho uma versão de ‘O Alienista’, obra de Machado de Assis lançada em 1882, em que as frases estão mais diretas e palavras são trocadas por sinônimos mais comuns (uma ‘sagacidade’ vira ‘es-perteza’ por exemplo)”. Veja só o exemplo: ‘sagaci-dade’ não é esperteza, e se os alunos dessa professora acham difícil a palavra ‘sa-gacidade’ atentam muito mal a seus professores! O que esta senhora, que julga que ‘sagacidade’ é ‘esper-teza’, e que é uma palavra difícil, está fazendo com a

obra de Machado? E logo em qual: no complexo “O alienista”! Quem lê sua versão evidentemente não fica conhecendo Macha-do, como ela desejava que ocorresse. O estilo de Ma-chado proporciona prazer, não é uma obrigação! Seria a vaidade de compartilhar de uma obra magistral? Ou simples comércio para faturar na venda da rede escolar?

Vejo dois erros crassos dedutíveis do posiciona-mento dessa senhora: a de que a Literatura deva ser matéria de formação cien-tífica como a Matemática, por exemplo. Ela traria conhecimentos essenciais à formação científica, que precisam ser bem enten-didos, literalmente, no que possuem de conteudístico, como dois e dois são qua-tro. Não há dúvida da visão abrangente oferecida pelo hábito da leitura, mas não dessa forma teleguiada e sem a perspectiva do lazer procurado por cada um, a seu modo, com reflexões próprias. E, segundo, que a apreensão do universo se deve dar somente com a perspectiva datada do lu-gar onde se vive, negando, assim, toda a compreensão

da realidade de outra épo-ca e lugar. E note-se que tal critério é anti-educativo, tendendo a formar indivi-dualistas ignorantes, que não sabem compreender o que haja no mundo dife-rente de si mesmos. Nunca entenderão as razões do outro! Então, para quê es-cola? Se é para a pessoa re-petir os conhecimentos de sua casa empobrecida no tempo pela burrificação te-levisiva e os vícios da gros-seria dos “funks” e outros rebaixamentos das artes e costumes e das drogas, para quê livros?

O fenômeno da “tradu-ção” de linguagens de au-tores do passado para o momento presente não é exclusividade dessa pro-fessora. Dependendo do caso, a questão é até dis-cutível. Quantos direto-res teatrais têm mudado cenas e linguagem, figu-rinos, cenários, para atu-alizar obras, tornando-as de mais fácil compreensão para o público atual? Mui-tas vezes a estrutura da peça perde seu significado fora do contexto em que foi idealizada. Outras, se há apenas uma atualização de um palavreado já mui-to distanciado da língua viva, pode ter sua funcio-nalidade. No teatro, o di-retor de cena passou a ser considerado uma espécie de coautor... Às vezes, pes-soalmente, eu me irrito ao ver a pretensão de alguns mexerem em certas obras--primas. Cada caso mere-ce sua apreciação própria. Um dos prazeres que o te-atro dava ao espectador es-tava em se transportar no tempo, por representação viva, à mentalidade e con-texto geral de um autor do passado. Através da com-preensão de algo de outra época podia-se analisar, num paralelo humanísti-co, aspectos do presente. Forma enriquecedora e educativa. Mesmo assim a linguagem teatral, que é a de um espetáculo de artes conjugadas e realizadas em conjunto, está muito longe

de um romance de um au-tor só. E, no caso de Ma-chado, singularíssimo!

Na verdade, no entanto, acho que a riqueza de Ma-chado de Assis não deve ser de acesso obrigatório na formação de ninguém. Cada pessoa, inclusive, tem sua idade própria para atingir as sutilezas do “bru-xo do Cosme Velho” (na bem encontrada imagem de Carlos Drummond de Andrade), e muitos estarão sempre longe de suas co-locações. Quem adquire o hábito de ler, vai amplian-do seu vocabulário e visão do universo. Obrigar uma turma de adolescentes, de parcos conhecimentos cul-turais, a entrar no mun-do de “O alienista” pode ser uma pedagogia mais “alienante” que educativa. Agora, dar ao adolescente alhos por bugalhos, Ma-chado na versão simplifi-cada pela professora (que, naturalmente, não é mais o “bruxo”) é criminoso!

E o crime não é só da professora em questão. Pasme meu possível leitor (e já que estamos tratan-do de Machado, deixem me dirigir diretamente ao leitor): o governo está fi-nanciando (sim, com di-nheiro nosso!) a edição de CENTENAS DE MILHA-RES DE EXEMPLARES a serem distribuídos nas es-colas desse achincalhe de nossa Literatura e de nosso altíssimo mestre!

Um leitor jurista poderá querer corrigir-me: crime é o que está tipificado em lei. Caso contrário, não é cri-me. Pois então, encaminho o pedido aos senhores legis-ladores: elaborem alguma norma que tipifique o cri-me de lesa-Machado como aquele de todos que tenta-rem mexer em seus textos. Pena: escreverem teses sobre a obra machadiana, mostrando sua imensa pre-disposição a múltiplas lei-turas, tal qual está.

Gerson Valle é membro ti-tular da Academia Brasi-leira de Poesia.

A designação provém da escola de filosofia que o Platão fundou na Grécia Antiga, em 387 a.C., junto a um jardim a noroeste de Atenas, em terreno dedi-cado à deusa Atena que se-gundo a tradição perten-cera a uma personagem mitológica com o nome de Academo. Muitas aca-demias tornaram-se fa-mosas através de tempos e lugares, nas várias áre-as de sua atuação. Entre as academias de Letras, tornou-se paradigmáti-ca a Académie Française, cujo modelo inspirou a Academia Brasileira de Letras . Mas, distinguem--se na História a Antiga Academia, de Platão a Ar-

As academias através da históriacesilau, e a Nova, que se prolongou até depois do século V. Foi com a épo-ca renascentista e o sur-gir do Humanismo que o princípio da Academia tomou novo fôlego, come-çando a difusão em Itália e propagando-se pelos demais centros europeus para que se pudesse levar a cabo o estudo de sabe-res relacionados com a filosofia, a arte, a música, a pedagogia, a cultura, a história, a arqueologia, a literatura, a filologia e a ciência. Nesta altura, a forma de constituição das academias mais comum foi a de congregação de estudiosos e eruditos, apontando-se também

como gênese de algumas as associações formadas nos Jogos Florais. Uma das novas academias mais relevantes foi a Aca-demia Pomponiana (ou Academia Romana), fun-dada por Pompónio Leto em Roma, em meados do século XV, e que se dedi-cou ao estudo da filosofia, da arte, da arqueologia, da filologia e da poesia.

A Académie Française foi fundada por Richelieu em 1635, sob o reinado de Luís XIII de França. É uma das mais antigas instituições francesas. É composta por quarenta membros, os «Quaren-ta», os «Imortais». A Academia Brasileira de

Letras foi baseada nela. Portanto não encontra-

mos nenhuma informa-ção sobre as Academias atuais, o porquê dos tí-tulos dados sem critério, onde iniciou esta maneira de arrecadação, enfim, a criatividade mais uma vez foi inserida pelo homem. Como as Academias sur-giram para ESTUDOS relacionados com a filo-sofia, a arte, a música, a pedagogia, a cultura, a história, a arqueologia, a literatura, a filologia e a ciência, podemos dizer que atualmente o que im-porta é o resultado não o início, onde poderia cha-mar a todos de Acadêmi-cos.

Programação da Festa de Santo Antonio em Bacaxá

8/6 – Procissão luminosa – Saindo da Capela N.S.de Fátima (Porto da Roça)

12/6 – Dia dos Namorados – Quinta-feira8h – Missa

20h – Missa (com benção dos namorados). Após a missa haverá show com a banda católica Trindade

Santa e Jefferson Santos13/6 – Dia de Santo Antonio – Sexta-feira

6h – Alvorada coma banda do colégio Padre Manoel8h – Missa

10h – Missa19h – Procissão, logo após acontecerá a Missa Cam-

pal e queima de fogos com leilão e show ao vivo.14/6 – Sábado – Quadrilha com de jovens , seguido

por show ao vivo.15/6 – Domingo

8h , 10h, 18h e 20h – Missa. Em seguida sertanejo universitário.

Regina Mota

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7nº 219 - junho de 2014

TEATRO

Fotografia de EventosAniversários Infantis, Casamentos, Inaugurações, Cerimônias Religiosas, Shows, Espetáculos, Empresas.

( (22) 99982.4039 - (22) 98818.6164

Um teatro que constrói afetosCamilo Mota

Desde 2005 ele está no palco, nas ruas e no ima-ginário da população de Araruama. O Grupo Tea-trama vem se consolidan-do nos últimos nove anos como uma referência nas artes cênicas na Região dos Lagos, seja pela sua resistência e persistência em fazer cultura com soli-dez numa cidade do inte-rior, seja pelo reconheci-mento através dos tantos prêmios que vem receben-do, como o recente Prêmio de Cultura do Governo do Estado, conquistado atra-vés de uma votação pú-blica na internet. Nesta entrevista, seus diretores Perla Duarte e Alexandre Marinho falam sobre a origem do grupo, seu de-senvolvimento através dos cursos e apresentações, o trabalho junto a estudan-tes da rede pública, e a importância do cultivo do afeto, no sentido de que o teatro é feito por pessoas e para as pessoas. Como diz o Alexandre, “só o que é construído pelo afeto cria raízes e se perpetua, resistindo e superando as dificuldades”. E, assim, mesmo sob o efeito de um Teatro Municipal ainda com as portas fechadas aguardando reforma, o Grupo Teatrama encontra alternativas, mantendo--se em movimento e tendo como objetivo ser feliz da vida.

Poiésis - O Teatrama já está na estrada há nove anos. Fale-nos um pouco sobre a ori-gem do grupo e que conquistas, dificulda-des e superações acon-teceram ao longo des-sa trajetória?[Perla Duarte]: O gru-po era uma dupla. Eu, minhoca da terra; ele [Alexandre], chegado na terra. Acreditávamos que o teatro poderia ser outro. Cada um a seu modo, tí-nhamos pensamentos que se encontravam. Nosso primeiro trabalho juntos foi uma esquete, “A hora e o ouro”. Estreamos no Primeiro Festival de Es-quetes de Araruama, onde ganhamos prêmios de Atriz, Direção e Esquete. Com essa cena, conquis-tamos prêmios em outros festivais pelo Estado. Mas, vimos que queríamos mais. Era pouco. Querí-amos mais do que reco-nhecimentos de jurados e plateias de artistas. Os prêmios nos ensinam, nos motivam, mas, por muitas vezes, não cumprem a ver-dadeira função do teatro.

Grupo Teatrama é exemplo de trabalho contínuo e em evolução no processo de construção da cultura em AraruamaDecidimos, então, enfren-tar o desafio de fazer um teatro de permanência em nossa própria cidade. Pa-rece normal fazer teatro em nossa própria cidade, mas não é tão simples se tratando de uma cidade do interior, onde víamos sempre grandes talentos partirem com seus sonhos em busca de oportunida-des na capital. Acreditáva-mos que poderia ser dife-rente. Ainda acreditamos que ainda pode ser dife-rente. Decidimos, então, pacientemente, formar nosso grupo, nossos par-ceiros de trabalho. Isso foi possível através dos cur-sos. Nas nossas oficinas, alunos de escolas públicas e particulares sempre se integram. Não existem se-parações. Já nas primeiras apresentações de peças de curso (que aconteciam no Teatro Municipal), obser-vamos um aumento con-siderável de plateia. Mas o que mais nos chamou a atenção foi que o público de outros distritos come-çou a frequentar mais o teatro, o que nos animou muito a investir mais nessa descentralização. Isso nos animou a ingressar no tea-tro de rua, visitar bairros e praças, investir em locais alternativos de apresen-tação. Uma frase em nos-so status do Orkut (olha como somos antigos) nos despertou para nossa ver-dadeira missão no teatro: “Somos felizes da vida!” Investimos no teatro de rua, popular e alegre, mas sempre com o compro-misso com a valorização da cultura local, com as questões que acreditamos. Juntos, agora não mais uma dupla e sim um gran-de grupo, investimos em estima, no valor do que é produzido aqui. Antiga-mente, quando eu traba-lhava na bilheteria do tea-tro era muito comum, em dias de espetáculos, ouvir as seguintes perguntas: “O Grupo é do Rio? Não? Então não quero assistir não.”; “É artista conheci-do? Não? É de Araruama? Não. Quero ver não”. Era sofrível. Grande parte da população não acredita-va no valor da produção local. Agora é comum ou-virmos: “Hoje tem Teatra-ma? Não? Que pena.” Não somos apenas um grande grupo. Somos mais que isso. Sentimos que gran-de parte da comunidade se apropriou também do Grupo, do que ele repre-senta. E, hoje, muitos se sentem meio Teatrama também. Não por fazerem um curso de teatro ou por pisarem num palco, mas por terem o teatro de sua

cidade representado com tanto compromisso, amor e alegria.

Poiésis - Este ano o grupo conquistou o Prêmio de Cultura do Estado e na solenidade de premiação, o Ale-xandre mencionou a importância do afeto na construção de um município mais hu-mano, mais rico cultu-ralmente. Como essa construção vem acon-tecendo em Araruama a partir do trabalho de vocês?[Alexandre Marinho]: Só o afeto é capaz de mo-ver as pessoas em busca de desejos não egoístas. A cidade é feita de pessoas, do conjunto e interseções dos desejos de cada um. O seu plano de vida afeta o outro e transforma a ci-dade. O teatro me ensinou a entender e vivenciar isso de maneira positiva, ins-piradora. O Grupo Teatra-ma acende e promove essa energia nas pessoas, essa vontade de jogar junto e sentir que a sua ação é de-terminante e transforma-dora. Que o seu desejo tem expressão e faz diferença. Desse modo construímos um município mais hu-mano. Não existe riqueza cultural se os indivíduos e os seus desejos de cidade não tiverem expressão. E ninguém pode ser dono ou chefe dessa riqueza, você pode ser parte dela. Tive-mos mais de 54 mil votos para o Prêmio de Cultu-ra, a maior votação entre os 100 projetos de todo o estado do Rio de Janeiro.

Não foi o Alexandre que obteve esses votos. O Ale-xandre, talvez, não che-gasse aos mil votos. E isso não exclui o meu papel de liderança no grupo, nem diminui o reconhecimen-to ou respeito dos compo-nentes por mim. Entende? Existe a possibilidade de arranjos horizontais para uma liderança, mas isso só pode ser tecido pelo afeto. No grupo Teatrama apren-demos a atuar assim. Por isso somos felizes da vida. Essa maneira de colocar os desejos em movimento e agir na cidade é o que contagia e motiva as pes-soas. Só o que é construí-do pelo afeto cria raízes e se perpetua, resistindo e superando as dificuldades.

Poiésis - Quais os maio-res desafios para o tea-tro em Araruama e na Região dos Lagos e que caminhos o Teatrama enxerga para ampliar o espaço da arte dra-mática na região?[Perla]: Em Araruama temos uma questão que é urgente: a reabertura do Teatro Municipal. Não po-demos imaginar caminhos para o desenvolvimento da arte dramática na cida-de, sem contar com o nos-so principal equipamento cultural. O maior desafio para a nossa e as outras cidades da região é criar condições de sustentação para os grupos locais, pois são eles que diferenciam e proporcionam a continui-dade do movimento cultu-ral das cidades. É preciso ampliar a rede de equipa-mentos culturais e investir

na manutenção, nos pro-cessos de criação e ações de circulação dos grupos artísticos.[Alexandre]: O cenário é sempre de grande ins-tabilidade. É com muita luta que os artistas ga-rantem a continuidade de seus trabalhos. O poder público deve participar desse processo com inves-timentos que dêem maior fôlego para as iniciativas se fortalecerem e alcan-çarem a independência. A nossa cultura é o que nos diferencia, ela é nosso maior patrimônio. É pa-pel do poder público cui-dar disso. Mas para isso os gestores públicos não podem ter vaidade, não podem querer transfor-mar secretarias munici-pais em meras produtoras de eventos. Sua função é consolidar e gerir pro-gramas, ser servidor dos processos. A realização tem que ser da sociedade. No terreno dos nossos en-frentamentos poderíamos destacar uma ação fácil de ser adotada e que dialoga diretamente com mui-tos dos desafios em pau-ta hoje em nossa cidade como, por exemplo, viabi-lizar a utilização/ocupa-ção de espaços não con-vencionais em diferentes bairros para o desenvolvi-mento de atividades artís-ticas e culturais.

Poiésis - O Teatrama tem ainda um envolvi-mento intenso com as escolas da rede públi-ca de ensino. Como é essa interação com as crianças e como isso renova a esperança do grupo em termos de construção da cultura local?[Alexandre]: O que tor-na uma cidade interes-sante são as pessoas. Não adianta promover even-tos mirabolantes, mega shows, obras grandiosas, ou decorar a cidade in-teira. Shopping Center é igual em todo lugar, são construções esvaziadas de sentido. A alma de uma cidade são os seus habi-tantes, a sua relação com a localidade. Isso é o que cativa as pessoas e as fa-zem querer voltar, querer estar aqui e fazerem desse um lugar cada vez melhor. Só a cultura pode propor-cionar esse estado. Traba-lhar com as crianças, nes-se sentido, é desvendar os caminhos para essa trans-formação.[Perla]: Não importa quantos alunos, de fato, seguirão carreira artísti-ca. A função do teatro vai muito além disso. Fazer teatro é como colocar vá-

rios espelhos na sua fren-te. Você se vê de várias maneiras e vê o mundo também de várias formas. O teatro, antes de tudo, faz as pessoas melhores. Pessoas que entendem seu papel na sociedade, livres de preconceitos, que ques-tionam, que contribuem e que entendem sua impor-tância no mundo. O teatro é um faz de conta onde re-criamos nossa realidade, onde discutimos nossas questões sociais e pesso-ais. Com certeza, veremos muito estes alunos ainda. Mesmo que não seja atu-ando numa praça ou num palco, mesmo que não seja cantando, dançando, escrevendo ou pintando. Nós os veremos despertos, defendendo e valorizando a cultura local. Veremos formadores de opinião, formadores de formado-res de opinião, incenti-vadores, patrocinadores, consumidores de cultura. Com certeza, os avista-remos nas mais variadas plateias promovendo cul-tura. Teatro ensina sem doer. Por isso considero tão importante ampliar as atividades de artes cênicas nas escolas. Temos hoje jovens artistas que se pro-fissionalizaram através do grupo e nutrem, portanto, esse compromisso com a cultura local. São agentes capacitados para multipli-car ações dessa natureza. Essa é uma expectativa positiva que temos.

Poiésis - Quais os pró-ximos passos do gru-po, novos projetos e apresentações?[Alexandre]: Através do programa Mais Cultu-ra nas Escolas, do Gover-no Federal, conseguimos aprovação para desenvol-ver um projeto de criação artística junto a Escola Municipal Honorino Cou-tinho, no bairro de Morro Grande. Em breve inicia-remos as atividades, que irão resultar na criação e circulação de espetáculo feito com a comunidade escolar a partir de histó-rias e aspectos da locali-dade. Além disso, estamos trabalhando para consoli-dar um circuito regional, buscando manter uma agenda mais constante do grupo nos municípios vizinhos. Em Araruama estaremos com o projeto Mafuá, que reúne encena-ção de pequenas histórias e exibição de filmes curta metragens para a crian-çada. As atividades acon-tecerão entre os dias 14 e 22 de junho, sábados e domingos, no espaço Tea-trama, localizado na Praça Antonio Raposo, Centro.

Perla Duarte e Alexandre Marinho em ação

O Grupo Teatrama fez apresentação especial no Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde recebeu o Prêmio de Cultura 2014, promovido

pela Secretaria de Estado de Cultura. Na votação realizada pela internet, a trupe araruamense recebeu mais de 50 mil votos.

Fotos: Camilo Mota

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8 nº 219 - junho de 2014

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MÚSICA E MOTOR

Os motores irão roncar em junho. Saquarema irá sediar nos dias 27, 28 e 29 o XIII Saquá Moto Rock, uma iniciativa do Pecado-res Moto Clube com apoio da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Turismo Esporte e Lazer.

O evento acontecerá na Praça do Coração, em fren-te à Igreja Nossa Senhora de Nazareth e contará com praça de alimentação, feira temática, camping e shows de Rock and Roll com as bandas Sanctuarium, Fug-ga, Renato Rio Blues, Road Rock Band, Dona Katia, Caravellas, Cabeça D4 e Red & Blues. A entrada é franca.

XIII Saquá Moto RockRegina Mota / 24-06-2012

Programação do XIII Moto Rock 201427/6 – Sexta-feira: 10h – Abertura da Praça de Alimentação e Feira Temática; 11h – Som mecânico; 17h – Banda Status; 19h – Abertura Oficial do Evento; 20h – Banda Cabeça D 4; 22h – Banda Dona Kátia; 24h – Red&Blues Band. 28/6 – Sábado: 9h – Feira Temática e Praça de Alimentação; 10h – Som mecânico; 17h – Banda Caravelas; 19h – Road Rock Band; 21h – Banda Fugga; 24h – Banda Sanctuarium. 29/6 – Do-mingo: 9h – Feira Temática e Praça de Alimentação; 12h – Almoço de Confraterniza-ção; 14h – Renato Rio Blues (na tenda do Purgatório); 18h – Encerramento do evento. No dia 13 de junho, às 20h, haverá a festa dos 13 anos de fundação do Pe-cadores Moto Clube de Saquarema, na sede do Purgatório, no Pin Point, Porto da Roça, com show da Red Blues Band.

Camilo Mota

Hippies e Roqueiros - Festa que aconteceu dia 30/05 na Setid de Araru-ama. Na foto a secretária Lourdes Belchior e sua equipe muito animada. Ir vestido a caráter foi um motivo a mais para recordar os idos anos 70, quando músicas de exce-lente qualidade tocavam nas vitrolas e nos clubes. Foi ótimo poder voltar ao passado.

Ferreira Gullar - Após a apresentação do poeta e escritor no auditório da Faetec, no Festival das Ar-tes de Saquarema 2014, as fãs o aguardavam ansio-samente para poder levar uma foto de recordação ao lado dessa grande celebir-dade no mundo literário. Foi um encontro inesque-cível.

Claudia Telles - Tive a honra de desfrutar bons momentos em Copacaba-na ao lado da cantora que embalou minha juventude com sua voz impar. “Fim de tarde” e “Eu preciso te esquecer” são músicas que ficarão para sempre em nossos corações, as-sim como Claudinha.

Yes em novo endereço - a loja mais charmosa e perfumada do Fly Shop-ping está em novo ende-reço. Ela que funcionava no segundo andar, ago-ra está no primeiro piso, bem próxima à praça de alimentação. Vale a pena passar para conhecer toda a linha de cosméticos que a loja oferece. Um exce-lente presente para o Dia dos Namorados pode ser encontrado na Yes Cos-metics, sob a gerência de Rosilene Mello. A Yes fica na Rodovia Amaral Pei-xoto, km 70, no Fly Shop-ping de Bacaxá. Telefone: (22) 2031.0154.

Dança em Dia - Espetá-culo realizado por Pedro Paulo Bravo, onde várias academias e grupos de dança puderam mostrar seus trabalhos. Foi no Teatro Municipal Mario Lago, em Saquarema. Pe-dro tem levado o nome da cidade através de suas apresentações na TV Re-cord e no SBT. Parabéns!

Aniversário da Daumas Academia - Aconteceu no Teatro Mario lago e contou com a participação de inúmeros bailarinos. Com muita emoção Rita Daumas falou do seu trajeto artístico durante os 10 anos da academia que funciona em Itaúna. No começo de junho alguns alunos viajaram para a Argentina. Vem novidade por aí!